Você está na página 1de 2

Política de grupos

A população da Guiné equatorial, como já foi referido, mobilizou-se com o


objetivo de acabar com o regime de governação de Theodoro, para dar fim a um regime
autoritário. Heywood apresenta os partidos como sendo, “autoritários ou democráticos”,
o que, relativamente à Guiné Equatorial temos a presença de um partido autoritário, no
caso das eleições, podemos observar uma dominância do partido de Theodoro, que
vigora à 43 anos, e podem adotar ideologias de direita, esquerda ou centro.

Aqui podemos referir o espectro que existe entre esquerda/direita. Na Guiné está
no poder um partido de direita, caracterizado como autoritário, hierárquico, tradicional,
muito nacionalista, e conservador, em contraste com os partidos de esquerda, que são
igualitários, progressistas, reformistas e estão virados mais para a parte internacional.
Podemos afirmar que consoante este espectro que as opiniões de esquerda apoiam a
intervenção e o coletivismo, enquanto os de direita favorecem o mercado e o
individualismo.

Os principais partidos em sistemas competitivos desempenham um papel não


menos significativo no encorajamento de grupos a desempenharem as regras do jogo
democrático, mobilizando assim o apoio ao próprio regime.

Também o facto de não existir tanta influência de partidos políticos distintos vai
fazer com que haja uma menor socialização e uma precariedade na educação política da
população.

Devido ao papel crucial que os partidos políticos desempenham, tem sido dada
uma atenção considerável aonde reside o poder dentro dos partidos, através da
organização e da estrutura dos mesmos.

Isto leva-nos então ao debate sobre os prós e os contras da existência de vários


partidos. São tão comuns os partidos na política moderna que muitas vezes se esquece
como eram controversos quando surgiram. Embora alguns os tenham acolhido como
agentes de uma nova era da política de massas, outros advertiram que iriam aprofundar
o conflito e subverter a política da consciência individual. A tendência para a
diminuição da filiação partidária e o declínio da identificação partidária no período. Por
um lado sim porque os integrantes sacrificam a consciência pessoal para o bem do
coletivo; existe mais desarmonia e contradição, pois os partidos promovem uma visão
unilateral da política em que as questões e os debates políticos são constantemente
distorcidos por considerações de vantagem do partido, ou seja, tentam sempre
prejudicar-se uns aos outros, o que podemos ver no regime de Theodoro, já têm uma
influência tão grande na mente das pessoas que tudo o que usam e dizem para prejudicar
outros é levado a sério, o que vai descredibilizar os partidos rivais; e é dignificada a
dominação pela astúcia e ambição, visto que os partidos servem para concentrar o poder
político em vez de o dispersar.

Por outro lado não, devido à maior afluência de fóruns de debate, ou seja, em
vez de exigir aos membros que sacrifiquem a sua consciência pessoal, os partidos
proporcionam aos seus membros uma educação em política, ajudando-os a reforçar os
seus conhecimentos e competências e tornando-os cidadãos mais empenhados; é feita
uma maior envolvência do povo, isto aplica-se mais claramente quando o processo
eleitoral força os partidos a competir pelo voto popular a fim de ganhar ou manter o
poder do governo, mas também pode ocorrer (embora de forma limitada) em sistemas
autoritários, através de tentativas dos partidos "governantes" de manter a legitimidade,
algo que falta na Guiné Equatorial; e é favorecida a interação interpartidária, aqui
bipartidarismo é mais comum do que é frequentemente suposto.

Você também pode gostar