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PRELÚDIO:

Bom, vamos do começo e bem do começo.

Me chamo Aurora Macias, as coisas nem sempre foram boas como me encontro agora. Sou uma
cidadã Parisiense, ou seja, para mentes mais lentas devo afirmar que nasci em Paris.. Nesta época,
Paris fervia em rebeliões, poucos anos antes de eu nascer o Rei Luís Felipe subira ao trono.

Acho que a briga era para acabar com a monarquia ou continuar, não sei exatamente.. ou melhor!
não me importo.

Lembro de falarem sobre Bonapartistas, Bourbon Distas e comandante de sei lá quantas que
morreram torto, igual cachorro com câimbra! cólera, sabe ?

Tá, foi difícil a vida, lembro do forte cheiro de fezes, gente doente, pessoas se contorcendo e
defecando na rua e após suas mortes.. eram jogados em fossas a céu aberto.

Meus pais haviam perdido todos os seus parentes com doenças, lutas armadas e principalmente
para a cólera.
Meus pais não tinham mais vínculo que os segurassem lá, minha mãe Mahara Moreau Macias e
meu pai Atanase Lupei tinham muita vontade de viajar, pois suas finanças estavam sendo
esgotadas ali.

Minha mãe Mahara então deu a ideia de irmos para o que eles chamavam de nova França, naquela
época as notícias não corriam tão rápido quanto hoje em dia, então pegamos uma embarcação na
nova França, promessas de vida agradável, novos investimentos e valores baixos.

Durante a viagem, meu pai quase faleceu, esteve muito doente e perdeu vários dentes, o que eles
chamavam de escorbuto, uma praga que atingia os marujos que não se alimentavam bem de certas
frutas etc.

Chegando em New Orleans, ou NOVA FRANÇA, encontramos um lugar convidativo, bonito e com
muitos imigrantes como nós.
A vida nesta nova terra era fabulosa, tínhamos dinheiro para aproveitar e muito amor entre nós. A
cidade crescia e todas as portas se abriam para nós, mesmo com olhares desconfiados para mim,
vou dizer o motivo, minha pele era muito mais escura, aparentemente a junção de meus pais me fez
ter essa pele que amo, mas antigamente poderia ser minha sentença de sofrimento, e assim foi!

Nossa vida transcorreu por cerca de uns 10 anos muito bem, meus pais tentavam arrumar um
casamento para mim, mas era algo difícil por causa de minha cor de pele.. então uma fatalidade
ocorreu, com o crescimento de cidade e da população, doenças se espalharam e a tão temida febre
amarela tirou meu pai de mim.

Minha mãe em amargura ficou, não demorou muito para pretendentes aparecerem, como ela era
mulher em uma sociedade machista, ela em algum momento cedeu aos caprichos sociais, pois não
conseguiríamos sobreviver nesta sociedade onde uma mulher não era respeitada.
Meu padrasto era um porco, um imundo desgraçado que havia exaurido toda a sua riqueza e viu a
oportunidade de se acomodar novamente. Em pouco tempo ele esgotou toda a fortuna que meus
pais tinham gastando em jogos e em péssimos investimentos.

2 anos após estar casado com minha mãe e a beira da miséria ele resolveu me vender como
escrava, fora oferecido a ele um valor por mim, ele nem pestanejou e me vendeu sem que minha
mãe soubesse! e é neste ponto que meu sofrimento progride a níveis altíssimos. Devo ressaltar que
nunca mais vi, ouvi, falei e senti o cheiro de minha mãe novamente..

Fui levada acorrentada para Baton Rouge, e de lá vendida para um senhorio que me levou para sua
fazenda.

Fui violada por seu filho, por seu capataz, mas ele.. o senhorio era um velho decrépito, repugnante
que não tinha forças para levantar um dedo, quem dera seu pau!

Conhecia muitos segredos de ervas que aprendi com minha mãe e alguma coisa de caça com meu
pai, apesar de termos dinheiro, eles conservaram seus hábitos baseados em suas memórias e no
seu dia a dia sempre me dizendo de onde vieram.

Preparei uma infusão venenosa para aquele velho, pois nele eu centrava todo o meu ódio, dei lhe de
beber com gosto e zombei de sua morte espumante quando sua garganta apertava com aquele suco
de cogumelos e plantas que destruíram seu coração e apertava sua garganta. Infelizmente fui
descoberta!
Fui deixada para morrer! após mais uma sessão de tortura psicológica e física. Mais uma vez
aqueles homens usavam meu corpo para satisfazer se, e então quando terminaram me deixaram
para morrer à beira de um pântano, caso eu não morresse pelos ferimentos, pela dor, por minha
boceta estar rasgada, pela vontade de morrer.. eu morreria pelas doenças daquele pântano, pela
febre amarela que já matara incontáveis pessoas.. era o meu fim!
Uma velha bruxa que tinha feito seu casebre naquele pântano cheio de morte, sim naquele pântano..

Mergha De La Barthe era o seu nome, seu rosto era velho, mas em sua juventude com certeza foi
uma mulher encantadora.

Ela me levou a sua casa e me perguntou em tom de segredo perto de meu ouvido:

-Linda menina, sua alma não morreu ainda, você carrega vida dentro de si que deseja sair do casulo!
com um (sim) devolvo sua saúde, mas em troca, desejo esta vida que floresce em você, meu anjo!

Lembro de minha resposta ter sido quase automática, respondi com um sim, pois não amava aquela
criança, não queria aceitar que algo fruto daquele mal, devesse receber algum tipo de amor ou afeto
de mim.

Arrependo-me de ter dito aquelas palavras, pois a partir daquele momento senti forças além de
minha compreensão serem jogadas ao universo e firmado um trato. Sabe, minha mãe além de
poções ela sabia ler a sorte, sabia como usar os dons de uma mulher, ela tinha o dom para prever o
futuro, tentou me passar.. mas nunca entendi completamente isto, mas desta vez senti como se fosse
algo palpável, senti que não poderia quebrar aquela corrente nunca mais.

Fui tratada, alimentada, cuidada durante toda a minha gestação por aquela velha senhora, parece
que aquele pântano não me afetava mais, sentia-me cheia de energia! como se aquela criança me
fizesse mil vezes mais forte.. e meu sentidos eram muito mais aguçados com esta sensação, minha
visão era mais ampliada, minha audição era sensível como de um cachorro.

Aquele lugar era mágico de uma forma que não conseguia compreender e talvez ainda não
compreendo muito bem.

Quando finalmente ganhei meu bebê, o amamentei, descobri um amor por ele enorme e dei-lhe o
nome de Atanase Moreau Macias Lupei segundo.

Já havia esquecido meu rancor, quem havia me feito mal, havia extinguido todo aquele rancor e feito
um acordo com o amor àquela pequena e pobre criança, amamentei por alguns meses.

Um dia quando acordei em minha cama, nada mais daquela criança, nada mais daquela cabana
quentinha e iluminada. Aquilo tudo havia sumido e percebi que a velha Mergha havia ido embora,
deixou me um bilhete que dizia:

-Como combinado meu anjo, levarei seu filho, ele já não precisa mais de seus seios, saiba que ele é
uma criança muito especial e cuidarei dele como se fosse meu filho. Esteja bem criança e aproveite a
nova oportunidade que lhe foi dada. Isto acabou com minha vida naquele momento!
Perambulei pela cidade sem destino, alimentei-me de lixo, dormi ao relento, adoeci, aquela
capacidade auditiva e visual agora me incomodava e não sei quanto tempo permaneci nesta situação
miserável.

Uma noite enquanto definhava desejando minha morte, senti a sua foice vindo ceifar minha vida, 3
homens se aproximaram de mim, desejando meu corpo e estraçalhar o que restava de minha alma.

Desejava que o fim fosse rápido e não reagi de forma alguma, quando meu corpo foi tomado pelas
mãos de um dos homens! senti um líquido quente escorrer em mim, quente e cheiro de ferro.. Em
segundos aquele homem estava morto e outros perto dele também estavam.
Seu nome era Gudada Lombroso, era um Ravnos (como ele denominava sua espécie), Ravnos
engenhoso, pragmático e oportunista. Matou aqueles homens de forma rápida e brutal salvando
minha carcaça daquele destino que eu desejava.

Suas primeiras palavras foram:


-Ainda não é sua hora, não deixaria uma flor tão bonita morrer ao relento em solidão com tanta
desesperança.

Desejo regar-lhe mais uma vez na primavera e ver ela desabrochar.

Esta baboseira quando foi me dita, fez muito sentido e foi como se minhas forças renovassem,
Gudada era um bobo idiota, mas sua pieguice sempre me fez bem!

De alguma forma senti como se uma nova oportunidade tivesse sido me dada, resolvi seguir meus
instintos, foi como se alguém me sacudisse e falasse (seu filho ainda não morreu sua vadia inutil) HA
HA HA!

Esta parte e igual aos filmes tá porra, você deseja a vida eterna, sua vida não tem mais sentido e bla
bla bla..

Aceitei, foi poético, mas acho que Gudada não gostaria que contasse isto com fru frus..

Estava de novo no jogo, meu sentidos estavam afiados, de uma forma absurda! e ele me instruiu por
um bom tempo, longo tempo dizendo sobre mim mesma, sobre meus novos poderes. Revelei a ele
meu desejo de achar meu filho, então ele me disse que me ajudaria, mas que eu deveria ajudá-lo
como sua companheira imortal, ajudá-lo com seus desafetos, com a política atual, contra outros de
nossa espécie.

Ele me contou que sua senhora se chamava Alexia e que fazia um bom tempo que não a via. Isto foi
bem breve e o máximo que consegui retirar dele de informações, mas também não liguei, pois
desejava encontrar meu filho.

Anos se passaram e eu já era mestre na arte principal de meu clã, aprendera a roubar e a enganar,
as noites eram selvagens e cheio de surpresas, ludibriávamos outros de nossas espécie e isto era
realmente muito divertido. Em uma certa noite uns membros ofereceram a proteção a Gudada
dizendo que logo logo uma tempestade chegaria, nossos inimigos estariam mais perto e nem ele que
era tão forte conseguiria conter tal tempestade. Ele ficou de dar respostas.. Uma noite após isto meu
senhor me falou que iria sair, que tinha algo importante a fazer, e não o vi desde então.. procurei em
todas as partes e senti que nossos inimigos espreitam nas sombras e estavam mais e mais
próximos! resolvi ir até aqueles estranhos membros que haviam feito a oferta a meu senhor.. me
receberam de forma muito cordial e antes mesmo que eu pedisse eles me convidaram. Eu aceitei e
eles não me perguntaram sobre meu senhor!

Uma noite após isto eu sonhei com uma mulher linda, a vi em meus sonhos me falando coisas que
pareciam bem reais, me falou que Gudada, havia sido ferido, que ela não saberia o seu destino
certo, mas que ele corria risco de vida! e me revelou que meu filho estaria em uma cidade próxima.
Não levei este sonho de forma leviana, fui atrás de informações de Gudada, mas nunca mais o
achei, porém meu filho.. eu o encontrei, e senti que ele era muito especial, pois havia algo misterioso
nele, algo que eu não sabia descrever, havia algo muito forte o protegendo, senti que ele era
poderoso, não como humanos ricos, mas poderoso com dons sabe... Nunca consegui ver
comprovadamente, mas senti que sim.

Eu acompanhei por 80 anos, vai casar se e ter filhos, um casal. Neste período fui arrastada
fortemente pelos afazeres deste novo grupo que eu havia entrado, fazia 80 anos que eu havia
entrado para a seita chamada SABÁ e entrei de cabeça nisso, sabia que meu filho estava em paz,
sabia que ele era mais do que um humano, suspeito que ele seja algum tipo de mago (loucura né?)
não me preocupei com ele e sua linhagem, mas fiquei feliz que deixei algo bom para o mundo, me
preocupava o desaparecimento de meu senhor a 80 anos, sim mesmo com tantos anos ainda
procuro por seu desaparecimento, mas agora dedico minha não vida a meus objetivos e a seita que
resguardou minha não vida por tanto tempo.

Confesso que algo ou melhor dizendo, alguém deixou minha vida muito mais agitada para não falar
(divertida) dentro da seita, seu nome era Oliver Pele de cobra, ele tinha este apelido porque além de
absurdamente resistente diziam que ele tinha a mesma capacidade que os serpentes da luz. Enfim..
ele virou meu guia turístico no sabá, me ensinou das regras mais baixas às mais altas, permaneci 20
anos com Gudada, 60 anos sem ele apenas me virando como dava e ajudando quando dava no
sabá e 50 anos com Oliver pele de cobra.

Oliver, é um Pander, Panders são um clã (não clã) HA HA HA! confio mais neles do que em muitos
ali, são os mais dedicados, tentam ao máximo se provar, e digo que guardam os poderes mais
formidáveis..

Ele teve que ralar muito dentro da seita para virar um paladino, (paladino é seu atual cargo) ele ralou
para isto, mas sinto que ele já é tão forte quanto aqueles pomposos bispos! Seu conhecimento nos
dons é inigualável, ele nunca me negou nada, me ensinou os caminhos do autoconhecimento e de
nosso primogênito CAIM! enfim porra.. ele virou meu pai dentro desta seita. Devo muita coisa a ele,
mas sinto que ele nunca me cobraria.. Oliver é foda!.

Sabe que o que mais me chamou a atenção nele foi seus olhos diferentes, chamam de Heterocromia
ou alguma porra destas. Ele me lembra Gudada...

Hoje em dia, ou hoje à noite HA HA HA! Vivo em Nova Orleans, esta cidade mudou, convivi a uma
guerra civil do mundo natural e do sobrenatural, este é meu lar.

Roubo o que quero, principalmente dos toreadores, são burros, tolos igual ouro de tolo tadinhos...

Não desejo subir as escalas do sabá, a não ser que alguém me dê de graça HA HA HA! meus
objetivos são egoístas e realmente não ligo! mas ainda cuido dos filhos de meu filho, e de seus
netos, ainda procuro por pobre Gudada.. Ainda o encontraria.

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Em minhas andanças acabei cruzando mais de uma vez com uma mulher chamada Ganora, quase
nos matamos, mas objetivos comuns pesaram mais.

Ganora estranhamente é uma maga, trocamos informações e favores sempre que possível.. ela
trabalha no departamento de polícia, na parte de homicídios.

Ela já me mencionou algo sobre pertencer a tradição ou cabala ou sei la oq.. hermética... Não ligo,
apenas sei que suas informações são quentes.
Dentro do sabá não posso dizer que fiz muitos amigos, mas posso dizer que não sou odiada AH AH
AH!

Mentira! posso dizer que fiz um amigo, alguém que me fala merda e eu falo pra ele, foda se você seu
cretino de orelha de morcego HA HA HA!

E ele por sua vez, foda se você buceta cadavérica (risada gutural de urso)

Anderson Volker - Gangrel

Anderson de alguma forma e como se fosse minha alma gêmea, sua história obviamente não é igual
a minha, mas sinto que ele me compreende como se sua história fosse.. enfim esta merda filosófica
astrológica sentimental do caralho a quatro HA HA HA!
FANTASMA:
REBANHO:

JESSIE DORMMER:
SARAH WINTERS
WILLIAM STOLLEN:

MOTO SUSAN DAVIDSON:


CARRO:

REFUGIO LUXUOSO SECRETO 1:


MUSEU PARTICULAR:

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