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Trabalho de Musica.
2° Semestre, 2020
Professor: Gabriel Solia.
Alunos: Christian, Victor e Wanderson.
1 - Em que medida a música na liturgia pode conduzir
o homem ao mal? (Grupo um)
Introdução
É na liturgia que somos convidados a deixar-nos tocar pela ação salvífica de Deus,
participando desse modo, da Sua própria glória e perfeição eterna. A liturgia surge
assim como uma realidade complexa, onde Deus e o Homem se encontram,
dialogam, se comunicam, partilham as suas intimidades, se redescobrem e recriam.
A música sacra está presente na liturgia para dar forma ao rito humano-divino
(Santa Missa e nos outros sacramentos). Na verdade, as várias linguagens e
expressões de arte são a mediação privilegiada, através da qual a ação litúrgica
acontece. A linguagem artística tem revelado, ao longo de todos os tempos, uma
especial aptidão para exprimir e concretizar este diálogo entre Deus e o Homem e
realizar o seu plano salvífico. Por isso, a Arte está presente na liturgia. Dentre todas
as formas de Arte, a música ocupa um lugar de excelência e desempenha um papel
privilegiado e insubstituível na liturgia, como ensina o Concílio Vaticano II: “a
tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as
outras expressões de arte”. (Sacrosanctum Concilium, n° 112.)
Desenvolvimento
“O homem, criatura de Deus, traz em si a marca do Criador, o ‘Artista do universo’.
A maneira de soltar e exprimir essas marcas são o sonho, a poesia, a música e a
arte. A linguagem das artes, mais do que qualquer outra linguagem, aproxima o
homem do mistério, da fonte da Beleza, de que ele próprio participa. Deus é pura
Beleza. Deus é Amor. Quem ama canta. (Quem canta reza duas vezes, St
Agostinho) Por isso o homem, marcado por Deus, canta ao seu Deus. A música
sacra é uma mediação que leva o homem a Deus, que traz Deus ao homem”,
Ensina o musicista Pe. Antonio Cartageno.
Mais do que a sacralidade da música, importa refletir sobre o seu papel específico e
próprio, ou seja, sobre a possibilidade da linguagem musical integrar o conjunto de
expressões, verbais e não verbais, pelo qual a liturgia acontece e se desenvolve.
Desse modo, a expressão musical aparece como a concretização das ações rituais
em forma de linguagem artística sonora. Citando o Cardeal Ratzinger (Papa
Emérito Bento XVI) numa entrevista que deu em 1985 a Vittorio Messori – Diálogos
sobre a fé -, onde, entre vários temas, fala também da música sacra. Diz ele que:
“A Igreja tem o dever de ser também ‘cidade da glória’, lugar em que se reúnem e
se elevam aos ouvidos de Deus as vozes mais profundas da humanidade. A Igreja
não pode satisfazer-se com o ‘ordinário’, com o usual. Deve reavivar a voz do
cosmos, glorificando o Criador e revelando do próprio cosmos a sua magnificência,
tornando-o belo, habitável e humano” Disse também o Papa São João Paulo II no
seu Quirógrafo sobre a Música Sacra, citando, por sua vez, o Papa São Paulo VI:
“Não pode existir uma música destinada à celebração dos sagrados ritos que não
seja, antes, ‘verdadeira arte’, capaz de ter a eficácia que a Igreja deseja obter,
acolhendo na sua liturgia a arte dos sons’”.
Conclusão
R: Logo, podemos concluir que o Canto na Liturgia pode levar o homem ao mal
quando o homem faz da arte sacra, sua exposição pessoal, quando não é igual a
Nosso Senhor Jesus Cristo, que não veio para ser servido, mas sim para servir. (Cf
Mt 20,28). A Liturgia não é algo pessoal, que escolhemos o que achamos belo e
modificamos segundo nossos costumes e desejos; pelo contrário. A Liturgia é um
tesouro preciosíssimo nos dado pela tradição apostólica e guardada com muito
carinho pelo santo magistério da Santa Igreja Católica, Apostólica Romana.