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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE PSICOLOGIA
PERIODO MATUTINO

3°/ 4° SEMESTRE

ANA CAROLINE - F3553I5

CAIO GURGEL – G420721

EVILYN LOVERDOS – TC995CG1

PRISCILA DIAS - T640JJ4

YANNE SPACOV - G5157E2

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO – HENRI WALLON

São Paulo - SP
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE PSICOLOGIA
PERIODO MATUTINO
3°/ 4° SEMESTRE

ANA CAROLINE - F3553I5


CAIO GURGEL G420721
EVILYN LOVERDOS - TC995CG1
PRISCILA DIAS - T640JJ4
YANNE SPACOV - G5157E2

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO – HENRI WALLON

Atividade prática supervisionada como parte


das exigências para aprovação da disciplina
de Psicologia Sociointeracionista para compor
a nota da NP2. Orientadora: Prof. Ma. Adriana
Pavarina

São Paulo - SP
2023
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo conhecer a teoria de Henri Wallon, o estágio
impulsivo emocional é o primeiro dos 5 estágios do desenvolvimento que vai do
nascimento até aproximadamente o primeiro ano de vida. Para obter compreensão
melhor e um olhar mais amplo sobre sua perspectiva, buscando o verdadeiro
entendimento a respeito do assunto essa fase será ilustrada brevemente através de
uma tirinha de história em quadrinhos.

DESENVOLVIMENTO

O francês Henri Paul Wallon foi um psicólogo, filósofo, médico e político, que se tornou
conhecido pelo seu trabalho científico sobre a psicologia do desenvolvimento. A teoria
de Wallon conhecida como a teoria da pessoa completa, tenta explicar o ser humano
de uma forma abrangente, embora ele reconheça que o desenvolvimento é um
fenômeno complexo, sobre o qual não existe um total controle. Sua teoria teve uma
forte influência pelos princípios do materialismo dialético, que acredita que o
desenvolvimento é a síntese dialética do biológico e do social, (DANTAS,1983) como
base para a construção dos sujeitos, componentes que contribuem para a construção
da personalidade desde o nascimento.

Wallon destaca em sua obra que o ser humano é um ser orgânico antes de ser
psíquico, por isso a maturação orgânica é importante para a evolução funcional do ser
humano (WALLON,2008, p.119). O desenvolvimento portanto é marcado por conflitos
internos e externos, processo que tem como principal objetivo a individualização, a
construção da identidade, ou seja ele percebeu que a criança passa por estágios
cada um com características próprias.

Um dos primeiros estágios seria o estágio impulsivo emocional, que corresponde a


faixa etária de 0 a 12 meses, é regido pela afetividade, as expressões emocionais são
uma forma que a criança utiliza para interagir com o meio e nessa fase a afetividade
orienta as principais ações do bebê (e dos adultos). Esse estágio se divide em dois
momentos: Impulsividade motora (0 a 3 meses) a criança se manifesta apenas por
reflexos e movimentos impulsivos; existe uma simbiose fisiológica, impulsividade
emocional (3 a 12 meses) os movimentos corporais atuam sobre o entorno de forma
contagiante, construção de padrões emocionais de medo, alegria, raiva, existe uma
simbiose afetiva.

ANÁLISE DA CHARGE

A tirinha abaixo representa a fase inicial do desenvolvimento impulsivo emocional, que


ocorre desde o nascimento até o primeiro ano de vida da criança. Segundo Wallon,
nessa fase a criança está totalmente dependente do ambiente externo e ainda não
possui consciência de si mesma ou dos cuidadores, não sendo capaz de satisfazer
suas próprias necessidades de sobrevivência (MAHONEY, 2000, p.19). A criança
retratada na charge tem cerca de 3 meses de vida, momento em que Wallon descreve
como “organismo puro”, fase em que a criança se manifesta por meio de reflexos e
movimentos impulsivos.

Ela não possui nesse período outra forma de manifestar a sensação de mal-estar ou
bem-estar, devido a sua incapacidade de se comunicar com os cuidadores, estes não
conseguem distinguir suas verdadeiras necessidades resultando em momentos de
desespero e busca da causa, o motivo do choro pode ser a troca de fralda, fome, dor
ou até mesmo a criança querendo a sua chupeta. Nessa fase, o bebê não consegue
diferenciar o que é seu “eu” e o outro, havendo uma indiferenciação entre o que é
exterior ou interior, o ato de chorar para obter a chupeta representa uma interação
entre a criança e o ambiente externo, onde a chupeta visa suprir as necessidades do
objeto, porém o choro não pode ser diferenciado e a maneira de acalmá-lo é por meio
de tentativas e erros, pois a sua única forma de se comunicar é através do choro.
CONCLUSÃO

Tendo em vista acima exposto, percebemos que Wallon foi autêntico em formular a
sua tese sobre o desenvolvimento infantil, o objetivo principal do trabalho é
compreender através da ilustração da charge a importância da teoria psicogênica e o
processo inicial do desenvolvimento na fase impulsiva emocional e analisar os
reflexos e movimentos característicos nesse estágio. O período apresentado é
representado pelas emoções e descargas motoras, instrumento esse que possibilita
a sua interação com o meio, através dessa manifestação emocional e motora que a
criança se conecta com o social para interpretar, dar significado e trazer resposta para
ela (WALLON,1941/2007).

Consequentemente necessita exclusivamente de adultos, que os cerquem de reações


de cunho afetivo e de natureza emocional, onde a troca é essencial para que o bebê
aprenda a entender os significados que recebe do meio e passe a ter atitudes
intencionais. Dessa forma, ressaltamos a importância dos estudos de Wallon para o
processo de ensino e aprendizagem, pois é através destes conhecimentos que é
possível entender o desenvolvimento da criança de maneira correta, respeitando as
características e particularidades de cada uma, sempre considerando a importância
de cada estágio, levando em conta a relação e interação que a criança tem com as
pessoas e o mundo ao seu redor.

REFERÊNCIAS

MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. (org.) Henri Wallon. Psicologia e Educação. São


Paulo: Loyola, 2000.

WALLON, H. (1941) A evolução psicológica da criança. (Trad. Claudia Berliner)


São Paulo: Martins Fontes, 2007.

DANTAS, P. Para Conhecer Wallon - Uma Psicologia Dialética. Ed. Brasiliense,


S. Paulo, 1983.
WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada.
Petrópolis: Vozes, 2008.

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