Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
1 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 1
Objetivos: o aluno deve conhecer diferentes aspectos relacionados aos produtos naturais de
forma a ampliar a compreensão sobre o tema e com isso contribuir no entendimento dos
aspectos teóricos abordados na disciplina
Nesta aula os alunos vão conhecer o PLANFAVI – boletim eletrônico trimestral publicado pelo Centro Brasileiro de
Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) da UNIFESP. Esse rico material traz diferentes informações em forma
de notícias curtas sobre diversos aspectos relacionados a plantas medicinais, dentre eles: história, toxicidade,
interações medicamentosas e farmacologia. Endereço de acesso: [https://www.cebrid.com.br/planfavi/planfavi-
edicoes-anteriores/]
Execução: A primeira etapa consiste em dividir os alunos em duplas. A divisão das duplas é de responsabilidade dos
alunos, cada dupla formada receberá impresso um volume da revista eletrônica Planfavi e deve:
2 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 2
Apresentação do laboratório
Amostragem, análise macroscópica e pesquisa de materiais estranhos em drogas vegetais
Execução: A primeira etapa consiste em dividir os alunos em 6 grupos conforme orientação do professor. A divisão é
de responsabilidade dos alunos.
Parte I – apresentação do laboratório – leitura e discussão das normas. O técnico do laboratório vai demonstrar a
organização física do espaço bem como esclarecer as principais regras para o bom funcionamento das aulas.
Parte II – análise macroscópica de drogas vegetais – manipulação de amostras reais de plantas medicinais,
entendimento da amostragem e comparação com um compêndio oficial. Cada grupo vai receber uma amostra real de
droga vegetal comercializada como quebra-pedra. A ANVISA, por meio da Farmacopeia Brasileira, reconhece duas
plantas de espécies diferentes com o mesmo nome popular de quebra-pedra. Nesta primeira aula os alunos deverão
realizar a análise macroscópica, organoléptica, amostragem e pesquisa de materiais estranhos conforme protocolos
experimentais descritos a seguir. Os resultados serão comparados com os dados preconizados pela Farmacopeia para
as duas espécies de quebra-pedra. Nas duas próximas aulas serão realizadas técnicas de extração e análise química
para identificação sugestiva da identidade da amostra de droga vegetal analisada.
Metodologia:
Espalhar de forma homogênea o material vegetal sobre a superfície da folha quadrada de papel. Separar fisicamente
o conteúdo em quatro partes iguais. Os quadrantes opostos devem ser reunidos, resultado em duas porções: (1) a
amostra e (2) a contraprova (amostragem por quarteamento). Pesar, em béquer, a amostra. Espalhar novamente
sobre a superfície da folha quadrada de papel e remover qualquer material que não seja o farmacógeno (CONSULTAR
AS INFORMAÇÕES PRECONIZADAS NA FARMACOPEIA BRASILEIRA). Armazenar esse material em vidro de relógio e, ao
3 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
final da pesquisa, pesar. Calcular a porcentagem de materiais estranhos presentes na amostra conforme a equação a
seguir: {(%) de materiais estranhos = (massa de materiais estranhos removida x 100) /massa inicial de amostra do
material vegetal} (A PORCENTAGEM MÁXIMA DE MATERIAIS ESTRANHOS PERMITIDO PARA CADA ESPÉCIE É
PRECONIZADA PELA FARMACOPEIA BRASILEIRA. CONSULTAR). A amostra vegetal, livre de materiais estranhos, deve
ser utilizada para a análise organoléptica (cor, odor, sabor) e visual. Avaliar a cor, odor e sabor da amostra (CONSULTAR
A DESCRIÇÃO DESSAS CARACTERÍSTICAS PRECONIZADAS PARA CADA ESPÉCIE NA FARMACOPEIA BRASILEIRA). Analisar
o formato do farmacógeno, bem como características especiais. Registrar os resultados obtidos pois eles vão compor
um relatório avaliativo.
Resultados:
Comparar os resultados obtidos com o material de referência de qualidade para aquela amostra (monografia
farmacopeica das espécies P. tenellus e P. niruri). Analisar criticamente se o material vegetal analisado está de acordo
com os parâmetros de qualidade preconizados. Armazenar adequadamente e identificar (com nome, turma e turno)
a amostra vegetal resultante para a preparação de extrato na próxima aula.
RELATÓRIO DE AULA: será avaliado como a nota 1 (Unidade 1). A execução de todas as atividades dentro do tempo
de aula, bem como a postura e zelo pelos materiais serão também avaliados.
1. Nome do grupo/turma:
2. Nomes científicos possíveis para a planta analisada:
3. Nome popular da planta analisada:
4. Principais usos medicinais:
5. Massa inicial do material vegetal:
6. Massa de materiais estranhos:
7. (%) de materiais estranhos:
8. Descrição das características dos materiais estranhos encontrados:
9. Descrição das características macroscópicas do material analisado:
10. Descrição das características organolépticas
11. As características observadas estão compatíveis com alguma das espécies de quebra-pedra preconizadas pela
Farmacopeia?
NOTA DA PRÁTICA UNIDADE 1: [NOTA 1 + NOTA 2 + NOTA 3 + NOTA 4 + NOTA 5]/5. Notas 1 a 4 são aquelas dos
relatórios de aula prática. A nota 5 é referente à postura, respeito às normas e ao tempo de aula.
4 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 3
Execução: cada grupo deve utilizar o material vegetal preparado na aula anterior. Ele será utilizado em diferentes
metodologias de extração conforme descrito a seguir. Cada grupo vai produzir 4 extratos: (1) extrato aquoso em
banho-maria, (2) extrato aquoso em chapa aquecedora com agitação, (3) extrato metanólico em chapa aquecedora
com agitação, (4) fração enriquecida obtida por extração líquido-líquido do extrato (2).
a) 01 agitador magnético
b) 01 bastão de vidro
c) 01 pregador de madeira
d) 01 espátula
e) 01 funil de separação
f) 01 funil de vidro
g) 01 pera de sucção
h) 01 pipeta graduada de 5 ml
i) 02 tubos de ensaio
j) 03 copos de béquer
k) 05 frascos de vidro para armazenar os extratos produzidos
l) Algodão
m) Material vegetal preparado na aula anterior
n) Chapa aquecedora com agitação
o) Uso coletivo: balança, banho-maria, capela de exaustão, água destilada, metanol, acetato de etila
Metodologia:
Extração sólido-líquido
Extrato (1): Pesar, em copo de béquer, 1 g de amostra e adicionar cerca de 25 ml de água destilada. Levar ao banho-
maria a 60°C durante 20 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão para um copo de béquer. Retirar alíquota
de 2 ml e acondicionar em frasco de vidro para aplicação em placa cromatográfica na aula posterior.
Extrato (2): Pesar, em copo de béquer, 1 g de amostra e adicionar cerca de 25 ml de água destilada. Levar à chapa
aquecedora com agitador magnético 20 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão para um copo de béquer
(ATENÇÃO para não colocar o béquer quente na bancada fria, pôr em cima de um papel). Retirar alíquota de 2 ml e
5 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
acondicionar em frasco de vidro para aplicação em placa cromatográfica na aula posterior. O restante do extrato
deverá ser utilizado para a extração líquido-líquido e obtenção do Extrato (4) conforme descrito a seguir.
Extrato (3): Pesar, em copo de béquer, 1 g de amostra e adicionar cerca de 25 ml de metanol. Levar à chapa
aquecedora com agitador magnético durante 20 minutos (atenção para não secar todo o solvente). Esfriar, filtrar
com funil de vidro e algodão para um copo de béquer (ATENÇÃO para não colocar o béquer quente na bancada fria,
por em cima de um papel). Retirar alíquota de 2 ml e acondicionar em frasco de vidro para aplicação em placa
cromatográfica na aula posterior.
Extração líquido-líquido
Extrato (4): Retirar alíquota de 10 ml do extrato (2) e adicionar em tubo de ensaio. Adicionar 5 ml de acetato de etila.
Agitar vigorosamente. Retirar a fase orgânica (superior) e armazenar em frasco de vidro. Haverá a formação de uma
emulsão no limite entre as fases, evite coletá-la. Armazenar em outro frasco a fração aquosa residual.
Resultados:
Ao final da aula cada grupo deverá ter produzido 4 extratos e mais a fração aquosa residual gerada na preparação do
extrato (4). Assim, haverá 5 amostras devidamente rotuladas e identificadas que serão utilizadas na aula posterior
para análise cromatográfica. Responder as perguntas do relatório de aula.
RELATÓRIO DE AULA: será avaliado como a nota 2 (Unidade 1). A execução de todas as atividades dentro do tempo
de aula, bem como a postura e zelo pelos materiais serão também avaliados.
1. Nome do grupo/turma:
2. Quais as possíveis diferenças na qualidade dos extratos produzidos (polaridade dos constituintes,
exaustivo/não exaustivo, fração enriquecida ou extrato bruto etc.) considerando os diferentes métodos
extrativos e solventes utilizados. Na sua resposta correlacione o que foi realizado em aula prática com os
conceitos de extração aprendidos na aula teórica.
3. Os extratos produzidos serão analisados por cromatografia em camada delgada na aula posterior.
Considerando a extração líquido-líquido, quais as características você espera observar para a fração orgânica
(acetato de etila) e para a fração aquosa residual?
4. Quais os fatores poderiam otimizar o tempo de extração e aumentar a diversidade de metabólitos extraídos?
NOTA DA PRÁTICA UNIDADE 1: [NOTA 1 + NOTA 2 + NOTA 3 + NOTA 4 + NOTA 5]/5. Notas 1 a 4 são aquelas dos
relatórios de aula prática. A nota 5 é referente à postura, respeito às normas e ao tempo de aula.
6 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 4
Execução: cada grupo deve organizar/traçar a placa cromatográfica, preparar a fase móvel e executar a análise. Avaliar
o resultado de forma comparativa ao utilizar as cinco amostras produzidas na aula anterior [Extrato (1), Extrato (2),
Extrato (3), Extrato (4), e fração aquosa residual após obtenção do extrato (5)]. Comparar os extratos (1 a 5) com a
substância de referência rutina.
Metodologia:
Caso haja secura total, retomar as cinco amostras obtidas na aula 3 em 1 ml de metanol (20 gotas) agitando
gentilmente para promover a total solubilização. Fazer a análise cromatográfica.
Análise cromatográfica:
✓ Fase móvel: acetato de etila, água, ácido fórmico e ácido acético (10:2,6:1,1:1,1 [v:v:v:v]).
✓ Fase fixa: gel de sílica GF254 (polar)
✓ Substância de referência: rutina
✓ Marcar com um lápis e régua os limites da placa cromatográfica e a posição de aplicação das amostras: limite
superior deve ser de 0,3 cm da borda; limite inferior deve ser de 1 cm da borda e limites laterais de 0,5 cm.
7 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Desenhar suavemente uma linha indicando o limite inferior e sobre ela marcar uma divisão a cada 0,5 cm: no
primeiro espaço aplicar a primeira amostra, intercalando um espaço vazio com espaço preenchido com
amostra subsequente até que todas as cinco tenham sido aplicadas sobre a placa. Aplicar a solução de
referência no último espaço disponível (Aplicar 2x para cada amostra e 5x para padrões). Ao final a placa
demarcada deve comportar as 5 amostras (extratos preparados na aula anterior) e também a substância de
referência, totalizando 6 pontos de aplicação na placa.
✓ Desenvolver o cromatograma. Remover a cromatoplaca, deixar a placa secar, observe na câmara UV 365nm.
Após isso, nebulizar com difenilborato de aminoetanol SR (reagente natural A). Deixar a placa secar ao ar livre
durante alguns minutos. Examinar novamente sob a luz UV 365 nm. Marcar com lápis as bandas visualizadas
e calcular os respectivos Rf.
Resultados:
Comparar o resultado obtido (Rf e coloração de bandas) com a placa preconizada na Farmacopeia Brasileira 6 Ed.
Volume 2 para a planta em estudo (Phyllanthus spp. [quebra-pedra]). A seguir estão apresentadas as placas
esquemáticas preconizada para as duas espécies pertencentes ao gênero Phyllanthus comumente denominado
quebra-pedra: À ESQUERDA: perfil cromatográfico por CCD para P. tenellus, marcador/substância de referência rutina.
À DIREITA: perfil cromatográfico por CCD para P. niruri, marcador/substância de referência vitexina-2-ramnosídeo.
RELATÓRIO DE AULA: será avaliado como a nota 3 (Unidade 1). A execução de todas as atividades dentro do tempo
de aula, bem como a postura e zelo pelos materiais serão também avaliadas.
7. Considerando as diferenças observadas você sugere qual o motivo de elas terem ocorrido?
8. Analisando a polaridade da fase móvel: se eu desejo que o Rf das bandas seja maior, qual alteração na fase
móvel eu deveria fazer?
9. Em quais amostras foi possível observar a presença da substância de referência RUTINA?
10. Descreva os resultados qualitativos em relação às diferentes metodologias de obtenção de cada um dos
extratos. Ou seja, de que forma o método extrativo se correlaciona com o perfil cromatográfico observado
pelo grupo?
NOTA DA PRÁTICA UNIDADE 1: [NOTA 1 + NOTA 2 + NOTA 3 + NOTA 4 + NOTA 5]/5. Notas 1 a 4 são aquelas dos
relatórios de aula prática. A nota 5 é referente à postura, respeito às normas e ao tempo de aula.
9 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 5
Execução: cada grupo vai receber duas amostras: (i) medicamento industrializado [comprimidos de Cynara scollimus
(alcachofra) - 200 mg - Laboratório Multilab] e (ii) amostra comercial de folhas secas de alcachofra (droga vegetal). O
grupo deve proceder a extração dos constituintes do IFAV das duas amostras e analisar por cromatografia em camada
delgada a presença dos marcadores químicos. Ao final da aula será realizada uma discussão em grupo enfatizando as
diferenças entre as amostras e os resultados de forma comparativa atentando pela qualidade de ambas as amostras.
10 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Triturar em gral e pistilo 2 comprimidos. Pesar, em copo de béquer, 1 g de amostra e adicionar cerca de 30 ml de
etanol:água (70:30, v/v). Levar ao aquecimento sob agitação durante 20 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e
algodão (cuidado para não por o béquer quente direto na bancada). Reserve para análise cromatográfica.
Pesar, em copo de béquer, 1 g de amostra e adicionar cerca de 30 ml de etanol:água (70:30, v/v). Levar ao aquecimento
durante 20 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão (cuidado para não por o béquer quente direto na
bancada). Reserve para análise cromatográfica.
Análise cromatográfica:
✓ Fase móvel: acetato de etila: água: ácido acético: ácido fórmico (100:26:11:11, v/v).
✓ Fase fixa: gel de sílica GF254
✓ Amostra de referência (marcadores químicos): ácido clorogênico e luteolina-7-O-glicosídeo
✓ Revelador: UV, Reagente natural A
✓ Realize 3 aplicações para amostras e padrões
✓ Observe a placa na câmara UV 365nm antes e após a revelação química
Resultados:
Comparar o resultado obtido (Rf e coloração de bandas) com a placa preconizada na Farmacopeia Brasileira 6 Ed.
Volume 2 para a planta em estudo (alcachofra). Lembrando que na aula prática teremos os dois marcadores e também
duas amostras para serem analisadas na mesma placa. A seguir está apresentada a placa esquemática preconizada
contendo os dois marcadores e a representação de uma amostra:
11 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
RELATÓRIO DE AULA: será avaliado como a nota 5 (Unidade 1). A execução de todas as atividades dentro do tempo
de aula, bem como a postura e zelo pelos materiais serão também avaliadas.
NOTA DA PRÁTICA UNIDADE 1: [NOTA 1 + NOTA 2 + NOTA 3 + NOTA 4 + NOTA 5]/5. Notas 1 a 4 são aquelas dos
relatórios de aula prática. A nota 5 é referente à postura, respeito às normas e ao tempo de aula
12 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 6
Execução: O trabalho será realizado pelos alunos respeitando a formação dos mesmos grupos das aulas práticas em
laboratório.
1. Cada grupo deverá escolher uma planta para o desenvolvimento do trabalho. As opções estão apresentadas
na tabela a seguir:
13 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
3. Parte escrita:
a. Capa: identificação da instituição, da disciplina, dos membros do grupo, nome da planta e data.
b. Sumário: cada título de seção do trabalho deve ser listado com a correspondente numeração das
páginas.
c. Lista de figuras: para cada figura do trabalho listar sua numeração, respectiva legenda e página de
apresentação.
14 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
4. Apresentação oral: o grupo deverá organizar todo o conteúdo do trabalho escrito em slides e apresentar
oralmente para o restante da turma no tempo entre 10 e 15 minutos. De forma adicional, deve ser escolhida,
e explicada, a execução de uma das metodologias executadas em aula prática. Todos os membros do grupo
devem apresentar e responder aos questionamentos dos colegas e professor. Na apresentação cada membro
será avaliado individualmente.
AVALIAÇÃO: nota da prática unidade 2 [nota do trabalho escrito – nota do grupo]; nota da prática unidade 3 [nota da
apresentação do trabalho – nota individual].
16 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 7
Objetivos: o aluno deve compreender os principais aspectos relacionados à legislação vigente que
regulamenta a propaganda de medicamentos e executar uma análise crítica de propagandas reais
de medicamentos (foco em fitoterápicos manipulados e registrados na ANVISA).
Execução: aula expositiva-dialogada sobre as principais informações presentes na RDC 96/2008 e suas atualizações e,
na sequência, atividade de fixação utilizando metodologia ativa conforme orientações a seguir.
Metodologia ativa:
17 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 8
Objetivos: coletar informações para o trabalho da prática. Para a planta escolhida, o grupo deve
pesquisar, manipular e compreender as informações oficiais disponíveis em diferentes literaturas:
Memento fitoterápico, Formulário de fitoterápicos, Farmacopeia Brasileira, RENISUS, RENAME,
bem como em sites de interesse na busca por informações sobre plantas medicinais e produtos
naturais.
Execução: o grupo deve pesquisar as informações sobre a planta escolhida para o trabalho da prática nos seguintes
locais:
18 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Resultados:
O grupo deve reunir as informações referentes à planta escolhida em diferentes fontes de consulta, priorizando o
conteúdo conforme está explicado nas orientações para a realização do trabalho escrito. Ao final da aula, espera-se
que o grupo tenha conseguido avançar na construção do trabalho escrito, sanado as dúvidas quanto à pesquisa de
informações de qualidade na internet e consiga formular discussões sobre o teor das fontes pesquisadas de forma
comparativa. Todo o conteúdo pesquisado deve ser conferido pelo professor e monitores ao longo da aula e será
avaliado.
19 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 9
Objetivos: Os alunos de cada grupo deverão realizar a primeira etapa experimental do trabalho da
prática com a planta escolhida e gerar os dados para compor o trabalho escrito. Avaliação visual da
qualidade do material e preparação para as etapas seguintes.
Cada grupo vai receber uma amostra de droga vegetal conforme escolha da planta para realização do trabalho da
prática. Nesta primeira aula será trabalhada apenas a parte relacionada à análise macroscópica, microscópica,
organoléptica, amostragem e pesquisa de materiais estranhos conforme protocolos experimentais descritos a seguir.
Sabendo que a Aula 10 terá muitas etapas e com o objetivo de otimizar o tempo de aula os grupos já vão deixar pronto
o extrato aquoso a ser utilizado para a pesquisa de fenois, flavonoides e taninos (análise será executada na próxima
aula).
a) Amostra vegetal
b) 01 Régua
c) 01 Folha de papel quadrada
d) 01 copo de béquer
e) 01 vidro de relógio
f) 01 saco de papel para armazenamento e identificação da amostra
g) 01 copo de béquer
h) 01 funil de vidro
i) 01 proveta
j) 01 vidro de relógio
k) Água destilada
l) Algodão
m) Chapa aquecedora
n) Uso coletivo: capela de exaustão, balança, liquidificador.
Metodologia:
Espalhar de forma homogênea o material vegetal sobre a superfície da folha quadrada de papel. Separar fisicamente
o conteúdo em quatro partes iguais. Os quadrantes opostos devem ser reunidos, resultado em duas porções: (1) a
amostra e (2) a contraprova (amostragem por quarteamento). Pesar, em béquer, a amostra. Espalhar novamente
sobre a superfície da folha quadrada de papel e remover qualquer material que não seja o farmacógeno. Armazenar
esse material em vidro de relógio e, ao final da pesquisa, pesar. Calcular a porcentagem de materiais estranhos
20 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
presentes na amostra conforme a equação a seguir: {(%) de materiais estranhos = (massa de materiais estranhos
removida x 100) /massa inicial de amostra do material vegetal}. A amostra vegetal, livre de materiais estranhos, deve
ser utilizada para a análise organoléptica (odor, sabor) e visual. Avaliar a cor, odor e sabor da amostra. Analisar o
formato do farmacógeno, bem como características especiais. Triturar a amostra vegetal livre de materiais estranhos
e armazenar adequadamente e identificada para próxima aula. Registrar os resultados que devem ser reportados no
trabalho escrito e apresentação oral, incluindo imagens.
PREPARAÇÃO DO EXTRATO AQUOSO QUE SERÁ UTILIZADO NA PRÓXIMA AULA (pesquisa de fenois, flavonoides e
taninos)
Resultados:
Comparar os resultados obtidos com o material de referência de qualidade para aquela amostra (preferencialmente
com a monografia da Farmacopeia Brasileira 6 Ed. sempre que estiver disponível). Analisar criticamente se o material
vegetal analisado está de acordo com os parâmetros de qualidade preconizados. Armazenar adequadamente e
identificar (com nome, turma e turno) a amostra vegetal resultante para a preparação de extrato na próxima aula.
QUAIS INFORMAÇÕES SÃO IMPORTANTES DESTA AULA? OS GRUPOS NÃO DEVERÃO ENTREGAR RELATÓRIO
SEMANAL, OS RESULTADOS DEVEM SER APRESENTADOS NO TRABALHO ESCRITO.
21 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 10
Objetivos: Os alunos de cada grupo deverão realizar a segunda etapa experimental do trabalho da
prática com a planta escolhida e gerar os dados para compor o trabalho escrito.
Metodologias:
Cada grupo vai receber o extrato que preparou na aula anterior. Transferir 5 ml do extrato aquoso para cada um dos
5 tubos de ensaio: TUBO BRANCO (amostra de referência para comparação com as amostras teste dos tubos A, B e C);
TUBO A (teste do cloreto férrico), TUBO B (teste do hidróxido de potássio), TUBO C (teste da gelatina), TUBO D (teste
da cianidina).
✓ TUBO A: adicionar 10 gotas da solução aquosa de cloreto férrico a 2,5%. Observar o desenvolvimento de cor
em comparação com o tubo de ensaio considerado branco.
✓ TUBO B: adicionar 10 gotas da solução aquosa de hidróxido de potássio 3%. Observar o desenvolvimento de
cor em comparação com o tubo de ensaio considerado branco.
22 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SCREENING DE TANINOS:
✓ TUBO D: na capela, adicionar 5 ml de n-butanol e agitar. Reservar a fração butanólica (superior) em cápsula
de porcelana. Adicionar 5 ml de n-butanol à fração aquosa remanescente no tubo de ensaio e agitar. Juntar
essa fase orgânica com a primeira obtida e levar a cápsula de porcelana ao banho-maria na capela de exaustão
para evaporação completa do solvente. Após resfriamento da cápsula, retomar o resíduo com 10 ml de
metanol. Transferir o volume restante para dois tubos de ensaio (TUBO E e TUBO BRANCO 2).
✓ TUBO E: é o tubo de ensaio contendo a solução extrativa. Adicionar, vagarosamente, cerca de 0,5 ml de HCl
concentrado e pequena quantidade (ponta de espátula) de magnésio metálico. Observar o desenvolvimento
de cor em comparação com o tubo de ensaio considerado branco para essa reação (TUBO BRANCO 2).
Resultados:
TANINOS:
✓ TUBO C: ao comparar com o tubo de ensaio considerado branco, o tubo C deverá apresentar-se com uma
solução turva, indicando a presença de taninos (reação positiva).
FLAVONOIDES:
✓ TUBO E (reação da cianidina): os derivados flavônicos, de cor amarela, são reduzidos a antocianidinas
apresentando o desenvolvimento de coloração: laranja indica a presença de flavonas, coloração violácea
indica a presença de flavanonas e coloração vermelha a presença de flavonois. Limitação da técnica: chalconas,
auronas e isoflavonas não desenvolvem coloração, porém algumas chalconas em meio ácido produzem
flavanonas.
23 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 11
Objetivos: Os alunos de cada grupo deverão realizar a terceira etapa experimental do trabalho da
prática com a planta escolhida e gerar os dados para compor o trabalho escrito.
a. 01 funil de vidro
b. 01 pipeta graduada de 5 ml
c. 01 proveta
d. 01 vidro de relógio
e. 02 cápsulas de porcelana
f. 02 conta-gotas ou pipeta de Pasteur
g. 01 copo de béquer
h. 01 régua
i. 08 tubos de ensaio
j. Água destilada
k. Algodão
l. Amostra vegetal
m. Chapa aquecedora
n. Grampo de madeira para tubo de ensaio
o. Papel filtro
p. Pera de sucção
q. Extrato de RUIBARBO, extrato de JUÁ e sementes de CUMARU (amostras de referência como padrão positivo
– devem estar disponíveis para uso coletivo dos grupos)
r. Uso coletivo: capela de exaustão, banho-maria, secador, balança
s. Reagentes:
a. Frasco com solução aquosa de ácido clorídrico 10% (v/v)
b. Frasco com solução aquosa de hidróxido de amônio 10%
c. Frasco com solução metanólica de hidróxido de potássio 5% (p/v)
t. Solventes: metanol, acetato de etila
Metodologias:
SUBLIMAÇÃO DE CUMARINAS:
Pesar em um copo de béquer 1 g de amostra, tampar a entrada do béquer com papel de filtro seco previamente
impregnado com solução metanólica de KOH 5%. Proteger o papel filtro com papel alumínio. Levar ao aquecimento
em banho-maria com auxílio de grampo de madeira. Após 10 minutos, expor o papel à radiação UV (365 nm).
24 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Pesar, em copo de béquer 5 g de amostra e adicionar cerca de 70 ml de água destilada. Levar ao aquecimento sob
fervura por 10 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão.
SAPONINAS
Transferir 10 ml da solução extrativa para um tubo de ensaio de grosso calibre e submeter à seguinte
sequência:
ANTRAQUINONAS
Transferir 5 ml do extrato aquoso para 01 tubo de ensaio (TUBO A (teste de antraquinonas direto)). O restante
do volume do extrato deve ser transferido para um copo de béquer com 10 ml de ácido clorídrico a 10% e
levar ao aquecimento durante 10 minutos (hidrólise). Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão. Transferir 5
ml do extrato aquoso ácido para um tubo de ensaio (TUBO B). As amostras dos tubos A e B devem ser utilizadas
para o teste descrito a seguir:
Resultados:
ANTRAQUINONAS: O desenvolvimento de coloração rósea a avermelhada na fase aquosa (NH4OH) do tubo de ensaio
indica a presença de antraquinonas livres; a coloração violácea indica a presença de naftoquinoides; se houver
desenvolvimento de coloração azul indica a presença de benzoquinoides.
CUMARINAS: na presença de cumarinas voláteis desenvolve-se fluorescência amarela ou azul, conforme a estrutura
da cumarina detectada.
SAPONINAS: o desenvolvimento de espuma com altura superior a 10 mm e persistência após repouso indica a presença
de saponinas. A instabilidade da espuma pela adição de ácido mineral pode indicar resultado falso-positivo ou é
presuntivo de estrutura do tipo iônica.
25 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 12
Objetivos: Os alunos de cada grupo deverão realizar a etapa experimental do trabalho da prática
com a planta escolhida e gerar os dados para compor o trabalho escrito.
a. 01 funil de separação
b. 01 funil de vidro
c. 02 pipetas graduada de 5 ml
d. 02 conta-gotas ou pipeta de Pasteur
e. 03 copos de béquer
f. 08 tubos de ensaio
g. Água destilada
h. Algodão
i. Amostra vegetal
j. Chapa aquecedora
k. Pera de sucção
l. Extrato de sementes de mulungu (amostra de referência como padrão positivo – deve estar disponível
pronta para uso coletivo dos grupos)
m. Uso coletivo: capela de exaustão, balança, fitas de pH
n. Reagentes:
a. Frasco com solução aquosa de ácido clorídrico 10% (v/v)
b. Frasco com solução de hidróxido de amônio 25% (v/v)
c. Reagente de Mayer
d. Reagente de Dragendorff
e. Reagente de Bertrand
f. Reagente de Wagner
o. Solventes: metanol, clorofórmio ou diclorometano
Metodologia:
Pesar, em copo de béquer, 3 g de amostra, adicionar cerca de 50 ml de ácido clorídrico 10%, cobrir com vidro de
relógio e levar ao aquecimento durante 10 minutos. Esfriar, filtrar com funil de vidro e algodão para um copo de
béquer. Retirar uma alíquota de 4 ml para os testes de identificação, transferindo 1 ml para 4 tubos de ensaio e
acrescentar 2-3 gotas dos seguintes reagentes, em cada um:
1. Reagente de Mayer
2. Reagente de Dragendorff
3. Reagente de Bertrand
4. Reagente de Wagner
26 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Para confirmação do resultado, realizar o método de extração segundo Stass-Otto: alcalinizar aproximadamente 20
ml do filtrado com hidróxido de amônio a 25% até pH 10-12. Transferir a solução para funil de separação e adicionar
10 ml de clorofórmio ou diclorometano. Agitar cuidadosamente. Separar as fases. Coletar a fração orgânica (inferior)
para uma cápsula de porcelana. Evaporar o solvente até secura. Solubilizar o resíduo em 5 ml de ácido clorídrico 10%.
Realizar o procedimento de separação de 1 ml da amostra ácida para 4 tubos de ensaio adicionando os reagentes de
precipitação, como realizado anteriormente.
Amostra de referência: será fornecido aos grupos um extrato padrão contendo alcaloides para ser utilizado nas quatro
reações de precipitação e servir de controle positivo para comparação dos resultados.
Resultado:
27 de 28
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
CURSO DE FARMÁCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
AULA 13
Objetivos: Os alunos de cada grupo deverão realizar a etapa experimental do trabalho da prática
com a planta escolhida e gerar os dados para compor o trabalho escrito.
Execução:
1. Cada grupo deve pesquisar a monografia da sua planta na Farmacopeia Brasileira 6Ed.
2. Localizar na monografia a seção que descreve os procedimentos necessários para a cromatografia em camada
delgada
a. Preparação do extrato
b. Marcadores
c. Fase móvel
d. Revelador
e. Resultado esperado (placa esquemática)
3. Cada grupo será responsável por solicitar à equipe da prática os materiais e reagentes necessários conforme
as especificações na monografia de sua planta
4. A aula deverá ser executada dentro do horário de cada subturma, para isso a organização e concentração do
grupo é fundamental
5. Considerando que a aula é complexa será atribuída pontuação extra no trabalho para aqueles grupos que
atenderem o seguinte:
a. Pontualidade
b. Estar com a monografia farmacopeica da sua planta
c. Organização da bancada
d. Concentração na aula
e. Organização do grupo dividindo atividades
f. Atenção e discussão dos resultados
g. Executar os procedimentos dentro do tempo de aula (sem atraso)
Resultados: Ao final da aula, cada grupo deverá comparar o resultado da sua placa de CCD com o modelo
apresentado na monografia da respectiva planta na Farmacopeia Brasileira 6Ed. Esse resultado, bem como cálculo
dos Rf das principais bandas cromatográficas e discussões deverão ser incluídos no trabalho escrito e apresentação
do trabalho da prática.
28 de 28