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Samara Cristina Oliveira de Farias Lima 1; Fábio Leite Dias¹ & Joecila Santos da Silva ².
Abstract:
Resumo:
1Mestrandos do Programa de Pós Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – ProfÁGUA/UEA, Av. André Araújo, 2010, Bairro
Petrópolis, CEP: 69067-375, Manaus/AM, Brasil, scodfl.mgr23@uea.edu.br; fld.mgr21@uea.edu.br;
²Doutora em Ciências – UFRJ/Université Toulouse e Professora da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, Av.Darcy Vargas, 1200, Parque 10,
CEP: 69050-020, Manaus/AM, Brasil, jsdsilva@uea.edu.br
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Palavras-Chave – Rio Negro; Curva-chave; Vazão.
REVISÃO DE LITERATURA
GOVERNANÇA DA ÁGUA Do ponto de vista do sistema: é a forma como a sociedade
se organiza (instituições, atores e suas relações), para estabelecer as regras formais e
informais sobre o funcionamento dos processos decisórios. Do ponto de vista da função
social: são as regras, práticas e processos (formais e informais), por meio dos quais as
decisões são tomadas, implementadas e seus resultados avaliados.
No Brasil, cabe aos municípios promover a integração das políticas públicas no
âmbito das cidades, tendo em vista as diferentes áreas que incidem sobre os recursos
hídricos, tais como a gestão ambiental, do saneamento básico e do uso e ocupação do solo
(Lei n° 9.433/1997). A implementação dessas diversas políticas é de interesse local,
portanto, de responsabilidade do município. Ao mesmo tempo, conforme a Constituição
Federal de 1988, os municípios não possuem dominialidade sobre os recursos hídricos, ou
seja, não têm responsabilidade direta pela sua administração. No entanto, cabe aos
gestores municipais promover a conservação do meio ambiente e o combate de todas as
formas de poluição, inclusive a hídrica; o planejamento urbano, que contempla o uso e
ocupação do solo, a regularização fundiária e a habitação; além disso, o município é titular
dos serviços públicos de interesse local, incluindo os serviços de saneamento básico
(BRASIL, 2015; WHATELY, 2017; CNM, 2022).
Esse tema é de grande relevância também para o Brasil (TUCCI, 2008; ANELLI, 2015;
AGÊNCIA BRASIL, 2015; ANA, 2016:2019a; SOTTO et al., 2019). A má gestão dos espaços
urbanos, associada às mudanças climáticas, resultou em um aumento significativo do número de
municípios afetados por desastres relacionados à água na última década em todo Brasil (ANA,
2019a).
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Pahl-Wostl (2017) esclarece a diferença entre gestão e governança, considerando as atividades
de gestão, como sendo a análise e o monitoramento dos recursos hídricos, para a manutenção
dos mesmos dentro de limites acordados; e a governança, como a função social que regula o
desenvolvimento da gestão de recursos hídricos, levando a situação dos mesmos em direção a
um estado desejado e afastando-a de um estado não desejado.
De acordo com Gomide & Pires (2014), enquanto o ambiente institucional diz respeito às
regras gerais que estabelecem o fundamento para o funcionamento dos sistemas político,
econômico e social, os arranjos institucionais, por sua vez, representam as regras específicas que
os agentes estabelecem para si e entre si, nas suas relações econômicas, políticas e sociais. O
arranjo institucional é “o conjunto de regras, mecanismos e processos que definem a forma
particular como se coordenam atores e interesses na implementação de uma política pública
específica” (p. 19). São, portanto, os arranjos que viabilizam a implementação das políticas
públicas pelo Estado. O arranjo institucional constitui a capacidade técnico-administrativa e
política do Estado para implementar as políticas e alcançar os resultados almejados.
A capacidade técnico-administrativa do Estado está relacionada à implementação, através
de processos formais, das ações necessárias e coordenadas para a produção de resultados. A
capacidade política refere-se às habilidades do Executivo em ampliar os canais de interlocução e
negociação com os diversos setores da sociedade, administrar conflitos e evitar a captura por
interesses de certos grupos ou atores sociais. A capacidade política, ao mesmo tempo em que é
definida pelo arranjo, também o define, o molda, amplia ou reduz. Pois, a constituição do arranjo
institucional depende diretamente da capacidade política do Estado (GOMIDE & PIRES, 2014).
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Quanto ao termo “integração”, este se refere a uma multiplicidade de dimensões envolvidas na
gestão da água, como: as dimensões humana e ecossistêmica; áreas de bacias hidrográficas e
costeiros; gestão do uso e ocupação do solo integrada à gestão dos RH; água azul (presente nos
corpos d’água superficiais e subterrâneos) e água verde (“escondidos” nos ecossistemas); águas
superficiais e subterrâneas; integração da quantidade e qualidade da água etc. (GWP, 2000).
Theesfeld & Schleyer (2013) realçam a importância da compreensão do fenômeno da integração e
de seus possíveis níveis e graus. Fundamentados em Huppert (2005), os autores distinguem
vários graus de integração: a) a integração de recursos hídricos superficiais e subterrâneos, que
pode considerar um ou mais níveis da administração, é mais simples; b) a integração intersetorial,
em que o interesse recai sobre os impactos gerados, a partir de um uso determinado dos recursos
hídricos, sobre outros, como, por exemplo, a irrigação com relação ao abastecimento; c)
integração que contempla a multiplicidade de recursos, como água, floresta, solo etc.. Os níveis
referem-se às instâncias político-administrativas, conforme apresentado no Quadro 9.
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Descompas Abordagens Incoerênci Carência e Falhas na Falta de Instituições
so entre setoriais, as e descontinui quantidad profissionai frágeis, falta
níveis e hierárquicas. contradiçõ dade de e, s de
escalas Indefinições, es nos recursos qualidade capacitados integridade
administrat lacunas e objetivos. financeiros. das , de dos agentes.
ivas e conflitos de Falta de informaçõ ferramentas Falta de
funcionais responsabilida compromi es, e transparênci
(hidrológic des. sso levando a infraestrutu a. Ausência
as). político. decisões ras. de
equivocad participação
as. e controle
sociais
MATERIAL E MÉTODO
Ocorre que boa parte dos municípios brasileiros, considerados de pequeno e médio porte ,
possuem estruturas administrativas que não são suficientemente desenvolvidas para dar conta da
complexidade de suas atribuições. Observa-se que uma assimetria políticojurídica e financeira dos
municípios em relação à União e aos estados inviabiliza, em muitos casos, a implementação
efetiva das políticas públicas de âmbito local (GRIN & ABRÚCIO, 2019). Além disso, a concepção
de que a escala mais apropriada para a gestão dos recursos hídricos é a bacia hidrográfica, -
quase uma unanimidade na área especializada e no senso comum -, se reflete na Política
Nacional de Recursos Hídricos (ABERS & JORGE, 2005; PORTO & PORTO, 2008; ANA, 2017).
Portanto, apesar de boa parte das questões hídricas, relacionadas aos processos de urbanização,
acontecerem no âmbito loca
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ANA. Agência Nacional De Águas. Base de Dados Hidrológicos. Disponível em:
<http://www.snirh.gov.br/hidroweb/>. Acesso em: 20 de maio de 2023.
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ANA. Agência Nacional De Águas. Conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil: Regiões
hidrográficas brasileiras - Edição Especial. Brasília: ANA, 2015. Disponível em:
<http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos/
regioeshidrograficas2014.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2023.
JACCON, G.; CUDO, K.J. (1989). Curva-chave: analise e traçado. Brasília, DNAEE, 1989.
SEMA (2019). Gestão de Recursos Hídricos no Amazonas - Relatório 2019. Governo do Estado do
Amazonas. Disponível em:
<https://meioambiente.am.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/RELATORIO-DE-GEST
%C3%83O-Recusros-h%C3%ADdricos-sema-2019.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2023.