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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criado pelo Decreto n.44-A/01 de 6 de julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

LICENCIATURA EM MEDICINA DENTÁRIA 2• ANO

TRABALHO DE GENÉTICA MÉDICA


SINDROME DE DOWN

Grupo: 5

O Docente

_________________

Amaral Fernandes

Luanda, 2023
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criado pelo Decreto n.44-A/01 de 6 de julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

Integrantes do Grupo 5

Nomes Avaliação
EPÍGRAFE

“Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a
vida é muito curta, para ser insignificante”

— Charlie Chaplin

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, por toda a responsabilidade e esforço que
proporcionam para concluirmos a nossa formação e à comunidade académica ao qual
pretendemos dar o nosso contributo no âmbito das pesquisas científicas.

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AGRADECIMENTOS
Em primeira instância, estamos gratos à Deus todo poderoso pelo dom da vida, aos nossos
pais pelo apoio moral e financeiro afim de realizar este trabalho. Ao nosso querido professor
AMARAL FERNANDES, pela oportunidade única e pelo desafio que tem nos proporcionado
e fomentando a nossa busca do conhecimento científico.

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RESUMO

A Síndrome de Down (SD) corresponde a uma síndrome genética caracterizada por um erro
na distribuição dos cromossomos durante a divisão celular do embrião, revertendo na maior
parte dos casos, numa trissomia do cromossomo 21. A SD encontra relação com fatores como
a idade materna e a presença de alterações cromossómicas nos pais, entre as quais a própria
SD. De uma forma global, este quadro clínico traduz-se por atraso mental, morfologia típica,
atrasos em diversos planos do desenvolvimento e uma variedade de condições médicas
associadas. Atualmente, estima-se que a SD respeite uma proporção aproximada de 1:1000
nascimentos vivos a nível mundial. A pluralidade e a importância das alterações clínicas
associadas a este quadro clínico, reverte em numerosas limitações para o indivíduo, afetando
o seu desenvolvimento, o seu funcionamento diário e a sua integração na sociedade. O
diagnóstico e a intervenção precoces constituem aspetos cruciais, devendo agregar uma
perspetiva multidisciplinar e incluir programas ajustados às características clínicas da SD e às
particularidades individuais de expressão da SD.

PALAVRAS-CHAVES: Síndrome de Down (SD), síndrome genética, cromossoma


características clínicas, atraso mental, cognitivo.

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ABSTRACT

Down syndrome (DS) corresponds to a genetic syndrome characterized by an error in the


distribution of chromosomes during cell division of the embryo, reverting in most cases to a
trisomy of chromosome 21. Down syndrome is related to factors such as maternal age and the
presence of chromosomal alterations in the parents, including DS itself. Overall, this clinical
picture translates into mental retardation, typical morphology, delays in different
developmental planes and a variety of associated medical conditions. Currently, it is
estimated that DS respects an approximate proportion of 1:1000 live births worldwide. The
plurality and importance of the clinical alterations associated with this clinical condition,
reverts to numerous limitations for the individual, affecting their development, their daily
functioning and their integration into society. Early diagnosis and intervention are crucial
aspects, and should add a multidisciplinary perspective and include programs adjusted to the
clinical characteristics of DS and the individual particularities of expression of DS.

KEYWORDS: Down syndrome (DS), genetic syndrome, chromosome clinical features,


mental retardation, cognitive.

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SIGLAS E ABREVIATURAS

SD – Síndrome de Down

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………10

1.2. OBJETIVOS …………………………………………………………………..11

1.2.1. Geral…………………………………………………………………………..11

1.2.2. Específico …………………………………………………………………….11

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ……………………………………………..12

2.1. Etiologia da SD…………………………………………………………………12

2.2. Características Clínicas Associadas à SD………………………………………14


2.3. Características Psicológicas Associadas à SD…………………………………16
2.4. Epidemiologia ………………………………………………………………….19

2.5. Diagnósticos…………………………………………………………………….19

2.5.1. Pre-Natal………………………………………………………………………19
2.5.2. Recém Nascido ……………………………………………………………….22
3. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………24
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………25

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1. INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down (SD) foi descrita em 1866 por John Langdon Down, um médico
pediatra inglês do Hospital John Hopkins em Londres. Seguindo a tendência da época, Down
relacionou na altura, de forma errónea, esta síndrome com aspetos étnicos designando-a
inadequadamente de idiotia mongolóide (Moreira, El-Hani & Gusmão, 2000). Após ter
conhecido outras denominações ao longo do tempo como imbecilidade mongolóide,
cretinismo furfuráceo e acromicria congênita, a denominação de Síndrome de Down foi
oficialmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a partir de 1965 (Silva
& Dessen, 2002), depois de Jerôme Lejeune, em 1959, ter descoberto a causa genética da SD
contribuindo para o conhecimento científico da doença (Martinho, 2011).
Segundo a OMS (2016), a prevalência mundial da SD concerna uma proporção
estimada de 1:1000 nascimentos vivos. Diversas fontes científicas relacionam a incidência da
SD com o aumento da idade materna (após os 35 anos) (OMS, 2016; Bull & Committee on
Genetics, 2011), discriminando taxas de 1:100 entre 40 e 44 anos e de 1:50 depois dos 45
anos de idade (Jones, 1997, citado por Alao et al., 2010), apontando ainda uma relação com o
fator da ausência/existência prévia de filhos com SD.

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1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Geral
➢ Estudar a Síndrome de Down
1.1.2. Específicos

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Etiologia Da SD

A SD corresponde a uma entidade clínica de origem genética, caracterizada por um


erro na distribuição dos cromossomos das células durante a divisão celular do embrião,
ilustrada na maior parte dos casos pela presença de três cópias no cromossomo 21, em vez de
duas (Bull & Committee on Genetics, 2011). O diagnóstico laboratorial da SD pode ser
efetuado através de uma análise genética (por exemplo cariótipo). A alteração genética na SD
presente desde o desenvolvimento intra-uterino do feto pode ocorrer de três formas: trissomia
21 simples, translocação cromossómica ou mosaicismo (Silva & Kleinhans, 2006).

A trissomia 21 simples é causada por uma não disjunção cromossómica, geralmente


de origem meiótica, respeitando cerca de 95% dos casos de SD. De ocorrência casual, este
tipo de alteração genética caracteriza-se pela presença de um cromossomo 21 extra, numa
configuração de tricópia com a seguinte descrição de cariótipo: 47,XX+21 (sexo feminino) e
47,XY+21 (sexo masculino) (Bull & Committee on Genetics, 2011; Kozma, 2007).
Figura 1: Cariótipo de um indivíduo com SD com trissomia 21 simples

A SD por translocação cromossómica (ou translocação Robertsoniana) ocorre


geralmente devido a rearranjos cromossómicos com ganho de material genético, respeitando
entre 3% a 4% dos casos de SD, podendo ser de ocorrência casual ou ser herdada de um dos
pais. Neste caso, o cariótipo identifica a trissomia do cromossomo 21 não na qualidade de
cromossomo livre, mas sim de cromossomo translocado com outro cromossomo
(frequentemente envolvendo o cromossomo 21 e o cromossomo 14) (cf. Figura 2.). Assim, a
descrição de cariótipo corresponde à seguinte configuração: 46, XX,t(14;21)(14q21q) no sexo
feminino e a 46,XY,t(14;21)(14q21q) no sexo masculino (Bull & Committee on Genetics,
2011; Kozma, 2007).

12
Figura 2: Cariótipo de um indivíduo com SD por translocação cromossómica

O terceiro tipo de alteração genética associado com a SD corresponde ao mosaicismo,


a causa mais rara de SD entre os três tipos, respeitando entre 1% a 2% dos casos. A sua
ocorrência é casual e o zigoto começa a dividir-se normalmente, produzindo-se o erro de
distribuição dos cromossomas na 2ª ou 3ª divisões celulares. O mosaicismo na SD
caracteriza-se por conseguinte pela presença de duas linhagens celulares, uma normal com 46
cromossomos e outra trissómica com 47 cromossomos (cf. Figura 3.), sendo o cromossomo
21 extra livre (Bull & Committee on Genetics, 2011; Martinho, 2011; Kozma, 2007).

Figura 3: Esquema de representação de mosaicismo

Atualmente, a maior parte dos exames específicos que permitem detetar a SD durante
a gravidez só são recomendados mediante determinados aspetos tais como a idade materna
superior a 35 anos e pais ou filho existente com SD ou outras alterações cromossómicas
(Martinho, 2011). O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG, EUA)
recomenda que todas as grávidas, independentemente da idade, tenham a oportunidade de
efetuar um teste de rastreio/diagnóstico da SD. Os métodos de triagem habitualmente
utilizados no diagnóstico da SD correspondem aos seguintes: testes sanguíneos, biópsia de
velosidades coriónicas, coléta tríplice, cordocentese, ultrassonografia 3D e amniocentese
(OMS, 2016; Ganache et al., 2008). A amniocentese representa um método de diagnóstico

13
precoce da SD, realizado antes do nascimento da criança, correspondendo à recolha de
líquido amniótico entre a décima quarta e a décima sexta semana de gravidez, visando um
rastreio serológico e a eventual deteção de anomalias cromossómicas (Martinho, 2011).

2.2. Características Clínicas Associadas à SD


A SD agrega uma multiplicidade de características clínicas, embora exista
variabilidade fenotípica entre os indivíduos. Ē importante referir que nem todas as
características clínicas associadas à SD necessitam estar presentes para a realização do
diagnóstico, assim como a presença isolada de uma dessas características não confirma o
diagnóstico, constituindo por conseguinte o diagnóstico de SD, um diagnóstico clínico (OMS,
2016; Bull & Committee on Genetics, 2011; Silva & Dessen, 2002). O reconhecimento
oficial das características clínicas associadas à SD podem orientar o profissional para o
diagnóstico da SD (OMS, 2016; Bull & Committee on Genetics, 2011; Silva & Dessen,
2002). Entre estas características, são verificadas com maior frequência o atraso mental, a
hipotonia muscular generalizada e a dismorfia facial (Alao et al., 2010).

A nível físico, os pacientes com SD apresentam características morfológicas típicas


como a baixa estatura. No plano da face, os olhos são pequenos e oblíquos, com epicanto,
podendo ser ainda caracterizados por sinófris superior. O nariz é pequeno e achatado e a boca
apresenta habitualmente palato alto, hipodontia, protusão e hipotonia lingual. A cabeça
ostenta braquicefalia, pequeno diâmetro fronto-occipital, cabelo fino, liso e de baixa
implantação. As orelhas são com frequência pequenas, irregulares e de baixa implantação. O
pescoço é curto e exibe um excesso de tecido dérmico e adiposo. As mãos são caracterizadas
por hipotonia muscular, prega palmar única, clinodactilia e uma distância entre primeiro e o
segundo dedo do pé (OMS, 2016; Bull & Committee on Genetics, 2011; Alao et al., 2010;
Choi, 2008; Silva & Dessen, 2002). A prevalência de sobrepeso ou obesidade é maior nesta
população comparada à população em geral (Silva, Santos, & Martins, 2006, citado por
Freire, Costa & Gorla, 2014). A obesidade é particularmente observada durante a
adolescência e o início da idade adulta (OMS, 2016). Após o nascimento, dificuldades na
alimentação podem ocorrer devido ao baixo tónus muscular e à língua protuberante. Todavia,
com o avançar da idade, verifica-se um aumento da ingestão alimentar, que justifica uma
monitorização da dieta e a prática de exercício físico (Gaspar, 2013).

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Os indivíduos com SD podem ainda apresentar múltiplas condições médicas
associadas. Entre estas condições prevalecem os problemas de visão e de audição, a apneia do
sono obstrutiva e as cardiopatias congénitas.

O prognóstico da SD é variável em função das possíveis complicações, como os


problemas cardíacos, a susceptibilidade para infecções e o eventual desenvolvimento de
leucemia. Atualmente, concebe-se que a esperança de vida mínima dos pacientes adultos com
SD encontra – se s 50 anos de idade (OMS, 2016). As cardiopatias constituem um fator
determinante na sobrevivência destes pacientes, que podem viver até aos 60 anos na ausência
da mesma (Gaspar, 2013). Existe um consenso atual entre a comunidade científica de que não
existem graus na SD e que as diferenças de desenvolvimento decorrem das características
individuais relacionadas com diversos fatores como a herança genética, a estimulação, a
educação, o meio ambiente, os problemas clínicos, entre outros (Silva & Kleinhans, 2006).

O risco de ocorrência de otite média e de perda de audição é importante. Do ponto de


vista infeccioso, os portadores de SD apresentam uma maior susceptibilidade para infeções
respiratórias e um risco elevado para doença invasiva pneumocócica. A bactéria
streptococcus pneumoniae pode propiciar o surgimento de um largo espetro de doenças,
como otite média aguda, pneumonia, meningite e/ou sépsis (Gaspar, 2013). Os indivíduos
com SD apresentam ainda geralmente malformações musculares que afetam a função
pulmonar, fomentando obstruções das vias aéreas superiores, doenças das vias respiratórias
inferiores, hipertensão pulmonar e hipoplasia pulmonar. A hipotonia muscular na fisiologia
respiratória pode propiciar uma diminuição do potencial bronco-espástico, associado ao
epitélio ciliado cilíndrico, favorecendo a acumulação de secreções e a possível proliferação
de bactérias (Soares, Barboza & Croti, 2004 citado por Schuster, Rosa & Ferreira, 2012). O
estudo comparativo de Romano (2007, citado por Schuster, Rosa & Ferreira, 2012), centrado

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na avaliação respiratória de 33 indivíduos portadores de SD e de 33 indivíduos saudáveis,
constatou uma diminuição em 50% da força muscular respiratória nos indivíduos com SD em
comparação com o grupo de controlo.

As crianças com SD são geralmente muito sonolentas. Logo após o nascimento, estes
bébes ostentam dificuldades para a sucção e a deglutição, assim como um atraso no
desenvolvimento de alguns reflexos, com um comprometimento na postura de semiflexão dos
quadris (Silva & Dessen, 2002). A apneia obstrutiva do sono respeita entre 50% a 75% dos
casos de SD, podendo propiciar aspetos como ressonar, pausas na respiração, posturas
anómalas durante o sono, sonolência diurna, irritabilidade e fadiga (Gaspar, 2013).

2.3. Características Psicológicas Associadas à SD


A SD representa a causa mais comum de atraso mental (Ribeiro, Barbosa & Porto,
2011; Silva & Kleinhans, 2006). O quociente intelectual (QI), determinado através da
administração de uma prova de inteligência estandardizada, pode variar entre os graus leve
(QI entre 50 e 70), moderado (QI entre 35 e 50) e severo (QI entre 20 e 35) (Bull &
Committee on Genetics, 2011), situando-se a maior parte dos casos nos graus leve e
moderado (Kozma, 2007). Os indivíduos com SD apresentam um atraso no desenvolvimento
neuropsicológico, com uma predominância de défices motores na primeira infância e de
défices cognitivos na idade escolar (Schwartzman 2003; Rosenbaum et al., 2006, citado por
Ribeiro, Barbosa & Porto, 2011).
A epilepsia e doença de Alzheimer ocorrem com maior frequência em portadores de
SD do que na população em geral. As alterações do comportamento, sintomas característicos
do autismo assim como manifestações clínicas relacionadas com hiperatividade com défice
de atenção também são comuns (Gaspar, 2013; Nussbaum, 2002, citado por Siqueira, 2006).
A literatura indica a presença de dificuldades no processo de transmissão de alguns
circuitos neuronais (Silva & Kleinhans, 2006), fomentando a nível cognitivo, problemas de
atenção, tempos de reação mais elevado, problemas no processamento auditivo-vocal e na
memória a curto e a médio prazo, dificuldades nos processos de correlação, análise, cálculo e
pensamento abstrato, limitações na discriminação perceptiva, na capacidade de generalização
e na simbolização (Martinho, 2011; Barata & Branco, 2010).
A criança com SD pode ter dificuldades para fixar o olhar devido à lentidão e à
hipotonia muscular. As dificuldades auditivas podem levar a criança a não ouvir e a preferir
meios de comunicação visuais e concretos. Os problemas na memória auditiva podem
interferir com o tratamento sequencial da informação. Além disso, atendendo às numerosas
características clínicas associadas, as crianças com SD apresentam mais fadiga (Troncoso &
Cerro, 1999, citado por Silva & Kleinhans, 2006). Devido às particularidades morfológicas
do quadro clínico, as pessoas com SD podem apresentar problemas de motricidade,
relacionadas com aspetos como a anatomia da mão (dedos curtos, implantação baixa do
polegar e ausência da última falange do dedo mindinho), hipotonia muscular e lassidão nos
ligamentos que afetam a força e a forma como manuseam os instrumentos de trabalho
(Martinho, 2011). O plano do funcionamento executivo pode ostentar dificuldades. Se por um

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lado nestes pacientes não são verificadas dificuldades na execução de atividades conhecidas e
rotineiras (mesmo longas), por outro lado, podem ser observadas dificuldades na execução de
atividades novas, que requiram as diversas funções executivas como por exemplo a
flexibilidade e o planeamento (Flórez & Troncoso 1997, citado por Silva & Kleinhans, 2006).
O atraso mental em conjunto com outros atrasos no desenvolvimento podem fomentar
lacunas ao nível da aprendizagem escolar, nomeadamente através dos planos motor,
cognitivo, linguístico e social (Lamônica & Ferreira-Vasques, 2015). No contexto escolar, os
défices na comunicação vão naturalmente interferir com a capacidade de compreensão da
criança dos enunciados e com a qualidade troca de informações com os seus interlocutores,
condicionando o seu processo de aprendizagem e o seu desenvolvimento global (Lamônica &
Ferreira-Vasques, 2015). Estas crianças aprendem mais lentamente e têm dificuldades
relacionadas como o raciocínio complexo e o juízo crítico (Kozma, 2007).
Nestes pacientes, a idade mental evolui de forma lenta em relação à idade
cronológica. O plano comportamental pode ser caracterizado por diversas dificuldades. Um
estudo comparativo de Cuskelly e Dadds (1992) junto de crianças com SD e respectivos
irmãos, verificou que as crianças com SD tendem a apresentar mais problemas de
comportamento, como por exemplo chamadas de atenção e imaturidade. O estudo ministrado
por Carr (1994, citado por Silva & Dessen, 2002) verificou que os indivíduos com SD
tendem a eleger atividades em ambiente doméstico (por exemplo, ver televisão, ouvir música,
desenhar, colorir e ver livros) em comparação com atividades menos sedentárias como
atividades desportivas. O mesmo estudo concluiu que a maioria dos pais caracterizava os seus
filhos como amáveis, afetuosos e atenciosos.
Em contexto escolar, o aluno com SD carece com frequência de comportamentos de
participação ativa nas atividades pedagógicas quando não estimulado neste sentido. Os
momentos de estimulação precoce das habilidades motoras em crianças em idade escolar
pode fomentar a aquisição de progressos na aprendizagem, melhorando por conseguinte o seu
desempenho escolar e social (Anunciação, Costa & Denari, 2015). O estudo de Brito et al.
(2009, citado por Anunciação, Costa & Denari, 2015) com 20 crianças com SD, centrado na
avaliação do perfil cinestésico-corporal e no estabelecimento de parâmetros cognitivo-
motores para fundamentar práticas heterogéneas pedagógicas de ensino e de avaliação
voltadas para a inclusão social de crianças com necessidades educacionais especiais,
constatou que as crianças com SD apresentaram dificuldades na relização de tarefas de
coordenação motora fina. Outra conclusão assentou na relação da hipotonia com o défice de
coordenação motora fina, limitando o sucesso em atividades escolares, justificando portanto,
o estabelecimento de uma avaliação individual para determinar o perfil singular e planear
uma intervenção pedagógica eficaz e adaptada quer às caracaterísticas patentes à SD, quer às
particularidades individuais da criança em idade escolar (Brito et al., 2009, citado por
Anunciação, Costa & Denari, 2015).
As dificuldades cognitivas nas crianças com SD justificam abordagens que
privilegiem vias concretas e objetivas de informação, apoiadas em suportes visuais e tácteis,
visando uma maior eficácia da aprendizagem (Martinho, 2011). A hipotonia fomenta um
atraso na aquisição das habilidades motoras, apelando à exigência de programas de
estimulação com atividades lúdicas e atrativas para a criança, que aumentem a sua motivação
e potencializem o seu desenvolvimento psicomotor (Serés et al., 2011, citado por

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Anunciação, Costa & Denari, 2015). A escolarização do aluno com SD deve ainda trabalhar
no sentido da promoção da socialização em ambiente escolar. A investigação conduzida por
Anunciação, Costa e Denari (2015) permitiu verificar que as atividades lúdicas em contexto
escolar constituiam momentos de crescimento individual e coletivo de todo o grupo de
alunos, incluindo os alunos com SD. O ambiente lúdico revelou-se estimulador fomentando
progressos satisfatórios do desenvolvimento psicomotor do aluno com SD (Anunciação,
Costa & Denari, 2015).
O educador deve adaptar a sua abordagem às variáveis clínicas e individuais da
criança, apelando à sua prática, criatividade, imaginação, persistência e paciência. A escolha
de uma metodologia padrão comum e igual para todos os alunos, pode condenar a
intervenção junto do aluno com SD ao fracasso (Martinho, 2011). Neste sentido, a motivação
é fundamental na abordagem escolar junto do aluno com SD, de modo a que a criança
consiga experienciar as aprendizagens de uma forma prazerosa a agradável, tomando o
sucesso na qualidade de reforço positivo para que o aluno seja voluntário no seu processo de
aprendizagem, promovendo assim o seu desenvolvimento.
O prognóstico do desenvolvimento cognitivo é variável e depende em boa parte da
precocidade da intervenção, que deve ser multidisciplinar e coerente, assim como da
interação entre a família e os diversos profissionais intervindo com a criança (Gaspar, 2013).
A família detém um papel importante no processo de estimulação e de desenvolvimento da
criança com SD. A literatura remete para diferenças significativas no desenvolvimento destes
pacientes em função da educação e do ambiente envolvente desde os primeiros anos de vida.
As condições ambientais e familiares encontram-se relacionadas com o desenvolvimento
global do indivíduo, podendo favorecer o plano neuropsicológico do indivíduo (Ferrari et al,
2001, citado por Silva & Kleinhans, 2006). Segundo um estudo de Niccols, Atkinson e Pepler
(2003, citado por Silva & Kleinhans, 2006), relacionando a motivação e a competência em
crianças com SD em idade escolar, as competências de resolução de problemas quotidianos
eram maiores quando o ambiente familiar e escolar proporcionava uma estimulação adequada
às particularidades do funcionamento cognitivo individual.

O aconselhamento genético é importante, aumentando a compreensão e o


conhecimento da família acerca da SD. As famílias que não conhecem a SD ficam
apreensivas em relação a este quadro clínico que não raramente desconhecem, justificando
um aconselhamento e acompanhamento profissional (Folly & Rodrigues, 2010). O
acompanhamento psicológico da família é essencial. Muitas mães recebem sozinhas a notícia
(Sunelaitis, Arruda & Marcom, 2007, citado por Folly & Rodrigues, 2010). Não sendo
detetada em alguns casos no período pré-natal, a notícia deste diagnóstico pode causar grande
impacto, com repercussões psicológicas (como por exemplo, sentimentos de negação, culpa e
medo). A Psicologia pode contribuir na comunicação do diagnóstico aos pais, numa
perspetiva de auxílio de gestão e no minimizar do impacto, na medida em que o processo de
adaptação referente ao luto do filho idealizado para a aceitação do filho real representa um
processo longo e potencialmente difícil para os pais. A abordagem terapêutica do psicólogo
devrerá basear-se numa base clara e real de transmissão das informações sobre a SD, com
respeito, sem iludir ou omitir possíveis dados relevantes sobre o prognóstico da criança. Cada
família tem uma história de vida única. Assim, é importante que o profissional de Psicologia

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considere os seus medos, as suas dúvidas e as suas necessidades, salientando as suas forças e
potencialidades, reconhecendo as suas fragilidades e necessidades, assim como ainda,
ressalvando o seu importante papel no processo de desenvolvimento da criança. Da mesma
forma, é importante proprocionar aos pais informações acerca dos recursos disponíveis na
comunidade e as possíveis fontes de apoio (Folly & Rodrigues, 2010).

2.4. Epidemiologia

A SD é a mais freqüente das cromossomopatias que sobrevivem ao período


gestacional. Provavelmente 50% dos fetos portadores de cromossomopatias são abortados
espontaneamente, sendo no mínimo 25% certamente portadores de trissomias.

A SD ainda permanece como a mais frequente patologia cromossômica, juntamente


com a Síndrome do Sítio Frágil do cromossomo X (FRAXA). A SD ocorre em cêrca de 1 em
cada 600 a 800 nascimentos vivos, havendo referências de 1/350. A maior incidência de SD
ocorre na prole de pais cuja faixa etária está acima da 3ª década. No entanto há também um
aumento em sua frequência na população mais jovem, já que mães jovens são mais prolíficas
(ver figura 21.6).

Uma das dificuldades de estudo epidemiológico em SD está vinculada à imprecisa


determinação do diagnóstico ao nascimento.

Estudando-se as cromossomopatias humanas, principalmente quando são abordadas


aquelas relacionadas a “não-disjunção” (fenômeno em que não ocorre a segregação dos
cromossomos homólogos na 1ª divisão meiótica, ou das 2 cromátides irmãs na 2ª divisão
meiótica ou mitose), observa-se íntima relação do aumento da frequência dos nascimentos
dos indivíduos portadores de SD com um progressivo aumento da faixa etária materna,
elevando o risco de uma gestação para SD progressivamente à faixa etária materna crescente.

Existe uma correlação entre idade materna e frequência de trissomia do cromossomo


21 ao nascimento, e nos diagnósticos por amniocentese realizados nas mesmas faixas etárias
maternas.

2.5. Diagnóstico da SD

2.5.1. Pré-Natal

A Síndrome de Down tem sido a patologia genética que mais tem contribuído para o
desenvolvimento do diagnóstico pré-natal utilizando-se da análise da bioquímica sérica, da
análise do líquido amniótico, de estudo citogenético, da genética molecular e do diagnóstico
por imagem.

As principais indicações do diagnóstico pré-natal são:

- idade dos genitores avançada;

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- alterações estruturais cromossômicas equilibradas nos genitores, irmandade com
aberrações cromossômicas numéricas ou estruturais;

- reconhecimento de comprometimentos gênicos com manifestações laboratoriais e/ou


ultrassonográficas;

- condições diagnosticadas por DNA recombinante;

- determinação e avaliação de dismorfologias.

As principais técnicas utilizadas são:

➢ Ultrassom Morfológico Fetal - trata-se de uma condição de triagem diagnóstica que


avalia principalmente a integridade dos sistemas nervoso, cardíaco, urinário, digestivo e
osteo-articular; podendo ter os seguintes sinais sugestivos de feto com SD:

- Membros curtos;

- Pescoço curto e largo (higroma cístico, pele redundante no pescoço e translucência


transnucal) (Figuras 21.15 a/b);

- Braquicefalia;

- Ponte nasal baixa;

- Cardiopatia (Figura 21.16);

- Atresia duodenal (Figura 21.17);

- Dedos grossos e curtos (prega simiesca, hipoplasia da 2ª falange do 5º dedo);

- Encurtamento femural;

- Espaço aumentado entre halux e artelhos (Figura 21.18);

- Colelitíase;

- Dilatação Ventricular do Sistema Nervoso Central.

➢ Teste Triplo De Risco Fetal - Avaliação bioquímica baseada na idade materna,


relacionando-a com dosagem sérica materna de hormônio gonadotrófico (HCG), estradiol
livre (uE3), e alfa1fetoproteína (AFP). Podese evidenciar em gestações com feto portador de
SD a redução em cerca de 70% da concentração sérica materna de AFP assim como no
líquido amniótico, em relação a gestações de fetos normais. Provavelmente a causa dessa
redução é induzida por uma molécula de AFP alterada, ou modificações da sua propriedade
de transporte, ou mesmo redução de sua própria síntese a nível da transcrição do RNA
mensageiro da AFP hepática, comparados entre feto abortados com SD e normais.

O HCG é um importante marcador sérico da SD resultando de distintas subunidades


alfa e beta produzidas por diferentes células placentárias. Durante o segundo trimestre

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gestacional o betaHCG diminui e a fração alfaHCG aumenta, considerando-se a subunidade
livre de betaHCG a mais específica para SD.

O estradiol é derivado do sulfato deidroepiandrosterona (DHEAS), que é produzido


nas adrenais fetais e convertido em 16 alfa hidróxi-DHEAS no fígado fetal e metabolizado na
placenta. O estradiol sérico materno total é o menor dos marcadores por ter também produção
fetal.

Esta análise chega a propor risco de gestação portadora de SD quando existe uma
baixa concentração de AFP + elevada concentração de HCG + baixa concentração de uE3.

➢ Quantificação Da Superoxidodesmutase (SOD1) por imuno-ensaioenzimático em


eritrócitos de fetos com risco de SD. Esta análise pode ser realizada por punção da via
umbilical fetal (cordocentese), revelando-se elevada nesses pacientes. Tal dosagem é
eficiente para confirmar feto portador de SD com margem de acerto entre 70 a 90%,
caracterizando no cromossomo 21 o efeito da dosagem extra deste gene alocado. A
determinação desta e de outras enzimas em células fetais circulantes em sangue materno,
pode ser a forma mais precoce e de melhor resolubilidade diagnóstica de feto portador de SD.

➢ Biópsia De Vilocorial - descrito em 1968 na Escandinávia por Mohr, podendo ser


realizada por via transabdominal ou transcervical via vaginal entre a 7ª e a 9ª semana. A
principal vantagem deste método é a possibilidade precoce do estudo citogenético, havendo
porém impossibilidade de interpretação dos erros inatos do metabolismo. Tal procedimento
pode levar a sangramentos imediatamente após o exame, entre 10 e 30% dos casos, lesões
cervicais, raramente abortos, cãimbras abdominais, hematomas, podendo ocorrer risco de
infecção fetal e uterina levando ao abôrto espontâneo. O risco de aborto espontâneo após este
exame sem infecção varia entre 0,5 e 1%, sendo importante salientar que abortos espontâneos
ocorrem em 15% de todas as gestações.

➢ Cordocentese - além da já referida dosagem da SOD1 considerada eficiente para


confirmar feto portador de SD, pode ser realizado o exame citogenético, dosagens séricas
fetais de eventuais substratos bioquímicos (como por exemplo 21 hidroxilase e metabólitos
estrogênicos). Sua principal desvantagem implica na necessidade de excelente experiência na
micropunção do cordão umbilical fetal e no momento tardio da realização deste.

➢ Dosagem Da Beta-Glico-Proteína específica da gravidez (SP1) que é uma proteína


sinciotrofoblástica, detectada no sangue materno e no líquido amniótico até a 34ª semana
gestacional. Esta proteína pode ser detectada no líquido amniótico a partir da 10ª semana,
sendo demonstrada a baixa concentração de SP1 em fetos com SD antes da 19ª semana.

➢ Amniocentese - descrita na sua forma clássica em 1960 e progressivamente


aprimorada. Pode ser colhida prematuramente, a partir da 12ª semana, que oferece adequadas
condições para análises citogenéticas atingindo melhor sucesso técnico na 16ª semana. Tal

21
técnica possibilita diagnóstico de erros metabólicos por alteração da biossíntese enzimática
principalmente da 21 hidroxilase, acidemia metil-malônica, argino-succinúria, acidemia
propiônica, mucopolissacaridose, citrulinemia e outros. Sua melhor indicação é na 16ª
semana, e o maior risco é a isoimunização materno-fetal que pode ocorrer de 3% a 12%.

➢ Fetoscopia - exame realizado principalmente para avaliar parâmetros dismórficos que


podem passar desapercebidos no ultrassom morfológicofetal tais como alterações
tegumentares das genodermatoses e mais especificamente as hamartoses.

2.5.2. Recém-Nascidos

O reconhecimento clínico da SD no neonato é difícil em certas circunstâncias, quando


um edema periorbitário bilateral, uma bossa serosanguinolenta ou o aspecto pletórico (ou
edemaciado) podem desviar a atenção do médico. A hipotonia muscular e a diminuição do
reflexo de Moro encontram – se em 80% a 85% dos casos, tais sinais são indicativos de
imaturidade do sistema nervoso central, podendo ocorrer em prematuros sem SD.

Para dirimir essas dificuldades, vários autores analisaram grupos de portadores da SD


e designaram os sinais mais importantes para o diagnóstico no recém-nato. Hall, em 1966/64
aponta dez sinais de fácil verificação como cardinais por ocorrerem em mais de 40% dos
afetados. São os seguintes, com suas respectivas incidências:

• Ausência do reflexo de Moro: 85%; • Hipotonia muscular generalizada: 80%; • Face


achatada: 90%; • Fenda palpebral oblíqua: 80%; • Orelhas displásicas (pequenas, com
rotação, implantação ou forma anômala): 60%; • Pele abundante no pescoço: 80%; • Prega
palmar transversa única: 45%; • Hiperelasticidade articular: 80%; • Pelve displásica: 70%; •
Displasia da falange média do quinto dedo: 60%.

Na amostra estudada desse autor, 87 % dos pacientes apresentaram 6 ou mais dentre


esses 10 sinais clínicos, o que permitiu que se alcançasse 6 sinais cardinais associados a
sinais secundários.

Entre outros autores, Mello da Silva, após um estudo prospectivo de 19 recém-natos


portadores de SD, escolheu 7 sinais como cardinais. São eles, com suas respectivas
frequências:

• Hipotonia muscular: 90,9%; • Prega palmar transversa única (uni ou bilateral): 59%;
• Prega única no quinto dedo (uni ou bilateral): 18,1%; • Sulco entre o hálux e o segundo
artelho (uni ou bilateral): 77,2%; • Pele abundante no pescoço: 82%; • Fenda palpebral
oblíqua: 100%; • Face achatada: 86,3%.

Cada um desses sinais (exceto a prega única do quinto dedo) ocorre em mais de 45%
dos afetados. Conclui o autor que a existência de 3 ou mais sinais desses 7 sinais cardinais em
um recém-nato indica necessáriamente uma investigação mais cuidadosa, para a qual ele
selecionou 5 outros sinais auxiliares, que são os seguintes, com suas frequências:

22
• Epicanto: 68%; • Micrognatia: 90%; • Nariz pequeno e/ou ponte nasal achatada:
86%; • Hiperelasticidade articular: 81%; • Orelhas displásicas: 81%.

A frequência de sinais clínicos em diferentes faixas etárias, a saber, de 15 dias a 1


ano, de 1 a 5 anos e acima de 5 anos foram estudadas e observou-se que os seguintes sinais se
atenuaram ou tenderam a desaparecer : hipotonia muscular, língua protuída, pele abundante
no pescoço e diástase dos músculos retos do abdome. Outros sinais tornam-se mais
frequentes com a idade, como língua fissurada, braquidactilia (mais evidente), fronte
enrugada e pés pequenos.

Os sinais que permanecem estáveis são os seguintes: Fenda palpebral oblíqua, palato
ogival, manchas de Brushfield (alterações multifocais de pigmentação na íris), orelhas
displásicas, pênis pequeno, criptorquidia e hipotonia, além dos sinais dermatoglíficos,
(palmares, plantares, digitais, além da prega palmar transversa única e sulco entre o hálux e o
2º artelho) que são determinados pelo índice de Walker. Observa-se também alterações
específicas como indicadores em 95% dos pacientes com suspeita de SD, com 99% de
confiabilidade.

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3. CONCLUSÃO

Tendo como base o estudo realizado o grupo conclui que;

Os diversos recursos proporcionados pelas ciências médicas têm permitido uma


diminuição da taxa de mortalidade entre os pacientes com SD, intervindo precocemente na
minimização dos riscos das complicações clínicas associadas a este quadro clínico. O
prognóstico do paciente com SD depende em grande parte da intervenção precoce
multidisciplinar e da estimulação proporcionada pelo meio ambiente, que oriente o indivíduo
no seu desenvolvimento em rumo ao aumento da sua autonomia.

A estimulação e a educação requerem paciência, dedicação e firmeza junto destes


pacientes, exigindo dos profissionais um bom conhecimento do quadro clínico. O
acompanhamento clínico multidisciplinar deve incluir a família do portador com SD, de
forma a maximizar e a generalizar as aprendizagens e as técnicas de estimulação, numa
perspetiva de uma abordagem coerente e ajustada.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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síndrome de Down: guia para pais e educadores. (pp.16-17;28-32). 2ª ed. Porto Alegre:
Artmed.

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