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CARTA DE

PAT R I M O N I A I S

LAUSANNE | 1990
CARTA PARA PROTEÇÃO E GESTÃO DO
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

EQUIPE:
C A R TA S

Alana Fecury
Estéfane Mendoça
Jenia Silva
Ludimyla Furtado
CARTA SOBRE PROTEÇÃO E
GESTÃO DO PATRIMÔNIO
ICOMOS, LAUSANNE

ARQUEOLÓGICO
ICOMOS, LAUSANNE - SUÍÇA, 1990

O patrimônio arqueológico constitui o


testemunho essencial sobre as
atividades humanas do passado. A sua
proteção e a sua cuidada gestão são
indispensáveis para permitir aos
arqueólogos e a outros especialistas o
estudo e interpretação em nome, e para
benefício, das gerações atuais e
vindouras.
Em 1990, foi elaborada uma Carta para a Proteção e Gestão do
Patrimônio Arqueológico que descreve, além da definição e introdução,
sobre:
CARTA DE LAUSANNE - 1990

• Políticas de conservação integrada;


• Legislação e economia;
• Inventários;
• Intervenções no sítio;
• Preservação e conservação;
• Apresentação;
• Informação;
• Reconstituição;
• Qualificações profissionais;
• E cooperação internacional. IPHAN – Carta de Lausanne,
1990
A CARTA DE LAUSANNE CONCEITUA O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO COMO:

ART. 1º - O “patrimônio arqueológico” compreende a porção do patrimônio material para a qual os métodos da
arqueologia fornecem os conhecimentos primários. Engloba todos os vestígios da existência humana e interessa
todos os lugares onde há indícios de atividades humanas, não importando quais sejam elas; Estruturas e
vestígios abandonados de todo tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o material a eles
associados.

E ESSA MESMA CARTA AMPLIA A PERCEPÇÃO DO CONCEITO DE PATRIMÔNIO


ARQUEOLÓGICO, ALERTANDO QUANTO À APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO:
A legislação deve fundar-se no conceito de que o patrimônio arqueológico constitui herança de toda a
humanidade e de grupos humanos, e não de indivíduos ou de nações.
POLÍTICAS DE CONSERVAÇÃO
ART. 2º [...] As políticas de proteção do patrimônio
INTEGRADA arqueológico devem ser sistematicamente
integradas, nas que se relacionem com o
planejamento econômico, a agricultura e a
ocupação dos solos, bem como nas da cultura, do
meio ambiente e da educação. A criação de
reservas arqueológicas deve fazer parte destas
políticas.
As políticas de proteção do patrimônio
arqueológico devem ser tomadas em conta pelos
responsáveis pelo planejamento territorial, à
escala nacional, regional e local.

"O patrimônio arqueológico é uma riqueza


cultural frágil e não renovável"
LEGISLAÇÃO E ECONOMIA
ART. 3º- A proteção do patrimônio
arqueológico constitui uma obrigação
moral para cada ser humano. Mas
também é uma responsabilidade pública
coletiva.
Esta responsabilidade deve traduzir-se pela adoção de
uma legislação adequada e pela garantia de recursos
suficientes para financiar os programas de conservação do
patrimônio arqueológico.
ART. 4º - INVENTÁRIOS

OS INVENTÁRIOS GERAIS DO Os inventários constituem uma base de dados

POTENCIAL ARQU EOLÓG ICO SÃO,


que nos fornecem as primeiras fontes para o

PORTANTO, INSTRU MENTOS DE


estudo e a investigação científica.
[...] Os inventários devem abarcar informação a
TRAB ALH O ESSEN CIAIS PARA
diversos níveis de precisão e de fiabilidade, dado
ELAB ORAR ESTRATÉGIAS DE
que mesmo os conhecimentos superficiais
PROTECÇÃO DO PATRIMÓN IO podem constituir o ponto de partida para iniciar
ARQU EOLÓGICO. medidas de proteção.
ART. 5º - INTERVENÇÃO NO SÍTIO

As escavações devem ser


Deve assumir-se como
preferencialmente
princípio fundamental que A escavação implica sempre
realizadas nos sítios ou nos
toda a recolha de uma seleção dos achados
monumentos condenados
à destruição, em informações sobre o que serão registados e As escavações devem
consequência de patrimônio arqueológico conservados, em detrimento ser executadas em
programas de valorização deve destruir o mínimo de outras informações e, conformidade com os
que modifiquem a possível de testemunhos eventualmente, da princípios da
ocupação ou a afetação arqueológicos necessários destruição total do UNESCO.
dos solos, de atos de monumento ou do sítio
para alcançar os objetivos,
vandalismo ou da arqueológico.
conservativos e/ou
degradação provocada por
científicos, da campanha.
agentes naturais.
ART. 6º -
MANUTENÇÃO E
CONSERVAÇÃO O objetivo fundamental da conservação do patrimônio
arqueológico deverá ser a manutenção "in situ" dos
monumentos e sítios, compreendendo a sua
conservação a longo prazo e o cuidado dedicados aos
respectivos arquivos, coleções, etc.

[...] As ações de manutenção devem, por conseguinte,


exercer-se sobre sítios e monumentos escolhidos
segundo critérios científicos de qualidade e de
representatividade, e não somente sobre os
monumentos mais prestigiados e mais atrativos.
CONCIENTIZAÇÃO SOCIAL A população tem um papel fundamental para
a preservação do seu próprio patrimônio
histórico.

ART. 6º [...] O engajamento e a participação da população


local devem ser estimulados como meio de ação para a
preservação do patrimônio arqueológico. Em certos casos,
pode ser aconselhável confiar a responsabilidade da
proteção e da gestão dos monumentos e dos sítios às
populações autóctones.

AUTÓCTONE: Que ou quem é natural do país ou da região em que


habita e descende das raças que ali sempre viveram; aborígene,
indígena.
ARTIGO 7º - APRESENTAÇÃO, INFORMAÇÃO, RECONSTITUIÇÃO
A apresentação do patrimônio arqueológico ao grande público é um meio essencial para promover o
acesso ao conhecimento das origens e do desenvolvimento das sociedades modernas [...]

ARTIGO 8º - QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS


[...] Devem ser concedidas todas as facilidades aos profissionais que trabalhem neste domínio, por
forma a assegurar a sua atualização. Devem ser implementados programas de formação pós-
graduada especializados nas áreas da proteção e gestão do patrimônio arqueológico.

ARTIGO 9º - COOPERAÇÃO INTERNACIONAL


Verifica-se a necessidade premente da existência de circuitos internacionais que permitam o
intercâmbio de informações e a partilha de experiências entre os profissionais encarregues da gestão
do patrimônio arqueológico [...]
CARTAGENA DE
ÍNDIAS| COLÔMBIA

25 de maio de 1999| P ro t e ç ã o e re c u p e ra ç ã o d e b e n s c u l t u ra i s d o p a t r i m ô n i o a rq u e o l ó g i c o ,
histórico, etnológico, paleontológico e artístico da Comunidade Andina.
O centro histórico de Cartagena,
conhecido como a cidade fortificada, foi
declarado patrimônio nacional da
Colômbia, em 1959, e posteriormente
Patrimônio Mundial pela UNESCO.

ART. 1º - Tem por objetivo promover políticas e normas comuns para


identificação, registro, proteção, conservação, vigilância e restituição dos bens
que integram o patrimônio cultural dos países da comunidade andina [...]
ART. 2º - [...] Entende-se por bens
culturais os que, por motivos
religiosos ou profanos, revistam-se de
importância para a arqueologia, a
pré-história, a história, a literatura, a
arte ou a ciência [...]

ART. 3º - Os bens culturais a que se


refere o artigo anterior são
reconhecidos a partir de sua
propriedade, já que os que pertencem
a pessoas naturais ou jurídicas de
caráter privado também estão
incluídos [...]
"[...] A DEFESA E A PRESERVENÇÃO DO
PATRIMÔNIO CULTURAL SÓ PODEM SER
OBTIDAS ATRÁVES DE APREÇO E RESPEITO
PELAS RAÍZES HISTÓRICAS DOS POVOS [...]"

• ART. 4º - Os bens culturais serão objetos de mais ampla


proteção [...] e serão consideradas ilícitas sua importação e
exportação [...]

• ART. 5º - [...] Elaboração de leis e regulamentos que permitam


a proteção do patrimônio cultural e reprimam o tráfico ilícito
de bens culturais.
ART. 6º - Os países membros se comprometem a identificar quem haja
RECUPERAÇÃO DE BENS CULRURAIS participado de roubo [...] de bens culturais assim como trocar
informações técnicas e legais relativas aos mesmos.

ART. 7º - [...] O outro ou os demais [países] empregarão os meios legais a


seu alcance para recuperar e devolver de seus territórios os bens
culturais [...] com prévia autenticação de origem, autenticidade [...]

ART. 8º - Os gastos inerentes aos serviços necessários para a


recuperação serão pagos pelo país membro requerente.

ART. 9º - Será concedida isenção total de impostos aduaneiros [...]


durante o processo de recuperação e devolução dos bens culturais e
documentais até o país de origem [...]
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
EQUIPE:
Alana Fecury
Estéfane Mendoça
Jenia Silva
Ludimyla Furtado

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