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COLÉGIO SANTA LÚCIA FILIPPINI

Ana Luisa Lima Cruz, Giovanna Bicudo Moreno, Giovanna Reis Campos,
Tayna Borges Morgato

O APETITE DO POVO BRASILEIRO

SÃO PAULO,

2023
Ana Luisa Lima Cruz, Giovanna Bicudo Moreno, Giovanna Reis Campos,
Tayna Borges Morgato

O APETITE DO POVO BRASILEIRO

Projeto apresentado como exigência


do Mapa da Trilha ou atividade
Avaliativa de Sociologia

São Paulo,

2023
Sumário

I. O apetite do povo brasileiro……………………………………4/5


II. Referências bibliográficas………………………….……………6/7
De acordo com os parâmetros do sistema jurídico, elaborado internamente da Constituição
Federal de 1988 - o artigo 6° prenuncia que a alimentação é assegurada como direito social de
cada indivíduo da população brasileira. No entanto, evidenciado no cenário nacional é
apresentado uma constante degradação do que se trata à níveis de alimentação e nutrição
necessários, refletido principalmente em áreas mais vulneráveis, como as regiões Norte e
Nordeste; em lares geridos por pretos e pardos e maior presença em domicílios em que a pessoa
responsável está desempregada. Diante dessas circunstâncias, é oportuno analisar os fatores
contribuintes para tal aumento, em especifico a má distribuição de recursos alimentícios, causas
históricas, políticas, econômicas, sobretudo marcada pela desigualdade social.

Em uma sociedade eminentemente evoluída em diversos aspectos, transfigura-se um absurdo o


ato de tratar como complexo e dificultoso o acesso de qualquer cidadão a uma alimentação
digna, tendo em vista que o planeta assenhoreia uma demanda de alimentos necessária e
remanescente para suprir o apetite de todos. A raiz da fome no brasil se ocasionou no período
colonial, marcado pelo início da escravização e exploração dos habitantes originários, a
condição mais fortificada pela inicialização deste problema social, foi a colocação prioritária
concedida ao mercado exportador das matérias primas nacionais, cenário que se mantém
ocorrendo na época atual, por meio da vigência do modelo de produção agroexportador, a
arcaica e extrema concentração fundiária e o manejo inadequado de recursos naturais. O próprio
meio ambiental individualmente, também fermenta e intensifica a carência alimentícia de
parcelas da população, em situações de inundações, longos períodos de estiagem, outorgando
consequências danosas aos agricultores familiares proprietários desses terrenos e até mesmo
aos que não apoderam-se de nenhuma propriedade, e não angariam de forma viável a
possibilidade da obtenção de espaços, ambos esses contextos vivenciados, são prejudiciais em
virtude da inexistência de uma reforma agrária e distribuição justa de terras. Tais problemas
antrópicos e naturais acabam resultando em profusas óbices no âmbito social, como a
distribuição desigual de alimentos, que varia de acordo com a região residida, grau de pobreza
e desigualdade em que este se encontra, a face do exposto é solene retratar que nos limites
Brasileiros, a fome hoje afeta 33,1 milhões de pessoas, dados que se acentuam nas regiões Norte
e Nordeste. Ao longo de pródigas adversidades enfrentadas pelo povo, é importante deter o
conhecimento dos processos da ação, do agir, seus motivos e consequências para assim obter a
capacidade de influenciar o futuro, ideia essa ponderada por “Anthony Giddens (1938).

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Os afrodescendentes são os mais afligidos com a carestia alimentícia na província brasileira.
Por mérito do racismo estruturado na sociedade desde os primórdios, que acarreta uma
marginalização e discriminação repulsiva referente a essa cor de pele e menor indiferença e
negligência do estado na presença deste assunto não poderia haver. Mesmo existindo plenos
recursos para acabar com o apetite do povo brasileiro, o governo não o faz, pois pouco importa
que 17 pessoas morram de desnutrição todos os dias no país, é mais vistoso o quanto lucraram
elevando os preços e exportando os alimentos aqui produzidos. Portanto em frente a esses
incidentes, é pertinente trazer à tona a abstração de que a ciência sociológica não pode
unicamente subsistir sendo alicerçada em um embasamento teórico, mas também desenvolver
nos cidadãos um certo senso crítico e empático perante o mundo social, pensamento defendido
pelo sociólogo “Gabriel Cohn (2006). Sendo assim, é compreensivo a convicção de que é
imprescindível e significativo analisar a fome a partir de um olhar sociológico, com o intuito
de aprimorar uma perspectiva ampla e criteriosa, para a institucionalização de operações a
respeito de pessoas necessitadas.

Diante da exposição de abundantes efeitos sociológicos idealizadores e geradores da fome, é de


exímia importância ressaltar que estes pilares indutores de incertezas quanto à distribuição
igualitária de alimentos, precisam ser revistos com maior sensibilidade e perspicácia analítica,
propiciando assim um porvir, em que a impossibilidade de alguns completarem refeições
básicas e integras, devido a uma renda não equivalente ao valor de recursos alimentícios, seja
nula. A melhoria da qualidade nos sistemas de saúde, saneamento básico e educação,
contribuiria para o aumento da renda e uma mais eficiente conscientização, como base da
pirâmide social. Os sujeitos constituintes dessa escória, de acordo com a organização social
existente, se apresentam em sua maioria como pessoas de matiz retinta, que se localizam nesta
configuração em decorrência do racismo estrutural, definido em métricas capitalistas, refletindo
demasiadamente nos dias atuais. Para a cessação integral de numerosas problemáticas, seria
fundamental a reformulação e alteração do sistema econômico e modo de produção dominante
no Mundo, que o destrói gradativamente e o transforma na raiz do problema, sendo assim
indispensável o seu extermínio.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/fome-no-brasil.htm. Acesso em 19 de março de
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FTD SISTEMA DE ENSINO: ensino médio: ciências humanas e sociais


aplicadas. Imaginação sociológica. 2. Ed. São Paulo: FTD, 2021. 104 p.

Castro, M. Registros das aulas de sociologia

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