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Dicas
Cientificamente
Embasadas
De como utilizar

Afirmações
Positivas
RENOVE OS SEUS PENSAMENTOS E
TORNE-SE A PESSOA QUE VOCÊ QUER SER
_______________________

DI SAVAL – C.T. Books


Introdução:

Não, esse não será um livro de “otimismo tóxico”, como muitos que vemos
por aí que vendem a ideia de que basta você negar os fatos ruins da sua vida,
substitui-los pelas fantasias da sua mente e o mundo se tornará o seu
playground particular.
Não.
Se você quer um livro assim, continue a sua pesquisa pelo site da Amazon,
pois certamente encontrará material mais adequado para você.
Como diz a assistente social e coach de desempenho Melody Wilding:
“Não faltam gurus da autoajuda que juram que repetir frases positivas para
si mesmo, pode mudar sua vida. Segundo eles, se você disser a si mesmo:
"Sou forte e bem-sucedido", seus medos simplesmente desaparecerão!”
Caso você já tenha usado afirmações positivas, sabe que é um hábito difícil
de manter.
Você até consegue ficar cinco, dez ou até vinte minutos repetindo a sua
afirmação, mas e durante as outras 23 horas do dia?
Grande são as chances de que a sua mente simplesmente volte para os
pensamentos repetitivos (e destrutivos!) que até já fizeram “calo” no seu
cérebro.
Como diz Wilding, “o problema das afirmações positivas é que elas operam
no nível superficial, consciente do pensamento. Elas não fazem nada para
lidar com a mente subconsciente, onde as crenças limitantes realmente
vivem.”
A verdade é que se você se forçar a dizer: "Vivo em abundância e só atraio
riqueza", mas a sua convicção fundamental for de que nunca você nunca será
alguém de sucesso, a sua mente não demorará em gerar conflito contra aquela
ideia estranha.
Não há nada de errado em experimentar uma vasta gama de sentimentos, isso
inclui os desagradáveis como a decepção, a frustração, a tristeza ou a culpa.
E embora não restem dúvidas de que ficar insistindo nas emoções negativas
pode se tornar um hábito horrível, tentar se livrar magicamente das nossas
inseguranças usando “pensamentos positivos” não é a melhor e nem a mais
adequada das soluções.
Então, se as afirmações positivas feitas de qualquer jeito podem não ter
eficácia – e chegarem até mesmo a prejudicar as pessoas com problemas
sérios de autoestima e depressão, por exemplo – como é possível assumir o
controle das nossas vidas e nos capacitar mentalmente para mudarmos?
Há como usar essas afirmações de uma forma funcional, realista e eficaz?
Sim. E é desse ponto de vista que este pequeno manual foi escrito.
Quando pensei em escrever sobre esse tema, só o faria se fosse possível achar
evidências científicas (ou seja, que fossem baseados nos fatos da vida) para
as afirmações positivas.
Felizmente, encontrei essas evidências. Alguns dos resultados dessas
pesquisas vocês verão a seguir.
Caso você nunca tenha praticado afirmações positivas antes, pode ter muitas
perguntas sobre o assunto, e aqui você irá encontrar algumas respostas já em
formato de dicas aplicáveis à sua vida.
Este livro vai explicar:
O que são as afirmações positivas.
Quais as ideias e experiências originais que dão fundamento às
afirmações positivas.
O que as profecias autorrealizáveis têm a ver com as autoafirmações.
Em que áreas da vida elas servem e como devem ser usadas.
Quais problemas comportamentais podem ser aliviados ou resolvidos
com o auxílio dessas afirmações.
Como usar as afirmações de um modo convincente e realmente
transformador.
O que se deve fazer quando as afirmações tradicionais não ajudam.
Como você pode desenvolver as suas próprias afirmações positivas.
No que elas precisam estar baseadas para funcionarem de verdade.
A pergunta que não quer calar sobre as afirmações.
E muito mais.
Boa leitura!
Autor/Editor: Di Saval - C & T books
Obra: 25 dicas cientificamente embasadas de como utilizar as AFIRMAÇÕES POSITIVAS.
2020 - C & T books
©Todos os direitos reservados (Di Saval/C &T books)
Essa é uma publicação independente (C&T books)
Revisão, preparação, capa, diagramação: C & T books

©Todos os direitos reservados.


Proibida a reprodução desse livro, total ou em partes, através de quaisquer meios. Os direitos autorais e
morais do autor foram contemplados.
A violação dos direitos autorais constitui um crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, Lei nº 6.895,
de 17/12/1980), sujeitando-se à busca, apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610, de 19/02/1998).

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Sumário
Introdução:
1
As bases científicas das afirmações positivas
1. O que são as autoafirmações?
2. O papel das afirmações positivas sobre a força de vontade e o
autocontrole.
3. As autoafirmações podem ajudar nas relações interpessoais.
4. As autoafirmações e a criatividade
5. O poder das crenças autorrealizáveis
6. Se entendidas e bem utilizadas, as afirmações melhoram a vida.
2
As afirmações positivas e a realidade da vida
7. As afirmações positivas não são palavras mágicas.
8. Não afirme coisas com as quais não se identifica.
9. Não use as afirmações das outras pessoas.
10. Nada de afirmações prolixas.
11. Não repita as afirmações sem pensar.
12. O processo correto das afirmações positivas.
13. As afirmações só funcionam com base na sua verdade pessoal.
14. As suas afirmações devem ter foco no progresso, não na perfeição.
15. As autoafirmações podem e devem ser neutras antes de serem
positivas.
16. Afirmações não precisam ser apenas faladas.
17. As autoafirmações podem ajudar com a ansiedade e a depressão?
18. As afirmações podem ajudar a aumentar a sua autoestima.
19. Até que ponto as afirmações podem melhorar a nossa saúde em
geral?
20. Afirmações são apenas mantras positivos?
Leia também:
3
Como criar as suas afirmações positivas
21. Identifique uma área específica em sua vida que deseja melhorar.
22. Elabore 10 autoafirmações focadas nessa área específica.
23. Há diversos modos de se usar as autoafirmações
24. Troque as fórmulas afirmativas por frases interrogativas.
25. Apenas 10 minutos de prática diária.
4
Uma afirmação positiva disfarçada de pergunta
26. Autoafirmação: fazê-las em 1ª ou 3ª pessoa?
27. Afirmações e visualizações combinam?
5
58 afirmações positivas para você se inspirar
Outros livros meus:
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Fontes e Estudos:
Sobre o Autor:
1
As bases científicas das afirmações positivas

1. O que são as autoafirmações?

As autoafirmações ou afirmações positivas são ferramentas muito populares e


amplamente usadas no mundo do desenvolvimento pessoal.
A ideia básica é que podemos adquirir crenças saudáveis, positivas e
produtivas se repetirmos uma crença para nós mesmos algumas vezes e por
algum tempo.
Por exemplo, se repetirmos um pensamento como "sou uma pessoa
inteligente e feliz” vinte vezes, todas as manhãs, poderemos começar a
acreditar nisso de verdade e, portanto, passaremos a agir de maneira tal que
essa crença acabará por se cumprir.
O que se supõe é que ao fazermos essas afirmações, isso aprimora a repetição
de certos padrões de pensamento (assim como os caminhos neurais), o que
vai condicionando o nosso cérebro a pensar de um novo modo.
É semelhante ao trabalho que se faz com um músculo: quanto mais
repetições você fizer, mais forte o pensamento se tornará.
2. O papel das afirmações positivas sobre a força de vontade e o
autocontrole.

As afirmações positivas ou como também são chamadas autoafirmações


melhoram a força de vontade e o autocontrole.
Houve um estudo publicado no Journal of Personality and Social
Psichology, pelo qual os pesquisadores descobriram que as afirmações
positivas podem melhorar a força de vontade e o autocontrole ou o domínio
próprio.
Existe um conceito na psicologia conhecido como "esgotamento do ego",
que se refere à ideia de que a nossa força de vontade vem em quantidade
limitada.
De maneira que, quando usamos essa força de vontade em uma tarefa (tal
como resolver problemas de matemática muito difíceis), será muito pouco
provável que tenhamos ainda aquela vontade para fazer uma tarefa posterior
(exceto se for para comer um pedaço de bolo).
Todavia, o uso das afirmações positivas pode fazer com que nos forcemos em
darmos um passo mais além.
As afirmações não nos dão força de vontade infinita, mas podem nos ajudar a
exercitar a nossa vontade e o domínio sobre nós mesmos quando
normalmente já estaríamos cansados e esgotados.
Vemos, assim, que o papel das autoafirmações é nos fornecer um impulso
extra de motivação.
Essa também é uma maneira comprovada de os atletas usarem o diálogo
interno para melhorarem a sua prática e desempenho.
Afirmações sugeridas para aumentar ou ao menos impulsionar a força de
vontade:
• "Eu posso fazer isso!"
• “Tenho o poder em mim para fazer boas coisas acontecerem.”
• “Se eu confiar em mim mesmo, eu terei sucesso.”
Mais adiante será falado sobre como você pode usar essas frases de um modo
que lhe elas não entrem em conflito, mas combinem com as suas convicções
latentes que você tem tanto sobre você como em relação à sua vida.
Autoafirmação não deve ser autoengano, mas o reconhecimento de
qualidades que você de fato possui.
3. As autoafirmações podem ajudar nas relações interpessoais.

Em outro estudo publicado na Psychological Science, pesquisadores


notaram que o uso de autoafirmações pode melhorar a confiança e tornar os
indivíduos mais atraentes perante das interações sociais positivas.
Os cientistas testaram sujeitos que eram cronicamente inseguros e tinham um
medo terrível de serem rejeitados socialmente.
Eles notaram que oito semanas após a intervenção, e praticando somente 15
minutos de autoafirmações diárias, esses indivíduos haviam melhorado
significativamente a sua confiança social.
O uso de autoafirmações nos ajuda a assumir o controle do roteiro de vida
que a sociedade insiste em querer enfiar nas nossas cabeças e, desse modo, é
possível reescrevê-lo para que pensemos e nos relacionemos no dia-a-dia
como bem quisermos.
Sugestões de confiança social:
• “As pessoas gostam de mim genuinamente quando me conhecem.”
• “Eu mereço viver relacionamentos positivos.”
• “Eu tenho um círculo social interessante e acolhedor.”
4. As autoafirmações e a criatividade

Em um estudo feito por Janine Dutcher, William Klein, entre outros,


publicado no PLOS ONE, ficou constatado que as autoafirmações também
podem ser usadas para melhorar a capacidade de resolver problemas e a
criatividade.
Não é de hoje que o estresse vem sendo responsabilizado pela nossa falta de
foco, diz-se que ele prejudica os processos cognitivos e também reduz a
nossa capacidade para solucionar problemas.
Foi por isso que os pesquisadores decidiram testar se o uso das
autoafirmações poderiam minimizar o estresse e, assim, melhorar essas
habilidades cognitivas.
Exercícios de autoafirmações foram passados para os participantes que
tinham estresse crônico e, em seguida, foi-lhes pedido que completassem
trinta tarefas complicadas, envolvendo a solução de problemas, isso sob a
pressão de terem um tempo limitado e a presença um avaliador!
Descobriu-se que os indivíduos que haviam recebido os exercícios de
autoafirmação tiveram um desempenho superior aos dos indivíduos no
grupo controlado aos quais não foi passado o exercício.
Seguem abaixo algumas afirmações sugeridas para a solução de problemas:
• “Eu dou pequenos passos todos os dias para melhorar.”
• “Vejo os meus obstáculos como um guia que me mostra para onde devo ir."
• “Muitas vezes será necessário sair da minha zona de conforto para que eu
possa crescer."
5. O poder das crenças autorrealizáveis

Na psicologia, existe um conceito conhecido como “profecia


autorrealizável” que descreve como certas crenças podem influenciar as
nossas atitudes de tal maneira que aquelas crenças acabam se tornando
realidade.
Em outras palavras, é um exemplo do ciclo de retroalimentação
confirmatório que vai ocorrer entre:
Crenças → Comportamentos → Resultados

A ideia de fundo é que as nossas crenças têm ou terão um efeito real no


mundo físico.
Todos nós temos um "mapa da realidade" em nossas cabeças sobre como o
mundo funciona.
Essas crenças irão afetar a maneira como nós reagimos diante das situações
em que nós nos encontrarmos, o que por sua vez influenciará os resultados
que teremos depois na vida.
Foi o influente psicólogo americano William James um dos primeiros a
descrever as crenças autorrealizáveis.
Em seu trabalho A vontade de Crer de 1896, ele explica como uma pessoa ao
entrar em um relacionamento com a expectativa de que alguém irá gostar
dela, poderá leva-la a agir de certa maneira (se mostrar calorosa, aberta ou
amigável) e aquilo acabará acontecendo.
Contudo, caso essa pessoa entre em um relacionamento com a expectativa de
que alguém não gostará dela, isso pode fazer com que ela aja de alguma
maneira (se mostrando insegura, defensiva ou grosseira), que tornará real a
sua previsão de que o outro não gostaria dela mesmo.
Com são crenças autorrealizáveis, de qualquer forma que você pensasse
estaria certo. As suas crenças teriam uma influência tão grande sobre os
resultados que você acabaria por torná-las uma realidade.
Em 1968, o estudo de Rosenthal-Jacobson se tornou um dos primeiros
experimentos científicos mostrando o poder das crenças autorrealizáveis.
Eles estavam analisando como as atitudes dos professores em relação a certos
alunos poderia influenciar o desempenho real desses alunos.
Os pesquisadores elaboraram um estudo engenhoso em que os alunos fariam
um teste de QI e depois se dizia aos professores que 20% dos alunos teriam
um desempenho acima da média em comparação com o resto dos alunos.
Foi dito aos professores exatamente quais alunos deveriam se sair melhor –
pois eram os “brilhantes”. Mas, e o que os professores não sabiam é que os
estudantes foram escolhidos de maneira totalmente aleatória.
Curiosamente, ficou demonstrado que os alunos que os professores
esperavam terem um maior desempenho, realmente acabaram se saindo
melhor na escola do que os outros.
As suas crenças autorrealizáveis se tornaram verdadeiras, mesmo não
havendo qualquer evidência de que aqueles alunos específicos fossem
especiais de algum modo.
Como isso aconteceu?
Os psicólogos dizem que, embora aqueles professores não estivessem
conscientemente favorecendo os “brilhantes”, eles podem ter dado a eles
mais tempo, mais atenção e se esforçado mais com eles sem perceberem –
porque no fundo esses professores realmente acreditavam que somente
aqueles alunos eram especiais.
Este é apenas um dos muitos exemplos de como crenças autorrealizáveis
podem ter um impacto no mundo real.
Agora, pare e reflita sobre o como as crenças autorrealizáveis podem
desempenhar um papel positivo e/ou negativo.
Por exemplo, e se aqueles professores fossem levados a acreditar que os 20%
dos alunos não eram tão inteligente quanto o resto da classe? Teriam eles se
saído pior?
Agora pense em como as atitudes mais amplas e mais extensas em nossa
sociedade afetam pessoas de diferentes raças, sexos, religiões, ocupações,
etc.?
Se uma crença é repetida o suficiente, pode se tornar cada vez mais
verdadeira.
Por exemplo, se um policial sai para trabalhar na expectativa de que certos
indivíduos de determinada etnia ou classe social têm maior probabilidade de
cometer crimes, então pode ser que ele fique mais atento e até aborde ou
prenda mais as pessoas que apresentam esses perfis.
E o que isso faz?
Reforça perante a sociedade a “verdade” de que são essas pessoas as mais
propensas a cometer crimes!

Como você pode ver, crenças autorrealizáveis podem desempenhar um papel


importante em nossas vidas, seja como indivíduos, seja como grupo e
sociedade.
Portanto, é importante que estejamos cientes das crenças e atitudes que temos
sobre o mundo, porque elas podem estar somente ajudando a moldar o
mundo do jeito e da forma que nós queremos ver.
6. Se entendidas e bem utilizadas, as afirmações melhoram a
vida.

As autoafirmações podem ser importantes para melhorar a vida, se


entendidas que:
“As autoafirmações são ações que destacam as qualidades pessoais
geralmente ao fazer com que os indivíduos reflitam sobre os seus valores
fundamentais, o que pode ajudá-los a terem uma visão mais ampla sobre
quem são.
Isso, por sua vez, pode facilitar que indivíduos superem as ameaças
específicas à sua integridade e competência pessoais.
As autoafirmações podem funcionar bem pela sua capacidade de ampliar a
perspectiva geral de uma pessoa e reduzir o efeito das emoções negativas.”
Elas devem chamar a atenção dos indivíduos para os recursos psicossociais
que se estendem além de uma ameaça específica, o que lhes permite focar em
fontes alternativas que possam fazê-lo recuperar o valor pessoal e a
autoestima, mesmo se aquelas transcenderem e não tiverem relação com a
ameaça original.
Exemplo:
Uma experiência de rejeição amorosa me tira a paz e faz duvidar do meu
valor (ameaça), mas eu então passo a lembrar, e relacionar todas as outras
coisas em que sou bom (sou criativo, tenho ótimas habilidades sociais, sei
persuadir e envolver as pessoas), isso me faz recuperar o meu valor pessoal,
porque faz eu me concentrar em outros elementos que tenho de bom em mim.
Usada desse modo, a autoafirmação “reduz a reatividade à ameaça e protege
o bem-estar psicológico geral.”
As autoafirmações também funcionam se o indivíduo se concentrar nos
sucessos pessoais anteriores.
Além disso, foi observado em testes que as “simulações mentais voltados a
eventos futuros demonstraram beneficiar o planejamento de metas e o bem-
estar psicológico”.
Mas tudo isso deve estar baseado em condições e motivos realistas que faça a
pessoa se por de pé e voltar a caminhar com dignidade e se sentir capaz
novamente.
Qualquer ideia que alguém afirme sobre si, que não encontre apoio ou raiz
em qualquer aspecto pessoal existente, pode até distrai-la, não irá funcionar a
longo prazo.
Sabe aquela imagem de um gato se olhando num espelho e vendo o reflexo
de um leão?
Talvez ela represente exatamente o que as ideias mais populares sobre
afirmação positiva por aí querem passar.
Eu e você sabemos que gatos são gatos e leões são leões!
2
As afirmações positivas e a realidade da
vida
7. As afirmações positivas não são palavras mágicas.

Mas, como já havíamos previsto na introdução, nem tudo são flores no reino
das afirmações positivas.
De fato, como muitos críticos dizem por aí, não basta você afirmar coisas a
seu respeito e tudo magicamente se transformará na sua vida.
Outro estudo, agora da Universidade de Waterloo publicado no Journal of
Psychological Science descobriu que, para aqueles que lutam com baixa
autoestima, as afirmações positivas podem ter um efeito contrário.
Dando seguimento ao estudo, os psicólogos pediram aos participantes que
listassem pensamentos negativos e positivos sobre si mesmos.
Curiosamente, eles descobriram que aqueles com baixa autoestima
mantinham-se em um estado melhor de humor quando podiam ter
pensamentos negativos sobre si mesmos do que quando lhes pediam que se
concentrassem somente em pensamentos positivos.
A realidade da qual nós não devemos correr e nem nos furtar é a seguinte:
Para muitas pessoas, cujos problemas são menores em intensidade, as
afirmações podem ter grande efeito e realmente trazer benefícios.
Mas o fato de isso ter funcionado com elas, não quer dizer que funcionará do
mesmo modo para todos os amigos dela.
As afirmações para serem realmente e não só fantasiosamente positivas,
precisam funcionar de acordo com os processos naturais da vida.
8. Não afirme coisas com as quais não se identifica.

É claro que ao descobrir essa ferramenta ou pratica, você pode querer afirmar
coisas que realmente seria bom se fizessem parte da vida de qualquer um:
mais dinheiro, um parceiro/a sexy ou uma vida material abundante e com
todo o conforto.
Tudo isso é uma maravilha, mas lá no fundo tudo o que você de fato está
precisando é se sentir mais confiante, mais tranquilo, buscar felicidade nas
pequenas coisas da vida, e daí desenvolver mais clareza e foco para buscar os
bens que tanto deseja ou precisa.
Ou seja, todo o "material" externo que são apenas subprodutos das suas novas
atitudes, frutos da sua transformação interior. Atitudes essas que agora pode
levar você a ter o que realmente faz sentido para você.
Somente por que agora você conseguiu ser mais equilibrado emocionalmente
e focado mentalmente, é capaz de alcançar todo o patrimônio material que
você esperava “atrair” magicamente.
9. Não use as afirmações das outras pessoas.

Cada um tem a sua própria jornada e busca ter suas próprias experiências. Ao
menos uma pessoa madura e que se conhece bem.
Então, por que sair afirmando o que as outras pessoas desejam e buscam iria
lhe servir de algum modo. Não vai haver identificação alguma com a sua
verdadeira essência. Não será autêntico.
E você não quer parecer apenas um papagaio, fazendo tudo o que todo
mundo faz, não é mesmo?
Toda e qualquer afirmação precisa ser uma expressão da sua verdade interior,
ao menos da verdade que você tem naquele momento.
10. Nada de afirmações prolixas.

Se tudo já está um bocado complicado na sua vida, tudo o que você menos
precisa é dificultar mais as coisas. Então, nada de multiplicar palavras.
Quanto mais longas, mais fáceis de serem relativizadas e deixadas de lado.
Afinal, elas se chamam afirmações por um motivo.
O ideal é que elas sejam elaboradas e formuladas das maneiras mais curtas e
grossas possíveis. Curtas no palavreado e “grossas” no conteúdo.
11. Não repita as afirmações sem pensar.

Repetir qualquer coisa de maneira mecânica não serve. Veja os seus


processos e exercícios de afirmações como se a sua mente fosse a uma
academia.
Você precisa parar e afirmar seja lá qual for a sua verdade, mas presente à
situação, cheio de propósito e com toda consciência do que está fazendo.
Traga para aquela situação os sentimentos relacionados com aquilo que você
diz e está processando na sua mente, exatamente como faria com um
exercício físico para que ele fosse tanto mais eficaz quanto menos incômodo.
Quando você afirma algo como um robô, o que você está dizendo ou
sugerindo para você, ainda que indiretamente – e esse é o erro da maioria das
pessoas! – é que aquilo é uma “fórmula mágica”, um comando tal qual o
“abracadabra” das fábulas infantis, que por si mesma teria o poder de mudar
tudo, bastando apenas ser dita em certa quantidade de vezes.
Não, não é e nunca foi assim que as coisas funcionaram, não nesse universo.
12. O processo correto das afirmações positivas.

Mais adiante vai ser explicado como você pode criar os seus próprios
exercícios. Por agora vamos falar apenas de como você deve executar as suas
afirmações.
Segundo Lyndsey Burton, coach de meditação e saúde mental, são
necessários seis passos para alguém se afirmar corretamente:
1. Pare e esteja presente.
2. Conecte-se com a sua respiração.
3. Ao inspirar, afirme: "EU SOU".
4. Ao expirar, diga o que gostaria de experimentar "__________". (Lyndsey diz usar o
termo 'paz', mas ela sugere que você use uma palavra que tenha a ver com você).
5. Por alguns segundos fique plenamente atento. Tenha uma maior consciência do
momento presente e deixe a afirmação mergulhar em sua consciência antes de repetir sua
afirmação.
6. Tente mudar sua abordagem de afirmações com essas dicas e veja a diferença que
você pode sentir na sua conexão com elas.
13. As afirmações só funcionam com base na sua verdade
pessoal.

Caso ditemos uma afirmação positiva geral, como "eu me amo" ou "eu sou
adorável" para alguém com uma crença arraigada de que ele não é digno de
amor, aquilo estará em total descompasso com o que a pessoa realmente
acredita sobre si.
E a “bem intencionada” afirmação só vai gerar mesmo é confusão, raiva,
vergonha, culpa, tristeza e mais descrença dentro da pessoa.
O que já se sabe realisticamente sobre o cérebro é que ele é um órgão
incrivelmente eficiente que funciona em resposta às nossas crenças
atuais e ao que antecipamos sobre o nosso futuro.
Por exemplo, se você acredita que não há como ganhar uma disputa qualquer
ou que não reúne condições para conquistar uma pessoa, provavelmente você
não ficará muito motivado para correr atrás dessas coisas.
Além disso, os nossos cérebros são treinados para encontrar evidências que
provem que aquilo em que já acreditamos seja ainda mais verdadeiro.
Exemplo:
Se alguém realmente acredita que não é digno de amor, a ideia de que será
capaz de amar a si mesmo por meio de alguma afirmação é um salto muito
grande para ele dar.
O cérebro dele começará a apresentar todas as razões pelas quais aquela
afirmação é falsa ou uma tremenda bobagem.
O que então levará essa pessoa a todos os tipos de conflito, autojulgamentos e
emoções negativas.
14. As suas afirmações devem ter foco no progresso, não na
perfeição.

Imagine que você do nada começa a se dizer u "Eu sou lindo e maravilhoso
em todos os aspectos da minha vida", e você nunca acreditou em tal coisa, o
efeito dessa frase pode ser desorientador, tanto do ponto de vista da sua
percepção quanto para o seu lado emocional.
A melhor forma de reeducar efetivamente o seu modo de pensar e sentir é,
considerando a pessoa que você quer ser e está trabalhando para se tornar.
Você deve se concentrar em seu progresso – na trilha ou o caminho atual em
que você se encontra.
Não haverá mentira e nem fantasia se você disser algo como:
"Eu sou uma obra em andamento".
Declarações como essa estão apontando na direção do crescimento positivo e
são realistas e realizáveis.
Outro exemplo: diga a si mesmo “A cada momento, estou me esforçando
para ter mais consciência de como, crescer e me desenvolver em todo e cada
área da minha vida” reconhece o fato de que você está evoluindo e que tem a
opção de criar um futuro melhor para si.
E não estamos todos em processo, mudando, e alguns realmente crescendo, a
cada dia?
Viu? Não há mentiras e mágicas envolvidas aqui.
Se você é propenso a ter diálogos internos negativos (ou a se dar verdadeiras
palestras desse tipo, como eu fazia) e não engole essas afirmações positivas
clássicas por não fazerem o menor sentido para você, tente uma dessas
técnicas de reformulação que levam em conta o processo e não a perfeição.
Certamente você começar a perceber grandes mudanças na sua mentalidade.
15. As autoafirmações podem e devem ser neutras antes de serem
positivas.

Se você tem crenças negativas sobre si mesmo, as


afirmações podem funcionar, mas desde que você siga o caminho da
natureza.
Ou seja, assim como uma semente não se torna uma planta da noite para o
dia, uma pessoa que duvida das suas qualidades e capacidades não se
transformará num poço de autoconfiança de uma hora para outra, apenas
porque recitou frases “bonitinhas”.
Quer começar a ter algum resultado?
Formule a sua frase de maneira neutra antes de formulá-la de maneira
positiva.
Pois tentar jogar fora de uma vez os pensamentos negativos que você sempre
viu como verdadeiros e trocá-los por declarações positivas totalmente
estranhas à sua realidade não são a melhor maneira de começar.
Afirmações neutras são alternativas bem melhores por serem mais realistas
e palatáveis.
Portanto, antes de sair por aí atrás de ver a “metade cheia do copo”, comece
por reconhecer somente que “há alguma coisa no copo”.
Em vez do "Não sou digno de nada", tente "Há aspectos interessantes na
minha pessoa".
No lugar de dizer “Sou uma pessoa incrível e admirável”, que tal dizer algo
mais pé no chão como “Tenho me descoberto e me tornado cada dia
melhor.”
Portanto, da próxima vez que alguém pedir para você dizer "eu sou perfeito"
na frente de um espelho 10 vezes todas as manhãs, pare e pergunte a si
mesmo se isso realmente parece fazer sentido. E lembre-se de que qualquer
modelo de frase fantasiosamente positiva (e, por isso, inútil!) que sirva para
todo mundo pode na verdade gerar um efeito contrário ao pretendido.
16. Afirmações não precisam ser apenas faladas.

A prática das afirmações não tem que ser algo complicado.


Basta caneta e papel. Essas são ferramentas fáceis e eficazes para iniciar sua
jornada.
As afirmações escritas podem até funcionar melhor porque – como todo
estudante sabe – escrever sobre um assunto tem mais poder de fixação do que
simplesmente repetir palavras sobre aquilo.
Além do mais, ao escrever, você vai garantindo um registro das coisas que
você quer ser e alcançar. Aquilo se torna uma fonte preciosa à qual você
poderá voltar sempre que precisar se reanimar ou buscar inspiração.
17. As autoafirmações podem ajudar com a ansiedade e a
depressão?

As afirmações positivas não foram planejadas para curar a ansiedade ou


a depressão, nem devem substituir o tratamento clínico para esses
problemas. Mas isso não quer dizer que as afirmações não ajudem em muitos
casos.
A ideia de afirmações como meio de introduzir processos cognitivos novos e
adaptativos é, em grande parte, a premissa subjacente a diversos métodos
terapêuticos, como o da terapia cognitivo-comportamental.
Em alguns casos de ansiedades e de algumas depressões, antes de praticar
afirmações seria bom recorrer e aplicar um exercício conhecido como
“questionamento socrático”:
O questionamento socrático é uma técnica de reestruturação cognitiva muito
eficaz que pode ajudar você a desafiar os seus pensamentos irracionais,
ilógicos ou prejudiciais.
O esquema básico desta técnica é fazer as seguintes perguntas:
1. Esse pensamento é realista?
2. Estou baseando meus pensamentos em fatos ou sentimentos?
3. Qual é a evidência para esse pensamento?
4. Eu poderia estar interpretando mal as evidências?
5. Estou vendo a situação em preto e branco, quando é realmente
mais complicado?
6. Estou tendo esse pensamento por hábito ou os fatos o
sustentam?
O primeiro passo é identificar os pensamentos que você acha ou sente que
precisam ser questionados.
Foque em um pensamento específico que você suspeita ou sabe ser destrutivo
ou irracional. Especialmente um que lhe ocorra bastante.
Em seguida, considere as evidências a favor e contra esse pensamento. Que
evidência há de que esse pensamento é correto? Que evidência existe que o
coloca em questão?
Depois de identificar as evidências, você pode julgar esse pensamento. Pese
as evidências a favor do pensamento e as evidências contra ele e decida se é
mais provável que ele seja correto ou falso. Determine se é baseado nos fatos
ou nos seus sentimentos.
Em seguida, responda se esse pensamento é realmente uma situação “8 ou
80” ou se a realidade deixa espaço para tons de cinza.
Nem todo pensamento está errado, mas pode simplesmente estar sendo
superestimado.
É claro que há vários tipos de depressão. Para aqueles que sofrem da
depressão reativa ou situacional, ou seja, a que resulta de fatores e causas
externas, pode se beneficiar muito dessas afirmações para ir recobrando o
ânimo.
Seja qual for o caso, é bom descobrir quais as raízes e o tipo da sua
depressão, se química ou situacional, para só assim atacar o problema do
modo adequado.
Veja alguns modelos de afirmações para combater a depressão:
1. A vida é uma experiência incrível.
2. Este é apenas um momento da minha vida e não define quem eu
sou.
3. Eu escolho ser feliz.
4. Estou no controle de minhas emoções.
5. Não tenho medo de continuar e acredito em mim;
6. Eu vim até aqui e tenho orgulho de mim mesmo;
Alguns modelos de frases contra a ansiedade:
1. Estou no controle dos meus pensamentos.
2. Estou em paz na minha vida.
3. Abandonei minha necessidade de controlar tudo e todos.
4. Eu estou seguro. Está tudo bem.
5. Meu futuro é brilhante, cheio de felicidade e paz.
Durante a prática dessas afirmações, tente respirar fundo, devagar e
suavemente.
À medida que você se torna mais sintonizado com o fluxo da inspiração e
expiração, tente não deixar que seus sentimentos o distraiam.
Concentre-se na afirmação que você dedicou tempo para criar para si mesmo
e, toda vez que praticar, parecerá mais natural.
18. As afirmações podem ajudar a aumentar a sua autoestima.

Como já foi falado, até certo ponto, sim.


Mas dependendo da complexidade dos seus padrões de pensamento, talvez
elas funcionem melhor se combinadas com a ajuda de um profissional que
poderá orientá-lo de modo mais eficaz com a ajuda psicoterápica para mudar.
As afirmações podem ser muito úteis para aumentar sua autoestima, mas
desde que elas sejam feitas com base na realidade da sua vida!
O mais importante, de acordo com a teoria da autoafirmação, é que as suas
afirmações reflitam seus valores pessoais fundamentais.
Não faz sentido algum repetir algo arbitrário para si mesmo, se não se
encaixar na sua própria noção do que você pensa ser bom, certo e que vale a
pena.
Para ter algum tipo de impacto em sua autoestima, as suas autoafirmações
devem ser focadas positivamente e direcionadas às ações que você pode
executar para reforçar seu senso de identidade pessoal.
Utilize-se dos seus verdadeiros pontos fortes, ou daqueles que considere
importantes para, à partir deles, orientar as suas afirmações.
Abaixo, alguns modelos inspiradores:
1. Eu deixo de lado os sentimentos e pensamentos negativos sobre
mim;
2. Eu acredito em quem eu sou;
3. Eu estou em uma jornada, sempre crescendo e me
desenvolvendo;
4. Sou consistente e coerente com a coisas que eu digo e faço.
19. Até que ponto as afirmações podem melhorar a nossa saúde
em geral?

O Dr. David Schechter, citado nesse artigo, e que usa as afirmações em sua
prática médica há mais de duas décadas, afirma:
“As afirmações podem nos ajudar a desenvolver uma maneira mais otimista
de olhar para nós mesmos e nossas experiências. O otimismo é conhecido
por ser um conceito poderoso. Os sintomas físicos crônicos são, em parte,
sobre uma narrativa destrutiva dentro de nós.
Meus pacientes aprendem a mudar essa narrativa por meio de
diagnóstico, educação , diário e afirmações. Narrativas mais esperançosas e
positivas que reconhecem a dor do passado, mas oferecem esperança para o
futuro, levam a resultados de mais sucesso.
As afirmações positivas, para ele, são parte de uma abordagem abrangente.
“Devem fazer parte de um processo geral de cura, pois nenhuma ferramenta
funciona bem isoladamente. Elas não pretendem "consertar" ou resolver sua
dor.
Ao pratica-las, segundo ele, a sua atenção é voltada para uma área poderosa
do cérebro que pode criar novos circuitos de resposta.
Mas ele também diz que também é importante permitir-se sentir a dor mental
ou física antes de redirecionar a sua atenção, já que “as afirmações positivas
não devem ser confundidas com pensamento positivo, que é uma maneira de
suprimir a negatividade”.
E ele completa:
“Ninguém está pedindo para você gostar de sentir dor. Você não vencerá
essa batalha. Mas uma perspectiva consistentemente positiva é um esforço
importante e bem diferente.”
20. Afirmações são apenas mantras positivos?

Se você começar a se aprofundar na literatura acadêmica, verá que os termos


“afirmação” e “mantra” são regularmente usados como se fossem sinônimos.
O mesmo acontece com os usos que se faz popularmente por aí dos dois
termos.
No entanto, há uma diferença.
Tecnicamente, mantras são palavras, sons ou versos tidos como sagrados
que carregam mais um significado espiritual do que as afirmações comuns.
São pronunciados frequentemente em voz alta ou mentalmente, pois se
acredita que tenham um significado profundo e são muito presentes na
meditação.
Para sermos bem específicos, de acordo com a Encyclopedia Britannica
(2019):
"A maioria dos mantras não tem nenhum significado verbal aparente,
mas acredita-se que eles carregam um profundo significado subjacente
e sejam, de fato, derivações da sabedoria espiritual."
As afirmações positivas, ao contrário, são descritas no Psychology
Dictionary como frases breves, repetidas com frequência, destinadas a
incentivar sentimentos, pensamentos e atitudes felizes e positivas.
Eles não têm significado espiritual ou religioso no sentido tradicional e
podem ser usados para muitos propósitos.
Com base nessa definição, aqui estão alguns exemplos de afirmações
positivas:
Eu acredito em mim mesmo e confio na minha própria sabedoria;
Eu sou uma pessoa de sucesso;
Estou confiante e capaz no que faço.
É claro que colocadas assim, elas podem não despertar qualquer sentimento
em você e é por isso que as afirmações precisam ser muito pessoais.
Leia também:

90 Dicas para Turbinar a sua AUTOCONFIANÇA


5O Questões Provocativas para você desenvolver
AUTOCONHECIMENTO.
VOCÊ 2.O – 50 Macetes que vão REINICIAR a sua vida
5O Lições para você Compreender e Eliminar as suas CRENÇAS
LIMITANTES
4O Sinais para você identificar (e se livrar) de um
RELACIONAMENTO ABUSIVO
5O Lições para você compreender e se livrar do
PERFECCIONISMO: O segredo da excelência é saber aproveitar o
crescimento
3
Como criar as suas afirmações positivas

A favor da sua conexão com a realidade e para que você possa aproveitar ao
máximo as autoafirmações, uma boa ideia é você criar o seu próprio exercício
pessoal com elas.
Se elas são autoafirmações, isso quer dizer que elas têm de partir da pessoa
que você é, inclusive na sua formulação.
Ou seja, as suas afirmações precisam fazer sentido, ter a ver com você, e
serem feitas e utilizadas de tal modo que elas realmente possam “grudar” na
sua mente.
Se quiser e achar melhor, você pode até chama-las e utilizá-las como
mantras.
21. Identifique uma área específica em sua vida que deseja
melhorar.

O primeiro passo é identificar uma situação específica em sua vida na qual


você quer crescer.
Quanto mais específico você for, mais fácil será escrever afirmações focadas
e voltadas para essa área da sua vida.
Como eu sempre digo em todos os meus livros, escrever, colocar as ideias do
que você quer fazer, se livrar ou atingir, é a chave para você realmente
começar a realizar qualquer coisa.
Você fixa melhor.
E o que você fixa melhor, fica mais claro. E a tendência é você dar mais
atenção e trabalhar para realizar aquilo que você tem claro que precisa fazer.
Situações comuns que você pode querer melhorar por meio de
autoafirmações incluem:
• Melhorar o aprendizado, os seus estudos e obter melhores notas na
escola/faculdade.
• Aprimorar o seu desempenho em um esporte ou competição.
• Aguçar a criatividade como músico, ator, empreendedor, pintor, escritor,
jogador, etc.
• Aumentar a sua confiança nas interações sociais.
• Otimizar a produtividade e o foco no trabalho

Estas são apenas algumas sugestões.


Mas só você pode reconhecer em qual área você quer realmente começar a
mudar. As dicas vêm de fora, mas as necessidades são pessoais e únicas.
22. Elabore 10 autoafirmações focadas nessa área específica.

Agora, o objetivo é atingir 10 autoafirmações positivas que se apliquem a


esta situação específica. Lembre-se sempre do “princípio da neutralidade”.
Aqui está um breve exercício para ajudar a iniciar no processo de criação das
suas próprias autoafirmações:
ü Marque um tempo de 5 minutos e escreva quantas autoafirmações
positivas vier à sua mente (sobre aquela área específica);
ü Não critique a si mesmo e nem pense demais durante o exercício de 5
minutos, vá escrevendo o que vier à sua cabeça. O objetivo é criar
muitas autoafirmações; você escolherá as melhores depois.
ü Tente usar palavras que tenham um significado particular para você.
E se você quiser utilizar alguns conceitos científicos, filosóficos ou
místicos que você segue ou gosta, use-os para tornar a afirmação mais
eficaz.
ü Agora revise o que você anotou e escolha as 10 que você acha mais
convincentes, inspiradores e motivadores para você.

Mas, calma. Não acabou. Para cada uma das 10 autoafirmações que você
escolheu, pare e pergunte-se:
Isso soa melhor para eu falar na primeira pessoa ("Eu") ou na terceira
pessoa (e aí você fala o seu nome)?
Isso soa melhor para eu expressar no tempo presente (“Eu sou") ou no
tempo futuro (“Eu vou/irei”)?
Isso soa melhor para eu dizer como uma declaração (“Vou arrasar muito
hoje naquele seminário!”) ou como uma pergunta (“Será que dessa vez eu
vou me sair melhor naquele seminário?”).
Existe uma palavra ou frase que eu posso alterar para tornar isso neutro,
o que fará isso mais inspirador ou motivador?
Em seguida, teste as suas afirmações por meio da regra 7/10.
Quando estiver pronto para torná-las mais positivas, verifique se a sua
afirmação é crível.
Uma vez elaborada a sua afirmação positiva, certifique-se de classificá-la
com um nota 7 ou acima disso, em uma escala de credibilidade de 1 a 10,
sendo 10 a mais confiável e 1 a menos.
Em vez de dizer "eu sou alguém adorável", tente encontrar algo que você
realmente gosta em si mesmo.
Sobre mim, eu diria: "eu gosto de mim por ser uma pessoa sincera, leal,
confiável". Claro, se isso for o seu caso.
Se a sua afirmação atingir a nota 7 ou for além disso na sua tabela, então
passe a usa-la e a afirma-la!
Essas afirmações críveis o ajudarão a encontrar mais e mais evidências
semelhantes que o levarão a se convencer do que diz.
Na verdade – e você mesmo pode reconhecer isso desde já – quando você
afirma algo baseado em uma ideia sobre si que você já carrega, só estará se
lembrando de quem você é, ainda que só no potencial.
Você verá que só estará destacando aspectos da sua real identidade que, por
uma razão ou por outra, você havia deixado nas sombras.
Daí em diante, uma afirmação real sobre si ajudará a inspirar a criação de
outras.
Exemplos das que eu me peguei usando e só bem depois percebi que estavam
me servindo como afirmações ou “mantras”:
Tudo o que eu fizer será para me dar bem de algum modo
(autoestima/autoconfiança).
Nada do que eu sinto de ruim deve ser relativizado
(autorrespeito/autocompaixão).
Só vá a lugares e encontre pessoas que sejam capazes de tornar a sua vida
minimamente melhor (autorrespeito/crescimento pessoal).
Tudo o que não me for útil de algum modo, devo tirar da minha vida: coisas,
situações e pessoas (autocuidado e habilidades sociais).

Vá fazendo experiências e testando cada uma das suas afirmações até


encontrar aquelas que funcionem melhor para você.
E se você realmente está tendo problemas para pensar em suas próprias
afirmações, no final há uma lista de 100 autoafirmações clássicas com as
quais você pode começar.
__________________________
Mais adiante neste livro eu vou falar de uma frase que só muito tempo depois
eu descobri que funciona como afirmação para mim.
Na verdade ela serve como um “gatilho afirmativo”, porque quando usada,
ativa todas as condições e recursos adormecidos, mas conhecidos dentro de
mim para me comportar melhor diante de qualquer situação.
Talvez ajude você também.
Contudo, ela supõe certo autoconhecimento, senão ela não terá efeito algum.
Voltaremos a isso.
Caso você queira se conhecer melhor, não deixe de ler o livro: 5O Questões
Provocativas para você desenvolver AUTOCONHECIMENTO.
__________________________
23. Há diversos modos de se usar as autoafirmações

Existem várias maneiras diferentes de integrar as autoafirmações no seu


cotidiano.
Aqui estão alguns ótimos exemplos:
• Escreva suas afirmações em um pedaço de papel e cole-as pela casa em
lugares onde é provável que você as veja;
(Exemplo: espelho do banheiro, na geladeira, no protetor de tela do celular,
computador ou no teto, acima da sua cama).
• Repita as afirmações para si mesmo de 5 a 10 vezes pela manhã ou de
noite. Você pode fazer isso de várias maneiras diferentes:
ö Fazer as afirmações mentalmente.
ö Dizer as afirmações em voz alta.
ö Anote a afirmação usando papel e caneta.
• Combine as suas afirmações com atividade física, como dança, corrida,
caminhada, ioga, natação ou alongamento.
• Recorra a objetos simbólicos e a uma música ambiente para ajudar a criar
uma "atmosfera" ou "ritual" que enfatize a sua experiência de
autoafirmação.
• Arrume ou crie um papel de parede para seu desktop ou celular que seja
uma expressão em imagem da sua afirmação.
• Se tiver dons artísticos, faça um pôster, uma colagem, um desenho
inspirador da sua afirmação – e coloque-a em algum lugar do seu quarto.
• Tente usar a sua afirmação numa conversa diária sempre que achar
apropriado.
• Configure um alerta na área de trabalho do computador ou no telefone
para lembrar a você mesmo de uma afirmação particular durante o dia.
Enfim, seja criativo. Existem várias maneiras diferentes de integrar
afirmações em seu dia. Quanto mais você se cercar dessas afirmações
positivas, mais eficazes serão.
Como falamos lá atrás, talvez por mais que você tente, o método afirmativo
pode não funcionar para você.
Recorra então ao método do diálogo interno interrogativo que citamos
antes e insinuamos no item anterior.
Lembrando: ao invés de fazer afirmações, transforme-as em perguntas que
desafiem a sua criatividade e a curiosidade em explorar as possibilidades.
Para aplicar efetivamente a estratégia siga este processo:
Tome consciência de qualquer declaração positiva ou negativa pessoal já
feita;
Converta as declarações em perguntas; por exemplo: "Eu sou" em "Será
que sou?";
Reflita sobre as possíveis respostas a essas perguntas e faça perguntas
adicionais. "E se...?" abrirá um caminho de possibilidades e
investigações que pode lhe trazer muito proveito;
Já foi dito, mas vale ressaltar que tal método põe um fim a confusão interna
entre a mentira e a verdade, o que por sua vez reduzirá a tensão em seu corpo
e o ajudará a relaxar.
Essa estratégia no mínimo o fará sair da sua situação atual e o levará a
descobrir recursos pessoais que você desconhecia.
24. Troque as fórmulas afirmativas por frases interrogativas.

E se as afirmações não funcionarem para você, o que funcionar?


Segundo a psicóloga clínica Sophie Henshaw existe um método simples que
você pode usar e aplicar para obter resultados instantâneos e excelentes.
Um estudo recente e inovador é a chave, porque lança luz sobre a eficácia do
diálogo interno afirmativo versus o diálogo interno interrogativo.
O diálogo interno afirmativo gira em torno das declarações que fazemos a
nosso respeito, seja de maneira positiva ou negativa.
Por outro lado, o diálogo interno interrogativo se relaciona com o fazer
perguntas.
No estudo, quatro grupos de participantes foram solicitados a resolver
anagramas. Antes de concluir a tarefa, os pesquisadores disseram que
estavam interessados em escrita manual e pediram que escrevessem 20 vezes
em uma folha de papel: "Eu vou", "Será que vou", "Eu" ou "Vou".
O grupo que escreveu “Será que vou” resolveu quase o dobro de anagramas
que qualquer dos outros grupos.
A partir desse estudo e de outros semelhantes, os pesquisadores descobriram
que perguntar a nós mesmos é muito mais poderoso do que dizer algo a nós
mesmos quando estamos a fim de ter bons resultados.
As perguntas são poderosas porque procuram respostas. Elas nos lembram
dos recursos que temos e ativam a nossa curiosidade para irmos além. Tudo o
que você precisa é fazer alguns ajustes na sua fala (e depois nas suas
atitudes).
Vamos a um exemplo:
Você está prestes a fazer uma apresentação e está se sentindo nervoso com
isso.
Aí você diz:
“Sou péssimo nas apresentações; eu nunca me dou bem com elas”.
A alternativa seria você sair com uma frase estimulante para tentar elevar a
sua moral (autoafirmação!): "Estou vou fazer uma ótima apresentação que
vai inspirar meu público".
Ambas são declarações afirmativas que jogam sobre você uma espécie de
pressão externa ao e interrompem a possibilidade de você ter acesso aos seus
recursos internos criativos e necessários para o sucesso.
Ou seja, quando você diz que “vai fazer”, é como se você pudesse, já
estivesse pronto e só precisasse agir. Pois, afinal, você dominaria tudo!
No entanto, ajuste as afirmações acima para que se tornem perguntas:
“Eu sou péssimo nas apresentações? Já me saí bem com elas?”
Ou:
"(Eu vou/Será que vou) fazer uma ótima apresentação que inspire meu
público?"
As possíveis respostas podem ser:
“Fico tímido e nervoso e as pessoas se desligam quando falo. No entanto, em
uma das minhas apresentações no passado, eu enfatizei algo que as pessoas
acharam interessante e eu acabei ganhando a atenção delas. Como eu
poderia melhorar isso?”
Essa estratégia poderosa funciona melhor do que simples afirmações, porque
reconhece os seus pensamentos e sentimentos negativos e reduz a
necessidade de brigar contra eles.
Você começa a se tornar um aliado da sua mente inconsciente, o que por sua
vez fará você cooperar com você mesmo para fazer mais e melhor.
“E a mente inconsciente é fantástica ao criar coisas criativas”, reconhece
Henshaw.
Busque a melhor forma de você se estimular, desde que sempre baseado na
realidade ou em como a realidade se parece para você.
Jamais tente se enganar para se livrar de um pensamento irracional. Você não
apenas não vai conseguir resolver o seu problema como acabará reforçando a
sua ideia absurda por ser ela a única coisa que lhe restará quando o seu
“castelo de cartas” vier a baixo.
Se for para mudar a sua vida, busque sempre basear cada ideia, atitude e
comportamento nas regras do jogo da realidade.
Dica importante:
Que tal retomar as afirmações que demos como exemplos anteriormente (para
combater a depressão, a ansiedade e a autoestima) e convertê-las para uma
forma interrogativa?
Talvez elas se tornem muito mais críveis e funcionais não só para os seus
olhos e ouvidos, mas para as suas emoções.
25. Apenas 10 minutos de prática diária.

Você não precisa ficar obcecado com suas afirmações (ou perguntas). Na
maioria das vezes uns 5 a 10 minutos de prática consciente e focada são tudo
o que você precisa para ganhar um impulso.
Certifique-se de reservar algum tempo do seu dia para fazer isso.
Não é difícil, você só precisa ser dedicado e ter consistência.
4
Uma afirmação positiva disfarçada de
pergunta

Como eu já vinha antecipado ao longo do livro, nesse capítulo eu vou revelar


uma pergunta que tem funcionado para mim há muitos anos como
autoafirmação, mesmo que no começo ela não tivesse esse sentido para mim.
Digo isso porque eu não notava que ao me fazer essa pergunta, ela na verdade
carregava toda a intenção que as afirmações pretendem transmitir.
Eu já citei e falei sobre ela em vários outros dos meus livros (veja lista no
final deste e-book), mas como tem tudo a ver com o tema tratado aqui, eu não
podia deixar de citá-la.
Essa pergunta, que eu aprendi com o psicólogo John Powell, no seu livro:
Arrancar Máscaras, Abandonar Papéis, foi se tornando realmente um
gatilho para me tirar da inércia e da monotonia comportamental à medida que
eu ia me conhecendo mais e mais.
É claro que ela pressupõe uma boa dose de autoconhecimento para fazer
efeito.
Você precisa saber:
ü Quem você é
ü O que quer da vida?
ü O que quer fazer?
ü Com quem quer estar (e se quer estar).
ü As coisas que você dá valor
ü As coisas que você não tolera, etc.
Uma vez que você sabe tudo o que você quer ser e experimentar na sua vida,
e em algum momento ou situação e por qualquer motivo estiver perdido e/ou
desorientado, é só se colocar a seguinte pergunta:
“Estou sendo a pessoa que eu quero ser nesse momento?”
E tudo o que você deseja (começar) a ser, a fazer, a mostrar, virá à tona.
Inclusive há um vídeo no meu canal em que eu falo sobre ela.
Se o seu eu ideal é ser mais simpático e comunicativo, você se
mostrará ali, diante dos outros, alguém mais comunicativo.
Se você se imagina sendo uma pessoa mais calorosa, essa qualidade se
evidenciará em seus gestos e palavras.
Se você quer ser mais combativo, será isso que as pessoas no recinto
reconhecerão.
Se você quer aparecer como mais sexy e envolvente, advinha só como
as pessoas perceberão você?
[Perceba que essa técnica funciona como a estratégia do “diálogo interior
interrogativo” que foi falado lá atrás].
Tudo o que lhe servir como mecanismo de defesa, recurso de compensação
ou elemento de superação, enfim, as coisas que forem úteis para reafirmar o
seu eu e a sua identidade e dignidade pessoais surgirão a seu favor.
O que é exatamente aquilo que segundo as teorias da autoafirmação dizem
que é a função das autoafirmações: defender e promover a sua integridade
pessoal.
Você não estará imaginando ser outra pessoa, mas estará buscando despertar
aquela pessoa capaz e munida de todas as condições necessárias que já
existem e estão dispersas dentro da sua consciência.
É uma forma de você ativar todos os recursos da sua identidade pessoal.
Mas, já que estou falando dessa pergunta, outra questão vem bem a calhar:
26. Autoafirmação: fazê-las em 1ª ou 3ª pessoa?

O psicólogo Ethan Kross, da Universidade de Michigan, liderou o trabalho,


estudando os pronomes que as pessoas usam quando falam silenciosamente
com elas mesmas.
"O que descobrimos é que uma mudança linguística sutil – trocar o 'eu' pelo
seu nome próprio – pode ter efeitos no controle de nós mesmos realmente
poderosos".
Em outras palavras, isso muda a maneira como você se sente e se comporta.
Kross teve essa ideia quando estava dirigindo o carro e passou no sinal
vermelho.
"E eu imediatamente disse para mim mesmo: 'Ethan, seu idiota!'", ele
lembra.
Mas como ele é um psicólogo, "Ethan, seu idiota!" virou tema de pesquisa.
Ele se questionou:
"Hum, isso é interessante. Por que eu falei comigo na terceira pessoa,
usando o meu nome próprio?"
Ele logo percebeu outras pessoas, fazendo a mesma coisa, como esportistas e
ativistas sociais famosos ao dar entrevistas.
Kross decidiu fazer um experimento para ver o que aconteceria se as pessoas
não famosas fossem instruídas a usar a mesma técnica.
Ele pediu a alguns voluntários que fizessem um discurso – com apenas cinco
minutos de preparação mental.
Enquanto se preparavam, Kross pediu que alguns falassem com eles mesmos
usando o pronome "eu".
A outros, ele pediu que usassem o pronome “você” ou os seus nomes
próprios enquanto preparavam os seus discursos.
Kross diz que as pessoas que falavam na 1ª pessoa tinham um monólogo
mental que soava como algo do tipo: "Oh, meu Deus, como vou fazer isso?
Não consigo preparar um discurso em cinco minutos sem anotações. Vai
levar dias para isso ficar pronto!"
Já as pessoas que usavam os seus nomes próprios, tendiam a (se) dar apoio e
conselhos, dizendo coisas como: "Fulano/a, você pode fazer isso. Você já fez
vários discursos antes".
Essas pessoas pareciam mais racionais e menos emocionais – isso talvez
porque pudessem se distanciar delas mesmas.
E Kross comenta:
“Na verdade, eu tentei isso. E notei que ao falava comigo mesmo usando o
meu nome próprio, mentalmente eu criava certa distância. Enquanto eu
conversava, eu me via na sala em que estava sentado, do ponto de vista de
uma mosca na parede.”
Kross fez outros estudos com outras pessoas que confirmaram o mesmo
fenômeno.
"A experiência delas é confirmada por nossos dados. É quase como se você
estivesse se enganando ao pensar em você como se fosse outra pessoa."
Nessas horas se colocar como um "estranho" a si mesmo pode tornar você
uma pessoa mais acolhedora e compreensiva com você mesmo.
“Eu posso fazer isso”, talvez levante uma série de críticas interiores.
“Fulano...pode fazer isso” é bem capaz de funcionar melhor, pois é como se
você estivesse incentivando um amigo. E todos nós costumamos ser mais
sensíveis às dores alheias do que às nossas.
27. Afirmações e visualizações combinam?

Nesse caso da pergunta sobre a pessoa que você gostaria de ser, a resposta é
SIM porque qualquer imagem ou conjunto de imagens que você criasse
estaria fundamentado nas reais características e qualidades que você carrega e
pretende tornar públicas.
Não funcionaria se você quisesse ser do tipo ABC, e se imaginasse de forma
XYZ. Você mentiria para você e isso não se sustentaria.
Como foi dito e nunca será demais repetir – e afinal esse livro gira em torno
de ideias que se repetem não é? – o que você afirmar sobre si deve estar
enraizado em tudo aquilo que lá no fundo você é e talvez apenas não saiba.
Só precisa descobrir toda essa riqueza interior, reconhecê-la e fazer vir à tona.
Entende por que você precisa se conhecer bem antes, para somente depois
poder criar as suas próprias e mais adequadas afirmações?
Sem identidade, não é possível a superação, o crescimento e muito menos
transcendência.
E recorrer às afirmações seria o mesmo que imitar um papagaio que não sabe
o que está “falando”.
5
58 afirmações positivas para você se
inspirar
Esta é uma lista de autoafirmações sugeridas.
Você pode pensar: “Oras, não foi dito que usar as afirmações alheias não
funcionam; que é melhor criar as nossas com a nossa cara e que reflitam
quem nós realmente somos?”
Sim, com toda certeza. Mas, como você vai se inspirar, caso ainda não esteja
acostumado com isso e precise de alguma inspiração?
Daí a ideia dessa lista. Tente usar as afirmações para ajuda-lo a se inspirar,
criar e formular as suas próprias afirmações, à medida que você for se
conhecendo.
Veja-as apenas como um ponto de partida.
Entenda que tudo o que começamos, nem sempre já vamos sair falando e
fazendo com a nossa “própria voz” e usando o nosso próprio estilo.
Às vezes precisaremos usar as vozes, e mesmo as palavras alheias, até
encontramos a nossa verdadeira identidade e só assim podermos nos
expressar como realmente nós desejamos sonhamos e somos.
Sinta-se à vontade para emprestar alguns delas por enquanto.

1. Todos os dias, de todas as formas, estou ficando cada vez


melhor.
2. Todo fracasso na minha vida pode ser uma experiência de
aprendizado.
3. Eu vivo no momento presente.
4. Eu gero valor para a vida das outras pessoas.
5. Eu estou sempre mudando.
6. Eu sou digno de relacionamentos positivos na minha vida.
7. Aprendo algo novo todos os dias.
8. Eu procuro e acho em mim muitos pontos fortes e
características positivas.
9. Não me preocupo com as coisas que não consigo controlar.
10. Será que as minhas emoções podem ajudar a tomar decisões
melhores?
11. Será que a minha ansiedade pode me motivar para mudar ou
melhorar?
12. Eu posso superar obstáculos na minha vida.
13. Poderia eu ser um modelo positivo para os outros?
14. O que eu posso tentar de diferente hoje?
15. Não tenho medo de sair da minha zona de conforto.
16. Eu posso e pretendo sempre tirar o melhor das pessoas.
17. Eu perdoo quem me machucou no passado.
18. Será que posso construir um círculo social interessante e
solidário?
19. Transformarei o meu passado numa fonte de aprendizado.
20. Eu devo ser a mudança que desejo ver no mundo.
21. Tentarei entender melhor os outros.
22. Eu posso encontrar felicidade a cada momento.
23. Sou um solucionador de problemas proativo.
24. Quando abro a mente e expando os meus sentidos, sou muito
mais criativa.
25. Eu posso criar minha própria energia positiva.
26. Quando as pessoas me conhecem, elas realmente gostam de mim
33. Eu posso ver a foto maior.
27. Dou pequenos passos todos os dias para ser mais saudável.
28. Estou dedicado às minhas paixões na vida.
29. Eu posso conseguir todos os recursos necessários para cuidar da
minha família.
30. Minhas emoções negativas podem ter uma função positiva.
31. Eu determino o significado da minha vida.
32. Toda decisão que tomo ajuda a moldar meu futuro.
33. Serei mais consciente ao agir e tomar decisões.
34. Eu tenho a capacidade de pensar racional e inteligentemente.
35. Eu estou dedicado e comprometido a me desenvolver
gradualmente.
36. Eu trato os outros com bondade e respeito.
37. Se eu quero algo que nunca tive, devo fazer algo que jamais eu
fiz.
38. Eu sei quando relaxar e não levar a vida tão a sério.
39. Eu aprendo com meus relacionamentos passados.
40. Será que eu consigo aceitar críticas sem levar para o lado
pessoal?
41. Quando eu me amo, permito que os outros também me amem.
42. A maioria das limitações da minha vida é fictícia.
43. Posso adquirir conhecimento em qualquer coisa, se estiver
disposto a aprender.
44. Será que eu tenho me esforçado para alcançar os meus objetivos
e valores de vida?
45. Só posso levar felicidade aos outros depois de encontrar a minha
própria felicidade.
46. Tenho todo o luxo material que preciso.
47. Celebrarei as pequenas vitórias da minha vida e continuarei
motivado por eles.
48. Pequenas mudanças diárias levam a grandes mudanças ao longo
do tempo.
49. Quando a vida fica difícil, será que consigo persistir?
50. Aproveitarei ao máximo esta situação.
51. Não perco tempo e energia com pessoas tóxicas.
52. Prefiro cometer um erro de que me arrepender para sempre de
não tentar.
53. Não darei mais atenção à voz negativa na minha cabeça.
54. Preciso experimentar coisas novas antes de pensar de um novo
jeito.
55. Nem sempre escolho minhas circunstâncias, mas eu escolho como
eu vou responder a essas circunstâncias.
56. Se eu quiser entender alguém, primeiro preciso deixar de lado os
meus vieses e preconceitos.
57. Será que sou capaz de ver as coisas da perspectiva dos outros?
58. Não deixarei que a minha felicidade dependa de ninguém.
Outros livros meus:
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Tenha MAIS Autoestima - O que é preciso para você gostar mais de si mesmo

MOTIVAÇÃO: Um Manual (quase) Definitivo

VIVER DE VERDADE: Abandone os Limites do passado, Abra-se às Oportunidades do


futuro
Crescer & Transcender: Os Benefícios do Autoconhecimento e as Características da
Mentalidade Expansiva

Os Segredos da INFLUÊNCIA e da PERSUASÃO: Tudo depende de você tocar o coração


das pessoas!

Decifre as Pessoas - Aprenda a ter Carisma


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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19309201
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0956797611417725
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0062593
https://positivepsychology.com/daily-affirmations/
https://positivepsychology.com/cbt-cognitive-restructuring-cognitive-distortions/
https://positiveaffirmationscenter.com/positive-affirmations-for-anxiety/
https://www.mindbodygreen.com/articles/what-to-do-if-positive-affirmations-dont-work-for-you
https://psychcentral.com/blog/why-positive-affirmations-dont-work/
https://motivationping.com/depression-affirmations/
https://psychcentral.com/blog/when-positive-thinking-doesnt-work-this-does/
http://www.brainsync.com/blog/rewire-your-brain-with-affirmations/
https://ed.stanford.edu/sites/default/files/self_defense.pdf
https://www.psychologytoday.com/us/blog/anxiety-another-name-pain/202001/affirmations-and-
neuroplasticity
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4814782/
https://www.npr.org/sections/health-shots/2014/10/07/353292408/why-saying-is-believing-the-science-
of-self-talk
Sobre o Autor:

Di Saval tem formação em Filosofia e Teologia. Há muito tempo é um estudioso e pesquisador


independente sobre tudo o que envolve Autoconhecimento e Crescimento Pessoal.
O que ele tem descoberto em seus estudos é que só conseguimos ser felizes se descobrirmos a nossa
verdadeira identidade e passarmos a viver, trabalhar e nos expressar a partir dela. Por isso, ele tem
como projeto divulgar, de maneira acessível a todos, tudo o que ele aprendeu, viveu (e continua
aprendendo e vivenciando) há mais de vinte anos sobre temas, estratégias e ferramentas em geral que
nos possam ajudar a desenvolver as nossas vidas.
Além de “blogar” sobre Autoconhecimento, ele escreve sobre Empreendedorismo, e é um aventureiro
no mundo do Marketing e do Empreendedorismo Digital.

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