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Crescimento económico
Guerra fria
Supervisionamento dos 3 grandes na futura constituição dos governos dos países de Leste
(ocupados pelo Eixo)
20 000 Milhões de dólares como base das reparações de guerra a pagar pela Alemanha
(proposta de Estaline)
Conferência de Potsdam (1945)
Ganhos territoriais
Protagonismo internacional – marcha vitoriosa em Berlim no último ano de guerra –
libertação dos países da Europa Oriental por parte do Exército Vermelho.
Estaline participa na definição das novas coordenadas geopolíticas
A URSS não está em isolamento face aos ocidentais
Papel determinante dentro da Europa
Substituição dos ocupantes nazis por soldados russos na Polónia, Checoslováquia,
Hungria, Roménia e Bulgária
Vantagem estratégica no Leste Europeu – hegemonia soviética impõe-se entre 1946-48
(contestado pelos ocidentais)
Churchill denuncia em 1946 a criação de uma área de influência impenetrável isolada por
uma “cortina de ferro” por parte da URSS
Manter a paz
Reprimir atos de agressão
Utilização sempre que possível de meios pacíficos
Princípio de justiça e direito internacional
Desenvolvimento de relações de amizade entre países do mundo – baseada na igualdade
entre povos e no seu direito à autodeterminação
Sede em Haia
Órgão máximo de justiça internacional
À luz do direito internacional
Resolve litígios entre Estados
Conselho de Tutela /Conselho de Administração Fiduciária
Administrar os territórios que antes estavam sob alçada da SDN encaminhando-os para a
independência
Cessa o funcionamento em 1994 quando o último território à guarda do Conselho
consegue independência (Palau)
Sede permanente em Nova Iorque – agrega todos os povos do mundo com exceção do Vaticano
Médio Oriente: Síria, Líbano, Jordânia, Palestina (em 1948 inicia-se o clima de guerra
com o Estado de Israel=)
Na Índia: fica dividia em dois Estados – União Indiana hindu e o Paquistão, de maioria
muçulmana
Ceilão, Birmânia e Malásia (Império inglês)
República da Indonésia (1945) – os Holandeses recorrem à força armada mas são
pressionados pela ONU até 1949, quando reconhecem a independência do país.
Indochina – processo de descolonização violento e longo
o 1945 – França retoma o território mas encontra oposição do líder comunista Ho
Chi Minh
o 9 Anos de combates sangrentos
o Os franceses retiram-se e reconhecem as 3 nações: Vietname (Norte e Sul), Laos
e Camboja
Descolonização estende-se à África do Norte e nos anos 60 estende-se à África Negra
USA
NATO
Demoliberalismo
Capitalismo
Bloco Oriental
URSS
Pacto de Varsóvia
Totalitarismo
Comunismo – sovietização dos países de Leste
Berlim situa-se dentro da zona soviética – tentativa de forçar a retirada das 3 potências – bloqueia
os acessos terrestres à cidade
Bloqueio de Berlim – junho de 1948 – maio de 1949
Período de intimidação mutua entre os USA e a URSS – clima de hostilidade e insegurança, tensão
internacional – através de armamento e da ampliação das áreas de influência
Tem origem nas conceções defendidas por Eduard Bernstein na II Internacional (1899)
Rejeita a via revolucionária de Marx
Opõe-se a participação no jogo democrático para atingir o poder e a implementação de
reformas socializantes
Para melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras
Conjuga a defesa do pluralismo democrático e os princípios da livre-concorrência
económica com o intervencionismo do Estado (regular a economia e promover o bem-
estar dos cidadãos)
Controlo estatal dos setores-chave da economia e tributação dos rendimentos mais
elevados
Renuncia a toda a referência marxista
Contenta-se com a redistribuição da riqueza obtida pelos cidadãos através do reforço da
proteção social
As duas correntes convergem no mesmo propósito de promover reformas económicas e sociais
profundas.
Um programa de nacionalizações atinge bancos, companhias de seguros, produção de energia,
transportes, mineração e outros setores
O Estado torna-se o principal agente económico do país – exerce a função reguladora da
economia, garante o emprego e define a política salarial
Revisão do sistema de impostos – reforça-se o caráter progressivo das taxas
Modificação da conceção liberal do Estado – origem do Estado-Providência
AFIRMAÇÃO DO ESTADO-PROVIDÊNCIA
O Reino-Unido é o país pioneiro do Welfare State – Estado do bem-estar – onde cada cidadão
tem asseguradas todas as suas necessidades básicas toda a vida
Em 1942 o relatório de Lorde Beveridge influencia a política trabalhista – um sistema social
alargado teria como efeito a eliminação dos cinco grandes males sociais – carência, doença,
miséria, ignorância e ociosidade
Estabelecimento do serviço nacional de saúde assente na gratuitidade total dos serviços médicos
e extensivo a todos os cidadãos – modelo para a maioria dos países europeus
Estruturação do Estado-Providência ocorre rapidamente na europa
PROSPERIDADE ECONÓMICA
Crescimento económico do pós-guerra em bases sólidas
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Petróleo como matéria energética “ouro negro” – cabe primeiro aos Estados Unidos e
depois no Médio Oriente – abundância e preço baixo
Revolução nos transportes
Novos produtos industriais
Energia e tecnologia baratas
Aumento da concentração industrial e de multinacionais – fabrico e comercio em todo o
mundo, investimento em investigação científica, aceleração do progresso tecnológico,
acentuação da globalização
Aumento da população ativa – reforço da mão-de-obra feminina no trabalho, baby-boom
nos anos 40-60, imigração de trabalhadores oriundos dos países menos desenvolvidos
(gregos, portugueses, turcos, argelinos)
Mão-de-obra mais qualificada – prolongamento da escolaridade
Modernização da agricultura – êxodo rural altera a relação dos setores de atividades
Crescimento do setor terciário
Alargamento da classe média – subida do nível de vida e equilíbrio social
Segurança social (estado-providência)
SOCIEDADE DE CONSUMO
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EXPANSIONISMO SOVIÉTICO:
Reforço da posição militar da URSS e a onda de processos de descolonização – condições
favoráveis à extensão do comunismo e ao estreitamento dos laços entre Moscovo e os países
recém-emancipados.
NA EUROPA:
Primeira vaga da extensão do comunismo na Europa Oriental sob pressão direta da URSS
(com exceção da Jugoslávia)
Em 1948 os partidos comunistas dos países de Leste já se assumiam como partidos únicos
A vida polícia, social e económica das regiões foi reorganizada em moldes da URSS
Novos países socialistas: democracias populares
o Designação dada pelo PC, defendem que a gestão do Estado pertence
exclusivamente à classe trabalhadora em oposição às democracias liberais que
julgam ser incapazes de garantir plena igualdade devido aos privilégios de classe.
o As democracias populares exercem o seu poder através do Partido Comunista
o Existem eleições por sufrágio universal mas o sistema funciona com candidaturas
e listas únicas de caráter oficial
o Os dirigentes do Partido ocupam os altos cargos do Estado
A Europa de Leste é reconstruída de acordo com a ideologia marxista e a interpretação
que o regime soviético faz dela
1955: Reforço dos laços entre as democracias populares com a constituição do Pacto de
Varsóvia
Pacto de Varsóvia:
Aliança militar
Prevê a resposta conjunta a qualquer eventual agressão do outro bloco
Constitui uma organização diametralmente oposta à OTAN (reforça os acordos bilaterais
que já existiam – é uma resposta direta de Moscovo à entrada da RFA na OTAN)
A URSS considera-se a pátria do socialismo
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NA ÁSIA:
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Bomba atómica
Os russos fazem explodir a sua primeira bomba atómica em setembro de 1946 – a confiança do
Ocidente desmorona-se: torna-se evidente que os dois blocos estão à altura de se destruir numa
eventual guerra.
Os cientistas americanos começam pesquisas para uma arma mais destrutiva:
1952 – Testes no Pacífico para a bomba de hidrogénio (bomba H) – com potência superior
à bomba de Hiroshima
Começa a corrida ao armamento
Cada bloco tenta persuadir o outro de que usaria sem hesitar todo o seu potencial atómico
em caso de violação das áreas de influência
Advertências, ameaças, movimentações de tropas e material de guerra – estratégia
dissuasora
Destruição mútua assegurada/garantida
Equilíbrio instável do terror
Ameaça de destruição nuclear
INÍCIO DA ERA ESPACIAL:
Noção de que a superioridade tecnológica era decisiva para garantir a vitória ideológica
Grande atenção aos ramos da Ciência relativamente ao equipamento militar (por parte dos dois
blocos)
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O japão foi ocupado pelos aliados sob liderança americana entre 1945-52
Modernizou-se e beneficiou de um plano de ajuda económica semelhante ao Plano
Marshall
O país passa a ser visto como um poderoso aliado do bloco ocidental na Ásia quando a
China implanta o comunismo em 1949
Atuação do Estado:
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Durante Estaline, as diferenças ideológicas não chegam para inviabilizar a aliança entre a China
e a URSS
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Dificuldade em concertar interesses e definir o futuro modelo político da europa unida – uns
advogam uma europa supranacional (federalistas), outros querem apenas uma confederação de
estados independentes – os velhos nacionalismos europeus são difíceis de ultrapassar.
DA CECA À CEE:
Declaração Schuman (1950) – cooperação entre França e Alemanha no domínio da produção de
carvão e aço – acelerada por Jean Monnet
1951 – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)
Concretiza-se em 1968
Traduz-se nua aumento das trocas intercomunitárias
1970: CEE é a primeira potência comercial do Mundo
Europa dos Seis (países membros) – alarga-se, inclui a 1 de janeiro de 1973 o Reino Unido, a
Irlanda e a Dinamarca
A partir de então, a Europa caminha para a plena união político-económica: desempenha um papel
relevante na geoestratégia mundial e é capaz de competir com as superpotências
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Muitos líderes são educados nas metrópoles onde assimilam valores de liberdade e justiça social
que pretendem aplicar nos seus países.
Luta pela independência com duas vertentes: luta política e luta contra a pobreza e o atraso
económico (consequência direta da exploração colonial)
Muitos movimentos de libertação acabam por seguir a mensagem do socialismo por esta razão.
1960 – Assembleia-Geral aprova a Resolução 1514: consagra o direito à autodeterminação dos
territórios sob administração estrangeira + condena qualquer ação armada das metrópoles para a
impedir – “ano da descolonização” – 18 novos países alcançam a independência, desses 18,
apenas 1 não era africano (Chipre).
TERCEIRO MUNDO:
Entre 1946-1976 constituíram-se 70 novos países em África e na Ásia – a maioria partilha o
mesmo passado colonial e o mesmo atraso económico – constituem o Terceiro Mundo
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Conotação política:
Bandung, na Indonésia
Conferência para definir as linhas gerais de atuação dos países recém-formados
Reúne 29 delegações afro-asiáticas, representa mais de metade da população do globo
Adoção de um conjunto de princípios em 10 pontos do Comunicado Final para definir as
posições políticas do Terceiro Mundo
Condenação do colonialismo, rejeição política de blocos, apelo à resolução pacífica dos
diferendos internacionais
Conferência sem medidas práticas, mediatizada – efeito no processo descolonizador
Ponto de partida para a afirmação política dos povos – estreitamento das relações
diplomáticas
Sucessivos encontros internacionais que convergem no Movimento dos Não Alinhados criado
oficialmente na Conferência de Belgrado (1961)
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Crise energética:
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O país continua sobrepovoado e pobre apesar das campanhas de produção dos anos 30 e
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Índices de produtividade muito inferiores à média europeia
É necessário o redimensionamento da propriedade – assimetria Norte-Sul (Norte com
minifúndio que não possibilita a mecanização, Sul com propriedades imensas, muitas
subaproveitadas)
Necessidade de reversão da situação dos rendeiros – mais de um terço da área agrícola
era cultivada em regime de arrendamento precário – pouco propício ao investimento
Planos de reforma consistentes – exploração agrícola média e mecanizada como referência: é
capaz de assegurar rendimento confortável aos proprietários e elevar o consumo de produtos
industriais.
Contra estes: oposição dos latifundiários do Sul – utilizam a sua influência política para
inviabilizarem os planos em nome dos direitos de propriedade
Acabam por nunca se concretizar as alterações na estrutura fundiária.
A política agrária esgota-se em subsídios e incentivos sem efeito – beneficiam os proprietários do
Sul e os grandes vinhateiros
Na década de 60:
EMIGRAÇÃO:
Reduz nas décadas de 30-40 devido à Grande Depressão e à Segunda Guerra Mundial –
crescimento demográfico intenso sem escoamento
País fica sobrepovoado – excesso de mão-de-obra sem ser absorvido pela economia
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II Plano (1959-1964)
URBANIZAÇÃO
Anos 50-60 – processo de urbanização acelera e absorve o êxodo rural
Crescem as cidades do litoral oeste (entre Braga e Setúbal) onde estão as grandes indústrias e
serviços
Lisboa e Porto: subúrbios, cidades “dormitório” ou “satélite” – expressões do Grande Porto e da
Grande Lisboa
A expansão urbana não é acompanhada pela construção de infraestruturas necessárias para o
acolhimento da população. Faltam:
Habitações sociais
Estruturas sanitárias
Rede de transportes eficiente
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Colonialismo típico
Baseado na produção de produtos primários e desencorajamento do desenvolvimento
industrial
Décadas seguintes marcadas pelo reforço da colonização branca, escalada dos investimentos
públicos e privados, maior abertura ao capital estrangeiro
Angola e Moçambique recebem atenção prioritária
A partir de 1953 – investimentos nas colónias com os Planos de Fomento
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Termo para designar a oposição legal ou semilegal ao Estado Novo a partir de 1945
Aproveita-se a relativa abertura que veio com a revisão constitucional desse ano
As forças oposicionistas têm maior visibilidade nas épocas eleitorais e não só
Podem atuar legalmente, embora com inúmeras restrições, nas épocas eleitorais
O MUD formula exigências que considera fundamentais para garantir a legitimidade do ato
eleitoral:
Adiamento das eleições por 6 meses para se poderem instituir partidos políticos
Reformulação dos cadernos eleitorais que abrangiam apenas 15% da população
Liberdade de opinião, reunião e de informação
Nenhuma das reivindicações do Movimento é satisfeita e este desiste das eleições à boca das
urnas por considerar que o ato eleitoral se tratava de uma farsa-
As listas de adesão ao MUD fornecem à PIDE as informações necessárias para reprimir
eficazmente os aderentes: muitos foram interrogados, presos ou despedidos dos trabalhos.
ANO DE 1949:
Clima de Guerra Fria orientam as preocupações ocidentais para a contenção do comunismo: país
adere à NATO em 1949 – equivale a uma aceitação do nosso regime pelos países parceiros da
organização.
Em 1949 as forças de oposição voltam a ter oportunidade de mobilização
Candidatura de Norton de Matos às presidenciais – desiste pouco antes das eleições face à
repressão mais severa
ANO DE 1958
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Considera que não é possível seguir na mesma via (dada a pressão internacional e os
custos da guerra)
Advoga acordos com as guerrilhas
Progressivas autonomias das colónias
Constituição de uma federação de estados para salvaguardar os interesses portugueses
Bastante adesão ao federalismo, mas Salazar mantém-se integracionista
LUTA ARMADA:
Overview:
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Movimentos de libertação:
Em Angola:
1955 – UPA (União das Populações de Angola) liderada por Holden Roberto – 1962
transforma-se na FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola)
1956 – MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) dirigido por Agostinho
Neto
1966 – UNITA (União para a Independência Total de Angola) por Jonas Savimbi
Moçambique:
1956 – PAIGC (Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde) por Amílcar Cabral
Confronto armado:
ISOLAMENTO INTERNACIONAL:
A questão colonial ganha dimensão aquando da entrada na ONU (1955):
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Os americanos convencem-se que a guerra joga a favor dos interesses soviéticos porque
afastava os estados africanos e Portugal e dos aliados da NATO
Financiam grupos nacionalistas como a UPA e propõem planos de descolonização
Tenta vencer as insistências de Salazar com propostas de auxilio económico que este não
apoia
“orgulhosamente sós”
Salazar procura mesmo assim quebrar esse isolamento – campanhas diplomáticas junto
dos aliados europeus e operações de propaganda internacional
Utilização da base das Lajes nos Açores (importante para os americanos) – Portugal
consegue sustentar a posição colonial
Questão colonial dentro do país:
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Marcello Caetano deixa de ter o apoio dos liberais – condenavam-lhe a falta de força para
implementar as reformas necessárias. Deixa de ter apoio dos mais conservadores que diziam que
a sua política liberalizadora causava a instabilidade que se sentia no país.
Mudança de opinião de Marcello – inverno marcelista
Marcello vira-se cada vez mais à direita
Na eleição de Marcello Caetano as altas patentes das Forças Armadas têm como única
condição a manutenção da guerra em África
Marcello concede – continua a defender os territórios coloniais em nome dos interesses
da população branca que lá residia
Nesta altura Marcello ainda seguia teses federalistas – redige um projeto de revisão do
estatuto das colónias para as encaminhar para uma autonomia progressiva
Opõe-se ao projeto a maioria conservadora da Assembleia
Angola e Moçambique passam à categoria de “estados honoríficos” – novas instituições
governativas que continuam dependentes de Lisboa. Nada mudou
A luta armada endurece. Controlada em Angola e Moçambique e deteriorada na Guiné
(o PAIGC adquire controlo de uma parte significativa do território)
Cresce o isolamento português: Papa Paulo VI, em 1970, recebe no Vaticano os líderes do MPLA,
FERLIMO e PAIGC.
1973 – ONU “humilha” Portugal quando reconhece a independência da Guiné-Bissau
1973 – Visita oficial de Marcello ao Reino Unido – no meio de protestos populares, forte
segurança polícia. É denunciado um massacre de civis em Moçambique
Internamente:
Maior pressão
Os deputados liberais começam a abandonar a Assembleia como protesto
Grupos de opositores de extrema-esquerda
Contestação dos católicos progressistas
Inquietação nas Forças Armadas
António de Spínola:
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Julho 1973
Forma de protesto contra dois diplomas legais: facilitavam o acesso dos oficiais
milicianos (civis recrutados para as Forças Armadas) ao quadro permanente do exército
– dificultavam a ascensão dos oficiais de carreira (da Academia Militar)
Reivindicações adquirem cariz político rapidamente
Orientam-se para a democratização do regime e para o fim da guerra
O fim da guerra depende da intervenção de altas patentes das FA
O Movimento dos Capitães deposita a confiança nos generais Costa Gomes e Spínola,
chefe e vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas
Marcello Caetano ratifica a orientação da política colonial (5 de março 1974)
14 Março - Convoca generais das FA para reiterar a lealdade das FA ao Governo – Costa Gomes
e Spínola não comparecem e são exonerados dos seus cargos
Movimento dos Capitães passa a ser chamado Movimento das Forças Armadas (MFA)
OPERAÇÃO “FIM-REGIME”
A operação decorre sob a coordenação de Otelo Saraiva de Carvalho – assume o planeamento
militar, desenha o plano operacional para o derrube do regime. Vítor Alves assume a coordenação
política.
Plano definido:
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Insistentes pedidos para que a população civil se recolhesse em casa mas a multidão corra
às ruas em apoio aos militares
Praticamente só a polícia política é que resistia (rende-se na manhã de dia 26)
4 Mortos
O regime autoritário cai muito facilmente às mãos do próprio exército – prova do anacronismo e
completo isolamento em que se encontrava a vida política de Portugal.
Américo Tomás e Marcello Caetano são destituídos, assim como todos os governadores
civis e quadros administrativos (Américo e Marcello vão para o exílio no Brasil pouco
depois)
Extinção da PIDE-DGS, Legião Portuguesa, Organizações de Juventude, Censura
(Exame Prévio) e a Ação Nacional Popular
Libertação e amnistia dos presos políticos e regresso a Portugal daqueles em exílio
Autorização da formação de partidos políticos e sindicatos livres
Legalização das organizações que operavam clandestinamente como por exemplo: a
central sindical unitária do PCP (fundado em 1921) e do Partido Socialista (fundado em
1973 a partir da Ação Socialista Portuguesa)
O MFA compromete-se a passar o poder para os civis no período de um ano com a realização de
eleições constituintes.
A JSN nomeia António de Spínola como presidente para assegurar o funcionamento das
instituições governativas até à normalização democrática
I Governo Provisório – Adelino da Palma Carlos
(II, III IV V– Vasco Gonçalves | VI – Pinheiro Azevedo)
PERÍODO SPÍNOLA:
Sentimento de compensação das liberdades oprimidas durante todos os anos de ditadura
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Spínola
Para contrariar a inflexão à esquerda
Fracasso
Fim do prestígio de Spínola
O general e alguns oficiais procuram refúgio em Espanha
É tomado como uma ameaça contrarrevolucionária
Acentua o radicalismo
Conselho da Revolução – criado pela Assembleia das Forças Armadas e funciona como órgão
executivo do MFA
Poder popular
Saneamentos de quadros técnicos e outros funcionários considerados de direita
Comissões de trabalhadores assumem o comando nas empresas privadas
Comissões de moradores e comités de ocupantes nas cidades e vilas levam à ocupação de
casas devolutas (do estado ou particulares)
o Para instalação de equipamentos sociais de iniciativa popular como creches,
centros clínicos, parques infantis
o Para fins habitacionais
No sul do país: reforma agrária com feição extremista – ocupação de grandes herdades
pelos trabalhadores rurais – transformam-nas em unidades coletivas de produção e
cooperativas
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Ambiente anárquico
Militares VS militares
Paraquedistas de Tancos
Em defesa de Otelo e do processo revolucionário
Clima de guerra civil
Falha
Implantação de uma democracia liberal possível.
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Tensões acumuladas entre proprietários das terras e trabalhadores agrícolas (em situação
de miséria crescente)
Confronto aberto – encaminha as explorações agrícolas para a via coletivista
Janeiro de 1975 – primeiras ocupações de terras pelos trabalhadores que rapidamente se
estendem a várias áreas do Sul (distritos de Beja, Évora, Portalegre, Setúbal, Castelo
Branco e Guimarães)
Reforma agrária:
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A propriedade do solo expropriado passa para o Estado mas cada UCP tem posse plena
das alfaias agrícolas e total liberdade de autogestão – comissões eleitas pelos
trabalhadores
Ter-se-ão constituído cerca de 500 UCP envolvendo um total de 60 mil camponeses
O processo de nacionalização termina com o 25 de novembro, a reforma agrária não.
A expropriação de terras continua ao longo de 1976, em parte devido à militância do PCP.
Direitos dos trabalhadores:
CONSTITUIÇÃO DE 1976
2 Junho 1975 – primeira sessão solene da Assembleia Constituinte desde a elaboração da
Constituição de 1911
Deputados não possuem total liberdade de decisão apesar de eleitos democraticamente: o MFA
impôs aos partidos a assinatura de um compromisso que preservava as conquistas revolucionárias:
Primeiro Pacto MFA-Partidos (perto da conclusão do trabalho da Assembleia é substituído pelo
segundo pacto mais moderado mas condicionador da capacidade legislativa da Constituinte). O
MFA está presente na constituição, acalmando os radicais
Ambiente de pressão política (entre o verão quente e o 25 de novembro)
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Assembleia da República:
Órgão executivo
Compete-lhe a condução da política geral
O primeiro-ministro é designado pelo PR de acordo com o resultado das eleições
legislativas (a escolha recai sobre o chefe do partido mais votado)
Competências legislativas exercidas através de decretos-leis e de propostas de lei que
apresenta à Assembleia
Tribunais:
Os juízes são nomeados pelos conselhos superiores da magistratura (e não pelo ministro
da justiça como anteriormente)
Poder judicial autónomo com a Constituição de 76 – imparcialidade
Revisão de 82 cria o Tribunal Constitucional:
o Compete-lhe zelar pelo cumprimento das disposições constitucionais
o Receber e aceitar candidaturas à Presidência da República
o Proceder ao registo dos partidos, etc.
Governo das regiões autónomas:
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O fim do governo marcelista representa o princípio do fim dos regimes autoritários na Europa
Ocidental:
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Arte popular
Pretende exprimir a aproximação à cultura e aos meios de comunicação de massas
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Internacional
Secundariza a obra de arte enquanto objeto físico
Privilegia o conceito ou a ideia
Desmaterialização da arte inspirada no dadaísmo
Superioridade do pensamento do artista em relação à execução
Despreza a existência material da arte
Yves Klein, Joseph Kosuth, Piero Manzoni
Recorre à escrita e à fotografia – documentam o pensamento do artista e elevam-se à
categoria de obras de arte
Apelo à reflexão filosófica – à busca de sentido
Arte que deve ser pensada, não vista
EUA e Europa
Tendências: minimalismo, movimento internacional Fluxus, pintura sistémica, pintura
analítica.
EXISTENCIALISMO:
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Pesquisas bioquímicas
Progressos preservam e prolongam a vida humana
Descoberta da penicilina (1948, Fleming), produzida industrialmente para salvar vidas de
infeções bacterianas
Vacinas: regressão da poliomielite, sarampo e pneumonia
Transplantes cardíacos (iniciados em 1967) – confiança na medicina cirúrgica
Nascimento da primeira criança por fertilização in vitro – técnicas de reprodução assistida
Biotecnologia:
Descoberta da estrutura do ADN e do código genético (1953): permitem as pesquisas
patológicas (doenças hereditárias, cancro) e imunitárias
Campo alimentar:
Ameaça nuclear
Poluição
Esgotamento dos recursos naturais
Manipulação genética
Aumento da esperança média de vida. Rede de comunicações a interligar a Humanidade. Mundo
como aldeia global.
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Suécia
Itália: cinema neorrealista – cenários naturais, atores não profissionais, exploração dos
pequenos-grandes problemas das pessoas comuns
França: nouvelle vague – defende o cinema como arte, os realizadores são autores de
filmes, narrativa ágil e moderna, dirigida ao público jovem, intelectual e cosmopolita
Diversidade de países, realizadores e movimentos. Dinamiza massas.
Cinema com o estatuto de Sétima Arte
Casa individual, eletrodomésticos, TV, carro. Café solúvel, sopas instantâneas: comida
previamente feita
Fast-food
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Ecologia: ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente.
Criação de associações para a proteção da natureza. Partidos ecologistas nos anos 80
Contestação juvenil:
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