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CALCULO FINANCEIRO
Discentes:
Amina
Elsa Saimone Mapira
Lealdina Esmenia Felismino
Sandra Alexandre da Costa
Regina Ismail Dorinco Sitrole
Zefa Júlio Manuel Joao
Neste trabalho vamos explicar o que são rendas e todos os conceitos relacionados com
as mesmas em valor atual e em valor acumulado, tentar perceber todas as formulas
para que melhor consigamos resolver os exercícios e saber calcular todo tipo de rendas.
Definição de renda
As Renda são um conjunto de capitais, constante ou não, com vencimentos equidades,
no tempo. Cada um desses capitais designa-se habitualmente, de termo de renda.
Rendas são conjuntos de capitais que ocorrem em momentos com o mesmo intervalo de
tempo. Cada um dos capitais designa-se por um termo de renda. Cada intervalo de
tempo que decorre entre os vencimentos de dois termos consecutivos dá-se o nome de
período de renda.
Aleatórias ou incertas- neste tipo de rendas, a disponibilidade dos seus termos depende
de circunstancias não previstas, isto é, aquelas em que o começo ou o fim do serviço é
impreciso e dependente de algum acontecimento externo, imprevisível ( ex: um seguro
de vida – a sua duração não é certa, ou seja, não sabemos o seu início e fim).
Termos variáveis – são aquelas em que o pagamento não são todos iguais.
Renda diferida- são aquelas em que o primeiro serviço respeita a um período que é
posterior aquele em que se situa o valor atual da renda.
Uma vez que os dois critérios que normalmente mais confusão fazem a uma boa parte
dos alunos são os relacionados com o momento de referência e com o vencimento dos
termos, vamos sintetizar num pequeno quadro as classificações quanto aos mesmos:
Quanto ao
vencimento De termos normais De termos antecipados
dos termos
Quanto ao
Momento de referencia
A medida que avançamos no estudo das rendas ficamos seguramente cada vez mais
familiarizados com a sua classificação. Veremos que quase sempre é possível classificar
a mesma renda de duas formas segundo estes dois critérios. Vamos então, começar por
classificar algumas rendas.
Exemplos:
Assumindo que vigora sempre uma taxa anual efetiva i e que o momento de referência e
o momento 0, classifique as seguintes rendas:
+50 +50 +50 ... +50 +50
0 1 2 3 ... 9 10
(Anos)
0 1 2 3 ... 19 20
(Anos)
0 1 2 3 ... 24 25
(Anos)
0 1 2 3 ... 47 48
(Meses)
0 1 2 3 ... 35 36
(Trimestre)
0 1 2 3 ... 31 32
(Semestre)
Rendas temporárias, fracionada, diferida 2 períodos de 30 termos constantes e normais
ou, o que é o mesmo
0 1 2 3 ... ... ∞
(Anos)
0 1 2 3 ... ... ∞
(Anos)
(Meses)
0 1 2 3 ... ... ∞
(Trimestre)
0 1 2 3 4 ... ∞
(Semestre)
- O valor de uma renda num ponto intermédio da sua vigência – e havendo que
considerar todos os seus termos- obrigara por via dos conceitos, ao cálculo dos valores
acumulados dos termos vencidos e ao cálculo dos valores atuais dos termos vincendos,
sendo todos os valores referidos ao ponto intermédio.
O valor de uma renda num ponto intermédio da sua vigência- e havendo que considerar
apenas os termos futuros- são constituídos pela soma dos valores atuais, referidos a esse
momento (ponto intermédio) de cada um dos termos vincendos. É, assim, o capital
único dos termos vincendos.
Vão se apenas considerados rendas de termos unitários e iremos analisar dois aspectos
essenciais tais como:
Estas rendas são mais importantes pois são as mais simples e todas as outras rendas
pode-se converter nestas, ou seja, pode ser transformada em rendas imediatas, de termos
inteiros e normais. Estes tipo de renda é composta por n termos iguais que se vencem no
respectivo período.
Nesta reta temporal temos representado termos unitários (1 capital) e temos também os
períodos referentes a cada termo. A cada período corresponde uma taxa (i). Neste tipo
de renda como é uma renda imediata o pagamento é feto no início do primeiro período.
CALCULO DO VALOR ACTUAL
O valor atual de uma renda certa, temporárias, imediatas, e inteiras com termos normais
e unitários representa-se neste caso por a n ˥i o número de termos coincide com o número
do período.
1 1 1 1 1
0 1 2 ..... n-1 n
Então:
1
Temos então: a n ¬ i= ¿
i
Nesta formula está a ser considerado o T como sendo igual a 1, para calcularmos valor
atual de uma renda imediata, iremos utilizar o valor referido ao início do primeiro
período e somamos todos os termos atualizando-os para o período que estamos a
utilizar.
T
Ou seja: T a n ¬ i= ¿
i
i- a taxa aplicada;
n- o número de termos;
No caso de ser uma renda perpetua imediata de termos normais e unitários temos a
seguinte formula:
1 1
a ∞ ˥ = lim an ˥ =lim ¿=
i
n→ ∞
i
n →∞ i i
Nesta formula podemos verificar que o n pode ser infinito ou seja, podemos ter um
número infinito de termos.
Valor acumulado
Formula:
sn ˥i=1+ ( 1+i ) +¿
1
Logo, sn ˥i= ¿
i
i-Taxa
n- Número de termos
S- Valor acumulado.
Podemos concluir que o valor acumulado é o valor actual capitalizado no fim do prazo
da mesma forma que o valor actual é igual ao valor acumulado actualizado para o início
da renda.
A resolução do problema é igual apenas com alguns pormenores que devem ser tidos
em atenção:
-Neste caso não há coincidência da taxa com o período da renda sendo a taxa inferior ao
período da capitalização pois há período intermédio;
-Neste caso temos também que calcular a taxa efectiva relativa ao período da renda para
nos podermos situar nas rendas inteiras visto serem mais fáceis.
i=¿ -1
Está-se a calcular a taxa efetiva para um período sendo está a formula utilizada.
Valor actual
Sabemos o valor actual da renda, sabemos também que a formula a utilizar para calcular
a taxa efectiva é a anteriormente referida. Então vamos substituir ........na formula
utilizada para calcular o valor actual, o (i) da taxa de juros pela formula que utilizamos
para calcular a taxa efectiva. Tendo como formula final o valor actual calculada com a
taxa efectiva.
Formula:
an∗m ¬ i(m)
m
Temos como formula : a n ¬ i(m)=
sm ¬ i(m)
m
a-valor actual,
Periodo da taxa
M=
Periodo da renda
[
a n ¬ i(m)= 1+
i (m )
m
❑❑ ]
Através desta formula vamos calcular o valor actual tendo em conta a taxa nominal
i(m). O cálculo será feito através do produto em ter o valor actual (utilizando o mesmo
número de termos igual ao total das atualizações e utilizando também a taxa
proporcional........) e o inverso do valor acumulado.
Valor acumulado
Formula:
1
sn ˥i= ¿
i
1+i=¿
Esta formula vem da junção da taxa efectiva com o valor acumulado, isto é, na formula
substituímos a nossa taxa (i) pela taxa o nominal de onde surge a formula.
Com esta formula vamos calcular o valor acumulador tendo em conta o número de
termos (n) e a taxa efectiva i(m). Esse cálculo é feito através do produto entre o valor
acumulado utilizando uma taxa ´proporcional ............. e o valor acumulado que tem o
número de capitalizações iguais ao número de termos.
Nesta reta vemos que o pagamento é efetuado no início de cada período, ou seja, o
primeiro vence-se no momento 0 e corresponde ao período (0,1) e o ultimo termo
vence-se no momento n-1 correspondendo ao período de tempo (n, n-1), havendo
capitalizações no fim de cada período da renda.
Valor actual
O valor actual deste tipo de rendas representa-se ..................O n e o i tem o mesmo
significado que nas rendas anteriores.
Formula:
Nesta formula verifica-se a ligação entre o valor atual da renda de termos antecipados e
o valor atual da renda de termos normais. Há também outra ligação importante nesta
formula que é a divisão da renda antecipada em duas: uma parte que é constituída pelo
primeiro termo que vence no momento 0, outra constituída pelos restantes termos em
que o primeiro se vence no momento um e o ultimo em (n-1). O valor actual destes
termos no momento 0 ........... tal como podemos verificar na formula.
Valor acumulado
O valor acumulado representa-se por ........... e tal como nas rendas de termos normais, o
seu valor vem da capitalização do valor atual para o fim do último período.
Determine o valor acumulado que adquire no final do prazo e imediatamente após ter
efectuado ultimo deposito.
i=0,09 ¿ 500∗¿ ¿
n=20 ¿ 500∗¿ ¿
sn ˥ =1000 euros
i
N=8 meses
I= 0,008%/mês
T=?
sn ˥ =t∗sn ˥
i i
sn ˥ =t∗¿ ¿
i
1000=t∗¿ ¿
1000=8 ,22762007∗t
1000
t=
8,22762007
t=121 ,54
Por aqui concluímos que ´para calcularmos o valor acumulado de uma renda com n
termos antecipados e unitários é apenas necessário multiplicar o valor atual de uma
renda igualmente de n termos antecipados e unitários ao valor atual de n termos.
Por este esquema pode-se observar que nas rendas diferidas o primeiro pagamento será
efetuado no momento 1, ou seja, o primeiro pagamento será feito no período (1,2), o
período seguinte em que se situa o valor atual, e o ultimo será efetuado em (n-1) sendo
uma renda de termos antecipados mais diferidas de um período.
Vamos calcular o valor atual e o valor acumulado de uma renda diferida de k períodos
com n termos normais e unitários e capitalizações apenas no fim de cada período
inteiro.
Primeiro vamos analisar as rendas imediatas de termos normais. Primeiro temos aqui
uma renda imediata com n termos normais de valor atual a ....... a seguir atualizamos o
valor de k perdoados para se obter o valor atual na origem
Por esta formula vamos obter o valor da renda atual levando em conta que o momento k
representa uma renda imediata com n termos normais e unitários de seguida atualizamos
o valor de k pelo número de períodos diferidos.
O cálculo do valor atual termo a termo será calculado pela mesma formula acima
referida.
RENDAS CERTAS
Uma renda é denominada certa quando todos os seus elementos: número de parcelas,
período, valores das parcelas e vencimentos podem ser pré-fixados. Caso contrário, ela
é dita renda aleatória.
Se todas as parcelas que constituem a renda são iguais, ela é denominada constante
(série uniforme), caso contrário ela é dita variável.
Podemos estabelecer nesse período uma equivalência de capitais entre o valor da dívida
D e o somatório das prestações (P).
4 3 2
Du = Pu + Pu + Pu+ P S4
Colocando P em evidência
Du = P ¿ ¿ + u +u+1 ¿
4 2
S4
Observe que a expressão entre parênteses é a soma dos 4 primeiros termos de uma
progressão geométrica de razão U 4.
S= U 3 +U 2 +U +1
Multiplicando ambos lados por u
u.S = U 4+ U 3 + U 2 +U
Vamos subtrair
u.S – S
Colocando S em evidência
S (u – 1) = U 4−¿1
4 4
U 1 U −1
S= − ¿> ¿ D=P.S.
U 1 U −1
Exemplo:
Sr. José do Carmo deposita em um banco, no fim de cada mês, durante 5 meses, a
quantia de R$1.000,00. Calcule o montante da renda acumulada, imediatamente após o
último depósito, sabendo que o banco está pagando juros de 20% ao mês.
M = PU 4 + PU 3 + PU 2 + PU + P
Colocando P em evidência
M = P (U 4+ U 3 +U 2 +U +1) S
Fórmula:
S = U 4+ U 3 +U 2 + U + 1
u.S = U 5+ U 4+ U 3 +U 2 +U
Vamos subtrair
uS – S
colocando S em evidencia
S(u-1) = u5−1
5
U −1
S=
U −1
Formula
5
u −1
D= P.S D=P. u= 1+i
u−1
Resolvendo o exercício:
D=?
P = 1.000,00
i = 0.2
n=5
5
(1+0.2) −1
D = 1000 . D=R $ 7.441 , 60
( 1+ 0.2 )−1
Conclusão
Neste trabalho abordamos sobre Rendas em regime de juros compostos e concluímos
que são conjuntos de capitais que ocorrem em momentos com o mesmo intervalo de
tempo. Cada um dos capitais designa-se por um termo de renda. Cada intervalo de
tempo que decorre entre os vencimentos de dois termos consecutivos dá-se o nome de
período de renda.
Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento e aprofundamento deste
tema, porque permitiu-nos a conhecer melhor a necessidade do estudo das rendas e
como elas atuam perante o regime de juros compostos.
Referencia
Rogerio, M (2018). Calculo financeiro: Teoria e Pratica. (6. ed), ISBN 9789725925393.
Escola Editora.
Mateus, J. M. A (2009) Cálculo Financeiro (3ª Edição). Edições silabo: Lisboa, Portugal