Você está na página 1de 102

CopySpider

https://copyspider.com.br/ Página 1 de 102

Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 2 de 102

Versão do CopySpider: 2.2.0


Relatório gerado por: paulacristina.conteudista@grupofaveni.com.br
Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


AULA 2.docx X 100 2,00
http://w3.ufsm.br/fuentes/index_arquivos/CA05.pdf
AULA 2.docx X 278 1,60
http://www.repositorio.poli.ufrj.br/monografias/projpoli10037650.
pdf
AULA 2.docx X 60 1,40
https://blog.kalatec.com.br/motor-corrente-continua
AULA 2.docx X 49 1,38
http://www.wiki.itajai.ifsc.edu.br/images/9/93/Aula_4_-
_Geradores_CC_18_2.pdf
AULA 2.docx X 40 0,99
https://www.eudemario.com.br/post/o-que-s%C3%A3o-
m%C3%A1quinas-el%C3%A9tricas-autoexcitadas
AULA 2.docx X 30 0,84
https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/8
AULA 2.docx X 25 0,74
https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/5
AULA 2.docx X 23 0,61
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_corrente_cont%C3%ADn
ua_sem_escovas
AULA 2.docx X 0 0,00
https://lifehacker.com/the-best-sao-paulo-travel-tips-from-our-
readers-1829493495
AULA 2.docx X 0 0,00
https://markets.businessinsider.com/news/stocks/arpa-
participated-in-the-development-of-china-s-new-national-
standard-for-privacy-preserving-computation-series-
1030166982
Arquivos com problema de download
https://www.mundodaeletrica.com.br/motor-de-corrente- Não foi possível baixar o arquivo. É
continua-caracteristicas-e-aplicacoes recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Index 30 out
of bounds for length 30

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 3 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: http://w3.ufsm.br/fuentes/index_arquivos/CA05.pdf (2201 termos)
Termos comuns: 100
Similaridade: 2,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://w3.ufsm.br/fuentes/index_arquivos/CA05.pdf (2201 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 4 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 5 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 6 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 7 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 8 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 9 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 10 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 11 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 12 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:49


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 13 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: http://www.repositorio.poli.ufrj.br/monografias/projpoli10037650.pdf (14760 termos)
Termos comuns: 278
Similaridade: 1,60%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://www.repositorio.poli.ufrj.br/monografias/projpoli10037650.pdf (14760 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 14 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 15 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 16 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 17 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 18 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 19 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 20 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 21 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 22 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 23 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://blog.kalatec.com.br/motor-corrente-continua (1451 termos)
Termos comuns: 60
Similaridade: 1,40%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://blog.kalatec.com.br/motor-corrente-
continua (1451 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 24 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 25 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 26 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 27 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 28 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 29 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 30 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 31 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 32 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 33 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: http://www.wiki.itajai.ifsc.edu.br/images/9/93/Aula_4_-_Geradores_CC_18_2.pdf (720 termos)
Termos comuns: 49
Similaridade: 1,38%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://www.wiki.itajai.ifsc.edu.br/images/9/93/Aula_4_-_Geradores_CC_18_2.pdf (720 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 34 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 35 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 36 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 37 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 38 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 39 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 40 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 41 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 42 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 43 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://www.eudemario.com.br/post/o-que-s%C3%A3o-m%C3%A1quinas-el%C3%A9tricas-
autoexcitadas (1170 termos)
Termos comuns: 40
Similaridade: 0,99%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.eudemario.com.br/post/o-que-
s%C3%A3o-m%C3%A1quinas-el%C3%A9tricas-autoexcitadas (1170 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 44 de 102

Fonte: Flarys, 2013.

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 45 de 102

diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores
podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 46 de 102

excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação
independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.
Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 47 de 102

pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse
aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).
No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 48 de 102

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã
permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 49 de 102

motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito
da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 50 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 51 de 102

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 52 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 53 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/8 (708 termos)
Termos comuns: 30
Similaridade: 0,84%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/8 (708 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 54 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 55 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 56 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 57 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 58 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 59 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 60 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 61 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 62 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 63 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/5 (519 termos)
Termos comuns: 25
Similaridade: 0,74%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/5 (519 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 64 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 65 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 66 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 67 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 68 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 69 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 70 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 71 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 72 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 73 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_corrente_cont%C3%ADnua_sem_escovas (909 termos)
Termos comuns: 23
Similaridade: 0,61%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_corrente_cont%C3%ADnua_sem_escovas (909 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Fonte: Flarys, 2013.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 74 de 102

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 75 de 102

podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 76 de 102

independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.


Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 77 de 102

aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).


No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 78 de 102

permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do
motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 79 de 102

da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 80 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 81 de 102

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 82 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 83 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://lifehacker.com/the-best-sao-paulo-travel-tips-from-our-readers-1829493495 (823
termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://lifehacker.com/the-best-sao-paulo-
travel-tips-from-our-readers-1829493495 (823 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 84 de 102

Fonte: Flarys, 2013.

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).
Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 85 de 102

diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores
podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:50


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 86 de 102

excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação
independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.
Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta
em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 87 de 102

pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse
aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).
No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 88 de 102

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã
permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).
No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 89 de 102

motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito
da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 90 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 91 de 102

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 92 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 93 de 102

=================================================================================
Arquivo 1: AULA 2.docx (2878 termos)
Arquivo 2: https://markets.businessinsider.com/news/stocks/arpa-participated-in-the-development-of-
china-s-new-national-standard-for-privacy-preserving-computation-series-1030166982 (806 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento AULA 2.docx (2878 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://markets.businessinsider.com/news/stocks/arpa-participated-in-the-development-of-china-s-new-
national-standard-for-privacy-preserving-computation-series-1030166982 (806 termos)

=================================================================================

Tipos de excitação
Os tipos de excitação (ligação) referem-se a diferentes maneiras de fornecer e controlar o campo
magnético em máquinas elétricas, como geradores e motores. O campo magnético desempenha um papel
crucial no funcionamento dessas máquinas, influenciando a geração de energia, a tensão de saída, o
torque e outras características operacionais.
Para Flarys (2013), tanto motores quanto geradores de corrente contínua requerem a presença de um
campo magnético para operar. Esse campo magnético é gerado nos pólos do estator por meio de bobinas
, designadas bobinas de movimento ou de campo. As máquinas de corrente contínua podem ser
categorizadas com base na maneira por que essas bobinas de motivação são alimentadas.
Os geradores de corrente contínua são categorizados de acordo com o método de operação (excitação)
para alimentar suas bobinas de campo. Esses métodos incluem:

Máquinas com excitação independente;


Máquinas autoexcitadas, elas são categorizadas em;
- Excitação em Série;
- Excitação em paralelo (Shunt);
- Excitação composta (Compound).

Para representar o diagrama elétrico de uma máquina de corrente contínua, são usados ??os seguintes
símbolos:

Figura 1: Simbologia de armadura (rotor).

Fonte: Flarys, 2013.

Figura 2: Simbologia de bobina de campo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 94 de 102

Fonte: Flarys, 2013.

Máquinas com Excitação Independente

As máquinas com excitação independentes, são máquinas elétricas, como geradores de corrente contínua
, nas quais a corrente de operação necessária para criar o campo magnético é fornecida por uma fonte
externa e independente (JUNIOR, 2009). Isso significa que essas máquinas requerem uma fonte de
energia separada, geralmente uma fonte de corrente contínua, para alimentar as bobinas de campo e
gerar o campo magnético necessário para a operação da máquina. Esse tipo de obrigação oferece um
controle preciso sobre a tensão e a saída da máquina, tornando-o adequado para várias aplicações em
que é necessário um ajuste fino da tensão de saída. Máquinas com operação independente são comuns
em aplicações industriais e sistemas de geração de energia elétrica.

Figura 3: Excitação independente.

Fonte: Rezek, 1986.

É representado na figura 3:

Alimentação para o campo do gerador;


Enrolamento de campo para gerar o fluxo magnético (shunt de campo);
Armadura;
Interpólos;
Carga.

Máquinas autoexcitadas

Máquinas autoexcitadas são máquinas elétricas, como geradores ou motores de corrente contínua, que
possuem um sistema de condução interna para criar o campo magnético necessário para o funcionamento
da máquina. Em outras palavras, elas não dependem de uma fonte externa de motivação para
alimentação ou campo magnético.
Em geradores de corrente contínua (CC), são empregados eletroímãs como polos de excitação, cuja
intensidade pode ser controlada variando a corrente nas bobinas de excitação. Na autoexcitação, o próprio
gerador gera a corrente de excitação, sendo possível estabelecer três conexões distintas para esse fim,
que veremos a seguir (GRAY; WALLACE, 1982).

Autoexcitação em série

O motor série é caracterizado pela ligação em série do seu campo com a armadura, conforme ilustrado na
figura 4. Nesse tipo de motor, o enrolamento do campo é constituído por poucas espirais de fio grosso,
uma vez que precisa suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é praticamente
inexistente, tornando esses motores ideais para aplicações que interrompem ocorrências ocasionais de
carga, como carros elétricos e pontes (PINTO, 1995).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 95 de 102

Além disso, esses motores apresentam a preocupação de que o torque no momento de partida é
diretamente proporcional ao quadrado da corrente recebida. A velocidade máxima que esses motores
podem atingir é limitada pela igualdade entre a força contra eletromotriz gerada e a força eletromotriz
aplicada, sendo esse exercício limitado apenas quando o motor está operando sem carga.
Quando um motor em série é iniciado sob carga, a corrente aumenta imediatamente, gerando um
momento de arranque considerável. A velocidade desse motor varia inversamente em relação à carga
aplicada. À medida que a carga aumenta, o motor gira mais lentamente, reduzindo a força eletromotriz
gerada e permitindo que a força eletromotriz aplicada conduza uma corrente mais intensa na armadura.
No entanto, se a carga for removida por completo, a velocidade do motor aumentará rapidamente,
podendo resultar em danos, pois a corrente adquirida será muito baixa e o campo magnético muito fraco.
Isso impedirá que o motor gire a uma velocidade suficiente para gerar uma força contra eletromotriz capaz
de restabelecer o equilíbrio. Portanto, os motores do tipo série nunca devem operar sem uma carga
apropriada.

Figura 4: Excitação série

Fonte: Rezek, 1986.

Autoexcitação em paralelo (Shunt)

A autoexcitação em paralelo, também conhecida como excitação Shunt, é um dos métodos de excitação
de máquinas de corrente contínua. Nesse sistema, o campo da máquina é alimentado diretamente dos
terminais da armadura, funcionando em paralelo com ela. Isso significa que a mesma fonte de corrente
que alimenta a armadura também é usada para criar o campo magnético no estator da máquina.
Para Pinto (1995), o funcionamento dessas máquinas, são necessárias distinções. Quando atuam como
motores, é essencial incluir uma resistência de partida em série com o conjunto, conforme mostrado na
figura 5. Quando operam como geradores, a resistência de partida é eliminada e um reostato é inserido
em série com o campo.
As máquinas de corrente contínua com autoexcitação em paralelo têm a vantagem de serem
autorreguladas, o que significa que a tensão do campo e, consequentemente, a tensão de saída,
permanecem relativamente constantes, mesmo quando a carga varia. Esse tipo de excitação é
comumente encontrado em geradores e motores de corrente contínua, onde a estabilidade da tensão é
fundamental. No entanto, é importante manter um controle preciso sobre a tensão de campo para evitar
flutuações indesejadas na tensão de saída.

Figura 5: Excitação série paralelo

Fonte: Pinto,1995.

Autoexcitação composta (Compound).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 96 de 102

Os geradores ou motores autoexcitados compostos, também conhecidos como geradores ou motores de


excitação composta, são máquinas de corrente contínua que combinam os princípios de excitação
independente e em derivação (shunt) para melhorar o desempenho e a regulação da tensão.
Nesse tipo de máquina, existem dois conjuntos de enrolamentos de campo: um conjunto em paralelo
(shunt) com a armadura e outro em série com ela. O conjunto de campo em série fornece uma excitação
adicional que varia com a carga da máquina. Essa configuração composta permite que a máquina
mantenha uma regulação de tensão mais precisa sob diferentes condições de carga. Ela combina os
benefícios de estabilidade da excitação em derivação com a capacidade de ajuste da excitação em série.
Este motor é uma combinação dos princípios do motor série e do motor shunt. O campo magnético é
composto por dois enrolamentos separados, conforme ilustrado na Figura 6. Um desses enrolamentos
possui várias aspirações de fio fino e está conectado em paralelo com o induzido, enquanto o outro
constitui o campo série e é enrolado com poucas espirais de fio grosso. Esses motores herdam algumas
características do enrolamento série, como um forte torque de partida e hidratação rápida. Além disso,
eles mantêm uma velocidade relativamente constante e apresentam um bom desempenho em cargas
pesadas, tornando-os uma escolha preferida devido a essas características.

Figura 6: Excitação série composta

Fonte: Pinto,1995.

Motores CC

Para Junior (2020), o motor de corrente contínua não deveria ser um conceito misterioso para ninguém, já
que a maioria das pessoas, deliberadamente ou não, teve contato com brinquedos movidos por esse tipo
de motor durante a infância. Quando falamos sobre um motor, consideramos principalmente o seu método
de alimentação. No caso dos motores de corrente contínua, eles são alimentados por uma corrente
contínua. A tensão aplicada ao motor tem o propósito de energizar os enrolamentos dentro do motor,
criando campos eletromagnéticos que geram uma força magnetomotriz.
Para ilustrar o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua, simplificamos seu conceito em
três componentes fundamentais: uma bobina, um campo magnético fixo e um comutador, conforme
representado na Figura 7.
Figura 7: Primeiro estágio.

Fonte: Junior, 2020.


Figura 8 - Regra da mão direita para motores.

Fonte: Junior, 2020.

No primeiro estágio, temos uma bobina de uma única espiral posicionada de forma paralela ao campo
magnético, sendo completamente imersa no campo criado pelo magnético fixo. A bobina é alimentada pelo
comutador com a polaridade indicada. De acordo com as leis do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica percorre essa espiral, ela gera um campo magnético adicional ao redor da bobina, o que resulta

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 97 de 102

em uma ocorrência da bobina às linhas de força do campo fixo. A direção dessa ocorrência é determinada
pela regra da mão direita para motores, em que o dedo indicador aponta o sentido da corrente, o interesse
aponta a direção do movimento, e os dedos restantes indicam a direção do fluxo (JUNIOR,2020).
No segundo estágio, a bobina realizou um giro no sentido previamente previsto e chegou a uma posição
em que é influenciada pelas linhas de força do campo magnético. Nesse ponto, não há interação
significativa entre o campo fixo e o campo gerado pela bobina, mas a bobina continua a girar devido à
força adquirida no estágio anterior, prosseguindo até chegar ao próximo estágio.

Figura 8: Segundo estágio.

Fonte: Junior, 2020.

No terceiro estágio, ocorre uma inversão na posição da bobina, e é aí que entra em ação o comutador. O
papel fundamental do comutador é manter a corrente circulando constantemente em uma única direção.
Observando atentamente, é possível notar que o comutador trocou as extremidades da bobina, colocando
o polo positivo na extremidade superior, semelhante ao estágio 1. Isso resulta em uma repetição do
estágio 1, onde a corrente que passa pela bobina cria um campo magnético ao seu ao redor, interagindo
com o campo magnético fixo e gerando uma ação mecânica na bobina na direção indicada pelo inquérito.

Figura 9: Terceiro estágio. Figura 8: Quarto estágio.

Fonte: Junior, 2020. Fonte: Junior, 2020.

No quarto estágio, encontra uma posição oscilante em que a bobina está inclinada em relação ao campo,
formando um ângulo de cerca de 30 graus. Este estágio é importante para entendermos a ação contínua
experimentada pela bobina devido à interação dos campos. Essa ação atinge seu ponto máximo nos
estágios 1 ou 3 e, à medida que avançamos em direção ao estágio 2, sua força diminui gradualmente,
chegando a zero no estágio 2. O motor passa do estágio 2 para o 3 ou do 2 para o 1 porque a força
gerada no estágio 1 ou 3 é suficiente para causar um deslocamento da bobina de mais de 90 graus.
Este é um funcionamento simplificado e genérico dos motores de corrente contínua. No entanto, à medida
que avançamos, descobriremos que a realidade é mais complexa. Esta descrição fornece uma base
estrutural para abordar os desafios que surgirão, incluindo conceitos técnicos e específicos mais
complexos, como a Força Contra Eletromotriz (FCEM).

Tipos de motores CC

Segundo Petruzella(2013), os motores de corrente contínua são empregados em situações em que é


necessário um controle preciso de torque e velocidade para atender aos requisitos específicos da
aplicação. Algumas das aplicações típicas incluem transportes, transportadores e sistemas de elevadores.
Os motores de corrente contínua (CC) podem ser classificados em diversos tipos, dependendo do modo
como os enrolamentos de campo e armadura são conectados e do uso de comutadores. A seguir veremos
alguns dos principais tipos.

Motor CC de i?ma? permanente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 98 de 102

Um motor CC de ímã permanente (CCIP) é um tipo de motor de corrente contínua que utiliza um ímã
permanente para criar o campo magnético necessário no estator da máquina. Diferentemente de outros
motores CC que usam enrolamentos de campo para gerar o campo magnético, o motor CC de ímãs
permanentes utiliza ímãs permanentes de alta coercitividade para fornecer o campo magnético.
Conforme destacado por Chapman (2013), o motor CC de ímãs permanentes é uma variante dos motores
de corrente contínua em que os polos são constituídos por ímãs permanentes. Esses motores oferecem
várias vantagens em comparação com os motores CC em derivação, uma vez que dispensam a
necessidade de um circuito de campo externo, eliminando, assim, as perdas associadas aos enrolamentos
de campo presentes nos motores CC em derivação. Além disso, devido à sua construção, esses motores
podem ser mais compactos do que seus equivalentes em derivação, já que não exigem enrolamentos de
campo adicionais.
Os motores CCIP (Corrente Contínua com Ímã Permanente) podem atingir potências de até 100 HP e, de
forma geral, apresentam vantagens em termos de custo, tamanho, simplicidade e eficiência quando
comparados aos motores CC convencionais. Esses motores compartilham a mesma configuração na
armadura em relação aos motores CC com campos separados. De acordo com Umans (2014), a
eliminação dos eletroímãs separados no estator resulta na redução do tamanho do estator, o que, por sua
vez, reduz custos e perdas nos circuitos de campo.
Figura 9 ? Vista em corte de um típico motor cc de potência elevada e ímã permanente

Fonte: Umans (2014, p. 437)

No entanto, é importante observar que, de acordo com Umans (2014), os motores CCIP também
apresentam propriedades a serem consideradas. Uma delas está relacionada à capacidade limitada dos
ímãs permanentes em gerar uma densidade de fluxo magnético tão elevada quanto a alcançada por um
campo de condução externa em motores CC em derivação. Isso resulta em um conjugado induzido ()
menor por ampère de corrente de armadura () quando comparado aos motores CC em derivação.

Motor Shunt (Motor em Derivação)

O motor shunt (motor em derivação), em relação a motores de cc é o tipo mais comum de motor. Ele
possui o mesmo tipo de conexão que um gerador em derivação. As curvas de desempenho indicam que o
torque aumenta linearmente com o incremento da corrente na armadura, ao passo que a velocidade
diminui à medida que a corrente da armadura aumenta.
A presença de um reostato no circuito de campo do motor em derivação possibilita a regulação da corrente
de campo e, consequentemente, uma variação do fluxo magnético por polo. Esse ajuste no fluxo
magnético, por sua vez, ocasiona uma alteração inversa na velocidade do motor, mantendo uma força
contraeletromotriz praticamente igual à tensão do terminal aplicado. Essa característica representa uma
vantagem significativa dos motores em derivação, pois fornece uma maneira conveniente de controlar a
velocidade por meio da alteração da tensão na armadura (UMANS, 2014).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 99 de 102

No motor CC em derivação, o circuito de campo é conectado diretamente aos terminais da armadura do


motor, conforme ilustrado na Figura 10. Dessa forma, ao aplicar a lei de Kirchhoff das pesadas no circuito
da armadura, podemos observar que:

Figura 10: Circuito equivalente simplificado do motor em derivação.

Fonte: Feijó, 2022.


Além disso, podemos deduzir que as correntes são expressas da seguinte maneira:

No motor de derivação, o enrolamento de campo está conectado paralelamente ao enrolamento de


armadura, resultando na igualdade das resistências de armadura e de campo. Para que esse motor
funcione, apenas uma fonte de energia é necessária, alimentando ambos os enrolamentos
simultaneamente.

Motor Composto (Motor Combinado)

Um motor CC composto é um tipo de motor que incorpora campos em derivação e em série. A Figura 12
ilustra esse motor, onde os pontos ou marcas presentes nas bobinas de ambos os campos têm uma
função semelhante às marcas encontradas em transformadores, a corrente que entra nos terminais
marcados gera uma força magnetomotriz positiva. Quando a corrente flui pelos terminais marcados em
ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes combinam-se, resultando em uma força
magnetomotriz total maior, conhecida como composição cumulativa ou aditiva (Chapman, 2013).
Por outro lado, se a corrente entra por um terminal marcado em uma bobina de campo e sai pelo terminal
marcado em outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 12,
as marcas circulares representam a composição cumulativa do motor, enquanto as marcas quadradas
indicam a composição diferencial.
A proposta da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composta é:

As relações entre as correntes de um motor composto são expressas por:

No motor composto, a força magnetomotriz líquida e a corrente efetiva do campo em derivação são
representadas por:
Figura 11:

Fonte: Chapman (2013).

Figura 12: O circuito equivalente de motores CC é composto: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação
em derivação curta.

Fonte: Chapman (2013).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 100 de 102

Motor em Série

Um motor série é um tipo de motor de corrente contínua (CC) no qual o enrolamento da armadura e o
enrolamento do campo estão ligados em série, resultando em que a corrente que flui através deles é a
mesma.
Conforme explicado por Chapman (2013), um motor de corrente contínua em série é identificado como um
motor CC em que os enrolamentos de campo consistem em poucas espirais ligadas em série com o
circuito de armadura. Isso implica que as correntes de campo, de linha e de armadura são todas iguais.
Portanto, a lei de Kirchhoff para tensão no motor é expressa da seguinte maneira:

Entretanto, o motor CC série possui uma característica de terminal distinta em comparação com o motor
CC em derivação. Nesse tipo de motor, o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente de
armadura. Além disso, uma característica notável é que um aumento na carga resulta em um aumento no
fluxo magnético, o que, por sua vez, leva a uma redução na velocidade do motor. Portanto, é seguro
afirmar que o motor CC série apresenta uma característica de conjugado versus velocidade com um
declínio significativamente acentuado (CHAPMAN,2013).

Figura 13 ? O circuito equivalente de um motor cc se?rie

Fonte: Chapman (2013, p. 495)

O motor CC em série encontra aplicações em cenários que exigem altos conjugados, tais como motores
de partida, elevadores e sistemas de tração de locomotivas.

Motor Sem Escova (Motor BLDC)

Um Motor Sem Escova, também conhecido como Motor BLDC (Brushless DC), é um tipo de motor elétrico
que não utiliza escovas para fazer a comutação das correntes e reversão de polaridade nos enrolamentos
do rotor. Em vez disso, eles contam com ímãs permanentes e um controlador eletrônico para controlar o
funcionamento do motor. Esses motores oferecem várias vantagens em relação aos motores com escovas
, como maior eficiência, menor desgaste e vida útil mais longa, além de produzirem menos ruído
eletromagnético.
Segundo Chapman (2013), nos últimos 25 anos, foram concebidos motores desse gênero por meio da
integração de um circuito eletrônico de comunicações de estado sólido com um motor compacto e especial
, bastante semelhante a um motor de passo de magnético permanente. Esses motores são conhecidos
como Motores de Corrente Contínua Sem Escovas, pois funcionam com uma fonte de alimentação de
corrente contínua, no entanto, não contam com comutadores nem escovas em seu mecanismo.
O motor de corrente contínua sem escovas foi concebido para atingir um desempenho equivalente ao dos
motores de corrente contínua convencional, contornando os problemas associados ao uso das escovas. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e eficiência dos motores de corrente contínua sem escovas (GASPAR,
2011).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 101 de 102

Figura 14: Vantagens e Desvantagens em Motores CC convencionais.

Fonte: Gaspar, 2011.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. AMGH Editora, 2013.
FEIJÓ, Maria Fernanda Corrêa. Modelagem e estudo de uma máquina cc em derivação pelo método dos
elementos finitos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2022.
FLARYS, Francisco. Eletrotécnica Geral: Teoria e Exercícios Resolvidos. São Paulo: Editora Manole,
2013.
GASPAR, Leandro Souza. Plataforma para medição de velocidade em motor cc sem o uso de sensores
acoplado ao eixo. 2011. 64 f. Monografia - Programa de graduação em Engenharia Eletrônica,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
GRAY, A.; WALLACE, G. A. Eletrotécnica: Princípios e Aplicações. 7. ed. MAGALDI, M.,MENEZES, A. A.
Rio de Janeiro: LTC ? Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 702p.
JUNIOR, Geraldo Carvalho do N. Máquinas Elétricas. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
JUNIOR, Paulo Antônio de Souza. Frenagem dinâmica e regenerativa da máquina de corrente continua.
2019. Dissertação (Curso de Pós-Graduação de Ciências em Engenharia de Energia) - Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009
PETRUZELLA, Frank D. Motores elétricos e acionamentos. (Tekne). [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2013.
PINTO, Joel Rocha. Máquinas Elétricas. Sorocaba: Apostila Faculdade de Engenharia de Sorocaba, 1995.
REZEK, A. J. J. Eletrotécnica Geral Aplicada, Teoria e Prática. Itajubá: Editora da EFEI (Desenvolvimento
de material didático ou instrucional - Apostila), 1986.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Página 102 de 102

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-24 17:41:51

Você também pode gostar