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Curso Profissional

Técnico de Receção

10º Ano / Turma I

Operações Técnicas de Receção

Módulo 2 - 18 horas

“Empreendimentos Turísticos e Unidades de


Acolhimento – Tipologia”

Ano Letivo 2013/2014

Formador: Carlos Miguel B. Gonçalves


Metodologias

Leitura e Interpretação da Sebenta

Exercícios escritos

Visionamento de filmes e PowerPoint

Trabalho

Objetivos:

Identificar os diversos tipos de empreendimentos turísticos e conhecer as suas respetivas


definições

Evidenciar os princípios básicos diferenciadores dos diversos tipos de empreendimentos


turísticos

Conhecer a classificação que pode ser atribuída a cada um deles, de acordo com os
parâmetros definidos para o efeito

Estabelecer uma análise comparativa entre os diversos empreendimentos, nomeadamente nos


aspetos diferenciadores

Conhecer as reais capacidades de alojamento da zona envolvente

Avaliação:

Observação direta

1Teste

1Trabalho em grupo
Conteúdo
1. Empreendimentos turísticos ................................................................................................ 4
1.1. Zonas de Serviço ............................................................................................................. 4
1.2. Serviços de receção/portaria ...................................................................................... 5
O Alojamento Turístico ...................................................................................................................... 6
2.1. Unidade de alojamento.................................................................................................. 6
2.2. Capacidade ......................................................................................................................... 8
2.3. Tipos de empreendimentos turísticos ...................................................................... 8
2.3.1. Estabelecimentos hoteleiros ................................................................................ 9
2.3.2. Aldeamentos turísticos ........................................................................................ 10
2.3.3. Apartamentos turísticos ...................................................................................... 10
2.3.4. Conjuntos Turísticos (Resorts) ......................................................................... 11
2.3.5. Turismo de Habitação .......................................................................................... 12
2.3.6. Turismo no Espaço Rural .................................................................................... 12
2.3.7. Parques de campismo e caravanismo............................................................ 14
2.3.8. Turismo de natureza............................................................................................. 15
3. Alojamento local..................................................................................................................... 17
4. Competências do Turismo de Portugal, I. P. .............................................................. 17
4.1. Competências dos Municípios ................................................................................... 18
4.2. Categorias - ***** ....................................................................................................... 18
4.3. Classificação..................................................................................................................... 19
4.4. Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos ............................................ 20
4.5. Exploração dos empreendimentos turísticos....................................................... 20
4.6. Períodos de funcionamento e Sinais Normalizados .......................................... 21
5. Análise da Capacidade de Alojamento em Portugal ................................................................... 21
6. Formas de Exploração do Alojamento ........................................................................................... 21
1. Empreendimentos turísticos

Se, pelo ponto de vista da Procura, se analisa o Turismo atendendo às Motivações


principais dos Turistas, do ponto de vista da Oferta, tenta-se proceder à
caracterização dos equipamentos e instalações que satisfazem a procura existente.

Os atrativos turísticos, que vão desde o clima, a paisagem, a história, os


monumentos, etc., são complementados por estruturas criadas para satisfazer as
necessidades dos Turistas.

As principais necessidades dos Turistas, são no fundo, as necessidades básicas do


Homem. Destas, sobressaem a necessidade de comer e de dormir.

Para suprir essas necessidades, em hotelaria, existem dois principais


departamentos na oferta de serviços turísticos:

- A Restauração e o Alojamento

Quanto às formas de Alojamento, iremos de seguida, estudar as mais relevantes.

Consideram-se empreendimentos turísticos os estabelecimentos que


se destinam a prestar serviços de alojamento, mediante
remuneração, dispondo, para o seu funcionamento, de um adequado
conjunto de estruturas, equipamentos e serviços complementares.

Nos empreendimentos turísticos podem instalar-se estabelecimentos


comerciais (lojas) ou de prestação de serviços

1.1. Zonas de Serviço

São zonas de serviço as áreas dos estabelecimentos destinadas a assegurar


e servir de suporte material e administrativo à prestação de serviços.

O conjunto das zonas de serviço e equipamentos destinados à circulação do


serviço e à sua distribuição pelos diversos pisos do estabelecimento,
composto por escadas de serviço, monta-cargas e copas de andar, constitui
a coluna de serviço completa

O conjunto das zonas de serviço e equipamentos destinados à circulação do


serviço e à sua distribuição pelos diversos pisos do estabelecimento,
composto por copa de andar e monta-cargas, ou copa de andar, escada de
serviço, conduta de roupa e monta-pratos, constitui a coluna de serviços
simplificada.

A coluna de serviço deve sempre ser organizada de modo que as circulações


verticais e horizontais dos utentes e do serviço se processem
separadamente.
1.2. Serviços de receção/portaria

A receção/portaria deve prestar, durante o período de estada dos utentes,


pelo menos, os seguintes serviços:

- Registo de entradas e saídas dos utentes;

- Receber, guardar e entregar aos utentes a correspondência, bem


como os objetos que lhes sejam destinados na própria
receção/portaria;

- Anotar e dar conhecimento aos utentes, logo que possível, das


chamadas telefónicas e mensagens que forem recebidas durante a
sua ausência;

- Cuidar da receção e entrega das bagagens;

- Guardar as chaves das unidades de alojamento;

- Facultar o livro de reclamações, quando solicitado;

- Prestar um serviço de guarda de valores.

Na receção/portaria devem ser colocadas em locais bem visíveis as


informações respeitantes ao funcionamento do estabelecimento,
designadamente sobre os serviços que o mesmo preste e os respetivos
preços.
O Alojamento Turístico

2.1. Unidade de alojamento

Unidade de alojamento é o espaço delimitado destinado ao uso exclusivo e


privativo do utente do empreendimento turístico.

As unidades de alojamento podem ser:

- Quartos

- Suítes

- Considera-se suite o conjunto constituído, no mínimo, por quarto, casa de banho


completa e sala, comunicantes entre si através de uma antecâmara de entrada.

- Apartamentos

- Consideram-se apartamento a unidade de alojamento constituída, no mínimo, por


um quarto de dormir, uma sala de estar e de refeições, uma pequena cozinha
(kitchenette) e uma instalação sanitária privativa.

Os apartamentos em que o quarto, a sala e a pequena cozinha (kitchenette)


estiverem integrados numa só divisão designam-se apartamentos em
estúdio.

- Moradias

– Consideram-se moradias as unidades de alojamento com as características


dos apartamentos e que comunicam diretamente com o exterior

Consoante o tipo de empreendimento turístico em que se enquadrem.


As unidades de alojamento (Quartos) devem:

- Possuir mobiliário, equipamento e utensílios apropriados.

- Ser identificadas, através de números exteriores.

- Ser dotadas de acesso restrito aos utentes e pessoal.

- Ser insonorizadas

- Ter luz direta (exceto Kitchenettes e Instalações sanitárias)

- Ser arrumadas e limpas diariamente

- Roupa de cama mudada, pelo menos, 1 vez por semana e sempre que
mude o hóspede.
2.2. Capacidade

A capacidade dos empreendimentos turísticos é determinada pelo número e


tipo de camas (individual ou duplo) fixas instaladas nas unidades de
alojamento.

Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas convertíveis


desde que não excedam o número de camas fixas.

Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas suplementares


amovíveis.

A capacidade dos parques de campismo e de caravanismo é determinada


pela área útil destinada a cada utilizador.

2.3. Tipos de empreendimentos turísticos

1- Estabelecimentos hoteleiros

2- Aldeamentos turísticos

3- Apartamentos turísticos

4- Conjuntos turísticos (Resorts)

5- Empreendimentos de turismo de habitação

6- Empreendimentos de turismo no espaço rural

7- Parques de campismo e de caravanismo

8- Empreendimentos de turismo da natureza


2.3.1. Estabelecimentos hoteleiros

São estabelecimentos hoteleiros os empreendimentos turísticos


destinados a proporcionar alojamento temporário e outros serviços
acessórios ou de apoio, com ou sem fornecimento de refeições, e
vocacionados a uma locação diária.

Devem ter no mínimo 10 unidades de alojamento

Os estabelecimentos hoteleiros podem ser classificados nos seguintes


grupos:

- Hotéis;

- Hotéis-apartamentos (Aparthotéis)

Quando a maioria das unidades de alojamento é constituída por apartamentos;

São considerados Hotéis-Apartamentos, os conjuntos de unidades de


alojamento que possuam para além de Quarto de Dormir, uma Cozinha ou
Kitchenette ao serviço exclusivo dessa unidade.
É por isso permitida a confeção de alimentos, pelos próprios utentes, no seu
interior.

- Pousadas

Instaladas em imóveis classificados como monumentos nacionais, de


interesse público, de interesse regional ou municipal, ou em edifícios que,
pela sua antiguidade, valor arquitetónico e histórico, sejam representativos
de uma determinada época.

A sua categoria depende do edifício em que estão situadas, sendo, nas


Pousadas instaladas em Monumentos Nacionais, obrigatório preencher os
requisitos mínimos exigidos para os hotéis de 4 estrelas, desde que tal não
afete as características dos edifícios.

Nas Pousadas instaladas em imóveis classificados com interesse regional


ou municipal, devem cumprir-se os requisitos exigidos aos hotéis de 3
estrelas.
As antigas Estalagens e Residenciais, bem como os Hotéis de Luxo deixaram
de existir.

Quanto aos Motéis ainda subsiste a designação não oficial. Eram assim
chamados os estabelecimentos hoteleiros situados fora dos centros urbanos
e na proximidade de estradas, constituídos por unidades de alojamento
independentes, com entrada direta do exterior e com lugar de
estacionamento privativo.

2.3.2. Aldeamentos turísticos

São aldeamentos turísticos os empreendimentos turísticos


constituídos por um conjunto de instalações interdependentes,
situadas em espaços com continuidade territorial, destinados a
proporcionar alojamento e serviços complementares de apoio a
turistas.

Os edifícios que integram os aldeamentos turísticos não podem exceder três


pisos, incluindo o rés-do-chão.

Os aldeamentos turísticos devem dispor, no mínimo, de 10 unidades de


alojamento

2.3.3. Apartamentos turísticos

São apartamentos turísticos os empreendimentos turísticos


constituídos por um conjunto coerente de unidades de alojamento,
mobiladas e equipadas, que se destinem a proporcionar alojamento
e outros serviços complementares e de apoio a turistas

Os apartamentos turísticos devem dispor, no mínimo, de 10 unidades de


alojamento.
2.3.4. Conjuntos Turísticos (Resorts)

São conjuntos turísticos (Resorts) os empreendimentos turísticos


constituídos por núcleos de instalações interdependentes, situados
em espaços com continuidade territorial, destinados a proporcionar
alojamento e serviços de apoio a turistas, com serviços partilhados e
equipamentos de utilização comum, que integrem pelo menos:

-Dois empreendimentos turísticos, sendo um deles um


estabelecimento hoteleiro de cinco ou quatro estrelas

-Um estabelecimento de restauração

-Um equipamento de animação autónomo:

a) Campos de golfe;

b) Marinas, portos e docas de recreio;

c) Instalações de spa, balneoterapia, talassoterapia e outras semelhantes;

d) Centros de convenções e de congressos;

e) Hipódromos e centros equestres;

f) Casinos;

g) Autódromos e kartódromos;

h) Parques temáticos;

i) Centros e escolas de mergulho

- Requisitos mínimos:

Os conjuntos turísticos (resorts) devem possuir, no mínimo, as seguintes


infraestruturas e equipamentos:

a) Vias de circulação internas que permitam o trânsito;

b) Áreas de estacionamento de uso comum;

c) Espaços e áreas verdes exteriores envolventes para uso comum;

d) Portaria;

e) Piscina de utilização comum;

f) Equipamentos de desporto e lazer.


2.3.5. Turismo de Habitação

São empreendimentos de turismo de habitação os estabelecimentos


de natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que,
pelo seu valor arquitetónico, histórico ou artístico, sejam
representativos de uma determinada época, nomeadamente palácios
e solares, podendo localizar-se em espaços rurais ou urbanos.

Nos empreendimentos de turismo de habitação o número máximo de


unidades de alojamento destinadas a hóspedes é de 15.

Só pode ser explorado pelas famílias proprietárias e que aí residam


durante o período de abertura.

Atendendo ao facto de as casas terem sido construídas para habitação


familiar, é habitual possuírem duas zonas distintas:

Uma destinada aos hóspedes e outra destinada à família, sendo que as salas
de refeições e de estar, bem como outros equipamentos, são muitas vezes
comuns.

Os quartos devem possuir casa de banho privativa e luz direta, proveniente


de janelas ou portas dando diretamente para o exterior.

2.3.6. Turismo no Espaço Rural

São empreendimentos de turismo no espaço rural os


estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaços rurais,
serviços de alojamento a turistas, dispondo para o seu
funcionamento de um conjunto de instalações, estruturas,
equipamentos e serviços complementares, tendo em vista a oferta
de um produto turístico completo e diversificado no espaço rural.

Devem integrar-se nos locais onde se situam de modo a preservar,


recuperar e valorizar o património arquitetónico, histórico, natural e
paisagístico das respetivas regiões, através da recuperação de construções
existentes, desde que seja assegurado que esta respeita a traça
arquitetónica típica regional da arquitetura da construção já existente –
Casas Rústicas.
O contacto entre o Turista e a população local é mais profundo, bem como o
contacto com os seus hábitos, tradições, maneiras de viver, pensar e agir.

A principal motivação do Turista é a procura da ruralidade dos locais, em


contraste com a urbanidade dos seus locais de proveniência.

Ou seja, são quase exclusivamente oriundos de cidades, procurando refúgio


em zonas onde a intervenção humana na paisagem não é muito intensa e
com fortes ligações à Agricultura e ao Ambiente.

Esta procura das origens, o regresso ao natural e ao saudável é uma


tendência do Turismo, que se encontra em franco crescimento.

O Turismo no Espaço Rural deve por isso, funcionar como guardião dessas
origens, intervindo na gestão do património turístico da região em que se
integra.

Por ser um forte motor do desenvolvimento das zonas rurais, nalguns casos
sendo mesmo o principal, a importância do TER não deve ser menosprezada
e quer individualmente, quer em associações mais ou menos
representativas, devem intervir a nível local, na salvaguarda de todo o
conjunto do património.

Esse património referido na lei que define o Turismo no Espaço Rural, vai
desde o Património paisagístico e natural, até ao Património cultural,
histórico e arquitetónico das regiões onde se insere.

Podem ser classificados nos seguintes grupos:

-Casas de campo (máximo de 15 unidades de alojamento)

São casas de campo, os imóveis situados em aldeias e espaços rurais que se


integrem, pela sua traça, materiais de construção e demais características,
na arquitetura típica local.

Casas particulares e casas de abrigo.

Quando as casas de campo (pelo menos 5) se situem em aldeias e sejam


exploradas de uma forma integrada, por uma única entidade, são
consideradas como turismo de aldeia.
-Agroturismo (máximo de 15 unidades de alojamento)

São empreendimentos de agroturismo os imóveis situados em explorações


agrícolas que permitam aos hóspedes o acompanhamento e conhecimento
da atividade agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de
acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável.

-Hotéis rurais (máximo de 15 unidades de alojamento)

São hotéis rurais os estabelecimentos hoteleiros situados em espaços rurais


que, pela sua traça arquitetónica e materiais de construção, respeitem as
características dominantes da região onde estão implantados, podendo
instalar-se em edifícios novos.

Em qualquer das formas de TER, o serviço de Pequeno-Almoço, os consumos


de água, eletricidade e gás, bem como a arrumação e limpeza estão
incluídos no preço do alojamento.

Qualquer uma das formas de TER, deve estar aberto ao público, pelo menos
6 meses por ano

2.3.7. Parques de campismo e caravanismo

São parques de campismo e de caravanismo os empreendimentos


instalados em terrenos devidamente delimitados e dotados de
estruturas destinadas a permitir a instalação de tendas, reboques,
caravanas ou autocaravanas e demais material e equipamento
necessários à prática do campismo e do caravanismo.

Podem ser públicos ou privativos, consoante se destinem ao público em


geral ou apenas aos associados ou beneficiários das respetivas entidades
proprietárias ou exploradoras.
2.3.8. Turismo de natureza

As áreas protegidas são locais privilegiados como novos destinos, em


resposta ao surgimento de outros tipos de procura, propondo a prática de
atividades ligadas ao recreio, ao lazer e ao contacto com a natureza e às
culturas locais, cujo equilíbrio, traduzido nas suas paisagens, conferem e
transmitem um sentido e a noção de «único» e de «identidade de espaço»,
que vão rareando um pouco por todo o nosso território.

Por todo o País ocorrem valores do nosso património natural que identificam
locais, regiões e paisagens ímpares e que, adequadamente utilizados,
permitem atenuar as assimetrias regionais, criar emprego e promover o
desenvolvimento local.

Turismo de natureza é o produto turístico composto por


estabelecimentos, atividades e serviços de alojamento e animação
turística e ambiental realizados e prestados em zonas integradas na
rede nacional de áreas protegidas, adiante designadas por áreas
protegidas

O turismo de natureza desenvolve-se segundo diversas modalidades de


hospedagem, de atividades e serviços complementares de animação
ambiental, que permitam contemplar e desfrutar o património natural,
arquitetónico, paisagístico e cultural, tendo em vista a oferta de um produto
turístico integrado e diversificado

Casas de natureza as casas integradas em áreas protegidas, destinadas a


proporcionar, mediante remuneração, serviços de hospedagem e que, pela
sua implantação e características arquitetónicas, contribuam decisivamente
para a criação de um produto integrado de valorização turística e ambiental
das regiões onde se insiram

Empreendimentos de turismo de natureza são os estabelecimentos


que se destinam a prestar serviços de alojamento a turistas, em
áreas classificadas ou noutras áreas com valores naturais.

Devem dispor de um conjunto de instalações, estruturas,


equipamentos e serviços complementares relacionados com a

Animação Ambiental - conjunto de atividades usado na ocupação dos tempos


livres dos turistas e visitantes, permitindo a diversificação da oferta turística, pela
integração dessas atividades e outros recursos das áreas protegidas, contribuindo
para a divulgação da gastronomia, do artesanato, dos produtos e das tradições da
região onde se inserem, desenvolvendo-se com o apoio das infraestruturas e dos
serviços existentes no âmbito do turismo de natureza.
A visitação de áreas naturais, o desporto de natureza e a

Interpretação ambiental - é toda a atividade que permite ao visitante o


conhecimento global do património que caracteriza a área protegida, através
da observação, no local, das formações geológicas, da flora, fauna e
respetivos habitats, bem como de aspetos ligados aos usos e costumes das
populações, com recurso às instalações, sistemas e equipamentos do
turismo de natureza

Modalidades:

Casas-abrigo - o serviço de hospedagem prestado a turistas em casas


recuperadas a partir do património do Estado cuja função original foi
desativada, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria do seu
proprietário, possuidor ou legítimo detentor.

Centros de acolhimento - as casas construídas de raiz ou adaptadas a


partir de edifício existente, que permitam o alojamento de grupos, com vista
à educação ambiental, visitas de estudo e de carácter científico.

Casas-retiro - as casas recuperadas, mantendo o carácter genuíno da sua


arquitetura, a partir de construções rurais tradicionais ou de arquitetura
tipificada, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria do seu
proprietário, possuidor ou legítimo detentor.

Reconhecidos pelo Instituto de Conservação da Natureza e da


Biodiversidade, I. P.
3. Alojamento local

São estabelecimentos de Alojamento Local as Moradias,


Apartamentos, e Estabelecimentos de hospedagem que prestam
serviços de alojamento temporário, mediante remuneração, mas não
reúnem os requisitos para serem considerados empreendimentos
turísticos.

Só podem funcionar e ser comercializados para fins turísticos pelos seus


proprietários e por agências de viagens e turismo desde que registados nas
câmaras municipais e no Turismo de Portugal.

Os estabelecimentos de hospedagem licenciados pelas câmaras municipais


ao abrigo dos respetivos regulamentos convertem -se automaticamente em
estabelecimentos de alojamento local.

Devem identificar-se como alojamento local, não podendo, em caso algum,


utilizar a qualificação turismo e ou turístico, nem qualquer sistema de
classificação.

As antigas Hospedarias, Casas de Hóspedes, Albergarias, Pensões e Pensões


Residenciais, passam a designar-se:

Alojamento Local - AL

4. Competências do Turismo de Portugal, I. P.

Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação dos empreendimentos


turísticos:

1- Estabelecimentos hoteleiros

2- Aldeamentos turísticos

3- Apartamentos turísticos

4- Conjuntos turísticos (Resorts)

5- Hotéis rurais
4.1. Competências dos Municípios

a) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação dos


empreendimentos de turismo de habitação;

b) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação dos


empreendimentos de turismo no espaço rural, com exceção dos hotéis
rurais;

c) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação dos parques de


campismo e de caravanismo;

d) Efetuar e manter o registo do alojamento local disponível ao público.

4.2. Categorias - *****

1- Estabelecimentos hoteleiros:

Hotéis; Hotéis/Apartamentos; Pousadas

2- Aldeamentos turísticos

3- Apartamentos turísticos

Categorias de 1 a 5 Estrelas, atendendo à qualidade do serviço e das


instalações

Requisitos devem incidir sobre:

a) Características das instalações e equipamentos;

b) Serviço de receção e portaria;

c) Serviço de limpeza e lavandaria;

d) Serviço de alimentação e bebidas;

e) Serviços complementares.
Dos requisitos mínimos exigidos, alguns são comuns a todas as formas de
alojamento. Destes, destacam-se:

- Água Potável proveniente de rede pública ou de um sistema privativo.

- Rede de Esgotos.

- As infraestruturas e equipamento, não devem perturbar o ambiente e


comodidade (Fumos, Cheiros, Vibrações, Ruído)

- As zonas comuns, devem possuir instalações sanitárias próprias e isoladas


do exterior.

- Zonas de Serviço ou Colunas de Serviço (Escadas, Monta-cargas, Copas),


sempre que possível, que permitam Circulações verticais e horizontais
separadas, ou sem prejudicar o serviço e a normal utilização pelo utente.

- Possuírem placa identificativa da classificação no exterior.

- Possuir serviços de receção e portaria.

- Informação dos serviços prestados e preços em português e inglês.

- Sinalização Normalizada.

- Os utentes permanecem por tempo determinado previamente e até às 12


horas do último dia previsto.

- Os consumos de água e eletricidade são ilimitados.

- Todo o pessoal deve possuir habilitações adequadas ao serviço que presta,


usar uniforme e estar identificado.

4.3. Classificação

Em todos os empreendimentos turísticos é obrigatória a afixação no exterior,


junto à entrada principal, da placa identificativa da respetiva classificação.
4.4. Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos

O Turismo de Portugal, I. P., disponibiliza no seu sítio na Internet o Registo


Nacional dos Empreendimentos Turísticos (RNET), constituído pela relação
atualizada dos empreendimentos turísticos com título de abertura válido, da
qual consta:

-Nome

-Classificação

-Capacidade

-Localização do empreendimento

-Identificação da entidade exploradora

-Períodos de funcionamento

4.5. Exploração dos empreendimentos turísticos

Cada empreendimento turístico deve ser explorado por uma única entidade,
responsável pelo seu integral funcionamento e nível de serviço e pelo
cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis.

Nos conjuntos turísticos (resorts), os empreendimentos turísticos que o


integram podem ser explorados por diferentes entidades

Deveres da entidade exploradora

a) Publicitar os preços de todos os serviços oferecidos, de forma bem visível,


na receção e mantê-los sempre à disposição dos utentes;

b) Informar os utentes sobre as condições de prestação dos serviços e


preços, previamente à respetiva contratação;

c) Manter em bom estado de funcionamento todas as instalações,


equipamentos e serviços do empreendimento, incluindo as unidades de
alojamento, efetuando as obras de conservação ou de melhoramento
necessárias para conservar a respetiva classificação;
d) Facilitar às autoridades competentes o acesso ao empreendimento e o
exame de documentos, livros e registos diretamente relacionadas com a
atividade turística;

e) Cumprir as normas legais, regulamentares e contratuais relativas à


exploração e administração do empreendimento turístico.

4.6. Períodos de funcionamento e Sinais Normalizados

Os empreendimentos turísticos podem estabelecer livremente os seus


períodos de funcionamento.

Nas informações de carácter geral relativas aos empreendimentos turísticos


e aos serviços que neles são oferecidos devem ser usados os sinais
normalizados.

Livro de reclamações

Os empreendimentos turísticos devem dispor de livro de reclamações.

ASAE deve facultar ao Turismo de Portugal, I. P., o acesso às reclamações


dos empreendimentos turísticos.

5. Análise da Capacidade de Alojamento em Portugal

6. Formas de Exploração do Alojamento


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