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Critérios de avaliação

Ano letivo 2022/2023 Classificação: ____________________

Disciplina: História A Docente: Miguel Cunha

Nome: ____________________________________________ E. Educação: _____________________

Nº: _________ Ano: 10º Turma: A/B/C Data: março de 2023

GRUPO I
1. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
(B)
2. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
Reguengos
3. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
(C)
4. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
(A) – (5), (6); (B) – (2), (7); (C) – (1), (3), (4)

Níveis Descritores de desempenho Pontuação


3 Associa corretamente 7 ou 6 elementos. 10
2 Associa corretamente 5 ou 4 elementos. 6
1 Associa corretamente 3 ou 2 elementos 2

5. .................................................................................................................................................................................................................................. 40 pontos
Tópicos de resposta:
Parâmetro A –Identificação e Explicação
1.º tópico de orientação
A criação de senhorios no reino: objetivos e organização interna
Na resposta, podem ser explorados os seguintes aspetos:
– a partir do século XII, os reis assumiram a liderança da Reconquista e das doações de terras aos senhores ou com a Reconquista surgiram os senhorios
decorrentes das doações régias para recompensar os serviços prestados ou assegurar a defesa e administração das terras ou promover o povoamento:
“Fidalgo, ou cavaleiro, nem outro de qualquer estado, e condição que seja, que de nós terra tiver […]” (Doc. 1);
– os reis, sobretudo, a partir de D. Afonso III, procuraram registar as leis para exercerem a sua autoridade: “El-rei Dom Afonso o Terceiro ordenou, e fosse por
Ley” (Doc. 1) ou o registo escrito validou a autoridade régia: “E nós assim o ordenamos, e mandamos, por que o sentimos assim por serviço de Deus, e nosso e
bem de nossos Reinos.” (Doc. 1);
– o rei reservava para a Coroa direitos sobre as suas terras ou reguengos ou “terras reguengas” (Doc. 1);
– os reis doaram extensas propriedades ao clero ou alto clero secular (ou bispos) ou clero regular (ou ordens religiosas monásticas ou ordens religioso-
militares como a ordem dos Templários ou outra) ou as doações régias ao clero formaram coutos, num reforço da aliança com a Igreja ou para beneficiar a
Igreja, que tinha papel relevante na sociedade medieval ou por motivos religiosos, como obter a salvação da alma, e procurando proteger estas propriedades
dos abusos da nobreza que, usando do poder das armas e da sua função guerreira, usurpavam direitos nas propriedades eclesiásticas, levando o rei a proibir
que “nem façam celeiros, nem adegas nos Mosteiros, ou Igrejas, nem nos adros delas […]” (Doc. 1);
– as ordens religiosas organizavam a defesa e povoamento do território ou os frades e monges promoveram junto das comunidades camponesas o
desenvolvimento de atividades económicas dominantemente agrícolas: “pão, nem vinho do que hão de haver as Igrejas, ou Mosteiros contra vontade dos
Abades, e seus Clérigos, ou Mordomos.” (Doc. 1);
– a parte do domínio senhorial explorada diretamente pelo senhor era a reserva, onde se incluíam campos de cultivo ou pasto e floresta ou bosque para a caça
e abastecimento de recursos (Doc. 2) ou o senhorio era formado por duas partes distintas quanto à forma de exploração: a reserva, designada no esquema
“Quintã ou granja” (Doc. 2), e a outra era explorada pelos camponeses e constituía os mansos, onde se situavam as casas ( ou aldeia) e parcelas de terra (ou
casais) (Doc. 2).
2.º tópico de orientação:
Os poderes senhoriais sobre as comunidades dependentes
Na resposta, podem ser explorados os seguintes aspetos:
– nas terras exploradas diretamente pelo senhor situavam-se os equipamentos exclusivos do senhor ou que apenas o senhor tinha direito de possuir como o
moinho ou lagar ou forno (Doc. 2), sendo os camponeses dependentes do senhor obrigados à sua utilização e respetivo pagamento de impostos ou
banalidades;

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– a floresta (Doc. 2), localizada na parte da exploração reservada ao senhor ou os camponeses utilizavam os recursos da floresta ou lenha ou madeiras ou
caça desde que autorizados e sob pagamento de direitos senhoriais ou o senhor tinha o poder de exigir aos camponeses um conjunto de obrigações pelo uso
de recursos (Doc. 2) situados na reserva senhorial;
– a parte do domínio senhorial explorada pelos camponeses ou mansos onde se situavam as suas casas e parcelas de terra ou casais obrigava ao pagamento
de direitos senhoriais ou o senhor exigia direitos pelo uso da terra ou rendas (Doc. 2);
– os camponeses desempenhavam diversos serviços agrícolas ou criação de gado ou colheitas ou trabalhos artesanais (Doc. 3);
– os camponeses que compunham a maior parte do povo eram na sociedade medieval designados “mantenedores”, ou seja, os que mantinham com o seu
trabalho os dois grupos privilegiados ou nobreza ou clero ou o povo trabalhava de sol a sol e estava sujeito a más colheitas e a uma vida precária (Doc. 3);
– os camponeses pagavam diversos impostos ou obrigações ao senhor sobre tudo o que produziam ou pagavam a dízima à Igreja ou os camponeses estavam
obrigados a prestar serviços gratuitos na reserva senhorial ou corveias (trabalhos na conservação de caminhos, da muralha);
– os senhores aplicavam justiça sobre os habitantes de acordo com os usos e costumes, com exceção de pena de morte ou talhamento de membros ou casos
de justiça maior, reservados ao juízo régio.
Parâmetro B – Articulação temática e organização
A resposta evidencia a relação dos elementos apresentados com o tema O papel dos senhorios na vida económica e social do mundo rural nos séculos
XII a XIV, analisando o modo como a criação de senhorios teve objetivos diversos e se traduziu no exercício de poderes sobre as comunidades através da
exigência de direitos sobre as terras, o trabalho e a produção.
A criação de senhorios no reino: objetivos e organização interna
– relação entre a necessidade de defesa, de povoamento, de organização ou administração do território e as doações régias aos senhores;
– relação entre a concessão de senhorios e os poderes senhoriais sobre as comunidades de dependentes que viviam nos domínios senhoriais, que se dividiam
em partes diferentes.
Os poderes senhoriais exercidos sobre as comunidades dependentes
– relação entre os domínios senhoriais, explorados pelos senhores, e o exercício de extensos poderes sobre as comunidades de habitantes que aí viviam;
– relação entre os poderes senhoriais e as exigências sobre os dependentes que estavam obrigados ao pagamento de impostos, serviços gratuitos e outras
obrigações.

Parâmetro C – Integração dos documentos


A resposta evidencia a mobilização da informação dos documentos 1 a 3 para sustentar as linhas orientadoras do tema, que constam nos parâmetros A e B.
Podem ser exploradas as linhas de leitura apresentadas abaixo (ou outras possíveis).

– os reis assumiram a liderança da Reconquista e das doações de terras aos senhores, dando origem a senhorios, para recompensar serviços
prestados, assegurar a defesa e administração, promover o seu povoamento e ocupação: “Fidalgo ou cavaleiro, nem outro de qualquer estado, e
condição que seja, que de nós terra tiver […]” (Doc. 1);
– os reis procuraram registar as leis para que pudessem exercer e fazer valer a sua autoridade, afirmando o seu título: “El-rei Dom Afonso o
Terceiro ordenou, e fosse por Ley” (Doc. 1) ou registo escrito sinal da sua autoridade: “E nós assim o ordenamos, e mandamos, por que o sentimos
DOCUMENTO 1

assim por serviço de Deus, e nosso e bem de nossos Reinos.” (Doc. 1);
1.º Tópico
– o rei reservava para a Coroa direitos sobre terras designadas reguengos, as “terras Reguengas” (Doc. 1), para promover o povoamento e
de
ocupação do território e assegurar rendimentos próprios;
orientação
– os reis doaram extensas propriedades ao clero (coutos) para reforçar a aliança com a Igreja ou para beneficiar a Igreja ou por motivos religiosos,
procurando proteger estas propriedades dos abusos da nobreza, levando o rei a proibir que “nem façam celeiros, nem adegas nos Mosteiros, ou
Igrejas, nem nos adros delas […]” (Doc. 1);
– as ordens religiosas recebiam a incumbência de organização, defesa e povoamento do território e os frades e monges promoviam junto das
comunidades camponesas o desenvolvimento de atividades económicas: “pão, nem vinho do que hão de haver as Igrejas, ou Mosteiros contra
vontade dos Abades, e seus Clérigos, ou Mordomos.”(Doc. 1).

– a parte do domínio senhorial, explorada diretamente pelo senhor, era a reserva senhorial (Doc. 2); 1.º Tópico
– o senhorio era formado por duas partes distintas quanto à forma de exploração: a reserva, designada no esquema “quintã ou granja” (Doc. 2), e a de
outra parte, explorada pelos camponeses (mansos), que aí tinham as suas casas (aldeia) e parcelas de terra e casas (casais) (Doc. 2); orientação
DOCUMENTO 2

– nas terras exploradas pelo senhor situavam-se os equipamentos que apenas o senhor tinha poder de possuir, como o moinho, lagar e forno, por
exemplo, (Doc. 2) e os camponeses, dependentes do senhor, tinham de usá-los, pagando impostos designados banalidades;
– no domínio existia também a floresta (Doc. 2) cuja exploração era reservada ao senhor; 2.º Tópico
de
– o senhor tinha o poder de exigir dos camponeses um conjunto de obrigações pelo uso de recursos (Doc. 2); orientação
– a parte do domínio senhorial explorada pelos camponeses (mansos), onde tinham as parcelas de terra (casais), obrigados a pagar direitos pelo
uso da terra (rendas) (Doc. 2).

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– os camponeses desempenhavam os mais diversos serviços agrícolas, criação de gado, colheitas e trabalhos artesanais (Doc. 3);
DOCUMENTO 3

– o povo, dominantemente camponeses, eram, na sociedade medieval, designados “mantenedores”, ou seja, os que mantinham com o seu
2.º Tópico
trabalho os dois grupos privilegiados: os nobres (defensores) e o clero (oradores), trabalhando de sol a sol, sujeitos a más colheitas e a uma vida
de
precária (Doc. 3);
orientação
– os camponeses pagavam diversos impostos, ou obrigações ou os camponeses estavam obrigados a serviços gratuitos na reserva senhorial,
para além de variados trabalhos agrícolas, de sol a sol (Doc. 3).

A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros seguintes:
Compreensão histórica:
A – Identificação e explicação ................................................................................................................................................................................... 16 pontos
B – Articulação temática e organização ..................................................................................................................................................................... 12 pontos
C – Integração de documentos .................................................................................................................................................................................. 12 pontos

PARÂMETROS NÍVEIS DESCRITORES DE DESEMPENHO PONTUAÇÃO

• Apresenta e explica, de forma completa, 6 ou 5 elementos, distribuídos equilibradamente pelos dois tópicos de
orientação.
4 16
• Utiliza, de modo adequado, a terminologia específica da disciplina, podendo, no entanto, apresentar algumas
imprecisões.
A – Identificação e Explicação

• Apresenta e explica, de forma completa, 4 ou 3 elementos, distribuídos pelos dois tópicos de orientação, podendo
apresentar outros de forma incompleta e/ou com imprecisões ou apresenta e explica, de forma completa, 2 elementos,
distribuídos pelos dois tópicos de orientação e, de forma incompleta e/ou com imprecisões, pelo menos outros 2
3 12
elementos, distribuídos pelos dois tópicos de orientação.
• Utiliza, de modo adequado, a terminologia específica da disciplina, podendo, no entanto, apresentar algumas
imprecisões.

• Apresenta e explica, de forma completa, 3 elementos de um dos tópicos de orientação ou apresenta e explica, de
2 forma completa, apenas 2 elementos distribuídos pelos dois tópicos de orientação. 8
Compreensão histórica

• Utiliza a terminologia específica da disciplina, podendo, no entanto, apresentar algumas imprecisões e omissões.

• Identifica apenas elementos dos dois tópicos de orientação, utilizando a terminologia específica da disciplina com
1 4
imprecisões e omissões.

• Desenvolve o tema proposto O papel dos senhorios na vida económica e social do mundo rural nos séculos XII a XIV,
analisando de forma pertinente e clara o modo como a criação de senhorios teve objetivos diversos e se traduziu no
3 12
exercício de poderes sobre as comunidades através da exigência de direitos sobre as terras, o trabalho e a produção.
B – Articulação temática e Organização

• Organiza os conteúdos de forma coerente.

• Desenvolve o tema proposto, O papel dos senhorios na vida económica e social do mundo rural nos séculos XII a XIV,
analisando, de forma pertinente, embora nem sempre clara, o modo como a criação de senhorios teve objetivos diversos
2 e se traduziu no exercício de poderes sobre as comunidades através da exigência de direitos sobre as terras, o trabalho 8
e a produção.
• Organiza os conteúdos com algumas falhas de coerência.

• Refere-se ao tema proposto O papel dos senhorios na vida económica e social do mundo rural nos séculos XII a XIV,
de forma superficial, aludindo de forma vaga ao modo como a criação de senhorios teve objetivos diversos e se traduziu
1 4
no exercício de poderes sobre as comunidades através da exigência de direitos sobre as terras, o trabalho e a produção.
• Organiza os conteúdos com algumas falhas de coerência.

Página 3 de 7
• Integra, de forma pertinente, informação relevante contida nos três documentos para fundamentar a análise
3 12
apresentada.
C – Integração dos documentos

• Integra, de forma pertinente, informação relevante contida em dois documentos para fundamentar a análise
apresentada.
2 ou 8
• Integra, de forma pertinente, embora com algumas falhas, informação relevante contida nos três documentos para
fundamentar a análise apresentada.

• Integra, de forma pertinente, informação relevante contida em apenas um documento para fundamentar a análise
apresentada.
1 ou 4
• Integra, com falhas e de forma pouco pertinente, informação contida em, pelo menos, dois documentos para
fundamentar a análise apresentada.

NOTA: Qualquer resposta que não atinja o nível de desempenho no parâmetro (A) Identificação e Explicação é classificada com zero pontos nos restantes
parâmetros.

GRUPO II
1. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
D. Afonso III.
2. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
Afirmação:
– “foram juntos os infantes nossos irmãos e bispos e abades e prelados e condes e priores e mestres das ordens das cavalarias e ricos-homens e fidalgos e
também muitos e mui bons cidadãos das cidades e vilas, os quais mandámos vir a estas Cortes […].”

Níveis Descritores de desempenho Pontuação


2 Transcreve integralmente o excerto solicitado, respeitando as regras de transcrição. 10
1 Transcreve o excerto correto com erros de transcrição. 7

Nota – As respostas que apresentem, além da afirmação correta, a transcrição de outros excertos sem correspondência com o solicitado são classificadas com
zero pontos.
3. .................................................................................................................................................................................................................................. 15 pontos
Tópicos de resposta:
– reafirmou a validade das ações dos antecessores e a continuidade da ação régia, no seu papel político de condução dos destinos do reino ou deu a ideia de
uma coesão do reino: “Dizem que os reis nossos antepassados, vendo que os clérigos se apoderavam de muitas terras […], em prejuízo dos nossos direitos e
dano dos nossos povos, proibiram que o fizessem […]”;
– tomou decisões para reforçar o poder régio na aplicação do direito e da justiça: “[…] desejamos […] que cada um viva seguro e regrado, com direito e justiça
[…]”;
– evidenciou a necessidade de controlar e impedir os abusos praticados pelos oficiais régios e senhores: “[…] corrigir e melhorar o estado dos Reinos […] por
nós, pelos nossos oficiais ou por outros poderosos […]”;
– reforçou a denúncia da usurpação de terras da Coroa por parte do Clero: “[…] os clérigos se apoderavam de muitas terras […], em prejuízo dos nossos
direitos e dano dos nossos povos […].”;
– ordenou o cumprimento da lei em vigor, a qual o clero se esquivava de cumprir: “[…] mandamos que se respeite a dita lei […]”, de maneira a marcar a sua
autoridade face ao grupo privilegiado e poderoso;
– reconhecimento da importância das Cortes como aliadas do poder régio, no sentido de denunciar abusos: “para termos acordo e conselho [sobre como]
corrigir e melhorar o estado dos Reinos”.

A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros seguintes:
Compreensão histórica:
A – Conteúdos ............................................................................................................................................................................................................ 8 pontos
B – Documentos ......................................................................................................................................................................................................... 4 pontos
C – Comunicação ........................................................................................................................................................................................................ 3 pontos
PARÂMETROS NÍVEIS DESCRITORES DE DESEMPENHO PONTUAÇÃO

Página 4 de 7
• Explicita, de forma completa, dois aspetos que demonstram a importância das Cortes de 1371 para o reforço do poder
4 8
régio.
3 • Explicita, de forma completa, um dos aspetos solicitados e, de forma incompleta, um outro aspeto. 6
A – Conteúdos

• Explicita, de forma completa, um dos aspetos solicitados.


2 ou 4
• Explicita, de forma incompleta, dois aspetos solicitados.
• Explicita, de forma incompleta, apenas um dos aspetos solicitados.
1 ou 2
• Identifica apenas aspetos que demonstram a importância das Cortes de 1371 para o reforço do poder régio.
• Integra excertos relevantes do documento 1 para fundamentar os dois aspetos solicitados, podendo apresentar falhas
2 4
B – Documentos

pontuais.
• Integra excertos relevantes do documento 1 para fundamentar um dos aspetos solicitados, podendo apresentar falhas
pontuais.
1 2
ou
• Integra, com falhas, excertos relevantes do documento 1 para fundamentar os dois aspetos solicitados.
• Utiliza, de forma globalmente adequada, a terminologia específica da disciplina.
Comunicação

2 3
• Apresenta um discurso globalmente articulado, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza.
C–

1 • Utiliza a terminologia específica da disciplina com imprecisões. 1


• Apresenta um discurso com eventuais falhas que comprometem parcialmente a sua clareza.

4. .................................................................................................................................................................................................................................. 15 pontos
Tópicos de resposta:
– promover a aplicação das leis já publicadas, tendo em vista o controlo dos abusos senhoriais no domínio da justiça ou usurpação de direitos dos povos ou do
rei: “fizemos nossas Cortes, […] para termos acordo e conselho [sobre como] corrigir e melhorar o estado dos Reinos e para nos dizerem os agravos*
[praticados] por nós, pelos nossos oficiais ou por outros poderosos. […]”;
– recorrer ao conhecimento do Direito como forma de estruturar o exercício do poder e a aplicação de leis: “[…] tendo conselho com os da nossa corte e com
letrados e entendidos”;
– retomar a aplicação das leis de desamortização que pareciam ter caído no esquecimento: “Dizem que os reis nossos antepassados, vendo que os clérigos se
apoderavam de muitas terras que compravam, em prejuízo dos nossos direitos e dano dos nossos povos, proibiram que o fizessem […].”;
– aplicar as leis e o direito aos privilegiados que se arrogavam a proceder contra a lei: “E que agora eles procedem em engano da lei […]. Respondemos e
mandamos que se respeite a dita lei.“;
– convocar as Cortes para tomar conhecimento de agravos e de queixas ou abusos praticados pelos privilegiados ou “poderosos” que iam contra as leis do
reino publicadas pelos reis;
– inquirir sobre a situação do reino de forma a tomar conselho com os representantes nas Cortes, nomeadamente com os procuradores dos concelhos que se
queixavam dos abusos senhoriais: “para termos acordo e conselho [sobre como] corrigir e melhorar o estado dos Reinos e para nos dizerem os agravos” na
sequência de iniciativas anteriormente tomadas, como, por exemplo, nas Inquirições, confirmações, chamamento geral ou outro exemplo.

A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros seguintes:
Compreensão histórica:
A – Conteúdos ............................................................................................................................................................................................................ 8 pontos
B – Documentos ......................................................................................................................................................................................................... 4 pontos
C – Comunicação ........................................................................................................................................................................................................ 3 pontos

PARÂMETROS NÍVEIS DESCRITORES DE DESEMPENHO PONTUAÇÃO


• Explicita, de forma completa, duas iniciativas que foram tomadas pelos reis tendo em vista o combate à expansão
4 8
senhorial no Reino.
3 • Explicita, de forma completa, uma das iniciativas solicitadas e, de forma incompleta, uma outra iniciativa. 6
A – Conteúdos

• Explicita, de forma completa, uma das iniciativas solicitadas.


2 ou 4
• Explicita, de forma incompleta, duas iniciativas solicitadas.
• Explicita, de forma incompleta, apenas uma das iniciativas solicitadas.
1 ou 2
• Identifica apenas iniciativas tomadas pelos reis.

Página 5 de 7
Documento
• Integra excertos e informações do documento 1 para fundamentar uma das iniciativas solicitadas, podendo apresentar
2 4
falhas pontuais.
B–

1 • Integra, com falhas, excertos relevantes do documento 1 para fundamentar uma das iniciativas solicitadas. 2
• Utiliza, de forma globalmente adequada, a terminologia específica da disciplina.
Comunicação

2 3
• Apresenta um discurso globalmente articulado, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza.
C–

• Utiliza a terminologia específica da disciplina com imprecisões.


1 1
• Apresenta um discurso com eventuais falhas que comprometem parcialmente a sua clareza.

GRUPO III
1. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
(C)
2. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
(D)
3. .................................................................................................................................................................................................................................. 10 pontos
Afirmação:
– “[…] vos concedo que possais, do reguengo e herdades supraditas, vender, doar e dispor delas conforme a vossa vontade e dá-las a quem quer que queirais,
exceto a militar, ou clérigo, ou homem de ordem […]”.

Níveis Descritores de desempenho Pontuação


2 Transcreve integralmente o excerto solicitado, respeitando as regras de transcrição. 10
1 Transcreve do excerto correto com erros de transcrição. 7

Nota – As respostas que apresentem, além da afirmação correta, a transcrição de outros excertos sem correspondência com o solicitado são classificadas com
zero pontos.

Grupo IV

1 10 pontos
a) – 3); b) – 4; c) – 1.

2 15 pontos
Tópicos de resposta:

 estilo essencialmente urbano, que tem na catedral o seu expoente máximo;

 verticalidade das linhas arquitetónicas;

 interior amplo e luminoso;

 grandes aberturas preenchidas por vitrais;

 utilização do arco quebrado;

 abóbada de cruzamento de ogivas;

 reforço dos pontos de descarga do peso da abóbada por meio de arcobotantes.

3 15 pontos
Tópicos de resposta:

Página 6 de 7
 dinamismo das cidades, que crescem em número e importância a partir do século XI;

 necessidade de um funcionalismo urbano qualificado, capaz de assumir a autonomia administrativa de comunas


como a de Bolonha, à qual se reporta o Doc. 2: “[…] a favor da comuna de Bolonha”;
 procura, por parte do rei, de juristas – como os formados pela universidade de Bolonha, especializada no ensino do
Direito (Doc. 2) – e outros elementos essenciais ao crescimento progressivo da burocracia do Estado;
 revitalização dos circuitos de comércio e consequente complexidade dos registos e da gestão contabilística das
companhias mercantis.

Página 7 de 7

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