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Matrícula: 201631041-1
Seropédica, 2019
“A tradição viva”, título no qual o autor A. Hampaté Bá escolheu para debater sobre
escrita oral, oralidade e tradição, mostra as origens da cultura histórica africana, e a
religiosidade por trás das palavras.
Ao falar sobre oralidade e verdade, o autor tenta desmitificar a fala europeia da escrita
como forma única de verdade histórica. A escrita, ela vem de um pensamento, que se
transforma em palavras em um papel qualquer. Qual seria a diferença dessas duas (oralidade
e escrita) sendo que, teoricamente, elas seguem uma mesma origem? O cérebro humano é o
primeiro arquivo e biblioteca do homem, e só a partir desta que a origem escrita pôde ter seu
espaço. A partir disso, por que a escrita seria mais confiável que a oralidade?
A História por muito tempo avaliou apenas os escritos, olhando para a oralidade como
uma forma não confiável de se fazer história. Um povo com culturas passadas oralmente,
eram vistas como um povo sem história. Isso afetou diretamente a história Africana, que,
usava a oralidade não apenas como forma cultural de passar aprendizagens, mas também a
oralidade era algo sagrado e moral.
O que fica evidente nesse capítulo, é as características que a oralidade tem na cultura
africana. O autor enfatiza como a verdade é um comprometimento moral e religioso, que
envolve não só a crença do plano vivo, mas também um compromisso com os antepassados.
A escrita, que nada tem de zelo com essa verdade espiritual, foi mostrada como mais
confiável durante muito tempo na história. O autor desmitifica toda essa questão, e coloca a
tradição viva africana como não só mais confiável, mas também como o berço da história.