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O crédito rural no Brasil foi institucionalizado pela Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965,
visando a política de desenvolvimento da produção rural e o bem estar da sociedade.
As cédulas de crédito rural foram instituídas no direito brasileiro pela Lei nº 3.253, de 27 de
agosto de 1957. Até então havia somente a cédula rural pignoratícia, que foi disciplinada pela
Lei nº 492, de 30 de agosto de 1937.
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Podem ser avalizadas e transferidas pelo endosso, aplicando-se-lhes, no que foi cabível,
as normas da legislação cambial, mas, quanto ao protesto, é mister notar que inexiste a
exigência de apresentação do título a protesto para assegurar o direito regressivo contra os
coobrigados.
O que não consta da cédula não está no mundo jurídico, a respeito da cédula. É preciso
que nela esteja para que, no tocante a ela, possa ser atendido. Se nada recebeu o subscritor e
emitente, ou se somente parte recebeu, do que se lhes prometeu; ou deu, sem que tal falta
total ou parcial se mencione no título, o endossatário, que adquire a cédula hipotecária, bem
corpóreo, nada tem com o que ocorreu ou deixou de ocorrer e não está expresso no título. O
que se incorpora ao título é o que nele se menciona, literalmente.
Para Pontes de Miranda(Tratado de direito privado, tomo XXI, § 2.654, pág. 321) o que não
consta da cédula não está no mundo jurídico. Disse ainda: “A respeito da abstratividade das
cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias ou mistas, convém frisar-se o que é desde muito
sabido em ciência do direito, a alusão, no texto, ao nome do tomador e ao que entre ele e o
subscritor e emitente se passou não as faz, somente por isso, causais. A relevância da
finalidade que teve a emissão tampouco obsta à abstração”.
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O orçamento prevê. O que se previu para o tempo já ocorrido, como ensinou Pontes de
Miranda(obra citada, pág. 322), tem-se como acontecido; o que se previu para o tempo que
vai correr tem-se como fato que se vai dar, de modo que se teria de elidir essa certeza para
que o subscritor e emitente não respondesse conforme o orçamento. O subscritor e
emitente assinou-o.
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O endosso não transfere o direito: dá ensejo a novo crédito, com o conteúdo que resulta
do título. A aquisição é originária, e não derivativa, como explicou H. Dernburg(Das Bürgerliche
Recht, § 145, nota 2 e 286). Ao endossatário não se podem opor as exceções que seriam
oponíveis ao endossante ou outro endossatário anterior. Tal acontece ainda quando se há
negócio jurídico subjacente, o endossatário ainda é cessionário do crédito causal.
A nota promissória rural recebeu a sua denominação no Decreto-lei nº 167, pois a Lei nº
3.253 impropriamente a chamava de “promissória rural”.
Foi abolida na nota promissória rural o direito assecuratório da consignação dos bens
vendidos, com que se pretendia ficasse a estes vinculado o cumprimento da promessa de
pagamento. Essa regularia, segundo os especialistas, veio a se tornar contraproducente.
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Sem garantia real é a nota de crédito rural, bem assim a nota promissória rural e a
duplicata rural de que tratam os artigos 42-45 e 46-54 do Decreto-lei nº 167. Tem garantia
real, isto é, são títulos incorporantes de direito real, a cédula rural pignoratícia, a cédula rural
hipotecária e a cédula rural mista.
Na matéria, disse Pontes de Miranda(Tratado de direito privado, tomo XXI, ed. Bookseller,
§ 2.634, pág. 240) que resulta:
a) Ao chamar-se “cédulas de crédito rural” à cédula rural pignoratícia, à cédula rural
hipotecária e à célula rural mista de modo nenhum se há de pensar que o direito incorporado
no título é o direito de crédito e que o crédito circula com a cédula rural: o que circula é o título,
em que está o direito de penhor, ou o direito de hipoteca, ou o direito de penhor e o direito de
hipoteca;
b) À diferença da cédula rural pignoratícia que era regida pela Lei nº 492, de 30 de agosto de
1937, as cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias e mistas a que se refere o Decreto-lei nº 167,
de 14 de fevereiro de 1967, são títulos constitutivos do penhor, da hipoteca ou do penhor e da
hipoteca que neles se incorporam;
c) A endossabilidade das cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias e mista implica que a
titularidade do direito de penhor, de hipoteca ou de penhor e hipoteca depende de
propriedade das cédulas e, depois, da posse de boa-fé, devido a cambiariformidade das
cédulas.
Somente nos casos especiais, mencionados no Código Civil, é admitido o penhor com a
cláusula constituti: no penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas
continuam em poder do devedor, por efeito da cláusula constituti., ocorre a transferência da
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posse, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente. Tal é o que foi dito no
julgamento do REsp 1.332.766-SP.
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A cédula rural pignoratícia, hipotecária ou mista, só se cria e emite num exemplar, salvo
divisão do crédito em parcelas pelo menos para o efeito da criação e emissão de duas ou
mais cédulas distintas.
Entende-se que a cédula rural pignoratícia, hipotecária ou mista é título constitutivo, pois
com ele se constitui, após registro, o penhor.
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As cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias ou mistas, regidas pelo Decreto-lei nº 167 são
valores, portanto a posse do título é requisito para dispor do direito nele incorporado. Para se
transmitir a cédula ou se gravar a cédula, com o direito incorporado, é preciso que se tenha a
posse do título.
A deterioração ou depreciação dos bens gravados ocorre estando eles seguros ou não
seguros.
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Reza o artigo 69 do Decreto-lei n 167/67 que o princípio geral é o de que os bens gravados
de direito real de garantia podem ser executados, respeitada a preferência do titular do
direito real de garantia, porque nisso consiste o direito que se lhe constituiu sobre o valor do
bem.
As cédulas rurais reguladas pelo Decreto-lei nº 167/67 são subscritas e emitidas pelo
promitente e registradas, sem que se haja de pensar em qualquer acordo de constituição de
penhor que se tenha de registrar antes. O acordo de constituição resulta de alguma
instituição financeira integrante do sistema financeiro nacional que atua, com permissão do
Banco Central, com crédito rural.
O artigo 9º do Decreto-lei nº 167/67, no artigo 9 estatui que a cédula rural é uma promessa
de pagamento em dinheiro, sem ou com garantia real cedularmente constituída.
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Essas cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias e mistas podem ser endossadas antes do
registro das cédulas. A transferência da propriedade e qualquer direito oriundo do ato
constitutivo de direito real(usufruto ou penhor) produz-se, a despeito da falta de registro. O
endossatário pode levar a cédula ao registro.
Após o registro, o endosso opera a aquisição por outrem do direito real incorporado à
cédula.
Sendo assim nenhum penhor posterior se pode executar se não está vencido o anterior,
ou se não estão vencidos os anteriores.
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Quanto ao prazo máximo e prorrogação previsto nas cédulas rurais pignoratícias tem-se:
Art. 1.439. O penhor agrícola e o penhor pecuário não podem ser convencionados por prazos
superiores aos das obrigações garantidas. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;
§ 1 º Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto subsistirem os bens que a
constituem.
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja
receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser
depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a,
ou oferecendo outra garantia real idônea.
§ 2 º A prorrogação deve ser averbada à margem do registro respectivo, mediante
requerimento do credor e do devedor.
Art. 1.434. O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte
dela, antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário,
determinar que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente
para o pagamento do credor.
Quanto a substituição do objeto observe-se o artigo 65 do Decreto-lei nº 167/67,
especificamente no parágrafo único:
Art 65. Se baixar no mercado o valor dos bens da garantia ou se verificar qualquer ocorrência
que determine diminuição ou depreciação da garantia constituída, o emitente reforçará essa
garantia dentro do prazo de quinze dias da notificação que o credor lhe fizer, por carta
enviada pelo Correio, sob registro, ou pelo oficial do Registro de Títulos e Documentos da
Comarca.
Parágrafo único. Nos casos de substituição de animais por morte ou inutilização, assiste ao
credor o direito de exigir que os substitutos sejam da mesma espécie e categoria dos
substituídos.
Vencida a cédula rural pignoratícia nasce a ação executiva ao dono do título, porque
sendo dono do título, é titular do direito à quantia prometida.
Necessário, outrossim, lembrar o teor do artigo 19 com relação as regras jurídicas comuns
aos penhores rurais:
Art 19. Aplicam-se ao penhor constituído pela cédula rural pignoratícia as disposições dos
Decretos-leis ns. 1.271, de 16 de maio de 1939, 1.625, de 23 de setembro de 1939, e 4.312, de 20
de maio de 1942 e das leis ns. 492, de 30 de agôsto de 1937, 2.666, de 6 de dezembro de 1955
e 2.931, de 27 de outubro de 1956, bem como os preceitos legais vigentes relativos a penhor
rural e mercantil no que não colidirem som o presente Decreto-lei.
Quanto ao objeto do penhor e prazo(tomada ainda remissão à Lei nº 492), tem-se que os
artigos 4º, § 3º, 5º, 6º e 10 da Lei n 492 são plenamente invocáveis. Os prazos foram objeto de
https://jus.com.br/artigos/75477/titulos-de-credito-rural 12/18
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discussão no artigo 1.439 do Código Civil já mostrado. Ainda quanto ao prazo tem-se o que
ditou o artigo 1.439 do Código Civil de 2002 como ainda o artigo 1.434 daquele diploma legal:
Art. 1.439. O penhor agrícola e o penhor pecuário não podem ser convencionados por prazos
superiores aos das obrigações garantidas. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;
§ 1 º Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto subsistirem os bens que a
constituem.
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja
receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser
depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a,
ou oferecendo outra garantia real idônea.
§ 2 º A prorrogação deve ser averbada à margem do registro respectivo, mediante
requerimento do credor e do devedor.
Art. 1.434. O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte
dela, antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário,
determinar que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente
para o pagamento do credor.
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01/10/2023, 15:06 TITULOS DE CRÉDITO RURAL - Jus.com.br | Jus Navigandi
§ 4º - Nos casos do parágrafo anterior, deverão constar da cédula, além das indicações
referidas no § 2º deste artigo, menção expressa à anexação dos títulos de propriedade e a
declaração de que eles farão parte integrante da cédula até sua final liquidação.
Destaque-se que as empresas rurais podem ter navios e aeronaves. Não são eles bens
imóveis, mas são hipotecáveis. Se não se trata de navios ou aeronaves já hipotecáveis, sobre
eles podem ser tiradas cédulas rurais pignoratícias. Se já hipotecáveis, as cédulas rurais há de
ser hipotecáveis. As cédulas rurais hipotecárias sobre navios ou sobre aeronaves tem de ser
registradas nos registros especiais.
As cédulas hipotecárias são bens móveis, cuja propriedade se transfere por endosso.
Não se lhes permitiu transferência ao portador.
As ações possessórias que cabem ao portador das cédulas rurais hipotecárias são as
ações possessórias a respeito das cédulas mesmas, das cártulas.
Cabe registrar na matéria o que ensinou Pontes de Miranda(obra citada, pág. 323);
a) O possuidor, imediato ou mediato, da cédula rural pignoratícia possui, imediata ou
mediatamente, a cédula e possui, mediatamente, os bens que foram empenhados mediante
criação e emissão da cédula rural pignoratícia. É possuidor próprio da cédula e possuidor
impróprio dos bens;
b) O possuidor, imediata ou mediato, da cédula rural hipotecaria, possui, imediata ou
mediatamente, a cédula e nenhuma posse tem dos bens que foram hipotecados mediante a
criação e emissão da cédula rural hipotecária. Esses bens somente são possuídos pelo dono
deles, ou por pessoa que haja adquirido poder fático sobre eles;
c) O possuidor, imediato ou mediato, da cédula rural pignoratícia e hipotecária(cédula rural
mista) possui, imediata ou mediatamente, a cédula, e possui, mediatamente, os bens que
foram empenhados com a criação e emissão da cédula rural mista, porém nenhuma posse
tem quanto aos bens que por ela foram hipotecados.
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01/10/2023, 15:06 TITULOS DE CRÉDITO RURAL - Jus.com.br | Jus Navigandi
Pelo fato de ser dupla a incorporação dos direitos – de penhor e hipoteca – na cédula
com a transmissão da propriedade dessa nasce ao titular do direito de domínio a relação de
que resulta a pretensão ao reconhecimento da quantia prometida.
Pelo fato de ser dupla a incorporação dos direitos – de penhor e de garantia – na cédula,
com a transmissão da propriedade dessa nasce ao titular do direito de domínio a relação
jurídica de que resulta a pretensão ao recebimento da quantia prometida. Segundo Pontes
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01/10/2023, 15:06 TITULOS DE CRÉDITO RURAL - Jus.com.br | Jus Navigandi
de Miranda(obra citada, § 2.655, pág. 326) não há pensar-se em relação jurídica derivada de
cessão de direitos. O endossante transfere propriedade – não cede direito.
A posse da cédula rural mista dá ao possuidor a posse mediata, imprópria, dos bens
empenhados; nenhuma posse lhe atribui quanto aos bens hipotecados.
Concluiu Pontes de Miranda que o fato de se permitir à cédula rural mista e o de não
serem o mesmo, em toda a extensão, o regime jurídico das cédulas rurais pignoratícias e o das
cédulas rurais hipotecárias, cria o problema de se saber onde se há de atender ao regime de
cada espécie e onde é necessário que o regime seja um só.
Assim as cédulas rurais pignoratícias, hipotecárias e mistas podem ser endossadas antes
do registro das cédulas. A transferência da propriedade e qualquer direito oriundo do ato
constitutivo de direito real(usufruto, penhor) produz-se, à despeito da falta de registro. O
endossatário pode levar a cédula ao registro.
Após o registro o endosso opera a aquisição por outrem do direito real incorporado à
cédula.
Mas a averbação não atribui efeito real ao endosso. O endosso já o tem. O efeito da
averbação é, para Pontes de Miranda(obra citada, § 2.641, pág. 279), dar maior publicidade,
sem que a eficácia real do endosso dependa disso.
Pergunta-se, por fim, com relação à perda ou destruição das cédulas rurais.
Estas citações e intimações devem ser feitas pela imprensa, publicadas no jornal
oficial do Estado e no “Diário Oficial” para o Distrito Federal e nos periódicos indicados pelo
juiz, além de afixadas nos Lugares do estilo e na bolsa da praça do pagamento.
§ 1º O prazo de três meses corre da data do vencimento; estando vencida a letra, da data
da publicação no jornal oficial.
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01/10/2023, 15:06 TITULOS DE CRÉDITO RURAL - Jus.com.br | Jus Navigandi
A ação de amortização tem por fim decretar a ineficácia da cártula perdida ou destruída.
A sentença retira toda a eficácia que poderia o título e constitui outra cártula em que o direito
de penhor, ou da hipoteca ou o de penhor e ode hipoteca se incorporam.
A competência é do lugar onde estão situados os bens e não a daquele em que ocorreu a
perda ou o extravio ou a destruição.
Sobre o autor
Rogério Tadeu Romano
Procurador Regional da República aposentado. Professor de Processo Penal
e Direito Penal. Advogado.
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