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1.

INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS GERAIS
2.1 Objetivos específicos
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Resultados esperados
4.2 Resultados parciais
5. REFERÊNCIAS
ÍNDICE DE FIGURAS
CRONOGRAMA

Projeto elaborado conforme normas do periódico Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão (ISSN:
2525-4782).Qualis: B4 - Interdisciplinar, B5 - Geografia, B5 - Administração Pública e de Empresas,
Ciências Contábeis e Turismo, B5 - Comunicação e Informação, B5 - Engenharias III
INTRODUÇÃO

● Indústria e beneficiamento têxtil

De acordo com Peixoto, Marinho e Rodrigues (2013) a produção de corantes no


mundo totaliza uma estimativa de 800.000 ton./ano e ao menos 10-15% desse total entra
no meio ambiente através dos efluentes, ainda segundo os autores a problemática é
complexa por conta da não biodegradabilidade destes efluentes e dos componentes
somados ao processo.
INTRODUÇÃO

Alguns corantes naturais são alternativas não alérgicas, não tóxicas, oriundas
de fontes sustentáveis e que são muito importantes para tingimento de materiais
fibrosos, como têxteis (SIVAKUMAR et al., 2009).
INTRODUÇÃO

Antes da introdução dos corantes químicos na tinturaria com a revolução


industrial, foi mantido na Europa até o século XIX o uso de fungos em tinturaria
(SANTOS E SILVA, 2007).
INTRODUÇÃO

Como cita Vanil et al. (2020), os pigmentos fúngicos têm excelente estabilidade
de cor e propriedades de coloração e são de grande interesse para as indústrias
têxteis; garantem a produção em condições controladas, sem flutuações sazonais, e
são biodegradáveis.
INTRODUÇÃO

“Atualmente, pigmentos e corantes produzidos por meio de plantas e


micróbios são a principal fonte explorada pelas indústrias
modernas. Entre as outras fontes não convencionais, os fungos
filamentosos particularmente os fungos ascomicetos e basidiomicetos, e os
líquens são conhecidos por produzir uma extraordinária gama de cores,
incluindo várias classes químicas de pigmentos, como melaninas,
azafilonas, flavinas, fenazinas e quinonas." (KALRA, et al, 2020)
INTRODUÇÃO

Um líquen, de acordo com Tortora (2017) é uma combinação de uma alga verde
(ou uma cianobactéria) com um fungo e fazem parte do Reino Fungi sendo
classificados de acordo com o seu parceiro fúngico, na maioria das vezes um
ascomiceto.
Sendo assim, a presente pesquisa busca viabilizar alternativas de pigmentos a
partir do fungo Cryptothecia Rubrocincta, líquen crostoso da família Arthoniaceae
com menor impacto ambiental para suprir as lacunas da indústria têxtil, alinhando-se
à proposta da linha de pesquisa Tecnologia de Produtos Naturais.
● Objetivos

Analisar o potencial tintório, aplicabilidade


têxtil e razão de banho de tingimento do
biocorante extraído a partir do fungo
Cryptothecia Rubrocincta em fibras proteicas.

Fonte: acervo autora


● Metodologia

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com base na tese desenvolvida por Fuck
(2018), e nas pesquisas de Venil et al (2020), e divide-se nas seguintes etapas:

● Revisão Bibliográfica
● Coleta de população do Líquen
● Visitas Técnicas
● Pré- testes: melhor técnica de extração
● Análise de resultados e escolha da melhor técnica de extração
● Planejamento fatorial
● Tratamento de amostras
● Metodologia: próximas etapas
● Extração de amostras
● Teste De Tingimento em escala de bancada
● Análise colorimétrica
● Produção de Biocorante
● Teste Piloto de Tingimento (IFSC)
● Relatório dos Processos de Tingimento
● Esquematização de Comparativo com Industrial Convencional, baseado nos tons obtidos.
ATIVIDADES JÁ REALIZADAS

Visita ao Casulo Feliz de Maringá, produtores de fio e tecidos de seda, hoje


patrocinadores da pesquisa.

Fonte: acervo autora


● Coleta de população de líquens:

No dia 12 de março de 2023, foi realizada a coleta dos líquens na cidade de Pinhão,
município no Paraná, com Floresta ombrófila mista, ou “Mata das Araucárias". As
amostras foram retiradas de inúmeras árvores diferentes, a fim de evitar uma coleta
predatória, o método de raspagem é utilizado para retirada de líquens de acordo com Eber
Lopes (1998), foi feito com auxílio de facas pequenas, e recipientes plásticos, depois
depositados em um recipiente de vidro e pesados.
No momento da coleta, foi possível notar e identificar vários estágios do líquen,
expressas nas imagens abaixo:

Fonte: acervo autora


● Tratamento das amostras:

As amostras foram liquidificadas e posteriormente passaram por 5 minutos no


granulômetro para análise granulométrica, com peneiras de 8, 10, 16 e 30 tyler. As
amostras que ficaram retidas na peneira 8 foram retiradas, pois não se adequaram ao crivo
de 2,36mm estabelecidos ao tamanho das partículas a serem utilizadas nos testes de
extração.

Fonte: acervo autora


● Pré-testes laboratoriais

Clevenger: processo de hidrodestilação, não apresentou resultado satisfatório, visto


que o pigmento não foi extraído no processo.
Soxhlet: foram realizados dois ensaios em soxhlet:
Ensaio 1: Álcool etílico absoluto como solvente;
Ensaio 2: Bicarbonato de amônio como solvente;

Os resultados em soxhlet apresentaram baixa concentração de extração de


pigmento, já que grande parte do pigmento acabou ficando retida no papelote. As amostras
foram reservadas para futuras análises.
● Pré-testes laboratoriais

Clevenger Soxhlet

Fonte: acervo autora


● Pré-testes laboratoriais

Infusão: Foram realizados dois ensaios com método de infusão, os parâmetros


foram: agitação, temperatura, volume da água, volume de massa, solvente e tempo.

Posteriormente foram registrados os índices de PH de cada amostra e variaram


de acordo com o Solvente, 10 para sal amoníaco e 4.0 para etanol Os ensaios por
infusão mostram-se eficientes para extração de pigmentos do líquen.
● Pré-testes laboratoriais

Infusão com agitação e controle de temperatura:

Fonte: acervo autora


● RESULTADOS PARCIAIS

A Partir dos testes e análises já realizadas, foi observada que a melhor forma de
extração para o líquen é em fusão.
● Planejamento Fatorial:
● RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se a partir desta pesquisa obter um biocorante com potencial de ser


uma alternativa industrialmente viável, com razão de banho e processo de tingimento
de baixo impacto ambiental, que possa competir no mercado de corantes, de acordo
com os tons obtidos.
Etapas Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez

1. Pesquisas e levantamento x x x x x x x x x x x x
bibliográfico
2. Coleta de amostras do x x x
líquen
Cronograma Ano 2023.

3. Testes de extração em x x x
laboratório
4. Levantamento e Análise de x
dados via software
5. Visitas técnica x x x
6. Testes de tingimento e x x x
qualidade (bancada e piloto)
7. Esquematização dos x
processos e comparativo
industrial
8. Análise dos resultados x x x

9. Qualificação do trabalho x x
10. Correções pós qualificação x
ABRIL
11. Defesa
REFERÊNCIAS

Corantes naturais FERREIRA, Eber Lopes. Corantes naturais da flora brasileira: guia prático de tingimento com
plantas. Curitiba: Optagraf Editora e Gráfica Ltda, 1998. 98 p.

Tortora, Gerard J. Microbiologia/ Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case. 12. ed. –
Porto Alegre : Artmed, 2017.

Fungos Kalra R, Conlan XA, Goel M. Fungi as a Potential Source of Pigments: Harnessing Filamentous
Fungi. Front Chem. 2020 May 8;8:369. doi: 10.3389/fchem.2020.00369. PMID: 32457874; PMCID:
PMC7227384.

Venil CK, Velmurugan P, Dufossé L, Devi PR, Ravi AV. Fungal Pigments: Potential Coloring
Compounds for Wide Ranging Applications in Textile Dyeing. J Fungi (Basel). 2020 May
20;6(2):68. doi: 10.3390/jof6020068. PMID: 32443916; PMCID: PMC7344934.

Fuck, Wagner Fernando. Seleção de biocorantes de fungos filamentosos para tingimento de


couro e cultivo submerso de M. purpureus com substrato de pelo hidrolisado. Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2018. URL: http://hdl.handle.net/10183/188198.

Química Verde Silva, Flavia Martins da, Lacerda, Paulo Sérgio Bergo de e Jones Junior, Joel. Desenvolvimento
sustentável e química verde. Química Nova [online]. 2005, v. 28, n. 1 [Acessado 20 Julho 2022] , pp.
103-110. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-40422005000100019>. Epub 23 Fev 2005.
ISSN 1678-7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422005000100019.

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