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NUTRIÇÃO CLÍNICA

Alergia e Intolerância Alimentar II


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ALERGIA E INTOLERÂNCIA ALIMENTAR II

Alergia Alimentar

As AA podem ser classificadas de acordo com o mecanismo imunológico envolvido: IgE


mediada, não IgE mediada e mista.

• As reações mediadas por IgE > 1 a 2 horas após a exposição;


• Estas reações são desencadeadas pela ligação da IgE específicas em células efetoras
(mastócitos) > liberação de mediadores inflamatórios (histamina, citocinas, leucotrie-
nos, entre outros).

Reações IgE não mediadas:

• Sugere que sejam mediadas por células T;


• Sintomas tardios (até 72 horas);
• Trato gastrintestinal, o que dificulta a relação entre sintoma e o alimento que desenca-
deou a resposta alérgica.

Reações mistas possuem manifestações clínicas próprias.

• Mecanismos IgE mediados, além da participação de linfócitos T, eosinófilos e citocinas


pró-inflamatórias;
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• Esofagite eosinofílica, gastroenteropatia eosinofílica, dermatite atópica e asma.
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Linfócito Th0 – se diferencia dos demais linfócitos.


Th2 (estimula a produção de IL-4, IL-5 e IL-13) – célula responsável por iniciar o processo
de reação alérgica alimentar mediada por IgE. As interleucinas 4 e 13 estimulam as células
beta a se ligarem ao IgE específico também nos plasmócitos. A partir daí, a interleucina 5
estimula a reação via mastócitos.
As reações não mediadas partem do Th1 que estimula a reação através da IFNy (inter-
feron-gama) nas duas frentes. Na primeira frente, a interleucina 2 estimula as células beta
na produção do IgG (por isso os exames sanguíneos são feitos através do diagnóstico entre
IgG e IgE) e esse IgG possui os linfócitos TC e a célula NK (natural killer), gerando as rea-
ções alérgicas não mediadas por IgE. Na segunda frente, o interferon-gama gera a ativação
de macrófagos e um fator de um necrose tumoral alfa que gera processos inflamatórios e os
consequentes sintomas das alergias não mediadas por IgE.

Obs.: Se a diferenciação for nas duas frentes (Th1 e Th2), o caso é de reação mista.
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Obs.: Se a diferenciação for entre Tr1 e Th3, é um caso de tolerância oral através dos lin-
fócitos T reguladores.
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A alergia alimentar ocorre por uma reação do seu organismo de modo exacerbado e
incorreto, ou seja, o organismo entende que o alimento é um agressor e reage produzindo lin-
fócitos específicos que acabam por reagir de modo inadequado a exposição desse alimento
ou ao composto do alimento o que acarreta nas reações alérgicas.

• Em teoria, qualquer proteína alimentar tem capacidade sensibilizar o sistema


imunológico;
• Mais de 90% das alergias, mediadas por IgE, são causadas por proteínas de apenas
oito alimentos;
• Leite de vaca, soja, ovos de galinha, trigo > quando ocorrem e são diagnosticadas
ainda na infância, com a realização de tratamento, é possível que sejam revertidas;
• Amendoins, nozes, peixe e marisco podem permanecer por toda a vida.

Obs.: As partes 1 e 2 do Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar (2018) são essenciais
para as questões de concurso público.
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Obs.: Tende a cair questões sobre os alimentos mais consumidos.


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Prevalência

6 a 8% das crianças e 2 a 4% em adultos.

Obs.: Em muitos casos, a alergia alimentar não chega a ser diagnosticada. Outro ponto é o
sintoma respiratório ser um dos sintomas de uma alergia alimentar, o que gera uma
incerteza no diagnóstico.

Estudo feito em Cartagena na Colômbia

População de 1 a 83 anos;

• frutas e verduras (44,1% das alergias);


• carne (26,4% das alergias);
• frutos do mar e ovo (2,9% das alergias);
• leite de vaca (2,5% das alergias).
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Fonte: (MARRUGO; HERNÁNDEZ; VILLALBA, 2008)

Estudo na Europa

• 0 a 17 anos em 10 países da Europa;


• 3,1% de alergia no 1º ano;
• 7,2% de alergia de 2 a 3 anos;
• Frutas representam 14,6% das alergias na Grécia e 66,7% das alergias na Alemanha;
• Leite de vaca representa 16,7% das alergias na Grécia e 55,8% das alergias na Bélgica;
• Ovo representa 0% das alergias na Dinamarca e 27,3% das alergias na Polônia e Grécia;
• Os sintomas são associados à pele (dermatites) seguidos pelo gastrointestinal e
respiratório.

Obs.: Em países como a Dinamarca, os índices de alergias alimentares são bem menores
devido à introdução da alimentação no estado correto e à exposição da criança aos
fatores do meio ambiente que geram um recrutamento adequado do sistema imuno-
lógico etc.
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Fonte: (STEINKE et al., 2007)

• A alergia a leite, ovos e peixes geralmente se inicia antes do segundo ano de vida;
• Associação com a introdução precoce desses alimentos na dieta da criança;

Obs.: desmame precoce e introdução alimentar inadequada são grande parte dos fatores
que proporcionam o desenvolvimento de alergias alimentares.

• Nesse sentido, a APLV (alergia à proteína do leite de vaca) geralmente tem seu início
após a introdução de fórmulas infantis à base de leite de vaca;

Fonte: (VENTER et al., 2013)

Hipótese

Desenvolver AA é uma interação entre vários fatores:

• Predisposição genética;
• Fatores ambientais e alimentares;
• Desmame precoce;
• Dieta materna durante a gestação; (a dieta materna influencia durante toda a vida da
criança)
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• Introdução da alimentação complementar precoce;
• Exposição a alergênicos intradomiciliares;

Obs.: a exposição da criança ao meio ambiente gera um “treinamento” do seu sistema imu-
nológico – alguns artigos já apontam que crianças que são mais expostas ao meio
ambiente têm menos ocorrências de alergias alimentares.

Alimentação

• Mudanças nos hábitos alimentares > primeiros anos de vida.


• “Você é o que você come”.
• O déficit no aporte de nutrientes na dieta infantil contribui para mudanças na caracte-
rística de resposta imunológica.
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Fonte: (NOVAK et al.2005)

• Ocorre alteração na estrutura e função do timo, diminuição na memória das células


T (as células T passam a não reconhecer da forma correta o componente de um ali-
mento em específico e reage de modo exacerbado o considerando um inimigo);
• Marasmo e kwashiorkor também está relacionada à deficiência das vitaminas A, E, B6,
além de folato, zinco;
• Obesidade;
• Alguns adipócitos estão localizados anatomicamente em associação com linfonodos;
• Linfócitos e células dendríticas adquirem os AG (ácidos graxos) dos adipócitos por
contiguidade;
• Quantidade e composição dos AG absorvidos promovem alterações imunológicas;
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• Exacerbação da resposta inflamatória;
• Vitamina C > produção de citocinas e aumenta a eficácia da fagocitose;
• A vitamina E > suporte para a resposta dos monócitos e macrófagos, linfócitos T;
• Observada uma relação inversamente proporcional à quantidade ingerida dessa vita-
mina, sensibilização atópica.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Lucas Costa Guimarães.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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