O documento discute os desafios para garantir a segurança alimentar no Brasil. A desigualdade social e a cultura do desperdício agravam a insegurança alimentar no país. Além disso, o sistema econômico produz alimentos para lucro em vez de alimentar as pessoas, e a negligência do Estado contribui para que 36% da população sofra com algum grau de fragilidade alimentar. Finalmente, o Brasil descarta anualmente 26,3 milhões de toneladas de comida, o que está relacionado à cultura de fartura
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Redação: Os desafios para garantir a segurança alimentar no Brasil
O documento discute os desafios para garantir a segurança alimentar no Brasil. A desigualdade social e a cultura do desperdício agravam a insegurança alimentar no país. Além disso, o sistema econômico produz alimentos para lucro em vez de alimentar as pessoas, e a negligência do Estado contribui para que 36% da população sofra com algum grau de fragilidade alimentar. Finalmente, o Brasil descarta anualmente 26,3 milhões de toneladas de comida, o que está relacionado à cultura de fartura
O documento discute os desafios para garantir a segurança alimentar no Brasil. A desigualdade social e a cultura do desperdício agravam a insegurança alimentar no país. Além disso, o sistema econômico produz alimentos para lucro em vez de alimentar as pessoas, e a negligência do Estado contribui para que 36% da população sofra com algum grau de fragilidade alimentar. Finalmente, o Brasil descarta anualmente 26,3 milhões de toneladas de comida, o que está relacionado à cultura de fartura
Os desafios para garantir a segurança alimentar no Brasil
Na obra “Utopia”, do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita,
na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que a insegurança alimentar no Brasil dificulta a concretização dos planos de more. Nesse sentido, a desigualdade social junto a cultura do desperdício agrava tal problemática. Em primeiro lugar, convém destacar a música “Brasis” da cantora Elza Soares, a qual demonstra que o maior responsável pelo panorama da vulnerabilidade nacional é o sistema econômico, que produz alimentos para reger lucro e não para alimentar pessoas. Nessa perspectiva, a negligência estatal aliada a uma raiz histórica de concentração fundiária – em um enorme território de solo fértil e tipicamente exportador de alimentos – fomenta o cenário instável de 36% da população que sofre por algum grau de fragilidade alimentícia, segundo dados do IBGE de 2018. Por conseguinte, infere-se uma limitação ao acesso a alimentos saudáveis de forma regular e em quantidade e qualidade suficientes, o que compromete o funcionamento apropriado das demais necessidades essenciais. Outrossim, é pertinente citar que de acordo com dados do IPEA, o Brasil descarta cerca de 26,3 milhões de toneladas de comida fora todo ano. Nesse âmbito, pode- se analisar que a problemática está relacionada a uma cultura de fartura, a falta de infraestrutura e má administração, intensificando o desaproveitamento desse. Partindo dessa afirmação, os alimentos adquiriram prestígio social por serem considerados itens “incertos”, o que aumenta o costume inconsequente da compra de comida em quantias exageradas. Além disso, boa parte das safras desse é perdida ao longo de péssimas condições de deslocamento e estoque, gerando prejuízos para as empresas produtoras. Desse modo, faz-se urgente medidas que modifiquem tal cenário. Porém, apesar de caótica, essa situação é mutável. Portanto, urge que o Ministério da Cidadania junto ao da Fazenda invista na agricultura familiar, no mercado interno, em programas assistencialistas como a Fome Zero – realizando mensalmente a distribuição de cestas básicas para pessoas de menor aquisitivo. Por meio da concessão de créditos na cobrança de tributos, a fim de possibilitar um pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano. Ademais, é mister que as escolas trabalhem a mudança de comportamento por meio de debates críticos, criando a consciência do não desperdício. Somente assim, será possível concretizar os planos de More.