Contextualizar e apresentar uma resposta ao desespero do
secularismo pós-moderno (em especial no nível cósmico, político e interpessoal) centrada no caráter de Deus como entendido no teísmo clássico. Objetivos Expor a dificultosa relação com o mundo do ser humano contemporâneo; Demonstrar a ação de Deus e a participação do mundo Nele, em Sua presença e invisibilidade; Introduzir uma visão sacramental de mundo, onde devemos nos atentar a criação para sermos “afinados” por Cristo e para oferecê-la para Deus Verdades complementares Sacramento: o elo, o relacionamento entre sinal físico e uma realidade espiritual. Erro: focar só na realidade espiritual (o que deixa o "aqui e agora" e o físico sem sentido) Erro: focar só no sinal físico (o que esvazia a esperança) O mundo é um poema Não entendemos o poema apenas no significado gramatical das palavras.
É no encontro que entendo, me aproprio, vivo no poema.
A realidade não é o sinal, mas o que está significado.
Se as coisas apontam para além delas
mesmas, o significado das coisas está naquilo para que elas apontam. A maravilha da sarça ardente A pura realidade e glória de Deus, Seu atributo como o Único e Santo Deus, é a invisibilidade. Essa é a Sua onipresença, a Santa Presença como aquele que está oculto (...) A maravilha para Moisés é que o Senhor Deus se aproxima, e a criatura não morre.
- Katherine Sonderegger Se vivemos, dependentemos, existismos, respiramos em Deus, tudo que existe aponta para algo Dele.
Não é absurdo, então, pensar que há
uma harmonia no universo que as criaturas podem participar como melodias. Nosso objetivo é refletir a Cristo, ser como Ele; Em outras palavras: nos afinarmos a Cristo; Como? Imitando, tendo comunhão com Ele, sendo transformados por Ele; Onde conseguimos vê-lo para imita-lo, ouvir dele, aprender com Ele, sermos transformados por Ele, se Ele é invisível? Meios de graça: assim como a sarça ardente, coisas físicas que mostram Deus Por mais de um milênio a música foi entendida como tendo que refletir a harmonia do universo, não devendo ser apenas gosto pessoal, assim como a órbita dos planetas ou a fisiologia humana não são apenas algo de ordem subjetiva Contemplamos realidades divinas, contemplamos algo que vem de Deus quando a música é bem feita, quando o amor é bem amado, quando a natureza é bem aproveitada, quando o humano é realmente humano. Quando a realidade, o cosmos é focado apenas no superficial, apenas na externalidade, fazemos algo inumano, pornográfico O mundo, a música, o amor, a natureza não é algo que reduzimos para controlar, mas algo que nos afina, que contemplamos, que participamos para ver mais e para ver melhor daquilo mesmo e de Deus, nas realidades profundas que estão além do superficial Segundo Boécio, existem:
Musica mundana: harmonia dos planetas
Musica humana: harmonia da pessoa humana (virtude) Musica instrumentalis: a “música” como a entendemos. Segundo Platão, tem como função “afinar almas desafinadas” Clemente de Alexandria: O Logos é o autor da melodia cósmica
“Aquele que é de Davi, e ainda assim é anterior a ele, a Palavra de
Deus, dispensou a lira e a harpa, que são instrumentos sem vida. Ele, entretanto, afinou pelo Espírito Santo o universo e o ser humano (que, composto de corpo e alma, é um universo em miniatura), fazendo a melodia para Deus neste instrumento de muitos tons; e para este instrumento (o ser humano), Ele canta de acordo: "Você é minha harpa, flauta e templo". Uma harpa para harmonia, uma flauta pelo Espírito como vento, e um templo para [habitação]” Por que há prazer em cantar, em amar, em uma caminhada de contemplação? Por que há alegria no mundo?
Porque está de acordo com a harmonia celestial de
Cristo. Objetivos Expor a dificultosa relação com o mundo do ser humano contemporâneo; Demonstrar a ação de Deus e a participação do mundo Nele, em Sua presença e invisibilidade; Introduzir uma visão sacramental de mundo, onde devemos nos atentar a criação para sermos “afinados” por Cristo e para oferecê-la para Deus Ao Rei dos reis seja o louvor Jesus Glorioso És