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Mateus 17 :Transfiguração de Jesus

Em Mateus 17 Jesus subiu a um monte com alguns dos discípulos, especificamente Pedro, Tiago e João. Ali eles
testemunharam a transfiguração do Senhor. Uma forte luz os cercou e Moisés e Elias apareceram. Ali estavam os
representantes da Lei e dos profetas e a nova dispensação, a graça que se inicia com Cristo.

Por fim, uma nuvem de glória os envolveu e a voz de Deus Pai bradou dizendo: “Este é o meu Filho amado de quem
me agrado. Ouçam-no!” (Mateus 17.1–9).

Ou seja, nos últimos dias a voz de autoridade pertence a Jesus, não mais a Lei ou aos profetas.

A profecia de Malaquias 4.5,6 diz que antes da manifestação do Messias, Elias voltaria e anunciaria arrependimento
ao povo .

Elias veio, disse Jesus e não deram ouvidos a ele. Este era João Batista que pregou no deserto, comia gafanhotos,
mel silvestre, se vestia com pele de animais, batizava com água e anunciava a chegada do Reino de Deus e do
Messias(v.v 17.10–13)

Após isso, o escritor relata que um pai aflito pede a Jesus que liberte a seu filho da opressão maligna, visto que os
discípulos não puderam. Jesus critica severamente a incredulidade deles (v.v 17.14 – 21).

Em seguida ordena que o menino seja trazido e o cura. Perplexos os discípulos perguntam ao Senhor porque não
puderam curá-lo. Jesus responde mostrando que, além da fé deles ser pequena para o ato, aquele tipo de possessão
exigia uma vida de jejum e oração.

Ao ver que o tempo se aproxima, Cristo fala sobre sua iminente morte e ressurreição, e os discípulos ficam
profundamente entristecidos.

Por fim, o Senhor nos dá um bonito exemplo de cidadania. As autoridades procuravam a todo tempo acusa-lo de
algo que custasse sua vida e sabiam que o fato de não pagar impostos se configurava insurreição contra o imperador
(Mateus 17.22,23).

O Mestre nos ensina que embora sejamos filhos de Deus e herdeiros do céu, precisamos dar bom testemunhos
como cidadãos. Pagar impostos, dividas e manter o bom nome de Jesus que está sobre nós é nossa obrigação na
Terra.

Mateus 17 e o relance da glória

Em Mateus 17.1–8 vemos que Jesus levou a Pedro, Tiago e João a alta monte, que pode ter sido o Monte Hermom,
próximo de Cesaréia de Filipe, uma vez que Jesus aparecia naquela região, conforme vemos em Mateus 16:13.

Lá Jesus foi transfigurado, esta foi uma amostra de Sua glória. O brilho era evidenciado em Seu aspecto e em Suas
roupas, que se tornaram brancas como a luz.

Moisés e Elias apareceram do céu de uma maneira perceptível e conversaram com Jesus (demonstrando desta
forma que a subsistência inteligente segue a morte).

Lucas escreveu que Moisés e Elias conversaram com Jesus sobre Sua morte vindoura (Lucas 9:31).

O motivo?

Por que Moisés e Elias, de todas as indivíduos do Antigo Testamento, foram lembrados nesta situação?

Pode ser que estes dois homens e os discípulos sugiram de todas as categorias de indivíduos que estarão no reino
vindouro de Jesus.

Os discípulos representam pessoas que viverão em corpos físicos. Moisés representa pessoas salvas que morreram
ou irão falecer. Elias representa pessoas salvas que não experimentarão a morte, porém serão arrebatados vivos
para o céu (1 Tessalonicenses 4:17).

Estas três categorias estarão existentes quando Deus instaurar Seu reino na terra. Além disso, o Senhor estará em
sua glória como encontrava-se na transfiguração, e o reino ocorrerá na terra, como claramente verificou-se.
Os discípulos estavam, então, desfrutando de um antegozo do reino que o Senhor prometeu (Mateus 16:28).

Mateus 17 e a sensação de Pedro

Pedro pareceu sentir o significado do episódio, uma vez que ele sugeriu que construísse três abrigos, para Jesus,
Moisés e Elias.

Ele viu neste episódio o cumprimento da Festa Judaica dos Tabernáculos, que parecia de duas formas: no passado,
para as peregrinações no deserto por 40 anos, e para o futuro, para o completo júbilo de Israel das bênçãos de Deus
quando Ele reuniria Seus habitantes na terra.

Pedro entendeu certo em seu julgamento sobre o que estava acontecendo (ele viu o reino), porém ele julgou errado
sobre seu tempo.

Enquanto Pedro também falava, uma voz mais relevante falou de uma nuvem luzente que os envolveu. Esta voz
disse: Esse é meu Filho, a quem amo; com Ele estou alegre. Ouça-o! (ver também Mateus 3.17) Esta comprovação do
Filho de Deus pela voz de Deus teve grande significado para os discípulos.

Anos mais tarde, quando Pedro escreveu sua segunda epístola, ele se referiu a este episódio (2 Pedro 1.16-18).

Essa comprovação de Jesus pelo Pai provocou assombro nos discípulos, a ponto de que caíssem de cara no chão.

No momento em que o próprio Senhor disse aos discípulos que se levantassem eles não viram ninguém fora Jesus, já
que Moisés e Elias haviam sumido.

Silêncio

No momento em que esse modesto grupo voltou da montanha, Jesus disse aos três para não contarem a ninguém o
que haviam testemunhado até que que Ele tivesse ressuscitado dos mortos (Mateus 17:9–13).

Alguns grupos já haviam proposto tornar a Jesus Rei à força, e se as notícias desse episódio tivessem se tornado
conhecidas, pode ser que outras pessoas tivessem proposto fazer de Jesus Monarca.

A transfiguração foi uma amostra do reino, porém os discípulos ficaram intrigados. Vários estavam ensinando que
antes que o Messias pudesse vir, Elias deveria voltar.

Jesus explicou que Elias deveria de fato vir e reparar todas os princípios (Malaquias 4.5), porém Elias já tinha
chegado na figura de João Batista e seu ministério não foi aprovado.

Em vez de acolher João Batista, os líderes religiosos o rejeitaram. Como eles se recusaram a aprovar o ministério de
João e, em vez disso, o rejeitaram, Jesus da mesma forma seria recusado.

No primeiro anúncio sobre o surgimento de João, Zacarias, seu pai, foi informado de que iria na presença de Deus
“no espírito e poder de Elias” (Lucas 1:17).

As palavras anteriores do Senhor sobre João (Mateus 11:14 – crise na fé) afirmaram que ele teria sido o Elias predito
se o povo tivesse respondido com fé salvadora.

Tudo o que é preciso para revelar o reino do Messias foi feito. A única coisa que faltava era o acolhimento pela
comunidade de seu rei justo.

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