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8008 Diário da República, 1.ª série — N.

º 212 — 5 de Novembro de 2007

Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo único
Concessão de autorização de residência a cidadão estrangeiro
identificado como vítima do crime de tráfico de pessoas
1 — A autorização de residência a cidadão estrangeiro
identificado como vítima do crime de tráfico de pessoas,
nos termos do n.º 4 do artigo 109.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de Julho, com dispensa das condições estabelecidas
nas alíneas a) e b) do n.º 2 do mesmo artigo, é concedida,
quando circunstâncias pessoais da vítima o justifiquem,
pelo Ministro da Administração Interna, por sua iniciativa
ou proposta do órgão de polícia criminal competente ou
do coordenador do Plano Nacional contra o Tráfico de
Seres Humanos, aplicando-se o disposto nos artigos 54.º
e seguintes do Código do Procedimento Administrativo.
2 — As circunstâncias pessoais a que se refere o número
anterior são ponderadas caso a caso e podem, designada-
mente, relacionar-se:
a) Com a segurança da vítima, seus familiares ou pes-
soas que com ela mantenham relações próximas;
b) Com a saúde das pessoas referidas na alínea anterior;
c) Com a sua situação familiar;
d) Com outras situações de vulnerabilidade.

3 — Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 111.º da


Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, considera-se identificada
como vítima de tráfico toda a pessoa em relação à qual
hajam sido adquiridos indícios da prática desse crime, por
autoridade judiciária ou órgão de polícia criminal ou quando
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA o coordenador do Plano Nacional contra o Tráfico de Seres
Humanos entender que existem motivos suficientemente
ponderosos para crer que essa pessoa é vítima de tráfico.
Decreto-Lei n.º 368/2007 4 — Para efeitos do disposto no n.º 5 do artigo 109.º
de 5 de Novembro da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, considera-se que a ne-
cessidade de protecção se mantém enquanto houver risco
O presente decreto-lei resulta da necessidade de dar de a vítima, os seus familiares ou pessoas que com ela
cumprimento ao disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 109.º, mantenham relações próximas serem objecto de ameaças
no n.º 2 do artigo 111.º e no n.º 2 do artigo 216.º da Lei ou ofensas a bens pessoais ou patrimoniais, praticadas
n.º 23/2007, de 4 de Julho, que aprova o regime jurídico pelos agentes do tráfico.
de entrada, permanência, saída e afastamento de cidadãos
estrangeiros de território nacional. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de
Pretende-se, desta forma, proteger as vítimas do crime Agosto de 2007. — José Sócrates Carvalho Pinto de
de tráfico de pessoas e cria-se, para esse efeito, um regime Sousa — Luís Filipe Marques Amado — Rui Carlos Pe-
especial de concessão de autorização de residência. Este reira — Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira — José
regime especial dispensa a verificação, no caso concreto, da Manuel Vieira Conde Rodrigues.
necessidade da sua permanência em território nacional no Promulgado em 18 de Outubro de 2007.
interesse das investigações e dos procedimentos judiciais
e prescinde da vontade clara de colaboração com as auto- Publique-se.
ridades na investigação e repressão do tráfico de pessoas O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
ou do auxílio à imigração ilegal.
Para além disso, define-se vítima de tráfico como sendo Referendado em 25 de Outubro de 2007.
a pessoa em relação à qual hajam sido adquiridos indícios
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
da prática desse crime, por autoridade judiciária ou órgão de
de Sousa.
polícia criminal, ou quando o coordenador do Plano Nacional
contra o Tráfico de Seres Humanos entender que existem
motivos suficientemente ponderosos para crer que essa pes- Decreto Regulamentar n.º 84/2007
soa é vítima de tráfico e determina-se que a necessidade de de 5 de Novembro
protecção se mantém enquanto houver risco de a vítima, os
seus familiares ou pessoas que com ela mantenham relações A Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, veio definir o novo
próximas serem objecto de ameaças ou ofensas a bens pesso- regime jurídico de entrada, permanência, saída e afasta-
ais ou patrimoniais, praticadas pelos agentes do tráfico. mento de estrangeiros do território nacional. A lei assenta
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numa opção realista e equilibrada: favorecer a imigração para o exercício de actividade sazonal e um regime de
legal, desincentivar e contrariar a imigração ilegal, com- concessão de vistos para imigrantes empreendedores.
bater a burocracia, tirar partido das novas tecnologias para Como forma de tornar Portugal mais atractivo para
simplificar e acelerar procedimentos, inovar nas soluções. mão-de-obra altamente qualificada, é, designadamente,
Cuidadosamente debatidas ao longo de muitos meses simplificado o regime de concessão de autorização de
com as organizações sociais e demais cidadãos interes- residência a investigadores, docentes do ensino superior
sados antes da sua submissão ao Parlamento, as opções e outros cidadãos estrangeiros altamente qualificados que
constantes da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, resultaram pretendam desenvolver a sua actividade em centros de
de meticulosa preparação no interior do Governo (com investigação, estabelecimentos de ensino superior ou outras
articulação devida de um vasto conjunto de ministérios), entidades que acolham actividades altamente qualificadas,
a que se seguiu um extenso processo de discussão parla- públicas ou privadas, nomeadamente empresas.
mentar, aberto a contribuições de múltiplos quadrantes, o Regulamenta-se, igualmente, o novo regime de concessão
que ampliou a base de apoio política à reforma aprovada de autorização de residência a estrangeiros que queiram inves-
e permitiu diversos aperfeiçoamentos. tir ou desenvolver uma actividade empresarial no País, con-
Empenhou-se o Governo em regulamentar com celeri- tribuindo, assim, para a atracção de investimento criador de
dade o novo regime legal, para o que foram adoptadas as emprego e riqueza, num quadro jurídico flexível que permite
medidas de coordenação apropriadas. valorizar tanto investimentos relevantes pelo montante como
Tratando-se de uma lei com elevada densidade norma- outros realizados no âmbito da chamada economia social.
tiva, com múltiplas disposições directa e imediatamente O processo de concessão do visto de residência para o
aplicáveis, o presente decreto regulamentar circunscreve-se exercício de trabalho subordinado é devidamente enqua-
ao necessário à boa execução dos preceitos que carecem de drado pela fixação anual, e mediante parecer da Comissão
normas complementares, designadamente em matéria de Permanente de Concertação Social, de um contingente
concessão de vistos no estrangeiro e nos postos de fronteira global de oportunidades de emprego não preenchidas por
para entrada de cidadãos estrangeiros no território nacio- cidadãos nacionais, cidadãos comunitários ou estrangei-
nal, prorrogação da permanência, concessão e renovação ros residentes em Portugal, visando ajustar as ofertas de
de autorizações de residência, direito ao reagrupamento emprego não preenchidas com o potencial de mão-de-obra
familiar, regime do título de residência, estatuto do resi- estrangeira com a qualificação profissional adequada, tendo
dente de longa duração, saída, afastamento e expulsão ou em consideração a importância de uma estreita cooperação
luta contra a imigração ilegal. com os países de origem de fluxos migratórios para a sua
No estrito cumprimento das novas condições que per- gestão. O regime proposto é aplicável sem prejuízo de
mitirão uma melhor regulação dos fluxos migratórios, regimes especiais ao abrigo de convenções internacionais.
optou-se por um modelo de organização e de procedimen- No que concerne ao reagrupamento familiar, além de
tos que sirva os imigrantes, as empresas, a economia e o se proceder à transposição da Directiva n.º 2003/86/CE,
desenvolvimento social e que corresponda plenamente a do Conselho, de 22 de Setembro, em consequência da uni-
uma administração moderna e eficiente. ficação dos estatutos jurídicos dos estrangeiros a residir
Por isso, reduziram-se ao mínimo indispensável os requi- legalmente em Portugal, precisam-se os termos em que é
sitos de prova documental e outros que devem ser apresen- alargado o âmbito de aplicação pessoal do direito ao rea-
tados e criaram-se canais céleres que facilitam os fluxos de grupamento familiar a estrangeiros que dele estão excluídos
informação interserviços. Deixam assim de ser necessárias à luz do regime anterior, em especial, os titulares de vistos
inúmeras deslocações a diferentes serviços dependentes de de trabalho e os titulares de autorizações de permanência,
outros tantos ministérios, circulando a informação entre através da concessão imediata de títulos de residência e, em
estes, sem mais encargos e transtornos para os interessados. consequência, do direito de reagruparem de imediato com
Particularmente relevantes são as alterações relativas os seus familiares. Regulamenta-se, igualmente, o reagrupa-
ao mercado de oportunidades de emprego e os mecanis- mento com o parceiro de facto. Os pedidos de reagrupamento
mos eficientes que o mesmo comporta, os procedimentos familiar passam a poder ser tratados de forma conjunta e o
que facilitam o acesso e a circulação de pessoal técnico, seu deferimento implica a concessão automática de visto aos
investigadores, professores, cientistas e estudantes, bem membros da família que se encontrem no estrangeiro.
como aqueles que respeitam ao reagrupamento familiar, à Regulamenta-se o estatuto de residente de longa dura-
protecção das vítimas de tráfico e às garantias de audição ção, concedido a todos aqueles que residem legalmente há
e defesa dos imigrantes. cinco anos, que implica além de um significativo conjunto
Assim: de direitos, o direito específico de circularem no espaço
No domínio da admissão e residência de estrangeiros em europeu e de aí se fixarem. Mantém-se igualmente a pos-
território nacional são adoptadas as soluções regulamenta- sibilidade de obtenção de uma autorização de residência
res necessárias a fazer cessar a desigualdade de estatutos permanente, acessível para todos os estrangeiros que resi-
jurídicos inerente à anterior existência de nove títulos dam legalmente por um período de cinco anos.
diversos consagrados no Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Alargam-se os motivos que permitem a concessão de
Agosto, que enquadrou a permanência legal de imigrantes autorização de residência com dispensa de visto e a con-
em Portugal e foi revogado pela Lei n.º 23/2007, de 4 de cessão excepcional de autorização de residência por razões
Julho. São delineadas pormenorizadamente as condições humanitárias e por razões de interesse público decorrentes
de emissão de um único tipo de visto, que permite ao seu do exercício de uma actividade relevante no domínio cien-
titular entrar em Portugal para fixação de residência, con- tífico, cultural, desportivo, económico ou social.
cedido de acordo com objectivos específicos previstos na No que diz respeito ao afastamento/expulsão de estran-
lei para este tipo de vistos. geiros do território nacional, consagram-se legalmente os
Regulamenta-se o regime jurídico para a imigração mera- limites genéricos à expulsão que decorrem da Constituição
mente temporária, através do visto de estada temporária e da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do
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Homem relativa ao artigo 8.º da Convenção Europeia dos Regulamento (CE) n.º 562/2006, do Parlamento Europeu e
Direitos do Homem. Consagra-se igualmente uma protec- do Conselho, de 15 de Março, na Lei n.º 23/2007, de 4 de
ção acrescida do residente de longa duração contra medidas Julho, e no presente decreto regulamentar.
de expulsão, mediante a consideração da sua integração 2 — A reposição excepcional do controlo documental
social e familiar e a consagração de efeito suspensivo do nas fronteiras internas prevista no n.º 6 do artigo 6.º da
recurso judicial. Introduz-se a possibilidade de cancela- Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, rege-se pelo disposto nos
mento de autorização de residência e de expulsão judicial artigos 23.º a 31.º do Regulamento (CE) n.º 562/2006, do
de estrangeiros que cometam, ou em relação aos quais Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março.
existam sérias razões para crer que irão cometer crimes 3 — Compete às empresas transportadoras informar os
de natureza muito grave, como o terrorismo. passageiros que utilizem um troço interno de um voo com
É assegurado o incentivo ao retorno voluntário, mediante origem ou destino em países não signatários da Convenção
a eliminação da sanção de interdição de entrada, a qual de Aplicação do Acordo de Schengen de que estão sujei-
passa a ser aplicável apenas em caso de afastamento coer- tos a controlo fronteiriço e que devem ser portadores de
civo. O imigrante em situação ilegal que se decida pelo documento de viagem.
regresso voluntário passa a estar numa situação mais favo-
rável do que a do expulsando, na medida em que pode Artigo 2.º
voltar a imigrar legalmente, embora quando o faça no
período de três anos tenha a obrigação de reembolsar o Desembaraço de saída de navios e embarcações
Estado pelas quantias gastas com o seu regresso. 1 — Após o controlo de saída de navio ou embarcação
Assegura-se a concessão de autorização de residência a ví- e concluindo-se que não existe qualquer impedimento
timas de tráfico de pessoas e de acções de auxílio à imigração resultante da aplicação do regime legal de estrangeiros, o
ilegal que colaborem com a justiça. Este regime é essencial Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) emite o respec-
à perseguição das redes de tráfico de pessoas, sem contudo tivo desembaraço de saída que envia à autoridade marítima,
adoptar uma concepção utilitarista, na medida em que em pri-
nos termos e para os efeitos previstos no regulamento geral
meira linha visa a protecção do estrangeiro enquanto vítima
das capitanias.
de um crime grave de violação de direitos humanos.
Abandona-se a concepção legal da pessoa traficada 2 — Estão isentas de desembaraço do SEF as embarca-
como um mero imigrante ilegal, uma perspectiva que é ções de tráfego local, de pesca local e costeira e os reboca-
tributária da Convenção de Varsóvia sobre o Combate ao dores e embarcações auxiliares locais ou costeiras.
Tráfico de Seres Humanos, aprovada no âmbito do Con-
selho da Europa e que Portugal já assinou. Artigo 3.º
Introduzem-se medidas para tornar mais eficaz a execução Autorização de acesso à zona internacional dos portos
de ordens de expulsão, em especial de imigrantes em situação
ilegal, de forma a dissuadir a imigração clandestina, promo- 1 — A autorização de acesso à zona internacional dos
ver os canais legais de imigração e a preservação da ordem portos é válida pelo tempo estritamente necessário à con-
pública. Em especial, o estrangeiro que tenha sido objecto de cretização da finalidade que motivou a sua concessão.
uma decisão de expulsão fica entregue à custódia do Serviço 2 — Sempre que a finalidade e a frequência do acesso o
de Estrangeiros e Fronteiras para efeitos de imediata execu- justifiquem, pode ser concedida autorização com validade
ção da decisão de expulsão, sem prejuízo da concessão de mais alargada, não superior a um ano.
um prazo para abandono do território ou da sua colocação em 3 — Às pessoas autorizadas pelo SEF a aceder à zona
centro de instalação temporária ou sob vigilância electrónica internacional é emitida autorização de acesso cujas con-
quando tal execução imediata não é possível. dições de emissão e modelo são aprovados por despacho
Procura-se, assim, dar expressão a uma política de imi- do membro do Governo responsável pela área de admi-
gração ajustada, promotora de canais legais de imigração e nistração interna.
dissuasiva da utilização de canais ilegais, associada a uma
política coerente de integração da comunidade imigrante no Artigo 4.º
nosso país. A imigração é assim encarada não apenas como Validade dos documentos de viagem
factor de desenvolvimento económico, mas como relevante
factor de enriquecimento social e cultural de Portugal. Para efeitos de entrada e saída do território português,
Foi ouvido o Conselho Consultivo para os Assuntos a validade do documento de viagem apresentado deve ser
da Imigração. superior em, pelo menos, três meses à duração da estada
Assim: prevista, salvo quando se trate da reentrada de um estran-
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 216.º da Lei geiro residente no País ou nos casos excepcionais previstos
n.º 23/2007, de 4 de Julho, e nos termos da alínea c) do no n.º 4 do artigo 13.º
artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-
guinte: Artigo 5.º
CAPÍTULO I Termo de responsabilidade

Entrada e saída de território nacional 1 — O termo de responsabilidade que garanta a ali-


mentação e alojamento a nacional de Estado terceiro que
Artigo 1.º pretenda entrar no País, bem como a reposição de custos
de afastamento, em caso de permanência ilegal, deve ser
Controlo fronteiriço
subscrito por cidadão português ou cidadão estrangeiro
1 — O controlo fronteiriço e o controlo das pessoas na habilitado a permanecer regularmente em território na-
passagem das fronteiras externas rege-se pelo disposto no cional.
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2 — O termo de responsabilidade constitui prova da 3 — Os menores estrangeiros residentes no País que


posse de meios de subsistência suficientes, sem prejuízo desejem sair por uma fronteira externa desacompanhados
da possibilidade de apresentação de outros meios válidos de quem exerce o poder paternal devem apresentar auto-
de prova. rização subscrita por um dos progenitores ou por quem,
3 — O SEF pode fazer depender a aceitação dos termos no caso, seja responsável pelo mesmo, certificada por
de responsabilidade de prova de capacidade financeira do qualquer das formas legalmente previstas.
seu subscritor. 4 — Sempre que existam dúvidas relativamente à situa-
4 — O termo de responsabilidade a apresentar pelos ção do menor, o SEF realiza todas as diligências necessá-
agentes de navegação, nos termos do n.º 6 do artigo 8.º da rias à sua identificação, com vista a garantir a sua protecção
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, está sujeito às condições e adequado encaminhamento.
previstas nos n.os 2 a 4 do artigo 12.º do mesmo diploma
legal. Artigo 9.º
5 — O termo de responsabilidade deve ser redigido Transmissão de dados
em conformidade com modelo a aprovar por despacho do
director-geral do SEF. O SEF estabelece os procedimentos e as soluções tecno-
6 — O SEF cria e mantém um registo dos termos de lógicas adequadas para a transmissão pelas transportadoras
responsabilidade apresentados nos termos dos números aéreas, armadores ou agentes de navegação, dos dados
anteriores. previstos no artigo 42.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,
Artigo 6.º nos termos a definir por portaria do membro do Governo
responsável pela área da administração interna.
Verificação da autenticidade dos documentos
As autoridades competentes para a emissão de docu- CAPÍTULO II
mentos devem disponibilizar ao SEF, por via adequada,
incluindo a electrónica, o acesso aos pedidos respeitantes Vistos
à sua concessão ou emissão, facultando a consulta do res-
pectivo processo e duplicados sempre que tal seja requerido SECÇÃO I
ou se justifique.
Artigo 7.º Vistos concedidos no estrangeiro
Responsabilidade dos transportadores
Artigo 10.º
1 — Compete ao transportador, logo que notificado nos Pedido de visto
termos do n.º 3 do artigo 38.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho, suportar todos os encargos inerentes à permanência 1 — O pedido de visto que, por força da legislação
do cidadão estrangeiro na respectiva zona internacional ou aplicável, deva ser apresentado numa embaixada, posto
em unidade habitacional situada no interior de território consular de carreira ou secção consular é formulado em
nacional até ao momento do seu reembarque. impresso próprio, assinado pelo requerente e instruído com
2 — As despesas mencionadas no n.º 4 do artigo 41.º toda a documentação necessária.
da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, incluem, além da taxa 2 — Salvo razões atendíveis, o pedido deve ser apresen-
prevista, as correspondentes ajudas de custo, seguro pes- tado pelo requerente no país da sua residência habitual ou no
soal adequado, transporte, alojamento, bem como outras país da área da jurisdição consular do Estado da sua residência.
directamente decorrentes da execução da escolta. 3 — Quando o requerente for menor ou incapaz, o
3 — O regime mencionado no número anterior aplica-se pedido de visto deve ser assinado pelo respectivo repre-
às situações relativamente às quais o transportador solicite sentante legal.
escolta, desde que o SEF conclua pela sua necessidade. 4 — Em casos excepcionais, devidamente justificados,
4 — No caso de transporte por via marítima, respondem ou quando a legislação expressamente o permita, o respon-
solidariamente pelos encargos os armadores e os agentes sável pela embaixada, posto consular de carreira ou secção
de navegação que os representam. consular pode dispensar a presença do requerente, devendo
os motivos da dispensa constar no formulário do pedido.
Artigo 8.º 5 — A apresentação do pedido de visto pode dar lugar
à aposição, no passaporte do requerente, desde que solici-
Entrada e saída de menores tada pelo próprio, de um carimbo contendo os elementos
1 — A entrada no País de menores estrangeiros desa- respeitantes à data, embaixada, posto consular de carreira
companhados de quem exerce o poder paternal apenas ou secção consular onde foi solicitado, salvo nos casos de
deve ser autorizada quando exista cidadão português passaportes diplomáticos ou de serviço.
ou cidadão estrangeiro que permaneça regularmente 6 — O modelo de impresso previsto no n.º 1 está tam-
em Portugal que se responsabilize pela sua estada, bém disponível em suporte electrónico no sítio da Internet
após confirmação de existência de autorização válida disponibilizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
adequada emitida pelo respectivo representante legal
e avaliação de todos os demais elementos pertinentes. Artigo 11.º
2 — No caso de recusa de entrada e de regresso do Elementos do pedido
menor desacompanhado, a companhia transportadora deve
assegurar que o menor é entregue no país de origem ou Do pedido de visto, apresentado em formulário próprio,
devem constar os seguintes elementos:
ponto onde iniciou a sua viagem a quem exerce o poder
paternal ou a pessoa ou organização a quem o mesmo a) A identificação completa do requerente e, caso seja
possa ser confiado. titular de passaporte familiar ou de passaporte colectivo, do
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cônjuge, dos dependentes ou dos elementos do grupo que 6 — Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos
neles se encontram mencionados que pretendam beneficiar de junção ao processo de informação sobre registo cri-
do visto, quando aplicável; minal.
b) O tipo, número, data e local de emissão e validade
do documento de viagem e a identificação da autoridade Artigo 13.º
que o emitiu; Instrução do pedido
c) O objectivo da estada;
d) O período de permanência; 1 — A autoridade diplomática ou consular, na instrução
e) Nome da pessoa ou da empresa de acolhimento e do pedido, deve:
nome da pessoa a contactar na empresa de acolhimento, a) Comprovar a identidade do requerente;
quando aplicável; b) Verificar se o requerente está indicado, para efeitos
f) Local previsto de alojamento, quando aplicável. de não admissão, no Sistema de Informação Schengen;
c) Verificar a regularidade, autenticidade e validade do
Artigo 12.º documento de viagem apresentado pelo requerente, tendo
Documentos a apresentar em conta, neste último caso, que a mesma deve ultrapassar,
em pelo menos três meses, a data limite da permanência
1 — Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis requerida;
para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos com os d) Comprovar se o documento de viagem permite o
seguintes documentos: regresso do requerente ao país de origem ou a sua entrada
a) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo num país terceiro;
liso, actualizadas e com boas condições de identificação e) Apurar da existência e validade da autorização de
do requerente; saída ou do visto de regresso ao país de proveniência,
b) Passaporte ou outro documento de viagem válido; sempre que esta formalidade seja requerida pelas autori-
c) Certificado do registo criminal emitido pela autori- dades competentes, devendo observar-se o mesmo pro-
dade competente do país de nacionalidade do requerente cedimento relativamente à autorização de entrada num
ou do país em que este resida há mais de um ano, quando país terceiro;
sejam requeridos vistos de estada temporária e de resi- f) Confirmar se o documento de viagem é reconhecido
dência; e válido para todos os países signatários da Convenção
d) Requerimento para consulta do registo criminal por- de Aplicação, salvo quando o visto solicitado seja exclu-
tuguês pelo SEF, quando sejam requeridos vistos de estada sivamente válido para uma ou várias Partes Contratantes,
sendo, neste caso, suficiente o seu reconhecimento pelas
temporária e de residência;
autoridades competentes;
e) Seguro de viagem válido, que permita cobrir as des-
g) Confirmar se a situação económica do requerente e
pesas necessárias por razões médicas, incluindo assistência
a duração da estada são adequadas ao custo e objectivos
médica urgente e eventual repatriamento;
da viagem, podendo ser apresentado termo de responsa-
f) Comprovativo da existência de meios de subsistência, bilidade;
tal como definidos por portaria conjunta dos membros do h) Nas situações excepcionais previstas no n.º 2 do
Governo responsáveis pelas áreas da administração interna artigo 10.º, verificar as razões que o requerente invoca
e do trabalho e da solidariedade social, atenta a natureza para apresentar o pedido em país diferente daquele onde
do tipo de visto solicitado; tem residência habitual e se aí se encontra regularmente,
g) Cópia do título de transporte de regresso, salvo efectuando, sempre que necessário, consulta prévia à res-
quando seja solicitado visto de residência para efeitos de pectiva autoridade central;
reagrupamento familiar ou para actividade de investigação, i) Exigir a apresentação dos elementos que sejam neces-
actividade docente em estabelecimento de ensino superior sários ao esclarecimento de quaisquer dúvidas acerca dos
ou altamente qualificada. elementos constantes do pedido, designadamente perícias
médico-legais comprovativas dos laços de parentesco invo-
2 — O documento previsto na alínea f) do número cados;
anterior pode ser dispensado aos titulares de passaporte j) Verificar se o requerente se deslocou a Portugal em
diplomático e de serviço especial ou oficial. ocasiões anteriores e se nestas não excedeu o período de
3 — As missões diplomáticas ou os postos consulares permanência autorizado;
podem decidir, caso a caso, abrir uma excepção à exigência l) Emitir o respectivo parecer devidamente fundamen-
de seguro médico de viagem para os titulares de passapor- tado;
tes diplomáticos, de serviço e outros passaportes oficiais, m) Registar o pedido no sistema de informação de vistos,
ou quando tal possa proteger os interesses nacionais em previsto no artigo 39.º
matéria de política externa, de política de desenvolvimento
ou outras áreas de relevante interesse público, devendo ser 2 — A autoridade diplomática ou consular pode fazer
assegurada, no prazo de 90 dias após a entrada em território depender a aceitação do termo de responsabilidade previsto
nacional, a subscrição de adequado seguro de saúde. na alínea g) do número anterior de prova de capacidade
4 — Tratando-se de pedido de visto respeitante a menor financeira do seu subscritor.
sujeito ao exercício do poder paternal ou incapaz sujeito a 3 — A autoridade consular competente pode, em qual-
tutela, deve ser apresentada a respectiva autorização. quer fase do processo, exigir a presença do requerente na
5 — Podem ser isentos de apresentação de seguro de missão diplomática ou posto consular de carreira, tendo
viagem os requerentes que comprovem a impossibilidade em vista a recolha de elementos cujo conhecimento seja
da sua obtenção. conveniente para a instrução e decisão do pedido.
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4 — Excepcionalmente, nomeadamente por razões 4 — Para efeitos de concessão de visto para acompa-
urgentes de carácter humanitário ou de interesse nacio- nhamento familiar são considerados o cônjuge, a pessoa
nal, podem ser apostos vistos em documentos de viagem com quem viva em união de facto, os ascendentes, os filhos
cujo período de validade seja inferior a três meses, desde ou pessoa com outro vínculo de parentesco e, no caso de
que a validade do documento seja superior à do visto e a menores ou incapazes, na falta de familiar, a pessoa a cargo
garantia de regresso não fique comprometida. de quem estejam ou familiares desta.

Artigo 14.º Artigo 19.º


Parecer obrigatório Visto de estada temporária no âmbito
da transferência de trabalhadores
1 — O prazo de 20 dias para emissão dos pareceres
previstos no artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, 1 — O pedido de visto de estada temporária previsto
é contado a partir do dia seguinte ao da recepção do pe- no artigo 55.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é acom-
dido de parecer pela entidade responsável pela emissão do panhado dos documentos que atestem o cumprimento dos
mesmo, por via electrónica quando possível. requisitos previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo.
2 — Nas representações diplomáticas e consulares onde 2 — Quando o estabelecimento de onde é transferido
estejam colocados oficiais de ligação do SEF o parecer o requerente se situe no país em que apresente o pedido,
prévio previsto no número anterior é processado pelos os comprovativos podem ser emitidos por esse mesmo
mesmos. estabelecimento.

Artigo 15.º Artigo 20.º


Indeferimento liminar do pedido Visto de estada temporária para exercício de uma actividade
profissional subordinada ou independente de carácter temporário
A autoridade consular pode indeferir liminarmente os
1 — O pedido de visto de estada temporária previsto na
pedidos não identificados ou cujo teor seja ininteligível.
alínea c) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho, é acompanhado dos seguintes documentos:
Artigo 16.º
a) Promessa ou contrato de trabalho no âmbito de uma
Visto de escala e de trânsito
actividade profissional subordinada de carácter temporá-
1 — O pedido de visto de escala ou de trânsito deve ser rio; ou
acompanhado de cópia do título de transporte para o país b) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços
de destino final, bem como de prova de que o passageiro se no âmbito de uma actividade profissional independente
encontra habilitado com o correspondente visto de entrada de carácter temporário;
nesse país, sempre que exigível. c) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 5.º, o requerente competente para a verificação dos requisitos do exercício
de visto de trânsito deve fazer prova de que dispõe de meios de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua-
de subsistência suficientes, quer para o período de estada, lificações especiais;
quer para a viagem para o país onde tem garantida a sua d) Declaração, a emitir pelo IEFP, de que a promessa
admissão, nos termos a fixar por portaria dos membros do ou contrato de trabalho se refere a oferta disponível para
Governo responsáveis pelas áreas da administração interna cidadãos nacionais de países terceiros.
e do trabalho e da solidariedade social.
2 — O IEFP aprecia as ofertas de emprego para activi-
Artigo 17.º dade de carácter temporário apresentadas pelas entidades
empregadoras ao abrigo do artigo 56.º da Lei n.º 23/2007,
Visto de curta duração
de 4 de Julho, e publicita-as, depois de devidamente iden-
O pedido de visto de curta duração é acompanhado de tificadas e numeradas, em local próprio do seu sítio na
prova do objectivo e das condições da estada prevista. Internet, 30 dias após a apresentação da oferta de emprego.
3 — As embaixadas e postos consulares acedem à infor-
Artigo 18.º mação disponível no sítio de Internet do IEFP e publicitam
as ofertas de emprego em local próprio e divulgam-nas,
Visto de estada temporária para tratamento
médico e para acompanhamento familiar
por via diplomática, junto dos serviços competentes do
país terceiro.
1 — O pedido de visto de estada temporária previsto na 4 — Os cidadãos nacionais de países terceiros que pre-
alínea a) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de tendam ocupar uma oferta de emprego para actividade de
Julho, é acompanhado de relatório médico e comprovativo carácter temporário apresentam a sua candidatura, prefe-
emitido pelo estabelecimento de saúde oficial ou oficial- rencialmente por via electrónica, para endereço próprio da
mente reconhecido de que o requerente tem assegurado o entidade empregadora.
internamento ou o tratamento ambulatório. 5 — A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus-
2 — O pedido de visto de estada temporária previsto pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre
na alínea g) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de uma vez ocorrido o seu preenchimento.
4 de Julho, é acompanhado de comprovativo dos laços de 6 — As entidades empregadoras procedem à selecção
parentesco que justificam o acompanhamento. e informam directamente o candidato que vai preencher
3 — Os pedidos de visto previstos nos números ante- o posto de trabalho e enviam os documentos referidos nas
riores obedecem ainda ao disposto no artigo 52.º da Lei alíneas a) ou b) e d) do n.º 1 para que o trabalhador possa
n.º 23/2007, de 4 de Julho. solicitar o visto junto do posto consular.
8014 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

7 — Todos os procedimentos referidos nos números 2 — Para efeitos da alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da
anteriores podem ser efectuados por comunicação elec- Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, o visto de estada temporária
trónica, designadamente através de sítio próprio do IEFP no âmbito dos compromissos internacionais ao nível da
na Internet, sem prejuízo de recurso a outros meios de liberdade de prestação de serviços é emitido mediante a
comunicação. apresentação dos seguintes documentos:
8 — Com vista a monitorizar as promessas de contrato
de trabalho emitidas por entidade patronal, o sistema de a) Contrato de prestação de serviços celebrado entre o
informação que gere as comunicações e procedimentos cidadão estrangeiro e o consumidor final;
regista o histórico disponível. b) Certificado de posse das habilitações técnicas reque-
9 — A Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das ridas para a prestação do serviço em causa.
Comunidades Portuguesas regista o visto no sistema de
informação de vistos previsto no artigo 39.º e informa o Artigo 24.º
IEFP sobre a sua concessão, no prazo máximo de cinco Visto de residência
dias.
Artigo 21.º São definidos por portaria conjunta dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas da administração interna
Visto de estada temporária para actividade de investigação, e do trabalho e da solidariedade social os comprovativos
actividade docente em estabelecimento de posse de meios de subsistência necessários para:
de ensino superior ou altamente qualificada
1 — O pedido de visto de estada temporária previsto a) Os pedidos de vistos de residência para o exercício
no artigo 57.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é acom- de actividade profissional, estudo, estágio profissional não
panhado dos documentos que atestem o cumprimento dos remunerado ou voluntariado;
requisitos previstos nas alíneas a) e b) do mesmo artigo. b) Os pedidos de visto efectuados por cidadãos estran-
2 — Os centros de investigação, os estabelecimentos de geiros reformados;
ensino superior ou outras entidades, públicas ou privadas, c) Os pedidos de visto efectuados por cidadãos estran-
nomeadamente empresas, que acolham actividade alta- geiros que vivam de rendimentos de bens móveis ou imó-
mente qualificada, podem remeter os documentos referidos veis ou da propriedade intelectual;
no número anterior ao Ministério da Ciência, Tecnologia e d) Os pedidos de visto efectuados por cidadãos estran-
Ensino Superior que os envia, ou a correspondente infor- geiros que vivam de rendimentos de aplicações financei-
mação, de preferência por via electrónica, ao Ministério ras;
dos Negócios Estrangeiros, tendo em vista a celeridade e e) Os pedidos de visto efectuados por cidadãos estran-
facilitação na tramitação do pedido de visto. geiros com a qualidade de ministros do culto, membros
3 — Carece de parecer prévio obrigatório do Ministério de instituto de vida consagrada ou que exerçam profissio-
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a concessão de nalmente actividade religiosa e que, como tal, seja certifi-
vistos para o exercício de actividade altamente qualificada cada pela igreja ou comunidade religiosa a que pertençam,
quando exista dúvida quanto ao enquadramento dessa devidamente reconhecidas nos termos da ordem jurídica
actividade nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei portuguesa.
n.º 23/2007, de 4 de Julho. Artigo 25.º
4 — O parecer referido no número anterior é emitido Instrumentos bilaterais de simplificação
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão
corresponde a parecer favorável. A selecção e recrutamento de trabalhadores nacionais de
países terceiros, para preenchimento de ofertas de emprego
Artigo 22.º que se enquadrem no contingente mencionado no n.º 2 do
artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e das ofertas
Visto de estada temporária para o exercício de emprego para trabalho temporário, pode ser objecto
de actividade desportiva amadora
de protocolo a celebrar entre o Instituto do Emprego e
O pedido de visto de estada temporária previsto na Formação Profissional, I. P. (IEFP), e os serviços públicos
alínea e) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de de emprego congéneres de países terceiros, a publicitar no
Julho, é acompanhado de documento emitido pela respec- sítio do IEFP na Internet.
tiva federação, confirmando o exercício da actividade des-
portiva, bem como de termo de responsabilidade subscrito Artigo 26.º
pela associação ou clube desportivo, assumindo a respon- Contingente global indicativo de oportunidades de emprego
sabilidade pelo alojamento e pelo pagamento de eventuais
cuidados de saúde e despesas de repatriamento. Os procedimentos e elementos necessários para defi-
nição do contingente global indicativo de oportunidades
Artigo 23.º de emprego a aprovar por resolução do Conselho de Mi-
nistros, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 59.º da Lei
Visto de estada temporária em casos excepcionais
n.º 23/2007, de 4 de Julho, são da responsabilidade do
1 — O pedido de visto de estada temporária previsto Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.
na alínea f) do n.º 1 do artigo 54.º da Lei n.º 23/2007, de
4 de Julho, é acompanhado do comprovativo da situação Artigo 27.º
de excepcionalidade, relevando, para o efeito, a estada Publicitação de ofertas de emprego
temporária de cidadãos nacionais de países terceiros que
se encontrem abrangidos pelos acordos, protocolos ou 1 — Cada oferta de emprego que se enquadre no contin-
instrumentos similares bilaterais, nomeadamente sobre gente mencionado no n.º 2 do artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
trabalhos em férias, nas condições e termos aí previstos. de 4 de Julho, apresentada por entidade empregadora junto
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8015

do IEFP é publicitada em local próprio no sítio do IEFP 4 — Todos os procedimentos referidos nos números
na Internet, 30 dias após o momento da sua apresentação, anteriores são efectuados por comunicação electrónica,
devidamente identificada e numerada, ficando também através de sítio próprio do IEFP na Internet.
disponível para cidadãos nacionais de países terceiros.
2 — Quando a entidade empregadora não autorize a Artigo 30.º
publicitação da oferta segue-se o procedimento previsto Visto de residência para o exercício
no artigo 29.º de actividade profissional subordinada
3 — As embaixadas e postos consulares acedem à infor-
mação disponível no sítio do IEFP na Internet, publicitam 1 — O pedido de visto de residência para o exercício de
as ofertas de emprego em local próprio e divulgam-nas, actividade profissional subordinada é acompanhado dos
por via diplomática, junto dos serviços competentes do seguintes documentos:
país terceiro. a) Contrato de trabalho, promessa de contrato de traba-
4 — A divulgação das ofertas de emprego pode ser sus- lho ou manifestação individualizada de interesse;
pensa a pedido da entidade empregadora e sê-lo-á sempre b) Declaração comprovativa emitida pelo IEFP nos
uma vez ocorrido o seu preenchimento. termos dos n.os 1, 2 ou 3 do artigo anterior;
c) Comprovativo de que está habilitado ao exercício
Artigo 28.º da profissão, quando esta se encontre regulamentada em
Portugal.
Candidatura a ofertas de emprego
1 — Os cidadãos nacionais de países terceiros que pre- 2 — Nas situações excepcionais previstas no n.º 7 do
tendam ocupar uma oferta de emprego apresentam a sua artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, o visto, ins-
candidatura, preferencialmente por via electrónica, para truído com os elementos previstos no mesmo preceito
endereço próprio da entidade empregadora. legal, só pode ser concedido mediante autorização expressa
2 — As entidades empregadoras enviam ao cidadão do director-geral dos Assuntos Consulares e das Comu-
estrangeiro seleccionado contrato de trabalho ou promessa nidades Portuguesas e após o parecer do SEF previsto
de contrato de trabalho junto com a declaração emitida no n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,
pelo IEFP para que aquele possa solicitar o visto junto devendo ser registado no sistema de informação de vistos.
do consulado. 3 — A Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das
3 — Todos os procedimentos referidos nos números an- Comunidades Portuguesas, no prazo máximo de cinco dias,
teriores são efectuados por comunicação electrónica, desig- informa o IEFP sobre a concessão do visto, que retira a
nadamente através de sítio próprio do IEFP na Internet, sem correspondente oferta do sistema de informação previsto
prejuízo de recurso a outros meios de comunicação. no artigo 27.º

Artigo 29.º Artigo 31.º


Procedimento aplicável Visto de residência para o exercício de actividade profissional
independente ou para imigrantes empreendedores
1 — As entidades empregadoras que pretendam celebrar
1 — O pedido de visto de residência para o exercício de
contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho actividade profissional independente, constante da lista de
com nacional de país terceiro que se encontre no seu país profissões em vigor para identificação de sujeitos passivos
de origem, nos termos da alínea a) do n.º 5 do artigo 59.º de IRS, é acompanhado de:
da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e que se enquadre em
sector de actividade não excluído pelo contingente global a) Contrato de sociedade ou contrato ou proposta escrita
indicativo de oportunidades de emprego mencionado no de contrato de prestação de serviços;
n.º 2 do mesmo artigo, devem requerer junto do IEFP decla- b) Quando aplicável, declaração emitida pela entidade
ração comprovativa de que a oferta de emprego se encontra competente para a verificação dos requisitos do exercício
abrangida pelo contingente global em vigor e de que não de profissão que, em Portugal, se encontre sujeita a qua-
foi preenchida por trabalhador que goze de preferência, a lificações especiais.
emitir 30 dias após a apresentação da mesma oferta.
2 — As entidades empregadoras que pretendam efec- 2 — O pedido de visto de residência para imigrantes
tuar uma manifestação individualizada de interesse na empreendedores que pretendam investir em Portugal ou
contratação de nacional de país terceiro que se encontre já o tenham feito é acompanhado de:
no seu país de origem, nos termos da alínea b) do n.º 5 do a) Declaração de que realizou ou pretende realizar uma
artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, devem reque- operação de investimento em Portugal, com indicação da
rer junto do IEFP declaração comprovativa dos requisitos sua natureza, valor e duração; e
referidos no número anterior, emitida no mesmo prazo, b) Comprovativo de que efectuou operações de inves-
sendo aplicáveis para obtenção de visto os procedimentos timento; ou
previstos no artigo 30.º c) Comprovativos de que possui meios financeiros dis-
3 — Nas situações excepcionais previstas no n.º 7 do poníveis em Portugal, incluindo os obtidos junto de insti-
artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, as entidades tuição financeira em Portugal, e da intenção de proceder
empregadoras devem requerer junto do IEFP declaração a uma operação de investimento em território português,
comprovativa de que a oferta de emprego não foi preen- devidamente descrita e identificada.
chida por trabalhador que goze de preferência nos termos
do n.º 1 do mesmo artigo, a emitir 30 dias após a apresen- 3 — O pedido de visto de residência previsto no número
tação da mesma oferta. anterior será apreciado tendo em conta, nomeadamente, a
8016 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

relevância económica, social, científica, tecnológica, ou 5 — O pedido de visto de residência para voluntariado
cultural do investimento. é acompanhado de documento que comprove que o reque-
rente tem a idade mínima fixada em portaria do membro do
Artigo 32.º Governo responsável pela área da administração interna e
de que foi admitido por uma organização responsável em
Visto de residência para actividade de investigação, actividade
docente em estabelecimento Portugal pelo programa de voluntariado em que participe,
de ensino superior ou altamente qualificada oficialmente reconhecida.
1 — O pedido de visto de residência previsto no Artigo 34.º
artigo 61.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é acompa-
nhado dos documentos que atestem o cumprimento dos Visto de residência no âmbito da mobilidade
de estudantes do ensino superior
requisitos previstos nos n.os 1 e 2 do mesmo artigo.
2 — Os centros de investigação, os estabelecimentos de O pedido de visto de residência apresentado por na-
ensino superior ou outras entidades, públicas ou privadas, cional de Estado terceiro que resida como estudante do
nomeadamente empresas, que acolham actividade alta- ensino superior num Estado membro da União Europeia
mente qualificada, podem remeter os documentos referidos e que se candidate a frequentar em Portugal parte de um
no número anterior ao Ministério da Ciência, Tecnologia e programa de estudos já iniciado ou a completá-lo com um
Ensino Superior que os envia, ou a correspondente infor- programa de estudos afins é acompanhado dos seguintes
mação, de preferência por via electrónica, ao Ministério documentos:
dos Negócios Estrangeiros tendo em vista a celeridade e a) Comprovativos de que preenche as condições esta-
facilitação na tramitação do pedido de visto. belecidas nos n.os 2 e 4 do artigo 62.º da Lei n.º 23/2007,
3 — Carece de parecer prévio obrigatório do Ministério de 4 de Julho;
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a concessão de b) Comprovativo de que participa num programa de
vistos para o exercício de actividade altamente qualificada intercâmbio comunitário ou bilateral ou de que foi admitido
quando exista dúvida quanto ao enquadramento dessa como estudante num Estado membro da União Europeia
actividade nos termos da alínea a) do artigo 3.º da Lei durante um período não inferior a dois anos.
n.º 23/2007, de 4 de Julho.
4 — O parecer referido no número anterior é emitido
SECÇÃO II
no prazo de 20 dias, findo o qual a ausência de emissão
corresponde a parecer favorável. Disposições complementares

Artigo 33.º Artigo 35.º


Visto de residência para estudo, intercâmbio Parecer prévio obrigatório
de estudantes, estágio profissional ou voluntariado
1 — Sempre que a concessão de visto dependa de pare-
1 — O pedido de visto de residência para frequência cer obrigatório do SEF, o responsável pela embaixada,
de programa de estudo no ensino secundário é acompa- ou posto consular de carreira ou secção consular remete
nhado de: o processo devidamente instruído, acompanhado do res-
a) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino pectivo parecer sobre a sua admissibilidade, através do
confirmando que o mesmo foi aceite; Ministério dos Negócios Estrangeiros, sempre que possível
b) Declaração comprovativa do seu acolhimento por por via electrónica.
2 — Para cumprimento do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 5
família, nas condições previstas na alínea c) do n.º 5 do
do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é com-
artigo 62.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho; ou
petente o director-geral do SEF, com possibilidade de
c) Comprovativo de alojamento assegurado. delegação.
3 — Nas representações diplomáticas e consulares onde
2 — O pedido de visto de residência para frequência estejam colocados oficiais de ligação do SEF, o parecer
de programa de estudo no ensino superior é acompanhado prévio previsto no n.º 1 pode ser processado pelos mesmos,
de documento emitido pelo estabelecimento de ensino nos termos de despacho a proferir pelo director-geral do
confirmando que o requerente preenche as condições de SEF.
admissão ou de que foi admitido. 4 — A consulta prévia prevista no n.º 4 do artigo 53.º da
3 — É dispensada a entrega dos documentos previstos na Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é efectuada pelo Ministério
alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 nos casos em que os requerentes dos Negócios Estrangeiros, directamente ao Serviço de
sejam beneficiários de bolsas de estudo atribuídas pelo Informações de Segurança, devendo este informar também
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, I. P., o SEF, sempre que o parecer seja desfavorável à admissão
entidade que informa as embaixadas, postos consulares de do cidadão estrangeiro no território nacional.
carreira ou secções consulares portuguesas da sua condição 5 — A aplicação do disposto na alínea b) do n.º 1 do
para efeitos de concessão de visto de residência. artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é assegurada
4 — O pedido de visto de residência para frequência através da utilização do sistema de informação de vistos.
de estágio profissional não remunerado é acompanhado
de documento emitido por empresa ou organismo de for- Artigo 36.º
mação profissional oficialmente reconhecido, atestando
Concessão dos vistos
a sua admissão no estágio, o programa de estágio e, se
necessário, o contrato de formação, bem como a calenda- 1 — Os vistos devem ser apostos em documentos de
rização do curso. viagem válidos e reconhecidos por Portugal.
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8017

2 — O período de permanência autorizado pelo visto dentes num Estado membro da União Europeia e regular-
fica condicionado à observância do disposto na alínea c) mente empregados numa empresa estabelecida num Estado
do n.º 1 do artigo 13.º, sem prejuízo do disposto no n.º 4 membro da União Europeia que, mantendo o respectivo
do mesmo artigo. vínculo laboral, se desloquem a território português para
3 — A validade do visto concedido a familiares acompa- prestar serviços.
nhantes de titulares de visto de estada temporária não pode 2 — Os cidadãos a que se refere o número anterior
ultrapassar a validade do visto do familiar a acompanhar. devem, no prazo de três dias após a entrada em território
4 — As embaixadas, secções consulares e postos con- nacional, efectuar junto do SEF a declaração de entrada,
sulares de carreira podem, a título excepcional, autorizar a nos termos do artigo 14.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
aposição de visto, em folha autónoma, a qual deve sempre 3 — Mediante apresentação de comprovativos das
acompanhar o documento de viagem. circunstâncias mencionadas no n.º 1, o SEF prorroga a
5 — A concessão de vistos é da competência do respon- permanência nos termos do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007,
sável pela embaixada, secção consular ou posto consular de 4 de Julho, pelo tempo de duração correspondente ao
de carreira e, nas suas ausências e impedimentos, do res- do destacamento.
pectivo substituto legal.
SECÇÃO III
Artigo 37.º
Vistos concedidos em postos de fronteira
Prazo para emissão dos vistos consulares
Os vistos consulares devem ser emitidos no prazo Artigo 41.º
máximo de 90 dias após a sua concessão, caducando, após Vistos de trânsito e de curta duração
tal prazo, se a não emissão for devida a não comparência
do requerente. 1 — A concessão de vistos de trânsito e de curta dura-
Artigo 38.º ção, nos termos do n.º 1 do artigo 67.º da Lei n.º 23/2007,
de 4 de Julho, fica sujeita à verificação, se possível atestada
Relação de vistos concedidos
por documento comprovativo, das razões imprevistas que
1 — Os postos consulares enviam aos serviços compe- impediram o requerente de se apresentar habilitado com
tentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros a relação o necessário visto.
mensal dos vistos concedidos. 2 — A emissão dos vistos referidos no número anterior
2 — Da relação referida no número anterior consta o consiste na aposição de uma vinheta modelo tipo de visto
nome, nacionalidade, tipo de visto, número e tipo de pas- no documento de viagem do requerente.
saporte, validade do visto, período de permanência e con-
sulta prévia, bem como nos casos referentes a actividade Artigo 42.º
de investigação, actividade docente em estabelecimento Visto especial
de ensino superior ou altamente qualificada, a entidade
contratante ou similar e a discriminação da actividade. 1 — O visto especial previsto no artigo 68.º da Lei
3 — Na relação devem ser colocados os comprovativos n.º 23/2007, de 4 de Julho, é emitido em vinheta modelo
da utilização das vinhetas na concessão de vistos. tipo de visto, sendo esta aposta no respectivo documento
4 — As vinhetas inutilizadas devem acompanhar a rela- de viagem.
ção a que se referem os números anteriores. 2 — Caso o cidadão se apresente sem documento de
5 — No momento da concessão, as embaixadas, as sec- viagem válido, a vinheta referida no número anterior é
ções consulares e os postos consulares de carreira comu- aposta em impresso próprio.
nicam ao SEF, por via electrónica, os vistos de residência 3 — O visto especial é válido para uma entrada em
e de estada temporária concedidos sem consulta prévia, território nacional, habilitando o seu titular a uma perma-
nos termos do n.º 3 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de nência até 15 dias.
4 de Julho.
6 — Os processos de vistos de residência e de estada
temporária concedidos sem consulta prévia nos termos do CAPÍTULO III
n.º 3 do artigo 53.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, devem Prorrogação de permanência
ser enviados mensalmente ao SEF, sempre que possível por
via electrónica, mencionando expressamente o domicílio Artigo 43.º
indicado em território nacional.
Formulação e forma de concessão dos pedidos
de prorrogação de permanência
Artigo 39.º
1 — Os pedidos de prorrogação de permanência são
Sistema de informação de vistos
apresentados presencialmente e em impresso próprio assi-
Nos termos das disposições regulamentares comunitá- nado pelo requerente, instruídos com toda a documentação
rias, o SEF organiza o sistema português de informação necessária, acompanhados, se necessário, de duas fotogra-
sobre vistos no quadro do sistema europeu de informações fias iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, actualizadas e
sobre vistos. com boas condições de identificação.
Artigo 40.º 2 — Quando o requerente for menor ou incapaz, o
pedido é formulado e assinado pelo respectivo represen-
Dispensa de visto de residência
tante legal.
1 — Não carecem do visto de residência ou de estada 3 — O SEF pode indeferir liminarmente os pedidos cujo
temporária os cidadãos nacionais de países terceiros resi- teor seja ininteligível, que não tenham sido apresentados
8018 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

presencialmente ou não tenham sido assinados por repre- 5 — A prorrogação de permanência a que se refere o
sentante legal, tratando-se de menor ou incapaz. número anterior só é admitida a quem tenha beneficiado
4 — A prorrogação de permanência é concedida sob de um visto uniforme, com validade inferior ao limite pre-
a forma de vinheta autocolante, de modelo aprovado por visto na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen,
portaria do membro do Governo responsável pela área da em função da natureza do visto e desde que o período de
administração interna. prorrogação não ultrapasse esse limite.
5 — O fluxo de informação decorrente dos pedidos de
prorrogação de permanência é processado nos termos do Artigo 46.º
n.º 2 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
Prorrogação de permanência em casos especiais
Artigo 44.º 1 — A prorrogação da permanência solicitada nos ter-
Documentos necessários
mos do n.º 3 do artigo 72.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho, pode ter lugar a título excepcional e é apreciada
1 — Sem prejuízo dos documentos específicos exigidos tendo em conta, designadamente, a existência de:
para cada tipo de prorrogação, os pedidos são instruídos
com os seguintes meios probatórios: a) Razões humanitárias;
b) Motivos de força maior;
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
b) Comprovativo dos meios de subsistência, atenta a
natureza do tipo de prorrogação solicitada; 2 — Nos casos em que os mesmos não existam já no
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; processo, o pedido deve ser acompanhado dos seguintes
d) Requerimento para consulta do registo criminal elementos:
português pelo SEF, sempre que a estada requerida seja
superior a 90 dias; a) Documento comprovativo da relação de paren-
e) Título de transporte que assegure o regresso, salvo nas tesco;
situações previstas nas alíneas a) e g) do n.º 1 do artigo 54.º b) Comprovativo da justificação invocada.
da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, ou sempre que a estada
requerida exceda 90 dias; Artigo 47.º
f) Quando em visita familiar, comprovativo do respec- Prorrogação de vistos de trânsito
tivo vínculo invocado.
O pedido de prorrogação de permanência apresentado
2 — Nos pedidos de prorrogação de permanência é por titular de visto de trânsito é acompanhado dos seguintes
dispensada a entrega de documentos já integrados antes meios probatórios:
no fluxo de trabalho electrónico do SEF e que se mante- a) Original e cópia do bilhete de transporte para o país
nham válidos. de destino final;
3 — Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos b) Visto, quando exigível, para o país de destino final.
de junção ao processo de informação sobre registo cri-
minal. Artigo 48.º
Artigo 45.º Prorrogação de vistos especiais

Prorrogação de permanência 1 — O pedido de prorrogação de permanência apre-


sentado por titular de visto especial é apreciado tendo em
1 — A prorrogação da permanência solicitada nos ter- consideração a manutenção das razões humanitárias ou
mos do n.º 1 do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de de interesse nacional que justificaram a sua concessão,
Julho, pode ser concedida desde que se mantenham as confirmadas pela entidade que determinou a emissão do
condições que permitiram a admissão do cidadão estran- mesmo.
geiro em território nacional. 2 — A prorrogação do visto é concedida no documento
2 — Em caso de ocorrência de facto novo posterior à de viagem ou no impresso previsto no artigo 42.º
entrada regular em território nacional, pode ser concedida,
a título excepcional, a prorrogação da permanência, nos Artigo 49.º
termos do n.º 3 do artigo 71.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho, devendo o pedido ser acompanhado dos documentos Prorrogação de visto de estada temporária
previstos no artigo anterior. 1 — O pedido de prorrogação de permanência apresen-
3 — O pedido é apreciado tendo em conta, designa- tado por titular de visto de estada temporária emitido para
damente: efeitos de tratamento médico é acompanhado de comprova-
a) Razões humanitárias; tivo de que o requerente continua em tratamento médico e
b) Motivos de força maior; tem assegurado o internamento, o tratamento ambulatório
c) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. ou se encontra inscrito em lista de espera ou no sistema
integrado de gestão para cirurgia.
4 — A prorrogação de permanência requerida com vali- 2 — O pedido de prorrogação de permanência apresen-
dade para os Estados Partes na Convenção de Aplicação do tado por titular de visto de estada temporária emitido no
Acordo de Schengen depende da verificação dos requisitos âmbito da transferência entre empresas deve ser acompa-
referidos no n.º 2 do presente artigo e do facto de o visto nhado de documento comprovativo emitido pela empresa
se encontrar válido, não podendo ser alterado o motivo situada em território nacional confirmando a manutenção
do mesmo. dos pressupostos que conduziram à concessão do visto.
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8019

3 — O pedido de prorrogação de permanência apre- CAPÍTULO IV


sentado por titular de visto de estada temporária emitido
para exercício de actividade profissional deve ser acom- Autorização de residência
panhado de:
SECÇÃO I
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade
empregadora confirmando a manutenção da relação la- Disposições gerais
boral; ou
b) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços Artigo 51.º
para o exercício de profissão liberal; Formulação do pedido
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; 1 — O pedido de concessão e de renovação de autori-
d) Informação necessária para verificação da inscrição zação de residência é formulado em impresso próprio, de
na administração fiscal e da regularidade da situação con- modelo aprovado por despacho do director-geral do SEF
tributiva na segurança social, obtida nos termos do n.º 9 do e assinado pelo requerente ou, quando se trate de menor
artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. ou de incapaz, pelo seu representante legal, devendo ser
apresentado presencialmente junto da direcção ou delega-
ção regional do SEF da área de residência do interessado,
4 — O pedido de prorrogação de permanência apresen-
acompanhado, se necessário, de duas fotografias do reque-
tado por titular de visto de estada temporária emitido para
rente, iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, actualizadas
actividade de investigação ou altamente qualificada deve e com boas condições de identificação.
ser acompanhado de: 2 — O pedido pode ser ainda apresentado nos centros
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade nacionais de apoio ao imigrante (CNAI) em que esteja
empregadora confirmando a manutenção da relação la- assegurada a presença de funcionários do SEF.
boral; ou 3 — O SEF pode indeferir liminarmente os pedidos cujo
b) Contrato da prestação de serviços ou declaração do teor seja ininteligível, que não tenham sido apresentados
beneficiário da prestação do serviço confirmando a manu- presencialmente ou não tenham sido assinados por repre-
tenção do vínculo contratual; ou sentante legal, tratando-se de menor ou incapaz.
c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação 4 — Nos pedidos de concessão ou de renovação de
científica; autorização de residência é dispensada a entrega de docu-
d) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra mentos já integrados antes no fluxo de trabalho electrónico
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; do SEF e que se mantenham válidos.
5 — Dos pedidos apresentados nos termos dos n.os 1 e
e) Informação necessária para verificação da inscrição
2 do presente artigo é dado sempre conhecimento, por via
na administração fiscal e da regularidade da situação con-
electrónica, ao ACIDI, I. P.
tributiva na segurança social, obtida nos termos do n.º 9 6 — O fluxo de informação decorrente dos pedidos de
do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, quando concessão e de renovação de autorização de residência
aplicável. é processado nos termos do n.º 2 do artigo 212.º da Lei
n.º 23/2007, de 4 de Julho.
5 — O pedido de prorrogação de permanência apre-
sentado por titular de visto de estada temporária emitido Artigo 52.º
para actividade desportiva amadora deve ser acompanhado
de documento emitido pela respectiva federação confir- Competência
mando o exercício da actividade desportiva e de termo Sem prejuízo das situações em que a Lei n.º 23/2007, de
de responsabilidade subscrito pela associação ou clube 4 de Julho, atribui competência ao Ministro da Adminis-
desportivo assumindo a responsabilidade pelo alojamento e tração Interna ou ao director-geral do SEF, a competência
pelo pagamento de eventuais cuidados de saúde e despesas para a concessão e renovação de autorizações de residência
de repatriamento. e concessão de autorizações de residência permanente é
6 — A decisão sobre os pedidos de prorrogação de dos directores regionais do SEF, com possibilidade de
permanência apresentado por titular de visto de estada delegação.
temporária para efeitos de acompanhamento de cidadão
em tratamento médico é tomada em consonância com a SECÇÃO II
adoptada quanto ao cidadão acompanhado.
Autorização de residência temporária
Artigo 50.º
Artigo 53.º
Prorrogação de visto de residência
Pedido de concessão de autorização de residência temporária
1 — O pedido de prorrogação de permanência apre-
sentado por titular de visto de residência é acompanhado 1 — Para além dos documentos específicos exigíveis em
de comprovativo do pedido de concessão de autorização função da finalidade da residência, o pedido de concessão
de residência. de autorização de residência apresentado por titular de visto
2 — O pedido é acompanhado de comprovativo da de residência é acompanhado dos seguintes documentos:
permanência em território nacional, salvo se o motivo a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
da ausência decorrer de uma necessidade imperiosa de b) Comprovativo dos meios de subsistência, nos termos
permanecer temporariamente no país de origem. a definir em portaria conjunta dos membros do Governo
8020 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

responsáveis pelas áreas da administração interna, do tra- 4 — O pedido de concessão de autorização de resi-
balho e da solidariedade social; dência para trabalho subordinado formulado por titular
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; de autorização de residência para exercício de actividade
d) Documento comprovativo dos vínculos de paren- profissional independente obedece ao disposto no n.º 1.
tesco, quando se justifique; 5 — Os representantes no conselho consultivo para
e) Comprovativo de certificação profissional, nos casos os assuntos da imigração de cada uma das comunidades
de profissões regulamentadas, quando aplicável; de imigrantes submetem à aprovação do conselho a lista
f) Requerimento para consulta do registo criminal por- das associações que relevam para os efeitos previstos na
tuguês pelo SEF. alínea a) do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho, a qual vigora durante o período correspondente ao
2 — O pedido é, ainda, instruído com informação neces- do respectivo mandato.
sária para verificação da inscrição na administração fiscal e
na segurança social, quando aplicável, obtida nos termos do Artigo 55.º
n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
3 — Em caso de dúvida, poderão ser solicitados, a título Pedido de concessão de autorização de residência
para exercício de actividade profissional independente
complementar, comprovativos de parentesco.
4 — Os pedidos de concessão de autorização de residência 1 — O pedido de concessão de autorização de residência
ao abrigo das normas da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, que para exercício de actividade profissional independente nos
permitem a concessão do título com dispensa de visto são termos do n.º 1 do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
acompanhados por certificado do registo criminal emitido Julho, apresentado por titular de visto de residência para
pela autoridade competente do país de nacionalidade do a mesma finalidade deve ser acompanhado dos seguintes
requerente ou do país em que este resida há mais de um ano. documentos:
5 — Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos
de junção ao processo de informação sobre registo cri- a) Contrato de sociedade ou de prestação de serviços
minal. para o exercício de profissão liberal; ou
6 — A recusa de autorização de residência, com funda- b) Comprovativo de declaração de início de actividade
mento em razões de saúde pública, obedece aos procedi- junto da administração fiscal e da segurança social como
mentos e regras fixados nos n.os 3, 4 e 5 do artigo 77.º da pessoa singular;
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. c) Quando aplicável, declaração emitida pela respectiva
ordem profissional sobre a verificação dos requisitos de
Artigo 54.º inscrição ou documento comprovativo de que está habili-
tado ao exercício da profissão quando esta, em Portugal,
Pedido de concessão de autorização de residência
para exercício de actividade profissional subordinada esteja sujeita a qualificações especiais.
1 — O pedido de concessão de autorização de residên- 2 — O procedimento oficioso de concessão de auto-
cia para exercício de actividade profissional subordinada rização de residência, desencadeado ao abrigo do n.º 2
apresentado por titular de visto de residência para a mesma do artigo 89.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, rege-se,
finalidade, deve ser acompanhado de contrato de trabalho com as devidas adaptações, pelo disposto nos artigos 54.º
celebrado nos termos da lei. e seguintes do Código do Procedimento Administrativo e
2 — O procedimento oficioso de concessão excepcio- é acompanhado dos documentos mencionados no número
nal de autorização de residência, desencadeado ao abrigo anterior, bem como de documento que comprove a entrada
do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e permanência legais em território nacional, sendo apre-
rege-se, com as devidas adaptações, pelo disposto nos ciado após entrevista pessoal ao requerente e tendo em
artigos 54.º e seguintes do Código do Procedimento Admi- conta a excepcionalidade da sua situação, designadamente:
nistrativo, devendo a eventual manifestação de interesse
ser apresentada pessoal e presencialmente pelo requerente a) Motivos de força maior;
no SEF, acompanhada dos seguintes documentos: b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis.
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei ou Artigo 56.º
documento emitido por alguma das entidades previstas na
alínea a) do n.º 2 do artigo 88.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Pedido de concessão de autorização de residência
Julho, que comprove a existência da relação laboral; para actividade de investigação ou altamente qualificada
b) Documento que comprove a sua entrada e perma- 1 — O pedido de concessão de autorização de residência
nência legais em território nacional; previsto no artigo 90.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é
c) Informação necessária para verificação da inscrição acompanhado dos documentos que atestem o cumprimento
na administração fiscal e da regularidade da sua situação dos requisitos previstos no n.º 1 do mesmo artigo.
contributiva na segurança social, obtida nos termos do n.º 9 2 — Os centros de investigação, os estabelecimentos de
do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. ensino superior ou outras entidades, públicas ou privadas,
nomeadamente empresas, que acolham actividade alta-
3 — A decisão do pedido a que se refere o número an- mente qualificada, podem remeter os documentos referidos
terior é tomada após entrevista pessoal ao requerente e no número anterior ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
tendo em conta a excepcionalidade da sua situação, de- Ensino Superior que os envia, ou a correspondente infor-
signadamente: mação, de preferência por via electrónica, ao SEF tendo
a) Motivos de força maior; em vista a celeridade e facilitação na tramitação do pedido
b) Razões pessoais ou profissionais atendíveis. de autorização de residência.
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8021

Artigo 57.º 2 — O titular de autorização de residência para estudo que


pretenda exercer uma actividade de investigação, actividade
Pedido de concessão de autorização de residência para estudo,
estágio profissional não remunerado ou voluntariado docente em estabelecimento de ensino superior ou altamente
qualificada deve apresentar ao SEF pedido de autorização
1 — O pedido de concessão de autorização de residência para o efeito, acompanhado dos seguintes documentos:
para estudo em estabelecimento de ensino secundário ou
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei, contrato
superior deve ser acompanhados dos seguintes documentos: de prestação de serviços ou bolsa de investigação científica;
a) Comprovativo de matrícula no estabelecimento de b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo
ensino; liso, actualizadas e com boas condições de identificação,
b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas se necessário.
pelo estabelecimento, quando aplicável;
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra 3 — Os pedidos referidos nos números anteriores são,
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. ainda, instruídos com informação necessária para verifi-
cação da inscrição na administração fiscal e na segurança
2 — É dispensada a apresentação dos documentos pre- social, quando exigida por lei, obtida nos termos do n.º 9
vistos no número anterior nos casos em que o requerente do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
4 — No caso de deferimento dos pedidos é emitido
seja beneficiário de bolsa de estudo atribuída pelo Instituto
título de residência substitutivo, com a mesma natureza e
Português de Apoio ao Desenvolvimento, I. P., entidade que, validade que o inicial, no qual será feita menção de auto-
para efeitos de autorização de residência, informa o SEF. rização de trabalho.
3 — O pedido de concessão de autorização de residência Artigo 59.º
para estudo em ensino superior formulado ao abrigo do
n.º 3 do artigo 91.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é Concessão de autorização de residência a vítimas de tráfico
de pessoas ou cidadãos objecto de acção de auxílio à imigração
acompanhado pelos documentos mencionados no n.º 1 e é ilegal que colaborem com as autoridades na investigação
apreciado tendo em conta a excepcionalidade da situação
pessoal do requerente, designadamente: 1 — As autoridades públicas, designadamente a autori-
dade judiciária, os órgãos de polícia criminal competentes
a) Motivos de força maior; para a investigação dos crimes de tráfico de pessoas ou de
b) Razões pessoais atendíveis. acção de auxílio à imigração ilegal, autoridades policiais
ou as associações que actuem no âmbito da protecção das
4 — O pedido de concessão de autorização de residência vítimas devem informar, por escrito, o cidadão estrangeiro,
para frequência de estágio profissional não remunerado com conhecimento ao SEF, da possibilidade de beneficiar
deve ser acompanhado dos seguintes documentos: da concessão de autorização de residência nos termos da
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
a) Contrato de formação celebrado com empresa ou 2 — A comunicação ao SEF, pelas autoridades respon-
organismo de formação profissional oficialmente reco- sáveis pela investigação, da solicitação de colaboração ou
nhecido; da manifestação da vontade em colaborar com as mesmas
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra inicia o prazo de reflexão previsto no n.º 1 do artigo 111.º
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, desde que haja indícios
de que a pessoa em causa é vítima de tráfico de pessoas
5 — O pedido de concessão de autorização de residência ou de acção de auxílio à imigração ilegal.
para frequência de um programa de voluntariado deve ser 3 — No decurso do prazo legal mínimo de reflexão, a
acompanhado dos seguintes documentos: autoridade responsável pela investigação criminal emite
parecer sobre o preenchimento dos requisitos previstos nas
a) Cópia do contrato celebrado entre o requerente e a alíneas a) a c) do n.º 2 do artigo 109.º da Lei n.º 23/2007, de
organização responsável pelo programa de voluntariado, 4 de Julho, para efeitos de início, pelo SEF, do processo de
com os elementos mencionados no n.º 2 do artigo 94.º da concessão de autorização de residência ou para prorrogar o
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho; prazo de reflexão até ao limite máximo de 60 dias, quando
b) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra os mesmos ainda não se encontrem preenchidos.
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde. 4 — Quando a autoridade responsável pela investigação
considerar que o cidadão estrangeiro manifesta, de forma
Artigo 58.º inequívoca, uma vontade de colaboração na investigação e
considere existirem fortes indícios de que essa cooperação
Exercício de actividade profissional subordinada, de actividade de
investigação, actividade docente em estabelecimento de ensino
não é fraudulenta, nem que a queixa da vítima é infundada ou
superior ou altamente qualificada por titular de autorização de fraudulenta, fará constar tal facto na comunicação referida no
residência para estudo. n.º 2 da presente disposição para efeitos de imediato início do
processo de concessão da autorização de residência e aplica-
1 — O titular de autorização de residência para estudo ção das medidas previstas no artigo 112.º da Lei n.º 23/2007,
que pretenda exercer uma actividade profissional subordi- de 4 de Julho.
nada deve apresentar ao SEF pedido de autorização para o Artigo 60.º
efeito, acompanhado dos seguintes documentos:
Pedido de concessão de autorização de residência por titulares
a) Contrato de trabalho celebrado nos termos da lei; do estatuto de residente de longa duração
concedido por um Estado membro da União Europeia
b) Duas fotografias iguais tipo passe, a cores e fundo
liso, actualizadas e com boas condições de identificação, 1 — O pedido de concessão de autorização de residência
se necessário. apresentado por titular do estatuto de residente de longa
8022 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

duração concedido por um Estado membro da União Euro- de contacto do Estado membro da União Europeia que
peia é acompanhado dos seguintes documentos: concedeu o estatuto do residente de longa duração.
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
Artigo 61.º
b) Comprovativo de posse de meios de subsistência;
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; Pedido de concessão de autorização de residência
d) Contrato de trabalho, de sociedade ou de prestação com dispensa de visto de residência
de serviços; ou 1 — O pedido de concessão de autorização de residência
e) Comprovativo de declaração de início de actividade com dispensa de visto nos termos do artigo 122.º da Lei
junto da administração fiscal e da segurança social como n.º 23/2007, de 4 de Julho, é acompanhado dos seguintes
pessoa singular; ou documentos:
f) Documento comprovativo de matrícula num estabele-
cimento de ensino superior, oficialmente reconhecido, ou a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
de admissão em estabelecimento ou empresa que ministre b) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
formação profissional, oficialmente reconhecida; ou c) Comprovativo da posse de meios de subsistência,
g) Apresente motivo atendível, nos termos da alínea d) nos termos a definir em portaria conjunta dos membros
do n.º 1 do artigo 116.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Ju- do Governo responsáveis pelas áreas da administração
lho; interna, do trabalho e da solidariedade social;
h) Quando aplicável, declaração emitida pela respec- d) Requerimento para consulta de registo criminal por-
tiva ordem profissional ou outra entidade reguladora de tuguês pelo SEF;
e) Certificado do registo criminal do país de origem,
profissão sobre a verificação dos requisitos de inscrição
salvo quando os pedidos sejam apresentados ao abrigo
ou documento comprovativo de que está habilitado ao
das alíneas b), c), d) e j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei
exercício da profissão quando esta, em Portugal, esteja
n.º 23/2007, de 4 de Julho.
sujeita a qualificações especiais;
i) Título de residente de longa duração ou cópia auten-
2 — O pedido de autorização de residência nos termos
ticada do mesmo;
da alínea a) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
j) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado 4 de Julho, é acompanhado de certidão de registo de nasci-
membro que concedeu o estatuto de residente de longa mento do menor, com dispensa dos documentos previstos
duração; no número anterior.
l) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra 3 — O pedido de autorização de residência nos termos
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; da alínea b) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
m) Requerimento para consulta do registo criminal por- de 4 de Julho, é ainda acompanhado dos seguintes docu-
tuguês pelo SEF. mentos:
2 — O pedido de concessão de autorização de residência a) Certidão de registo de nascimento do menor;
para os membros da família de titulares do estatuto de resi- b) Comprovativo da frequência de estabelecimento pré-
dente de longa duração concedido por um Estado membro -escolar, do ensino básico, secundário ou profissional.
da União Europeia, quando a família já estava constituída
neste, é acompanhado dos seguintes documentos: 4 — O pedido de autorização de residência nos
termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido ou n.º 23/2007, de 4 de Julho, é ainda acompanhado de
cópia autenticada do mesmo; comprovativo da acti vidade desenvolvida durante a
b) Título de residente de longa duração ou autorização permanência em território nacional, designadamente
de residência; do percurso escolar.
c) Prova de residência no Estado membro que concedeu 5 — O pedido de autorização de residência nos termos
o estatuto, enquanto familiar ou parceiro de facto de um da alínea d) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
titular do estatuto de residente de longa duração; de 4 de Julho, é ainda acompanhado dos seguintes docu-
d) Comprovativo de meios de subsistência; mentos:
e) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; a) Certidão de registo de nascimento;
f) Certificado de registo criminal emitido pelo Estado b) Comprovativos da actividade desenvolvida durante
membro que concedeu o estatuto de residente de longa a permanência em território nacional, designadamente do
duração; percurso escolar.
g) Requerimento para consulta do registo criminal por-
tuguês pelo SEF. 6 — O pedido de autorização de residência nos termos
da alínea e) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
3 — O pedido de reagrupamento familiar formulado de 4 de Julho, é ainda acompanhado dos seguintes docu-
por titulares do estatuto de residente de longa duração mentos:
concedido por um Estado membro da União Europeia, nos a) Certidão de decisão que atribui a tutela do menor; ou
casos em que a família ainda não estava constituída neste, b) Original ou cópia autenticada da decisão de promo-
obedece ao disposto nos artigos 66.º e seguintes. ção e protecção do menor, proferida pela Comissão de
4 — A concessão da autorização de residência nos ter- Protecção de Crianças e Jovens.
mos dos números anteriores, bem como as decisões de
renovação, não renovação e cancelamento são comunica- 7 — O pedido de autorização de residência apresentado
das pelo ponto de contacto nacional português ao ponto por cidadão estrangeiro abrangido pela alínea f) do n.º 1
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8023

artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é apresentado 15 — O pedido de autorização de residência nos termos
com dispensa dos documentos previstos nas alíneas a) e da alínea o) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de
e) do n.º 1. 4 de Julho, é ainda acompanhado de declaração emitida
8 — O pedido de autorização de residência nos termos pela autoridade judicial de onde se conclua a cessação da
da alínea g) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, necessidade de colaboração ou pela certidão da sentença
de 4 de Julho, é ainda acompanhado de atestado médico judicial.
emitido em estabelecimento de saúde oficial ou oficial- 16 — O pedido de autorização de residência nos termos
mente reconhecido, comprovativo de doença prolongada da alínea p) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
que obste ao retorno ao país, a fim de evitar risco para a de 4 de Julho, é ainda acompanhado de comprovativo
saúde do requerente. da conclusão do plano de estudos ao nível secundário ou
9 — O pedido de autorização de residência nos termos superior.
da alínea h) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, 17 — O pedido de autorização de residência nos termos
de 4 de Julho, é ainda acompanhado de documento com- da alínea q) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007,
provativo do cumprimento de serviço militar efectivo nas de 4 de Julho, é ainda acompanhado de contrato de traba-
Forças Armadas Portuguesas. lho ou de prestação de serviços referente à actividade de
10 — O pedido de autorização de residência nos termos investigação, docência, num estabelecimento de ensino
da alínea i) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de superior ou altamente qualificada.
4 de Julho, é ainda acompanhado de documento comprova- 18 — O pedido de autorização de residência nos termos
tivo da perda da nacionalidade portuguesa ou, na sua falta, do n.º 3 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,
de declaração sobre as circunstâncias que determinaram a pode ser feito em simultâneo com o previsto no n.º 3 do
sua perda, bem como de documento comprovativo da pre- presente artigo e deve ser acompanhado dos seguintes
sença em território nacional, designadamente da actividade documentos:
profissional desenvolvida pelo requerente. a) Certidão de nascimento do menor, salvo quando já
11 — O pedido de autorização de residência nos termos conste do processo do mesmo;
da alínea j) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de b) Prova de que o ascendente do menor exerce sobre
4 de Julho, é ainda acompanhado de documento compro- ele efectivamente o poder paternal, nomeadamente através
vativo da presença em território nacional, designadamente de declaração do progenitor não requerente confirmando
da actividade profissional desenvolvida pelo requerente. o facto.
12 — O pedido de autorização de residência nos termos
da alínea l) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, 19 — O pedido de autorização de residência apresen-
de 4 de Julho, é ainda acompanhado dos seguintes docu- tado por cidadão estrangeiro cujo estatuto de residente de
mentos: longa duração foi cancelado sem decisão de afastamento
de território nacional, é acompanhado dos documentos
a) Certidão de nascimento do menor, salvo quando já referidos nas alíneas a) a e) do n.º 1.
conste do processo do mesmo; 20 — Enquanto não for proferida decisão sobre o pedido
b) Prova do exercício efectivo do poder paternal e da mencionado no número anterior e se o período autorizado
contribuição para o sustento do menor, nomeadamente de permanência do requerente em território nacional tiver
através de declaração do progenitor não requerente, con- terminado, pode ser concedida prorrogação de permanên-
firmando o exercício do poder paternal pelo progenitor cia.
requerente, podendo, em casos devidamente, fundamen-
tados, ser dispensado. Artigo 62.º
Concessão de autorização de residência
13 — O pedido de autorização de residência apresentado ao abrigo do regime excepcional
por cidadão estrangeiro abrangido pela alínea m) do n.º 1
do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é ainda O procedimento oficioso de concessão de autorização
acompanhado dos seguintes documentos: de residência, desencadeado ao abrigo do artigo 123.º da
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, rege-se, com as devidas
a) Comprovativo da acreditação em Portugal durante adaptações, pelo disposto nos artigos 54.º e seguintes do
um período não inferior a três anos; Código do Procedimento Administrativo e deve ser ins-
b) Comprovativo do vínculo familiar quando se trate de truído com os seguintes meios probatórios:
cônjuge, ascendente ou descendente a cargo.
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido
14 — O pedido de autorização de residência nos termos ou, ainda, nos casos de comprovada impossibilidade de
da alínea n) do n.º 1 do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, obtenção de passaporte, comprovativo da identidade do
de 4 de Julho, é ainda acompanhado dos seguintes docu- cidadão estrangeiro;
mentos: b) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
dade competente do país de nacionalidade do requerente
a) Cópia do auto de denúncia; e do país em que este resida há mais de um ano;
b) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi- c) Requerimento para consulta do registo criminal portu-
ções de Trabalho ou autoridade judiciária, confirmando a guês pelo SEF, quando existam indícios de que o requerente
colaboração do requerente com a investigação e a existên- permaneceu em território nacional mais de um ano nos
cia de prova indiciária das infracções; últimos cinco anos;
c) Declaração emitida pela Autoridade para as Condi- d) Comprovativo da situação de excepcionalidade que
ções de Trabalho atestando a existência de uma situação de ateste o carácter humanitário ou de interesse nacional do
desprotecção social, exploração salarial e de horário. pedido; ou
8024 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

e) Comprovativo do exercício da actividade relevante Apoio ao Desenvolvimento, I. P., entidade que, para efeitos
no domínio científico, cultural, desportivo, económico de autorização de residência, informa o SEF.
ou social. 7 — Na ponderação da actividade escolar a que se refere
a alínea a) do n.º 5, são tidos em conta factores negativos,
Artigo 63.º nomeadamente a desistência voluntária de qualquer dis-
ciplina, excepto se motivada por facto que não seja impu-
Pedido de renovação de autorização de residência temporária
tável ao próprio, tal como doença prolongada, acidente,
1 — O pedido de renovação de autorização de resi- gravidez ou cumprimento de obrigações legais, e factores
dência temporária deve ser acompanhado dos seguintes positivos, designadamente a obtenção de aproveitamento
documentos: ou a transição de ano.
8 — O pedido de renovação de autorização de residên-
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; cia emitida para efeitos de estágio profissional é ainda
b) Comprovativo da posse de meios de subsistência, nos acompanhado de documento comprovativo da situação
termos a definir na portaria a que se refere a alínea d) do de excepcionalidade emitido pelo organismo ou empresa
n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho; responsável pelo estágio.
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; 9 — A renovação do título de residência por alteração
d) Requerimento para consulta do registo criminal por- dos elementos de identificação, por furto, extravio ou dete-
tuguês pelo SEF. rioração não determina a alteração do prazo de validade
do mesmo.
2 — O pedido é, ainda, instruído com informação neces- 10 — Para os efeitos previstos no número anterior, o
sária para verificação do cumprimento das obrigações cidadão estrangeiro residente deverá fazer prova da alte-
fiscais e perante a segurança social, obtida nos termos ração dos elementos de identificação.
do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. 11 — Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º da Lei
3 — O pedido de renovação de autorização de residência n.º 23/2007, de 4 de Julho, o direito de residência não
emitida para o exercício de uma actividade profissional é caduca antes de decorridos seis meses sobre o termo da
ainda acompanhado dos seguintes documentos: validade do título a renovar.
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade empre-
gadora confirmando a manutenção de relação laboral ou SECÇÃO III
de outra entidade legalmente autorizada; ou Autorização de residência permanente
b) Contrato de prestação de serviços ou requerimento
para verificação da declaração de IRS junto da adminis- Artigo 64.º
tração tributária, por forma a atestar a manutenção de
actividade. Pedido de concessão de autorização de residência permanente
1 — O pedido de concessão de autorização de residên-
4 — O pedido de renovação de autorização de residên- cia apresentado por titular de autorização de residência
cia emitida para exercício de actividade de investigação temporária há pelo menos cinco anos é acompanhado dos
científica ou altamente qualificada é ainda acompanhado seguintes documentos:
dos seguintes documentos:
a) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
a) Contrato de trabalho ou declaração da entidade b) Comprovativo dos meios de subsistência, nos termos
empregadora confirmando a manutenção da relação la- a definir em portaria conjunta dos membros do Governo
boral; ou responsáveis pelas áreas da administração interna, do tra-
b) Contrato de prestação de serviços ou declaração do balho e da solidariedade social;
beneficiário da prestação do serviço confirmando a manu- c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
tenção do vínculo contratual; ou d) Requerimento para consulta do registo criminal por-
c) Comprovativo da posse de bolsa de investigação tuguês pelo SEF;
científica. e) Certificado de habilitações emitido por estabeleci-
mento português de ensino oficial ou de ensino particular
5 — O pedido de renovação de autorização de residência ou cooperativo reconhecido nos termos legais, certificado
emitida para efeitos de estudos é ainda acompanhado dos de aproveitamento no curso de português básico emitido
seguintes documentos: pelo IEFP ou por estabelecimento de ensino oficial ou
de ensino particular ou cooperativo legalmente reconhe-
a) Documento de matrícula em estabelecimento de en- cido ou, ainda, certificado de conhecimento de português
sino e comprovativo da actividade escolar; básico, mediante a realização de teste em centro de ava-
b) Comprovativo do pagamento das propinas exigidas liação de português como língua estrangeira, reconhecido
pelo estabelecimento, quando aplicável; pelo Ministério da Educação.
c) Seguro de saúde ou comprovativo de que se encontra
abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde; 2 — Relativamente aos documentos mencionados na
d) Quando autorizado a trabalhar, os documentos men- alínea e) do número anterior, tratando-se de pessoa que
cionados na alínea a) do n.º 3. tenha frequentado estabelecimento de ensino oficial ou de
ensino particular ou cooperativo reconhecido nos termos
6 — É dispensada a apresentação dos documentos exigi- legais em país de língua oficial portuguesa, o conhecimento
dos na alínea b) do n.º 1 e nas alíneas a), b) e c) do número de português básico pode ser comprovado através de cer-
anterior nos casos em que o requerente seja beneficiário tificado de habilitação emitido por esse estabelecimento
de bolsa de estudo atribuída pelo Instituto Português de de ensino.
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8025

3 — O SEF pode dispensar a apresentação dos docu- nos termos a definir em portaria conjunta dos membros
mentos mencionados na alínea e) do n.º 1 e no n.º 2, a do Governo responsáveis pelas áreas da administração
requerimento fundamentado do interessado, sempre que interna, do trabalho e da solidariedade social;
não existam dúvidas sobre a verificação dos requisitos que e) Requerimento do membro da família para consulta
os mesmos se destinavam a comprovar. do registo criminal português pelo SEF, sempre que este
4 — O pedido é, ainda, instruído com informação neces- tenha permanecido em território nacional mais de um ano
sária para verificação do cumprimento das obrigações nos últimos cinco anos;
fiscais e perante a segurança social, obtida nos termos f) Certificado do registo criminal emitido pela autori-
do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. dade competente do país de nacionalidade do membro da
5 — Aos cidadãos estrangeiros a quem seja concedida família e do país em que este resida há mais de um ano.
autorização de residência permanente, é emitido um título
de residência válido por cinco anos, renovável por iguais 2 — O pedido é ainda acompanhado dos seguintes docu-
períodos. mentos:
a) Comprovativo da incapacidade de filho maior, no
Artigo 65.º caso de filhos maiores incapazes a cargo;
Pedido de renovação do título de autorização b) Certidão da decisão que decretou a adopção, acom-
de residência permanente panhada de certidão da decisão da autoridade nacional que
1 — O pedido de renovação do título de autorização de a reconheceu, quando aplicável;
residência permanente é acompanhado de requerimento c) Cópia de certidão narrativa completa de nascimento,
para consulta do registo criminal português pelo SEF. comprovativo da situação de dependência económica e
2 — Em circunstâncias excepcionais, associadas a dúvi- documento de matrícula no estabelecimento de ensino em
das relativamente à identidade do requerente ou à ausência Portugal, no caso de filhos maiores a cargo;
de território nacional por longos períodos, o SEF pode d) Comprovativo da situação de dependência econó-
exigir a apresentação de passaporte válido ou cópia auten- mica, no caso de ascendente em primeiro grau;
ticada do mesmo. e) Certidão da decisão que decretou a tutela, acom-
3 — No caso de o pedido de renovação do título ser panhada de certidão da decisão da autoridade nacional
apresentado após o decurso do seu prazo de validade, o que a reconheceu, quando aplicável, no caso de irmãos
pedido deve ser sempre acompanhado de prova de perma- menores;
nência em território nacional ou comprovativo dos motivos f) Autorização escrita do progenitor não residente auten-
de ausência. ticada por autoridade consular portuguesa ou cópia da
4 — À renovação do título de residência permanente decisão que atribui a confiança legal do filho menor ou a
por alteração dos elementos de identificação aplica-se o tutela do incapaz ao residente ou ao seu cônjuge, quando
disposto nos n.os 8 e 9 do artigo 63.º aplicável;
g) Qualquer prova indiciária de união de facto que deva
ser tomada em consideração para os efeitos do n.º 2 do
SECÇÃO IV artigo 104.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
Reagrupamento familiar
3 — Nos casos de menores referidos na alíneas b) e f)
Artigo 66.º do n.º 1 do artigo 99.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,
que tenham entrado legalmente em território nacional,
Pedido os pedidos podem ser acompanhados, em alternativa aos
1 — O cidadão residente em território nacional que documentos referidos nas alíneas do número anterior, por
pretenda beneficiar do direito ao reagrupamento familiar original ou cópia autenticada da decisão de promoção e
apresenta o respectivo pedido junto da direcção ou dele- protecção do menor, proferida pela Comissão de Protecção
gação regional do SEF da área da sua residência, o qual de Crianças e Jovens.
deve conter a identificação do requerente e dos membros 4 — Em caso de dúvida, podem ser solicitados, a título
da família a que o pedido respeita. complementar, comprovativos de parentesco.
2 — O pedido pode também ser apresentado pelo mem-
bro da família que tenha entrado legalmente em território Artigo 68.º
nacional e que dependa ou coabite com o titular de uma Comunicação do deferimento
autorização de residência válida.
1 — O deferimento do pedido formulado nos termos
Artigo 67.º do n.º 1 do artigo 98.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,
é comunicado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros
Instrução sempre que possível por via electrónica, acompanhado
1 — O pedido de reagrupamento familiar é instruído de cópia digitalizada das peças processuais relevantes
com os seguintes documentos: e determina a emissão, imediata, do visto de residência,
salvo no caso de verificação de factos que, se fossem do
a) Comprovativos devidamente autenticados dos vín- conhecimento da autoridade competente, teriam obstado
culos familiares invocados; ao reconhecimento do direito ao reagrupamento familiar.
b) Cópias autenticadas dos documentos de identificação 2 — O titular do direito ao reagrupamento familiar é
dos familiares do requerente; notificado do despacho de deferimento no prazo de 8 dias,
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento; sendo informado de que os seus familiares se deverão
d) Comprovativos de que dispõe de meios de subsistên- dirigir à missão diplomática ou posto consular de carreira
cia suficientes para suprir as necessidades da sua família, da respectiva área de residência, no prazo de 90 dias, a
8026 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

fim de formalizarem o pedido de emissão de visto de resi- Artigo 73.º


dência. Segunda via do título de residência
3 — A não apresentação do pedido de emissão de visto
de residência nos termos do n.º 2 implica a caducidade da 1 — Pode ser solicitada segunda via do título de resi-
decisão de reconhecimento do direito ao reagrupamento dência em caso de mau estado de conservação, perda,
familiar. destruição, furto ou roubo, salvo se houver lugar à sua
renovação, nos termos do artigo 78.º da Lei n.º 23/2007,
Artigo 69.º de 4 de Julho.
2 — O pedido é instruído com a declaração dos motivos
Cancelamento de autorização de residência que o fundamentam e, no caso de furto ou roubo, com cópia
Sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 108.º da Lei da respectiva participação à autoridade policial.
3 — O pedido deve ser acompanhado, se necessário, de
n.º 23/2007, de 4 de Julho, o cancelamento de autorização duas fotografias do requerente, iguais, tipo passe, a cores e
de residência previsto no mesmo artigo opera indepen- fundo liso, actualizadas e com boas condições de identifi-
dentemente de processo de outra natureza, desde que, no cação e, no caso de mau estado de conservação, deve ainda
respectivo procedimento, seja produzida prova de que o ser acompanhado da devolução do título inicial.
casamento, a união de facto ou a adopção teve por fim 4 — Em caso de dúvida sobre a identidade do requerente
único permitir ao beneficiário do reagrupamento familiar ou sobre a legitimidade do pedido, a passagem da segunda
a entrada e a residência no País. via pode ser deferida ou recusada após prestação de prova
complementar que pode ser obtida nos termos do n.º 1 do
SECÇÃO V artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.

Do título de residência
CAPÍTULO V
Artigo 70.º Estatuto de residente de longa duração
Natureza e condições de validade
Artigo 74.º
1 — O título de residência é individual e é o único
documento de identificação apto a comprovar a qualidade Pedido de concessão do estatuto de residente de longa duração
de residente legal em território português. 1 — O pedido de concessão do estatuto de residente
2 — Ao título de residência são aplicáveis, com as de- de longa duração é formulado em impresso próprio, de
vidas adaptações, as normas relativas à identificação civil. modelo aprovado por despacho do director-geral do SEF
3 — O título de residência só é válido se nele constar e assinado pelo requerente ou, quando se trate de menor
a assinatura do seu titular, salvo se no local indicado a ou de incapaz, pelo seu representante legal, devendo ser
entidade emitente fizer menção de que o mesmo não sabe apresentado presencialmente junto da direcção ou delega-
ou não pode assinar. ção regional do SEF da área de residência do interessado
4 — A emissão do título de residência obedece ao dis- e instruído com os seguintes documentos:
posto no modelo uniforme e demais condições fixadas nos a) Documento de viagem válido ou cópia autenticada
regulamentos comunitários em vigor. do mesmo;
b) Documento comprovativo de que dispõe de recursos
Artigo 71.º estáveis e regulares, em conformidade com o disposto
Remessa e serviço externo
na alínea b) do n.º 1 e no n.º 6 do artigo 126.º da Lei
n.º 23/2007, de 4 de Julho;
1 — O título de residência pode ser remetido ao seu c) Comprovativo de que dispõe de alojamento;
titular sob registo de correio, mediante prévio pagamento d) Cópia do contrato de seguro de saúde ou comprova-
das taxas da franquia postal e das despesas de remessa. tivo de que se encontra abrangido pelo Sistema Nacional
2 — A recolha dos elementos necessários para a emissão de Saúde;
do título de residência pode realizar-se no local onde se e) Requerimento para consulta do registo criminal por-
encontre o requerente, se este produzir prova devidamente tuguês pelo SEF;
justificada da doença que o incapacite de se poder deslocar, f) Documento comprovativo do destacamento, nas
pelos seus próprios meios, aos serviços emitentes. situações a que se refere o n.º 5 do artigo 126.º da Lei
n.º 23/2007, de 4 de Julho;
3 — Pela realização do serviço externo é devido o paga-
g) Certificado de habilitações emitido por estabeleci-
mento de uma taxa acrescida, sendo o pagamento do custo do mento português de ensino oficial ou de ensino particular
transporte necessário à deslocação assegurado pelo requerente. ou cooperativo reconhecido nos termos legais, certificado
de aproveitamento no curso de português básico emitido
Artigo 72.º pelo IEFP ou por estabelecimento de ensino oficial ou
Reclamações de ensino particular ou cooperativo legalmente reconhe-
cido ou, ainda, certificado de conhecimento de português
1 — O deferimento da reclamação do interessado, com básico, mediante a realização de teste em centro de ava-
fundamento em erro dos serviços emitentes, implica a liação de português como língua estrangeira, reconhecido
emissão de novo título de residência. pelo Ministério da Educação.
2 — A emissão prevista no número anterior é gratuita,
desde que a reclamação tenha sido apresentada no prazo 2 — O pedido é, ainda, instruído com informação neces-
de 30 dias a contar da data da entrega do título. sária para verificação do cumprimento das obrigações
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8027

fiscais e perante a segurança social, obtida nos termos tuguês ao ponto de contacto do Estado membro da União
do n.º 9 do artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho. Europeia que concedeu o primeiro estatuto.
3 — Aos cidadãos estrangeiros a quem seja concedido
o estatuto de residente de longa duração é emitido um
título de residência, nos termos do artigo 130.º da Lei CAPÍTULO VI
n.º 23/2007, de 4 de Julho, válido por cinco anos. Afastamento
Artigo 75.º
SECÇÃO I
Pedido de renovação do título de residente de longa duração
Disposições gerais
1 — O pedido de renovação do título de residente de
longa duração é acompanhado de requerimento para con-
sulta do registo criminal português pelo SEF. Artigo 79.º
2 — Em circunstâncias excepcionais, associadas a Identificação de cidadãos estrangeiros
dúvidas relativamente à identidade do requerente ou
à ausência de território nacional por longos períodos, 1 — Quando procedam à identificação de cidadão es-
o SEF pode exigir a apresentação de passaporte vá- trangeiro nos termos do artigo 250.º do Código de Pro-
lido ou cópia autenticada do mesmo, sem prejuízo do cesso Penal, as autoridades policiais referidas no n.º 7
disposto no n.º 1 artigo 212.º da Lei n.º 23/2007, de do artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, devem
4 de Julho. consultar o SEF a fim de:
3 — No caso de o pedido de renovação do título ser a) Comprovar a regularidade da situação documental
apresentado após o decurso do seu prazo de validade, o
do cidadão;
pedido deve ser sempre acompanhado de prova de perma-
nência em território nacional ou comprovativo dos motivos b) Averiguar a possibilidade de aplicação do disposto
de ausência. no artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho;
Artigo 76.º c) Verificar da possibilidade de o SEF receber o cidadão
estrangeiro, a fim de o apresentar a tribunal.
Cancelamento do estatuto de residente de longa duração
A decisão de cancelamento do estatuto de residente de 2 — São competentes para a notificação referida no n.º 1
longa duração é proferida em processo próprio, a instruir do artigo 138.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e para
pelo SEF, sempre que ocorra uma das situações mencio- solicitar a realização da mesma às autoridades referidas
nadas numa das alíneas do n.º 1 do artigo 131.º da Lei no número anterior, os agentes do SEF.
n.º 23/2007, de 4 de Julho.
Artigo 80.º
Artigo 77.º
Admissão após benefício de apoio ao regresso voluntário
Reaquisição do estatuto
1 — Os cidadãos estrangeiros que beneficiem de
1 — Os residentes de longa duração que tenham per- apoio ao regresso voluntário previsto no artigo 139.º da
dido o estatuto de residente de longa duração por ausên- Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, devem ser informados
cia de território nacional ou da União Europeia podem das obrigações a que ficam sujeitos, pelo SEF ou pelas
readquiri-lo, nos termos e condições do artigo 131.º da organizações com quem sejam estabelecidos programas
Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, mediante requerimento, de cooperação.
acompanhado de documento de viagem e dos seguintes 2 — No caso de beneficiário de apoio ao regresso volun-
documentos:
tário pretender regressar a Portugal durante o período de
a) Comprovativos da posse de meios de subsistência três anos após o abandono do País, deve formular requeri-
estáveis e regulares; mento nesse sentido junto de missão diplomática ou posto
b) Cópia do contrato de seguro de saúde ou comprova- consular de carreira no país da sua residência habitual ou
tivo de que se encontra abrangido pelo Sistema Nacional no país da área de jurisdição consular do Estado da sua
de Saúde; residência.
c) Comprovativo de que dispõe de alojamento. 3 — A missão diplomática ou posto consular reme-
tem o pedido ao SEF, que diligencia pelo apuramento e
2 — Enquanto não for proferida decisão sobre o pe- comunicação ao interessado, pela mesma via, da quantia
dido mencionado no número anterior e se o período a restituir e condições de restituição, nomeadamente do
autorizado de permanência do requerente em território
número da conta bancária para onde deve ser transferida
nacional ao abrigo de um visto ou de um regime de
isenção de vistos tiver terminado, pode ser concedida ou depositada a quantia a restituir.
prorrogação de permanência. 4 — O beneficiário remete ao SEF documento ban-
cário comprovativo da restituição do montante apurado
Artigo 78.º para efeitos de eliminação da respectiva medida de não
admissão.
Comunicação 5 — A eliminação tem lugar no mais curto prazo, não
A concessão do estatuto de residente de longa duração podendo, em qualquer caso, exceder 30 dias.
a cidadão titular de autorização de residência emitida ao 6 — O SEF remete ao beneficiário documento compro-
abrigo dos artigos 116.º e 118.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de vativo de que efectuou o pagamento e de que a medida de
Julho, é comunicada pelo ponto de contacto nacional por- não admissão foi eliminada.
8028 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

Artigo 81.º previstos no artigo 169.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho,


Expulsão de residente de longa duração
nomeadamente a identificação da entidade que proferiu a
num Estado membro da União Europeia decisão, os fundamentos da mesma e a natureza executória
da medida, acompanhada de informação sobre a situação
1 — Antes de ser proferida decisão de expulsão de resi- regular ou irregular do cidadão em território nacional.
dente de longa duração num Estado membro da União Euro- 2 — Verificadas as circunstâncias referidas no número
peia, a entidade competente para determinar a expulsão anterior relativamente a cidadão nacional de Estado ter-
assegura, junto da autoridade competente do respectivo ceiro detido e presente ao juiz competente, nos termos do
Estado membro, a recolha da informação pertinente para artigo 146.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, o director-
análise do caso nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 136.º -geral do SEF profere decisão de reconhecimento da deci-
da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, bem como a comunica- são de expulsão, ficando o cidadão sob custódia do SEF
ção da instauração do processo de expulsão e da intenção para condução à fronteira, nos termos do artigo 171.º da
de expulsar a pessoa em causa para o território daquele Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
Estado membro. 3 — Nos restantes casos, recolhidos os elementos refe-
2 — Proferida a decisão de expulsão para o território ridos no n.º 1, o director-geral do SEF determina o envio
do Estado membro que lhe concedeu o estatuto, o SEF do processo ao tribunal competente a fim de ser proferida
assegura a notificação da mesma às autoridades do Estado decisão de reconhecimento por entidade judicial, de acordo
membro em causa, bem como a comunicação das medidas com o disposto nos artigos 152.º a 158.º da Lei n.º 23/2007,
adoptadas relativamente à sua implementação. de 4 de Julho.
3 — A recolha de informação e comunicações previstas
nos números anteriores são asseguradas por ponto de con-
Artigo 84.º
tacto nacional, designado pelo director-geral do SEF.
Decisão de reconhecimento
Artigo 82.º 1 — À decisão de reconhecimento proferida nos termos
Cumprimento da decisão do artigo anterior é aplicável o disposto nos n.os 2 e 3 do
1 — Notificada a decisão de expulsão, o SEF procede artigo 149.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho.
à sua execução, no mais curto espaço de tempo possível, 2 — A decisão de reconhecimento é executada pelo
conduzindo o cidadão à fronteira. SEF no mais curto prazo, através da condução do cidadão
2 — No caso de ser concedido prazo para o cidadão à fronteira.
abandonar voluntariamente o território nacional, o mesmo
não deve exceder 20 dias. Artigo 85.º
3 — A execução da decisão ou o final do prazo previsto Ponto de contacto nacional
no número anterior implica a inscrição do cidadão na lista
nacional de pessoas não admissíveis e no Sistema de Infor- O SEF é o ponto de contacto nacional para efeitos da
mação Schengen para efeitos de não admissão ou, no caso aplicação da Decisão n.º 2004/191/CE, do Conselho da
de aquele não ter abandonado o território dos Estados União Europeia, de 23 de Fevereiro, a qual define os cri-
membros da União Europeia, para efeitos de detenção e térios e modalidades práticas adequados para a compen-
condução à fronteira ou reconhecimento da decisão de sação dos desequilíbrios financeiros que possam resultar
expulsão. da Directiva n.º 2001/40/CE, do Conselho, de 28 de Maio,
4 — Nas circunstâncias previstas na segunda parte transposta nos artigos 169.º a 172.º da Lei n.º 23/2007, de
do número anterior, o período de interdição de entrada 4 de Julho.
contar-se-á a partir da data de efectivo afastamento do
cidadão. Artigo 86.º
5 — Para efeitos do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 151.º Pedidos de reembolso a apresentar pelo SEF
da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, a entidade competente
deve comunicar ao SEF, com a antecedência mínima de No caso de o SEF proceder, na sequência de decisão
60 dias, os elementos de identificação dos cidadãos que de reconhecimento proferida nos termos do artigo 83.º,
reúnam os requisitos para expulsão antecipada por decurso à execução de medida de expulsão tomada há menos de
do prazo legal de cumprimento de pena de prisão. quatro anos por outro Estado membro da União Europeia
ou de Estado Parte na Convenção de Aplicação do Acordo
de Schengen, apresenta por escrito à autoridade competente
SECÇÃO II do respectivo Estado, no prazo máximo de um ano a contar
Reconhecimento mútuo de decisões de expulsão da data de execução da decisão de expulsão, pedido de
reembolso acompanhado dos documentos comprovativos
Artigo 83.º dos custos das operações do afastamento.
Processo de reconhecimento de decisões de expulsão
Artigo 87.º
1 — Sempre que tenha conhecimento de decisão de Pedidos de reembolso apresentados ao SEF
expulsão tomada por autoridade administrativa competente
de outro Estado membro da União Europeia ou de Estado 1 — O SEF informa de imediato o ponto de contacto do
Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen respectivo Estado membro da União Europeia ou de Estado
contra um nacional de Estado terceiro que se encontre em Parte na Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen
território nacional, o SEF organiza um processo onde seja da recepção de pedido de reembolso que lhe tenha sido
recolhida, junto da autoridade competente do outro Estado, dirigido por motivo de execução de uma decisão de afas-
a documentação necessária à verificação dos elementos tamento proferida por autoridade competente nacional.
Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007 8029

2 — A apreciação do pedido de reembolso tem em conta 2 — Sempre que se afigure que a estada do cidadão em
a data da decisão de expulsão, a data da respectiva execu- instalações apropriadas possa durar mais do que os três
ção e a natureza das despesas apresentadas. meses previstos na alínea e) do número anterior, o SEF
3 — O SEF responde ao pedido de reembolso no prazo e a autoridade competente do outro Estado acordam nos
máximo de três meses e, em caso de recusa, com a indica- custos excedentários.
ção dos respectivos fundamentos. 3 — Sempre que necessário, o SEF e a autoridade com-
4 — Constituem fundamento de recusa, designada- petente do outro Estado consultam-se mutuamente, a fim
mente: de chegarem a acordo sobre outros custos para além dos
mencionados no n.º 1 ou sobre custos adicionais.
a) A execução da decisão de expulsão ter tido lugar mais
de quatro anos após ter sido proferida;
b) O pedido de reembolso ter sido apresentado mais de SECÇÃO III
um ano após a execução da decisão;
Apoio ao afastamento por via aérea durante o trânsito
c) A decisão de expulsão ter sido proferida em data aeroportuário
anterior a 28 de Fevereiro de 2004;
d) As despesas apresentadas não serem consideradas Artigo 89.º
elegíveis nos termos do artigo seguinte;
e) O pedido de reembolso não ter sido apresentado Encargos com apoio ao trânsito
por escrito ou não ter sido acompanhado dos documentos 1 — Na sequência da prestação das medidas de apoio
comprovativos das despesas elegíveis. requeridas por outro Estado membro da União Europeia
a Portugal, o SEF apura os montantes dos encargos que
5 — Em caso de aceitação do pagamento, o SEF efectua deverão ser suportados por esse Estado membro e, logo
o pagamento num prazo máximo de três meses a contar da que possível, informa em conformidade a respectiva auto-
data de resposta ao pedido de reembolso. ridade central, remetendo a documentação contabilística
pertinente.
Artigo 88.º 2 — As despesas com as medidas de apoio prestadas
por outro Estado membro na sequência de prévio pedido
Despesas elegíveis
formulado pelo SEF são suportadas pelo SEF segundo as
1 — O pedido de reembolso pelas despesas decorrentes regras contabilísticas aplicáveis e pela forma acordada com
da execução de uma medida de afastamento reconhecida a autoridade central do Estado membro em causa.
nos termos das disposições nacionais de transposição da
Directiva n.º 2001/40/CE, do Conselho, de 28 de Maio,
pode englobar os custos seguintes: CAPÍTULO VII

a) Custos de transporte, do expulsando e da escolta, rela- Taxas e encargos


tivos aos custos reais dos bilhetes de avião até ao montante
da tarifa oficial IATA para o voo em causa no momento da Artigo 90.º
execução ou aos custos reais de transporte terrestre, por via Taxas e encargos
rodoviária ou ferroviária, ou marítimo, com base na tarifa
de um bilhete de barco ou de comboio em 2.ª classe para 1 — As taxas e demais encargos a cobrar pelos actos
a distância em causa no momento da execução; e procedimentos administrativos previstos no presente
b) Custos administrativos relativos aos custos reais decreto regulamentar são fixados por portaria do mem-
resultantes da emissão de vistos e de outros documentos bro do Governo responsável pela área da administração
necessários à viagem de repatriamento (salvo-condutos); interna.
c) Ajudas de custo diárias dos elementos da escolta 2 — Os encargos decorrentes dos procedimentos admi-
de acordo com a legislação e ou prática nacionais apli- nistrativos do controlo fronteiriço de pessoas previsto na
cáveis; Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, são suportados através da
d) Custos de alojamento das escoltas, relativos aos cus- repartição das receitas das taxas de segurança aeroportuá-
tos reais de estada dos elementos da escolta numa zona de rias e das portuárias, nos termos e condições a definir por
trânsito de um país terceiro e aos custos da curta estada portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis
estritamente necessária para o desempenho da sua missão pelas áreas da administração interna e das obras públicas,
no país de origem, não podendo exceder dois elementos transportes e comunicações.
da escolta por cidadão estrangeiro expulso, excepto se,
com base na avaliação da autoridade competente para a CAPÍTULO VIII
execução e com o acordo da autoridade competente do
Estado membro autor da decisão, forem necessários mais Disposições transitórias e finais
elementos de escolta;
e) Custos de alojamento dos cidadãos estrangeiros Artigo 91.º
objecto da medida de afastamento, relativos aos custos Disposição transitória
reais de estada do cidadão em instalações apropriadas, em
conformidade com a legislação e ou a prática nacionais, 1 — Para todos os efeitos legais os titulares de visto de
até um período máximo de três meses de estada; trabalho, autorização de permanência, visto de estada tem-
f) Despesas de saúde, relativas à prestação de tratamento porária com autorização para o exercício de uma actividade
médico ao cidadão estrangeiro e aos elementos das escoltas profissional subordinada, prorrogação de permanência
em casos de emergência, incluindo as despesas de hospi- habilitante do exercício de uma actividade profissional
talização necessárias. subordinada e visto de estudo concedidos ao abrigo do
8030 Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 5 de Novembro de 2007

Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, com as altera- 10 — Os pedidos de prorrogação formulados por titula-
ções introduzidas pela Lei n.º 97/99, de 26 de Julho, pelo res de visto de estudo emitido ao abrigo das alíneas c) e d)
Decreto-Lei n.º 4/2001, de 10 de Janeiro, e pelo Decreto- do artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto,
-Lei n.º 34/2003, de 25 de Fevereiro, consideram-se titu- são decididos em conformidade com o disposto no ar-
lares de uma autorização de residência, procedendo no tigo 78.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no artigo 63.º
termo de validade desses títulos à sua substituição por do presente decreto regulamentar, com as necessárias adap-
títulos de residência, sendo aplicáveis, consoante os casos, tações, devendo ser observado o disposto no artigo 93.º
as disposições relativas à renovação de autorização de da citada lei.
residência temporária ou à concessão de autorização de 11 — Aos cidadãos que sejam portadores dos títulos
residência permanente. mencionados nos números anteriores há pelo menos cinco
2 — Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do anos pode ser concedida, consoante os casos, autorização
artigo 80.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, é contabili- de residência permanente, de acordo com o disposto no
zado o período de permanência legal ao abrigo dos títulos artigo 80.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, bem como
mencionados no número anterior. no artigo 64.º do presente decreto regulamentar, com as
3 — Os pedidos apresentados por portadores dos títulos necessárias adaptações.
válidos mencionados no n.º 1, por alteração dos elemen- 12 — Pode ser concedido o estatuto de residente de
tos de identificação, por furto, extravio ou deterioração longa duração a cidadãos portadores dos títulos mencio-
determinam a emissão de uma segunda via daqueles títu- nados nos n.os 4 a 8 por um período não inferior a cinco
los, com a mesma natureza e prazo de validade, até à sua anos, de acordo com o disposto nos artigos 125.º e se-
caducidade. guintes da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no artigo 74.º
4 — Os pedidos de prorrogação formulados por titulares do presente decreto regulamentar, com as necessárias
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea a) adaptações.
do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, 13 — Nos termos do n.º 8 do artigo 217.º da Lei
são decididos em conformidade com o disposto no n.º 1 n.º 23/2007, de 4 de Julho, e para efeitos de obtenção do
do artigo 49.º, com as necessárias adaptações. cartão de identificação previsto no n.º 1 do artigo 212.º da
5 — Os pedidos de prorrogação formulados por titulares mesma lei, o SEF convoca os portadores dos títulos emiti-
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea b) dos ao abrigo da legislação anterior e procede à respectiva
do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, substituição de acordo com uma calendarização aprovada
a membros da família de cidadãos estrangeiros titulares por despacho do membro do Governo responsável pela
de visto ou prorrogação de permanência para tratamento área da administração interna.
médico são decididos em conformidade com o disposto 14 — Até à determinação do contingente de oportunida-
no n.º 6 do artigo 49.º
des de emprego previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007,
6 — Os pedidos de prorrogação formulados por titulares
de 4 de Julho, o IEFP adopta as medidas provisórias ten-
de visto de estada temporária emitido ao abrigo da alínea b)
dentes a divulgar, através da Internet, todas as ofertas de
do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, a
emprego não preenchidas no prazo de 30 dias por trabalha-
membros da família de cidadãos estrangeiros titulares de
visto de trabalho ou de visto de estudo são decididos em dores que gozem de preferência nos termos legais, sendo
conformidade com o disposto nos artigos 99.º e seguin- aplicáveis os procedimentos fixados nos artigos 20.º e 27.º
tes da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no artigo 67.º do a 29.º do presente decreto regulamentar.
presente decreto regulamentar, com as necessárias adap- 15 — Até ao limite das ofertas de emprego a que se
tações. refere o número anterior, e desde que cumpridas as demais
7 — Os pedidos de prorrogação formulados por titu- condições legais, podem ser concedidos vistos de residên-
lares de visto de estada temporária emitido ao abrigo da cia para obtenção de autorização de residência para exer-
alínea c) do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de cício de actividade profissional subordinada, nos termos
Agosto, a membros da família de cidadãos estrangeiros do artigo 30.º do presente decreto regulamentar.
titulares de autorização de permanência são decididos em 16 — Os cidadãos estrangeiros que se registaram para
conformidade com o disposto nos artigos 99.º e seguin- os efeitos do disposto no artigo 71.º do Decreto Regu-
tes da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no artigo 67.º do lamentar n.º 6/2004, de 26 de Abril, e que, reunindo as
presente decreto regulamentar, com as necessárias adap- condições nele previstas, não tenham visto decidido o
tações. seu processo até à data da entrada em vigor do presente
8 — Os pedidos de prorrogação formulados por titula- decreto regulamentar continuam a poder beneficiar, dentro
res de visto de trabalho emitido ao abrigo do artigo 36.º do limite temporal fixado pelo n.º 4 do artigo 217.º da
do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de Agosto, são decididos Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, dos direitos anteriormente
em conformidade com o disposto no artigo 78.º da Lei assegurados, aplicando-se, com as devidas adaptações, o
n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no artigo 63.º do presente previsto no presente decreto regulamentar.
decreto regulamentar, com as necessárias adaptações.
9 — Os pedidos de prorrogação formulados por titu- Artigo 92.º
lares de visto de estudo emitido ao abrigo das alíneas a) Monitorização e fiscalização
e b) do artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 244/98, de 8 de
Agosto, são decididos em conformidade com o disposto O SEF e a Autoridade para as Condições de Trabalho
no artigo 78.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, e no estabelecem os mecanismos de cooperação adequados
artigo 63.º do presente decreto regulamentar, com as ne- para monitorizar e fiscalizar as práticas de emissão e
cessárias adaptações e observado o disposto no artigo 95.º concretização de promessas de contrato de trabalho ou
da citada lei. manifestações individualizadas de interesse, por forma a
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garantir a aplicação rigorosa do sistema de admissão de com a área de 1963 ha, ficando a mesma com a área total
trabalhadores previsto no artigo 59.º da Lei n.º 23/2007, de 21 700 ha, conforme planta anexa à presente portaria
de 4 de Julho. e que dela faz parte integrante.
3.º A presente anexação só produz efeitos, relativamente
Artigo 93.º a terceiros, com a instalação da respectiva sinalização.
Norma revogatória O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
É revogado o Decreto Regulamentar n.º 6/2004, de 26 e das Pescas, Jaime de Jesus Lopes Silva, em 26 de Ou-
tubro de 2007.
de Abril.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de
Agosto de 2007. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou-
sa — Manuel Lobo Antunes — Manuel Pedro Cunha da
Silva Pereira — Rui Carlos Pereira — Ana Paula Mendes
Vitorino — José António Fonseca Vieira da Silva — José
Mariano Rebelo Pires Gago.
Promulgado em 18 de Outubro de 2007.
Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendado em 25 de Outubro de 2007.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
de Sousa.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO


RURAL E DAS PESCAS

Portaria n.º 1432/2007


de 5 de Novembro Portaria n.º 1433/2007
Pela Portaria n.º 1401/2006, de 15 de Dezembro, foi
criada a zona de caça municipal de Carrazeda de Ansiães 2 de 5 de Novembro
(processo n.º 4532-DGRF), situada no município de Car- Pela Portaria n.º 215/2003, de 10 de Março, foi renovada
razeda de Ansiães, com a área de 1963 ha e transferida a à Associação de Caçadores do Concelho de Mora a zona
sua gestão para o Clube de Caça e Pesca de Carrazeda de
Ansiães. de caça associativa da Barroca (processo n.º 795-DGRF),
Veio agora aquele Clube solicitar a extinção desta zona situada no município de Mora.
de caça requerendo que a mesma área fosse anexada à A concessionária requereu agora a anexação à referida
zona de caça municipal de Carrazeda de Ansiães, pro- zona de caça de vários prédios rústicos.
cesso n.º 4471-DGRF, situada no município de Carrazeda Assim:
de Ansiães, criada pela Portaria n.º 1158/2006, de 31 de Com fundamento no disposto no artigo 11.º e na alí-
Outubro, válida até 31 de Outubro de 2012. nea a) do artigo 40.º do Decreto-Lei n.º 202/2004, de 18 de
Assim: Agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei
Com fundamento no disposto na alínea a) do n.º 1 n.º 201/2005, de 24 de Novembro, e ouvido o Conselho
do artigo 22.º e nos artigos 11.º e 26.º do Decreto-Lei Cinegético Municipal:
n.º 202/2004, de 18 de Agosto, com as alterações introdu- Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do
zidas pelo Decreto-Lei n.º 201/2005, de 24 de Novembro, Desenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte:
e ouvido o Conselho Cinegético Municipal:
1.º São anexados à presente zona de caça vários prédios
Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do
Desenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte: rústicos situados na freguesia de Pavia, município de Mora,
1.º É extinta a zona de caça municipal de Carrazeda de com a área de 63,57 ha, ficando a mesma com a área total
Ansiães 2 (processo n.º 4532-DGRF). de 1285 ha, conforme planta anexa à presente portaria e
2.º São anexados à zona de caça municipal de Carra- que dela faz parte integrante.
zeda de Ansiães (processo n.º 4471-DGRF), vários prédios 2.º A presente anexação só produz efeitos, relativamente
rústicos, situados nas freguesias de Beira Grande, Belver, a terceiros, com a instalação da respectiva sinalização.
Carrazeda de Ansiães, Castanheiro, Lavandeira, Marzagão,
Mogo de Malta, Parambos, Pereiros, Pinhal do Norte, Pom- O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
bal, Ribalonga, Seixo de Manhoses, Selores, Vilarinho da e das Pescas, Jaime de Jesus Lopes Silva, em 26 de Ou-
Castanheira e Zedes, município de Carrazeda de Ansiães, tubro de 2007.

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