Empresarial III
1. DIREITO DO MERCADO DE CRÉDITO
- Entenda-se mercado como o conjunto
de transações envolvendo determinado
bem ou serviço.
- O crédito é uma operação econômica,
enquanto os títulos de crédito são
institutos jurídicos que estabelecem
direitos e obrigações em uma relação
creditícia.
- Conceito de crédito: operação
econômica que envolve o uso presente
de recursos futuros.
● O crédito pode ser utilizado para
investimento (capta-se o dinheiro
para uma finalidade que aumenta
a capacidade de geração de
riqueza) ou para consumo (não há
aumento da referida capacidade).
● É indispensável para que a
economia possa girar.
- Elementos do crédito:
● Tempo - deve haver um lapso
temporal entre o uso do recurso e
a necessidade de dispor dele.
● Confiança - o credor precisa
confiar na capacidade de
pagamento do devedor.
- Os instrumentos jurídicos que
disciplinam os direitos e as obrigações
entre credores e devedores podem ser:
● Clássicos - letra de câmbio, nota
promissória, cheque, duplicata etc.
Hoje estão em desuso devido à
internet.
● Atuais.
- Há dois tipos de fornecedores de
créditos:
● Finalísticos - tem a finalidade
única de conceder crédito, a
exemplo dos bancos. Tais
fornecedores promovem a
captação pública de dinheiro para
emprestá-lo (operação que é
rigorosamente regulada pelo
BACEN).
● Não finalísticos - concedem o
crédito como um meio para vender
determinado bem ou serviço, a
exemplo das lojas.
2. PRINCÍPIOS E DEFINIÇÃO DOS
TÍTULOS DE CRÉDITO
- Definição de título de crédito:
documento necessário ao exercício do
direito literal e autônomo nele contido.
● É a definição de Cesare Vivante,
positivada pelo Código Italiano de
1942 e, posteriormente, no artigo
887 do Código Civil.
● Vantagens dessa definição: é
sintética e engloba os três
princípios basilares dos títulos de
crédito (documentalidade,
literalidade e autonomia).
- PRINCÍPIOS dos títulos de crédito:
● Os três primeiros são comuns a
todos os títulos. Os dois últimos só
se aplicam a alguns deles.
A) DOCUMENTALIDADE (ou
cartularidade):
- Hoje, o termo documentalidade é mais
adequado devido ao fato de os títulos de
crédito existirem mais comumente por
meio de documentos eletrônicos.
- O princípio diz respeito à corporificação
do título de crédito em um documento com
vistas a facilitar a prova do direito de
crédito, bem como a sua circulação.
● Para exercer o direito mencionado
no título, é preciso estar com ele.
B) LITERALIDADE: o direito do credor
corresponde exatamente àquilo que está
no documento. Nada mais, nem menos.
C) AUTONOMIA:
- Para explicar o princípio da autonomia,
antes de mais nada é preciso entender o
que é a relação fundamental.
● Relação fundamental é a relação
jurídica que cria o débito e o
crédito entre duas ou mais
partes, fazendo com que o título
de crédito seja criado.
● Todo título de crédito só existe
porque antes houve uma relação
fundamental, embora nem toda
relação fundamental
necessariamente dê origem a um
título de crédito.
- À vista desse conceito, frisa-se que a
relação do devedor com um possível novo
credor, em um título de crédito (caso ele
seja repassado), não pode ser
comprometida por vício na relação
fundamental.
● As relações são, portanto,
autônomas.
- Trata-se da inoponibilidade de
exceções pessoais ao terceiro de
boa-fé.
● Lógica de proteção ao credor.
- Todavia, ao terceiro de boa-fé será
oponível aquilo que estiver no título de
crédito, consoante o princípio da
literalidade. Se estiver escrito, ele não
pode alegar desconhecimento.
D) INDEPENDÊNCIA: conforme já frisado
anteriormente, tal princípio não se aplica a
todos os títulos de crédito.
- Segundo tal princípio, não é necessária
nenhuma outra prova para exercer o
direito previsto no título de crédito,
apenas ele mesmo.
● Uma das exceções é a debênture,
a qual demanda, junto ao título, a
apresentação da escritura de
emissão.
E) ABSTRAÇÃO: também não se aplica a
todos os títulos de crédito.
- Conforme o princípio da abstração, o
título de crédito pode ser emitido
independentemente de qual seja a
relação fundamental.
● As exceções são os títulos
causais, cuja emissão depende de
uma relação fundamental
específica (sob medida), tal qual a
debênture (que se origina de um
mútuo entre a sociedade e o
debenturista).
3. DECLARAÇÕES CAMBIAIS
- As declarações cambiais são atos
voluntários e unilaterais.
● Servem para que alguém se
obrigue em um título de crédito,
colocando-se na posição de
devedor.
● As pessoas praticam esse ato com
o objetivo de usufruir do crédito.
A) SAQUE: única declaração essencial
em um título de crédito.
- É a declaração cambial que cria/emite o
título de crédito.
- Requisitos EXTRÍNSECOS: são
determinadas informações a serem
lançadas na base documental por quem
está emitindo o título de crédito.
● Também chamados de requisitos
constitutivos, pois transformam
um mero papel em título de
crédito.
● Tais informações estão previstas
na lei que disciplina o título de
crédito a ser criado. São,
portanto, distintas para cada título.
● Os requisitos extrínsecos podem
ser opostos a qualquer um.
● Exemplos: nome da pessoa que
está praticando o saque
(sacador), data da prática, valor a
 pagar, local de pagamento, data de
vencimento etc.
- Requisitos INTRÍNSECOS: dizem
respeito à validade da obrigação
assumida no título.
● Tratam-se dos requisitos já
previstos no Código Civil quanto à
validade de uma obrigação.
● Só aproveita a pessoa a quem ele
se aplica, isto é, só é oponível à
pessoa a quem diz respeito.
Exemplo: se a pessoa que emitiu o
título é completamente incapaz, a
outra parte pode opor tal requisito
a ela. Todavia, caso o título seja
repassado, ao terceiro não será
oponível tal condição.
B) ACEITE:
- Os títulos de crédito podem ser divididos
em:
● Promessa de pagamento: aquele
que cria o título de crédito gera
uma obrigação para si mesmo.
● Ordem de pagamento: nesse
caso, aquele que emite o título
gera uma obrigação para outrem.
- O aceite é, portanto, o ato unilateral e
voluntário de o destinatário da ordem de
pagamento concordar com a obrigação
nela prevista.
- O obrigado principal é a pessoa que
obrigatoriamente será cobrada primeiro
pelo credor. Já os obrigados de regresso
só podem ser acionados caso o obrigado
principal não pague.
● A lei é quem determina o obrigado
principal em cada título de crédito.
Todos os demais serão, portanto,
obrigados de regresso.
● Relação de subsidiariedade entre
obrigado principal/de regresso e de
solidariedade entre os de
regresso.
● Como provar que o obrigado
principal já foi cobrado e não
pagou? O meio de prova admitido
é o protesto do título, feito em
cartório.
C) ENDOSSO:
- É o ato unilateral e voluntário pelo qual o
credor transfere o seu direito previsto
no título de crédito.
● Logo, por endosso entenda-se
transferência.
● O direito é transferido do
endossante para o endossatário.
● O endossante se torna um
obrigado de regresso.
- Endosso SEM GARANTIA: há ressalva
expressa indicando que o endossante
não garantirá o pagamento do título como
obrigado de regresso.
- Endosso vs. CESSÃO CIVIL: ambos são
instrumentos de transferência.
● Enquanto o endosso só ocorre nos
títulos de crédito, a cessão civil é
instrumento genérico.
● Na cessão civil, exige-se
concordância ou, no mínimo, a
ciência do devedor.
● Na cessão civil, eventual nulidade
afeta todos os atos posteriores do
negócio. No endosso não, vide o
princípio da autonomia dos títulos
de crédito.
D) AVAL:
- É o ato unilateral e voluntário pelo qual o
avalista garante o pagamento previsto
no título.
● Declaração muito utilizada para
quebrar a responsabilidade
limitada do sócio (o sócio se torna
avalista da sociedade).
- A garantia subdivide-se em:
● Aval - autônomo e
responsabilidade solidária.
 ● Fiança - acessória quanto à
relação afiançada e
responsabilidade subsidiária. Há
benefício de ordem, ao qual pode
renunciar o fiador.
4. VENCIMENTO E PAGAMENTO
A) VENCIMENTO:
- O vencimento é o momento em que a
obrigação prevista no título se torna
exigível. Há duas modalidades de
vencimento:
● À vista - no momento em que se
dá vista (apresenta) do título de
crédito ao obrigado principal.
● A dia certo - data futura, única
(não pode haver pluralidade de
vencimento ou alternatividade),
incondicionada e expressamente
prevista no título.
○ Se não expressa no título,
presume-se que se trata de
título à vista.
- A caracterização da mora se dá com o
protesto do título.
- Causas de ANTECIPAÇÃO DO
VENCIMENTO:
● Se o sacado recusar o aceite.
Nesse caso, cobra-se de quem
emitiu o título (quem criou deve
garantir o pagamento).
○ A prova da recusa se dá
via protesto.
● Declaração de insolvência (civil)
ou falência (empresário) do
obrigado principal.
B) PAGAMENTO:
- O pagamento é uma das formas de
extinção dos direitos do credor. Há dois
tipos:
● Extintivo - feito pelo obrigado
principal. Extingue todos os
direitos e obrigações previstos no
título.
● Recuperatório - feito pelo
obrigado de regresso, que poderá
pleitear o pagamento dos
obrigados anteriores a ele.
C) PROTESTO:
- O protesto é o meio de prova para
descumprimento de uma obrigação
prevista em um título de crédito.
● É uma prova insubstituível.
● Ato solene (formal) e feito
extrajudicialmente (cartório ou
tabelionato de protestos).
● Deve ser feito no local de
cumprimento da obrigação.
● Após a intimação, o pagamento é
feito pelo devedor no cartório.
- SUSTAR o protesto: o devedor
empreende uma ação de tutela de
urgência para suspender o protesto antes
de sua efetivação.
● Assim, apenas uma decisão
judicial pode sustar o protesto.
- CANCELAMENTO do protesto: ocorre
após a efetivação do protesto.
● Ocorre por meio de um ato do
cartório (como o pagamento) ou
por ordem judicial.
5. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
A) INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS
- Os bancos são enormes fornecedores
de crédito no mercado.
● Enquanto intermediários
financeiros, captam dinheiro na
forma de depósito e o recolocam
no mercado por meio de mútuos.
● Assim, bancos são devedores à
vista e credores a prazo.
⧪ Bancos de varejo são aqueles que
recebem depósitos à vista (podem ser
exigidos a qualquer momento).
- Risco é a possibilidade de evento
danoso.
● DE LIQUIDEZ - o banco assume
com os seus credores
(depositantes). Trata-se do risco
de que todos eles retirem o
dinheiro do banco ao mesmo
tempo, a chamada “corrida
bancária”.
● DE INADIMPLÊNCIA - o banco
assume com seus devedores
(mutuários). Casos em que o
banco empresta mais do que
deveria.
● SISTÊMICO - entre bancos. Uma
vez que eles atuam de forma
interligada, pode haver efeito
dominó em caso de quebra de um
banco.
B) REGULAÇÃO DO SISTEMA
FINANCEIRO
- Busca reduzir os riscos anteriores
elencados.
- Princípio da legalidade estrita: só é
permitido fazer aquilo que a lei
expressamente autoriza.
- No sistema financeiro, há exceção ao
princípio da livre criação (exercer
atividade econômica lícita, nos termos do
art. 170, parágrafo único, CR).
● Só podem exercer as atividades
financeiras/bancárias aqueles que
atenderem a certos requisitos
legais e obtiverem autorização do
governo federal.
● Trata-se da cláusula de barreira
bancária.
- Centralização: a regularização do
sistema financeiro pelo Estado está
centrada no BACEN.
● Todavia, em nível superior, há
ainda o CMN (Conselho Monetário
Nacional).
6. BANCO CENTRAL DO BRASIL
- Objetivo de proteger o mercado de
crédito dos três riscos anteriormente
mencionados.
- É uma autarquia federal.
● Pessoa jurídica de direito público.
● Detém orçamento próprio.
● É autônomo em relação às
políticas de curto prazo do
governo. A autonomia almeja
blindá-lo de conjunturas políticas.
- A Lei n. 4.595/64 estabelece as diretrizes
básicas do mercado financeiro, prevendo
também as funções do BACEN.
A) FUNÇÕES DO BACEN
- REGULAMENTAR: edita normas gerais
e abstratas para disciplinar condutas no
mercado financeiro.
● Só pode detalhar aquilo que já
existe na legislação. Não se trata,
portanto, de uma função legislativa
(permite inovações).
● Esta função justifica-se por razões
de agilidade e especialidade.
- FISCALIZADORA: dever de acompanhar
cotidianamente a legalidade da conduta
das instituições financeiras.
- DE AUTORIZAÇÃO: a autorização deve
ser expressa, específica e prévia.
● Exceção ao princípio da livre
criação.
● Pessoas físicas não podem
realizar intermediação financeira.
- As funções regulamentar, fiscalizadora e
de autorização são preventivas,
enquanto as demais são repressivas.
- SANCIONADORA: referente a sanções
administrativas. Vão desde uma simples
multa à proibição para atuar no mercado
financeiro.
- INTERVENTIVA: na administração de
um banco, a fim de evitar o risco sistêmico
e o consequente efeito dominó.
● REAT (Regime Especial de
Administração Temporária), vide
DL 2.321/87: o BACEN destitui
direitos e conselheiros de
administração, substituindo-os por
pessoas por ele nomeadas. A
princípio, dura por 6 (seis) meses,
podendo ser prorrogado por igual
período.
● Intervenção extrajudicial, vide
Lei n. 6.024/74: há alterações nas
relações com terceiros, como a
suspensão da exigibilidade de
créditos.
● Liquidação extrajudicial, vide Lei
n. 6.024/74: fechamento do banco
para saldar as dívidas. Os bens
dos administradores e dos
controladores, tal como na
intervenção, ficam bloqueados até
que se constate a inexistência de
ilícito.
⧪ FGC (Fundo Garantidor de Crédito):
um percentual do dinheiro dos bancos fica
retido para reembolsar clientes de
instituições financeiras (até R$250k por
CPF ou CNPJ) em intervenção ou em
liquidação.
B) ESPÉCIES DE BANCOS
- Conceito de instituições financeiras:
artigo 17, lei 4.595/64.
- Bancos PÚBLICOS são aqueles cuja
maioria do capital social pertence ao
Estado.
● Por sua vez, nos bancos
PRIVADOS a maior parte do
capital social é privado.
- Bancos COMERCIAIS (ou DE VAREJO):
realizam captação de dinheiro por meio de
depósitos e investimentos à vista.
● Emprestam dinheiro não só para
investimento, mas também para
consumo (via cheque especial,
crédito pessoal etc).
- Bancos DE INVESTIMENTO: captam
dinheiro por depósito a prazo. Não há
conta corrente, poupança etc.
- Bancos MÚLTIPLOS: captam dinheiro
tanto à vista quanto a prazo.
- Bancos DE DESENVOLVIMENTO:
destinados a investimento público em
razão de determinada política econômica.
- Bancos DIGITAIS: não possuem postos
de atendimento pessoal para os clientes.
7. BANCOS E TÍTULOS DE CRÉDITO
A) Letras e Cédulas de Crédito
- Letras (ou letras financeiras) e cédulas
de crédito são títulos de crédito causais.
● Envolvem uma relação de mútuo
(promessa de pagamento) na qual
necessariamente se faz presente
uma instituição financeira.
- Nas letras de crédito, o banco é o
devedor (ou mutuário).
● Forma escritural e envolvem
negociação pública.
● LCI e CDB.
- Já nas cédulas de crédito, o banco é o
credor (ou mutuante).
● As modalidades das cédulas de
crédito variam conforme a
finalidade do $ a ser emprestado
(industrial [CCI], exportação [CCE],
rural [CCR]).
● Tais modalidades perderam o uso
devido à CCB (Cédula de Crédito
Bancário), que não está atrelada a
nenhuma destinação específica.
● As cédulas de crédito podem
envolver garantias.
 B) Faturização e Desconto Bancário
- O termo faturização advém do inglês
factoring. Está relacionado ao fomento
mercantil ou comercial.
- Recebível é o crédito futuro em favor de
alguém.
- Tanto na faturização quanto no desconto
bancário, a finalidade é a antecipação de
recebíveis.
● Essa antecipação, que ocorre por
meio da transferência do direito
de crédito, envolve o abatimento
de uma % do valor de face.
- O fator de compra (% do abatimento),
no caso do faturizador, é fixado
diariamente pela ANFAC.
- Diferente dos bancos, o faturizador não
pode captar dinheiro de terceiros. O
negócio deve envolver dinheiro próprio ou
de sócios.
● Deve ser registrado em junta
comercial.
● Destina-se principalmente a
microempresários (fomento
mercantil).
- A garantia do faturizador se restringe à
existência do direito de crédito.
● Já no desconto bancário, o
banco também possui garantia
quanto ao adimplemento da
obrigação. Caso o devedor não
pague, poderá cobrar daquele que
transferiu a ele o direito de crédito.
8. CRÉDITO E FINANCIAMENTO DA
EMPRESA
- Há duas maneiras de alocação de
recursos em uma empresa: via sócios
(lucros pós-fixados; quotas/ações) ou via
credores (juros pré-fixados; mútuos).
● A princípio, o sócio não pode exigir
o reembolso do valor investido
(salvo as hipóteses de direito de
recesso). O credor, por sua vez,
possui direito a reembolso
(direito a sujeito a termo - evento
futuro e certo - e não a uma
condição).
- O Direito estabelece formas híbridas de
captação, muitas vezes previstas na LC
n. 128/2021 (marco legal das startups).
● Aloca-se o dinheiro na condição de
credor, mas após um tempo
pode-se tornar sócio, como nas
debêntures conversíveis.
● Outro exemplo é o mútuo
conversível.
- O contrato de participação veio para
tipificar a figura do “investidor anjo”.
● O investidor não é remunerado
com juros, mas com participação
nos lucros da sociedade.
● Dura por no máximo 5 (cinco)
anos. Após, o investidor pode
requerer de volta o dinheiro
emprestado ou convertê-lo em
ações/quotas.
9. FUNDOS DE INVESTIMENTO
- Os fundos de investimento são
juridicamente caracterizados pelo Código
Civil como condomínios de finalidade
especial (art. 1368-C, CC).
- Pode ser estabelecida uma quota
mínima para investimentos.
- Os gestores dão uma destinação ao
dinheiro captado, sendo esta definida
previamente no regulamento do fundo.
● Os lucros obtidos são divididos
entre os quotistas.
- Fundos são diferentes de clubes de
investimento. Estes não envolvem a
captação de dinheiro público.
- Nos fundos abertos, o investimento
pode ser resgatado antecipadamente.
 ● Já nos fundos fechados, tal
resgate é inviável. Todavia, as
quotas podem ser negociadas com
terceiros.
- Os fundos empresariais podem ser
subdivididos da seguinte forma:
● Private equity: o $ é destinado a
sociedades mais consolidadas.
● Venture capital: o $ é destinado a
startups (corre-se mais risco).
- Fundos de destinação única vs.
múltiplos (multimercado, não apenas à
renda fixa ou à variável).
10. MERCADO DE CRÉDITO E NOVAS
TECNOLOGIAS: FINTECHS
- Nas fintechs, há o uso de ferramentas
tecnológicas para aplicação no mercado
financeiro e de crédito.
⧪ Regulação (normas legislativas) vs.
regulamentação (normas de instituições
governamentais externas ao Legislativo).
● Apenas na regulação pode-se
inovar. Na regulamentação, as
normas são estabelecidas nos
limites da regulação.
- Determinados tipos de fintechs podem
captar dinheiro de terceiros, mas não
em nome próprio.
- P2P Lending (empréstimo ponto a
ponto): entre pessoas. A plataforma não
entra na relação de mútuo, é apenas um
endereço eletrônico.
- Na sociedade de crédito aberto,
empresta-se o dinheiro dos próprios
acionistas.
- Criptomoedas: moeda (ou pretensa
moeda, haja vista que os requisitos para
tanto são liquidez absoluta e ser
referência de valor para trocas) que só
existe e é negociada pela internet.
● Origem não estatal.
● Acabaram ganhando o status de
ativo financeiro. Compra-se para
obter retorno financeiro com a
valorização.
- Sociedades de crédito aberto, aquelas
referentes a cripto ativos e P2P Lending
dependem de prévio registro e
autorização do BC.
- Criptografia é a conversão de uma
mensagem em linguagem que só pode ser
compreendida por quem saiba traduzi-la.
- Entre as identidades digitais estão a
senha alfanumérica, a biometria e a
identificação facial.
- Contratos autoexecutáveis (contratos
inteligentes ou, ainda, “smart
contracts”): a execução não depende de
uma ação da parte que está recebendo o
serviço. Exemplo: “Sem Parar”
(estacionamento).
● Natureza de adesão.
● Padronização.
● As regras de desfazimento são
definidas pelo próprio sistema, não
por leis.
- Instituições de pagamento: há
transferência de valores entre pessoas
sem que seja necessário passar pelo
sistema bancário, como nos casos do
Paypal e do Pagseguro.
● Lei 12.865/13.
- Data science: processamento de dados
para oferecer produtos mais adequados
às necessidades e aos desejos do
consumidor.