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06/11/2023, 10:32 SECULT - Doce de Cajú de Ipioca

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DOCE DE CAJÚ DE (/)


IPIOCA
Maceió

fonte: http://agendaa.tnh1.com.br (http://agendaa.tnh1.com.br)

O Doce de Caju constitui-se no produto final de uma extensa rede de relações da cultura imaterial
característica da região do litoral alagoano e que é, portanto, passível, de ser inserido no livro de
Registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas.

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06/11/2023, 10:32 SECULT - Doce de Cajú de Ipioca

Os doces fazem parte da memória dos alagoanos, integrando sua história desde os tempos
coloniais. Embora tenha surgido como herança dos colonizadores portugueses, em Alagoas o
hábito de fazer doces foi favorecido pela fartura das frutas tropicais e do açúcar abundante nos
engenhos, grande estímulo para a criação das saborosas iguarias que hoje compõem o cardápio
tradicional das famílias.

O antigo povoado de Ipioca tem sua origem ligada ao processo de ocupação das terras litorâneas
da região Norte do Estado e sua igrejinha secular, dedicada a Nossa Senhora do Ó, remonta ao
século XVIII. Aos poucos o núcleo urbano se avoluma, ocupando os morros, criando ruas e vielas
sinuosas, marcadas pelo casario singelo.

A cultura do açúcar, através dos engenhos, e do algodão, através de fábricas têxteis, foi marcante
na região e beneficiou Ipioca, cuja dinâmica econômica dependia da mesma, ao gerar emprego e
renda para a população. Com a decadência de tais produções, as pessoas buscaram explorar
outros tipos de atividades, dirigindo seus esforços para a cultura do coco e a piscicultura.

Diante da grande quantidade de cajueiros existentes naquela área, as mulheres desenvolveram o


doce de caju artesanal, tornando-o uma atração local para moradores da região e turistas.

Segundo informações orais, a fatura desse quitute remonta a cerca de 100 anos atrás e as pessoas
mais antigas dizem ter aprendido com as avós. Algumas famílias de baixa renda, moradoras de
Ipioca mantém viva a memória dos seus antepassados através da preservação da tradição. Em
volta da atividade se congregam não apenas as mulheres, mas, também, maridos, dispostos a
participar do processo e garantir auxílio para a sobrevivência material do grupo familiar.

A safra de caju ocorre entre os meses de outubro e dezembro e nessa época se dá a coleta dos
frutos, os quais são lavados, furados, espremidos e separados de acordo com o tipo de doce que
vai ser feito. O modo de fazer é artesanal, com utensílios simples como tachos de cobre ou de
alumínio, colheres de pau, peneiras de palha vegetal (urupemas) e fogão a lenha.

O caju se oferece a várias formas de fazer o doce: em calda, cristalizado e do tipo ameixa. Além
disso, é aproveitada, também, a sua castanha que, caramelizada com açúcar, se transforma em
“castanha confeitada”.

Tal variedade é apreciada pelos compradores que se dirigem às bancas improvisadas distribuídas
ao longo da estrada AL 101 Norte, nas proximidades de Ipioca. Sobre tabuleiros são colocados os
recipientes contendo os doces.

A falta de valorização do produto e o pouco retorno comercial relativo às vendas, não tem atraído
os jovens para este tipo de atividade profissional. Como conseqüência, eles não são estimulados a
manter a tradição familiar da fabricação dos doces.

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Com o Registro, espera-se que sejam tomadas as devidas iniciativas para salvaguarda e repasse
do conhecimento junto à população detentora do bem, o povo de Ipioca. O “saber-fazer” do doce
deverá ser preservado, divulgado e valorizado de modo a manter-se na história, não permitindo
seu desaparecimento, nem negando às próximas gerações o deleite que o seu sabor proporciona
ao paladar.

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