Você está na página 1de 2

GRUPO: Arthur Nasario, Sarah Maria dos Santos, Leonardi Portela, Helena

Marquardt e Caio Felipe D’Alcantara.

A trajetória de Dviga Vertov


a teoria do Kino Pravda (cinema-verdade)
o processo de construção do filme O homem com uma câmera (1929).

A TRAJETÓRIA DE DVIGA VERTOV

● As primeiras filmagens realizadas por Vertov foram feitas para um cinejornal


soviético.
● Foi em 1919 que vertov realizou seu primeiro trabalho, O Aniversário da
Revolução que foi Dividido em 12 partes
● Um filme nascido da montagem de fragmentos, talvez a primeira tentativa de
montagem sistemática na União Soviética
● Alguns filmes que ele fez foram A Batalha de Tsaritsin, A Exumação das
Relíquias de Serguei Radonejski, O Processo de Mirinov, e compilações
históricas como a sua mais famosa A História da Guerra Civil.
● O fato de que o socialismo deveria ser disseminado pelo mundo, levou Vertov
a produzir o filme Um Homem com Uma Câmera, apostando tudo em sua
nova técnica cinematográfica ancorada numa linguagem visual que se
pretendia compreensível internacionalmente
● Em relação a montagem, ele improvisava, sua técnica de montagem era
rápida e com ângulos de câmeras incomuns. Este improvisar planejado,
defendido por Vertov, explora a valorização do olhar pela ausência do mundo.

O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO FILME: O HOMEM COM UMA CÂMERA,


1929

Um homem com uma câmera nos indica que as ferramentas de criação artística do
cinema, basicamente, são três: a própria imagem em movimento (a ilusão de ótica
que, com efeito, cria uma ilusão de realidade – o que, por sua vez, efetivamente
permite a criação de realidades paralelas), a associação entre essas imagens, por
meio da montagem (esta que altera a percepção temporal do espectador, a partir da
manipulação do ritmo da imagem e, também, produz significados a partir da
associação de uma imagem com a outra) e o som (que produz um adorno final à
experiência, concretiza a imersão no universo particular do filme).

Assim é o olhar de Um homem com uma câmera: deslumbrado, fascinado,


entusiasmado. É um filme que se anima com a simples possibilidade de poder
captar elementos do cotidiano e uni-los numa única trama cinematográfica, e essa
animação é particularmente contagiante. Nesse sentido, Um homem com uma
câmera é o tipo de experiência que nos embarca numa jornada sensorial, nos incute
o mesmo sentimento de fascínio que nutre pelas suas próprias características
expressivas, e como tudo, pela ótica dessa experiência entusiasmada, ganha um
novo e mais animado sentido.

O filme é uma mistura de documentário, experimentos de técnicas de filmagens e


propagandas políticas sobre a qualidade de vida do regime comunista, é precursor
do chamado Cinema-Verdade (Kino Pravda) patrocinado lê-lo governo de Lenin logo
após a Primeira Guerra Mundial e um reflexo da criação de uma identidade própria
divulgação de um movimento autêntico através do “meio mais importante de
comunicação” segundo o líder soviético.

Vertov saiu às ruas com a câmera registrando o cotidiano da cidade de Odessa com
ênfase ao estilo de vida moderno e saudável como propaganda da vida da
recém-formada União Soviética.

Atletas praticando esportes, linha de produção funcionando a todo vapor, operários,


um parto ao vivo, a morte, o caos urbano.
A lente poderosa de Vertov acompanha todos os devaneios e o frenesi do
movimento, a inércia da cidade e até os movimentos de seu próprio operador de
câmera.

A TEORIA DO KINO PRAVDA (CINEMA-VERDADE)

"Kino Pravda" ou "Verdade Cinematográfica" foi um conceito promovido por Vertov


em sua série de de cinejornais de mesmo nome. Sua proposta era capturar
fragmentos da realidade que, quando organizados em conjunto, mostrassem uma
verdade mais profunda sobre a realidade que não poderiam ser vistas a olho nu.
Como se as mensagens que Vertov queria passar só pudessem ser vistas pela
linguagem cinematográfica. O diretor tinha um aparente desprezo pelos filmes de
ficção, acreditando que os documentários eram uma forma mais pura de cinema.
A série foi lançada em junho de 1922, e focava em cenas cotidianas, filmando bares
e escolas e discutiam temas importantes como a fome.

CENAS DO FILME

17:28 - cenas do cotidiano


30:04 - montagem com flash
44:40 - montagem com sobreposição
46:00 - montagem com slow
55:07 - montagem de proporção
1:02:10 - montagem de sobreposição
1:03:52 - montagem com espelhamento
1:06:25 - o olhar do cinegrafista retratado fazendo parte do filme

Você também pode gostar