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DEFINIÇÃO

Apresentar os conceitos de gestão patrimonial, ciclo da administração de recursos patrimoniais,


classificação pelas características dos bens patrimoniais, política de manutenção e
conservação desse bens, programas de quebras zero, inventário, avaliação de bens e sua
depreciação.

PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais da gestão de bens patrimoniais, suas características
e melhores práticas de gerenciamento, para um bom aproveitamento de todo o seu potencial
de geração de vantagens econômicas para a empresa.

OBJETIVOS
MÓDULO 1

Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu tratamento dentro da empresa

MÓDULO 2

Identificar as classificações de gerenciamento de bens patrimoniais

MÓDULO 3

Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens patrimoniais

INTRODUÇÃO
A existência de cinco fatores é essencial para a produção de qualquer produto: natureza,
capital, trabalho e tecnologia, que serão reunidos por uma empresa, considerado o quinto
fator. A forma pela qual os economistas entendem a empresa está baseada na interação
desses elementos.

Nessa visão, cada um desses elementos tem uma função específica, gerando uma simbiose
que faz com que entrem x fatores e saiam x+1 produtos, ou seja, que seja gerada riqueza.

Para tais economistas, a natureza é o elemento que fornece os insumos para a produção, tais
como: matérias-primas, materiais e produtos (insumos), que serão transformados para que
surja o produto final.

O capital será o fator financeiro que possibilitará essa transformação. Normalmente, ele é
representado por máquinas, equipamentos, prédios, marcas e demais bens patrimoniais
necessários à produção. No capital, estão também o valor do capital circulante, conceito que
engloba todos os valores dispendidos na compra de materiais que viabilizam a produção.
Temos ainda o trabalho que representa a mão de obra empregada para a transformação dos
materiais fornecidos pela natureza, utilizando as máquinas e os equipamentos fornecidos pelo
capital.

Por fim, temos a tecnologia que, hoje, se tornou mais um dos elementos que compõem a
empresa e que tem, cada vez mais, ganhado importância dentro do arranjo produtivo.

TODOS ESSES ELEMENTOS REUNIDOS FORMAM A


EMPRESA, POIS ESSE É O FATOR QUE OS INTEGRA
DE FORMA HARMONIOSA PARA A CRIAÇÃO DE
VALOR.

Todos esses elementos são importantes para a administração de uma empresa, mas, neste
curso, estudaremos apenas a parte do capital empregado em bens patrimoniais. Estes serão
definidos como todos os bens da empresa usados para a produção de outros bens ou serviços
que, por sua vez, serão vendidos pela empresa para a remuneração dos sócios.

Fonte: Martine, Campos, 2009.

MÓDULO 1
 Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu tratamento dentro da empresa

GESTÃO DE BENS PATRIMONIAIS

GESTÃO PATRIMONIAL
É o ramo da administração responsável por gerir o patrimônio da empresa que será utilizado na
produção dos materiais e bens que gerarão riqueza. Essa gestão é realizada por meio de
planejamento, estruturação de funções, conjunto racional de técnicas, operações e
procedimentos aplicados a esse patrimônio.

Os bens patrimoniais envolvidos são classificados por suas características e podem ser
agrupados em: tangíveis, intangíveis, fungíveis, infungíveis, móveis, imóveis etc.

QUAL É A FINALIDADE DO CONTROLE DO


PATRIMÔNIO?

O controle do patrimônio objetiva manter informações fidedignas dos bens da empresa, a fim
de garantir que a contabilidade tenha pleno conhecimento das condições financeiras de cada
um.

É de responsabilidade da administração o controle dos valores que os bens têm no mercado,


dentro da empresa, histórico, contábil, de uso, bem como o estado de conservação. Isso é o
que fornecerá os documentos hábeis para que a contabilidade possa fazer esse registro.

O objetivo de toda essa vigilância é garantir que a empresa saiba qual é o seu valor de capital
investido e quanto do seu desgaste está sendo aplicado ao custo dos produtos vendidos. Essa
informação é essencial para a tomada de decisão da alta administração da empresa, pois
indica se a empresa está tendo lucro ou prejuízo na venda de seus produtos.

Essa informação pode alterar completamente a estratégia e o posicionamento da empresa no


mercado. Segundo Porter (2005), o custo é uma das possibilidades de posicionamento de
vantagens competitivas para uma empresa frente ao mercado competidor, e, em alguns casos,
pode representar uma barreira à entrada de novos competidores.
É IMPORTANTE DIFERENCIAR A GESTÃO DOS BENS
PATRIMONIAIS DA DE MATERIAIS. ESTA ÚLTIMA ESTÁ
FOCADA NOS MATERIAIS E BENS QUE SERÃO
PRODUZIDOS PELA EMPRESA E RENTABILIZARÃO O
PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS, OU SEJA, O CONSUMIDOR
EXTERNO.

Já a gestão de bens patrimoniais é responsável pelo patrimônio que servirá para produzir
esses bens a serem vendidos, ou seja, o consumidor interno, tendo como função principal
garantir a conservação e manutenção dos bens da empresa.

O bom gerenciamento dos bens patrimoniais repousa na busca pela continuidade da empresa,
que só é possível se o custo de produzir estiver sempre baixo o suficiente para que o seu
produto seja competitivo no mercado.

Por isso, a profissionalização dessa gestão é tão importante, já que pode garantir o controle da
depreciação dos equipamentos e peças, evitando a má qualidade dos produtos produzidos.

Além disso, proporciona uma manutenção adequada dos equipamentos, verificando os níveis
de utilização dos ativos, identificando os que não estão mais em condições de uso, mesmo que
ainda tenham valor contábil ou vida útil ativa, e acarretando na inibição de fraudes ou furtos de
seus patrimônios.

Manter um gerenciamento sempre atualizado dos bens patrimoniais garante que os custos de
produção fiquem sempre sobre controle, pois gera informações precisas para a tomada de
decisão.

Não basta iniciar a gestão com todos os dados e informações, é preciso mantê-los sempre
atualizados, escolhendo as melhores opções de manutenção, tempo de vida útil dos bens e
outros aspectos gerenciáveis.

Conhecer bem os ativos da empresa garante um perfeito gerenciamento do patrimônio,


possibilitando a criação de rotinas de inclusão de novos bens, tombamento, depreciação,
registro de transferências, baixas e alienações desses bens.

Todo esse trabalho melhorará a gestão geral da empresa, tornando-a muito melhor. A
otimização dessa gestão gerará grandes vantagens para a empresa, tornando-a muito mais
competitiva.
Ainda no tocante a esse gerenciamento, ele garante orçamentos mais enxutos, pois existe
maior confiabilidade nos equipamentos. Além disso, os bens patrimoniais que não são mais
rentáveis na produção podem ser vendidos, gerando receitas extras para a empresa, bem
como segurança aos funcionários, uma vez que os bens estarão mais confiáveis.

Uma gestão de excelência dos bens patrimoniais pode trazer ganhos para todos e é uma
necessidade nos dias de hoje, por isso a boa classificação e controle devem ser feitos com o
máximo cuidado.

Com o avanço da tecnologia, são aplicadas grandes somas de capital aos bens patrimoniais.
No passado, existiam empresas que contava com sete funcionários na linha de produção para
um da manutenção. Hoje, já existem empresas em que essa proporção está igualada, ou seja,
para cada funcionário dedicado à produção, temos outro para a manutenção dos bens
patrimoniais.

Essa condição ocorre porque, com a automatização dos parques fabris, dos estoques, do
transporte interno na fábrica e outras inovações, a importância da gestão desses bens cresceu
em importância e quantidade.

A importância da boa gestão dos bens patrimoniais ganha maior relevância quando pensamos
em sistemas modernos de administração da produção, como o just-in-time. Nele, o controle e o
gerenciamento das máquinas e equipamentos dedicados à produção devem ser muito mais
precisos, pois a quebra de um equipamento pode afetar de forma decisiva toda uma cadeia de
produção, uma vez que existem estoques para compensar essa falha.

Nesses sistemas, a má gestão é severamente penalizada, pois a filosofia prega a existência da


menor quantidade de estoques possível para a liberação de capital da empresa e redução do
seu custo de oportunidade.
OUTRA POSSIBILIDADE PARA EMPRESAS QUE NÃO
DOMINAM A EXPERTISE DO GERENCIAMENTO DE
SEU PATRIMÔNIO É A TERCEIRIZAÇÃO DESSA
FUNÇÃO. EXISTEM NO MERCADO MUITAS EMPRESAS
ESPECIALIZADAS EM PRESTAR ESSE SERVIÇO E
QUE GARANTEM UM GERENCIAMENTO DE
QUALIDADE E COM A PRECISÃO NECESSÁRIA.

Antes de partimos para a análise do ciclo de administração dos bens patrimoniais, devemos
nos ater um pouco mais aos conceitos apresentados na introdução deste tema.

O QUE É RECURSO?

Segundo Matine e Campos (2009), “recurso é tudo que gera ou tem capacidade de gerar
riqueza, em sentido econômico”.

Essa definição está diretamente ligada à atividade produtiva em uma empresa e dividida em
cinco tipos de recursos, sendo eles:

MATERIAIS
PATRIMONIAIS
HUMANOS
TECNOLÓGICO

MATERIAIS

todos os recursos que fornecem condição para o processo produtivo;


PATRIMONIAIS

conjunto de bens, valores, direitos e obrigações que pode ser avaliado monetariamente e que
tem relação direta com os objetivos organizacionais;

HUMANOS

conjunto dos empregados ou dos colaboradores de uma organização que fornecem o input de
produção;

TECNOLÓGICO

o que garante o diferencial, por meio do conjunto de conhecimento da Organização, em relação


à concorrência, transformando o menor custo ou inovação em uma vantagem econômica
(MARTINE; CAMPOS, 2009).

CICLO DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS


PATRIMONIAIS
A gestão dos bens patrimoniais da empresa compreende desde a compra dos bens que
comporão o patrimônio da empresa até a sua baixa e alienação, passando pela instalação,
manutenção e identificação sobre a capacidade de gerar de valor econômico positivo para a
empresa.

Isso implica em gerenciar de forma segregada os materiais de insumos da produção e os bens


patrimoniais, pois ambos têm características e aplicabilidades diferentes, fora a sua
complexidade elevada. Por exemplo, não é possível gerenciar da mesma forma o metal
utilizado para a produção de peças de um carro e os fornos que fundem metal para a
confecção dos blocos do motor.

Uma característica dos bens patrimoniais é que o que é chamado de acessório acompanha o
principal. Ou seja, o tratamento gerencial dispensado ao bem principal é o mesmo dispensado
ao acessório, ficando os dois registrados como apenas um nos controles administrativos.

Para que isso seja compreendido, é necessário identificarmos o que é bem principal e o que é
acessório. O principal é aquele que existe por si, ou seja, tem existência própria. O acessório
é aquele bem móvel, que, ao ser instalado para uso, passa a fazer parte do bem principal, ou
seja, só existe porque está incorporado a outro bem.

COMO IDENTIFICAR ESSE TIPO DE BEM?

Um bem principal é o prédio onde a empresa está instalada. Os acessórios, por sua vez, são
todos os bens instalados de forma fixa ao prédio, como as tomadas, os lustres etc.

Ainda sobre o tópico, temos um tipo de bens acessórios conhecido como pertenças. Estas
incorporam o principal, mas têm a função específica de uso, serviço ou aformoseamento.

 EXEMPLO

Por exemplo, ao comprar um apartamento, é de costume apresentá-lo no momento da


aquisição com todos móveis e eletrodomésticos, porém, ao tomar posse e mora do
apartamento, os móveis utilizados como um recurso de layout não fazem parte da venda
(MARTINS; CAMPOS, 2009).
FABRICAÇÃO DO BEM PATRIMONIAL
Uma das opções de aquisição dos bens patrimoniais para a empresa é por meio da sua
fabricação. Esse tipo de aquisição pode ser realizada por qualquer parte integrante da
empresa. Como é a própria empresa que produz o bem, não é necessário documento
específico para o seu registro junto ao patrimônio da empresa.

Para que o bem seja precificado e possa ser ativado, temos dois métodos:

A UTILIZAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO


É, geralmente, aceito pela Receita Federal para o registro do valor do bem ativado e gera
menor custo alocado à produção ao longo do tempo, aumentado, assim, o lucro futuro da
empresa;

PREÇO DE MERCADO DO BEM


Aqui, a empresa reconhece um lucro pela produção do bem no presente, mas diminui o lucro
futuro, pois terá um maior custo alocado aos produtos produzidos. É mais usado pelo controle
gerencial, pois gera um custo do produto vendido mais próximo do que realmente ocorreria se
a empresa estivesse comprado o bem no mercado.

QUANDO O BEM É PRODUZIDO INTERNAMENTE, NÃO


É NECESSÁRIO UM DOCUMENTO FORMAL, COMO A
NOTA FISCAL OU UM CONTRATO DE COMPRA E
VENDA PARA QUE ELE SEJA INCORPORADO AO
PATRIMÔNIO DA EMPRESA.

Isso acontece porque, quando se opta por reconhecer o bem patrimonial pelo custo de
produção, a Receita Federal, no Regulamento do Importo de Renda (RIR), em seu artigo 356,
garante que esses gasto podem ser depreciados ou amortizados, quando bens intangíveis, ao
longo do tempo de uso, seguindo as regras de padrões fixados pelo próprio regulamento.

Nesse custo de produção, serão incluídos todos os insumos utilizados, a mão de obra
empregada, os custos indiretos como eletricidade, depreciação das instalações fabris e outros
relacionados à produção do bem a ser ativado.
Toda essa informação é muito importante para a administração e para o gestor de bens
patrimoniais, pois pode influir em sua decisão de produzir o bem internamente ou comprá-lo no
mercado, quando for possível.

COMPRA DE BEM PATRIMONIAL


Quando a decisão é pela compra do bem, algumas etapas precisam ser vencidas até que ele
seja incorporado ao patrimônio da empresa.

Essas etapas, diretamente relacionadas com o gerenciamento dos bens patrimoniais, são:
identificação do fornecedor, escolha do método de aquisição, se compra, leasing, ou outra
modalidade, recepção, e, por fim, a inclusão no ativo ou tombamento do bem — que é a etapa
final do processo de incorporação deste ao patrimônio da empresa ou do patrimônio público,
onde o termo “tombamento” é normalmente utilizado.

IDENTIFICAR O FORNECEDOR É UMA DAS ETAPAS


MAIS IMPORTANTE NESSE PROCESSO.

Após a administração identificar a necessidade da aquisição, atendendo ao plano de negócios


estabelecido, ela envia essa decisão para que a engenharia projete e identifique todas as
características necessárias ao bem para atender as especificações determinadas pela
administração.
COM TODAS ESSAS INFORMAÇÕES E DECISÕES EM
MÃOS, O PESSOAL DO PATRIMÔNIO IDENTIFICARÁ
OS POSSÍVEIS FORNECEDORES QUE ATENDAM ÀS
ESPECIFICAÇÕES TRAÇADAS PELA ENGENHARIA.

Esse processo pode levar um bom tempo, pois se trata de uma decisão estratégica muito
importante. Alguns bens patrimoniais podem envolver vultosas somas de capital, necessitando,
muitas vezes, de financiamentos de grande monta e até financiamentos externos ao país de
origem da empresa.

 EXEMPLO

Exemplo: Quando uma empresa, como a Petrobrás, resolve comprar uma nova plataforma de
extração de petróleo — bem que será incorporado ao seu capital, por ser patrimonial — pode
levar mais de um ano no planejamento e no ato da compra.

Ela pode precisar de financiamentos de organizações internacionais, pois dificilmente


conseguirá uma empresa nacional que terá a capacidade de fazê-lo. Assim, poderá ser
realizado por organismos governamentais, por se tratar de interesse nacional.

Do processo de planejamento até a tomada de decisão, a responsabilidade é da administração


da empresa. Normalmente, o setor de patrimônio se envolve no processo a partir do momento
da procura do fornecedor. No entanto, desse ponto em diante, a responsabilidade da compra,
recebimento, instalação e manutenção ficam a cargo do departamento de gestão de bens
patrimoniais em parceria com o setor de compras na primeira etapa.
A RECEPÇÃO E INSTALAÇÃO DE UM BEM
PATRIMONIAL É MUITO IMPORTANTE. ESTE PODERÁ
SER CONSIDERADO COMO DEPRECIÁVEL SOMENTE
QUANDO ESTÁ À DISPOSIÇÃO DA PRODUÇÃO PARA
COMEÇAR A PRODUZIR. PARA QUE UM BEM SEJA
INCORPORADO AO PATRIMÔNIO DA EMPRESA,
PRECISA SER ACOMPANHADO DE DOCUMENTOS
FISCAIS APROPRIADOS, SENDO O MAIS COMUM
DELES A NOTA FISCAL.

Ela é a garantia de origem do bem e indica o valor-base a ser registrado nos controles da
empresa. A este são somados todos os custos que a empresa teve para a sua colocação no
local de produção, como fretes, impostos e despesas de instalação, entre outros custos
relacionados especificamente ao bem e à sua instalação inicial.

Outro ponto importante a ser considerado é que os custos de manutenção durante o uso de um
bem não serão incorporados ao custo depreciável, exceto se este modificar sua a vida útil ou
se for melhorado de alguma forma, aumentando a sua capacidade de produção.

Um exemplo é quando fazemos um upgrade em uma máquina e ela passa a produzir 10% a
mais que antes. Esse é um caso em que o custo do upgrade será incorporado ao valor
depreciável do equipamento. Se essa alteração for apenas decorrente de falha no equipamento
ou não representar nenhum ganho de produtividade, ela deve ser considerada como custo de
manutenção e lançada diretamente como custo do mês/ano em que ocorrer.

UPGRADE

Processo em que as funcionalidades de um bem são melhoradas de alguma forma sem


que haja mudança em sua essência.

ALÉM DA COMPRA IMEDIATA, EXISTEM OUTRAS


MANEIRAS DE SE INCORPORAR UM BEM À
PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA. UMA DESSAS
MODALIDADES É O LEASING, OU SEJA, O
ARRENDAMENTO, QUE PODE SER FINANCEIRO OU
OPERACIONAL.

Cada um desses métodos tem um tratamento diferente no registro do bem e em sua gestão
financeira. A gestão física pouco difere de um bem próprio da empresa, pois estes terão de
receber manutenção e ter seus valores de custo analisados periodicamente para determinação
de sua viabilidade econômica.

O arrendamento financeiro é o mais comum entre os dois métodos de arrendamento. Um


banco ou a própria empresa produtora do bem o arrenda para a empresa que o está
incorporando ao seu patrimônio, apesar de ainda não ser a sua dona.
Fonte: totojang1977/Shutterstock

Essa empresa que faz o arrendamento é chamada de arrendatária, e é a verdadeira dona do


bem. No entanto, como o domínio e as vantagens do bem são passados para a empresa
arrendadora, este é registrado como se fosse dela.

Esse processo está ancorado no fato de que, ao final do contrato, a empresa que arrendou o
bem tem o direito de comprá-lo por um valor previamente acordado. Esse modelo de
arrendamento é muito utilizado nas empresas de aviação, pois todos os seus aviões são
contratos de arrendamento, leasing, com as empresas que fabricam os aviões.

Isso acontece porque o valor para a compra de uma aeronave é muito elevado e a empresa
aérea não teria como bancar todo o investimento para ter os aviões, por isso, ela os divide com
a empresa construtora dos aviões e, muitas vezes, com fundos de investimento, como forma
de compartilhar o risco do negócio.

Já o arrendamento operacional é bem menos utilizado, mesmo figurando em nosso


arcabouço jurídico. Nessa modalidade, os direitos e benefícios do bem não são totalmente
transferidos para a arrendadora, pois a proprietária terá forte ingerência sobre a forma como o
bem será administrado, seu tempo de uso, sua forma de manutenção e outros aspectos
inerentes a ele.

 EXEMPLO
Um exemplo é quando uma empresa faz o arrendamento e oferece também a instalação,
manutenção, troca em caso de quebra ou gerenciamento da produtividade do equipamento.
Isso acontece muito com contratos de máquinas de xerox.

O bem é levado até a empresa que o utilizará, sendo disponibilizado para o seu uso interno,
mas todo o processo de manutenção e demais problemas são resolvidos pela empresa
arrendatária. Em alguns casos, até o abastecimento da máquina é oferecido como um serviço
externo.

 ATENÇÃO

Um ponto importante a ser considerado no arrendamento é que — à diferença do aluguel — o


equipamento, mesmo não sendo da empresa, é registrado em seu patrimônio e sua compra é
facultada ao final.

No aluguel, essa possibilidade de compra ao final não existe e o contrato, normalmente, é por
30 meses, e — após esse prazo — se não repactuado, passa a valer com prazo indeterminado
em casos de imóveis.

No casso do arrendamento, o prazo final é sempre predeterminado desde o momento da


contratação. Vale ressaltar que a essência da transação comercial é superior à da forma
contratual, ou seja, vale a realidade e não o que está escrito no contrato.

Ainda sobre arrendamento, temos a modalidade de leaserback, que se configura quando o


cliente compra o bem e, em uma transação subsequente, o revende para o arrendatário, que o
arrenda para o primeiro comprador. Esse método é muito usado por fundos de investimento
que passam a ter a garantia do seu investimento, o patrimônio arrendado.

No caso de bens como imóveis, estes podem ser novamente arrendados em caso de quebra
de contrato pelo primeiro arrendador.

Por último, temos a figura da doação. Por qualquer razão, uma empresa recebe uma doação
de um bem que será incorporado ao seu patrimônio como bem patrimonial. Este deve ser
registrado em seus controles, inclusive na contabilidade.
A FORMA CORRETA DESSE REGISTRO PARA
CONTROLE É SUA INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO,
PELO SEU VALOR DE MERCADO OU POSSÍVEL
GANHO FUTURO QUE IRÁ PROPORCIONAR, E SUA
CONTRAPARTIDA COMO RECEITA DO PERÍODO EM
QUE FOI DOADA.

A forma correta de recebimento dessa doação é, quando possível, por nota fiscal de doação,
mas quando esse procedimento não ocorre, deve ser gerado um termo ou contrato de doação,
que serve de documento hábil para reconhecimento do objeto pela gestão de bens
patrimoniais.

Gorodenkoff / Shutterstock

A última etapa do processo de compra de um bem patrimonial é o seu recebimento, seguido da


verificação de conformidade com as especificações desenhadas pela engenharia e a
instalação. Existem bens que não necessitam de instalação ou que esta é feita pelo próprio
comprador, como no caso de máquinas e equipamentos simples.

Todavia, há aqueles no qual seu custo de compra está, em grande parte, centrado exatamente
no processo de instalação. Um exemplo desse tipo de bem são os estoques automatizados,
em que suas estruturas são a base para a construção do prédio. Nesses casos, é interessante
que os gestores tenham conhecimento de todos os aspectos que envolvem a compra e a
instalação do bem, para que possam fazer a melhor escolha.

Dentro dessa modalidade de bens que dependem de instalação para seu completo
recebimento, temos os produtos que são desenvolvidos exclusivamente para a empresa, como
alguns robôs de linha de montagem, em que a recepção do produto acontece ao final do
processo de instalação, quando este está apto para o uso.

Isso ocorre, também, com produtos intangíveis como softwares, pois a entrega física pode ser
um DVD contendo os códigos que formam o programa, ou mesmo não havendo entrega física.
Nesses casos, é necessária uma auditoria de conformidade para que o produto seja
considerado entregue, com testes para saber se todas as funções contratadas estão em
correta operação e em conformidade com o projeto que foi comprado.

Na recepção dos bens físicos, estes, normalmente, recebem códigos de identificação que
serão a base para o seu controle ao longo do tempo. Esses códigos eram colocados em
plaquetas e esse processo recebia o nome de emplaquetamento. Hoje, são usados códigos
de barras, para que a leitura seja realizada de forma automática por meio de aparelhos de
leitura móveis.

Vemos também o emprego de tecnologias com QRcode e RFID na busca de automatização do


processo de controle dos bens patrimoniais.

EMPLAQUETAMENTO

Ato de colocar uma identificação em um bem patrimonial, que consiste em uma


numeração previamente codificada, ou seja, construída a partir de um padrão
desenvolvido para diferenciar os diversos grupos de bens patrimoniais em uma empresa.

QRCODE

Padrão de códigos de leitura eletrônica que pode conter diversas informações sobre o
bem no qual funciona como plaqueta de identificação. Ele pode ainda remeter a algum
site ou banco de dados com capacidade infinita de armazenar informações sobre o bem
em análise.
RFID

Sistema de leitura a distância de informações baseado em tecnologia de rádio que pode


monitorar objetos em movimentação, dependendo de sua capacidade e alcance.

Essa busca de aprimoramento dos meios de controle é constante e busca aumentar a


eficiência dos processos e torná-los cada vez menos custosos para a empresa, além de
aumentar a segurança dos bens patrimoniais da empresa, principalmente os de grande valor.

BAIXA DO BEM
Os bens patrimoniais que não serão mais utilizados para a produção devem ser baixados do
patrimônio imobilizado da empresa. Isso quer dizer que o equipamento deve ser retirado dos
registros dos bens em uso, com todas as implicações para a produção e para o custo da
mesma, sendo alocado em controles apartados.

Esse procedimento torna a gestão dos bens patrimoniais muito mais efetiva, pois garante que
os custos dos produtos não sejam distorcidos por levarem em seus valores custos que não
estão diretamente relacionados com eles.

Toda essa postura garante à empresa a possibilidade de capitalizar o equipamento que ainda
tem valor no mercado por meio de sua venda, ou mesmo desocupando espaço por meio da
doação desses bens a instituições ou venda como sucata.

Para a empresa, esse bem não mais usado na produção pode garantir um ganho extra de
recursos, deixando de ter parte de seu capital investido e gerando um ganho de oportunidade.

A VENDA OU ALIENAÇÃO DE UM BEM PATRIMONIAL


PELA EMPRESA É UM PROCEDIMENTO
RELATIVAMENTE SIMPLES, NO ENTANTO, DEVEM SER
CONSIDERADOS TODOS OS CUSTOS QUE ISSO PODE
IMPLICAR. OS CUSTOS DE DESMONTAGEM,
TRANSPORTE E OUTROS VALORES GASTOS TAMBÉM
DEVEM SER CONSIDERADOS.

Como procedimento operacional, deve-se retirar a placa ou identificação do bem dentro do


patrimônio da empresa e seu registro de ser baixado de forma correta para que não haja
distorções posteriores dos registros de bens.
Outro procedimento importante é que nenhum bem da empresa deve sair sem nota fiscal,
mesmo que seja uma doação. Nesse caso, devem ser construídos termos de doação ou
contrato de doação, principalmente quando esses são doados para entes com natureza jurídica
de direito público, como ONGs.

Mesmo quando um bem é vendido como sucata, a nota fiscal deve ser emitida, pois ela
garante sua origem e evita possíveis problemas com a Receita Federal ou outros órgãos de
investigação.

O equipamento da empresa também necessitar de baixa por roubo ou extravio. O documento


hábil para essa baixa é o boletim de ocorrência lavrado junto à autoridade competente. Isso
garante aos acionistas a lisura dos gestores e concede às autoridades competentes a
oportunidade de investigarem a ocorrência.

Temos ainda a baixa por sinistro ou avaria, quando o equipamento é de alguma forma
inutilizado por evento não controlável pela empresa. Para esses casos, as empresas costumam
ter seguro, pois esse tipo de ocorrência pode inviabilizar, inclusive, a continuidade da empresa.

 EXEMPLO

Um exemplo disso é que, durante o furação Katrina, uma empresa de componentes químicos
para a indústria farmacêutica foi gravemente atingida, não podendo mais voltar a operar em
curto espaço de tempo. Como ela era fornecedora quase exclusiva de alguns insumos básicos
para outras empresas do setor, toda a cadeia de produção foi afetada.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. (QUADRIX, 2017- ADAPTADA) A GESTÃO DO PATRIMÔNIO, MAIS


ESPECIFICAMENTE A GESTÃO DO ATIVO IMOBILIZADO, NA MAIORIA
DAS ORGANIZAÇÕES, É FEITA POR UMA UNIDADE ORGANIZACIONAL
CUJA FUNÇÃO É _________, _________ E __________ OS BENS
CONSIDERADOS COMO IMOBILIZADOS E, PORTANTO, PASSÍVEIS DE
DEPRECIAÇÃO.

A) Listar, fazer a manutenção, inverter.

B) Registrar, controlar e codificar.

C) Listar, registrar, desenhar.

D) Controlar, reverter, listar.

2. (FUNCERN, 2019) O ATO DE INSCREVER O BEM NO REGISTRO


PATRIMONIAL, COM A CONCOMITANTE AFIXAÇÃO DO RESPECTIVO
CÓDIGO NUMÉRICO, MEDIANTE PLAQUETA, GRAVAÇÃO, ETIQUETA OU
QUALQUER OUTRO MÉTODO ADEQUADO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS,
REFERE-SE AO:

A) Inventário

B) Impairment

C) Goodwill

D) Tombamento ou incorporação do bem patrimonial.

GABARITO

1. (Quadrix, 2017- adaptada) A gestão do patrimônio, mais especificamente a gestão do


ativo imobilizado, na maioria das organizações, é feita por uma unidade organizacional
cuja função é _________, _________ e __________ os bens considerados como
imobilizados e, portanto, passíveis de depreciação.

A alternativa "B " está correta.

O departamento de gestão dos bens patrimoniais tem, entre outras funções, a de registar os
bens patrimoniais adquiridos pela empresa, controlar esses bens, determinado a forma como
serão feitos a manutenção e seu acompanhamento, além do controle da depreciação e do
estado desse bem, e desenvolver uma codificação padrão para os bens que estão sobre seu
controle.

2. (Funcern, 2019) O ato de inscrever o bem no registro patrimonial, com a concomitante


afixação do respectivo código numérico, mediante plaqueta, gravação, etiqueta ou
qualquer outro método adequado às suas características, refere-se ao:

A alternativa "D " está correta.

A última etapa da compra de um bem patrimonial é seu tombamento ou incorporação ao


patrimônio imobilizado da empresa. A palavra tombamento é, normalmente, utilizada em
relação a bens patrimoniais de órgãos públicos, mas pode ser utilizada de forma similar nas
empresas privadas, não sendo essa uma prática comum.

MÓDULO 2

 Identificar as classificações de gerenciamento de bens patrimoniais

CLASSIFICAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS


Esta etapa é uma muito importante para a sua boa gestão. Podemos classificar os bens
patrimoniais levando diversos fatores em consideração e para funções bem diferentes dentro
da organização da empresa.
Uma das premissas para a classificação é a situação do bem. Aqui, eles podem ser listados
como: bons, ociosos, recuperáveis, antieconômicos ou irrecuperáveis. Cada classificação
receberá um tipo de tratamento pela gestão de bens patrimoniais.

CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PELA SITUAÇÃO


PATRIMONIAL DO BEM

Os bens patrimoniais classificados como bons são aqueles em condições de uso normal, ou
seja, estão sendo utilizados pela produção e compõem os registros de bens ativados e
imobilizados. Um exemplo são as máquinas utilizadas em uma estamparia de peças em uma
fábrica de veículos.

OCIOSOS
Os classificados como ociosos são aqueles em condições de serem utilizados pela produção,
mas que não estão em atividade, por questões externas à sua constituição ou condição. Um
exemplo são as máquinas não utilizadas de linhas de produção, pois a empresa não tem
demanda para os produtos produzidos por elas.

Outro exemplo é quando a demanda de um certo produto está abaixo da programada, e parte
das máquinas não está sendo usada, pois existe produção apenas para um equipamento
daquele modelo.

RECUPERÁVEIS
Os bens classificados como recuperáveis são aqueles que, por algum tipo de defeito ou
avaria, não estão sendo utilizados pela produção. Esse tipo de classificação implica considerar
que o bem pode ser recuperado a um custo financeiramente viável, e que sua necessidade e
geração de receitas viabilize o custo do conserto.

Esse tipo de classificação também deve levar em conta se o bem pode ou não ser substituído
por um novo, sendo esta decisão baseada no cálculo de custo/benefício.

ANTIECONÔMICOS
Os bens patrimoniais classificados como antieconômicos são aqueles cujo custo de mantê-los
em operação é superior aos ganhos econômicos que irá gerar. Esse cálculo deve considerar
tanto o custo de depreciação, quando houver, quanto os de manutenção e de oportunidade de
um equipamento novo e mais moderno.
A SOMA DESSES CUSTOS DEVE SER MENOR QUE OS
GANHOS ECONÔMICOS GERADOS PELA UTILIZAÇÃO
DESSE BEM PATRIMONIAL NA PRODUÇÃO.

O custo de oportunidade deve levar em consideração os ganhos de produção e o custo de


compra de um equipamento novo para substituir o que está sendo avaliado. Essa avaliação
deve ter a menor periodicidade possível, pois a condição pode mudar, rapidamente, de “bom”
para “antieconômico”.

 EXEMPLO

Um exemplo desse tipo de ocorrência é quando surge um nova tecnologia que torna a
produção muito mais eficiente e com um custo muito inferior. Esse fato ocorreu com uma
empresa de vidros que projetou e construiu uma enorme fábrica com tecnologia em que os
fornos de produção só produziam vidros de uma bitola, que depois eram laminados na
espessura que o cliente necessitava.

Naquele ano, foi desenvolvida uma tecnologia em que os fornos já produziam os vidros nas
bitolas dos pedidos dos clientes, reduzindo, assim, a necessidade de laminação.

A fábrica que entraria em operação tornou-se obsoleta, pois os custos de produzir o vidro com
aquela tecnologia tiravam a empresa do mercado internacional.

Por fim, os bens classificados como irrecuperáveis são aqueles cujas avarias não podem ser
sanadas ou o custo para tal é maior que os ganhos econômicos advindos de sua utilização.

Essa condição pode ocorrer após uma simples quebra quando o bem já está desgastado ou
quando uma máquina nova tem seu custo muito reduzido. Esse tipo de classificação, quando
tratamos de bens patrimoniais de pequeno valor, ocorre de forma frequente.

 EXEMPLO

Um exemplo de material classificado como irrecuperável é uma parafusadeira manual com


defeito. Pelo valor reduzido de compra no mercado, quando quebra ou quando sua bateria
perde a função de reter carga, o custo de manutenção inviabiliza esse processo, e a
substituição, nesse caso, é menos custosa.

CLASSIFICAÇÃO PELAS CARACTERÍSTICAS


DOS BENS PATRIMONIAIS

Quando são classificados considerando as suas características intrínsecas, podemos agrupá-


los como móveis versus imóveis, tangíveis versus intangíveis e fungíveis versus infungíveis.

Essas classificações influenciarão a forma como os bens patrimoniais serão geridos na


empresa, pois quando olhamos para um bem infungível, não podemos substitui-lo por outro
similar devido à exclusividade de suas características.

Aqui, iniciaremos definindo os bens móveis e imóveis:

MÓVEIS

são aqueles que, em essência, podem ser transportados de uma localidade para outra sem
perda de suas características;

IMÓVEIS

são aqueles que, em essência, não podem ser deslocados sem que suas características sejam
perdidas. Juridicamente, eles podem ser divididos conforme mostra a figura a seguir, mas seu
tratamento na gestão de bens patrimoniais segue, normalmente, o mesmo padrão.

Um exemplo de bens patrimoniais móveis são os veículos de uma empresa de transporte, e os


bens imóveis dessa mesma empresa são os prédios onde os veículos são guardados quando
não estão em uso.

Veja, a seguir, uma figura que ilustra os tipos legais de bens imóveis:
Agora, veja uma figura que ilustra os tipos de bens móveis:

QUANDO CLASSIFICAMOS OS BENS PATRIMONIAIS


DE UMA EMPRESA COMO TANGÍVEIS OU INTANGÍVEIS
SEPARANDO-OS NO QUE TANGE A TEREM CORPO
FÍSICO OU NÃO.

BENS PATRIMONIAIS TANGÍVEIS

são aqueles que, essencialmente, têm um corpo físico. Por exemplo, as máquinas e os
equipamentos da empresa que serão utilizados para a produção dos bens que rentabilizarão o
capital dos sócios.


BENS INTANGÍVEIS

são aqueles que podem trazer ganhos patrimoniais à empresa, têm valor econômico
mensurável e não possuem corpo físico. Por exemplo, as marcas e patentes que a empresa
possui e que ajudarão a aumentar as suas vendas ou o valor agregado dos seus produtos.

OUTRA FORMA DE CLASSIFICARMOS OS BENS


PATRIMONIAIS DE UMA EMPRESA É NAS
CATEGORIAS DE FUNGÍVEIS OU INFUNGÍVEIS.

BENS FUNGÍVEIS
São aqueles que podem ser substituídos por bens da mesma espécie, qualidade e quantidade,
conforme definido no artigo 85 do Código Civil. Por exemplo, uma máquina simples de
parafusar pode ser substituída de forma muito rápida por outra da mesma espécie, qualidade e
na mesma quantidade.
autor/shutterstock BEM INFUNGÍVEL
É aquele que não pode ser substituído por um bem igual em espécie, qualidade e quantidade,
por exclusão do Código Civil. Por exemplo, uma marca muito forte no mercado, como a Coca-
Cola, que possui características particulares, não pode ser substituída por outra, pois esta não
terá a mesma qualidade para a geração de receitas da anterior.

autor/shutterstock
POR FIM, TEMOS ALGUNS BENS PATRIMONIAIS QUE
POSSUEM CARACTERÍSTICAS PARTICULARES QUE
OS IDENTIFICAM DE FORMA ESPECÍFICA,
RECEBENDO CLASSIFICAÇÕES ESPECIAIS PARA UM
MELHOR AGRUPAMENTO.

Um exemplo disso são os bens patrimoniais classificados como semoventes, ou seja, que
possuem movimentação própria, como os animais domesticados. As matrizes de reprodução
de gado de corte ou leiteiro em uma fazenda são um exemplo típico.

Outro exemplo de classificação especial de bens patrimoniais são os financeiros, definidos


como bens não corpóreos, representando os investimentos que a empresa tem em outras
empresas ou no mercado financeiro acionário.

Neste tema, esses bens não serão tratados, pois são administrados de forma segregada dos
outros bens patrimoniais da empresa, em geral, por gestores financeiros especializados.

POLÍTICA DE MANUTENÇÃO E
CONSERVAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS
A conservação e a manutenção dos bens patrimoniais são as tarefas que mais ocupam a
gestão do patrimônio de uma empresa. Cada vez mais, principalmente em sistemas mais
modernos de gestão da produção, a opção pela manutenção preventiva é considerada uma
vantagem na diminuição dos custos de produção.

Isso acontece porque, quando aumentam as manutenções preventivas, ocorre uma diminuição
das corretivas, diminuindo as paradas não programadas da produção e possíveis atrasos nos
cronogramas de produção.
Fonte: ysuel/Shutterstock

A política de manutenção de um parque fabril deve ser projetada para atender às suas
necessidades, observando as suas características. Para a tomada dessa decisão, é necessário
conhecer os gastos que envolvem todo esse processo, sendo eles: o custo de manutenção em
caso de quebra, o custo que será gerado pelo atraso na produção por conta do equipamento
em manutenção e o custo da manutenção preventiva.

O custo da correção do equipamento e o da não produção são somados e representam a


opção pelo não planejamento, ou seja, são todos os custos decorrentes da quebra do
equipamento.

Esses custos não podem ser determinados com precisão, por isso, busca-se a faixa em que
esses custos serão o mínimo possível. Esse ponto mínimo é quando o custo de fazer a
manutenção preventiva se encontra com o custo de uma eventual quebra dos equipamentos.

Como exibido nas curvas a seguir, esse é o ponto em que o custo total se torna o menor, sendo
esse o objetivo da política de manutenção de uma empresa.
Fonte: Martins e Campos, 2009.

Como nosso objetivo é minimizar os custos gerais da empresa, é muito importante alcançar
esse mínimo na manutenção dos bens patrimoniais.

Os principais gastos ligados à manutenção preventiva são: custo da mão de obra interna, dos
materiais empregados nessa manutenção, dos sistemas informacionais da empresa, de
serviços externos à empresa, de terceiros, e da existência de materiais em estoque para a
substituição durante as manutenções.

 ATENÇÃO

Todos esses custos devem ser considerados durante o planejamento da frequência e da forma
de manutenção preventiva do parque fabril.

Em contraponto aos custos de uma manutenção preventiva, temos os de manutenção


corretiva, que são: possível perda de produção por paradas para manutenções não
programadas, de equipamentos inteiros em alguns casos, devido à deterioração pela
impossibilidade do controle de certas especificações.

 EXEMPLO

Como exemplo, podemos citar o revestimento de fornos de fusão de metais, perda de


qualidade nos produtos produzidos por questões relacionadas a falhas no processo não
detectadas a tempo de serem corrigidas.
Além desses custos, temos ainda os de interrupção da produção e da imposição de multas
contratuais por atrasos, além da perda de clientes em última instância.

PROGRAMAS DE QUEBRAS ZERO


Com o desenvolvimento dos sistemas integrados de produção, a busca por acabar com os
estoques levou as empresas a melhorarem seus processos de produção.

 Forte em Saint Tropez ao por do sol

Para que os estoques sejam mínimos, ou mesmo zerados em alguns casos, é necessário que
os equipamentos de produção sejam confiáveis. Com essa premissa, a política de manutenção
chamada de quebra zero foi desenvolvida.

ESSA FORMA DE ENCARAR A MANUTENÇÃO DOS


EQUIPAMENTOS LEVOU OS GESTORES A
CONSIDERAREM A POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO
PREVENTIVA COMO UMA FERRAMENTA ESSENCIAL
PARA O ALCANCE DESSE OBJETIVO.

Um programa chamado Total Produtive Maintenance (TPM), ou Manutenção Produtiva Total, foi
desenvolvido abrangendo um conjunto de atividades voltadas para a manutenção e melhoria
da produtividade dos bens patrimoniais utilizados no parque fabril. Esse programa visa
assegurar que a produção não será interrompida por conta da quebra de um equipamento.

POR ESSES MOTIVOS, UMA POLÍTICA DE


MANUTENÇÃO É TÃO IMPORTANTE EM UMA
EMPRESA.

Além da própria manutenção, devem ser levados em conta certos aspectos, como um parque
fabril com mais máquinas de menor carga de uso, treinamento específico para os operadores
voltado para o relato e a manutenção apropriada de pequenos consertos aos equipamentos, e
um projeto robusto de todo o processo produtivo.

Para o alcance desses objetivos, podem ser usados softwares dedicados ao controle e
planejamento de programas, como o TPM a ser implantado em uma empresa.

Martins e Campos (2009) trazem o seguinte exemplo da implementação de um sistema TPM


na fábrica da Pirelli em Izmit, Turquia.

EM MENOS DE UM ANO, EFEITOS TANGÍVEIS


COMEÇAVAM A SURGIR NO RESULTADO FINAL E NA
EFICIÊNCIA DA FÁBRICA, COM UM AMBIENTE MUITO
MAIS LIMPO, REDUÇÃO NAS PARADAS DAS
MÁQUINAS, MELHORA DOS PROCESSOS
PRODUTIVOS E MAIOR EFICIÊNCIA. ASSIM, HOJE, A
PIRELLI INCLUI PRATICAMENTE TODAS AS SUAS
FÁBRICAS NO PROGRAMA TPM.

Martins e Campos (2009).

Qualquer sistema moderno de manutenção preventiva está centrado na palavra


“disponibilidade” e tem por objetivo básico atender bem ao cliente interno, vinculado ao sistema
de produção da empresa.

Fonte: Zapp2Photo/Shutterstock
 Forte em Saint Tropez ao por do sol

Há algum tempo, a postura da manutenção era apenas reativa. Com a mudança, duas
alternativas de postura de conservação surgiram, sendo uma preventiva ou periódica, e a
outra, preditiva ou monitorada.
Zapp2Photo/shutterstock

Na primeira, as manutenções são marcadas de forma rotineira, em intervalos constantes.


Peças e ferramentas são trocadas de forma periódica, normalmente obedecendo às
especificações dos fabricantes.


Aunging/shutterstock

Na segunda, os equipamentos são monitorados por sensores ligados a sistemas de Tecnologia


da Informação (TI), que controlam a capacidade e longevidade dos equipamentos disparando
alertas quando estes estão próximo ao colapso.

Esse sistema tem a restrição de possuir um custo muito elevado, inviabilizando o seu uso em
todos os equipamentos da empresa e são, normalmente, usados apenas em equipamentos
que representam gargalos ou pontos sensíveis da linha de produção.

INVENTÁRIO
O inventário dos bens patrimoniais é um processo que acontece, no mínimo, anualmente. Essa
obrigação de fazê-lo todo ano existe por conta do balanço patrimonial da companhia, que deve
ter seus bens inventariados pelos gestores de bens patrimoniais e informados à contabilidade,
para que esta proceda a possíveis ajustes em seus registros, por conta de alguma
inconsistência existente.

As auditorias interna e externa fazem a conferência desse inventário durante seus trabalhos
anuais de opinião sobre o balanço da empresa. Qualquer inconsistência ou mudança de critério
de gestão será informado nas notas explicativas do balanço patrimonial da empresa.

MAS O QUE É O INVENTÁRIO DE BENS PATRIMONIAIS


DE UMA EMPRESA E QUAL É O PROCEDIMENTO
PARA A SUA CONSTRUÇÃO?

Inventário é o processo de identificação e contagem dos bens patrimoniais de uma empresa,


ele se assemelha ao inventário dos estoques que ocorre ao final de cada ano.

Em uma empresa bem estruturada, ele é constante e periódico, ou seja, existe um controle
recorrente dos bens patrimoniais e uma testagem cíclica e periódica das condições e
quantidades de bens patrimoniais na empresa.

 ATENÇÃO

Esse procedimento visa evitar a existência de discrepâncias entre os registros de controle e a


existência de bens físicos na empresa. O controle e a testagem são de extrema importância,
principalmente, em relação a equipamentos pequenos e portáteis, que podem ser facilmente
extraídos da empresa sem que isso seja notado.

Alguns desses equipamentos podem custar vultosas quantias e causar grandes prejuízos a
empresa se dela extraídos sem autorização.

O inventário anual serve apenas para atestar a quantidade de bens patrimoniais de uma
empresa e se as depreciações ou exaustões estão dentro de um padrão aceito pelos controles
legais da Receita Federal e dos órgãos competentes para tal.
Fonte: Receita Federal

O inventário constante e periódico, além de servir para a detecção de possíveis problemas


antecipadamente ao inventário anual, serve como fonte de informações para os gestores
tomarem uma considerável gama de decisões a respeito da gestão dos bens patrimoniais.

Uma dessas decisões a frequência com a qual se deve executar manutenções preventivas em
determinada máquina, ou se ela terá sua depreciação acelerada por conta de características
especiais.

Podemos ainda ter dois outros tipos de inventário: o inicial e o eventual.

O inventário inicial pode acontecer quando uma empresa cria um novo centro de custos, por
exemplo. Ao fazê-lo, é necessário identificar todos os equipamentos que farão parte, pois os
custos de depreciação e de manutenção destes não mais serão alocados ao antigo centro de
custos do qual faziam parte.


O inventário eventual acontece quando algum tipo de alteração é identificada na gestão
desses equipamentos, e falta alguma informação importante para a tomada de decisão.

Nesse caso, é feito um inventário para que as informações utilizadas na tomada de decisão
sejam fidedignas, em outros termos, para que a decisão esteja baseada em declarações
precisas e em tempo presente, evitando o uso de afirmações defasadas ou distorcidas.

Muitas vezes, quando uma empresa é negociada, é feita uma due diligence, ou seja, uma
investigação de como ela está financeiramente, e um dos principais itens avaliados são seus
bens patrimoniais.

DUE DILIGENCE

Procedimento semelhante à investigação, mas sem o objetivo e o poder de polícia, a due


diligence é um processo de certificação das condições de uma empresa que contrata
serviços. É realizado por um empresa externa às envolvidas no negócio, normalmente,
uma consultoria especializada, que verifica a conformidade financeira e operacional da
empresa que está sendo avaliada.

Em algumas negociações, os bens patrimoniais representam a maior parte do custo de compra


de uma empresa. O método de fazer esse levantamento e certificação é por meio de inventário
eventual dos bens patrimoniais da empresa, no qual é verificado se os registros e os bens
físicos estão em conformidade, e seu real estado de conservação e manutenção.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. (FGV, 2016) O INVENTÁRIO FÍSICO DE BENS PATRIMONIAIS É UM DOS


PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA QUE SE FAÇA UM CONTROLE
DA EXISTÊNCIA E DO ESTADO DOS REFERIDOS BENS. ESTE
INVENTÁRIO PODE SER REALIZADO DE DIVERSAS FORMAS. SUPONHA
QUE DETERMINADO AMBIENTE POSSUA MATERIAIS DE CUSTO
ELEVADO E QUE, POR ESSA RAZÃO, NECESSITEM DE UM CONTROLE
RÍGIDO, INCLUSIVE QUANTO AO SEU RASTREAMENTO. DENTRE OS
RECURSOS MOSTRADOS A SEGUIR, ASSINALE O MAIS INDICADO PARA
A REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO FÍSICO DESSES ITENS:
A) Código de barras alfanumérico.

B) Código numérico com dígito de segurança.

C) Código de identificação por radiofrequência (RFID).

D) Código QR (Quick Response COde/ Resposta Rápida).

2. (UFGD, 2019) CONFORME VIANA (2000): “[...] O RITMO DE


DESENVOLVIMENTO, IMPERATIVO PARA AS GRANDES EMPRESAS, TEM
COMO CONSEQUÊNCIA A ALIENAÇÃO DE OBJETOS SUBSTITUÍDOS
PELA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, ALÉM DA GERAÇÃO DE UMA MASSA
DITADA PELO PRÓPRIO DESGASTE NATURAL DOS MATERIAIS
UTILIZADOS. ASSIM, A GERAÇÃO DE INSERVÍVEIS COMPREENDE BENS
MÓVEIS, SUCATAS DIVERSAS, SUCATAS FERROSAS, SUCATA DE
MATERIAL NOBRE, MATERIAIS USADOS DIVERSOS, MATERIAIS
OBSOLETOS SEM USO, EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS DIVERSAS,
VEÍCULOS, MATERIAIS PRECÁRIO, MATERIAIS DE POUCO VALOR ETC.”

(VIANA, J., J. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: UM ENFOQUE PRÁTICO.


SÃO PAULO: ATLAS, 2000)

DIANTE DO EXPOSTO, ACERCA DA OBSOLESCÊNCIA E ALIENAÇÃO DE


MATERIAIS INSERVÍVEIS, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

A) O material excedente são as peças sobressalentes de equipamentos aguardando uso.

B) O material obsoleto não possui condições de utilização, pois foi substituído por outro mais
moderno, o seja, se tornou um bem antieconômico.

C) O material sucatado é aquele descartado devido à existência de outros similares com


reposição mais vantajosa.

D) O material inservível é aquele que, em consequência do tempo de utilização, avaria ou


deterioração, torna-se inútil ou de recuperação técnica e/ou economicamente inviável.

GABARITO
1. (FGV, 2016) O inventário físico de bens patrimoniais é um dos procedimentos
necessários para que se faça um controle da existência e do estado dos referidos bens.
Este inventário pode ser realizado de diversas formas. Suponha que determinado
ambiente possua materiais de custo elevado e que, por essa razão, necessitem de um
controle rígido, inclusive quanto ao seu rastreamento. Dentre os recursos mostrados a
seguir, assinale o mais indicado para a realização do inventário físico desses itens:

A alternativa "C " está correta.

Para um bom inventário, com as características de controle rígido e rastreamento, o RFID é o


sistema que garante maior segurança. Isso está ancorado ao fato de que ele pode ser
controlado a distância, e uma extração não autorizada pode ser identificada por sensores que
dispararão alarmes de segurança.

2. (UFGD, 2019) Conforme Viana (2000): “[...] O ritmo de desenvolvimento, imperativo


para as grandes empresas, tem como consequência a alienação de objetos substituídos
pela inovação tecnológica, além da geração de uma massa ditada pelo próprio desgaste
natural dos materiais utilizados. Assim, a geração de inservíveis compreende bens
móveis, sucatas diversas, sucatas ferrosas, sucata de material nobre, materiais usados
diversos, materiais obsoletos sem uso, equipamentos, máquinas diversas, veículos,
materiais precário, materiais de pouco valor etc.”

(VIANA, J., J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000)

Diante do exposto, acerca da obsolescência e alienação de materiais inservíveis,


assinale a alternativa correta.

A alternativa "B " está correta.

Quando classificamos os materiais em função de sua situação patrimonial, eles podem ser:
bom, ociosos, recuperáveis, antieconômicos, sendo que os bens obsoletos se encaixam na
classificação de bens antieconômicos. Esses bens são assim denominados, pois seu custo de
permanência em produção supera seus ganhos econômicos. Com essa condição, eles são
substituídos por bens novos que garantem esse ganho econômico em grau superior aos seus
custos.
MÓDULO 3

 Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens patrimoniais

AVALIAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS


(IMPAIRMEMT E GOODWILL)
Esse procedimento acontece anualmente, quando da execução do balanço patrimonial,
momento em que ocorre, também, o inventário anual dos bens patrimoniais, chamado de
impairmemt.

IMPAIRMEMT

Essa palavra tem origem na língua inglesa e significa, literalmente, imparidade, prejuízo,
dano, diminuição ou enfraquecimento. (Fonte: Google Tradutor)

GOODWILL

Palavra inglesa que significa boa vontade, benevolência. (Fonte: Google Tradutor)
AS CARACTERÍSTICAS DO GOODWILL W DO
IMPAIRMENT.
vectorfusionart/Shutterstock

Essa avaliação é feita sob a responsabilidade dos gestores dos bens patrimoniais da empresa
ou por empresa externa especializada nesse tipo de avaliação. Não é obrigatória a contratação
dessa empresa externa, sendo possível a confecção interna desse relatório quando a empresa
dispõe de quadro de pessoal qualificado para tal atestação.

O impairment anual é utilizado para a avaliação do valor de mercado de um bem patrimonial,


para que julgamentos de viabilidade sejam feitos. Também é utilizado para a avaliação do
patrimônio real da empresa, pois possibilita a redução do valor dos bens patrimoniais que não
podem mais oferecer à empresa o retorno econômico esperado.

Podem ser realizadas escolhas técnicas da viabilidade de manutenção ou troca de um


determinado bem em uso na empresa. Essa é uma das formas de compor os valores para
julgamento de bens recuperáveis, que sofreram avarias ou necessitam de upgrades.

O goodwill é, aqui, utilizado para representar o efeito inverso do impairment.

Isso acontece quando um bem patrimonial recebe, na avaliação, um valor superior ao seu valor
histórico subtraído da depreciação acumulada. Esse ágio é registrado nos controles de bens
patrimoniais e refletido no balanço da empresa, aumentando, assim, o seu valor contábil e de
mercado.

ELE É MUITAS VEZES UTILIZADO PARA MELHORAR A


AVALIAÇÃO DA EMPRESA EM MOMENTOS DE
REQUERIMENTO DE EMPRÉSTIMOS E
FINANCIAMENTOS.
Essa prática é bastante comum em empresas do setor produtivo que já tiveram parte dos seus
bens patrimoniais totalmente depreciados, mas que ainda os estão utilizando em sua produção
com vantagens econômica comprovadas.

 ATENÇÃO

Quando uma empresa utiliza o goodwill ou o impairment, os valores resultantes dessa


aplicação devem ser controlados e farão parte dos registros e da gestão desses bens. A
depreciação, amortização e exaustão desses bens devem levar em conta esse novo valor que
o bem passou a ter.

Os cálculos desses novos valores e as regras aplicáveis à cada caso concreto de goodwill ou
impairment são regidos pela NBC 02 (CPC 02- IASB – IAS36), que trata da redução ao valor
recuperável de ativos. Essa norma, apesar de contábil, fornece uma gama de definições
importantes para o gestor de patrimônio que supervisionará, ou realizará, a avaliação dos bens
patrimoniais.

A DEPRECIAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS


Os bens patrimoniais sujeitos à depreciação são classificados como tangíveis. Depreciação é o
processo de identificação dos custos que serão alocados à produção e ao produto final,
compondo o seu custo total de produção, calculado de forma anual, podendo ser linear — pela
soma dos dígitos — ou acelerada.
Sua alocação aos custos de produção pode ser mensal ou seguir outra periodicidade. Todavia,
o processo é composto apenas por dividir o valor anual em parcelas menores, por exemplo,
divisão em 12 partes iguais e sua alocação mensal.

A forma de cálculo depreciável considera como valor-base o custo histórico do bem acrescido
do goodwill ou subtraído do impairment, quando for o caso, descontado o valor residual final.
Este é o provável valor de mercado do bem patrimonial ao fim do processo de depreciação, e
deve ser descontado do valor depreciável, pois esse não será considerado como custo de
produção.

COM O VALOR DEPRECIÁVEL DETERMINADO, DEVE-


SE OPTAR POR UMA DAS FORMAS DE
DEPRECIAÇÃO. INICIAREMOS COM A FORMA MAIS
COMUM DE DEPRECIAÇÃO DE UM BEM, QUE É A
FORMA LINEAR.

A taxa de depreciação de um bem pode ser escolhida livremente pela empresa para a sua
tomada de decisão gerencial, considerando suas características e representando a melhor
alocação de seu valor depreciável aos bens produzidos por esse bem em determinado período.

No entanto, a Receita Federal determina que os bens patrimoniais devem seguir um padrão de
taxa anual de depreciação, quando da opção pelo método linear de percentual anual que
segue um padrão por categoria.
EXEMPLOS DE CATEGORIAS DE BENS PATRIMONIAIS
E SUAS TAXAS DE DEPRECIAÇÃO

CATEGORIAS DE BENS PATRIMONIAIS TANGÍVEIS

Espécie de Bens Vida útil (anos) Taxa anua

Edifícios 25 4%

Bens automotores 5 20%

Caminhões fora de estrada 4 25%

Máquinas e equipamentos em geral 10 10%

Construções pré-fabricadas 25 4%

Bibliotecas 10 10%

Britadores 5 20%

Instalações elétricas 5 20%

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

O cálculo para a depreciação linear é bastante simples. Calcula-se o valor depreciável de um


bem e aplica-se o percentual de depreciação anual conforme a categoria que o bem se
enquadra, ou divide-se o valor depreciável do bem pelo número de anos da vida útil desse,
conforme recomendado pela tabela da Receita Federal.
 EXEMPLO

Um exemplo é a depreciação de um equipamento utilizado para a produção de peças metálicas


com valor de compra de R$100.000,00 e vida útil de 5 anos. Esse valor engloba todos os
custos desembolsados para a colocação em uso do equipamento, como fretes, impostos não
recuperáveis e outros custos diretos.

O valor que o equipamento terá ao final de sua vida útil é de R$10.000,00, já descontado todos
os custos de desmontagem e venda. Com esses dados, os cálculos serão:

Valor histórico do equipamento = 100.000,00


Valor residual = 10.000,00
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
Vida útil do bem = 5 anos
Valor de depreciação anual = Valor depreciável/número de anos depreciáveis
Valor de depreciação anual = 90.000,00/5 anos
Valor de depreciação anual = 18.000,00 anual

Qualquer outro equipamento ou demais bens patrimoniais tangíveis seguirão esse padrão de
cálculo, variando apenas os percentuais anuais de depreciação.

A depreciação pelo método das somas dos dígitos privilegia a alocação de maior
quantidade de custos aos produtos quando o bem é mais novo, e uma menor alocação de
custos quando os bens estão mais desgastados.

Esse tipo de depreciação tenta equilibrar os custos que serão alocados aos produtos, pois
considera que quanto mais usado o bem, mais necessitará de manutenção, aumentando,
assim, os gastos dispendidos em manutenção e conservação. O cálculo dessa depreciação é
um pouco mais complexo que o da depreciação linear, mas não tem segredos.

Com o valor depreciável já calculado, identifica-se a vida útil do bem em anos. Essa quantidade
de anos é somada, considerando cada ano como um valor em si. Por exemplo, em uma vida
útil de 5 anos, somam-se os anos 1+2+3+4+5, perfazendo um total de 15.
Após encontrar essa soma, o valor depreciável deve ser dividido por esse fator. O valor
encontrado deve ser multiplicado pelo número de anos que falta para depreciar somando mais
1.

 EXEMPLO

Por exemplo, no primeiro ano de depreciação, como ainda faltam 4 anos para depreciar, soma-
se mais 1, perfazendo um total de 5. Esse valor é multiplicado ao valor encontrado na divisão
do valor depreciável pelo fator da soma dos anos, informando, assim, o valor depreciável nesse
anos.

Vamos demonstrar esse cálculo utilizando o mesmo exemplo da depreciação linear.

Valor histórico do equipamento = 100.000,00


Valor residual = 10.000,00
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
Vida útil do bem = 5 anos
Fator da soma dos anos = 1+2+3+4+5 = 15
Valor depreciável dividido pelo fator da soma dos anos = 90.000,00 / 15 = 6.000,00
Cálculo da depreciação do primeiro ano = Nº de anos que falta depreciar + 1* “Valor
depreciável/Fator”
Cálculo da depreciação do primeiro ano = (4+1) *6000,00 = 30.000,00
No segundo ano, teremos = (3+1) *6000,00 = 24.000,00
No terceiro ano, teremos = (2+1) * 6.000,00 = 18.000,00
No quarto ano, teremos = (1+1) * 6.000,00 = 12.000,00
No quinto ano, teremos = (0+1) * 6.000,00 = 6.000,00
Total depreciado ao final da vida útil = 30.000,00 + 24.000,00 + 18.000,00 + 12.000,00
+6.000,00 = 90.000,00

Por fim, o método de depreciação acelerada, normalmente, segue um cálculo de depreciação


linear, apenas diminuindo a vida útil do bem, o que acarreta um maior valor de custo alocado
aos produtos produzidos.

 EXEMPLO

Como exemplo, podemos considerar o equipamento no qual calculamos a depreciação nos


modelos anteriores. Imaginemos que, em vez de termos uma vida útil de 5 anos, tivéssemos
uma de 3 anos. A única mudança no cálculo seria que, no lugar de dividir o valor depreciável
por 5, ele seria dividido por 3.

Valor histórico do equipamento = 100.000,00


Valor residual = 10.000,00
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
Vida útil do bem = 3 anos

Valor de depreciação anual = Valor depreciável/número de anos depreciáveis


Valor de depreciação anual = 90.000,00/3 anos
Valor de depreciação anual = 30.000,00 anual

Se compararmos os dois cálculos de depreciação linear, observaremos uma diferença de


R$12.000,00 a mais na depreciação quando se utiliza como vida útil do bem 3 anos e não 5,
que era o padrão do primeiro exemplo.

Para que esse tipo de depreciação seja aceito pela Receita Federal, é necessário provar que o
bem realmente precisa ser depreciado de forma acelerada. Existem casos previstos em que
essa aceleração pode ser automática. Quando não se encaixa nesses casos, é necessário a
construção de laudos técnicos que provam essa realidade.

Os casos previstos de depreciação aceleradas ocorrem quando os equipamentos são


utilizados em mais de um turno. Quando é acrescido mais um turno de trabalho ao parque
fabril, pode se acrescentar 50% à taxa de depreciação, ou seja, se a taxa é de 10% ao ano,
pode ser aplicada uma taxa de 15%.
Se um terceiro turno for adicionado, pode se acrescentar 100% à taxa de depreciação básica,
ou seja, dobrar o percentual de depreciação. Se a taxa de depreciação básica for de 10% ao
ano, quando temos 3 turnos, podemos depreciar o mesmo bem por 20% ao ano.

Outra forma de depreciar o bem é determinar a quantidade de peças que este produzirá
durante a sua vida útil e utilizar esse dado no lugar de utilizar a vida útil em anos. Nesse caso,
dividiremos o valor depreciável pelo número de peças que o equipamento irá produzir em toda
a sua vida útil, determinando assim, o custo de depreciação por peça.

Durante o período em que a depreciação está sendo calculada, é contado o número de peças
produzidas e multiplicado pelo valor unitário calculado anteriormente. O resultado é o custo da
depreciação total daquele período de produção. Utilizando o mesmo exemplo anterior para
uma produção estimada total de 100.000 peças temos:

Valor histórico do equipamento = 100.000,00


Valor residual = 10.000,00
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
Quantidade de peças produzidas estimada = 100.000

Custo de depreciação unitário = Valor depreciável/número de peças produzidas estimada


Custo de depreciação unitário = 90.000/100.000 = 0,90

Produção durante o primeiro ano = 10.100 peças


Depreciação do primeiro ano = 10.100 * 0,90 = 9.900,00
A AMORTIZAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS
INTANGÍVEIS
Os bens patrimoniais intangíveis são amortizáveis apenas se os seus benefícios econômicos
forem finitos e essa finitude for identificável. Normalmente, eles não têm perda de valor pelo
simples uso.

Quando consideramos uma marca própria, por exemplo, essa não sofre perda pelo seu uso
regular, pelo contrário, pode até ganhar maior valor de mercado quando os bens que a
recebem são percebidos como de qualidade superior.

Contudo, quando pensamos no contrato de licença de um software com data final de utilização
determinada, teremos, então, um bem intangível amortizável. Esse bem patrimonial será
registrado pelo seu custo histórico de compra e terá seu valor amortizado pelo tempo em que
durar o contrato.

Custos de upgrade e melhorias podem ser incorporados ao valor amortizável desse bem
durante a vigência do contrato. Ele se encaixa como amortizável, pois é finito, a empresa deixa
de poder utilizá-lo quando o contrato se encerra, podendo, assim, identificar essa data.

A amortização de um bem segue o mesmo padrão da depreciação, sendo que a vida útil deste
é a duração temporal do contrato. O cálculo da amortização deve seguir a mesma forma da
depreciação, ou seja, dividir o valor depreciável pelo número de anos de vigência do contrato.

Valor amortizável anual = Valor amortizável / nº de anos de duração do contrato.

Outras formas de amortização são possíveis e dependerão, principalmente, da geração de


ganho econômico que o bem intangível proporcionará.

 EXEMPLO

Por exemplo, um bem patrimonial intangível que gerará ganhos econômicos desproporcionais
durante a sua vida útil pode ter seu valor depreciado seguindo essa desproporção, desde que
ela seja previsível e previamente identificável.
A EXAUSTÃO DE BENS PATRIMONIAIS
Os bens patrimoniais que têm como propriedade a exaustão são os bens da natureza. Nessa
categoria, encaixam-se vegetais e minerais, pois já existem em quantidade finita na natureza e
sua extração provocará sua exaustão, ou seja, seu desaparecimento.

Exemplos desse tipo de bem são as florestas ou as minas de metais, como o ferro. Eles podem
ser explorados até a extinção. Todos os custos de mobilização e desmobilização dos
equipamentos para essa extração também podem entrar no custo para o cálculo da exaustão.

Fonte: Atstock Productions/Shutterstock

A forma de cálculo da exaustão segue todos os padrões da depreciação, sendo o mais comum
a exaustão linear dos valores do capital imobilizado. O custo de desmontagem é regido pelo
artigo 346 do RIR, e tal regra deve ser seguida como norteadora desse processo.

A GESTÃO DE BENS PATRIMONIAIS


INFUNGÍVEIS
Por fim, temos os bens infungíveis que não podem ser depreciados. Esses bens são
categorizados dessa forma, uma vez não podem ser substituídos por outros iguais ou de
mesma espécie.

Em essência, esses bens não perdem o seu valor, sendo um exemplo clássico os terrenos.
Eles não podem ser depreciados, pois não perdem as suas propriedades ao longo do tempo.

Fonte: Francesco Scatena/Shutterstock

Outro bem que se encaixa nessa categoria são as marcas e patentes próprios, que, como
mencionado, não perdem o valor pelo uso e não podem ser substituídas em espécie,
quantidade e qualidade.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. (FUNCAB – 2013) A DIMINUIÇÃO DO VALOR DOS BENS TANGÍVEIS OU


INTANGÍVEIS CORRESPONDENTE À PERDA DE VALOR DOS DIREITOS,
QUE TÊM POR OBJETO BENS FÍSICOS SUJEITOS A DESGASTES
EFETIVOS OU PERDA DE UTILIDADE POR USO, AÇÃO DA NATUREZA OU
OBSOLESCÊNCIA, DENOMINA-SE:

A) Depreciação

B) Impairment

C) Amortização
D) Prejuízo permanente

2. (FGV, 2016) OS BENS PATRIMONIAIS TÊM SEU VALOR REDUZIDO AO


LONGO DO TEMPO. A REDUÇÃO DESSE VALOR OCORRE DE ACORDO
COM CONCEITOS BÁSICOS. ENTRE AS OPÇÕES POSSÍVEIS, O
CONJUNTO QUE MELHOR REPRESENTA OS MENCIONADOS
CONCEITOS É:

A) Depreciação, vida útil e vida econômica.

B) Vida econômica, depreciação e amortização.

C) Depreciação, amortização e exaustão.

D) Depreciação, vida econômica e exaustão.

GABARITO

1. (FUNCAB – 2013) A diminuição do valor dos bens tangíveis ou intangíveis


correspondente à perda de valor dos direitos, que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgastes efetivos ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência,
denomina-se:

A alternativa "B " está correta.

Quando um bem perde o seu valor de mercado e não pode mais gerar ganhos econômicos que
cubram o seu valor histórico subtraído da depreciação acumulada, este pode ter o seu valor
reduzido, sendo essa diferença lançada como prejuízo do período.

2. (FGV, 2016) Os bens patrimoniais têm seu valor reduzido ao longo do tempo. A
redução desse valor ocorre de acordo com conceitos básicos. Entre as opções
possíveis, o conjunto que melhor representa os mencionados conceitos é:

A alternativa "C " está correta.

Essas são as formas existentes para o cálculo da redução do bem ao longo do tempo causada
pelo desgaste por meio do uso ou extração dos bens patrimoniais. As outras definições, como
vida útil, não têm relação com a redução do valor.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o estudo deste tema, compreendemos os conceitos fundamentais da gestão de bens
patrimoniais, distinguindo as práticas de classificação e geração de informações confiáveis
para a tomada de decisão.

Desse modo, podemos aplicar todo esse conhecimento, promovendo, com a melhor gestão
dos bens patrimoniais, reduções nos custos de produção e incrementando os lucros da
empresa e contribuindo para a obtenção de vantagem competitiva no quesito menor custo.

Além dessa compreensão, entendemos como é a gestão nos modelos tradicionais e nos
modelos integrados, nos quais um parque fabril confiável pode gerar diminuição nos estoques,
e com isso, grandes vantagem para a administração.

Ademais, esses modelos pressupõem o constante acompanhamento dos custos gerados pelos
bens patrimoniais para uma constante avaliação da viabilidade econômica do bem em uso,
defendente, na comparação com um novo bem disponível, desafiante.

Sendo assim, esperamos ter colaborado com esse processo de construção de conhecimento e
aprimoramento, com a colocação de mais um tijolo nessa construção que pode levá-lo ao
crescimento na carreira profissional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.

GONÇALVES, P. S. Administração de materiais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

PORTER, M. E. Estratégia competitiva. 1. ed. São Paulo: GEN Atlas, 2005.

CAMPOS, P. R.; MARTINS, P. G. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3.


ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

EXPLORE+
Sugerimos a leitura do DECRETO Nº 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018, que
regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a
Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

Recomendamos aprofundamento nos tópicos:

Depreciação ‒ subseção II que trata “Da depreciação de Bens do Ativo imobilizado” – Art.
317 a 329;

Amortização ‒ Subseção IV – “Da amortização” – Art. 330 a 335;

Exaustão ‒ RIR – Subseção V – Da Exaustão – Art. 336 a 338.

Saiba mais sobre exaustão:

O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis sobre Redução ao


Valor Recuperável de Ativo (CPC 01 (R1) NBC TG 01 (R3));
O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis sobre Ativos
Intangível (CPC 04 (R1) NBC TG 04 (R3));

O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis sobre Ativo


Imobilizado (CPC 27 – NBC TG 27 (R3)).

CONTEUDISTA
Prof. Ms. Ettore de Carvalho Oriol

 CURRÍCULO LATTES

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