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UNIVERSIDADE NILTON LINS

liCENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DANIEL AUGUSTO PEREIRA GARCIA

A POLÍTICA DE COLETIVIZAÇÃO STALINSITA E SUAS CONSEQUÊNCIAS


NA UCRÂNIA (1929-1934)

MANAUS
2023
DANIEL AUGUSTO PEREIRA GARCIA

A POLÍTICA DE COLETIVIZAÇÃO STALINSITA E SUAS CONSEQUÊNCIAS


NA UCRÂNIA (1929-1934)

Artigo apresentado ao Curso de Graduação


em História da Universidade Nilton Lins,
como requisito parcial à obtenção do Grau
de licenciatura em história.

Orientador: Prof. Dr. Talita Gama

MANAUS
2023
A POLÍTICA DE COLETIVIZAÇÃO STALINSITA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
NA UCRÂNIA (1929-1934)

THE STALINSI COLLECTIVIZATION POLICY AND ITS CONSEQUENCES IN


THE UKRAINE (1929-1934)

1 INTRODUÇÃO

Desde o começo da guerra Russo-Ucraniana que se deu início no dia 22


de fevereiro de 2022, o mundo voltou os olhos para aquele pais do leste
europeu que outrora era esquecido, com isso muitos começaram a revisitar os
mais diversos fatos da região e o assunto mais falado pela midia internacional
com certeza fora o “Holodomor” o holocausto ucraniano causado pela fome,
ocorrido entre 1930-1934, porém ainda hoje se tem uma grande discursão
sobre como isso aconteceu, suas causas, se foi proposital ou não, alguns
sequer aceitam que isso ocorreu e veem como apenas um mito de “fundação
da Ucrania” e que isso não passa de um invenção criada pela midia burguesa
para tentar rechaçar a os ideais sovieticos.

1. O Plano Quinquenal de 1929-1934.

No período pré-Revolução, a Rússia era predominantemente uma vasta


nação agrária, caracterizada pela ausência de industrialização e pelo regime
autocrático e absolutismo Tzarista, sobre total controle do Tzar Nikolái
Alieksándrovich Románov ou apenas Nicolau II, Nicolau era a perpetuação da
dinastia romanov que se mantinha no poder a quase 300 anos. “O traço
essencial e o mais constante da História da Rússia é a lentidão com que o país
se desenvolveu.”(TROTSKY, 2017,pg. 32)
Nesse cenário, uma minoria privilegiada de nobres prosperava às custas
da exploração das demais camadas sociais. À medida que o século XX
avançava, a Rússia ainda se encontrava notavelmente atrasada em termos de
desenvolvimento industrial e social, um contraste acentuado com as nações
ocidentais mais avançadas.
Após a morte de Lenin em 1924, Joseph Stalin assumiu a liderança da
União Soviética no cargo de Secretário Geral do Partido Comunista, apesar de
Lenin ter morrido em 1924, Stalin subiu ao poder publicamente e oficialmente
em 1927, e como um de seus primeiros planos foi a extinção NEP e no seu
lugar a criação dos planos Quinquenais,
Na estrutura política do NEP, era comum de acontecer no setor agrícola
era de que os fazendeiros vendiam suas safras ao Estado, porém o preço que
Estado pagava era muito baixo, ao ponto que os agricultores preferiram ficar
com as safras e colheitas e vender em um mercado paralelo ao governo,
porém: era extremamente mal visto e tratado a duras criticas qualquer um que
pedisse para aumentar os preços paga aos agricultores
(GELLATELY,2017,p.36)
Devido a esse problema nos preços,houve uma pequena fome em toda
União Soviética De forma que: “Todavia por volta de 1927 a escassez de
alimento e o elevado desemprego exigiram ação. Janeiro do ano seguinte
Stalin e outros decidiram “ medidas de emergência “,um eufemismo para
campanhas de expropriação” (GELLATELY,2017,p.36)
Esse processo de expropriação foi apenas um pequeno ensaio do que
viria por vir, com o fim do NEP o plano para Quinquenal foi traçado seu
principal meta era resolver a crise agrícola e fomentar a base industrial de
matérias primas, no lugar de plantar trigo e outros grãos, o governo central
decidiu plantar vastos campos de algodão e anil, entre outras matérias primas.

"O primeiro plano quinquenal previa que 85% das propriedades


dos camponeses seriam transformadas em cooperativas no
prazo de 5 anos, sendo que 20% seriam fazendas coletivas."
(Volkogonov, 2017, p. 223)
O plano de coletivização parecia uma boa alternativa, pois com a
coletivização das fazendas, o Estado não teria o problema que se tinha na
época do NEP de oferta e demanda e do mercado paralelo de grãos já que
tudo seria monopólio do estado. Uma vez que tudo fosse coletivizado e as
cooperativas fossem criadas, o Estado teria total controle sobre elas. Porém,
não se contava com um grande problema: não se pensou que a população
mais pobre não daria de bom grado suas terras, uma vez que a maioria era de
pequenos e médios fazendeiros, e não de grandes latifundiários. Isso porque
estes últimos já haviam sido expropriados durante a crise de fome que ocorreu
durante o período do NEP, os que restaram foram os pequenos e médios
fazendeiros.
Segundo(GELLATELY,2017) Os médios fazendeiros, que possuíam um
poder aquisitivo um pouco maior, foram rotulados pelo Estado como 'kulaks'.
Na perspectiva do Estado socialista, eles eram considerados contra-
revolucionários, pois, ao venderem grãos, estavam envolvidos em um comércio
que beneficiava principalmente a eles próprios, em vez de contribuir para o
bem comum.

"O estilo repressivo se disseminou e passou a ser incentivado. A base teórica e


política por trás do slogan 'por um ritmo furioso na coletivização' (Volkogonov,
2017, p. 224)

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