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PSICOLOGIA SÓCIO-INTERACIONISTA

PESQUISA SOBRE ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO


IMPULSIVO / EMOCIONAL

Bauru/SP
2023

1
TURMA PS4P15
PSICOLOGIA NOTURNO

AMANDA CELISKA HONORIO DE ASSIS; RA: G570928


BEATRIZ LONGO RODRIGUES ALVES; RA: G401530
HELEN KARINE PAVANI DOS REIS LENHARO; RA: N821914
MARILZA AP. DA SILVA MACHADO T865BA4
PEDRO HENRIQUE DE SOUZA PEREIRA N769254

Bauru/SP
2023
1. INTRODUÇÃO

2
Henri Wallon foi um filósofo, médico, psicólogo e político nascido em Paris,
França, em 1879. Ele ficou amplamente conhecido por seu trabalho na área da
Psicologia do Desenvolvimento, e seus estudos destacaram uma visão
interacionista entre o indivíduo e a cultura. Wallon acreditava que o progresso do
desenvolvimento humano dependia do ambiente e que era crucial não separar as
dimensões dialógicas e sociais. Além disso, ele se destacou por investigar a
influência da afetividade, tanto de maneira positiva quanto negativa, e como ela
poderia desencadear diferentes reações em cada indivíduo, afetando sua evolução.
A emoção, para Wallon, era a forma de expressar sentimentos e desejos.
Segundo suas observações, Wallon propôs a teoria das três leis
reguladoras do desenvolvimento. A primeira trata da alternância de direção, ou seja,
quando uma orientação (interna/externa) é mais predominante em uma determinada
fase. A segunda lei aborda a alternância de predominância dos conjuntos
funcionais, sendo que em cada momento um pode se destacar mais. Por fim, temos
o sincretismo, um estágio em que a criança percebe tudo como um todo e tem
dificuldade em fazer distinções.

Com base em suas teorias, Wallon dividiu o desenvolvimento em cinco


etapas:

● Impulsivo-emocional (0-1 ano): Nessa fase, o desenvolvimento é


centrípeto, ou seja, voltado para dentro, com predominância da parte motora-afetiva.
O ser depende de outros para atender às suas necessidades, mas já interage com o
meio social.
● Sensório-motor projetivo (1-3 anos): A direção é centrífuga, e o
aspecto cognitivo predomina. Nesta fase, observam-se os atos motores da criança
de uma perspectiva mental.

● Personalismo (3-6 anos): Prevalece a direção centrípeta e o


subconjunto afetivo. É nesse momento que a consciência sobre si mesmo começa a
se formar por meio das interações sociais.
● Categorial (6-11 anos): Nesta fase, a direção é centrífuga, e o aspecto
cognitivo é preponderante. Há avanços intelectuais, permitindo à criança fazer parte
do meio social e intelectual.
● Puberdade e Adolescência (11 anos em diante): A direção centripeta e
o subconjunto afetivo são predominantes. É nesse período que ocorrem mudanças
físicas devido aos hormônios, e os primeiros traços da personalidade começam a se
manifestar.

No estágio impulsivo-emocional (0 a 12 meses) é subdividido em dois


momentos: o primeiro, denominado de impulsivo, se dá do nascimento até em torno

3
de 3 meses; já o segundo, nomeado por Wallon como emocional, ocorre dos 3 aos
12 meses, aproximadamente.
O estágio impulsivo é caracterizado pela movimentação brusca e
desordenada, desencadeada por sensações de bem e mal estar na criança. Todos
seus gestos, mímicas e vocalizações, são formas de se comunicar e expressar.
Esses gestos, embora não intencionais, produzem efeitos significativos no ambiente
social em que a criança vive, suscitando nos adultos que com ela convivem
intervenções úteis às suas necessidades, iniciando a comunicação entre estes.
O momento emocional tem como principal característica as transformações
das impulsividades motoras em expressão e comunicação. A primeira atividade
eficaz do bebê é desencadear no adulto reações de ajuda para satisfazer suas
necessidades. As atitudes da criança ficam cada vez mais claras e diversificadas,
sendo então atendidas pelos adultos, que passam a diferenciar as expressões. Os
movimentos dos bebês contagiam quem está no mesmo meio, estabelecendo um
campo de comunicação e um vínculo.
Em tal estágio, o campo funcional predominante é o afetivo, pois o
desenvolvimento da criança é voltado para a constituição do EU, como resultado de
um crescente processo de diferenciação com relação aos outros sujeitos, ao
ambiente e aos objetos que constituem esse ambiente.

2. IMAGEM

3. ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Na tirinha apresentada, observamos uma representação do
estágio impulsivo-emocional (0 a 1 ano) da criança. Nesse período, a
criança expressa sua afetividade por meio de movimentos
descoordenados. O principal recurso de aprendizagem é a fusão com
outros indivíduos através da interação. O processo de ensino-
aprendizagem demanda respostas corporais, como exemplificado pela
criança ao apontar e associar a figura, além de balbuciar as palavras
das imagens que ela percebe. Portanto, é crucial que ela esteja ligada
ao seu cuidador, que a assegure, a carregue e a estimule. Através
dessa fusão, a criança se envolve profundamente com o ambiente e,
mesmo diante de percepções e sensações ainda nebulosas e pouco
claras, gradualmente se familiariza e começa a compreender esse
mundo, marcando assim o início de um processo de diferenciação.

4. REFERÊNCIAS

FARIA, Daniela Rodrigues. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA


CATARINA(2015). Contribuições da teoria psicogenética de Henri Wallon à
educação infantil. Disponível em: file:///C:/Users/HS-003354/Downloads/Daniela
%20Rodrigues%20Faria%20.pdf. Acesso em:15/10/2023

TURMA DA MÔNICA BABY. bê - a - bá. Mauricio de Souza.

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