Você está na página 1de 16

Doenças Crônicas:

Características e Perspectivas Antropológicas

Alunos: Rafael Vasconcelos, Lucas


Kley, Felipe Augusto, Vitor Lima Antropologia Médica
Contexto Histórico Mundial
Século 20 Século 21
transição envelhecimento
epidemiológica da população

Séculos Pós-segunda
Passado Guerra
doenças crescimento
infecciosas das doenças
crônicas 5
GOMES et al., 2021
O que é uma doença crônica?

As doenças crônicas, segundo a Portaria nº 483, de 1º


de abril de 2014, são aquelas que apresentam início
gradual, com duração longa ou incerta, que, em geral,
apresentam múltiplas causas e cujo tratamento
envolva mudanças de estilo de vida, em um processo
de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura.

2
Ministério Público, 2014
Mas é só isso?

3
Hierarquias de Poder e Medicalização no contexto das
Doenças Crônicas

MEDICALIZAÇÃO BIOPODER AGÊNCIA AUTONOMIA

5
Impactos da Medicalização

Redução da Complexidade Humana


Dependência de Medicamentos
Impacto nas Relações de Poder
Falta de Abordagem Holística
Escassez de Alternativas Terapêuticas:

5
Complexidade do Cuidado

Altas
Confiança Responsabilidade
Demandas
Excessos:

Iatrogenia
Sobremedicalização
Cansaço e esgotamento

6
Promoção da Autonomia do usuário como prática do
cuidado

Defesa de Segunda Opinião Médica:


Participação Ativa nas Conversas Médicas
Respeito pelos Limites Individuais
Promoção da Autonomia nas Relações de Cuidado

5
Temporalidades dissidentes

Quebra da noção de tempo linear e previsível


Pespectiva compassiva e paciente
Tempo para realizar atividades
Adaptação, paciência e resiliência
Tempo Alejado

5
Vida pessoal e Futuro:

“Desistência” Necessidade de
da vida própria “Estar Disponível”
Noções temporais:

Relógio capitalista
Relógio do cuidado
Luta das expectativas
Presença no presente
Tratamento desigual nas relações de cuidado

Classificação baseada em dados biomédicos


Punições
Falta de informações
Cuidado como dádiva
Falta de engajamento dos usuários
Desigualdade no uso de medicamentos

5
Visão Médica x Visão do Paciente

Pacientes vistos como dados.


Falta de consideração acerca dos outros fatores da vida do paciente.

“Enquanto as pacientes enfatizam as dificuldades


na esfera social e o impacto de uma doença crônica
em suas vidas, as profissionais de saúde veem a
doença crônica como fundamentalmente um
problema patofisiológico e estão mais preocupadas
com o controle técnico da condição”

Weidner, S. ; Quináglia, E. (2021)


Enquadramento de tratamento

Controle técnico fisicalista no ambiente ambulatório


Classificação fechada das pessoas com base na sua patologia
Doença como um idioma de vários assuntos
Referências Bibliográficas

ARAÚJO, L. A.. Muito além da transição epidemiológica: doenças crônicas no século XX. História, Ciências,
Saúde-Manguinhos, v. 26, n. 1, p. 353–355, jan. 2019.

FIETZ, H.. Espera, cuidado e deficiência: As produções do tempo na trajetória de mães de adultos com
deficiência intelectual. Cadernos Pagu, n. 67, p. e236716, 2023

MALUF E SILVA.. Estado ,políticas e agenciamentos sociais em saúde : Etnografias comparadas. Florianópolis,
Santa Catarina 2018.
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS. Autonomia do enfermeiro no cuidado à pessoa com lesão crônica. Revista
Bioética, v. 29, n. 3, p. 484-492, 2021. Disponível em: 1. Acesso em: 27 set. 2023.

HCPA. O saber da pessoa com doença crônica no auto-cuidado. Porto Alegre: HCPA, 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2014.

Você também pode gostar