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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO / UNIPE

LUCAS MIRANDA DO NASCIMENTO

A ATUAL AUSÊNCIA DA NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA EM BENS


DE VALORES SENTIMENTAIS

JOÃO PESSOA
2023
LUCAS MIRANDA DO NASCIMENTO

A ATUAL AUSÊNCIA DA NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA EM BENS


DE VALORES SENTIMENTAIS

Projeto de Pesquisa elaborado para a inscrição


no processo de orientação de TCC,
supervisionado pela Coordenação Geral do
Curso de Direito, do Centro Universitário de
João Pessoa, como requisito obrigatório para a
elaboração do TCC, na disciplina Monografia.

JOÃO PESSOA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 03
2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 03
3 PROBLEMA....................................................................................................... 03
4 HIPÓTESE.......................................................................................................... 04
5 OBJETIVOS........................................................................................................ 04
5.1 GERAL.............................................................................................................. 04
5.2 ESPECÍFICOS.................................................................................................. 04
6 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................. 05
7 METODOLOGIA................................................................................................ 05
8 CRONOGRAMA................................................................................................. 05
9 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA........................................................................... 06
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1 INTRODUÇÃO

Este tema busca trabalhar sobre a aplicação do Princípio da Insignificância em práticas de


furtos de bens que detém valores sentimentais para as vítimas dos referidos atos delitivos, ou seja, o(s)
bem(ns) subtraído(s) possui ligação entre a vítima e um terceiro (descendente, ascendente, colaterais e
afins), em que veio a falecer e possuía um forte laço afetivo, posto que, podemos observar que, nos
atuais julgamentos dos tribunais pátrios, o supracitado princípio, é aplicado apenas quando ocorre um
perigo social, conduta que não é ou é minimamente ofensiva, ato pouco reprovável e quando a lesão
jurídica é inexpressiva, sendo apreciado pela ótica do valor do bem subtraído e a condição econômica do
agente lesado, sendo pouco aplicado e levado em conta os danos causados em decorrência do apego
emocional com o bem que fora furtado ou roubado.
Nesta senda, o ponto que será trabalhado no decorrer deste trabalho, servirá para uma melhor
visão e eficiência sobre quando aplicar ou não o Princípio da Insignificância, em objetos furtados ou
roubados que façam ligação entre o agente lesado e um terceiro, sendo ele descendente, ascendente,
colaterais e afins, que já faleceu e possuía um forte laço de afetividade.
Mais precisamente, o pronto a ser tratado no decorrer deste trabalho, discorrerá sobre a
importância de não aplicar o princípio da insignificância sobre os bens de valores sentimentais em face
das pessoas que tiveram seus objetos com grande importância sentimental roubados ou furtados, tendo
em vista o abalo sentimental e a existência de iminente perigo a vida do agente lesado.

2 JUSTIFICATIVA

O tema trabalhado neste trabalho, surgiu como um inconformismo sobre a aplicação do


Princípio da Insignificância ao longo da vida acadêmica, através das análises das decisões dos Tribunais
pátrios, onde se pode observar que o Princípio supramencionado conta com requisitos para ser aplicado,
tendo como uma das principais análises dos casos, o valor do bem subtraído e a condição econômica do
agente lesado, portanto, um ponto tão importante, e que se deve levar em consideração, que é o valor
sentimental entre o objeto e o agente lesado.

3 PROBLEMA

Diante do que fora exposto no tópico anterior, surge a seguinte pergunta: “Por que o Princípio
da Insignificância ainda é aplicado em casos de furto de bens com valores sentimentais, sendo que, o
abalo extrapatrimonial também pode causar graves problemas e iminentes riscos à própria vida do
agente lesado, quando o bem acometido possui ligação entre a vítima e um terceiro que possuía um forte
laço afetivo, na qual veio a falecer?”
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4 HIPÓTESE

Ultimamente, a análise sobre os casos de furtos em face de bens, cujo os requisitos se


enquadram para a aplicação do Princípio da Insignificância / Princípio da Bagatela estão sendo julgados
principalmente pela ótica do valor pecuniário do referido bem, vindo o(s) julgador(es) a esquecer(em) de
analisar a existência de ligação emocional entre o agente lesado, o bem subtraído e quem
presenteou/disponibilizou o referido bem a vítima.
Nesta linha, traz a baila um fato sensível a ser observado pelos operadores do direito, sob os
fatos apresentados, observando a existência de lesão ou dano extrapatrimonial, em casos que, o ato
cometido seja de mínima ofensividade da conduta do agente, inexistência de periculosidade social,
reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada, mas,
que o bem subtraído possua ligação afetiva/emocional entre a vítima e um terceiro, seja ele,
descendente, ascendente, colateral e afins, que já tenha falecido, devendo ser comprovados através de
imagens, vídeos e testemunhas, se houver.
Sobre essa mesma temática, como um meio punitivo-educativo e na tentativa de solucionar o
problema aqui apresentado, o agente que cometeu o ato delituoso, sendo primário, deverá cumprir a
pena com prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro à vítima, ou substituição do
pagamento por doações de cestas básicas e excepcionalmente, de sangue.

5 OBJETIVOS

5.1 GERAL

a) Averiguar se o nosso ordenamento jurídico permite a punibilidade dos furtos, que cumprem
requisitos para a aplicação do princípio da insignificância, mas foram realizados em face de bens
que detém valores sentimentais para as vítimas, ou seja, o(s) bem(ns) subtraído(s) possui ligação
entre a vítima e um terceiro (descendente, ascendente, colaterais e afins), em que veio a falecer
e possuía um forte laço afetivo.

5.2 ESPECÍFICOS

a) Analisar a possibilidade de aplicação da pena do ato ilícito praticado em face de objeto(s)


subtraído(s) que requisitos para a aplicação do princípio da insignificância, mas foram realizados
em face de bens que detém valores sentimentais para as vítimas, ou seja, o(s) bem(ns)
subtraído(s) possui ligação entre a vítima e um terceiro (descendente, ascendente, colaterais e
afins), em que veio a falecer e possuía um forte laço afetivo, causando assim, um imensurável
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abalo moral.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico é o que sustenta a pesquisa, uma vez que possui toda a fundamentação
teórica. Por isso, valorize os conhecimentos já produzidos pela humanidade ou por cientistas também.
Nesta etapa, você deve incluir fontes de livros, artigos, pesquisa em internet ou em outros meios de
informações e estudos.

7 METODOLOGIA

A técnica da pesquisa empregada será a pesquisa bibliográfica, como dito anteriormente


utilizaremos recursos como textos, artigos, jurisprudências, sobre o tema.
Sobre o objetivo geral, a pesquisa será descritiva, reservada a compreender a realidade dos
acontecimentos, discutindo sobre a aplicação do referido tema nos dias atuais e encontrar as possíveis
soluções para quaisquer problemas que vierem a existir sobre o tema pesquisado.

8 CRONOGRAMA

Meses / 2022
ATIVIDADES Ja Fe Ma Ab Ma Ju Ju Ag Se Ou No De
n v r r i n l o t t v z
Levantamento dos
x x
materiais bibliográficos
Leitura e análise crítica do
x x
material
Primeiras atividades sob
Orientação
Elaboração de
questionários ao público
envolvido*
Pesquisa de campo (coleta
de informações)*
Organização e seleção do
x x x
material (Orientação)
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Execução do trabalho
x x
(digitação e diagramação)
Revisão bibliográfica
Conclusões necessárias
para impressão
Apresentação

9 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. (5. Turma) Habeas Corpus. 60949 PE. HABEAS CORPUS.
DIREITO PENAL. FURTO DE PULSOS TELEFÔNICOS. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFIC
NCIA. POSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA. 1. O pequeno valor da res furtiva não se traduz,
automaticamente, na aplicação do princípio da insignificância. Há que se conjugar a importância do
objeto material para a vítima, levando-se em consideração a sua condição econômica, o valor sentimental
do bem, como também as circunstâncias e o resultado do crime, tudo de modo a determinar,
subjetivamente, se houve relevante lesão. Precedente desta Corte. 2. Consoante se constata dos termos
da peça acusatória, a paciente foi flagrada fazendo uma única ligação clandestina em telefone público.
Assim, o valor da res furtiva pode ser considerado ínfimo, a ponto de justificar a aplicação do Princípio da
Insignificância ou da Bagatela, ante a falta de justa causa para a ação penal. 3. Não há notícia de
reiteração ou habitualidade no cometimento da mesma conduta criminosa, sendo que a existência de
outro processo em andamento não serve como fundamento para a inaplicabilidade do princípio da
insignificância, em respeito aos princípios do estado democrático de direito, notadamente ao da
presunção da inocência. 4. Ordem concedida, para trancar a ação penal instaurada contra a paciente.
(STJ - HC: 60949 PE 2006/0127321-1, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 20/11/2007,
T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 17/12/2007 p. 235). Acesso em 01/02/2023.

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