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A Peste Negra na Idade

Média
O vídeo nos traz uma imersão a Idade Média, em específico ao período
em que a Peste Negra, considerada o maior desastre biológico na história da
humanidade, se desenvolveu. Durante aproximadamente quatro séculos, o
continente europeu vivia em tempos de prosperidade. Porém com o passar do
tempo, os Quatro Cavaleiros do Apocalipse – a fome, a peste, a morte e a
guerra -assolaram a Europa. O documentário também mostra o papel e a
influência da Igreja na sociedade medieval. Além de explorar a fundo o
comércio, a organização e os costumes do povo da época.

O documentário sugere que a Peste tenha origem asiática,


especificamente chinesa, sendo os mongóis os primeiros a contrair a doença,
espalhando-a pelo continente. Em uma batalha por um ponto comercial
estratégico, os mongóis decidiram catapultar os mortos infectados para dentro
da cidade, assim seus inimigos seriam assolados pela doença. Dessa maneira,
a Peste foi transmitida para os europeus.

Historiadores acreditam que a doença se propagou tão rapidamente por


ter sido transportada por navios mercantes a caminho da Europa. Os navios
que chegavam nos litorais traziam cadáveres de infectados. Desse modo, a
Peste começou a se propagar. Os sintomas que eram notados a princípio eram
parecidos ao de uma gripe forte, como febre, calafrios e alta temperatura
corporal. O que diferenciava a doença era a inflamação dos bubões, que podia
causar choque séptico, múltipla falência dos órgãos e hemorragia, tornando a
morte terrivelmente dolorosa.

Há diversas teorias sobre o que causava a doença, a principal delas diz


que a ela é uma espécie de Peste Bubônica, causada por uma bactéria
encontrada em pulgas e que requer um ambiente particular para se
desenvolver. Uma picada da pulga é o suficiente para injetar a bactéria na
vítima, uma vez na corrente sanguínea a bactéria causa os bubões pretos, que
dão nome a Peste Negra. Existe outra maneira de contrair a doença, na qual a
bactéria se aloja nos pulmões, fazendo com que haja hemorragia e a pessoa
tussa sangue. Assim, o sangue expelido pode contaminar outras pessoas. A
propagação da doença foi muito rápida, considerando que na época os meios
de transporte eram a cavalo, a pé ou em navios. Por isso, há muitos estudiosos
que sugerem outras teorias em relação a causa da doença.

O índice de morte foi tão alto que a fé das pessoas foi terrivelmente
abalada. Por medo de se infectar, padres deixavam de dar unção aos mortos e
aconselhavam as pessoas a confessarem umas para as outras. Como tudo que
acontecia era considerado fruto da vontade de Deus, as pessoas achavam que
a doença era um castigo que estavam recebendo por seus pecados. Muitos
começaram a se flagelar, como um ato de penitência para que Deus afastasse
deles a doença, já que estavam pagando por seus pecados de jeito doloroso,
imitando a paixão de Cristo.

Pelo grande número de mortos, a Peste gerou uma nova crise. Os


cadáveres ficavam amontoados, e chegou um momento em que não havia
mais onde amontoar tantos corpos, pois muitos não se disponibilizavam para
carregar esses corpos e não havia como enterrar tantas pessoas em tão pouco
tempo. Em um período de uma semana, onze mil pessoas foram enterradas no
mesmo cemitério. Em um tipo de enterro coletivo, onde os corpos ficavam um
por cima dos outros cobertos por terra.

Depois de dizimar quase metade da população europeia, a doença


começou a extinguir-se, talvez pelo fato de não haver mais um grande número
de pessoas para propagar a infecção. Estima-se que a doença matou entre 30
e 60% da população europeia. A sociedade medieval sofreu mudanças
drásticas por causa da doença, a tristeza assolava o continente. A igreja foi
extremamente abalada também, mesmo assim, as pessoas não perderam sua
fé em Deus, pois acreditavam que ele tinha um plano e que a epidemia foi para
que houvesse uma renovação. A sociedade voltou a ser funcional, e os
sobreviventes voltaram a seguir com suas vidas.

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