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A mídia televisiva tem sido utilizada como um amplo meio de comunicação voltado

para a promoção de alimentos não saudáveis, havendo pouco espaço para a promoção de
práticas saudáveis de alimentação.
A maioria das crianças e dos adolescentes prefere a televisão, os jogos eletrônicos e
o cinema como forma de diversão. Tem-se, em média, que o jovem brasileiro permanece de
três a quatro horas diante da TV (Ministério da Justiça, 2009). Ao se divertirem em frente à
televisão, crianças e jovens são expostos à publicidade de marcas.
O trabalho publicitário divulga uma marca, usando recursos visuais e auditivos, e
geralmente exagera nos elogios à marca com o objetivo de criar demanda pelo produto e
gerar lucro para o anunciante (Cohen, 2005). Desse modo, a publicidade de alimentos
parece influenciar a comunicação e as escolhas de compras das crianças, adolescentes e
seus pais. Isso sugere que as estratégias promocionais possuem poder persuasivo.
Algumas pesquisas mostram que cerca de 50% das crianças não consomem frutas
e verduras frequentemente e apresentam uma alta exposição à mídia televisiva. A
substituição desses itens por alimentos não saudáveis da publicidade, pode estar
contribuindo para o aumento do peso, corroborando os resultados encontrados em
Zimmerman e Bell (2010). Existem evidências fortes de que a promoção de alimentos
influencia as preferências alimentares das crianças, suas escolhas e também as escolhas
de seus pais (influenciados por essas) por alimentos ricos em gordura, sal e açúcar. Por
isso, em 2010, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez uma recomendação para que
houvesse uma redução da exposição das crianças às propagandas de alimentos,
principalmente aquelas que possuíam alta quantidade de sal, açúcar e gordura.
Além da televisão, que é um meio muito utilizado para a promoção de alimentos,
existem outros instrumentos para disseminar as vendas que são as embalagens. A
embalagem possui diversas características, sendo planejada de forma detalhada de
maneira a influenciar o consumidor no momento da compra. O rótulo do alimento é um forte
fator de persuasão e, por isso, constitui um recurso de auxílio à venda. O design da
embalagem é projetado detalhadamente para alcançar tal objetivo: cores, ilustrações,
tamanho, material e informações fornecidas refletem as preferências do segmento de
mercado almejado por cada empresa. No caso das embalagens direcionadas ao público
infantil, elas são geralmente muito coloridas e valem-se de personagens infantis, como
ursos, heróis, etc (SCAGLIUSI, 2005).
Os adolescentes são considerados grupos de risco nutricional pois apresentam
consumo alimentar caracterizado pela baixa ingestão de frutas, verduras, legumes, fontes
de vitaminas, minerais e fibras e consumo acentuado de bebidas com adição de açúcar,
ricos em gorduras saturadas, açúcar de adição e sódio. Além do consumo de
industrializados como massas, bolachas, doces, refrigerantes e leite e derivados. Estes
hábitos podem estar associados ao aparecimento precoce de doenças cardiovasculares,
hipertensão e diabetes mellitus. As informações contidas nas embalagens dos alimentos
industrializados são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA).
A rotulagem nutricional é regulamentada pelas Resoluções de Diretoria Colegiadas
(RDCs) 359/03 e 360/03 que tratam, respectivamente, das medidas de porções dos
alimentos e da quantidade por porção, porcentagem de valor diário e nutriente. Sua
implementação foi uma estratégia de controle sanitário na área de alimentos, visando à
proteção ao consumidor, permitindo que o mesmo possa conhecer as informações
nutricionais necessárias para o consumo consciente dos alimentos, promovendo, assim,
benefícios à sua saúde.
MODELOS DE RÓTULOS

Os modelos gráficos presentes nas embalagens são: modelo linear, modelo vertical, de
semáforo nutricional e modelo de advertência em triângulo.

obs
SITE
https://higienealimentar.com.br/o-marketing-de-alimentos-e-as-criancas/

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