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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MARINA KNIHS DA GRAÇA

ANÁLISE DA EFICÁCIA DOS EPI´S INDICADOS NO PPRA DE UMA INDÚSTRIA


ALIMENTÍCIA NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

Florianópolis
2017
MARINA KNIHS DA GRAÇA

ANALISE DA EFICÁCIA DOS EPIS INDICADOS NO PPRA DE UMA INDÚSTRIA


ALIMENTÍCIA NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo

Florianópolis
2017

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MARINA KNIHS DA GRAÇA

ANALISE DA EFICÁCIA DOS EPIS INDICADOS NO PPRA DE UMA INDÚSTRIA


ALIMENTÍCIA NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

Esta Monografia foi julgada adequada à


obtenção do título de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho e
aprovada em sua forma final pelo Curso de
Especialização em Segurança do Trabalho da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis 04 de Junho de 2017.

______________________________________________________
Professor e orientador José Humberto Dias de Tolêdo Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina

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Agradeço primeiramente a Deus por me
iluminar durante esta trajetória.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade e força, para chegar ao fim de uma
nova etapa.
A todos os familiares em especial a minha mãe Ligia Knihs e a minha avó Maria A.K.
Knihs que ao longo dessa caminhada me motivam para realizar essa conquista. Aos irmãos
pelas palavras de conforto.
Aos colaboradores da Indústria por terem colaborado para a realização do mesmo, aos
amigos que de alguma forma me ajudaram ainda que com palavras. A instituição e a todos os
professores que apoiaram positivamente para minha formação profissional, Que Deus me guie,
ilumine e me inspire para poder fazer o certo e o bem.

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“Ainda que se falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor,
eu nada seria” (Renato Russo, 1989).

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RESUMO

A Saúde e Segurança da empresa é uma questão tão importante e básica quando o intuito é
preservar a vida humana, principalmente dos trabalhadores. Sabe-se hoje, que Saúde e
Segurança são imprescindível quando o propósito é manter um ambiente de trabalho saudável
e produtivo. Em um mundo em que, a cada dia, são crescentes as descobertas e inovações
tecnológicas, a disseminação de informações sobre a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho se torna decisiva para que a qualidade de vida no ambiente de trabalho seja valorizada.
Sendo assim a pesquisa de tipo qualitativo, visa levantar os dados de como estão sendo usados
os equipamentos, sua segurança e qualidade, bem como promover como sugestão, melhorias
nas questões de investimento com treinamentos e CIPA. O trabalho educativo dentro das
empresas é de extrema importância, uma vez que permite que haja cada vez mais trabalhadores
e empresários conscientes da importância da Saúde e Segurança do Trabalho. Para tanto, faz-
se necessário investir em controle de qualidade dos equipamentos, treinamentos assegurar seu
devido uso.

Palavras-chave: Saúde. Segurança. Trabalhadores. EPI.

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ABSTRACT OU RÉSUMÉ OURESUMEN

The health and safety of the company is such an important and basic issue when it is intended
to preserve human life, especially the workers.
It is known today that Health and Safety are essential when the purpose is to maintain a healthy
and productive work environment. In a world where discoveries and technological innovations
are increasing, the dissemination of information on the prevention of work-related accidents
and diseases becomes decisive so that the quality of life in the work environment is valued.
The educational work within the companies is of extreme importance, since it allows that there
are more and more workers and entrepreneurs aware of the importance of Occupational Health
and Safety. For this, it is necessary to invest in quality control of the equipment, training to
ensure its proper use.
Palabras-clave: health, safety, workers and training.

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LISTA DE SIGLAS

CA: Certificado de Aprovação


CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
EPC: Equipamento de Proteção Coletiva
EPI: Equipamento de Proteção Individual
LTCAT: Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
MTE: Ministério do Trabalho e Emprego
NR: Norma Regulamentadora
PCMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO .............................................................................................. 10
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 10
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 10
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 11
1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 11
1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 11
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 12
1.6 ESTRUTURA .................................................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 14
2.1 HISTÓRICO DA INDÚSTRIA ALIMENTICIA NO BRASIL ...................................... 14
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO ........................................ 15
2.2.1 Programa de Prevenção dos Riscos ambientais (PPRA) ......................................... 15
2.3 NORMA REGULAMENTORA- NR 06 ......................................................................... 17
3 RESULTADOS E ANÁLISES......................................................................................... 18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23
ANEXOS ................................................................................................................................. 25
ANEXOS ................................................................................................................................. 28

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho na Indústria Alimentícia exige, além de cuidados específicos, como


controle de qualidade, cuidados com a vida humana. Esse trabalho visa analisar a eficácia dos
EPIs indicados no PPRA de uma Indústria Alimentícia da Região Norte de Santa Catarina, que
tem como objetivo atender as necessidades, elencando melhorias e sugestões para que a prática
aconteça de forma mais segura e adequada.
É através da observação do uso de EPIs regulamentados na NR-6 que se
compreende sua extrema importância para ambas as partes: empresa e colaboradores. Na NR-
9 é caracterizado o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) visando à prevenção
da saúde e integridade dos trabalhadores expostos, avaliando e consequentemente controlando
os riscos ambientais existentes no ambiente de Trabalho.
A Implantação dos sistemas em uma empresa alimentícia é o foco da pesquisa, que
tem como objetivo a análise de eficácia do uso de EPIs, descrever e investigar sua prática. O
trabalho apresentará a pesquisa de forma qualitativa e esperamos que seja de grande valia para
seu funcionamento dentro das Normas de Segurança.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Analise da eficácia dos EPIs indicados no PPRA de uma Indústria Alimentícia na


Região Norte de Santa Catarina.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Essa pesquisa terá como problema de pesquisa: Será que os EPIs indicados no
PPRA de uma Indústria Alimentícia na Região Norte de Santa Catarina estão cumprindo a sua
finalidade, que é garantir a segurança e integridade física dos trabalhadores?

1.3 JUSTIFICATIVA

Manter um ambiente seguro, onde haja cuidado com a aplicação das normas de
segurança, é essencial para a proteção do colaborador e da saúde financeira da empresa. É
através da aplicação destas normas que o trabalho será realizado com segurança e
consequentemente influenciará na produtividade. Uma vez que o trabalhador esteja em

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segurança, este apresentará mais produtividade e foco na execução do trabalho, pois não precisa
ficar cuidando para não se machucar e poderá realizar sua função de forma adequada.
Apesar de o risco ser claro, muitas vezes se ignora a probabilidade do acidente
acontecer. Portanto prever é essencial e utilizar o EPI exigido pelas normativas é obrigatório.
A empresa tem o dever de cumprir estas exigências, bem como, o trabalhador de proteger sua
própria vida e dos companheiros de trabalho.
É um problema muito comum nas empresas fazer com que sejam cumpridas todas
as exigências, logo são necessárias estratégias básicas e funcionais para que nas atividades
diárias haja a certificação de que todos estão devidamente protegidos.
O ideal é que cada setor tenha um líder responsável e tecnicamente treinado para
que possa fazer o gerenciamento de informações, conscientização e controle do uso dos
equipamentos de proteção. É necessário também haver o controle de qualidade dos
equipamentos, além da data de validade e certificação dentro das exigências.
Avaliar os riscos e como aperfeiçoar a proteção dos colaboradores dentro de cada
setor e função é o primeiro passo. Avaliar sua funcionalidade é o momento de rever algumas
práticas diárias e talvez seja necessário investir mais em medidas de prevenção. É fato que se
houver aumento nos números de ocorrências de acidentes, logo algo está errado e precisa ser
urgentemente corrigido.
Nos motivamos a realizar essa pesquisa com o intuito de verificar se os EPIs
indicados no PPRA da empresa, estão adequados a função e cumprem com o seu objetivo de
proteger a integridade física dos trabalhadores.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Verificar se os EPIs indicados no PPRA de uma Indústria Alimentícia localizada na


região Norte de Santa Catarina estão cumprindo a sua finalidade que é garantir a segurança e
integridade física dos trabalhadores.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Descrever o que é um PPRA (NR- 09);

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 Comentar as recomendações da (NR 06);
 Investigar se os EPIs indicados no PPRA da empresa se estão cumprindo a finalidade.

1.5 METODOLOGIA

Para realizar o presente trabalho, primeiramente, foram avaliados os melhores


meios para se pesquisar e apresentar as informações levantadas. Assim sendo, partiu-se de uma
análise teórica do material disponível para correlatar ao assunto abordado. Todos os dados e
informações foram pesquisados, buscando referências bibliográficas de textos, artigos e livros
nacionais.
Caracteriza-se por uma abordagem qualitativa, pois serão coletados dados,
discutidos e analisados. Sendo que segundo Strauss (2008 p. 45) “as formas de pesquisa
qualitativa e quantitativa tem seus papeis a desempenhar na teorização. A questão não é usar
uma forma ou outra, mas, sim como essas formas devem trabalhar juntas para promover o
desenvolvimento da teoria”.
A pesquisa foi exploratória, utilizando-se de dados bibliográficos para que se
pudesse definir o problema de pesquisa e formular a hipótese com mais precisão. As pesquisas
exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato.
Segundo Lakatos (2010 p. 171) exploratórios são investigações cujo objetivo é a
formulação de questões e problemas, com tripla finalidade, desenvolver hipóteses, aumentar a
familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma
pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos.
Isso se torna aparente na indústria alimentícia, pois sugere questões e problemas
que terão que ser resolvidos para que não haja danos físicos aos trabalhadores na área de
segurança.

1.6 ESTRUTURA

Este trabalho de conclusão de curso está composto por 4 capítulos assim


distribuídos:
No capítulo 1 são apresentados: problema de pesquisa; objetivo geral, objetivos
específicos, metodologia aplicada, justificativa.

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No segundo capítulo apresentamos a importância da Indústria alimentícia no Brasil;
a importância dos programas de prevenção e as Normas regulamentadores NR 6 e NR 9.
No terceiro capítulo constam os resultados e suas análises.
E, finalmente as considerações finais do presente estudo buscando a verificação dos
objetivos propostos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HISTÓRICO DA INDÚSTRIA ALIMENTICIA NO BRASIL

A história da industrialização brasileira apresentou características específicas, pois


ocorreu após as chamadas revoluções industriais e ocupou papel coadjuvante no cenário das
nações industrializadas. (FREITAS, 2017)
As características nacionais de ocupação e desenvolvimento econômico não
carrearam à junção de condições necessários para desenvolver a área industrial. Ainda no
período colonial é que foram desenvolvidas no Brasil as primeiras atividades manufatureiras
desenvolvidas no Brasil, vale salientar que eram de forma difundida. Instalaram-se de forma
esparsa, tinha como fim fornecer materiais e serviços conforme as necessidades das grandes
fazendas de cana-de-açúcar que ficavam distantes dos grandes centros urbanos. (PRADO
JUNIOR, 2000).
Contudo, de acordo com (SILVA, 2017) somente nos anos de 1960, durante o
governo de Juscelino Kubitschek, após a inauguração de Brasília foram construídas as rodovias
Belém-Brasília, Brasília-Rio Branco e Cuiabá-Porto Velho, no intuito de estabelecer relações
comerciais e proporcionar o povoamento em áreas mais afastadas do Centro-Oeste e da região
Norte. Nesta época, também se iniciou a industrialização dos alimentos quando houve o
desenvolvimento da agricultura mecanizada.
Assim como em outros setores, a indústria alimentícia viveu a transição dos anos
1980, o qual predominava a empresa de pequeno porte e capital nacional, para os anos 1990,
quando aumentou a concentração e a presença do capital estrangeiro. Neste período, ocorreu a
recuperação da participação da indústria de alimentos, que dividia a liderança com o setor têxtil
nos primórdios do século XX. Ao final dos anos 1990, a participação da indústria alimentícia
alcançava a liderança da produção industrial brasileira, com 14% do total, superando, inclusive,
a indústria do petróleo. (BIRCHAL, 2004)
O Brasil atualmente é considerado um dos países subdesenvolvidos mais
industrializados ocupando o décimo quinto lugar no segmento em escala global tornando -se
assim um dos países que mais produzem alimentos no mundo. A indústria alimentícia nacional
é um importante segmento da atividade econômica do país, com grande movimento no que diz
respeito á produção, exportação e progresso técnico de sua cadeia produtiva. Conforme dados
da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA, 2016), nos últimos anos seu
faturamento tem crescido, corresponde a 9,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e 16% do valor

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da produção industrial do país. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DA
ALIMENTAÇÃO, 2016).
Contando com aproximadamente 40 mil estabelecimentos entre pequenas, médias
e grandes empresas, o setor alimentício gera circunstancialmente cerca de um milhão e meio de
empregos diretos nos diferentes subsetores como: laticínios, óleos e gorduras, derivados de
carne, do trigo, de frutas e vegetais, chocolates, entre outros, que produzem mais de 850 tipos
de produtos diferentes. (CUNHA; PROVEZANO GOMES; SERPA DIAS, 2006).

2.2 A IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO

Os processos de treinamentos são essenciais para a prevenção. Portanto, faz-se


necessário uma preparação adequada, com apoios de profissionais qualificados e funcionários
da empresa, assim o objetivo do trabalho desenvolvido será efetivado.
Além de seguirem as exigências legais, é preciso analisar as necessidades dos
trabalhadores, que muitas vezes não possuem um nível mínimo de escolaridade e informação
acerca de seus direitos e dos equipamentos exigidos. Sendo assim todos devem ser
conscientizados e de mais que cumprir a legislação e seguir as regras de preventivas, se devem
proteger a vida e evitar todas as formas possíveis de acidentes.
O uso de informativos, reuniões técnicas, encontros da CIPA e seus representantes
fazem parte dessa estratégia de promover programas de prevenção. A monitoração e a presença
ativa de multiplicadores de ideias são partes fundamentais nesse processo, pois ajudam a
assegurar que todos respeitem as normativas suas aplicações.

2.2.1 Programa de Prevenção dos Riscos ambientais (PPRA)

Modelos de registros auxiliam para padronização de documentos que de forma


linear e clara demostram o controle dos equipamentos utilizados, no que se refere a controle de
qualidade: boas condições de uso, prazos de validade, manutenção, bem como relata o nome
do profissional responsável por este processo.
De modo que esteja de acordo com a legislação trabalhista, toda empresa deve ter
elaborado o PPRA, este que é implicado na Norma Regulamentadora (NR 09). Esta norma
envolve todas as empresas que possuem funcionários, independentemente do seu porte e grau
de risco, logo que sejam regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. (PIZA, 1997)

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É de extrema importância nomear um profissional para que durante a rotina diária
se assegurar o uso dos equipamentos de proteção, pois o erro humano e irresponsabilidade
causam acidentes. Cipeiros são treinados e podem de modo efetivo assegurar que todos estejam
adequados às normas de segurança.
Para que o PPRA seja aplicado conforme a norma deve-se seguir propostas tais
como: antecipação e reconhecimentos dos riscos; estabelecimento de prioridades e metas de
avaliação e controle; avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; implantação de
medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento da exposição aos riscos;
registro e divulgação dos dados (BRASIL, 2013d).
Também é fato que fatalidade pode acontecer, porém quanto mais adequado às
normas se segurança, menor será o risco de o acidente acontecer. Registros devem ser bem
organizados e de forma clara e concisa. São estes os dados que poderão ser utilizados no
controle e avaliação da efetividade do uso de EPI’s na empresa.
Essa Norma Regulamentadora (NR-9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) visando à prevenção da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. Tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O PPRA é parte
integrada do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da prevenção
da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto
nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) previsto na NR-7 (SEGURANÇA, 2013, p. 101).

É claro que a obrigatoriedade impulsiona ações mais efetivas no que diz respeito à
realização de eventos para conscientização e prática de cuidados com uso de equipamentos de
segurança. É necessário que haja esta regulamentação, pois, o ser humano nem sempre
compreende o que é para protegê-lo.
A estrutura do PPRA deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma de registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise
global do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para avaliação do
seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecidos de novas
metas e prioridades (SEGURANÇA, 2013, p. 101).

Nesse sentido, estabelece ações que garantem a prevenção da saúde e integridade dos
trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho. Tem como fonte de consulta o Laudo
Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), que toda empresa deve ter.

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2.3 NORMA REGULAMENTORA- NR 06

A Norma Regulamentadora NR-06, diz respeito aos Equipamentos de Proteção


Individual (EPI) e coletiva (EPC). A Norma Regulamentadora NR-06 apresenta como deve ser
o uso dos EPI’s, sua aplicação e obrigatoriedade, bem como apresenta as regras e procedimentos
para a Gestão de qualidade dos equipamentos, apresenta Portaria SIT/DSST 194/2010 Segundo
o Ministério do Trabalho.
Responsabilidades do empregador
Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar- se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009);

Responsabilidades do trabalhador.
Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Como é realizado o trabalho dentro da empresa, é expressa a responsabilidade do


empregador. Cabe a ele zelar pelo bom e seguro andamento das atividades.
Na pratica a empresa deve capacitar, treinar e desenvolver profissionais qualificados
para a realização da CIPA. E através dessa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que
será assegurada a aplicação das NR’s.
Nascimento (2009) considera o conjunto de EPI’s, um mecanismo grandemente útil
para a segurança do colaborador na execução da sua atividade, tendo notável responsabilidade
quanto à preservação do mesmo contra os diferentes riscos aos quais está predisposto no
ambiente de trabalho.
Através da sua aplicação adequada, os acidentes são evitados e os riscos são
neutralizados. Evidentemente, os equipamentos de proteção devem estar de acordo com a
legislação para garantir a segurança e a integridade do colaborador, devendo ser aprovados pelo
Ministério do Trabalho e possuindo certificado de aprovação (CA).

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3 RESULTADOS E ANÁLISES

3.1 CAMPO DE PESQUISA

Buscando sempre o melhor para seus consumidores a empresa situada na Rodovia


Antônio Heil, com sede na cidade de Brusque Santa Catarina, deu início as atividades em 01 de
março de 1995 distribuem hoje em todo o estado e também boa parte do Rio Grande do Sul e
Paraná, procurando sempre expansão para levar suas mercadorias em todos os cantos do Sul
brasileiro. Um dos principais objetivos é fazer produtos de qualidade para expor no setor de
vendas a melhor linha de Salgadinhos e Pipocas.
A indústria de alimentos possui 56 colaboradores sendo divididas em diversos
setores tais como: empacotamento, pipoqueira, expedição, fritura, manutenção, extrusão de
milho e escritório. Empresa fundada com parceria de três sócios, e que mantém a formação até
hoje.

3.2 MÉTODO DE PESQUISA

Após a observação e estudo de caso, foi levantado o foco da pesquisa, pois estava
clara a necessidade de enfatizar de forma mais efetiva a implementação de normas de
segurança, através de treinamentos, conscientização e monitoração.
Sendo assim foi solicitado novo PPRA com medições e enquadramento das normas
se cada EPI utilizado está de acordo, porem com as medições em diversos setores verificamos
que há de comprar novos EPI’s para determinadas funções pois os mesmos não estão
neutralizando o risco. Assim foi concluído que somente com medidas de prevenção e
monitoramento podem-se assegurar e otimizar a qualidade de vida no trabalho.

3.3 RESULTADOS

Segundo dados apresentados na tabela de EPIs do PPRA compreende-se a


necessidade de cuidados e controle de EPI’s. A indústria alimentícia no seu processo de trabalho
possui equipamentos de alta temperatura e ruídos, com a avaliação do PPRA pode-se observar
que o laudo deixa a desejar não constando os equipamentos de proteção Individual para tais
segmentos dentro da empresa. Constando cargos e funções inexistentes,

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A análise dos dados é primordial, pois de acordo com o que foi coletado, pode-se
vislumbrar a situação atual dos processos de trabalho da empresa, tendo melhor visão para se
buscar inovações e possíveis soluções. Nesse sentido, buscou-se um estudo voltado para a
implementação de treinamentos e conscientização dos riscos na indústria alimentícia. De
acordo com a pesquisa desenvolvida, Bazzo (2008) reforça a ideia de que além do
conhecimento técnico, as habilidades com o ser humano, o conhecimento empírico e a
experiência são fundamentais.
Chiavenatto (2004) também ensina que a segurança do trabalho enfoca medidas
técnicas educacionais, sendo que é essencial para o aprendizado e ação consciente do
trabalhador em respeito às normas de segurança.
Através das observações, confirmou-se que mesmo disponibilizando equipamentos de
segurança, alguns funcionários não os empregam adequadamente, tornando os treinamentos
necessários. Além disso verificou-se que há indispensabilidade da aplicação de novos EPI’s nos
setores.

3.4 RECOMENDAÇÕES

Percebe-se que é forte a necessidade de monitoração e cumprimento das normas,


portanto, coletados e analisados os dados, apontou-se as soluções, considerando-se viável e
necessária às implantações sugeridas para a empresa. Baseando-se na análise dos dados, se pode
organizar algumas medidas como sugestões para otimizar o trabalho e promover a segurança
no trabalho, através de ações práticas que podem facilitar o trabalho tais como:
- Realizando novo PPRA, cumprindo a NR-09 conforme determina nas normas e
realidade da empresa;
- Será necessário comprar protetor auricular com nível de atenuação acima de 25dB
devido ao estouro da pipoca;
- Desenvolver treinamentos para uso, higienização, conservação e armazenamento de
EPI´s para cada função;
- Treinamento focando desenvoltura dos colaboradores em comportamento seguro,
aprimorando a realização das suas atividades.
- Programa para conscientizar os colaboradores para manter o ambiente de forma
organizada evitando acidente;
- Designar colaborador para treinamento NR-05 CIPA, quando necessário o
enquadramento;

19
- Controle para manter as ferramentas e equipamentos em bom estado de uso e
organizado;
- Melhoria e adequação de posto de trabalho, visando reduzir esforços repetitivos,
- Organização de insumos e matéria prima;
- Sistemas para melhorias;
- Implantar integração para terceiros e visitantes, (visando informar aos mesmos sobre
os riscos e normas de segurança;
- Determinar local adequado (armários indicados) para os colaboradores guardar seus
EPI´s;
- Determinar local adequado para EPI´s (visitantes);
- Orientar os colaboradores a não utilizar fones de ouvidos, durante sua jornada de
trabalho, esse ato aplica na desatenção da atividade e também possibilitando a perda auditiva;
- Sugere-se à implantação de uniforme padrão, visando à proteção dos colaborados
facilitando sua identificação;
- Adequação e sinalização dos painéis elétricos conforme NR-10;
- Adequações das proteções de máquinas e equipamentos conforme NR-12;
- Implantar cintos de segurança conforme NR-35, para as funções realizadas em alturas
acima de 2metros de altura;
- Elaboração e implantar sistema de combate á incêndio.
A análise e diálogo com os profissionais auxiliaram na organização de sugestões. Com
a análise dos dados, se pode estruturar um quadro de soluções que auxiliam na rotina segura e
planejada, pois muitos riscos podem ser previstos e evitados, totalizando que a melhor solução
é a prevenção.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que é essencial assegurar que todos os equipamentos de Proteção e estejam


conscientes que a Regulamentação apresentada nas NR’s expostas no trabalho são deveres e
direitos do trabalhador.
Nos últimos anos, em função do crescimento na área alimentícia, foi visivelmente
importante para gerar empregos e oportunidades, aumentando também a preocupação com o
número de acidentes, bem como problemas com fiscalização e multas. Preocupações que podem
de forma efetiva, trazer melhorias na qualidade de vida do trabalhador e reflexos positivos nos
resultados, como economia de materiais, produtividade e rotatividade. A motivação para o
cumprimento das NRs e o respeito à vida devem ser contínuos. Benefícios são assegurados
quando há busca por um clima organizacional melhor estruturado, planejado e seguro, trazendo
melhorias no que diz respeito à responsabilidade com a mão de obra humana.
Programas de capacitações, treinamentos, monitoração motivar representantes ativos da
CIPA, pois são multiplicadores de reputação positiva nas empresas e promovem o sucesso de
todos, através das garantias de segurança, bem-estar e qualidade de vida.
Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Deve-se destacar, ainda, que para o desenvolvimento de qualquer programa de
segurança, é fundamental a importância de campanhas de conscientização dos funcionários
sobre questões relacionadas à higiene e segurança.
Diante disto, dentro das atividades do projeto, reservou-se atenção especial às
campanhas de conscientização, sobre forma de palestras inseridas dentro da programação das
reuniões semanais da empresa.
As palestras enfatizam aspectos de higiene e segurança dos locais de trabalho da fábrica
mostrando através de exemplos práticos, situações de riscos aos quais os funcionários estavam
expostos, bem como algumas formas de prevenção a serem adotadas.
Buscou-se desta forma, através do estudo das possíveis causas de acidentes, bem como
as formas mais eficazes de serem evitados, estruturar um trabalho de pesquisa que possa ser
aplicado na empresa, assegurando seu melhor funcionamento, e assim, qualidade de vida e
melhor desempenho nos processos de trabalho. O estudo apresentou a importância das NRs, a
aplicação consciente do PPRA, a necessidade de processos contínuos de treinamentos, a

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movimentação positiva de membros da CIPA e a posição do Engenheiro de Segurança do
Trabalho.
Esta etapa foi de extrema importância, pois se pode de forma clara e efetiva perceber a
necessidade de todos os cuidados previstos em lei, que asseguram o dia a dia de trabalho na
empresa e trazem melhores resultados. A empresa que tem seu nome protegido no mercado traz
uma reputação positiva: respeita a legislação, não ignora os riscos, oferece qualidade de
trabalho aos seus colaboradores, tem menor registro de acidentes e faltas, e logo, investindo
nestes critérios de segurança, obtém melhores resultados.

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REFERÊNCIAS

Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Indústria da Alimentação em


2016. Disponível em: <http://www.abia.org.br/vsn/temp/NumerosdoSetor2016.pdf>. Acesso
em: 08 de ago. De 2017.

BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à engenharia:


conceitos, ferramentas e comportamentos. 2. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. C322p Cartocci, Carla


Maria. Produção e industrialização de alimentos. / Carla Maria Cartocci, Sabrina Burjack
Neuberger. – Brasília : Universidade de Brasília, 2008. 85 p.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes - CIPA. Redação dada pela Portaria n° 8, 23 de fevereiro de 1999. Retificação, 12 de
julho de 1999. Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho, Ed. Atlas, São
Paulo, 61ª Ed, 2007. Disponível
em:<http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_226_316_28974.pdf>. Acesso em: 02 de
ago. De 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – SESMT. Manuais de Legislação Atlas.


71ª. Edição. São Paulo: Atlas, 2013d.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 9 - PPRA. Manual de Legislação Atlas. São


Paulo: Atlas, 73ª Edição, 2013d. Disponível
em:<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3816/1/CT_CEEST_XXVI_2014_2
2.pdf>. Acesso em: 02 de ago. De 2017.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São
Paulo: Atlas, 2004.

CUNHA, Dênis Antônio da; PROVEZANO GOMES Adriano; SERPA DIAS, Roberto. Uma
Análise Sistêmica da Indústria Alimentícia Brasileira. UNIVERSIDADE FEDERAL DE
VIÇOSA VIÇOSA - MG – BRASIL. 2006. Disponível em:
<http://www.sober.org.br/palestra/5/482.pdf>. Acesso em: 08 de ago. De 2017.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO- FIESP. Disponível em:


<http://tcc.bu.ufsc.br/Adm293736.PDF>. Acesso em: 02 de ago. De 2017.

FREITAS, Eduardo de. A industrialização Brasileira. 2017. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm>. Acesso
em: 08 de ago. De 2017

GOBBO, Marina. Aspectos jurídicos relacionados à saúde e a segurança no meio ambiente do


trabalho. Florianópolis, 2004. Tese (Mestrado). Universidade Federal Santa Catarina.
Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Adm293736.PDF>. Acesso em: 02 de ago. De 2017.

23
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 2010.

NASCIMENTO, Ana Maria Almeida do; ROCHA, Cristiane Gama; SILVA, Marcos Eduardo;
SILVA, Renato da; CARABETE, Roberto Wagner. A Importância do Uso de Equipamentos de
Proteção na Construção Civil. Trabalho de Conclusão do Curso Técnico de Segurança do
Trabalho. 2009. Escola Técnica Estadual Martin Luther King. Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3833/1/CT_CEEST_XXIX_2015_07.pd
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OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção jurídica à saúde do trabalhador. 6. ed. rev. e atual.
– São Paulo: LTr, 2011. Disponível em:<http://tcconline.utp.br/wp-
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INSALUBRIDADE-E-SUAS-CONSEQUENCIAS.pdf>. Acesso em: 02 de ago. 2017.

PIZA, Fabio de Toledo. Informações básicas sobre saúde e segurança no trabalho. São Paulo:
CIPA, 1997. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Adm293736.PDF>. Acesso em: 02 de ago.
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PRADO JUNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2000.


Disponível em: <http://www.each.usp.br/flamori/images/TCC_Josino_2009.pdf>. Acesso em:
08 de ago. De 2017.

SEGURANÇA e saúde no trabalho. 9. ed. São Paulo: IOB, 2013.

SILVA, Júlio César Lázaro da. A estratégia brasileira de privilegiar as rodovias em


detrimento das ferrovias. Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/por-que-brasil-adotou-utilizacao-das-rodovias-ao-
inves-.htm>. Acesso em 08 de ago. De 2017.

STRAUSS, Anselm; CORBIN, Juliet. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o


desenvolvimento de teoria fundamentada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

24
ANEXOS

ELABORAÇÃO DAS FICHAS DE CONTROLE DE EPI


O controle dos EPI´s são de grande importância, pois representa uma forma efetiva para
manutenção e controle de qualidade. Procedimento que auxilia no processo de trabalho e
assegura melhor utilização e consciência de seu uso.
FICHA DE REGISTRO DE ENTREGA DE E.P.I. (EQUIP. DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL).
Colaborador: Nº. Registro: Matrícula:

Função: Setor: Admissão:___/___/_


_____
DECLARAÇÃO DE RECEBIMENTO
Declaro para todos os fins de direito que recebi gratuitamente, após orientação de uso e aplicação os Equipamentos de
Proteção Individual – EPIs abaixo descritos, os quais me comprometo a utilizar durante a realização de minhas
atividades;

Declaro, ainda, ter ciência de que:


• Os EPIs deverão ser utilizados, unicamente para a finalidade a qual se destina;
• Qualquer alteração que os tornem parcial ou totalmente inadequados para uso, deverá ser por mim
comunicado ao encarregado, solicitando sua substituição;
• A Falta do uso, por mim, dos EPIs fornecidos pela 2MP constitui Ato Faltoso sujeito as sanções disciplinares
previstas na legislação e no Regulamento Interno (Ordens de Serviço) aplicáveis ao assunto, inclusive à
demissão por justa causa;
• Responsabilizar-me-ei, integralmente, pela guarda e conservação dos EPIs que me forem entregues. Em caso
de perda ou extravio ou inutilização proposital comprometo-me a ressarcir a empresa conforme previsto no
Parágrafo 1º do Artigo 462 da CLT, inclusive no que couber a titulo de indenização por rescisão de contrato
de trabalho, a importância correspondente ao valor do material.
• Estou ciente que terei que devolver todos os EPIs em posse, no caso de desligamento da empresa.
BASE LEGAL
NR 1 – Aprovada pela portaria MTb Nº 3214, de 08/06/78;
Item 1.8 – Cabe ao Empregado:
• Cumprir disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de
serviço expedidas pelo empregador;
• Usar EPI fornecido pelo empregador;
• Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
• Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR.

NR 6 – Aprovada pela portaria MTb Nº 3214, de 08/06/78;


Item 6.7.1 – Cabe ao empregado quanto ao EPI:
• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Finalmente, DECLARO que estou de acordo com todos os termos presentes, razão pela qual assino, nesta data, por
livre e espontânea vontade.
_____/_____/________ ____________________________________
Data Assinatura do empregado
RECEBIMENTO do E.P.I. DEVOLUÇÃO do E.P.I.

25
DATA E. P. I. C. QT Assinatura do DATA Assinatura do
A. Colaborador Recebedor
___/___/__ ___/___/
_ ___

FICHA DE REGISTRO DE ENTREGA DE E.P.I. (EQUIP. DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)

RECEBIMENTO do E.P.I. DEVOLUÇÃO do E.P.I.


DATA E. P. I. C. Q ASSINATURA DATA ASSINATURA
A. T DO DO
COLABORAD RECEBEDOR
OR
___/___/ ___/___/
___ ___
___/___/ ___/___/
___ ___
___/___/ ___/___/
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___/___/ ___/___/
___ ___

DECLARO ter recebido da empresa acima identificada, gratuitamente, os Equipamentos de Proteção


Individual - EPIs relacionados nesta ficha, necessários para o desempenho da minha função, conforme acima
assinado.
DECLARO que no ato do recebimento dos E.P.I.s, me foi passado orientações quanto ao uso, manuseio e
conservação dos mesmos, conforme estabelecido pela NR 6.

26
______________________________ Brusque: ______/______/______
Assinatura do colaborador

PROCEDIMENTOS
Esta ficha deverá ser impressa em folha com o logo da empresa, ficando sob-responsabilidade do almoxarife ou
responsável pela entrega dos equipamentos. Ao ser solicitado a troca do EPI, a mesma deverá ser preenchida pelo
encarregado e assinada pelo requisitante, sendo que, de imediato, o colaborador deverá receber todas as orientações
necessárias sobre o correto uso, guarda, higienização, conservação e manutenção.
Esta mesma deverá ficar arquivada por um período de cinco anos, conforme estabelece a legislação em vigor.

27
ANEXOS

Funções Setor EPI's Exigidos


Auxiliar de Escritório Administrativo Protetor auricular, sapato
Coordenador de RH Administrativo Protetor auricular, sapato
Gerente Geral Administrativo Protetor auricular, sapato
Auxiliar de Serviços Gerais Empacotamento Sapato, Protetor auricular
Auxiliar de Serviços Gerais Limpeza Sapato, protetor auricular, Luva Neopreme, mascara, Bota PVC
Auxiliar Serviços Gerais Pipoqueira Sapato, protetor auricular,
Encarregado de Produção Empacotamento Sapato, abafador, Luva Térmica, óculos, Bota PVC
Mecânico Manutenção Sapato, touca, Luva Nitrílica, Óculos, protetor auricular, creme Lúvex,
Motorista Expedição Sapato
Operador de Máquina Estouro Pipoca Sapato, abafador, Luva Térmica, óculos, Bota PVC
Operador de Máquina Extrusão de Milho Sapato, protetor auricular, óculos, Bota PVC
Operador de Máquina Fritura Sapato, protetor auricular, óculos, Bota PVC
Operador de Máquina Torrador Sapato, abafador, Luva Térmica, óculos, Bota PVC
Vendedor Externo Vendas Vestimenta (Uniforme)
Quadro 1- EPI’s
Fonte: Elaborado pela autora, 2017

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