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Aula 04

Administração Financeira e Orçamentária p/ TCU-2015 - Auditoria Governamental (com


videoaulas)

Professores: Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento

62831666953 - JOAO CARLOS CHERINI


Administração Financeira e Orçamentária p/ TCU
Auditor Federal de Controle Externo
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 04

AULA 4: Orçamento Público


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA................................................................................... 1
1. CONCEITOS...................................................................................................2
2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO ........................................................................... 3
3. CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO BRASILEIRO .............................................. 6
4. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO............................................................. 7
5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO ..................................................... 10
6. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO ......................................... 12
7. ASPECTOS DO ORÇAMENTO .......................................................................... 15
8. TIPOS DE ORÇAMENTO ................................................................................. 15
9. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO ............................................................................ 17
10. FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO, GERÊNCIA E CONTROLE .................................. 25
11. DECRETO 2.829/1998: NORMAS PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PPA E DA
LOA................................................................................................................ 26
12. FEDERALISMO FISCAL ................................................................................ 30
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ...................................... 33
MEMENTO IV ................................................................................................... 54
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................ 59
GABARITO ...................................................................................................... 72

Olá amigos! Como é bom estar aqui!


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“Conta-se que um fazendeiro, dono de excelentes cavalos de muita valia nos


trabalhos de sua propriedade rural recebeu um dia a notícia de que o preferido
dele, um alazão forte e muito bonito, havia caído num poço abandonado.

O capataz que lhe trouxe a má notícia estava desolado porque o poço era
muito fundo e pouco largo e não havia como tirar o animal de lá, apesar de
todos os esforços dos peões da fazenda.
O fazendeiro foi até o local, tomou tento da situação e concordou com seu
capataz: não havia mais o que fazer, embora o animal não estivesse
machucado. Não achou que valia a pena resgatá-lo, ia ser demorado e custaria
muito dinheiro. Já que está no buraco - disse ao capataz - você acabe de
enterrá-lo, jogando terra em cima dele.

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Virou as costas, preocupado com seus negócios, e os peões de imediato


começaram a cumprir a sua ordem. Cinco homens, sob o comando do capataz,
atiravam terra dentro do buraco, em cima do cavalo.
A cada pazada, o alazão se sacudia todo e a terra ia-se depositando no fundo
do poço seco. Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a
terra ia enchendo o poço e o cavalo subindo em cima dela!

Não demorou muito e o animal já estava com a cabeça aparecendo na saída do


poço; mais algumas pazadas de terra e ele saltou fora, sacudindo-se e
relinchando, feliz”.

Caro estudante, não aceite a terra que os pessimistas possam vir a jogar sobre
você! Tenha confiança, estude, se esforce, acredite e aproveite para subir
nessa terra cada vez mais! Quando pensarem que você não tem chances, a
sua aprovação será ainda mais espetacular!

Estudaremos nesta aula os temas atinentes ao Orçamento Público.

1. CONCEITOS

Vamos relembrar os conceitos vistos na aula demonstrativa.


Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder
Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e
outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a
arrecadação das receitas já criadas em lei.

Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre


planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos
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e as políticas básicas.

De acordo com Abrúcio e Loureiro, “o orçamento é um instrumento


fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas.
Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões
orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como
representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988
trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo
orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou
o Poder Legislativo”.

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2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO

2.1 Origens

Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do século XIII pelo Rei


João Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu art.
12:
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito
cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis
em seu montante”.

Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a
primeira tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a
atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce
com exceções! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual!
O orçamento é elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo
Legislativo, sendo que hoje também há exceções. Por exemplo, temos os
créditos extraordinários, os quais são destinados a despesas urgentes e
imprevisíveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pública, e por isso
são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder Legislativo. Neste
tipo de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita imediatamente
após a abertura do crédito.

No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público


passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época,
tem-se o desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em
oposição a quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o
crescimento das despesas públicas. Nesta visão de orçamento tradicional,
típica do liberalismo, as finanças públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio
financeiro impunha-se naturalmente pelo próprio mercado. Esse
posicionamento vem ao encontro do conceito de “mão invisível” de Adam
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Smith, para descrever que em uma economia de mercado a interação dos


indivíduos resulta numa determinada ordem, sem a necessidade de
intervenção do Estado (laissez-faire). Assim, o aspecto econômico do
orçamento tinha posição secundária, privilegiando o aspecto controle.

Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o orçamento elaborado


com base na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado.
Desenvolveu-se a tese de um orçamento moderno, o qual deveria ser um
instrumento de planejamento e de administração.

Já no século XX, a partir da década de 1930, no momento em que o


capitalismo vivia uma de suas mais graves crises, o economista britânico John
Maynard Keynes revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no
que se refere a não intervenção do Estado na economia. A doutrina keynesiana

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passou a reconhecer o orçamento público como instrumento a ser utilizado


sistematicamente para o alcance da política fiscal, com vistas à estabilização, à
expansão ou à retração da atividade econômica. Para Keynes, em momento de
retração econômica, quando as empresas tendem a investir cada vez menos,
piorando cada vez mais a crise, o Estado deveria aumentar seus gastos para
aquecer a economia, por meio, por exemplo, de aumento dos investimentos e
das linhas de concessão de crédito. Nesse caso, o aumento dos gastos
acarretaria endividamento público e flexibilização do princípio do equilíbrio, pois
o orçamento desequilibrado seria necessário para superar a crise. O orçamento
apontaria na promoção de uma expansão da demanda, gerando déficit. Em
outros casos, em que fosse necessária uma contração da demanda, teríamos a
geração de superávit, por meio da diminuição dos gastos públicos.

2.2 Orçamento nas Constituições brasileiras pretéritas

Vamos falar agora resumidamente do Orçamento em nossas Constituições


pretéritas.

A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para elaboração


de orçamentos formais. A competência da proposta era do Executivo e da
aprovação do Legislativo (assembleia-geral composta pelos deputados e
senadores).

Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento tornou-


-se privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados.

Na Constituição outorgada de 1934, no governo de Getúlio Vargas, o


orçamento passa a ter destaque, com capítulo próprio. Ao Presidente da
República cabia a elaboração da proposta orçamentária e, ao Legislativo, a
votação. Assim, havia participação conjunta dos poderes, já que a Constituição
não trazia limitações ao poder de emendas do Legislativo.
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Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado


por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela
Câmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo
Presidente. Na prática, era elaborado e decretado pelo Executivo.

Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo


Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo.

Na Constituição de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta


e cabia ao Legislativo a aprovação, sem a possibilidade de emendas
relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque não eram
permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a
modificar o seu montante, natureza ou objeto. Ainda, o projeto da lei
orçamentária anual deveria ser enviado à Câmara dos Deputados até cinco

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meses antes do início do exercício financeiro (1º de agosto) e se não fosse


devolvido para sanção dentro do prazo de quatro meses de seu recebimento
(1º de dezembro) seria promulgado como lei. Nesse período surgiu no Brasil a
ideia de orçamento-programa, por meio da Lei 4.320/1964 e do Decreto-lei
200/1967.

1) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Com a


entrada em vigor da Constituição de 1988, restabeleceu-se ao
Legislativo a prerrogativa de propor emendas ao projeto de lei do
orçamento, um direito especial que lhe havia sido retirado pela
Constituição outorgada de 1967

Na Constituição de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta


e cabia ao Legislativo a aprovação, sem a possibilidade de emendas
relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque não eram
permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a
modificar o seu montante, natureza ou objeto.
A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura institucional que
organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo
de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas,
sobretudo, reforçou o Poder Legislativo.
Resposta: Certa

2) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012)


Somente depois da CF, com a criação da lei de diretrizes orçamentárias
servindo de instrumento de ligação entre o plano plurianual e os
projetos e ações colocados efetivamente em prática, o orçamento
passou a exercer um papel no planejamento governamental.
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Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o orçamento


elaborado com base na neutralidade não mais atendia às necessidades do
Estado. Desenvolveu-se a tese de um orçamento moderno, o qual deveria ser
um instrumento de planejamento e de administração.
Resposta: Errada

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3. CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO BRASILEIRO

Já sabemos que a competência para a elaboração do orçamento é do Poder


Executivo e, ao Legislativo, cabe a votação e a proposição de emendas. Têm-
se, ainda, novidades trazidas pela atual Carta Magna, como a LDO e o PPA.

Ressaltam-se, agora, algumas características típicas do orçamento em nosso


País:
 Não cumprimento de prazos, o que prejudica a execução de forma
sistemática e coordenada da LOA. Por exemplo, para o nível federal, já
houve ano em que a LOA foi aprovada pelo Congresso no fim do ano
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. A
falta de rigor nos prazos também compromete a integração entre PPA e
LOA. No entanto, atualmente, os atrasos na sanção da LOA são bem
menores.
 Grande número de alterações orçamentárias ao longo do exercício, com
frequentes aberturas de créditos adicionais.
 Os contingenciamentos têm sido decretados com frequência, e como a
liberação depende da conveniência da Administração, estimula a
negociação política entre o Poder Executivo e os parlamentares que
querem ver suas bases eleitorais atendidas na execução orçamentária e
financeira. O mecanismo utilizado para limitação dos gastos do Governo
Federal é o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, mais
conhecido como “Decreto de Contingenciamento”, juntamente com a
Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para
movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
Deve haver flexibilidade para a programação financeira a fim de que seja
possível efetuar pequenos realinhamentos, porém, devido principalmente
a superestimativas de receitas, o mencionado Decreto não se presta
apenas a ajustes pontuais e acaba por contingenciar parte considerável
das despesas discricionárias aprovadas na LOA. Apesar disso, busca-se
evitar a utilização da linearidade, por ser esta incompatível com o
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estabelecimento de metas e prioridades para a Administração Pública,


como aconteceria caso houvesse cortes indiscriminados de gastos, com
base em um percentual único e predeterminado.
 Apesar de a vedação à vinculação de receitas abranger apenas os
impostos, os demais tributos são vinculados pela sua própria natureza.
Mesmo em relação aos impostos, há várias exceções constitucionais que
acarretam em mais vinculações. Há, ainda, as despesas obrigatórias, que
também acabam por vincular o orçamento, porque não se pode deixar de
executá-las, como acontece com o pagamento de pessoal, por exemplo.
Isso tudo diminui a capacidade de discricionariedade do gestor público,
engessando o orçamento.

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4. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados,


utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado.
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave (1974), a qual
se tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções
fiscais. Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de
ação do Estado na economia, o próprio autor as considera também como as
próprias funções do orçamento: alocativa, distributiva e estabilizadora.

Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos.


É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados
pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor
público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via
mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor
privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária
eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens
meritórios.
Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o
desenvolvimento, porém são necessários altos valores com retornos
demorados, que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa
área. Outro aspecto relevante é a existência de externalidades, que afastam o
mercado da eficiência econômica, sendo denominadas de positivas quando as
ações implicam em benefícios sociais além dos custos privados, como a
instalação de uma linha de metrô que diminui o número de veículos
transitando; e de negativas quando as ações implicam em prejuízos sociais
além dos custos privados, como no caso da poluição de um rio por uma
indústria. No caso de externalidades positivas, a função alocativa se
evidenciará no incentivo governamental, como por meio de subsídios e
desoneração da tributação; ao passo que no caso de externalidade negativa
deverá haver um desincentivo governamental, como por meio de maior
tributação, de multas e até de proibição.
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Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem


características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema
de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e
de uma forma indivisível, independentemente de o particular querer ou não
usufruir desse bem. Já os bens meritórios (ou semipúblicos) excluem a parcela
da população que não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser
explorados pelo setor privado, no entanto, podem e devem também ser
produzidos pelo Estado, em virtude de sua importância para a sociedade, como
a educação e a saúde.

Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de


renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado,
inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência. Os
instrumentos mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e

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as transferências. Cita-se como exemplo de medida distributiva o imposto de


renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentação,
transporte e moradia populares. Outro exemplo é a concessão de subsídios
aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os
bens consumidos pelas classes de rendas mais altas.

Função estabilizadora: visa manter a estabilidade econômica, diferenciando-


-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de recursos. O
campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado
nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se, ainda, a
busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de
crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação
sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços
que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora
age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la.

3) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se o


Estado brasileiro é obrigado a oferecer serviços gratuitos de educação
em decorrência dos elevados preços que podem ser praticados pela
iniciativa privada, os quais excluem grande parte da população de
baixa renda do sistema educacional, então esses serviços são
denominados bens públicos.

A intervenção do Estado na economia, justificada pela função alocativa, tem


por objetivo complementar a ação privada, por meio do orçamento público,
com investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios.
Se o Estado brasileiro é obrigado a oferecer serviços gratuitos de educação em
decorrência dos elevados preços que podem ser praticados pela iniciativa
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privada, os quais excluem grande parte da população de baixa renda do


sistema educacional, então esses serviços são denominados bens
semipúblicos ou meritórios.
Resposta: Errada

4) (CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) A função


alocativa do orçamento justifica-se nos casos de provisão de bens
públicos.

A função alocativa é evidenciada quando no setor privado não há a necessária


eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens
meritórios.
Resposta: Certa

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5) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE –


2014) As externalidades negativas ocorrem quando as ações de um
indivíduo ou empresa implicam benefícios a outros agentes
econômicos.

As externalidades negativas ocorrem quando as ações de um indivíduo ou


empresa implicam prejuízos a outros agentes econômicos.
Resposta: Errada

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5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO

O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade


financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos),
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). No estudo dos ramos do
Direito, o Direito Financeiro pertence ao Direito Público, sendo um ramo
cientificamente autônomo em relação aos demais ramos.

O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito


Financeiro. É importante destacar que compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro. No
entanto, compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e
suplementar à legislação federal e à estadual no que couber. Assim, apesar de
não concorrerem com a União e os estados, os municípios legislam naquilo que
for de interesse local e suplementam a legislação federal e a estadual, sem
contrariá-las.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito


Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico;
II – orçamento;
No art. 24 da (...).”
CF/1988:

Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os Estados


exercerão a competência legislativa plena, para atender às suas
peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei estadual
restará suspensa sua eficácia, no que lhe for contrária. Assim, inicialmente, se
a União não exercer a sua competência legislativa concorrente em Direito
Financeiro e o Estado-Membro exercer a sua, em sobrevindo lei federal que
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regule a questão, a lei estadual restará suspensa. Não é revogada, o que


significa que se a União revogar a sua lei geral, a lei estadual sairá da inércia e
entrará em vigor, até que outra lei federal lhe suspenda novamente os efeitos
ou outra lei estadual a revogue.

Atualmente, ainda é a Lei n.°4.320, de 17 de março de 1964, que estatui


normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. Embora ela tenha passado pelo rito de elaboração reservado às leis
ordinárias, a CF/1967 e a CF/1988 trouxeram a orientação de que as normas
gerais de Direito Financeiro seriam disciplinadas por lei complementar. Assim,
a Lei 4.320/1964 possui o status de lei complementar, já que trata de normas
gerais de Direito Financeiro. Houve a novação de sua natureza normativa pelo
art. 165, § 9º, I e II, da CF/1988, o qual lhe conferiu uma posição sui generis
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no quadro das fontes do Direito: como lei ordinária em sentido formal e lei
complementar no sentido material.

6) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013)


Legislação estadual pode dispor sobre direito financeiro.

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente


sobre Direito Financeiro.
Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender às suas
peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei estadual
restará suspensa sua eficácia, no que lhe for contrária.
Resposta: Certa

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE –


2014) O direito financeiro tem por objeto a disciplina jurídica da
atividade financeira do Estado e abrange receitas, despesas e créditos
públicos.

O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade


financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos),
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).
Resposta: Certa

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6. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO

Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento brasileiro, vamos


entender uma importante diferença entre lei em sentido formal e lei em
sentido material. Lei em sentido formal representa todo o ato normativo
emanado de um órgão com competência legislativa, sendo o conteúdo
irrelevante. Todos os Poderes possuem a função legislativa. Por exemplo, o
Executivo possui também a função legislativa, apesar de não ser a principal, o
que fica claro quando o art. 84 da CF/1988 enumera as competências
privativas do Presidente da República, dispondo no inciso III que compete
privativamente ao Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e
nos casos previstos nesta Constituição. Ele exerce a função legislativa por
meio de medidas provisórias, decretos autônomos, leis delegadas, leis
orçamentárias etc. Assim, a lei orçamentária em nosso País é uma lei formal.
Já lei em sentido material corresponde a todo o ato normativo, emanado por
órgão do Estado, mesmo que não incumbido da função legislativa. O
importante agora é o conteúdo, que define qualquer conjunto de normas
dotadas de abstração e generalidade, ou seja, com aplicação a um número
indeterminado de situações futuras.

Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são
simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais.
São estas as denominadas leis de efeitos concretos (ou leis individuais),
pois seu conteúdo assemelha-se a atos administrativos individuais ou
concretos.

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento brasileiro é uma lei


formal porque é emanada de um órgão com competência legislativa;
entretanto, não é material, pois apenas prevê as receitas públicas e
autoriza os gastos, não tendo a necessária abstração e generalidade que
caracteriza as leis materiais. O orçamento não modifica as leis financeiras e
tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. É uma condição, um pré-
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requisito para que a despesa seja realizada (ato-condição), já que a


arrecadação de receitas e a realização de despesas, na maioria das vezes,
decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra). Assim, judicialmente,
não se pode exigir que determinada despesa prevista no orçamento seja
realizada. O orçamento é concreto, por exemplo, quando diz que com R$ 20
milhões predeterminados o Governo poderá construir um campo da
Universidade X. Logo, é apenas uma lei formal, por isso é chamada de lei de
efeitos concretos.

As características da lei orçamentária brasileira são as seguintes:

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Lei formal: a lei orçamentária não obriga o administrador


público a realizar determinada despesa, apenas autoriza
os gastos. Falta coercibilidade, pois nem sempre obriga o
Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar
uma despesa autorizada pelo legislativo. É considerada
uma lei de efeitos concretos.

Características da Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano.


LOA
Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e
os créditos suplementares e especiais são leis ordinárias.
Não se exige quorum qualificado para sua aprovação,
sendo necessária apenas a maioria simples.

Lei especial: possui processo legislativo diferenciado. A


iniciativa é do Executivo e trata de matéria específica:
previsão de receitas e fixação de despesas.

A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os


meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e
entidades que integram a administração pública. Essa denominação é oriunda
do orçamento clássico, que enfatizava os meios sem se preocupar com os fins.
Atualmente, com o orçamento-programa, o principal foco da Lei de Meios são
os resultados.

O STF pode exercer o controle abstrato de


constitucionalidade de normas orçamentárias
STF sobre a LOA

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O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua


função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos
normativos quando houver um tema ou uma controvérsia constitucional
suscitada em abstrato, independente do caráter geral ou específico, concreto
ou abstrato de seu objeto. Assim, há a possibilidade de submissão das normas
orçamentárias ao controle abstrato de constitucionalidade.

Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de


natureza impositiva e de natureza autorizativa:
 Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta
visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente

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cumprido. No Brasil, é adotado para a execução de emendas


parlamentares individuais.
 Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem
a discricionariedade para avaliar a conveniência e a oportunidade do que
deve ou não ser executado. Em nosso país, o orçamento é autorizativo
na quase totalidade da LOA. Como regra geral, o fato de ser fixada uma
despesa na lei orçamentária anual não gera o direito de exigência de sua
realização por via judicial.

No orçamento impositivo, uma vez consignada


uma despesa no orçamento, ela deve ser
necessariamente executada. No Brasil, é adotado
para a execução de emendas parlamentares
individuais.

No orçamento autorizativo, adotado no Brasil


Orçamento impositivo na quase totalidade da LOA, o Poder Público tem
≠ autorizativo a discricionariedade para avaliar a conveniência e
oportunidade do que deve ou não ser executado.

8) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A CF em vigor


confere ao orçamento a natureza jurídica de lei formal e material. Por
esse motivo, a lei orçamentária pode prever receitas públicas e
autorizar gastos.

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento brasileiro é uma lei


formal, mas não é material, pois apenas prevê as receitas públicas e autoriza
os gastos, não tendo a necessária abstração e generalidade que caracteriza as
leis materiais.
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Resposta: Errada

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Considerando


os mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas,
julgue o seguinte item.
No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA é,
simultaneamente, uma lei especial e ordinária.

A LOA é, simultaneamente, uma lei especial e ordinária:


Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e os créditos
suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se exige quorum qualificado
para sua aprovação, sendo necessária apenas a maioria simples.
Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como estudado no

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âmbito do Ciclo Orçamentário. Possui iniciativa do Executivo e trata de matéria


específica: previsão de receitas e fixação de despesas.
Resposta: Certa

7. ASPECTOS DO ORÇAMENTO

Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria,


consoante a escolha dos cidadãos. É a ótica que diz respeito à sua
característica de plano de governo ou programa de ação do grupo/facção
partidária que detém o poder. O parlamento autoriza a despesa pública,
levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os
recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas
prioridades.

Econômico: busca racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando


pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores resultados para a
Sociedade. É ainda um instrumento de atuação do Estado na Economia, por
meio do aumento ou diminuição do gasto público. É a ótica que atribui ao
orçamento, como plano de ação governamental que é, o poder de intervir na
atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função
dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público,
resultando com isso o desenvolvimento do país.

Jurídico: o processo orçamentário é regido por normas legais que compõem o


ordenamento jurídico brasileiro. É a ótica em que se define ou integra a lei
orçamentária no conjunto de leis do país

Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetário na execução, por meio de


entrada de receitas e saída de despesas. É a ótica que representa o fluxo
financeiro gerado pelas entradas de recursos, obtidos com a arrecadação de
receitas, e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas
despesas, evidenciando a execução orçamentária.
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Técnico: relacionado à observância de técnicas e classificações claras,


coerentes, racionais e metódicas. É a ótica que representa o conjunto de
regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, na aprovação,
na execução e no controle do orçamento.

8. TIPOS DE ORÇAMENTO

Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em


que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil
vivenciou os três tipos:
 Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do
orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre
em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução.

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Exemplo: Constituição Federal de 1891.


 Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a
execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes
autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.
 Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do
Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a
atual Constituição Federal de 1988.

10) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - CADE – 2014) O


orçamento público constitui o reflexo das escolhas ideológicas feitas
pelo partido político ou pelo grupo político que se encontra no poder.

O aspecto político do orçamento tem a característica do grupo partidário que


detém a maioria, consoante a escolha dos cidadãos. É a ótica que diz respeito
à sua característica de plano de governo ou programa de ação do grupo/facção
partidária que detém o poder. O parlamento autoriza a despesa pública,
levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os
recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas
prioridades.
Resposta: Certa

11) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) A


função política do orçamento diz respeito ao estabelecimento do fluxo
de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos,
bem como da saída de recursos provocada pelos gastos
governamentais.

A função financeira do orçamento diz respeito ao estabelecimento do fluxo de


entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem como
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da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais.


Resposta: Errada

12) (CESPE –Administrador - Polícia Federal – 2014) No Brasil,


elabora-se o orçamento do tipo legislativo, dada a competência para
votar e aprovar o orçamento ser do Poder Legislativo.

No Brasil, elabora-se o orçamento do tipo misto, pois a elaboração e a


execução são de competência do Executivo, enquanto ao Legislativo cabe a
votação e o controle.
Resposta: Errada

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9. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

9.1 Considerações iniciais

Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do


orçamento público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem
se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da
moderna Administração Pública, com uma concepção de orçamento como um
ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para
atingir objetivos e metas programadas.

Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se


difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou, por outros
autores, de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies por ser
mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e misto.

9.2 Orçamento tradicional ou clássico

A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais


características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento
contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza
atos passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o
atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie
de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de
trabalho do Governo, importando-se apenas com as necessidades dos
órgãos públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos
sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo.

É uma peça meramente contábil financeira, sem nenhuma espécie de


planejamento das ações do Governo, onde prevalece o aspecto jurídico do
orçamento em detrimento do aspecto econômico, o qual possui função
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secundária. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilíbrio financeiro. As


funções de alocação, distribuição e estabilização ficam em segundo plano.
Portanto, o orçamento tradicional é somente um documento de previsão de
receita e de autorização de despesas.

9.3 Orçamento de desempenho ou por realizações

O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos


gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de
gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações
desenvolvidas.

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Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os


benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da
evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de
desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das
ações do Governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um
instrumento central de planejamento das ações do Governo vinculado à peça
orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação
entre planejamento e orçamento.

Dois quesitos:
O objeto de gasto (secundário) e um programa de
trabalho contendo as ações desenvolvidas.

Deficiência:
Desvinculação entre planejamento e orçamento.
Orçamento de desempenho

9.4 Orçamento de base zero ou por estratégia

O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de


todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de
abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um
questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo
compromisso com qualquer montante inicial de dotação.

O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de


objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a
participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e
na elaboração dos orçamentos.

Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam


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identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise


sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. Em regra, a alta
gerência, por meio do planejamento estratégico, fixa previamente os critérios
do orçamento de base zero, de acordo com cada situação. São confrontados os
novos programas pretendidos com os programas em execução, sua
continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes de todos os
níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos pela
ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação eficiente
das dotações em suas atividades. Por isso, incluem-se entre as desvantagens a
dificuldade, a lentidão e o alto o custo da elaboração do orçamento.

Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de


elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem
utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

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Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do


Orçamento-Programa.

Os órgãos governamentais deverão justificar


anualmente, na fase de elaboração da sua proposta
orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem
Orçamento de Base Zero utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

9.5 Orçamento-programa

De acordo com Core, “em um processo de planejamento e orçamento


integrados, ressalta a imperiosa necessidade de que os fins e os meios
orçamentários sejam tratados de uma forma equilibrada. Considerando que,
desde o decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, a Administração
Pública Federal estabeleceu o orçamento-programa anual como um
instrumento de planejamento, a ideia de discriminar a despesa pública por
objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, já é bastante familiar a todos
quantos atuam nessa área.”

Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a


etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que
servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual (art. 16 do
Decreto-Lei 200/1967).

Ainda de acordo com o autor, “a Constituição Federal de 1988, cumprindo a


tradição das anteriores, ocupou-se profusamente de matéria orçamentária,
chegando até a definir instrumentos de planejamento e orçamento com
elevado grau de detalhe. (...) A atual Constituição optou por um modelo
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fortemente centralizado, a partir da constatação de que havia uma excessiva


fragmentação orçamentária, inclusive com importantes programações e
despesas inteiramente (previdência social, por exemplo) fora da lei
orçamentária, sem a observância, portanto, do princípio da universalidade.”

No entanto, o orçamento-programa tornou-se realidade apenas com o Decreto


2.829/1998, o qual estabeleceu normas para elaboração e execução do plano
plurianual e dos orçamentos da União. Ainda, a Portaria 117/1998, substituída,
posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservação
dos seus fundamentos, atualizou a discriminação da despesa por funções da
Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificação
Funcional – Programática); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento
dos projetos e das atividades constantes do orçamento da União.

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Na verdade, tais modificações, que em razão da Portaria 42/1999 assumiram


uma abrangência nacional, com aplicação também para Estados, municípios e
Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma orçamentária
que se delineou pelos idos de 1989, sob a égide da nova ordem constitucional
recém-instalada.

O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do


Governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
e previsão dos custos relacionados.

Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a


quantificação de metas, com a consequente formalização de programas
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com esse modelo,
passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização, além da manutenção do aspecto legal, porém não sendo
considerado como prioridade. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil.

A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa


proporcionar maior racionalidade e eficiência na Administração Pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Tal
espécie de orçamento equivale a um plano de trabalho expresso por um
conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários à sua
execução. Como instrumento de programação econômica, o orçamento-
programa procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que
maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos públicos a
programas e projetos de maior necessidade. As decisões orçamentárias são
tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas
possíveis. O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma
finalidade.
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A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios


do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores
intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do
servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém
a capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de
talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são
metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem
esse tipo de valor e, particularmente, na Administração Pública, há dificuldades
para a medição, em termos quantitativos.

Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento


como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas
ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao
funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas

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contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro,
normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do
orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando a
inflação do período sobre o valor do orçamento desta ação no ano anterior.

O orçamento tradicional quase sempre aparece em


contraponto a outro tipo de orçamento, normalmente o
orçamento-programa. No memento há um quadro
comparativo Orçamento Tradicional X Orçamento-
programa. Consulte-o antes de resolver as questões
abaixo.

(CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) Julgue o item


subsequente, relativo ao orçamento público no Brasil.
13) O orçamento público é um documento contábil e financeiro
desvinculado do planejamento governamental.

O orçamento clássico era um documento contábil e financeiro desvinculado do


planejamento governamental.

Já o orçamento programa, adotado no Brasil, dá ênfase nos aspectos


administrativos e de planejamento e possui integração entre planejamento e
orçamento.
Resposta: Errada

14) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) A


organização e a apresentação do orçamento público são as principais
preocupações do orçamento base-zero, enquanto a avaliação e a
tomada de decisão acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um
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papel secundário.

A avaliação de cada despesa e a tomada de decisão ocupam, no orçamento


base-zero, um papel de destaque. Os órgãos governamentais deverão
justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a
totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial
mínimo.
Resposta: Errada

15) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013)


Concomitantemente ao aumento dos gastos, o orçamento público
evoluiu como peça de planejamento, ao mesmo tempo em que perdeu
a sua forma de programa de operação e apresentação dos meios de

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financiamento desse programa, assumindo características contábeis


formais, determinadas por lei.

O orçamento não perdeu a sua forma de programa de operação e


apresentação dos meios de financiamento desse programa, bem como não
assumiu características contábeis formais, determinadas por lei. Essas são
características fundamentais do orçamento clássico e não de uma evolução.
Resposta: Errada

16) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) O orçamento moderno, produto da evolução do
orçamento público, consiste no demonstrativo de autorizações do
legislativo e tem como finalidade a rigidez da gestão administrativa ea
redução da despesa pública.

O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma finalidade


relacionada aos resultados das ações governamentais. Não tem como
finalidade a rigidez da gestão administrativa e a redução da despesa pública,
ainda que isso possa ocorrer.
Resposta: Errada

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013) O


orçamento-programa é uma técnica ambiciosa de conciliação entre
planejamento e controle político na peça orçamentária. É sua eficácia
como instrumento de controle político que torna difícil sua
implantação, já que não há grandes dificuldades técnicas para a sua
operacionalização.

Há grandes dificuldades técnicas para a implantação do orçamento programa.


Uma delas é a definição dos produtos finais de um programa de trabalho, já
que algumas atividades também adicionam valores intangíveis, em
complemento aos físicos. 62831666953

Resposta: Errada

9.6 Orçamento participativo

O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade,


trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional
e colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a
participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos
recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais.
Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e sociedade e são considerados
os diversos canais de participação, por meio de lideranças e audiências
públicas.

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O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo


ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de
aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a
sua não estagnação.

Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são
diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais
implementadores do processo.

Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na


experiência brasileira o orçamento participativo foi concebido e praticado
inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No
nosso País, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de


legitimidade. Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas
no Executivo. No orçamento participativo, a comunidade é considerada
parceira do Executivo no processo orçamentário. O que ocorre é que muitas
vezes desigualdades socioeconômicas tendem a criar obstáculos à
participação dos grupos sociais desfavorecidos.

Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança
de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas
várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso
de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso, no
orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade.
Ocorre uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma
decisão compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão
monopolizada pelo Executivo no processo tradicional.

Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de


audiências públicas durante os processos de elaboração das leis orçamentárias.
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No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis orçamentárias é privativa


do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é obrigado a seguir as
sugestões da população, no entanto, deve ouvi-las.

18) (CESPE – Analista Administrativo – Administração - ANTT – 2013)


No orçamento participativo, a população deve decidir a destinação de
todos os recursos orçamentários, exceto aqueles que se vinculem com
gastos de pessoal, saúde, segurança e educação.

No orçamento participativo, a comunidade é considerada parceira do


Executivo no processo orçamentário. Não há a obrigação de a população

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decidir a destinação de todos os recursos orçamentários. Pelo contrário,


geralmente a participação é em uma pequena parcela do orçamento
relacionada diretamente a determinada região onde o cidadão vive.
Resposta: Errada

19) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) No Brasil, vigora o orçamento do tipo participativo, visto que
todos os poderes e órgãos da administração direta e alguns da
administração indireta têm a prerrogativa de elaborar suas próprias
propostas orçamentárias.

A iniciativa dos projetos dos instrumentos de planejamento e orçamento é


sempre do Poder Executivo. No orçamento participativo, a comunidade é
considerada parceira do Executivo no processo orçamentário.
Resposta: Errada

9.7 Outras Técnicas

O Glossário do Tesouro Nacional apresenta ainda mais duas técnicas,


denominadas “teto fixo” e “teto móvel”.

Orçamento com teto fixo: critério de alocação de recursos que consiste em


estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido mediante a
aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em determinado
período, com base no qual os órgãos/unidades deverão elaborar suas
propostas orçamentárias parciais. Também conhecido, na gíria orçamentária,
como “teto burro”.

Orçamento com teto móvel: critério de alocação de recursos que representa


uma variação do chamado “teto fixo”, pois trabalha com percentuais
diferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre
programações, órgãos e unidades. Em gíria orçamentária, conhecido como
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“teto inteligente”.

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10. FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO, GERÊNCIA E CONTROLE

Segundo Allen Schick (1966 apud Core, 2001), todo sistema orçamentário,
mesmo o mais rudimentar, compreende as funções de planejamento, gerência
e controle:
“Na operação dos sistemas orçamentários, raramente o planejamento, a
gerência e o controle recebem igual atenção. Na prática, planejamento,
gerência e controle tenderam até a ser processos competitivos no orçamento,
sem haver uma clara divisão de funções entre os diversos participantes. (...) o
mais importante talvez sejam as diferenças nas exigências de informação dos
processos de planejamento, controle e administração. As necessidades
informativas diferem em termos de períodos de tempo, níveis de agregação,
ligações com as unidades organizacionais e operacionais e no enfoque insumo-
produto (...) tem havido uma forte tendência a homogeneizar as estruturas de
informação e a contar com um único esquema de classificação, para servir a
todas as necessidades do orçamento. Em sua maior parte o sistema
informativo foi estruturado para atender aos objetivos de controle.”

Ainda, “toda reforma altera o equilíbrio entre planejamento, gerência e


controle, mediante a atribuição de maior ênfase a alguma dessas funções. A
predominância da função controle, por exemplo, acarreta um deslocamento
para o segundo plano das funções de planejamento e gerência, que, no
entanto, continuam presentes. A questão-chave é o balanceamento entre
essas três orientações ou funções com a atribuição de pesos para cada uma
delas. Assim, todo o sistema orçamentário contém características de
planejamento, gerência e controle.”

Vamos dividir as três funções, de acordo com o eminente autor Fabiano Core:

Controle: “no orçamento tradicional, que caracteriza os primeiros estágios


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evolutivos da técnica orçamentária, a orientação predominante é a do controle.


Prevalece a preocupação com o cumprimento dos tetos orçamentários e o
estabelecimento de limites para as unidades orçamentárias no que se refere a
tipos de despesas (pessoal, serviços de terceiros, equipamentos etc.) e as
classificações de despesas são estruturadas com base em itens
pormenorizados de objeto de gastos.”

Gerência: “a predominância da orientação gerencial no processo orçamentário


traduz uma preocupação maior com o trabalho a ser feito e as realizações a
serem alcançadas. As informações são estruturadas segundo funções, projetos
e atividades, evidenciando-se o trabalho ou serviço a ser cumprido, com os
respectivos custos. As categorias orçamentárias são classificadas em termos
funcionais, com mensurações que possibilitem a avaliação do desempenho das

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atividades previstas. Essas características identificam o orçamento funcional ou


de desempenho.”

Planejamento: “a orientação para o planejamento marca o advento do


orçamento-programa, que tem como característica dominante a racionalização
do processo de fixação de políticas, mediante o manuseio de dados sobre
custos e benefícios das formas alternativas de se atingir os objetivos propostos
e a mensuração dos produtos para propiciar eficácia no atingimento desses
objetivos.”

20) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A


principal função do orçamento, na sua forma tradicional, e o controle
político; em sua forma moderna, o orçamento foca o planejamento.

No orçamento tradicional, que caracteriza os primeiros estágios evolutivos da


técnica orçamentária, a orientação predominante é a do controle. Já a
orientação para o planejamento marca o advento do orçamento-programa, que
tem como característica dominante a racionalização do processo de fixação de
políticas.
Resposta: Certa

11. DECRETO 2.829/1998: NORMAS PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO


DO PPA E DA LOA

Agora vamos tratar do Decreto 2.829/1998 que traz importantes normas de


cunho mais operacional para a elaboração e execução do PPA e da LOA.

O Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998, estabelece normas para a


elaboração e execução do plano plurianual e dos orçamentos da União. Foi um
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marco significativo para a Administração Pública. A partir do exercício


financeiro do ano de 2000, para os planos e orçamentos seguintes, toda ação
finalística do Governo Federal, que é aquela que proporciona bem ou
serviço para atendimento direto a demandas da sociedade, deverá ser
estruturada em programas orientados para a consecução dos objetivos
estratégicos definidos para o período do plano.

Consoante o art. 2º, cada programa deverá conter: objetivo; órgão


responsável; valor global; prazo de conclusão; fonte de financiamento;
indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim modificar;
metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o objetivo;
ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à consecução
do objetivo; e regionalização das metas por Estado. Ainda, os programas

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constituídos predominantemente de ações continuadas deverão conter metas


de qualidade e de produtividade, a serem atingidas em prazo definido.

Segundo o art. 4º do Decreto 2.829/1998, será adotado, em cada programa,


modelo de gerenciamento que compreenda:
 Definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o
programa for integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por
mais de um órgão ou unidade administrativa.
 Controle de prazos e custos.
 Sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados os
conceitos a serem definidos em portaria do Ministério do Planejamento e
Orçamento.

A designação de profissional capacitado para atuar como gerente do programa


será feita pelo Ministro de Estado, ou pelo titular de órgão vinculado à
Presidência da República, a que estiver vinculada a unidade responsável do
programa.

O Decreto 2.829/1998 determina que a classificação funcional-programática


deverá ser aperfeiçoada de modo a estimular a adoção, em todas as esferas de
governo, do uso do gerenciamento por programas. Os programas serão
formulados de modo a promover, sempre que possível, a descentralização, a
integração com estados e municípios e a formação de parcerias com o setor
privado.

Ressalta, ainda, que será realizada avaliação anual da consecução dos


objetivos estratégicos do Governo Federal e do resultado dos programas, para
subsidiar a elaboração da LDO de cada exercício. A avaliação física e
financeira dos programas e dos projetos e atividades que os constituem é
inerente às responsabilidades da unidade responsável e tem por finalidade:
 Aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas
fixadas. 62831666953

 Subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de


gastos públicos e a coordenação das ações de governo.
 Evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos.

Já para fins de gestão da qualidade, o Decreto determina que as unidades


responsáveis pela execução dos programas manterão, quando couber, sistema
de avaliação do grau de satisfação da sociedade quanto aos bens e serviços
ofertados pelo Poder Público.

Segundo o art. 9º, para orientar a formulação e a seleção dos programas que
deverão integrar o plano plurianual e estimular a busca de parcerias e fontes
alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para o período do
plano, os objetivos estratégicos e a previsão de recursos.

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21) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010)


Segundo dispõe o Decreto n. 2.829/98, a busca de parcerias e fontes
alternativas de recursos para os programas fundamenta-se em:
a) metas e objetivos a serem alcançados.
b) objetivos de longo e médio prazos.
c) vinculação dos projetos a objetivos e órgãos executores.
d) objetivos estratégicos e previsão de recursos.
e) metas e seus quantitativos.

Segundo o art. 9º do Decreto 2829/1998, para orientar a formulação e a


seleção dos Programas que deverão integrar o Plano Plurianual e estimular a
busca de parcerias e fontes alternativas de recursos, serão estabelecidos
previamente, para o período do Plano, os objetivos estratégicos e a
previsão de recursos.
Resposta: Letra D

22) (FCC – APOPF/SP – 2010) De acordo com o Decreto n° 2.829/98,


cada programa do governo federal deverá conter:
(A) o valor global e prazo para início da execução do programa.
(B) o valor unitário e o indicador que quantifique a situação que o
programa tenha por fim modificar.
(C) as metas correspondentes aos bens e serviços necessários para
atingir o objetivo e o servidor responsável.
(D) o prazo de conclusão e a regionalização das metas por estados.
(E) a fonte de financiamento e a regionalização das metas por
municípios.

Consoante o art. 2° do Decreto 2829/1998, cada programa deverá conter:


a) Errada. O valor global e prazo de conclusão.
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b) Errada. O valor global e o indicador que quantifique a situação que o


programa tenha por fim modificar.
c) Errada. As metas correspondentes aos bens e serviços necessários para
atingir o objetivo e o órgão responsável.
d) Correta. O prazo de conclusão e a regionalização das metas por estados.
e) Errada. A fonte de financiamento e a regionalização das metas por estados.
Resposta: Letra D

23) (VUNESP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas – SEFAZ/SP – 2013) Para elaboração e execução do Plano
Plurianual 2000-2003 e dos Orçamentos da União, a partir do exercício
financeiro do ano de 2000, toda ação finalística do Governo Federal
deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução
dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano. Convém

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notar que, entende-se por ação finalística aquela que proporciona bem
ou serviço para atendimento direto a demandas da sociedade.
Nesse sentido, ao preparar um programa, o APOFP deverá incluir os
seguintes tópicos:
(A) descrição; órgão responsável; valor detalhado; prazo de conclusão;
fonte de financiamento; indicador que quantifique a situação que o
programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens e
serviços necessários para atingir o objetivo; ações não integrantes do
Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; e
regionalização das metas por Estado.
(B) objetivo; órgão responsável; valor global; prazo de conclusão;
fonte de financiamento; indicador que quantifique a situação que o
programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens e
serviços e capital necessários para atingir o descritivo; ações não
integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à consecução do
objetivo; e regionalização das metas por Estado.
(C) objetivo; órgão responsável; valor global; prazo de conclusão;
fonte de financiamento; indicador que quantifique a situação que o
programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens e
serviços necessários para atingir o objetivo; ações não integrantes do
Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; e
regionalização das metas por Estado.
(D) objetivo; órgão responsável; valor sintético; prazo de abertura;
fonte de financiamento; indicador que quantifique a situação que o
programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens e
serviços necessários para atingir o objetivo; ações não integrantes do
Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; e
regionalização das metas por munícipe.
(E) descritivo; órgão responsável; valor individual; prazo de início e
conclusão; fonte de empréstimo; indicador que quantifique a situação
que o programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos
bens de capital e serviços necessários para atingir o objetivo; ações
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não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à


consecução do objetivo; e regionalização das metas por Município e
Estado.

Consoante o art. 2º, cada programa deverá conter: objetivo; órgão


responsável; valor global; prazo de conclusão; fonte de financiamento;
indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim
modificar; metas correspondentes aos bens e serviços necessários
para atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da
União necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das
metas por Estado. Ainda, os programas constituídos predominantemente de
ações continuadas deverão conter metas de qualidade e de produtividade, a
serem atingidas em prazo definido.
Resposta: Letra C

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12. FEDERALISMO FISCAL

De acordo com CASSEB1, o federalismo segue as seguintes premissas:


 É necessária a existência de uma Constituição, ou lei máxima, que
institua a forma de Estado Federativo;
 Existem duas ou mais esferas de governo, federal ou estadual (em
alguns países, como o Brasil - o município deve ser incluído), dotados de
autonomia financeira (disposição de recursos financeiros próprios para
seus gastos), autonomia administrativa (capacidade de auto-organização
dos serviços públicos) e autonomia política (possibilidade de eleição de
seus próprios governantes). Frisa-se, desse modo, que os Federados
podem elaborar suas próprias Constituições e são dotados de Poder
Legislativo, Executivo e Judiciário;
 Os entes da federação são indissociáveis;
 A repartição de competência é praticada entre os elementos da
federação.

No federalismo, só o Estado Federal é dotado de soberania; os Estados-


membros dispõem, tão somente, de autonomia. Segundo Silva2, a soberania é
o poder supremo consistente na capacidade de autodeterminação. Já
autonomia é o governo próprio dentro do círculo de competências traçadas
pela Constituição Federal.

No federalismo, só o Estado Federal é


dotado de soberania; os Estados-membros
dispõem, tão somente, de autonomia.

Em uma Federação naturalmente composta de Estados heterogêneos, como


ocorre em nosso país, impõe-se a redistribuição da riqueza nacional. Assim,
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não é suficiente a mera atribuição de competência tributária aos entes


federados. Neste contexto insere-se a repartição das receitas tributárias de
que tratam os artigos 157 a 162 da CF/88.

Define-se federalismo fiscal como o conjunto de providências constitucionais,


legais e administrativas orientadas ao financiamento dos diversos entes
federados, seus órgãos, serviços e políticas públicas tendentes à satisfação das
necessidades públicas nas respectivas esferas de competência.

1 CASSEB, Paulo A. Federalismo. Aspectos contemporâneos. Coleção saber jurídico. São Paulo:
Juarez de Oliveira, 1999.
2 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2002.

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É característica fundamental do federalismo fiscal a preferência por uma


estrutura de governo a mais descentralizada possível, ou seja, contrária
à centralização financeira e orçamentária, em que exista a possibilidade
de internalizar todas externalidades econômicas que existam na produção de
bens e serviços públicos.

A CF/1988 aprofundou o processo de descentralização tanto de receitas


como de despesas. Entretanto, o principal aspecto tem sido o aumento da
participação dos estados e municípios na arrecadação da União, por meio da
alíquota de transferências dos fundos de participação.

Destaca-se que tais recursos transferidos aos demais entes não apresentam
vinculações a gastos específicos. No entanto, houve um significativo aumento
das vinculações das despesas da União. Essas vinculações trouxeram inúmeros
desdobramentos em virtude da redução de sua receita e do aumento da rigidez
de seu orçamento.

A primeira delas foi a diminuição das transferências voluntárias da União aos


demais entes, já que com as vinculações houve a perda da capacidade de
controle da alocação dos recursos.

Outra foi a dependência da União de recursos não sujeitos a repartição com os


demais entes, como as contribuições. Um grande exemplo são as contribuições
vinculadas à seguridade social. O problema é que são tributos cumulativos. Um
tributo cumulativo é aquele que incide em todas as etapas intermediárias,
inclusive sobre o próprio tributo anteriormente pago, da origem até o
consumidor final, influindo na composição de seu custo. Tais tributos
prejudicam a qualidade do sistema tributário brasileiro.

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24) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) O


federalismo fiscal constitui uma política contrária à centralização
financeira e orçamentária.

É característica fundamental do federalismo fiscal a preferência por uma


estrutura de governo a mais descentralizada possível, ou seja, contrária à
centralização financeira e orçamentária, em que exista a possibilidade de
internalizar todas externalidades econômicas que existam na produção de bens
e serviços públicos.
Resposta: Certa

25) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Quando da constituição de


um Estado na forma federativa, os entes que passam a compor o
Estado Federal (estadosmembros) perdem sua soberania e autonomia.

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Esses elementos passam a ser característicos apenas do todo, ou seja,


do Estado Federal.

No federalismo, só o Estado Federal é dotado de soberania; os Estados-


membros dispõem, tão somente, de autonomia.
Resposta: Errada

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE

26) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010)


A execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo
gerencial, caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos,
independentemente da consecução dos objetivos e das metas.

A execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial do


orçamento programa, enfatiza o objetivo do gasto e os resultados. O
orçamento tradicional é que se caracteriza pelo controle rígido do objeto dos
gastos, independentemente da consecução dos objetivos e das metas.
Resposta: Errada

27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento


tradicional tinha como função principal a de possibilitar ao parlamento
discutir com o órgão de execução as formas de planejamento
relacionadas aos programas de governo, visando ao melhor
aproveitamento dos recursos, com base nos aspectos relativos a
custo/benefício.

O orçamento tradicional não se preocupava com o planejamento ou com os


resultados.
Resposta: Errada

28) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O


orçamento-programa tem seus principais critérios de classificação são
as classificações institucional e funcional.

O orçamento programa tem como principais critérios de classificação a


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funcional e programática.
Resposta: Errada

29) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) No orçamento-programa, a


alocação dos recursos está dissociada da consecução dos objetivos.

No orçamento-programa, a alocação dos recursos está associada a


consecução dos objetivos.
Resposta: Errada

30) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) Uma das diferenças


essenciais entre o orçamento tradicional e orçamento-programa diz
respeito ao planejamento. Enquanto o orçamento tradicional é o elo
entre o planejamento e as funções executivas da organização, no

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orçamento-programa, os processos de planejamento e programação


são dissociados.

Uma das diferenças essenciais entre o orçamento tradicional e orçamento-


programa diz respeito ao planejamento. Enquanto o orçamento-programa é
o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização, no
orçamento tradicional os processos de planejamento e programação são
dissociados.
Resposta: Errada

31) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN –


2010) O orçamento base-zero deve ser desenvolvido de forma isolada,
com base nas peculiaridades de cada área a ser atendida.

O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de


objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a
participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das
atividades e na elaboração dos orçamentos.
Resposta: Errada

32) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) O


orçamento participativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto
de vista da alocação de recursos segundo as demandas sociais
existentes, não é utilizado no âmbito do governo federal.

Apesar de algumas experiências na esfera estadual, na experiência brasileira o


Orçamento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como uma
forma de gerir os recursos públicos municipais.
Resposta: Certa

(CESPE - Analista Judiciário – Administração - TRE/BA - 2010) Um dos


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objetivos estratégicos do TRE/BA consiste em aprimorar a


comunicação com o público externo. Para tanto, o plano de atuação
institucional do Tribunal estabeleceu como objetivo: “Aprimorar a
comunicação com o público externo, com linguagem clara e acessível,
disponibilizando, com transparência, informações sobre o papel, as
ações e as iniciativas do TRE/BA, o andamento processual, os atos
judiciais e administrativos, os dados orçamentários e de desempenho
operacional”.
Internet: <www.tre-ba.gov.br> (com adaptações).
Tendo como referência o texto acima, julgue o item seguinte acerca de
planejamento e transparência de informações orçamentárias.
33) O orçamento-programa permite a alocação de recursos visando à
consecução de objetivos e metas, além da estrutura do orçamento ser

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direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que


vai ao encontro do planejamento e da gestão estratégica do TRE/BA.

O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do


governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
e previsão dos custos relacionados. Permite a alocação de recursos visando à
consecução de objetivos e metas, além da estrutura do orçamento ser
direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao
encontro do planejamento e da gestão estratégica do TRE/BA.
Resposta: Certa

34) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) A


função estabilizadora do Estado consiste na intervenção do governo na
economia, mediante políticas fiscal e monetária, para protegê-la de
flutuações bruscas, caracterizadas por desemprego em alta ou por
inflação em alta.

O campo de atuação da função estabilizadora é principalmente a manutenção


de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços.
Resposta: Certa

35) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008)


Orçamento programa possui medidas de desempenho com a finalidade
de medir as realizações, os esforços despendidos na execução do
orçamento e a responsabilidade pela sua execução.

Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a


quantificação de metas, com a consequente formalização de programas
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. As medidas de
desempenho têm diversas finalidades, como a medição de realizações, os
esforços despendidos na execução do orçamento e a responsabilidade pela sua
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execução.
Resposta: Certa

36) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A necessidade


de definição clara e precisa dos objetivos governamentais é condição
básica para a adoção do orçamento-programa. No caso, por exemplo,
de tornar-se um rio navegável, serão necessárias indicações sobre os
resultados substantivos do programa, que envolverão informações,
tais como redução no custo do transporte e diminuição dos acidentes e
das perdas com a carga.

O orçamento-programa tem como foco os fins, o objetivo do gasto. Por isso,


não basta apenas ter como meta tornar um rio navegável. São necessárias

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indicações sobre os resultados substantivos do programa, com os respectivos


benefícios para a sociedade.
Resposta: Certa

37) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Tratando-se de


orçamento participativo, a iniciativa de apresentação do projeto de lei
orçamentária cabe a parcela da sociedade, a qual o encaminha para o
Poder Legislativo.

O orçamento participativo visa à participação real da população no processo


de elaboração e a alocação dos recursos públicos de forma eficiente e eficaz
segundo as demandas sociais. Há um aperfeiçoamento da etapa que se
desenvolveria apenas no Executivo. No orçamento participativo, a comunidade
é considerada a parceira do Executivo no processo orçamentário. A iniciativa
de apresentação do projeto de lei orçamentária permanece com o Poder
Executivo.
Resposta: Errada

38) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008)


Orçamento programa tem como característica a não existência de
direitos adquiridos em relação aos recursos autorizados no orçamento
anterior, devendo ser justificadas todas as atividades a serem
desenvolvidas no exercício corrente.

O Orçamento Base Zero tem como característica a não existência de direitos


adquiridos em relação aos recursos autorizados no orçamento anterior,
devendo ser justificadas todas as atividades a serem desenvolvidas no
exercício corrente.
Resposta: Errada

39) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento público


passa a ser utilizado sistematicamente como instrumento da política
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fiscal do governo a partir da década de 30 do século XX, por influência


da doutrina keynesiana, tendo função relevante nas políticas de
estabilização da economia, na redução ou expansão do nível de
atividade.

Já no século XX, a partir da década de 30, no momento que o capitalismo vivia


uma de suas mais graves crises, o economista britânico John Maynard Keynes
revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a
não intervenção do Estado na economia. A doutrina Keynesiana passou a
reconhecer o orçamento público como instrumento a ser utilizado
sistematicamente para o alcance da política fiscal, com vistas à estabilização, à
expansão ou à retração da atividade econômica.
Resposta: Certa

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40) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A adoção do orçamento


moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde
antes do final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura
de neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais
intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeições do mercado e
promover o desenvolvimento econômico.

Antes do final do século XIX, percebe-se que o Orçamento elaborado com base
na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado. Desenvolveu-se
a tese de um Orçamento moderno, o qual deveria ser um instrumento de
administração.
Resposta: Certa

41) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN –


2010) Na elaboração do orçamento base-zero, é possível alterar a
responsabilidade da carga de trabalho, a partir de uma base-zero,
prescindindo-se da análise do custo-benefício de todos os projetos,
processos e atividades.

No orçamento de base zero são confrontados os novos programas pretendidos


com os programas em execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz
com que os gerentes de todos os níveis avaliem melhor as prioridades,
confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e benefícios, a fim de
que ocorra uma aplicação eficiente das dotações em suas atividades.
Assim, não há como prescindir (dispensar) da análise do custo-benefício de
todos os projetos, processos e atividades.
Resposta: Errada

42) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Foi particularmente a partir


da revolução keynesiana que o orçamento passou a ser concebido
como instrumento de política fiscal, com vistas à estabilização, à
expansão ou à retração da atividade econômica.
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Já no século XX, a partir da década de 30, no momento que o capitalismo vivia


uma de suas mais graves crises, o economista britânico John Maynard Keynes
revisou as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a
não intervenção do Estado na economia. A doutrina Keynesiana passou a
reconhecer o orçamento público como instrumento a ser utilizado
sistematicamente para o alcance da política fiscal, com vistas à estabilização, à
expansão ou à retração da atividade econômica.
Resposta: Certa

43) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Com a Constituição de


1891, que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da
proposta orçamentária passou a ser privativa do Poder Executivo,

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competência que foi transferida para o Congresso Nacional somente na


Constituição de 1934.

Com a Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, a


elaboração da proposta orçamentária passou a ser privativa do Congresso
Nacional, competência que foi compartilhada com o Poder Executivo
somente na Constituição de 1934.
Resposta: Errada

44) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-


2008) As superestimativas de receita na proposta orçamentária
somente são possíveis porque a lei orçamentária anual tem o caráter
autorizativo.

O intuito de superestimar a receita da LOA é para aumentar também a


despesa, acomodando interesses políticos, já que pelo princípio do equilíbrio,
os valores totais de receitas e despesas devem ser iguais. As superestimativas
de receita em uma proposta orçamentária somente são possíveis porque a LOA
tem o caráter autorizativo, ou seja, não existe obrigatoriedade de execução
das despesas consignadas.
Caso a LOA tivesse caráter impositivo, todas as despesas deveriam ser
necessariamente executadas, logo não seria possível criar receitas fictícias que
não se efetivariam para cobrir as despesas.
Resposta: Certa

45) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN –


2010) De acordo com a concepção tradicional, o orçamento público é
caracterizado como mero inventário dos meios com os quais o Estado
conta para cumprir suas tarefas, sendo as funções de alocação,
distribuição e estabilização relegadas a segundo plano.

O orçamento tradicional é uma peça meramente contábil financeira, sem


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nenhuma espécie de planejamento das ações do Governo, onde prevalece o


aspecto jurídico do orçamento em detrimento do aspecto econômico, o qual
possui função secundária. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilíbrio
financeiro. As funções de alocação, distribuição e estabilização ficam em
segundo plano. Portanto, o orçamento tradicional é somente um documento de
previsão de receita e de autorização de despesas.
Resposta: Certa

46) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência - Administração - ABIN -


2010) A ação do governo por meio da política fiscal abrange as
funções alocativa, distributiva e fiscalizadora.

O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados,


utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado.

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A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave (1974), a qual


se tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais.
Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do
Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias
funções do orçamento: alocativa, distributiva e estabilizadora.
Resposta: Errada

47) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) A teoria de finanças públicas


consagra ao Estado o desempenho de três funções primordiais:
alocativa, distributiva, e estabilizadora. A função distributiva deriva da
incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e serviços de
consumo coletivo. Como esses bens e serviços são indispensáveis para
a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu orçamento para
produzi-los e satisfazer sua demanda.

A função alocativa visa à promoção de ajustamentos na alocação de


recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e
desejados pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada.
O setor público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou
via mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo
setor privado.
Assim, a função alocativa deriva da incapacidade do mercado de suprir a
sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e serviços
são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu
orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.
Resposta: Errada

48) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) Após a


Segunda Guerra Mundial, os déficits públicos excessivamente altos e a
crise econômica mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton
Woods e à criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário
Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas circunstâncias, a
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maior preocupação dos formuladores de políticas públicas devia ser


com a função alocativa dos governos.

Em situações de crise econômica, a maior preocupação dos formuladores de


políticas públicas deveria ser com a função estabilizadora dos governos. O
campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado
nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a
busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de
crescimento econômico.
Resposta: Errada

49) (CESPE - Analista Judiciário - TST - 2008) A utilização da política


orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica

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promover ajustes no nível da demanda agregada, expandindo-a ou


restringindo-a, e provocando a ocorrência de déficits ou superávits.

O mecanismo básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada,


que representa a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos
consumidores deseja e está disposta a adquirir por determinado preço e em
determinado período. Assim, a função estabilizadora age na demanda
agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la, provocando a ocorrência de
déficits ou superávits.
Resposta: Certa

50) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) No


período do regime autoritário (1964-1984), o processo orçamentário
brasileiro foi completamente reorganizado com o fortalecimento do
Poder Legislativo e a recuperação do orçamento fiscal, que expressava
a totalidade das receitas e das despesas públicas.

Na Constituição de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta


e cabia ao Legislativo a aprovação, sem a possibilidade de emendas
relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque não
eram permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que
visassem a modificar o seu montante, natureza ou objeto.
Resposta: Errada

51) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A


intervenção do Estado na economia, justificada pela função
distributiva, tem por objetivo complementar a ação privada, por meio
do orçamento público, com investimentos em infraestrutura e provisão
de bens meritórios.

A intervenção do Estado na economia, justificada pela função alocativa, tem


por objetivo complementar a ação privada, por meio do orçamento público,
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com investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios.


Resposta: Errada

52) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN –


2010) Identificam-se duas vantagens na implementação do orçamento
base-zero: a rapidez de elaboração e a facilidade de execução.

Incluem-se entre as desvantagens do Orçamento de Base-zero a dificuldade,


a lentidão e o alto o custo da elaboração.
Resposta: Errada

53) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento -


MMA - 2008) O orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo
do tipo racional, em que as decisões são voltadas para a maximização

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da eficiência na alocação dos recursos públicos. Adota-se, como


procedimento básico, o questionamento de todos os programas em
execução, sua continuidade e possíveis alterações, em confronto com
novos programas pretendidos.

Na abordagem do orçamento de base-zero, na fase de elaboração da proposta


orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais necessidades de
cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de
dotação. São confrontados os novos programas pretendidos com os programas
em execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os
gerentes de todos os níveis avaliem melhor a aplicação eficiente das dotações
em suas atividades.
Resposta: Certa

54) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o


conceito de orçamento-programa, devem-se valorizar o gasto público e
o que o governo adquire, em detrimento do que se pretende realizar.

O orçamento tradicional é que valoriza o que se adquire, ou seja, o objeto do


gasto. Já o orçamento programa privilegia o objetivo do gasto, ou seja, o que
se pretende realizar.
Resposta: Errada

55) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento-programa


se diferencia do orçamento incremental pelo fato de que este último
pressupõe uma revisão contínua da estrutura básica dos programas,
com aumento ou diminuição dos respectivos valores.

O orçamento-programa se diferencia do orçamento incremental pelo fato de


que o primeiro pressupõe uma revisão contínua da estrutura básica dos
programas, com aumento ou diminuição dos respectivos valores.
Resposta: Errada 62831666953

56) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) Entre as maiores restrições


apontadas em relação ao chamado orçamento participativo, destacam-
se a pouca legitimidade, haja vista a perda de participação do Poder
Legislativo, e a maior flexibilidade na programação dos investimentos.

No orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade.


Ocorre uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma
decisão compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão
monopolizada pelo Executivo no processo tradicional. Ainda, não há perda da
participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade.
Resposta: Errada

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57) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010)


Para os críticos da concepção do orçamento integrado ao
planejamento, gera-se forte tendência à perpetuação de programas e à
preservação dos recursos assegurados ao longo do tempo. Quanto
mais intenso e acelerado for o incrementalismo orçamentário, mais
essa tendência à inércia se acentua.

O orçamento integrado ao planejamento evita o incrementalismo. No


orçamento tradicional, desvinculado do planejamento, é que se gera forte
tendência à perpetuação de programas e à preservação dos recursos
assegurados ao longo do tempo. Quanto mais intenso e acelerado for o
incrementalismo orçamentário, mais essa tendência à inércia se acentua.
Resposta: Errada

58) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O


orçamento-programa, também conhecido como orçamento clássico,
possui apenas uma dimensão explicitada do orçamento. Todos os
programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo
orçamentário.

O orçamento tradicional, também conhecido como orçamento clássico, possui


apenas uma dimensão explicitada do orçamento. Ainda, é no Orçamento de
Base Zero que todos os programas devem ser justificados cada vez que se
inicia um novo ciclo orçamentário.
Resposta: Errada

59) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) O orçamento de


desempenho, também identificado como orçamento moderno, é aquele
elaborado com base nos programas de trabalho de governo que serão
executados durante o exercício financeiro.

O orçamento de desempenho se caracteriza pela apresentação de dois


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quesitos: o objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo


as ações desenvolvidas. No entanto, o orçamento identificado como moderno é
o orçamento-programa.
Resposta: Errada

60) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010)


Uma das vantagens apontadas com a adoção do orçamento
participativo é a sua maior legitimidade, com a substituição do Poder
Legislativo pela participação direta da comunidade nas decisões sobre
a alocação das dotações.

Uma das vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a


sua maior legitimidade, porém a participação direta da comunidade nas
decisões sobre a alocação das dotações não substitui o Poder Legislativo.

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Resposta: Errada

(CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Julgue o item


subsequente, relativo às funções econômicas do governo.
61) Em ocasiões em que o desemprego prevalece, a atuação do
governo no sentido de aumentar o nível de demanda no mercado com
a recolocação da produção no pleno emprego é um exemplo de
aplicação da função distributiva do Estado.

Em ocasiões em que o desemprego prevalece, a atuação do governo no


sentido de aumentar o nível de demanda no mercado com a recolocação da
produção no pleno emprego é um exemplo de aplicação da função
estabilizadora do Estado.
Resposta: Errada

62) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Em relação


ao orçamento-programa, na elaboração do orçamento são
considerados todos os custos dos programas, inclusive os que
extrapolam o exercício.

Prefeito. Na elaboração do orçamento-programa são considerados todos os


custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício.
Resposta: Certa

63) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Contábeis - TCE/ES –


2012) O orçamento-programa consagra o principio de que o gasto
público deve estar vinculado a uma finalidade.

O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma finalidade.


O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do
governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
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e previsão dos custos relacionados.


Resposta: Certa

64) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) A elevada despesa pública não supre a necessidade
da sociedade por bens e serviços, o que faz com que o setor privado,
em sua eficiência, intervenha nas ações do governo, mitigando as
falhas de mercado.

É o setor público que age para mitigar as falhas de mercado.


Resposta: Errada

65) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) A estrutura do orçamento-programa é apoiada em

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aspectos administrativos e de planejamento e a alocação dos recursos


se dá conforme objetivos e metas a serem alcançados. Já no
orçamento tradicional, é apresentada uma estrutura que dá ênfase aos
aspectos contábeis de gestão e a alocação de recursos e feita com
vistas a aquisição de meios.

ORÇAMENTO TRADICIONAL X ORÇAMENTO-PROGRAMA

TRADICIONAL PROGRAMA

Dissociação entre planejamento e


Integração entre planejamento e orçamento
orçamento

Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas

Consideram-se as necessidades Consideram-se as análises das alternativas


financeiras das unidades disponíveis e todos os custos

Ênfase nos aspectos administrativos e


Ênfase nos aspectos contábeis
de planejamento

Classificação principal por unidades Classificações principais: funcional e


administrativas e elementos programática

Acompanhamento e aferição de resultados Utilização sistemática de indicadores para


praticamente inexistentes acompanhamento e aferição dos resultados

Controle da legalidade e honestidade do Controle visa a eficiência, eficácia e


gestor público efetividade

Resposta: Certa

66) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Em épocas de estagnação e


recessão econômica, as concepções keynesianas têm dado suporte à
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flexibilização na aplicação do princípio do equilíbrio orçamentário,


defendendo, inclusive, um maior endividamento público, possibilitando
uma utilização intensiva de recursos ociosos esterilizados por agentes
econômicos privados.

Para Keynes, em momento de retração econômica, quando as empresas


tendem a investir cada vez menos, piorando cada vez mais a crise, o Estado
deveria aumentar seus gastos para aquecer a economia, por meio, por
exemplo, de aumento dos investimentos e das linhas de concessão de crédito.
Nesse caso, o aumento dos gastos acarretaria em endividamento público e na
flexibilização do princípio do equilíbrio, pois o orçamento desequilibrado seria
necessário para superar a crise.
Resposta: Certa

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67) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Em uma economia de


livre mercado, sem a interferência do governo, fatores como a
oportunidade educacional, a habilidade individual e a propriedade dos
fatores de produção permitem garantir uma distribuição mais
igualitária da riqueza gerada pelo sistema econômico.

Uma economia de livre mercado não garante uma distribuição mais igualitária
da riqueza gerada pelo sistema econômico. É por isso que existe a função
distributiva, a qual visa à promoção de ajustamentos na distribuição de
renda. Ela surge em virtude da necessidade de correções das falhas de
mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e
eficiência.
Resposta: Errada

68) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Quando usado como


instrumento de planejamento governamental, os recursos são
alocados no orçamento visando à consecução de objetivos e metas
previamente estabelecidas.

O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do


Governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
e previsão dos custos relacionados.
Resposta: Certa

69) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) O


orçamento de base zero não pode ser implantado em instituições que
adotem o modelo de orçamento-programa.

Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do


Orçamento-Programa. Logo, se isso é possível, não há incompatibilidade ente
o Orçamento Base Zero e o Orçamento Programa.
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Resposta: Errada

70) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) No orçamento de


desempenho, em sua concepção mais recente, os produtos obtidos
pela ação governamental são muito mais relevantes que os resultados
econômicos e sociais alcançados.

O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos


gastos e não apenas o gasto em si. O produto é importante, porém o
resultado (efetividade) é mais. A ênfase reside no desempenho organizacional.
Resposta: Errada

71) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) O


orçamento de desempenho é a mais recente evolução do orçamento-

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programa, fruto das pressões sociais por serviços públicos de melhor


qualidade e por mais transparência na gestão pública.

O orçamento programa é evolução do orçamento de desempenho.


Resposta: Errada

Julgue o item a seguir, a respeito dos métodos, técnicas e


instrumentos do orçamento público.
72) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A vinculação ao
planejamento constitui a principal característica do orçamento
tradicional transferida ao orçamento-programa.

A vinculação ao planejamento é uma das características do orçamento-


programa. Entretanto, a falta de planejamento da ação governamental é
uma das principais características do orçamento tradicional.
Resposta: Errada

73) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) Os


objetivos e propósitos, os programas e seus custos e as medidas de
desempenho são componentes essenciais do orçamento-programa.

O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do


governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
e previsão dos custos relacionados.
Resposta: Certa

74) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) O


orçamento-programa objetiva facilitar o planejamento governamental.

Com o orçamento-programa passa a existir um elo entre o planejamento e as


funções executivas da organização. 62831666953

Resposta: Certa

75) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Um dos desafios do orçamento-


programa é a definição dos produtos finais de um programa de
trabalho. Certas atividades têm resultados intangíveis e que,
particularmente na administração pública, não se prestam à medição,
em termos quantitativos.

A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios


do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores
intangíveis, em complemento aos físicos. É difícil para os sistemas contábeis
mensurarem esse tipo de valor e, particularmente, na administração pública,
há dificuldades para a medição, em termos quantitativos.
Resposta: Certa

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76) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – STF – 2013) O


Estado prioriza a estabilidade da atividade econômica quando, por
exemplo, aloca recursos para satisfazer as necessidades sociais de
saúde e de educação da população.

O Estado prioriza a função alocativa quando, por exemplo, aloca recursos


para satisfazer as necessidades sociais de saúde e de educação da população.
A educação e a saúde podem ser exploradas pelo setor privado, no entanto,
podem e devem também ser produzidas pelo Estado, em virtude de sua
importância para a sociedade.
Resposta: Errada

77) (CESPE – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT/17 – 2013) Ao


assumir a condição de produtor de determinados bens e serviços, dado
o vulto e risco de certas iniciativas, o Estado reconhece que o
fornecimento desses produtos deve levar em conta o estágio da
distribuição de renda da população.

Ao assumir a condição de produtor de determinados bens e serviços, dado o


vulto e risco de certas iniciativas, o Estado reconhece que o fornecimento
desses produtos deve levar em conta serem bens e serviços necessários e
desejados pela sociedade, porém que não serão providos pela
iniciativa privada. É a função alocativa.
Resposta: Errada

78) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) A


atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos
em que não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo de
ação privada, como no caso de investimentos e infraestrutura
econômica.
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A função alocativa é evidenciada quando no setor privado não há a necessária


eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens
meritórios.
Resposta: Certa

79) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) O


mecanismo básico da política de estabilização econômica é a ação
estatal sobre a demanda agregada, uma vez que essa ação aumenta ou
reduz a referida demanda conforme as necessidades.

O mecanismo básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada,


que representa a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos
consumidores deseja e está disposta a adquirir por determinado preço e em

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determinado período. Assim, a função estabilizadora age na demanda


agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la.
Resposta: Certa

80) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Por


meio do orçamento, o governante seleciona prioridades, decide onde e
como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los
entre os diferentes grupos sociais, conforme o peso ou a força política
de tais grupos. Portanto, nas decisões orçamentárias, os problemas
centrais de uma ordem democrática, como representação e
accountability, estão presentes.

De acordo com Abrúcio e Loureiro, “o orçamento é um instrumento


fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas.
Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões
orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como
representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988
trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo
orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou
o Poder Legislativo”.
Resposta: Certa

81) (CESPE – Analista Judiciário – Economia – STM - 2011) A principal


função do orçamento público tradicional é possibilitar aos órgãos de
representação um controle econômico sobre o Poder Executivo.

O orçamento público tradicional é uma peça meramente contábil – financeira,


sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo, onde
prevalece o aspecto jurídico do orçamento em detrimento do aspecto
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econômico, o qual possui função secundária.


Resposta: Errada

82) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) O investimento na infraestrutura econômica
configura um dos campos exclusivos da função distributiva do
orçamento.

O investimento na infraestrutura econômica configura um dos campos


exclusivos da função alocativa do orçamento.
Resposta: Errada

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83) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) O orçamento público


fixado na Lei Orçamentária Anual não determina os gastos de modo
impositivo ou obrigatório.

No orçamento impositivo, uma vez consignada uma despesa no orçamento, ela


deve ser necessariamente executada. Já no orçamento autorizativo, adotado
predominantemente no Brasil, o Poder Público tem a discricionariedade para
avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou não ser executado.
Resposta: Certa

84) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) O STF não tem reconhecido a


possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle
abstrato de constitucionalidade em virtude dos efeitos concretos de
seu conteúdo.

O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função precípua de fiscalização


da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema
ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, independente do
caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu objeto. Assim, há a
possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato
de constitucionalidade.
Resposta: Errada

85) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) O


orçamento moderno abrange objetivos mais amplos que o controle
financeiro sobre os atos do Poder Executivo.

O controle no orçamento moderno visa a eficiência, eficácia e efetividade. São


objetivos mais amplos que o controle financeiro sobre os atos do Poder
Executivo.
Resposta: Certa
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86) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008)


Orçamento programa apresenta duas dimensões do orçamento: o
objeto do gasto e as ações desenvolvidas.

Orçamento de desempenho apresenta duas dimensões do orçamento: objeto


de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações
desenvolvidas.
Resposta: Errada

87) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A


proposta orçamentária para 2009, em tramitação no Congresso,
poderá servir de experimento para uma iniciativa que a Comissão
Mista de Orçamento quer adotar nos próximos anos: o orçamento
federal participativo. A principal característica desse tipo de

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orçamento é a participação direta da população na definição das


prioridades para a obtenção da receita e para as despesas correntes
obrigatórias.

Ainda que o orçamento participativo alcançasse o nível federal, a principal


característica desse tipo de orçamento é a participação direta da população na
definição das prioridades na fase de elaboração, no que se refere às despesas
discricionárias. A população não opina na obtenção da receita, tampouco
para as despesas obrigatórias.
Resposta: Errada

88) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008)


Orçamento programa é o orçamento clássico, confeccionado com base
no orçamento do ano anterior e acrescido da projeção de inflação.

Orçamento tradicional é o orçamento clássico, confeccionado com base no


orçamento do ano anterior e acrescido da projeção de inflação.
Resposta: Errada

89) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O


orçamento-programa tem como característica a não existência de
direitos adquiridos da unidade orçamentária, cabendo a ela justificar
todas as atividades que desenvolverá no exercício corrente.

O orçamento de base zero tem como característica a não existência de


direitos adquiridos da unidade orçamentária, cabendo a ela justificar todas as
atividades que desenvolverá no exercício corrente.
Resposta: Errada

90) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) A principal


característica do orçamento-programa, em contraposição com os
orçamentos tradicionais, é a ênfase no objetivo — e não no objeto —
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do gasto. Em organizações mais simples, que desempenham uma única


função, a indicação do objeto do gasto ou a natureza da despesa é
suficiente para se identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos
dispêndios realizados pela unidade responsável.

A principal característica do orçamento-programa é a ênfase no objetivo do


gasto. Em alguns casos, a definição do objeto do gasto é suficiente para se
identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos dispêndios realizados pela
unidade responsável, como por exemplo, nas ações ligadas ao funcionamento
de um órgão com estrutura mais simples.
Resposta: Certa

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91) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE


– 2014) O orçamento misto é aquele que envolve entidades da
administração pública direta e indireta.

O orçamento misto é aquele que a elaboração e a execução são de


competência do executivo, cabendo ao legislativo a votação e o
controle.
Resposta: Errada

92) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) A


proposta orçamentária elaborada pelo Poder Executivo federal
embasa-se no conceito de orçamento base-zero, segundo o qual a
existência de determinada dotação na lei orçamentária do exercício
anterior não constitui garantia para a sua inclusão no exercício
seguinte.

No orçamento de base-zero a existência de determinada dotação na lei


orçamentária do exercício anterior não constitui garantia para a sua inclusão
no exercício seguinte. Entretanto, não é a espécie de orçamento adotada no
Brasil.
Resposta: Errada

93) (CESPE – Analista – Orçamento, Gestão Financeira e


Controle/Serviços Técnicos e Administrativos – TCDF – 2014)
Denomina-se orçamento misto o orçamento público elaborado pelo
Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja executada
por empresas do setor privado.

O orçamento misto é aquele que a elaboração e a execução são de


competência do executivo, cabendo ao legislativo a votação e o
controle.
Resposta: Errada 62831666953

94) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Ciências Contábeis -


TCE/RO – 2013) No Brasil, a Lei Orçamentária Anual é uma lei
ordinária, visto que, entre suas características, não consta a
coercibilidade.

No Brasil, a Lei Orçamentária Anual é uma lei formal, visto que, entre suas
características, não consta a coercibilidade.
A Lei Orçamentária Anual é também uma lei ordinária, mas o motivo é que não
se exige quórum qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a
maioria simples.
Resposta: Errada

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95) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Ciências Contábeis -


TCE/RO – 2013) O orçamento-programa fornece subsídios ao
planejamento, visto que possibilita a ligação entre o controle da
execução orçamentária e a elaboração orçamentária.

Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a


quantificação de metas, com a consequente formalização de programas
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com esse modelo,
passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
Resposta: Certa

96) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) Com a evolução do orçamento como instrumento
de planejamento, ampliaram-se as atribuições econômicas
governamentais voltadas para a promoção de ajustamentos na
alocação de recursos, na distribuição de renda e na manutenção da
estabilidade econômica.

Com a evolução do orçamento como instrumento de planejamento, ampliaram-


se as atribuições econômicas governamentais voltadas para a promoção de
ajustamentos na alocação de recursos (função alocativa), na distribuição de
renda (função distributiva) e na manutenção da estabilidade econômica
(função estabilizadora).
Resposta: Certa

97) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) No momento da


promulgação da lei orçamentária anual, encerra-se a participação do
Congresso Nacional no ciclo orçamentário.

No tipo de orçamento misto, adotado no Brasil, a elaboração e a execução são


de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle.
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Logo, a participação do Legislativo não se encerra na promulgação da LOA.


Resposta: Errada

98) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Entre os motivos que


ensejam a intervenção do Estado na economia inclui-se a existência de
bens públicos e de externalidades.

Entre os motivos que ensejam a intervenção do Estado na economia, por meio


da função alocativa, inclui-se a existência de bens públicos e de
externalidades.
Resposta: Certa

99) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS –


2013) O orçamento tradicional, além de ser um instrumento político,

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tinha o aspecto econômico como prioridade, pois buscava a economia


e a eficiência.

O orçamento tradicional é uma peça meramente contábil financeira, sem


nenhuma espécie de planejamento das ações do Governo, onde prevalece o
aspecto jurídico do orçamento em detrimento do aspecto econômico, o
qual possui função secundária. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo
equilíbrio financeiro.
Resposta: Errada

100) (CESPE – Analista Legislativo – Direito – ALCE – 2011) Não há


que se falar em competência concorrente em matéria de direito
financeiro entre União, estados e Distrito Federal, na medida em que o
sistema financeiro nacional se amolda ao pacto federativo, devendo
cada ente da federação legislar adstrito à sua competência
constitucional.

De acordo com o art. 24 da CF/1988, compete à União, aos Estados e ao


Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro:
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
(...).”

Resposta: Errada

E aqui terminamos nossa aula 4.


62831666953

Na próxima aula trataremos da Receita Pública.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO IV

ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

ANO Elaboração e apreciação da proposta orçamentária

A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo


1824
(assembleia-geral composta pelos deputados e senadores).

Elaboração privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos


1891
Deputados.

Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para


1934
emendas.

Elaborado por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado


1937 pela Câmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados
pelo Presidente.

Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo


1946
Legislativo.

Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação,


1967
praticamente sem a possibilidade de emendas.

Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a votação e a proposição de


1988
emendas.

CLASSIFICAÇÕES:

Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser


necessariamente executadas. No Brasil, é adotado para a execução de emendas
parlamentares individuais.

Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas


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consignadas no orçamento público. É o adotado no Brasil na quase totalidade da LOA.

FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor


privado não há a necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens
públicos e bens meritórios.

Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em


virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema
capitalista.

Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção


de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a
busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento
econômico.

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TIPOS DE ORÇAMENTO

Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são


competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao
executivo, cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891.
Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são
competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição
Federal de 1937.
Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo
ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: Constituição Federal de 1988.

ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

Orçamento Tradicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira –,


sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo, baseando-se no
orçamento anterior. Portanto, somente um documento de previsão de receita e de
autorização de despesas.

Orçamento de Base Zero: determina o detalhamento justificado de todas as despesas


públicas a cada ano, como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do
governo.

Orçamento de Desempenho ou por Realizações: a ênfase reside no desempenho


organizacional, porém há desvinculação entre planejamento e orçamento.

Orçamento-Programa: instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da


identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com
estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos
relacionados. Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de resultados.

Orçamento Participativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos


recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe
ao orçamento-programa e não possui uma metodologia única. No entanto, há perda da
flexibilidade e maior rigidez na programação dos investimentos. Experiência brasileira
ocorreu principalmente nos municípios. 62831666953

ORÇAMENTO TRADICIONAL X ORÇAMENTO-PROGRAMA

TRADICIONAL PROGRAMA

Dissociação entre planejamento e


Integração entre planejamento e orçamento
orçamento

Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas

Consideram-se as necessidades Consideram-se as análises das alternativas


financeiras das unidades disponíveis e todos os custos

Ênfase nos aspectos administrativos e de


Ênfase nos aspectos contábeis
planejamento

Classificação principal por unidades Classificações principais: funcional e

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administrativas e elementos programática

Acompanhamento e aferição de Utilização sistemática de indicadores para


resultados praticamente inexistentes acompanhamento e aferição dos resultados

Controle da legalidade e honestidade do Controle visa a eficiência, eficácia e


gestor público efetividade

DECRETO 2829/1998: NORMAS PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PPA E LOA

Consoante o art. 2º, cada programa deverá conter: objetivo; órgão responsável; valor
global; prazo de conclusão; fonte de financiamento; indicador que quantifique a situação
que o programa tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens e serviços
necessários para atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da União
necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por Estado. Ainda, os
programas constituídos predominantemente de ações continuadas deverão conter metas
de qualidade e de produtividade, a serem atingidas em prazo definido.

Segundo o art. 9º do Decreto 2829/1998, para orientar a formulação e a seleção dos


Programas que deverão integrar o Plano Plurianual e estimular a busca de parcerias e
fontes alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para o período do
Plano, os objetivos estratégicos e a previsão de recursos.

Será adotado, em cada programa, modelo de gerenciamento que compreenda:

Definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o Programa seja


integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por mais de um órgão ou unidade
administrativa;

Controle de prazos e custos;

Sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados definições de portaria do


MPOG.

A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e atividades que os


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constituem é inerente às responsabilidades da unidade responsável e tem por


finalidade:

Aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas fixadas;

Subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos públicos e a


coordenação das ações de governo;

Evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos.

Já para fins de gestão da qualidade, as unidades responsáveis pela execução dos


Programas manterão sistema de avaliação de satisfação da sociedade quanto aos bens e
serviços ofertados pelo Poder Público.

FEDERALISMO FISCAL

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É característica fundamental do federalismo fiscal a preferência por uma estrutura de


governo a mais descentralizada possível, ou seja, contrária à centralização financeira e
orçamentária, em que exista a possibilidade de internalizar todas externalidades
econômicas que existam na produção de bens e serviços públicos.

No federalismo, só o Estado Federal é dotado de soberania; os Estados-membros


dispõem, tão somente, de autonomia.

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Com a entrada em


vigor da Constituição de 1988, restabeleceu-se ao Legislativo a prerrogativa de
propor emendas ao projeto de lei do orçamento, um direito especial que lhe
havia sido retirado pela Constituição outorgada de 1967

2) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) Somente


depois da CF, com a criação da lei de diretrizes orçamentárias servindo de
instrumento de ligação entre o plano plurianual e os projetos e ações colocados
efetivamente em prática, o orçamento passou a exercer um papel no
planejamento governamental.

3) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se o Estado


brasileiro é obrigado a oferecer serviços gratuitos de educação em decorrência
dos elevados preços que podem ser praticados pela iniciativa privada, os quais
excluem grande parte da população de baixa renda do sistema educacional,
então esses serviços são denominados bens públicos.

4) (CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) A função alocativa do


orçamento justifica-se nos casos de provisão de bens públicos.

5) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014)


As externalidades negativas ocorrem quando as ações de um indivíduo ou
empresa implicam benefícios a outros agentes econômicos.

6) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) Legislação


estadual pode dispor sobre direito financeiro.

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014) O


direito financeiro tem por objeto a disciplina jurídica da atividade financeira do
Estado e abrange receitas, despesas e créditos públicos.
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8) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A CF em vigor confere ao


orçamento a natureza jurídica de lei formal e material. Por esse motivo, a lei
orçamentária pode prever receitas públicas e autorizar gastos.

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Considerando os


mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue o
seguinte item.
No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA é, simultaneamente,
uma lei especial e ordinária.

10) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - CADE – 2014) O orçamento


público constitui o reflexo das escolhas ideológicas feitas pelo partido político
ou pelo grupo político que se encontra no poder.

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11) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) A função política


do orçamento diz respeito ao estabelecimento do fluxo de entrada de recursos
obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos
provocada pelos gastos governamentais.

12) (CESPE –Administrador - Polícia Federal – 2014) No Brasil, elabora-se o


orçamento do tipo legislativo, dada a competência para votar e aprovar o
orçamento ser do Poder Legislativo.

(CESPE – Agente Administrativo – MDIC – 2014) Julgue o item subsequente,


relativo ao orçamento público no Brasil.
13) O orçamento público é um documento contábil e financeiro desvinculado
do planejamento governamental.

14) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) A organização


e a apresentação do orçamento público são as principais preocupações do
orçamento base-zero, enquanto a avaliação e a tomada de decisão acerca das
despesas ocupam, nesse modelo, um papel secundário.

15) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013)


Concomitantemente ao aumento dos gastos, o orçamento público evoluiu como
peça de planejamento, ao mesmo tempo em que perdeu a sua forma de
programa de operação e apresentação dos meios de financiamento desse
programa, assumindo características contábeis formais, determinadas por lei.

16) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração -


2013) O orçamento moderno, produto da evolução do orçamento público,
consiste no demonstrativo de autorizações do legislativo e tem como finalidade
a rigidez da gestão administrativa e a redução da despesa pública.

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – 2013) O


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orçamento-programa é uma técnica ambiciosa de conciliação entre


planejamento e controle político na peça orçamentária. É sua eficácia como
instrumento de controle político que torna difícil sua implantação, já que não
há grandes dificuldades técnicas para a sua operacionalização.

18) (CESPE – Analista Administrativo – Administração - ANTT – 2013) No


orçamento participativo, a população deve decidir a destinação de todos os
recursos orçamentários, exceto aqueles que se vinculem com gastos de
pessoal, saúde, segurança e educação.

19) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010)


No Brasil, vigora o orçamento do tipo participativo, visto que todos os poderes
e órgãos da administração direta e alguns da administração indireta têm a
prerrogativa de elaborar suas próprias propostas orçamentárias.

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20) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A principal função


do orçamento, na sua forma tradicional, e o controle político; em sua forma
moderna, o orçamento foca o planejamento.

21) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Segundo


dispõe o Decreto n. 2.829/98, a busca de parcerias e fontes alternativas de
recursos para os programas fundamenta-se em:
a) metas e objetivos a serem alcançados.
b) objetivos de longo e médio prazos.
c) vinculação dos projetos a objetivos e órgãos executores.
d) objetivos estratégicos e previsão de recursos.
e) metas e seus quantitativos.

22) (FCC – APOPF/SP – 2010) De acordo com o Decreto n° 2.829/98, cada


programa do governo federal deverá conter:
(A) o valor global e prazo para início da execução do programa.
(B) o valor unitário e o indicador que quantifique a situação que o programa
tenha por fim modificar.
(C) as metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o
objetivo e o servidor responsável.
(D) o prazo de conclusão e a regionalização das metas por estados.
(E) a fonte de financiamento e a regionalização das metas por municípios.

23) (VUNESP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas –


SEFAZ/SP – 2013) Para elaboração e execução do Plano Plurianual 2000-2003
e dos Orçamentos da União, a partir do exercício financeiro do ano de 2000,
toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o
período do Plano. Convém notar que, entende-se por ação finalística aquela
que proporciona bem ou serviço para atendimento direto a demandas da
sociedade. 62831666953

Nesse sentido, ao preparar um programa, o APOFP deverá incluir os seguintes


tópicos:
(A) descrição; órgão responsável; valor detalhado; prazo de conclusão; fonte
de financiamento; indicador que quantifique a situação que o programa tenha
por fim modificar; metas correspondentes aos bens e serviços necessários para
atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da União
necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por Estado.
(B) objetivo; órgão responsável; valor global; prazo de conclusão; fonte de
financiamento; indicador que quantifique a situação que o programa tenha por
fim modificar; metas correspondentes aos bens e serviços e capital necessários
para atingir o descritivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da União
necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por Estado.
(C) objetivo; órgão responsável; valor global; prazo de conclusão; fonte de
financiamento; indicador que quantifique a situação que o programa tenha por

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fim modificar; metas correspondentes aos bens e serviços necessários para


atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da União
necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por Estado.
(D) objetivo; órgão responsável; valor sintético; prazo de abertura; fonte de
financiamento; indicador que quantifique a situação que o programa tenha por
fim modificar; metas correspondentes aos bens e serviços necessários para
atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral da União
necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por
munícipe.
(E) descritivo; órgão responsável; valor individual; prazo de início e conclusão;
fonte de empréstimo; indicador que quantifique a situação que o programa
tenha por fim modificar; metas correspondentes aos bens de capital e serviços
necessários para atingir o objetivo; ações não integrantes do Orçamento Geral
da União necessárias à consecução do objetivo; e regionalização das metas por
Município e Estado.

24) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) O


federalismo fiscal constitui uma política contrária à centralização financeira e
orçamentária.

25) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Quando da constituição de um


Estado na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal
(estadosmembros) perdem sua soberania e autonomia. Esses elementos
passam a ser característicos apenas do todo, ou seja, do Estado Federal.

26) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A


execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial,
caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos, independentemente
da consecução dos objetivos e das metas.

27) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento tradicional


tinha como função principal a de possibilitar
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ao parlamento discutir com o


órgão de execução as formas de planejamento relacionadas aos programas de
governo, visando ao melhor aproveitamento dos recursos, com base nos
aspectos relativos a custo/benefício.

28) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O orçamento-


programa tem seus principais critérios de classificação são as classificações
institucional e funcional.

29) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) No orçamento-programa, a alocação


dos recursos está dissociada da consecução dos objetivos.

30) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) Uma das diferenças essenciais
entre o orçamento tradicional e orçamento-programa diz respeito ao
planejamento. Enquanto o orçamento tradicional é o elo entre o planejamento

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e as funções executivas da organização, no orçamento-programa, os processos


de planejamento e programação são dissociados.

31) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN – 2010) O


orçamento base-zero deve ser desenvolvido de forma isolada, com base nas
peculiaridades de cada área a ser atendida.

32) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) O orçamento


participativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto de vista da alocação
de recursos segundo as demandas sociais existentes, não é utilizado no âmbito
do governo federal.

(CESPE - Analista Judiciário – Administração - TRE/BA - 2010) Um dos


objetivos estratégicos do TRE/BA consiste em aprimorar a comunicação com o
público externo. Para tanto, o plano de atuação institucional do Tribunal
estabeleceu como objetivo: “Aprimorar a comunicação com o público externo,
com linguagem clara e acessível, disponibilizando, com transparência,
informações sobre o papel, as ações e as iniciativas do TRE/BA, o andamento
processual, os atos judiciais e administrativos, os dados orçamentários e de
desempenho operacional”.
Internet: <www.tre-ba.gov.br> (com adaptações).
Tendo como referência o texto acima, julgue o item seguinte acerca de
planejamento e transparência de informações orçamentárias.
33) O orçamento-programa permite a alocação de recursos visando à
consecução de objetivos e metas, além da estrutura do orçamento ser
direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao
encontro do planejamento e da gestão estratégica do TRE/BA.

34) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) A função


estabilizadora do Estado consiste na intervenção do governo na economia,
mediante políticas fiscal e monetária, para protegê-la de flutuações bruscas,
caracterizadas por desemprego em alta ou por inflação em alta.
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35) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Orçamento


programa possui medidas de desempenho com a finalidade de medir as
realizações, os esforços despendidos na execução do orçamento e a
responsabilidade pela sua execução.

36) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A necessidade de


definição clara e precisa dos objetivos governamentais é condição básica para
a adoção do orçamento-programa. No caso, por exemplo, de tornar-se um rio
navegável, serão necessárias indicações sobre os resultados substantivos do
programa, que envolverão informações, tais como redução no custo do
transporte e diminuição dos acidentes e das perdas com a carga.

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37) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Tratando-se de orçamento


participativo, a iniciativa de apresentação do projeto de lei orçamentária cabe
a parcela da sociedade, a qual o encaminha para o Poder Legislativo.

38) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Orçamento


programa tem como característica a não existência de direitos adquiridos em
relação aos recursos autorizados no orçamento anterior, devendo ser
justificadas todas as atividades a serem desenvolvidas no exercício corrente.

39) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento público passa a


ser utilizado sistematicamente como instrumento da política fiscal do governo
a partir da década de 30 do século XX, por influência da doutrina keynesiana,
tendo função relevante nas políticas de estabilização da economia, na redução
ou expansão do nível de atividade.

40) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A adoção do orçamento


moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes do
final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade,
própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de
corrigir as imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento econômico.

41) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN – 2010) Na


elaboração do orçamento base-zero, é possível alterar a responsabilidade da
carga de trabalho, a partir de uma base-zero, prescindindo-se da análise do
custo-benefício de todos os projetos, processos e atividades.

42) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Foi particularmente a partir da


revolução keynesiana que o orçamento passou a ser concebido como
instrumento de política fiscal, com vistas à estabilização, à expansão ou à
retração da atividade econômica.

43) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Com a Constituição de 1891,


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que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta


orçamentária passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi
transferida para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934.

44) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008)


As superestimativas de receita na proposta orçamentária somente são
possíveis porque a lei orçamentária anual tem o caráter autorizativo.

45) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN – 2010)


De acordo com a concepção tradicional, o orçamento público é caracterizado
como mero inventário dos meios com os quais o Estado conta para cumprir
suas tarefas, sendo as funções de alocação, distribuição e estabilização
relegadas a segundo plano.

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46) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) A


ação do governo por meio da política fiscal abrange as funções alocativa,
distributiva e fiscalizadora.

47) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) A teoria de finanças públicas consagra ao


Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva, e
estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado de
suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e
serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos
de seu orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.

48) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) Após a Segunda


Guerra Mundial, os déficits públicos excessivamente altos e a crise econômica
mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do
Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar
que, nessas circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas
públicas devia ser com a função alocativa dos governos.

49) (CESPE - Analista Judiciário - TST - 2008) A utilização da política


orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica promover
ajustes no nível da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e
provocando a ocorrência de déficits ou superávits.

50) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) No período


do regime autoritário (1964-1984), o processo orçamentário brasileiro foi
completamente reorganizado com o fortalecimento do Poder Legislativo e a
recuperação do orçamento fiscal, que expressava a totalidade das receitas e
das despesas públicas.

51) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do


Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo
complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com
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investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios.

52) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN – 2010)


Identificam-se duas vantagens na implementação do orçamento base-zero: a
rapidez de elaboração e a facilidade de execução.

53) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA -


2008) O orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional,
em que as decisões são voltadas para a maximização da eficiência na alocação
dos recursos públicos. Adota-se, como procedimento básico, o questionamento
de todos os programas em execução, sua continuidade e possíveis alterações,
em confronto com novos programas pretendidos.

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54) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o conceito


de orçamento-programa, devem-se valorizar o gasto público e o que o governo
adquire, em detrimento do que se pretende realizar.

55) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento-programa se


diferencia do orçamento incremental pelo fato de que este último pressupõe
uma revisão contínua da estrutura básica dos programas, com aumento ou
diminuição dos respectivos valores.

56) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) Entre as maiores restrições apontadas em


relação ao chamado orçamento participativo, destacam-se a pouca
legitimidade, haja vista a perda de participação do Poder Legislativo, e a maior
flexibilidade na programação dos investimentos.

57) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Para os


críticos da concepção do orçamento integrado ao planejamento, gera-se forte
tendência à perpetuação de programas e à preservação dos recursos
assegurados ao longo do tempo. Quanto mais intenso e acelerado for o
incrementalismo orçamentário, mais essa tendência à inércia se acentua.

58) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O orçamento-


programa, também conhecido como orçamento clássico, possui apenas uma
dimensão explicitada do orçamento. Todos os programas devem ser
justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

59) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) O orçamento de


desempenho, também identificado como orçamento moderno, é aquele
elaborado com base nos programas de trabalho de governo que serão
executados durante o exercício financeiro.

60) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Uma


das vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a sua
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maior legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo pela participação


direta da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações.

(CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Julgue o item subsequente,


relativo às funções econômicas do governo.
61) Em ocasiões em que o desemprego prevalece, a atuação do governo no
sentido de aumentar o nível de demanda no mercado com a recolocação da
produção no pleno emprego é um exemplo de aplicação da função distributiva
do Estado.

62) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Em relação ao


orçamento-programa, na elaboração do orçamento são considerados todos os
custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício.

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63) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Contábeis - TCE/ES – 2012) O


orçamento-programa consagra o principio de que o gasto público deve estar
vinculado a uma finalidade.

64) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração -


2013) A elevada despesa pública não supre a necessidade da sociedade por
bens e serviços, o que faz com que o setor privado, em sua eficiência,
intervenha nas ações do governo, mitigando as falhas de mercado.

65) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) A estrutura do orçamento-programa é apoiada em aspectos
administrativos e de planejamento e a alocação dos recursos se dá conforme
objetivos e metas a serem alcançados. Já no orçamento tradicional, é
apresentada uma estrutura que dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão e
a alocação de recursos e feita com vistas a aquisição de meios.

66) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Em épocas de estagnação e recessão


econômica, as concepções keynesianas têm dado suporte à flexibilização na
aplicação do princípio do equilíbrio orçamentário, defendendo, inclusive, um
maior endividamento público, possibilitando uma utilização intensiva de
recursos ociosos esterilizados por agentes econômicos privados.

67) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Em uma economia de livre


mercado, sem a interferência do governo, fatores como a oportunidade
educacional, a habilidade individual e a propriedade dos fatores de produção
permitem garantir uma distribuição mais igualitária da riqueza gerada pelo
sistema econômico.

68) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Quando usado como instrumento de


planejamento governamental, os recursos são alocados no orçamento visando
à consecução de objetivos e metas previamente estabelecidas.
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69) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) O


orçamento de base zero não pode ser implantado em instituições que adotem
o modelo de orçamento-programa.

70) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) No orçamento de desempenho, em


sua concepção mais recente, os produtos obtidos pela ação governamental são
muito mais relevantes que os resultados econômicos e sociais alcançados.

71) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) O orçamento de


desempenho é a mais recente evolução do orçamento-programa, fruto das
pressões sociais por serviços públicos de melhor qualidade e por mais
transparência na gestão pública.

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Julgue o item a seguir, a respeito dos métodos, técnicas e instrumentos do


orçamento público.
72) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A vinculação ao
planejamento constitui a principal característica do orçamento tradicional
transferida ao orçamento-programa.

73) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) Os objetivos e


propósitos, os programas e seus custos e as medidas de desempenho são
componentes essenciais do orçamento-programa.

74) (CESPE – Técnico Judiciário – Contabilidade – STM - 2011) O orçamento-


programa objetiva facilitar o planejamento governamental.

75) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Um dos desafios do orçamento-programa é


a definição dos produtos finais de um programa de trabalho. Certas atividades
têm resultados intangíveis e que, particularmente na administração pública,
não se prestam à medição, em termos quantitativos.

76) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – STF – 2013) O Estado


prioriza a estabilidade da atividade econômica quando, por exemplo, aloca
recursos para satisfazer as necessidades sociais de saúde e de educação da
população.

77) (CESPE – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT/17 – 2013) Ao assumir


a condição de produtor de determinados bens e serviços, dado o vulto e risco
de certas iniciativas, o Estado reconhece que o fornecimento desses produtos
deve levar em conta o estágio da distribuição de renda da população.

78) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) A atividade


estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos em que não houver
a necessária eficiência por parte do mecanismo de ação privada, como no caso
de investimentos e infraestrutura econômica.
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79) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) O


mecanismo básico da política de estabilização econômica é a ação estatal sobre
a demanda agregada, uma vez que essa ação aumenta ou reduz a referida
demanda conforme as necessidades.

80) (CESPE – Analista – Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Por meio


do orçamento, o governante seleciona prioridades, decide onde e como gastar
os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre os diferentes
grupos sociais, conforme o peso ou a força política de tais grupos. Portanto,
nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem
democrática, como representação e accountability, estão presentes.

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81) (CESPE – Analista Judiciário – Economia – STM - 2011) A principal função


do orçamento público tradicional é possibilitar aos órgãos de representação um
controle econômico sobre o Poder Executivo.

82) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) O investimento na infraestrutura econômica configura um dos campos
exclusivos da função distributiva do orçamento.

83) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) O orçamento público fixado na Lei


Orçamentária Anual não determina os gastos de modo impositivo ou
obrigatório.

84) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) O STF não tem reconhecido a


possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato de
constitucionalidade em virtude dos efeitos concretos de seu conteúdo.

85) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) O


orçamento moderno abrange objetivos mais amplos que o controle financeiro
sobre os atos do Poder Executivo.

86) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Orçamento


programa apresenta duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e as
ações desenvolvidas.

87) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) A proposta


orçamentária para 2009, em tramitação no Congresso, poderá servir de
experimento para uma iniciativa que a Comissão Mista de Orçamento quer
adotar nos próximos anos: o orçamento federal participativo. A principal
característica desse tipo de orçamento é a participação direta da população na
definição das prioridades para a obtenção da receita e para as despesas
correntes obrigatórias.
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88) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) Orçamento


programa é o orçamento clássico, confeccionado com base no orçamento do
ano anterior e acrescido da projeção de inflação.

89) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O orçamento-


programa tem como característica a não existência de direitos adquiridos da
unidade orçamentária, cabendo a ela justificar todas as atividades que
desenvolverá no exercício corrente.

90) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) A principal característica do


orçamento-programa, em contraposição com os orçamentos tradicionais, é a
ênfase no objetivo — e não no objeto — do gasto. Em organizações mais
simples, que desempenham uma única função, a indicação do objeto do gasto

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ou a natureza da despesa é suficiente para se identificar, ainda que


indiretamente, o objetivo dos dispêndios realizados pela unidade responsável.

91) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014)


O orçamento misto é aquele que envolve entidades da administração pública
direta e indireta.

92) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) A proposta


orçamentária elaborada pelo Poder Executivo federal embasa-se no conceito de
orçamento base-zero, segundo o qual a existência de determinada dotação na
lei orçamentária do exercício anterior não constitui garantia para a sua
inclusão no exercício seguinte.

93) (CESPE – Analista – Orçamento, Gestão Financeira e Controle/Serviços


Técnicos e Administrativos – TCDF – 2014) Denomina-se orçamento misto o
orçamento público elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos
recursos seja executada por empresas do setor privado.

94) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Ciências Contábeis - TCE/RO –


2013) No Brasil, a Lei Orçamentária Anual é uma lei ordinária, visto que, entre
suas características, não consta a coercibilidade.

95) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Ciências Contábeis - TCE/RO –


2013) O orçamento-programa fornece subsídios ao planejamento, visto que
possibilita a ligação entre o controle da execução orçamentária e a elaboração
orçamentária.

96) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração -


2013) Com a evolução do orçamento como instrumento de planejamento,
ampliaram-se as atribuições econômicas governamentais voltadas para a
promoção de ajustamentos na alocação de recursos, na distribuição de renda e
na manutenção da estabilidade econômica.
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97) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) No momento da


promulgação da lei orçamentária anual, encerra-se a participação do
Congresso Nacional no ciclo orçamentário.

98) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Entre os motivos que ensejam a


intervenção do Estado na economia inclui-se a existência de bens públicos e de
externalidades.

99) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS – 2013) O


orçamento tradicional, além de ser um instrumento político, tinha o aspecto
econômico como prioridade, pois buscava a economia e a eficiência.

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100) (CESPE – Analista Legislativo – Direito – ALCE – 2011) Não há que se


falar em competência concorrente em matéria de direito financeiro entre
União, estados e Distrito Federal, na medida em que o sistema financeiro
nacional se amolda ao pacto federativo, devendo cada ente da federação
legislar adstrito à sua competência constitucional.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E C E C C E C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E E E E E E E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D D C C E E E E E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C C C C C E E C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C E C C E E E C E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E C E E E E E E E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E C C E C C E C E E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E E C C C E E C C C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
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E E C E C E E E E C
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E E E E C C E C E E

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