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Processo de Validação dos Ambientes Contro-

lados
LIMP-REL- 02_revisão 00
02/03/2022
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DOS AMBIENTES
CONTROLADOS

Data da Emissão: Edição:


N° do Documento: LIMP-REL-02 Data da Revisão: N° da Revisão: 00
02/03/2022 02

Nível B: Acesso geral interno libe- Aprovado por: Jonas J. Villano-


Elaborado: Michelangelo F. Dalsasso
rado va/Ass:

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2
2. APLICAÇÃO ......................................................................................................................................... 2
3. OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 3
4. ESCOPO NORMATIVO......................................................................................................................... 3
5. DEFINIÇÃO .......................................................................................................................................... 4
6. FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO ........................................................................................................... 5
7. FLUXOGRAMA DA VALIDAÇÃO........................................................................................................... 6
8. RESPONSABILIDADES.......................................................................................................................... 6
9. CLASSIFICAÇÃO (ANEXO E ISO 14644-1:2005) ................................................................................... 7
10. DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE ........................................................................................ 11
11. PROJETO DO AMBIENTE CONTROLADO ....................................................................................... 32
12. AMOSTRAGEM PARA BIOBURDEN ............................................................................................... 34
13. ROTINA PARA LIMPEZA DAS ÁREAS ............................................................................................. 34
14. ROTINA PARA PARAMENTAÇÃO DE PESSOAL .............................................................................. 35
15. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 35
16. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL ......................................................................................................... 36
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 38
18. ANEXOS ........................................................................................................................................ 39
19. FABRICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................................... 40

SUMÁRIO DE FIGURAS
Figura 1: Mapa da empresa .......................................................................................................... 2
Figura 2: fluxograma do processo produtivo ............................................................................... 5
Figura 3: Fluxograma da validação conforme norma ABNT NBR 14644. ..................................... 6
Figura 4: Equipamento de medição para qualidade do ar ......................................................... 11
Figura 5: Ensaio inicial Bioburden realizado em 2017 ................................................................ 12
Figura 6: Ensaio Shelf Life realizado em 2021 ............................................................................ 13
Figura 7: Ensaio Bioburden realizado em 02/2022 (JÁ LIMPAS) ................................................ 14
Figura 8: Ensaio Bioburden realizado em 02/2022 (SEM LIMPEZA)........................................... 15
Figura 9: Exemplo de registro preenchido ................................................................................. 17
Figura 10: Mapa dos pontos de medição ................................................................................... 18

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PROCESSO DE VALIDAÇÃO DOS AMBIENTES
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1. INTRODUÇÃO
Este relatório visa apresentar o fluxo produtivo da planta da empresa Hortron com
a finalidade de demonstrar os requisitos de limpeza superficial válido aplicável
aos produtos de uso único fabricados pela empresa.
Esta planta fica localizada na rua Avenida Getúlio Vargas, 2831, São Carlos-SP.
Neste local há a produção dos produtos para a saúde que necessitam de esterili-
zação para serem comercializados.
Os procedimentos PROC-APOIO-01 - Procedimento de Apoio a Produção e
PROC-VALID-01 - Procedimento de Validação de Processos devem ser seguidos
na sua plenitude para considerar os resultados obtidos válidos eficientes para a
rotina diária.
Não foi encontrado na literatura um estudo específico para aplicação de ambien-
tes controlado ou áreas limpas específicas para manufatura de instrumental cirúr-
gicos ou correlatos. Contudo, vamos demostrar neste documento uma validação
utilizando uma metodologia confiável baseada em normas ou resoluções válidas.

2. APLICAÇÃO
Aplicável as áreas denominadas PRODUÇÃO 2, PRODUÇÃO 3 e RETORNO
ESTERILIZAÇÃO E EMBALAGEM FINAL (Montagens e Embalagem), conforme
LTA – LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO aprovado no endereço Avenida Getúlio
Vargas, 2831. Locais marcados com estrela na cor vermelha no mapa abaixo.

Figura 1: Mapa da empresa

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3. OBJETIVOS
O objetivo da validação do ambiente controlado (área limpa) é verificar a eficácia
do controle e monitoramento das partículas indesejáveis que podem afetar adver-
samente e infectar o produto final e acabar injetadas na corrente sanguínea do
paciente. Deve ser considerado a questão das partículas viáveis e não viáveis. O
processo de limpeza do ambiente também deve ser relacionado à capacidade de
remover e manter contaminantes químicos, físicos e físico-químicos, e de reduzir
os contaminantes microbianos a níveis aceitáveis que não resultem adversamen-
te na qualidade do produto final.
A avaliação e validação de métodos de limpeza, controle e monitoramento são
tarefas que requerem um conhecimento exaustivo do processo de fabricação do
produto para saúde, a fim de identificar tanto potenciais contaminantes, quanto
possíveis interações entre o processo de limpeza, os materiais do produto, ambi-
ência do acondicionamento e pessoal.

4. ESCOPO NORMATIVO
O presente relatório aborda:
• RDC 16/2013 – Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos e Pro-
dutos.
• ABNT NBR ISO 14644-1:2005 - Salas limpas e ambientes controlados As-
sociados.
• RESOLUÇÃO RDC Nº 546, DE 30 DE AGOSTO DE 2021 - Dispõe sobre
os requisitos essenciais de segurança e eficácia aplicáveis aos produtos
para saúde.
• ABNT NBR ISO 11135:2018: Esterilização de produtos de atenção à saúde
- Óxido de etileno - Parte 1: Requisitos para desenvolvimento, validação e
controle de rotina de um processo de esterilização de produtos para saúde
• Exclusão: Nas normas aplicáveis, onde aparece a palavra sala limpa deve
ser desconsiderada, pois não é o objetivo deste documento. Utilizar as de-
finições de ambiente controlado e/ou área limpa. Este relatório irá abordar
critérios mínimos para controle ambiental (controle de acesso, critério mí-
nimo de limpeza e boas práticas de higiene e paramentação mínima) bem
como seu monitoramento. Não será adotado a questão da pressão positi-
va, métodos de filtragem de ar.
Nota: Vale ressaltar que o processo de fabricação da Hortron não manipula
produtos estéreis, mas sim, produtos que ainda serão esterilizados em pro-
cesso posterior a manufatura, como mostrado no item 6 deste relatório. Ou
seja, a IN Nº 35, DE 21 DE AGOSTO DE 2019 e RDC Nº 301, DE 21 DE
AGOSTO DE 2019 (*), que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação

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complementares a Medicamentos Estéreis ou instruções similares não são


aplicáveis.

5. DEFINIÇÃO
Salas limpas e ambientes controlados associados proporcionam o controle de
contaminação de partículas em graus apropriados para a realização de atividades
sensíveis à contaminação. Entre os produtos e processos que se beneficiam do
controle de contaminação do ar estão os de indústrias tais como aeroespacial,
microeletrônica, farmacêutica, de dispositivos médicos, alimentícia e de tratamen-
to de saúde. O objeto de estudo e validação de processo está associado a fabri-
cação, embalagem e armazenagem de dispositivos médicos.
Neste relatório iremos adotar a norma ABNT NBR ISO 14644-1:2005 como méto-
do válido, porém com algumas exclusões por não se tratar de uma Sala Limpa,
mas sim de um ambiente controlado.
O ciclo de validação do processo será comprovado através de medições de partí-
culas viáveis e não viáveis bem como o tamanho das partículas nos ambientes de
montagens, embalagem e armazenagem de produto acabado.
O os critérios de aceitação serão demonstrados neste relatório e no relatório de
gerenciamento de risco conforme ISO 14971. Todos os riscos associados têm
relação com o setor produtivo como montagens, embalagem e armazenagem de
produto acabado.
Área limpa ou Ambiente controlado: Sala na qual a concentração de partículas
em suspensão no ar é controlada; é construída e utilizada de maneira a minimizar
a introdução, geração e retenção de partículas dentro da sala, na qual outros pa-
râmetros relevantes, como, por exemplo, temperatura umidade e pressão, são
controlados conforme necessário. Local de acesso restrito ao fluxo de pessoas e
em que os profissionais deverão trabalhar paramentados com touca, avental, e
sapato fechado e luva de procedimento (na parte final do processo de manufatu-
ra).
Infraestrutura: Sistema de instalações, equipamentos e serviços necessários
para a operação de uma organização.
Ambiente de trabalho: Conjunto de condições sob as quais um trabalho é reali-
zado.
Classificação: Grau (ou processo de especificar ou determinar o grau) de limpe-
za do ar para partículas em suspensão, aplicável a uma sala limpa ou uma zona
limpa, expresso como ISO classe N ou parâmetro correlato (outra referência legal
de qualidade de ar, (índice de qualidade de ar), a qual representa a concentração
máxima admissível (em partículas por metro cúbico de ar) para os tamanhos de
partículas considerados.

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6. FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO

Figura 2: fluxograma do processo produtivo

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7. FLUXOGRAMA DA VALIDAÇÃO

Figura 3: Fluxograma da validação conforme norma ABNT NBR 14644.

8. RESPONSABILIDADES
A Hortron é responsável pelo produto, projeto e produção. Os produtos devem
seguir os critérios de validação conforme determinado no MGQ (Manual de Ges-
tão da Qualidade) bem como o ambiente produtivo inspecionado e validado con-
forme legislação sanitária vigente.
Caso o modelo de produção, leiaute do setor produtivo, famílias de produtos de
uso único que compões o portfólio de produtos, método de limpeza, seja alterado,
um novo ciclo de validação completa deve ser realizado nos produtos com maior
grau de risco ou dificuldade para a limpeza.
Não haverá certificação de terceira parte ou contratado, pois as medições serão
realizadas internamente por pessoal capacitado.

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9. CLASSIFICAÇÃO (ANEXO E ISO 14644-1:2005)


9.1. Principio:
Em algumas situações, normalmente as relacionadas com requisitos específi-
cos de processo, graus alternativos de limpeza do ar podem ser especificados,
baseados na população de partículas que não estejam dentro da faixa de ta-
manhos aplicáveis à classificação. A concentração máxima permitida para tais
partículas e a escolha do método de ensaio para verificar a conformidade de-
vem ser acordadas entre usuário e fornecedores. As considerações sobre os
métodos de ensaio e os formatos prescritos para especificação são apresen-
tadas em indicadores M.
9.2. Estado(s) de ocupação
A limpeza do ar para partículas em suspensão em uma sala limpa ou zona limpa
é definida para um ou mais estados de ocupação, a saber: "como construído",
"em repouso" ou "em operação"
➢ como construído: Condição na qual a instalação está completa, com to-
dos os serviços interligados e funcionando, mas sem a presença de equi-
pamentos de produção, material ou pessoal.
➢ em repouso: Condição na qual a instalação está completa, com equipa-
mentos de produção instalados e operando, de forma acordada entre o
usuário e o fornecedor, mas sem presença de pessoal.
➢ em operação: Condição na qual a instalação está funcionando nas condi-
ções especificadas, com o número de pessoas presentes conforme o es-
pecificado e trabalhando de forma acordada.
NOTA: Para o estado de ocupação, este relatório apenas apresentará critérios
para os Ambientes Controlado “em operação”, onde tal ocupação é determi-
nada pela presença ou não de pessoal, pois não há presença de maquinário
de filtragem de partículas.

9.3. Considerações sobre partículas maiores que 5 μm (macropartí-


culas) – Indicador M
a) Aplicação
Se forem levados em consideração os riscos de contaminação causados por par-
tículas maiores que 5 μm, devem ser utilizados dispositivos de amostragem e
procedimentos de medição apropriados para as características específicas de tais
partículas.
Como normalmente as macropartículas predominam na população das partículas
em suspensão no ar liberadas em um ambiente de processo, devem ser definidos
um dispositivo de amostragem e um procedimento de medição apropriados à
aplicação específica. Devem ser levados em consideração os fatores como den-

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sidade, formato, volume e comportamento aerodinâmico das partículas. Pode ser


necessário também dar uma ênfase especial aos elementos específicos da popu-
lação total em suspensão no ar, como, por exemplo, fibras.
b) Formato do indicador M (anexo E ISO ABNT NBR ISO 14644-1:2005)
a) O indicador M pode ser especificado independentemente ou como um su-
plemento às classes ISO de limpeza do ar para partículas em suspensão.
b) É a concentração máxima permitida de macropartículas (expressa como
macropartículas por metro cúbico de ar);
c) É o diâmetro equivalente (expresso em micrometros), associado ao méto-
do especificado para medir macropartículas;
d) É o método de medição especificado.
EXEMPLO 2 – Para expressar a concentração de 10 000 partículas/m³, em uma
faixa de tamanhos de 2,5 μg a 10 μg, usando um impactador de cascata seguido
de microscópio para contagem e discriminação de tamanho das partículas, tem-
se:
“PM (10.000; 2,5 μg a 10 μg ou 2,5 μm a 10 μm); impactador de cascata seguido
de microscópio para contagem e discriminação de tamanho das partículas”.

a) Preparação para a contagem de partículas


Antes da contagem, verificar se todos os elementos que contribuem para a inte-
gridade operacional da sala estão completos e funcionando (item 9.2 ESTADO
DE OCUPAÇÃO) conforme a especificação de desempenho.

b) Ajuste preliminar do instrumento


Realizar o ajuste do instrumento e a verificação da calibração, conforme instru-
ções do fabricante.

c) Definição do número de pontos de medição

Cálculo:
NL = √A,

Onde:
✓ NL é o número mínimo de pontos de medição (arredondado para o número
inteiro acima)
✓ A é a área da sala ou zona limpa, em metros quadrados.
Sala de Montagem: 2 salas com 30m² aproximadamente (Conforme item 2 locali-
zação física)

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Então:

√30=5,4 - arredondando para no mínimo 5 pontos de medição


por sala
d) Cálculo da concentração média em um ponto de medição (xi)

✓ xi é a concentração média de partículas no ponto i, representando qualquer


ponto de medição;
✓ xi,1 a xi,n são as concentrações de partículas das amostras unitárias;
✓ n é a quantidade de amostras tomadas no ponto i.
O cálculo da concentração média de partículas deve ser feito para todos os pon-
tos de medição nos quais forem tomadas duas ou mais amostras.
Neste caso, o Instrumento de contagem de partículas (TEMTOP) mostrará o re-
sultado do cálculo de concentração de partículas em níveis de aceitação confor-
me mostrado na tela: GOOD (BOM), MODERATE (MODERADO) ou demais ní-
veis considerado ruins como CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO.
a) Instrumento de contagem de partículas (TEMTOP)
Contador de partículas, instrumento que opera através de dispersão de luz
dispondo de:
➢ Visualização e/ou registro da contagem e do tamanho de partículas em
suspensão no ar.
➢ Capacidade de discriminação de tamanhos para detectar a concentração
total, nas faixas apropriadas de tamanhos de partículas para a classe con-
siderada.
➢ Sistema de amostragem adequado (conforme item 2 localização física).
b) Critério de aceitação
Materiais particulados do ar (PM) compreende uma mistura complexa de diferentes
elementos e compostos. Iremos controlar dois índices:
Material Particulado MP10 (ug/m³): são partículas (grossas) de material sólido ou
líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros,
com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 10 micrômetros;
Material Particulado MP2,5 (ug/m³): são partículas(finas) de material sólido ou líqui-
do suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros, com
diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 2,5 micrômetros. “1 μm = 10-6 m”

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Tamanho das partículas: Para o processo de fabricação, embalagem e armazena-


gem, a Hortron entende que o limites de tolerância de concentração (partículas/m³ de
ar) aceitável podem variar entre os parâmetros boa/moderad informados na tabela
abaixo:
PM2,5 (ug/m³) PM10 (ug/m³) Nível

0.0 – 12.0 0-54 BOM


(Good-verde)
12.1-35.4 55-154 MODERADA
(Moderate-verde escuro)

35.5-55.4 155-254 Insalubre para grupos


sensíveis
(Unhealthy for sensitive
groups-laranja)

55.5-150.4 255-354 POUCO SAUDÁVEL


(unhealty-vermelha)

150.5-250.4 355-424 MUITO PREJUDICIAL À


SAÚDE
(very unhealty -roxa)

>=250.5 >=425 Perigoso


(hazardous-vinho)

.lNOTA: “No visor do Temtop irá indicar o nível em inglês e alterar a cor de acordo
com cada nível conforme mostra a tabela acima. O Parâmetros: tamanho das partícu-
las, PM2,5 e PM10 são diretamente proporcionais, ou seja, na medida que um parâ-
metro aumenta ou diminuiu consequentemente os outros valores irão alterar de forma
proporcional. ”

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Figura 4: Equipamento de medição para qualidade do ar

10. DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE


A conformidade com os requisitos de qualidade do ar especificados pelo Hortron
é verificada através de execução do monitoramento e dos ensaios conforme pro-
cedimentos especificados abaixo e apresentação da documentação especificada,
no caso a realização periódica do Bioburden e histórico de teste de esterilidade
realizados lote a lote. Não há no histórico a menção de desvio de qualidade rela-
cionados a ausência de esterilidade de alguma amostra.
10.1. Ensaios (Monitoramento de Partículas Viáveis)
Considerando que as partículas orgânicas viáveis são aquelas capazes de ad-
quirir vida, se desenvolver ou germinar em condições que as favoreçam, tendo
como exemplo os fungos, e as bactérias, podemos afirmar que o processo de es-
terilização por ETO validado através do relatório de validação RELATÓRIO
023/17 – QUALITY CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO é capaz de exterminar os
microrganismos presentes.
Para comprovar que não houve presença de microrganismos vivos ACIMA DO
LIMITE DE QUALIFICAÇÃO < 1 UFC (conforme determinado em 12.2) antes da
limpeza e após a limpeza final (sem esterilização), amostras foram testadas con-
forme a norma ISO 11737-2:2009 a fim de validar ou manter um processo de es-
terilização.

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Novos ensaios foram realizados em fevereiro de 2022 a fim de comprovação con-


tinuada da limpeza do ambiente e dos processos envolvidos. Abaixo 1 (um)
exemplo de amostras colhidas antes da limpeza final e após a limpeza final. De-
mais resultados, inclusive de outras amostras, podem ser visualizados em anexo.
OBS: Estas amostras tiveram a menção do “Tipo de Esterilização: Sem Limpeza”
significa que as amostras foram recolhidas durante os processos de montagem
na etapa que antecede a limpeza final. Já as amostras que mencionam “Tipo de
Esterilização: Já Limpas”, significa que já foram limpas e estão prontas para o
embalagem primária e esterilização por ETO em empresa terceirizada.

Figura 5: Ensaio inicial Bioburden realizado em 2017

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Figura 6: Ensaio Shelf Life realizado em 2021

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Figura 7: Ensaio Bioburden realizado em 02/2022 (JÁ LIMPAS)

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Figura 8: Ensaio Bioburden realizado em 02/2022 (SEM LIMPEZA)

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Como é demonstrado, ambos os ensaios de Bioburden apresentam resultados


satisfatórios (negativo para cultura de fungos ou bactérias) mesmo com aproxi-
madamente 4 anos de entre os ensaios, ou seja, nas condições de fabricação
apresentadas neste relatório como: número de pessoas presentes no ambiente
bem como os critérios de limpeza dos ambientes envolvidos, foram aceitos como
critério de aceitação com base em metodologia válida. As mesmas condições de
ambientais (quantidade máxima de pessoal, condições de limpeza e maquinário)
foram preservadas com alteração de endereço realizada em 2020.
Ensaios de Bioburden conforme ISO 11737 deverão ser realizadas semestral-
mente a fim de monitorar a existência de microrganismos no processo de manu-
fatura dos produtos comercializados pela Hortron.
10.2. Registros de monitoramento
O resultado do monitoramento realizado em cada ambiente limpo deve ser regis-
trado e apresentado como um registro abrangente, incluindo uma declaração de
conformidade ou não-conformidade em relação à classificação de limpeza medida
em PM.
O registro deve incluir:
➢ Data em que a leitura foi executada
➢ Identificação do ambiente conforme item 2 (localização física) bem como
os pontos de medição
➢ Resultados do ensaio dados de concentração de partículas para todos os
pontos de medição e tamanhos das partículas
➢ Identificação do instrumento de ensaio com o devido controle de calibração
vigente
Pontos de medição: Abaixo o mapa de medição contemplando 15 pontos de
medição, onde devem corresponder no registro os pontos entre A e O respecti-
vamente.

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Figura 9: Exemplo de registro preenchido

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Figura 10: Mapa dos pontos de medição

Segue abaixo imagens tiradas durante o monitoramento das áreas pontuadas no


mapa acima:

ÁREA DE EMBALAGEM SECUNDÁRIA: VERDE - BOM

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ÁREA DE EMBALAGEM: VERDE - BOM

ÁREA DE MONTAGEM: VERDE - BOM

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ÁREA DE MONTAGEM: VERDE - BOM

ÁREA DE MONTAGEM: VERDE ESCURO - MODERADO

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ÁREA DE MONTAGEM: VERDE ESCURO - MODERADO

ÁREA DE MONTAGEM: VERDE ESCURO - MODERADO

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CONTROLADOS

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ÁREA DE MONTAGEM: VERDE - BOM

ÁREA DE MONTAGEM: VERDE ESCURO - MODERADO

ÁREA DE MONTAGEM: VERDE ESCURO - MODERADO

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CONTROLADOS

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ÁREA DE MONTAGEM: VERDE - BOM

10.3. Exemplo de monitoramento em ambiente extremamente conta-


minado com suspensão de partículas em alto nível:

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10.4. Certificado de calibração do equipamento

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11. PROJETO DO AMBIENTE CONTROLADO


A fim de garantir a efetividade da limpeza e de manter sob controle os níveis de
contaminação, é importante que sejam implementados procedimentos de controle
adequados para os parâmetros de processo, abrangendo controle de contamina-
ção do ambiente de trabalho nas áreas de montagem, embalagem e armazena-
mento conforme indicado no item 2 deste documento.
O processo de controle da contaminação visa contribuir para minimizar, conforme
aplicável, as contaminações por material particulado e microrganismos, assegu-
rando que sejam mantidas abaixo de níveis máximos predeterminados, durante a
montagem dos produtos até sua expedição ao cliente final.
Com base em uma análise de risco do processo de fabricação e da influência de ca-
da processo de fabricação e a devida caracterização dos agentes contaminantes.
A avaliação de risco deve ser usada para determinar a sequência de eventos com
maior probabilidade de ocorrência e/ou severidade. Convém que as atividades
subsequentes no projeto, verificação e validação do produto e de processos (in-
cluindo etapas de inspeção) concentrem-se, então, no desenvolvimento de medi-
das de controle para mitigar estes riscos a níveis aceitáveis conforme proposto.
Deve ser considerado a questão das partículas viáveis e não viáveis. A princi-
pal diferença entre partículas viáveis e não viáveis é que partículas viáveis são as
partículas com pelo menos um microrganismo (fragmentos de pele, cabelo, se-
creção, etc), afetando a esterilidade de um produto, enquanto partículas não viá-
veis são as partículas sem microrganismos (fragmentos de metais, areia, fiapos
de tecidos, sais, papel, etc), mas atuam como um agente transportador de partí-
culas viáveis.

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Uma antecâmara nos acessos das áreas de montagens para paramentação deve-
rá ser construída para evitar a contaminação direta de partículas oriundas do am-
biente externo. Tal câmara poderá ser utilizada, inclusive, para abastecimento das
Ordem de Fabricação, assim como a retirada do produto acabado de maneira
indireta. A paramentação deve ser lavada ou renovada semanalmente.
11.1. Controle de pessoal
O projeto de adequação e contenção ambientes controlados projeta um limite
máximo de presença de pessoal ativas ou circulantes durante uma rotina diária
normal de trabalho. As áreas determinadas abaixo devem seguir este limite a fim
de garantir os limites estabelecidos de limpeza pré-estabelecidos:
➢ PRODUÇÃO 2: Máximo de 5 pessoas
➢ PRODUÇÃO 3: Máximo de 5 pessoas
➢ RETORNO ESTERILIZAÇÃO E EMBALAGEM FINAL: Máximo de 3 pes-
soas
11.2. Temperatura e Unidade
Temperatura: 10°C a 40°C
Umidade Relativa: 30% - 75% sem condensação
11.3. Restrições para uso das áreas
Algumas restrições durante a utilização dos ambientes devem ser rigorosamente seguidas, tais co-
mo:

• Entrada de materiais em formato de pó;


• Caixas de papelão;
• Quantidade de pessoal além do limite máximo permitido;
• Equipamentos ou instrumentos que acelerem partículas (secadores elétri-
cos, ventiladores, etc);
• Limpeza com uso de vassouras;
• Outros agentes ou fontes geradoras de pó ou vapor.
11.4. Alterações:
Uma avaliação de risco deve ser realizada após as alterações feitas no método
de processamento, instalações e/ou parâmetros utilizados para a fabricação. A
avaliação de risco deve determinar se o processo de limpeza deve ser revalidado
e determinar a extensão da revalidação. Se o método de limpeza, as especifica-
ções do estado de limpeza ou o espécime de pior caso de uma família de limpeza
forem alterados, o processo de limpeza deve ser revalidado.

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12. AMOSTRAGEM PARA BIOBURDEN


Um plano de amostragem com um número apropriado de amostrados deve ser
estabelecido como parte da avaliação de risco do processo de limpeza. Quando
apropriado (por exemplo, ao estabelecer a reprodutibilidade do processo), os pla-
nos de amostragem podem ser baseados em justificativas estatisticamente váli-
das para o número de corpos de prova.
A definição de corpos de prova se deve a escolha de amostra quando já estão em
seu estágio final de produção, ou seja, após o retorno da esterilização e em con-
dições de entrega ao cliente. Sempre escolher o ELETRODO PARA RF, FIBRA
ÓPTICA CIRURGICA, CÂNULA DE DEBRICAÇÃO e SPLINT NASAL para os
ensaios analíticos de laboratório com base no escopo normativo pré-
determinados e conforme orientação do próprio laboratório quanto o espaço
amostral e forma de envio. As amostras escolhidas contemplam, em suma, todos
os materiais utilizados no portfólio.
12.1. Inspeção visual
Os critérios de aceitação para inspeção visual para contaminantes visíveis (partí-
culas não viáveis), remanescentes após a limpeza, devem ser estabelecidos pelo
fabricante do produto.
Após a limpeza, o produto a ser inspecionado deve atender aos critérios de acei-
tação estabelecidos no procedimento específico do produto montado.
12.2. Carga biológica (bioburden)
A finalidade do processo de limpeza deve assegurar que a carga biológica seja
menor ou igual a um nível predeterminado. No caso, a empresa determina que os
resultados (critério de aceitação) devem ser < 1 UFC (unidades formadoras de
colônias).
Verificar as informações complementares no item 10 deste relatório.

13. ROTINA PARA LIMPEZA DAS ÁREAS


Para uma ampla margem de segurança e efetiva morte microbiana e suspenção
de partículas, o procedimento PROC-LIMP-01 Procedimento de Limpeza e Higie-
nização deverá ser utilizado. Utilizar o PROC-METRO-01 para instruções de ma-
nuseio e correta leitura do equipamento para medição de monitoramento de partí-
culas TEMTOP.

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14. ROTINA PARA PARAMENTAÇÃO DE PES-


SOAL
Para definir parâmetros de paramentação de pessoal a fim de mitigar a contami-
nação e suspenção de partículas, deve ser adotado o critério de vestimenta defi-
nido no procedimento PROC-APOIO-01 - Procedimento de Apoio a Produção.

15. CONCLUSÃO
Os testes realizados nos lotes de ELETRODO CIRÚRGICO de lote 349 com en-
saios realizado entre fevereiro e abril de 2020, com os ensaios citotoxicidade nº
2007890, Reatividade Intracutânea nº 2010076 e Sensibilização Cutânea Ensaio
do Linfonodo Local (LLNA) nº 2010077 e ensaios para o produto FIBRA ÓPTICA
CIRURGICA (modelo 3100.005) de lote 1440 realizado entre dezembro de 2020 e
março 2021, com os ensaios de citotoxicidade nº 2050708, Reatividade Intracutâ-
nea nº 2050705, Sensibilização Cutânea Ensaio do Linfonodo Local (LLNA) nº
2050707, Pirogênios nº 2050704 e Toxicidade Sistêmica nº 2050706. Todos os
produtos foram ensaiados após a esterilização por ETO. Os resultados foram sa-
tisfatórios para ambos os produtos. Isso mostra a eficiência do processo de lim-
peza.
Os produtos que foram enviados para a ensaio de Bioburden foram selecionados
durante uma produção de rotina para representar as condições reais do processo,
considerando uma provável contaminação microbiana durante a fabricação e
montagem, assim como, material e embalagem e rotulagem do produto.
Os ensaios de análise microbiológicas foram realizados por empresa terceirizada
e homologada. Os resultados foram satisfatórios e pode ser evidenciado pelos
relatórios 105212-21A-Esterilidade Inicial, 105212-21A-Esterilidade 2 Anos e
105212-21A-Shelf Life- 2 Anos realizados entre abril e junho de 2021 no produto
Fibra Óptica Cirúrgica, lote 1440, modelo 3100.005 - Fab. 11/2020.
Novos ensaios de Bioburden foram realizados em fevereiro de 2022 a fim de
comprovação continuada da limpeza do ambiente e dos processos envolvidos. Há
amostras colhidas antes da limpeza final e após a limpeza final. Os resultados
foram satisfatórios e atendem o limite de qualificação.
Com o controle do acesso de pessoal, monitoramento das partículas suspensas,
tanto no tamanho quanto na quantidade por M³ conforme resolução Conama
mencionada neste relatório, somadas nos testes realizados após a esterilização,
podemos afirmar que esta validação também pode ser considerada satisfatória do
ponto de vista da produção e capacidade de controlar e monitorar o ambiente
produtivo.

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16. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL


As pessoas que fizeram parte deste relatório, são:

Fernando Nogueira: Graduado em Engenharia Elétrica e sócio proprietário da


empresa Hortron e possui vasta experiência em projetos e desenvolvimento de
produtos para saúde, bem como estudos e análises em gerenciamento de risco,
especialmente eletromédicos de diversas aplicações e finalidade. Já trabalhou em
empresas do segmento como a DMC Equipamentos localizada em São Carlos-
SP.

Requisitos mínimos para exercer a função:


NÍVEL DE ESCOLA-
HABILIDADE EXPERIÊNCIA
RIDADE

● Administração do tempo
● Comunicação verbal e escri-
ta
● Espírito de equipe
3° Grau Comple- ● Habilidade com números
to
● Planejamento 03 anos a 05
Ensino Superior
● Organização e controle anos ou com
Administração,
● Atualização de legislação vi- autorização da
Engenharia.
gente Diretoria
Inglês intermediá-
rio a avançado ● Liderança
● Criatividade
● Negociação
● Visão sistêmica
● Foco organizacional

Jonas José Villanova: Graduado em Engenharia Elétrica e sócio proprietário da


empresa Hortron e possui vasta experiência em projetos e desenvolvimento de
produtos para saúde bem como estudos e análises em gerenciamento de risco,
especialmente eletromédicos de diversas aplicações e finalidade. Já trabalhou em
empresas de outro segmento como a Whirlpool Latin America localizada em Rio
Claro-SP.

Requisitos mínimos para exercer a função:

NÍVEL DE ESCOLA-
HABILIDADE EXPERIÊNCIA
RIDADE

3° Grau Comple- ● Atenção concentrada


to ● Dinamismo
03 anos a 05
Ensino Superior ● Habilidade espacial
anos ou com
em Engenharia ● Habilidade de negociação
autorização da
Elétrica ● Habilidade de relacionamen- Diretoria
(Desejável espe- to
cialização ou pós ● Iniciativa

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Elaborado: Michelangelo F. Dalsasso
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graduação) ● Criatividade
Inglês intermediá- ● Senso crítico
rio a avançado ● Trabalho em equipe
● Visão sistêmica

Michelângelo Fernando Dalsasso: Graduado em Engenharia de Produção e


Gerente de Qualidade na empresa Hortron. Possui ampla experiência em projetos
e desenvolvimento de produtos para saúde bem como estudos e análises em ge-
renciamento de risco, especialmente eletromédicos de diversas aplicações e fina-
lidade. Já trabalhou em empresas do segmento como a Opto Eletrônica SA locali-
zada em São Carlos-SP.

Requisitos mínimos para exercer a função:

NÍVEL DE ESCOLARIDADE HABILIDADE EXPERIÊNCIA

● Desembaraço para relacio-


namento interpessoal
● Dinamismo
3° Grau Completo ● Iniciativa 02 anos a 03
(Ensino Superior em Ad- ● Liderança anos ou com
ministração e/ou Engenha- ● Criatividade autorização da
ria) ● Negociação Diretoria
● Comunicação
● Trabalho em equipe
● Atendimento ao cliente.

Thays Pinheiro Mendes: Graduada em Ciências Biológicas pela UNICEP. For-


mada também em Técnica em Controle Ambiental e Técnica em Logística. Reali-
zou diversos cursos complementares como 5S’s Housekeeping, boas práticas em
saúde e segurança no trabalho, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável,
responsabilidade social e educação ambiental. Já trabalhou no Instituto Internaci-
onal de Ecologia durante 7 anos (2012-2019) com o pesquisador e Prof. Dr. José
Galizia Tundisi. Secretário Municipal de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia e
Inovação da Prefeitura Municipal de São Carlos - SP desde 01/01/2017 até o
momento.
Requisitos mínimos para exercer a função:

NÍVEL DE ESCOLARIDADE HABILIDADE EXPERIÊNCIA

● Desembaraço para relacio-


namento interpessoal
3° Grau Completo 02 anos a 03
● Dinamismo
(Ensino Superior em Bio- anos ou com
● Iniciativa
medicina, farmácia ou autorização da
● Liderança
Biologia) Diretoria
● Criatividade
● Negociação

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Nível B: Acesso geral interno libe- Aprovado por: Jonas J. Villano-


Elaborado: Michelangelo F. Dalsasso
rado va/Ass:

● Comunicação
● Trabalho em equipe
● Atendimento ao cliente.

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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TION. Technical Information Report n.12. Designing, testing, and labeling reusa-
ble medical devices for reprocessing in health care facilities: a guide for device
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ALFA, M.J; JACKSON, M. A new hydrogen peroxide-based medical-device detergente


with germicidal properties: Comparison with enzymatic cleaners. American Journal
Infection Control, vol.29, n. 3, p.168-77, 2001.

ALFA, M J; NEMES, R Inadequacy of manual cleaning for reprocessing single-use,


triplelumen sphinctertomes: simulated-use testing comparing manual with automated
cleaning methods. American Journal Infection Control Vol. 31, n. 4, p. 193-207, Jun.
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ALFA, M.J.; NEMES, R. Manual versus automated methods for cleaning reusable ac-
cessory devices used for minimally invasive surgical procedures. Journal of Hospital
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CARDOSO, A.M. et al. Emergence of nosocomial Mycobacterium massiliense infec-


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HANSEN et al,Papers Accepted for Presentation at the APIC 30th Annual Educational
Conference andInternational Meeting American Journal of Infection Control, Vol. 31, n.
3, p. E15, Maio 2003.
HERNANDEZ, A; CARRASCO, M. AUSINA, V.Mycobactericidal activity of chlorine
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HERNANDEZ A.; MARTRÓ, E; JIMENEZ, A.; AUSINA, V. Mycobactericidal and tu-
berculocidal activity of Korsolex AF, an amine detergent/disinfectant product. Journal
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HOWIE, R; ALFA, M.J.; COOMBS, K. Survivel of enveloped and non-enveloped vi-
roses on surfaces comparedo with other micro-organisms and impact of suboptimal
disinfectant exposure. Journal of Hospital Infection, v.69, p.368-376, jul. 2008.
LIPSCOMB, I. P.;. SIHOTA, A. K; KEEVIL, C. W. Comparative Study of Surgical In-
struments from Sterile-Service Departments for Presence of Residual Gram-Negative

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Endotoxin and Proteinaceous Deposits. Journal of Clinical Microbiology. Vol. 44, No.
10, p. 3728–3733, Oct. 2006.
MURDOCH, H. et al. Surface decontamination of surgical instruments: an ongoing
dilemma. Journal Hospital Infection. Vol. 63, p. 432-438, 2006.
VICKERY, K; PAJKOS, A; COSSART,Y. Removal of biofilm from endoscopes: evalua-
tion of detergent efficiency. American Journal Infection Control vol.32, n.3, p. 170-176,
2004.
GUIMARÃES, DAYANE SANTOS Controle de Endotoxina na indústria Farmacêutica
– Análise dos Métodos In Vivo e In Vitro, 2017,
(https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26200/2/dayane_santos.pdf)

18. ANEXOS
• RELATÓRIOS DE ENSAIOS BIOBURDEN (CONTROLBIO):
Relatório de Análises Farmacêutico - 4139-1-2022_0 à Relatório de Análises
Farmacêutico - 4156-1-2022_0
• RELATÓRIO 023/17 – QUALITY CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO
• RELATÓRIOS SHELF LIFE CONTROLBIO
o 83198-19A-Esterilidade Inicial;
o 83198-19A-Shelf Life-Esterilidade-1 ano;
o 83198-19-Shelf life 1 ano;
o 83198-19A-Shelf Life-Esterilidade-2 anos;
o 83198-19-Shelf life 2 anos
o 105212-21A-Esterilidade Inicial,
o 105212-21A-Esterilidade 2 Anos
o 105212-21A-Shelf Life- 2

• RELATÓRIOS DE BIOCOMPATIBILIDADE ISO 10993 (ALS):


o citotoxicidade nº 2007890
o Reatividade Intracutânea nº 2010076
o Sensibilização Cutânea Ensaio do Linfonodo Local (LLNA) nº 2010077
o citotoxicidade nº 2050708,
o Reatividade Intracutânea nº 2050705,
o Sensibilização Cutânea Ensaio do Linfonodo Local (LLNA) nº 2050707;
o Pirogênios nº 2050704;
o Toxicidade Sistêmica nº 2050706.

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19. FABRICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

FABRICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

HORTRON INDÚSTRIA E COMÉRCIO ELETRÔNICO LTDA.

AV. GETÚLIO VARGAS 2831, RECREIO SÃO JUDAS TADEU

CEP: 13571-271- SÃO CARLOS-SP

CNPJ: 13.459.890.0001-46

CONTATO: hortron@hortron.com.br

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