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Eu sabia que ainda era jovem demais para vivenciar aquilo.

Eu sabia que ele jamais me olharia


com outros olhos. Mas isso não me impediu de me apaixonar perdidamente por ele. Tão maduro,
tão sey....e ao mesmo tempo romântico e carinhoso.

E solitário. Seu coração pedia por amor, eu sei. Por que não aceitar o meu? Por que eu não
passava de uma garota com seus malditos 17 anos e ele tinha 34? Por que ele era um fruto
proibido?

Ou simplesmente por que ele era o pai da minha melhor amiga, Alice Cullen?

Bella POV

Fitei o teto do meu quarto,deixando meus pensamentos vagarem. Enfim chegara a sexta-feira e
eu poderia passar o fim de semana como eu gostava: em casa. Na companhia dos meus tios
Esme e Carlisle e meus primos-irmãos Jasper e Emmet. Morava com meus tios desde os 6 anos
de idade,quando perdi meus pais de uma forma tão trágica que eu evitava pensar. Me acolheram
de braços abertos e muitas vezes me faziam esquecer que eram meus tios. Me tratavam
realmente como uma filha. Eles tinham dois filhos. Emmet com 19 anos e Jasper com 18 anos.
Mais irmãos do que primos,na verdade. Eu era então a princesinha deles, com 17 anos. Tinham
um forte instinto de proteção em relação a mim.Talvez por isso os garotos não se aproximavam
de mim. Eu chamava a atenção por onde passava, com meus olhos chocolate e longos cabelos
castanho avermelhados. Tinha um corpo até avantajado para meus 17 anos. A pele clara dava
um contraste bonito com meus cabelos. No entanto aqueles dois sempre ao meu lado
intimidavam qualquer um. Emmet era enorme e mais parecia um armário ambulante. Podia
facilmente se passar por um segurança particular. Jasper era mais baixo e menos forte. Mas sua
pose de general também intimidava as pessoas. Mas com Jasper eu ainda tinha um trunfo: Eu
sabia do seu interesse pela minha melhor amiga, Alice Cullen. Então, ele não pegava muito
pesado. Não que eu estivesse reclamando.Na verdade muitas vezes eu me sentia aliviada pela
interferência deles. Eu simplesmente não tinha paciência com os garotos da minha idade. Eram
imaturos e só pensavam em uma coisa: sexo. Claro que eu também pensava. Afinal meus
hormônios estavam no auge. Mas eu não pensava só nisso. Eu pensava em romance, em
afeto....em me casar e ter filhos. Por isso, homens mais velhos sempre me atraíam. Eram mais
maduros, mais responsáveis. Mas se meus primos não permitiam que um garoto da minha idade
se aproximasse, o que dirá um homem mais velho? Eu me lembro muito bem de como eles
espantaram um cara de apenas 22 anos que quis se aproximar. A diferença de idade nem era
tanta assim.

–Bom dia,meu anjo. Atrapalho?

Era minha tia Esme a soleira da porta.

–Bom dia. Estava apenas pensando um pouco.

Ela se aproximou,sempre com aquele sorriso doce nos lábios.

–Não vai se atrasar para a escola?

–Já tomei meu banho. Só vou me trocar.

Esme era linda e parecia bem mais nova que seus 45 anos. Seus cabelos cor de mel iam até os
ombros, e assim como meu tio Carlisle,tinha lindos olhos azuis.

–Está tudo bem?


–Sim.Só ansiosa pelo fim de semana.

Ela riu e me abraçou.

–Para passá-lo ao lado de dois velhos, como sempre.

–Vocês não são velhos. A idade está no espírito sabia?

–Humm...falou bonito. Fico feliz que goste de ficar conosco. MAs deve procurar se encontrar
mais com pessoas da sua idade.

–Sabe o que penso a respeito,tia.

Ela riu novamente e bagunçou meus cabelos.

–Sim,eu sei. Agora desça. Já estamos à mesa do café.

Desci com Esme e encontrei todos em volta da mesa.

–Bom dia princesa. Até que enfim.

–Bom dia,Emmet..Jasper.

Dei um beijo em cada um deles, por último em meu tio. Carlisle era muito lindo.Loiro,alto,de
olhos azuis. Era um excelente cirurgião plástico, o melhor. Isso nos proporcionava uma vida pra
lá de confortável.Eu era muito grata por ele ter me acolhido. Afinal, eu era sobrinha da Esme,
irmã da minha mãe.

–Dormiu bem?

–Sim, muito bem.

Minha verdadeira família. E eu os amava demais.

Emmet e Jasper estavam na faculdade. Eu cursava o ultimo ano do ensino médio. No entanto o
prédio da faculdade ficava no mesmo imenso campus da minha escola. Então sempre íamos
juntos para a escola. Eles sempre faziam questão de me deixar na porta do prédio antes de irem
para o deles. Hoje minha amiga Alice me aguardava do lado de fora. Vi os olhos de Jasper
brilharem.

–Lá está sua fadinha, Jasper.

–Não seja boba,Bell.

Desci rindo e fui me encontrar com Alice. FAdinha....era assim que eu a chamava. Alice era
baixinha feio eu. Tinha os cabelos curtos, pretos. Eu sabia que ela pintava seus cabelos. Ela
mesmo me contara. Na verdade seus cabelos eram claros, como os da mãe, que a abandonara
ainda bebê e saíra pelo mundo, deixando-a aos cuidados do pai. Eu não o conhecia. Alice era
ainda mais rica do que minha família e eu me sentia acanhada. Era claramente apaixonada pelo
pai,Edward Cullen. Ela pouco falava sobre ele,mas quando falava suas palavras soavam
carregadas de amor e afeto. Pelo que eu sabia, seu pai era promotor. Trabalhava feito um
condenado.

–Bella....queria te convidar para ir a minha casa.....pela milésima vez. -Alice....você sabe que......
–Bella, você é a minha única amiga de verdade. As outras só se aproximam de mim por causa
do meu pai.

Alice já tinha comentado isso outras vezes. Bom...se ela tinha a minha idade, ele provavelmente
seria da idade de Carlisle. Mas eu desconhecia alguém aos 45 anos com aparência tão jovem
como Carlisle.

–Quantos anos ele.....

Ela me interrompeu.

–Meu pai estará ausente nesse fim de semana. Vou ficar sozinha. Por favor....

–Mas....você quer que eu durma lá?

–Meu pai falou que você é a mais certinha de todas.

–Mas ele nem me conhece.

–MAs eu falei sobre você.

– Tenho que perguntar para os meus tios.

– Por favor.....por favor.....por favor.....

Alice sempre fazia isso quando queria alguma coisa de mim. E sempre conseguia, a cachorra.
Mas eu amava aquela bandida. E ela conseguira. Esme e Carlisle ainda botaram pilha. Emmet e
Jasper também não....já que Alice era filha única.

Emmet fez questão de me levar no endereço que ela me dera. Assoviou baixinho assim que
atravessamos o imenso portão de entrada.

– Porra....o cara é podre de rico, heim? Embora eu estive acostumada com riqueza, aquela casa
me impressionou. Era sem dúvida a mais linda que eu já vira.

Alice me aguardava no jardim de entrada.

– oi Bella, que bom que veio. Oi Emmet.

– Como vai, Alice?

– Jasper não veio?

Segurei um riso.

– Não. Ele precisou sair com minha mãe.

– Ah....quer entrar um pouco, Emmet?

– Não, obrigado. Ainda tenho um monte de coisas a fazer. Juízo vocês duas.

Me deu um beijo e partiu.

– Só nos duas,Bella....e os empregados, é claro.

Entrei com ela, abobalhada com aquilo tudo.


– Nossa, Alice....isso tudo só para vocês dois?

– Coisas do meu pai. Ele viu essa casa, gostou....e acabou comprando.

– Nossa....é magnífica.

– Vamos guardar suas coisas e depois vamos pegar uma piscina?

–E seu pai?

– Meu pai precisou viajar. Ele volta amanhã. Tinha audiência importantíssima.

– Ah...sim....bom então vamos.

Eu sabia que além de promotor seu pai tinha uma empresa, que não me lembrava do que se
tratava. Mas fiquei sem jeito de perguntar.

Depois guardar minhas coisas no espaçoso quarto, desci com Alice para a enorme piscina.

– Imagina que Laureen e Victoria queria vir também?

– E por que não permitiu? Elas são legais.

– Ah...Bella. Conheço aquelas duas biscates. iam ficar de olho em meu pai.

– Ai, Alice. Deixa de ser ciumenta.

– Não é ciúmes. Sabe, eu torço de verdade para que meu pai encontre alguém de verdade. Ele é
maravilhoso. Já sofreu muito, depois....depois do que aquela vadia fez com ele.

– Era sua mãe Alice.

– Por acaso. por idiotice do meu pai ter se apaixonado por ela. Mas ele é uma pessoa romântica,
sabe? Ainda que tente parecer durão às vezes.

– entendo. Ele nunca mais teve ninguém, Alice?

– Não que eu sabia. Assim...deve ter uma transa ou outra, é claro. Mas nada sério ou que
valesse a pena comentar. Meu pai fala de tudo comigo.

– Mesmo? Que legal.

– Sim. Ele me contou por exemplo de quando eu trouxe a Jéssica aqui e ela se engraçou para o
lado dele. Acredita que ela chegou a tirar a blusa na frente dele?

– Que horror, Alice. E ele?

– Obrigou-a a se vestir, é claro. E muito educadamente convidou-a a se retirar da nossa casa.

– A Jéssica sumiu ne?

– Deve estar aprontando por ai.

O dia estava quente e muito agradável.E a companhia de Alice era também deliciosa. Fiquei
triste por ela, pelos sentimentos dela em relação a mãe. Mas o que dizer de uma mãe que
abandona a própria filha?

– Bella....Jasper tem namorada?

Eu ri.

– Não. Mas está a procura de uma.

– Sério? Bom...tomara que encontre logo.

Dei um tapinha em seu ombro.

– Deixa de ser boba, Alice. Sabe que ele está afim de você.

– E ele terá coragem de enfrentar o senhor Cullen?

– Você disse que seu pai era um cara legal.

– Desde que não se metam com a filhinha dele.

Eu ri. igual ao Emmet e Jasper.

Almoçamos à beira da piscina, pegamos uma sauna, voltamos para a piscina e bem mais tarde
fomos assistir a um filme. Mas o cansaço começou a dominar Alice e ela não segurou um
bocejo.

– Nossa...acho que foi aquela sauna.

– Vou para o meu quarto, Alice. Amanhã levantamos bem cedo e começamos novamente.

– Ai...queria ficar acordada, Bella.

– Deixa de bobeira. Eu também estou um pouco cansada.

– Tudo bem. Se quiser ficar no meu quarto...

– Não. Vou para o outro mesmo. boa noite.

– Boa noite, Bella.

Deitei-me mas não conseguia dormir. Talvez por estar em um ambiente diferente. Virei-me na
cama o tempo todo ate que resolvi descer e buscar uma água, ou um leite. Sentia-me uma
intrusa, mas Alice disse que eu poderia ficar a vontade. Fui até a ampla cozinha e peguei um
copo com leite.

Estava distraída quando um movimento as minhas costas me fez girar. Eu sufoquei um grito e
meu copo escorregou da minha mão, espatifando-se no chão.

Não pelo susto, em si. Mas porque eu estava diante do homem mais lindo que eu já tinha visto
em toda minha vida.

– Desculpe-me. Acho que assustei você. A voz baixa e rouca penetrou em meus ouvidos me
fazendo arrepiar da cabeça aos pés.

– Ah...Deus....que desastrada...
Abaixei-me para pegar os cacos, mas suas mãos longas e fortes me impediram.

– Deixe isso. Depois eu mesmo limpo.

Segurou-me pelo cotovelo e me fez levantar. Fiquei de pé e quase não alcancei seu ombro.
Encarei os olhos verdes e penetrantes e perdi o fôlego.

Ele sorriu....lindo.

– Pela descrição, você deve ser Bella.

– S....sim....mas......

Minha respiração estava acelerada e eu não conseguia falar. quem era ele afinal?

– Como vai, Bella? Sou Edward, pai da Alice.

Morri. Como assim, pai? Aquele homem não deveria ter mais que trinta anos, pelo amor de
Deus. o que era? Fez filho com 5 anos de idade? Era lindo demais e muito, mas muito jovem. O
corpo era perfeito, o que pude constatar de boca aberta descendo pelo tórax, quadris, coxa e
voltando ao rosto.A barba por fazer deixava-no ainda mais sexy. E que cabelos eram aqueles?
Eu ia matar Alice. Por que ela não me preparou para aquilo? Umedeci meus lábios e tentei sorrir.

– Como vai, Edward? Posso chamá-lo assim, não é?

– Deve.

–Eu...resolvi descer...pensei que estivéssemos sozinhas e ...

– Hey...que isso? A casa é de vocês. Eu que resolvi voltar mais cedo. Mas ajam como se eu não
estivesse aqui.

Ta...como se fosse possível.

–Sim, obrigada, Edward. A sua casa é linda.

E você também.

– obrigado. Volte sempre que quiser.

–Anhã....obrigada.

Ele continuou parado, me olhando, e eu totalmente sem graça, vestida naquele minúsculo
pijama.

– Boa noite, Edward.

– Boa noite, Bella. Durma bem.

Disparei escada acima com o coração quase saindo pela boca. porra....aquilo era tudo o que eu
queria em um homem e muito mais. Agora eu entendia porque ela não gostava de trazer as
outras garotas aqui. E entendia Jéssica também. Quem não ia querer ficar nua na frente dele?
Ah..meu Deus...olha os pensamentos que eu já estava tendo. Mas fazer o que? O homem era
lindo, gostoso....

Até hoje eu não tinha me visto cara a cara com o desejo, com o tesão. Mas agora....
Alice ia me desculpar. Mas seu papai era pura tentação.

Edward POV

Quase 24 horas acordado e eu nem ao menos tinha sono. Era meu último caso nessa semana e
enfim teria minhas férias. Infelizmente não consegui conciliar minhas férias com as da minha
filha Alice, mas na verdade eu estava cansado. Mais um dia e eu teria uma estafa. Prova disso
era minha falta de sono. Eu sempre ficava assim quando estava cansado demais, o que era até
meio ilógico. Vinha trabalhando demais talvez para compensar a ausência de outras coisas.
Meus finais de semana se resumiam a Alice. Era gratificante ter uma filha jovem como ela, que
não me desse trabalho algum. Pelo contrário, nossa convivência era perfeita. Talvez por termos
passado por tanto sofrimento juntos. Alice tinha apenas 17 anos. E eu, aos 34 anos, parecia
mais um irmão mais velho que pai. Alice foi fruto de uma paixão louca, fui completamente
apaixonado por sua mãe, Tânia. Éramos jovens, ambos com 17 anos. Tânia vivia com uma tia,
não tinha pais. Encantei-me com ela desde a primeira vez que a vi. Logo a pedi em namoro.
Éramos perfeitos e apaixonados juntos. Eu não tinha dúvida alguma de que era com ela que eu
queria me casar. Até o dia em que ela engravidou. Eu fiquei nas nuvens. Apesar da pouca idade,
nunca fui um galinha e sempre fui muito responsável. No entanto Tânia odiou a idéia. Quis
abortar e eu não deixei. Levei para a casa dos meus pais com todo o luxo e conforto a que ela
tinha direito. Fiz tudo o que podia por ela, mas nossa relação não era mais a mesma. Sempre
tive o apoio dos meus pais. E hoje eu sentia uma falta absurda deles. Anthony e Elizabeth....se
foram duas semanas após o nascimento de Alice. Quando ela nasceu eu quase surtei de
felicidade. Ela era linda. O bebê mais lindo que eu já vira. Mas duas semanas depois veio a
bomba. Acordei pela manhã e vi apenas o bilhete de Tânia me dizendo que não dava mais.
Estava partindo e me deixando com nossa filha. Eu desabei, literalmente. Apesar de tudo, eu a
amava demais. Naquele mesmo dia, meus pais foram atrás dela na casa da tia, que ficava numa
cidade a uns 50 km da nossa. Nunca chegaram lá. Envolveram-se num grave acidente de carro
e morreram na hora.Eu queria morrer...queria gritar pra Deus, por que isso estava me
acontecendo? Sem a mulher que eu amava, sem meus pais que tanto apoio me davam. Que
merda eu iria fazer agora? Lembro-me de ter caído na cama, sem forças para qualquer coisa. Eu
quis morrer também. A única coisa que me tirou desse torpor foi o choro de fome do bebê ao
meu lado. Peguei minha filha no colo e naquele momento eu prometi que eu sempre estaria ao
lado dela. Não permitiria que ninguém jamais estragasse o que eu começava a construir pra nós
dois. Principalmente uma mulher. Eu não daria uma outra mãe para Alice. Me tornei pai e mãe.
Até cursos eu fiz nessa área. Aprender a cuidar de um bebê, culinária.....tudo. Contratei apenas
uma babá para me ajudar. Afinal eu precisava terminar meus estudos. Batalhei muito até chegar
onde estava. E conquistei o respeito e a admiração da minha filha. Por isso mesmo eu jamais me
envolvi seriamente com outra mulher. Tive um caso ou outro, é claro. Nada serio. Sempre que
alguma insinuava querer algo mais sério eu pulava fora. Não me permitia me apaixonar de novo.
Por isso mesmo fugia das investidas cada vez mais audaciosas de uma das advogadas do
fórum, Jane Volturi. Saímos juntos várias vezes. Sexo apenas. Mas quando surgiu o assunto de
um relacionamento mais serio, eu terminei tudo. Mas ela continuava tentando. Eu seguia em
frente com minha promessa. Estaria sempre presente para Alice. E não iria permitir que mulher
nenhuma se embrenhasse no nosso meio. Eu sabia que às vezes Alice se sentia só.
principalmente num dia como hoje, em que eu estaria fora e não dormiria em casa. Suas
amigas....melhor nem falar. Sempre que me conheciam passavam a bajular Alice. Sempre
interessadas no pai. Mas eram garotinhas tão fúteis e desmioladas que dava pena. Todas
elas.....Laureen, Victoria.....e principalmente Jéssica, que teve o desplante de se despir na minha
frente. Como se eu fosse querer algo com uma garotinha daquelas. Apenas uma me fazia
acreditar que Alice estava bem acompanhada. Bella Swan. Embora eu não a conhecesse, sabia
que era de boa família e Alice a adorava. Sempre me contava das suas conversas e eu tinha a
certeza que seria boa influência para Alice. Ambas tinham a mesma idade. Apesar disso tudo eu
estava feliz por nós dois. Conseguíamos ser muito felizes..só nos dois. Não posso dizer que
Alice sinta falta de uma mãe. Conversávamos sobre tudo. Sexo, namoro....até sua primeira
menstruação Alice veio me contar. Fomos juntos ao ginecologista, fomos juntos escolher o
melhor absorvente. E pelo que ela mesmo me dizia: Nós dois nos bastávamos. E era a mais
pura verdade. Peguei meus documentos assim que deu o horário da audiência. Era um caso
difícil mas que felizmente seria desenrolado hoje. Em pleno sábado. Absurdo. E finalmente
gozaria minhas férias. A audiência não se prolongou tanto quanto eu imaginava. Por isso mesmo
resolvi voltar para casa e não permanecer na cidade. Eu odiava ter que deixar Alice apenas com
os empregados. Ela disse que tentaria chamar a amiga Bella para dormir com ela, mas como ela
jamais aceitou ir a nossa casa, sei lá por que, eu duvidava que fosse dessa vez. Cheguei em
casa e as luzes estavam apagadas, exceto por uma luz fraca vinda da cozinha. Como sempre
Alice deveria ter perdido o sono e deve ter ido beliscar alguma coisa. Era típico dela acordar no
meio da noite e assaltar a geladeira. Sorri quando me lembrei disso. às vezes eu falava que ela
parecia um ratinho, roendo no meio da noite. Andei tranqüilamente até a cozinha, mas não foi os
cabelos curtos e espetados que eu vi. De costas para porta estava uma mulher, a julgar pelo
corpão vestido num minúsculo pijama, com longos cabelos castanhos. Então me lembrei das
palavras de Alice......Bella Swan: pele clara....longos cabelos castanhos avermelhados. Seria
ela? Aproximei-me mais e esbarrei em um dos bancos altos da cozinha. O movimento a fez se
virar. Seu olhar foi de susto e o copo que ela tinha nas mãos foi ao chão.

– Desculpe-me. Acho que assustei você.

– Ah...Deus....que desastrada...

Ela se abaixou para limpar a sujeira, mas abaixei-me também e segurei sua mão.

– Deixe isso. Depois eu mesmo limpo.

Segurei-a pelo cotovelo e a ajudei a levantar.

– Pela descrição, você deve ser Bella.

– S....sim....mas......

– Como vai, Bella? Sou Edward, pai da Alice.

Ela me olhava como se visse um monstro, uma aberração. Era diferente das outras garotas que
logo se abriam em sorrisos e se aproximavam de mim. Os olhos dela eram incríveis. Nunca tinha
visto uma cor assim.

– Como vai, Edward? Posso chamá-lo assim, não é?

– Deve.

–Eu...resolvi descer...pensei que estivéssemos sozinhas e ...

– Hey...que isso? A casa é de vocês. Eu que resolvi voltar mais cedo. Mas ajam como se eu não
estivesse aqui.

Ela estava totalmente desconfortável. Talvez não tenha sido uma boa idéia voltar hoje. Se eu ao
menos imaginasse que ela teria vindo....

–Sim, obrigada, Edward. A sua casa é linda.

– obrigado. Volte sempre que quiser.


–Anhã....obrigada.

Sem que eu conseguisse me conter, meu olhar percorreu seu corpo de cima a baixo. Se a
tivesse encontrado por ai, eu diria que tinha uns 22 anos. Não porque tivesse a aparência de
velha, mas porque parecia muito madura, principalmente o corpo muito bem esculpido. Seu rosto
estava completamente rubro. E lindo.

– Boa noite, Edward.

– Boa noite, Bella. Durma bem.

Subiu as escadas rapidamente como se fugisse de mim. Alice sempre me disse que Bella era
linda. Mas eu realmente não imaginei que fosse tanto.

Subi para o meu quarto e achei melhor não ir ate o quarto de Alice. De repente as duas
cismaram de dormir juntas...não ia ser legal. Tomei um banho e ainda assim o maldito sono não
veio. Resolvi descer e ir até a piscina. A noite estava quente e um mergulho talvez ajudasse.
Mergulhei algumas vezes e depois escorei-me a beira da piscina fechando os olhos. Pouco
depois senti um leve toque nos ombros. Sorri.

– Pensei que estivesse dormindo.

Abri meus olhos e encarei minha garotinha.

– Ouvi o barulho e pensei que fosse Bella.

– Ela já foi se deitar.

– Encontrou-se com ela?

–Sim. Quando cheguei ela estava na cozinha.

– Mesmo? E o que achou?

Fechei meus olhos novamente.

– Linda como você disse.

Alice enlaçou meu pescoço.

– Que bom que voltou.

– Terminou antes do que imaginei. Não queria deixá-la sozinha.

Distribuiu beijos em meu rosto.

– Ah...que bom....eu já estava com saudades.

Eu ri.

– E eu já estou de férias. Quero só ver se vai me aturar o dia todo.

– Sabe que adoro ficar com você.

– Eu também,querida.
– Pai....tive uma idéia...por que não vamos para nossa casa de praia? Eu não tenho aula na
segunda.

Franzi o cenho.

– Não tem?

–Dã....é feriado, pai.

– Ah...sim...Por mim tudo bem. É só preparar suas coisas.

– Aiinn...te amo. Levantou -se rapidamente, mas depois parou.

– Pai? Posso convidar Bella?

– Claro que pode.

Ela saiu saltitante e eu ri. Na verdade, meus primeiros dias de férias eu queria ficar em casa, na
cama sem fazer nada. Mas tudo pela minha garotinha.

Então sai da piscina e tratei de dormir um pouco. Ou não daria conta de dirigir.

Mas não dormi bem. Sonhos estranhos que não conseguia me lembrar direito.

Lembro -me apenas de duas esferas cor de chocolate. E não sabia o que isso significava.

Edward POV

Estava há horas acordado quando Alice adentrou meu quarto. Como sempre pulou em minha
cama.

–Bom dia amor da minha vida.

Eu ri.

–Bom dia,princesa. Já acordou elétrica?

–Como sempre.Já preparei tudo para viajarmos.

–Tudo? E minhas coisas?

–Vou arrumar.Estava esperando você acordar, mas como estava demorando....

–Ai resolveu vir me acordar....

Ela riu.

–Sim. Pai....eu pedi ao Lincoln que levasse Bella em casa, para buscar suas coisas.Tudo bem?

–Fez certo. Pelo menos ela tomou o café da manhã antes de sair?

–Ai, pai....não vai dar uma de paizão pra cima dela,não é?


– Por que não? Tem a sua idade....poderia ser minha filha.

–Sim....mas não é.

– Então agora caia fora dessa cama e me diga o que quer levar.

–Quase nada,Alice. Tem muita coisa minha por Lá.

– Bem que a gente poderia passar em algum lugar e comprar um biquíni novo.

–Aii.....de jeito nenhum,Alice. Desse jeito não vão aproveitar nada. Vai perder o dia todo no
shopping.

–Humm....tão exagerado,pai. Ta ficando reclamão.....acho que ta velho. -VocÊ acha? Eu estou


velho.

Ela riu e subiu em mim,fazendo cócegas.

– Para com isso....sabe que não agüento. Deu-me um beijo estalado na bochecha.

– Meu paizinho.....coisa mais linda da Alice.

– Deixa de ser boba,Alice.

–Eu te amo,pai.

–Eu também,minha querida. Muito.....vocÊ é tudo pra mim,sabe disso.

– Eu sei...por isso mesmo levante-se e vá tomar seu banho. A Bella já está voltando.

– Que horas ela saiu daqui? Madrugou?

–Sim.....ou então seus irmãos iam pegar no pé dela.

–Por que não os convidou também?

–Não....de jeito nenhum.Eles pegam demais no pé da Bella.

Ouvi a campainha e expulsei Alice.

–Vá ficar com sua amiga. E vê se tomam um café da manhã decente. Entrei para o banho e
deixei a água fria escorrer pelo meu corpo. Eu estava realmente cansado. Mas Alice tinha o
poder de me deixar animado. E nossa casa ficava na parte mais deserta da praia. Lugar perfeito
para descansar. Sem contar que Alice teria companhia,não se sentiria tão sozinha. Graças a
Deus não eram aquelas colegas malucas que se jogavam em mim. Bella parecia ser diferente.
Mais tranqüila, mais madura.......e......bem sexy.O interessante é que não era uma coisa forçada.
Ela era sexy naturalmente.

Sai do banho,me troquei e sai para chamar Alice. Quando fiz a curva no final do corredor, para
descer as escadas ela veio de encontro a mim.Deveria estar correndo, pois bateu em meu peito
com tanta violência que se eu não a segurasse pela cintura teria rolado escada abaixo. -Ai.....

Ela gemeu,massageando a testa.

–Machuquei você?
–Não....só uma dorzinha.

–Fugindo da Alice?

Ela gargalhou e o som encheu meus ouvidos.

–Não....na verdade eu queria falar com vocÊ.

–Comigo?

–Sim...é que.....

Sua respiração estava acelerada. Só então me dei conta que eu ainda a segurava pela cintura.
Soltei-a imediatamente.

– Algum problema?

– Bem....é que...meu irmão...é muito protetor sabe?E ele...

Eu ri e a interrompi.

–Então ele quis vir junto. Deixe-me adivinhar......Jasper?

–Como sabe?

–Sei que Alice arrasta as asinhas pra ele. Não temos segredos,Bella.

Ela deu um sorriso lindo.

– Que lindo isso....

–É melhor assim. Bom....por mim tudo bem. Mas a menos que queira servir de castiçal...terá que
aceitar a companhia de um velho.

–Você não é velho.

– Tenho o dobro da sua idade.

Ela deu de ombros.

– Mais experiente, talvez. Mas na verdade eu não tenho muita paciência com pessoas da minha
idade, exceto Alice.

–É....Alice é bem avançada. Mas vamos descer então? Quanto mais cedo sairmos, melhor.

– Obrigada,Edward.

–Disponha.

Ela começou a descer as escadas e então prestei atenção a elas. Algumas mulheres não
deveriam vestir certo tipo de roupa. Por exemplo,Bella.....Sua roupa era até inocente. Mas
nela.....quer dizer, ela ficou.....bom, melhor nem dizer.

Descemos e encontramos Alice de bate papo com um jovem loiro e muito alto.
–Jasper....meu pai Edward.

Ele me olhou e abriu a boca.

– Pai???

Eu ri e estendi a mão para ele.

–Como vai Jasper?

–Muito bem,obrigado. Nossa....mas não parece que tem uma filha da idade de Alice.

Alice me abraçou.

–Fala a verdade....meu pai é um gato.

–Deixa de conversa fiada e vamos.

– Já coloquei tudo no carro.

Assim que nos aproximamos do volvo Alice encarou Bella.

– Anhã....importa-se de ir na frente,Bella?

Ela me olhou como se pedisse aprovação.

–Vem,Bella. Deixe os dois irem atrás.

Alice e Jasper pareciam ter engrenado o namoro. Estavam esquecidos do mundo.

– Já pensou em que curso irá fazer Bella?

–Humm....

Ela me olhou como se achasse um absurdo eu querer conversar com ela. -Alice quer fazer
medicina.

– Eu pensei em fazer direito.

– Sério? Bom....particularmente eu adoro. Creio que irá gostar.

–Sim. Alice já me disse o quanto você ama seu trabalho.

– É desgastante, não vou negar. Mas é imensamente prazeroso. -Sei...mas as vezes fico meio
na dúvida.

– Em relação a que?

–Sei Lá, sabe....As vezes eu vejo advogados defendendo cada coisa.

– Mas você não é obrigada a aceitar. Não mesmo. Eu já rejeitei muita coisa por não concordar
com os fatos. Tem que haver coerência com o que você julga certo ou errado.

–Eu sei.

–Acho que daria uma boa advogada.


Ela sorriu de orelha a orelha.

–Sério?

–Sim. Quem sabe não vira uma promotora como eu? Faríamos uma dupla e tanto.

– A experiência e a juventude.

A forma como nos encaramos me fez ter a certeza que já não estávamos falando do mesmo
assunto.

Que isso? Pirei agora? Só pode. Porque quando disse que faríamos uma dupla e tanto eu não
me referia ao campo profissional. Estava ficando louco só pode. Velhice deve fazer isso. Ou
então era aquele par de pernas bem ao meu lado. Macias e sedosas...dava vontade de passar a
mão pra lá e pra cá. Merda....que diabo de pensamento era esse? Eu nunca fui assim. Até hoje.

Desviei meu olhar e concentrei-me na estrada. Continuei conversando com Bella, mas evitava
olhá-la. Definitivamente o rumo dos meus pensamentos não estava me agradando. A viagem
seguiu tranqüila e em pouco estacionava na garagem de casa.

– É uma bela casa, Edward.

– Eu escolhi Bella.

– Ah.... ainda estão ai. Pensei que apenas eu e Bella estivéssemos no carro.

– Eu ouvia tudo o que conversavam pai.

– Sei.... pelo retrovisor eu vi como prestava atenção.

Jasper ficou vermelho e eu ri. Parecia um bom rapaz, realmente. E isso me deixava tranqüilo.

Passava um pouco das dez da manhã e o dia estava bem quente. -Vamos direto para a praia,
não é pai?

– Vocês podem ir, Alice. Eu devo ir mais à tarde. Estou meio preguiçoso hoje.

– Vamos, Bella?

– Também não vou.

– Por que não?

– Vocês vão ficar de agarramento e eu segurando vela?

– Ah... deixa de bobagem. Quem sabe não encontra um gatinho pra vocês também.

Seu olhar cruzou com o meu quando ela respondeu.

– Sabe que não curto garotinhos, Alice.

– Bella só gosta de ficar no meio de velhos, Alice. Passa o fim de semana inteiro com meus pais.

– Eu gosto de ouvir os mais experientes, Jasper. Tem tanta coisa a ensinar.


Bella tinha razão. Os mais experientes tinham muita coisa pra ensinar. Eu por exemplo, poderia
ensinar várias coisas a ela.

Deus do céu... eu sabia que não deveria ter ficado tantos dias sem sexo. Ta certo que eu não
era nenhum maníaco sexual, mas.... sentia falta às vezes. E somente a falta de sexo poderia
justificar esses meus pensamentos.

– Não vai perder um dia como esse Bella. A praia é linda. Você vai gostar. - Eu vou amanhã.

Eu ri.

– tudo bem. Eu vou com vocês. Eu não seria um bom anfitrião se fizesse isso não é?

Alice pulou em meu pescoço.

– Ai, pai.... você é lindo.....melhor pai do mundo.

– Sei... sei....guardem suas coisas então e vamos.

Entramos em casa para nos trocarmos. Vesti a sunga e uma bermuda por cima. Apenas joguei a
camisa sobre o ombro. Jasper teve a mesma idéia. Bermuda e a camisa sobre o ombro. Alice e
Bella saíram ambas com shorts bem curtos, chinelos e a parte de cima do biquíni. Resolvi nem
olhar muito. Eu estava assustado com minhas reações. Eu e Jasper levávamos as
espreguiçadeiras para as garotas. Assim que chegamos Alice mostrou onde queriam ficar.

– Ainda bem que essa praia é deserta.

– Por que, Alice?

– Porque senão não teríamos sossego com o bando de mulher que viria atrás do meu pai.

Revirei meus olhos e me sentei, pegando o livro que tinha levado.

– Quer que eu passe o protetor em você, Bella?

– Eu quero, Alice. Obrigada.

Instintivamente ergui meus olhos e parei em Bella. Ela acabara de tirar o short e .....CA.RAM.BA.
Que corpo era esse,hã? Para uma garota de 17 anos? Bom...ela era linda. Mas eu não via outra
palavra a não ser gostosa.

Eu já tinha visto pela parte de cima que os seios eram firmes e fartos e preencheriam
perfeitamente uma mão....a MINHA mão. Desci o olhar pela cintura fina, parando no bumbum
durinho e empinado. O biquíni era minúsculo e o triangulo que formava atrás era de dar água na
boca. Desviei meu olhar quando ela oi passar o protetor em Alice.

– Vamos andar um pouco pela praia, Bella?

– Agora,não. Vou pegar um sol primeiro.

– Posso ir com Jasper, pai?

–Claro que pode,Alice.

– Não vamos nos demorar.


Abri meu livro e tentei ler. Bella ao contrário deitou-se de bruços na espreguiçadeira. Não
consegui me concentrar e quando olhei na direção de Bella,ela me encarava. Não consegui
desviar meu olhar.

– O que foi?

– Nada. Estava...admirando você. É um homem muito bonito.

Sua voz soou rouca e eu não soube dizer se ela estava tão alterada quanto eu...ou se eram
apenas meus pensamentos insanos que me levavam a pensar isso.

Bella POV

Eu até tentei tirar Alice de cabeça. Não queria viajar com ela. Não por causa dela ou porque
meus tios não iam deixar. Mas por causa do pai dela. Aquele homem tirou meu sono desde o dia
em que o vi na cozinha. Alice sempre disse que era bonito, mas....era muito mais que isso. Era
maravilhoso....um Deus. Mas ela insistiu e acabei cedendo. E hoje quando ele me pegou pela
cintura....meu Deus do céu...eu nunca senti isso na minha vida. Eu tive.....tive vontade que ele
me beijasse. Idiota que eu era. Que dia que um homem como Edward Cullen iria me beijar? Mas
ele era tão atencioso, tão gentil...tão....tudo. E eu poderia até estar surtando, mas eu tinha
certeza que ele estava olhando para minhas pernas. E eu adorei isso. Quando ele me apareceu
apenas de bermuda e pude ver toda a beleza daquele corpo.....peito forte...másculo.....Caramba
aquilo era corpo de um atleta de 21 anos. A encarnação do pecado. Sim...era pecado existir um
homem tão lindo e....ai meu Deus....gostoso e ainda por cima, pai da sua melhor amiga. Por isso
mesmo preferi não caminhar com Alice. Preferia ficar olhando pra ele o tempo todo. Deitei-me de
bruços na espreguiçadeira e fiquei olhando seu perfil,lendo tranqüilamente um livro. De repente
seu olhar cruzou com o meu e senti minha respiração acelerar quando ele não desviou o olhar.

– O que foi?

– Nada. Estava admirando você.É um homem muito bonito.

Minha voz soou rouca e engoli em seco.

– Obrigado. Não quer ir dar um mergulho?

– Você vem?

Ele riu e se levantou, tirando a bermuda.

– Claro que irei.

Ficou apenas de sunga e meu corpo estremeceu dos pés a cabeça. Continuei deitada, pasma
com aquela maravilhosa toda. Vendo minha paralisia ele se sentou novamente.

– Desistiu?

Falei sem pensar.

– Quer que passe um protetor em você? Sua pele..er.....também é clara.

– Se você quiser.

Não perdi tempo e coloquei um pouco do protetor em minhas mãos. Primeiro espalhei nos
músculos firmes das costas concentrando nos ombros. Depois fiquei de frente pra ele e passei
pelo peitoral. Senti seus músculos rijos e a pele macia ao mesmo tempo. Ele era quente. Desci
minha mão, agora apenas as pontas dos dedos e desci ate a barriga. Mordi meus lábios ao ver
sua pele se arrepiar. Sem pensar no que fazia circulei seu umbigo com o dedo e ele suspirou
pesadamente segurando minha mão. Ergui meus olhos para ele e fiquei sem fôlego. Seus olhos
estavam escuros e me olhava com intensidade, a respiração também ofegante.

– Não deveria brincar desse jeito com um homem experiente como eu,Bella.

– Desculpe...eu....eu não fiz....por mal.

– Eu sei....você é sedutora e sexy sem fazer força.

Fiquei muda e ele se levantou.

– Vem nadar.

Segui atrás mas fiquei observando enquanto ele mergulhava. Ai....Alice....perdão.....Mas seu pai
está despertando um lado pervo em mim que ate então eu desconhecia. Pulei no mar também
indo até ele.

– Nossa está uma delícia.

– Realmente.

Mas seus olhos estavam fixos em meus seios, nos mamilos rígidos que despontavam no biquíni.
Fiquei sem graça e mergulhei novamente. Ele também fez o mesmo. Voltamos a superfície ao
mesmo tempo e ficamos quase colados um no outro. Se me perguntarem o que aconteceu, com
certeza eu não saberia dizer. Não sei o que me deu, mas me vi flertando. - Hummm...você disse
que os mais velhos têm coisas a ensinar.

– E é verdade.

– Eu queria aprender uma coisa....aprender não.....experimentar.

Agora seus olhos estavam fixos em minha boca. Sua língua passou lentamente pelos próprios
lábios e eu arfei.

– E o que gostaria de experimentar?

Toquei seu peito e seu corpo estremeceu.

– Queria experimentar.....como é beijar..um homem mais...experiente.

Ele tocou de leve meu rosto.

– Bella...anjo...não comece uma coisa que não pode terminar.

Desprovida de qualquer vergonha na cara eu colei meu corpo no dele.

– Eu só não irei terminar se você não quiser.

Rapidamente uma de suas mãos me puxou pela cintura e a outra pela nuca.

– É tão tentadora.....não deveria fazer isso....a menos que queira arcar com as conseqüências.

–Com você eu arrisco.


Então sua boca tomou a minha... quente....macia. A principio suave, uma caricia apenas,
provando, testando. Depois mais ávida. Sua língua penetrou minha boca e explorou cada canto
antes de se enroscar na minha. Enlaçou-me pela cintura agora com as duas mãos. Beijava-me
com furor, me deixando sem fôlego. Eu gemi e me agarrei ao seu corpo, tremendo, ansiando por
mais. E eu teria mais... eu sabia que teria. Se... Se vergonhosamente eu não tivesse perdido os
sentidos.

Edward POV

Doce... muito doce. Lábios tão doces e macios que minha vontade era aprofundar esse beijo e
devorar sua boca. No entanto eu senti o corpo de Bella amolecer sob meus dedos.
Imediatamente meus braços a ampararam pegando-a no colo.

– Bella?

Não tinha jeito. Perdeu mesmo os sentidos. Deitei-a de lado na espreguiçadeira e toquei seu
rosto.

– Bella? Ela gemeu baixinho e seus olhos se abriram, o rubor tomou conta do seu rosto.

– Está bem?

Levou a mão ao rosto.

– Ai... que vergonha.

–Por que vergonha?

–Não finja que nada aconteceu.

Bella levantou o tronco ligeiramente, sentando-se novamente.

– Não estou fingindo. Apenas acho que não há motivos para ter vergonha.

– Lindo... eu te peço para me beijar e desmaio?

Segurei um riso.

– E acha que corre esse risco de novo?

– Como?

Ela me olhou assustada. Aliás, eu estava assustado com o rumo dos meus pensamentos e dos
meus sentimentos. Mas indiscutivelmente era mais forte que eu.

– Quero saber se acha que irá desmaiar novamente... se eu beijar você.

Segurei em sua cintura e puxei-a para meu colo, minha mão subindo até sua nuca.

–Eu... não sei,Edward.

– Mas você quer, não é? Seus olhos estavam fixos nos meus e eu podia sentir claramente sua
pele se arrepiar sob minhas mãos.

– Quero.
Imediatamente minha boca cobriu a dela e minha língua já se enroscou na dela. Bella gemeu e
seus dedos se enfiaram em meus cabelos, puxando-me para mais perto. Minhas mãos
passeavam pelas suas costas,apalpando, apertando. Minha pulsação ameaçou se acelerar e
resolvi me afastar antes que ela sentisse a ereção que começava a se formar.

– Eu... acho que...vou dar um mergulho.

– Está mesmo bem?

–Sim.

Bella se levantou e caminhou ate o mar e não pude deixar de acompanhar com os olhos, o corpo
perfeito que se distanciava. Bella seria um problema. Um grande problema. Era deliciosamente
tentadora. Eu nunca me interessei por mulheres tão jovens. Todas as mulheres com as quais me
relacionei tinham mais de 25 anos. Garotas na idade de Bella não me atraiam nem sexualmente.
Mas Bella era diferente. Tão absurdamente gostosa que eu me via tendo pensamentos cada um
mais obsceno que o outro. O pior de tudo não era isso. O pior seria Alice. Nosso combinado foi
nunca, jamais esconder qualquer coisa um do outro. Por pior que fosse. Seria patético chegar
para Alice e dizer:

–Filha, estou louco, tarado pela sua amiguinha deliciosa, que aliás poderia ser minha filha.

Voltei minha atenção para o mar no momento em que ela saía. Linda...a pele molhada reluzindo
ao sol. Era a imagem da perdição. Obriguei-me a desviar meus pensamentos ou a situação
ficaria constrangedora. Mas era difícil. Eu estava literalmente babando nela.

–Por que não foi,Edward? Estava uma delícia.

Não pude deixar a malicia de lado. Olhei seu corpo de cima a baixo antes de responder.

– Estou vendo.

– Ah...Alice está voltando.

Graças a Deus .

Mas um minuto sozinho com Bella seminua desse jeito e não me responsabilizaria por mim.

– Vocês perderam...está uma delícia caminhar com essa brisa toda. Pelo menos nadou um
pouco, pai?

– Claro que sim, Alice. E você deveria fazer o mesmo. Está...uma delícia...á água. Jasper
sentou-se ao meu lado.

– Aposto como Bella te azucrinou com tantas perguntas. Ela simplesmente não se contém
quando está com pessoas mais experientes.

– De forma alguma. Bella é uma companhia muito agradável.

Bella balançou os longos cabelos molhados sobre Jasper.

– Viu só? Eu tenho cérebro, seu idiota.

Sim...um cérebro, uma bunda deliciosa, seios perfeitos e estava me levando a loucura.
– Alice, eu irei embora ou vão morrer de fome.

– Ah, pai...vai ficar cozinhando? A gente come qualquer coisa.

– Não sou de servir qualquer coisa para nossas visitas,Alice. Deveria saber disso. - Realmente.
Faz questão de servir tudo no capricho.

Eu ri e beijei sua cabeça.

– Podem ficar mais um pouco. Eu já vou indo.

– Não quer que eu vá para te ajudar,pai?

–Não precisa,Alice.Divirtam-se. Além do mais, sabe que eu gosto de fazer isso.

– Eu...vou também. Minha pele está um pouco ardida.

–Ah...Bella...fica só um pouco.

– Não,Alice.Vou tomar um banho e passar um hidratante.

–Tudo bem. Vamos nadar um pouco e depois iremos.

Bella me olhou como se esperasse uma contra ordem que não veio.

–Vamos então,Bella.

Ela seguiu em silêncio ao meu lado.

– Está ardendo muito?

–Só um pouco,nos ombros.

–No banheiro social irá encontrar um spray. Irá se sentir melhor ao usá-lo.

– Obrigada.Farei isso.

Assim que chegamos em casa fui direto tomar um banho.

–Alice te mostrou seu quarto?

–Sim.

–Ótimo.

Eu precisava me manter afastado dela. Era tentação demais e eu jamais poderia fazer alguma
besteira,ainda mais sendo a melhor amiga da Alice. Entrei sobre a ducha,e enquanto a água
escorria pelo meu corpo,lembrei-me de como o corpo de Bella correspondia aos meus toques. E
observei,infeliz, como eu estava duro.Chegava a doer. Merda. Assim que terminei fui para a
cozinha e comecei a preparar os ingredientes para o almoço. Tentei me convencer que bastaria
algumas horas, ou alguns dias longe de Bella e aquela sensação, aquele desejo logo cairia no
esquecimento. Imagina eu, um homem vivido, com uma filha de 17 anos, encantando por uma
garotinha? E o pior...eu era um promotor de justiça. Onde eu estava com a cabeça? Eu
sei...maldita hora em que não aceitei sair novamente com Jane. Com toda certeza se tivesse ido
pra cama com ela...não estaria nessa situação. O problema dela era querer ser minha esposa.
Isso mulher nenhuma conseguiria mais. Alice estava em primeiro lugar. Foi um erro ter vindo e
trazido Bella. Mas eu não imaginei que essa atração iria explodir assim, tão rapidamente.

– Precisa de ajuda?

Ah...merda. Fechei meus olhos ao ouvir aquela voz. Seu cheiro já invadia a cozinha e somente
isso bastava para me deixar louco. Virei-me em direção a ela e engoli em seco. Bella usava um
vestido azul leve, frente única que contrastava espetacularmente com sua pele. Estava descalça
e com os cabelos presos num rabo de cavalo. As bochechas estavam ligeiramente coradas pelo
sol.

– Não precisa.

– Mas...incomodo se ficar aqui?

Incomoda e muito . Quase gritei.

– Claro que não. Se quiser beber alguma coisa. É bom se hidratar.

Ela foi até a geladeira e pegou uma água de coco,sentando-se em seguida. Ficou em silêncio
um tempo e eu também me abstive de qualquer comentário.

– Edward?

– Hum?

Respondi sem me virar.

– Eu queria te pedir desculpas.

Virei-me assustado ao ouvir sua voz tão próxima. Ela estava logo atrás de mim e meu corpo
quase colou-se ao dela.

– Pedir desculpas por quê?

– Bem...eu...não deveria...Quer dizer...não podia ter pedido para me beijar. E...eu sei que estou
te incomodando.

– Não está me incomodando.

– Mas...de qualquer forma eu estou envergonhada. Eu não costumo fazer isso, Edward. Eu juro
que não. Só queria que soubesse disso.

– Eu sei que não é disso, Bella. E fico satisfeito em saber que não é.

Bella arfou e me olhou nos olhos, a respiração ofegante fazendo seus seios subirem e descerem
pelo decote do vestido.

– Eu...apesar de tudo...não me arrependo.

Certo...ela queria acabar comigo. Segurei em sua cintura e seu corpo tremeu visivelmente.

– E você quer que eu a beije novamente, não é?

– Eu...

Não esperei que respondesse e abracei sua cintura. Suas mãos automaticamente me enlaçaram
o pescoço no momento em que nossas bocas se juntaram. Agora eu estava com fome dela. Não
queria mais um beijo adolescente.

Minha boca devorava a sua, num beijo luxuriante. Bella notou a diferença e se agarrou a mim,
instigando-me a continuar. Seu corpo serpenteou de encontro ao meu e perdi completamente a
noção. Levantei Bella pela cintura e coloquei-a sentada sobre a pia da cozinha, meu corpo
ficando entre suas pernas, mas sem parar de beijá-la. Percorri seu corpo com minhas mãos,
chegando até os seios. Bella gemeu baixinho e mordeu meus lábios. Suas mãos se enfiaram sob
minha camisa, arranhando meu peito.Minhas mãos apertaram suas coxas nuas e subiram,
atrevidas. Somente quando alcancei seus quadris eu notei algo que me fez afastar, arfando
loucamente. Bella sorriu. Estava totalmente nua sob o vestido.

– O que você......

Ela abriu os braços para mim.

–Vem,Edward.....antes que os outros voltem e eu não possa sentir você.

Me vi caminhando pros braços dela novamente, minha mão mais uma vez se enveredando por
baixo do seu vestido.Suas mãos novamente se enfiaram sob minha camisa, dessa vez
levantando-a e passando sobre minha cabeça. Suas mãos espalmaram-se sobre meu peito e
sua boca recaiu sobre meu ombro.Apertei mais uma vez suas coxas e subi encontrando seu
sexo desnudo e úmido. Gememos juntos, meu pau a ponto de explodir. Puxei seu corpo até a
borda da pia, jogando uma de suas pernas sobre meu ombro. Voltei a invadir sua boca ao
mesmo tempo em que introduzia um dedo na fenda apertada. Seu corpo caiu para trás e Bella
apoiou-se nos cotovelos. Olhei em seu rosto, as bochechas estavam ainda mais coradas e ela
arfava.Sentia seu cheiro de menina prestes a desabrochar e fui a loucura. Coloquei sua outra
perna em meu ombro e desci minha boca. Assim que minha língua tocou seu pequeno botão
enrijecido Bella gritou alto.Seu cheiro era ainda melhor e seu sabor era absurdamente delicioso.
Não resisti e enterrei minha língua, sentindo-a totalmente encharcada. Uma de minhas mãos
subiu até seu seio, apertando seu mamilo entre meus dedos. Bella se contorceu,gemendo e me
levou a loucura. Segurei seus quadris, fazendo-a rebolar em minha boca,enquanto minha língua
trabalhava ferozmente dentro dela. Agarrou-se aos meus cabelos no instante que se seu sexo se
contraiu e um espasmo percorreu seu corpo.

–Deus....Edward....

Bella mal tinha se recuperado do orgasmo e ouvi a porta bater. Rapidamente tirei Bella de cima
da pia,ajeitando seu vestido. Passou as mãos pelos cabelos, ainda respirando com dificuldade.

–Acho melhor você sair,Bella.

Falei enquanto vestia a camisa. No entanto ela se aproximou, deslizando a mão em meu braço.

–Você me disse que eu não deveria começar uma coisa que eu não pudesse terminar.

Franzi o cenho.

–E é verdade.

– pois digo o mesmo,Edward.

Prendi a respiração.

– Você começou......agora vai ter que terminar.


Não esperou que eu respondesse.Saiu da cozinha, me deixando ainda mais maluco do que
antes. Como Alice não apareceu na cozinha imaginei que Bella teria tentado distraí-la para que
não visse o estado em que me encontrava. Somente quando o almoço já estava pronto Alice
apareceu.

–Quer ajuda para colocar a mesa?

–Sim,por favor.

–Está tudo bem,pai?

–Sim.Mas iremos conversar mais tarde.

Era o nosso combinado,não era? Nunca esconder nada? Então eu teria que contar. Durante o
almoço agimos naturalmente, embora a tensão estive irritantemente presente.

– O que vamos fazer a noite,Jasper?

–Há alguma coisa que se possa fazer por aqui, à noite?

–Sim....ainda mais sendo feriado. Mais a frente, onde fomos mais cedo sempre rola um luau ou
coisa do tipo.

– Se você quiser ir...

Antes que Alice tivesse a idéia estapafúrdia de me chamar eu falei.

–Se quiserem ir fiquem à vontade. Só não voltem muito tarde e fiquem de olho pois aqui o tempo
muda rapidamente. E creio eu, é bem capaz de chover mais tarde.

–Ih....já vi tudo. Você sempre acerta,pai.

–Mesmo assim. Se quiserem ir...

–Você vem conosco não é,Bella?

–Eu...acho que não.

–Ah,não,Bella. Viemos nos divertir e você nem sai com a gente.

–É chato,Alice. Fico parecendo sua irmã que o papai mandou para vigiar o namorico.

Somente depois Bella percebeu o que disse e seu rosto ruborizou. Realmente, ela poderia ser
minha filha, e instantes atrás gozava deliciosamente em minha boca. Era tudo muito louco.

–Deixa de bobagem,Bella. Só iremos nos divertir um pouco. Eu aposto que meu pai irá dormir
cedo e você vai acabar sozinha.

Ela deu de ombros e não respondeu.

–Deixe que nós arrumamos tudo aqui,pai.

–Se não quiserem deixem ai.Mais tarde eu arrumo. Vou me deitar um pouco.

Subi, sabendo que era questão de minutos até Alice ir atrás de mim. Pela primeira vez na vida
eu me sentia constrangido em contar alguma coisa a Alice. Sempre falei abertamente com ela.
Principalmente quando me envolvia com alguma mulher. Mas como eu diria a Alice que estava
absurdamente...louco pela sua melhor amiga? Joguei-me na cama, os braços sobre os olhos.
Pela primeira vez na vida, eu não saberia prever a reação de Alice. É certo também que nunca
senti um desejo tão intenso e quase adolescente por mulher alguma. Merda....tinha que ser
justamente ela? Não poderia ter sido qualquer outra, nem que fosse apenas um ano mais velha?

Acorda, Edward....você NÃO CURTE garotinhas. Ou pelo menos, não curtia.

– Pai?

Abri os olhos e vi Alice parada a porta, indecisa se entrava ou não. Já devia ter percebido
alguma coisa. Geralmente era não era assim, tão cautelosa. Dei uma batidinha no colchão,
convidando-a a se sentar. Sentei-me também e ela veio ate mim. Abraçou meu corpo, a cabeça
em meu ombro.

– Estou percebendo que você não está legal. Mas pela primeira vez eu não consigo captar o que
é.

Eu ri.

– Que estranho...você é sempre tão perceptiva.

–Pai, se for por causa do Jasper....bom, você sabe que eu sempre gostei dele. Mas ainda não
tínhamos falado em namoro até hoje.

– Então já estão namorando mesmo?

–Sim. E ele quer falar com você.

– Tudo bem, converso com ele. Mas não tem nada a ver com ele. Na verdade, me parece um
bom rapaz.

Mesmo sem ver seu rosto eu pude sentir que ela sorria.

– O que é então?

Suspirei fundo.

– Bella.

Alice se afastou dos meus braços e ficou sentada na cama, com as pernas cruzadas.

– O que tem Bella? Pensei que tivesse gostado dela.

– Aí é que está. Eu....gostei.....além do que deveria.

Alice levou uma das mãos à boca, sem nada dizer.

– Alice, sabe muito bem que eu jamais sequer dei chance para que qualquer amiga sua se
aproximasse de mim.De forma que eu não sei realmente o que me aconteceu.

– Mas pai....quer dizer rolou alguma coisa entre vocês? Assim...vocês se beijaram ou coisa do
tipo.

– Sim.
Era a única coisa a fazer, não adiantava esconder nada agora.

– Enquanto estavam na praia?

– E enquanto estávamos a sós aqui também.

– Ela se insinuou pra você?

– Foi uma coisa natural,Alice. Não foi como Jéssica fez daquela vez.

– Eu sei. Bella não é desse tipo. E agora, pai?

– Eu é que te pergunto Alice. E agora?

Ela ficou um tempo calada, mordendo os lábios como se pensasse no que diria.

– Posso te fazer uma pergunta indiscreta?

– Sabe que pode.

– Você sente desejo por ela? Assim....sexual?

Fechei meus olhos e respirei pesadamente. Nem era preciso dizer nada. Quando voltei a abri-los
Alice sorria.

– O que foi?

– Minha melhor amiga será minha madrasta?!

Confesso que fui pego de surpresa. Eu não esperava uma reação tão favorável. Pelo menos era
isso o que parecia. Mas minhas suspeitas foram confirmadas quando ela se jogou em mim, os
braços em meu pescoço.

– Ah...pai, é bom saber que nunca terei uma vagabunda qualquer em nossa casa. - Mas, Alice....

– Eu conheço Bella,pai. Ela não ficaria de beijos com alguém que ela não sentisse nada
mais....intenso, mais sério. Pra dizer a verdade, acho que já tinha imaginado que isso pudesse
acontecer um dia. Só não esperava que fosse tão rápido.

– Ah é? E posso saber por que a senhorita pensava assim?

– Bella é muito madura para nossa idade, não gosta de garotinhos....e é linda. E você...é o
sonho de todas as minhas amigas. Sabia que se encantaria por Bella. Ela não é como Jéssica
que se atira em cima de você.

– Realmente tenho que concordar com você. Bella é....especial.

– Estou feliz, pai. Mas ao mesmo tempo...sei lá ......Emmet e Jasper são tão protetores em
relação a ela.

– Vamos com calma, Alice. Cada coisa a seu tempo. AConteceu uma atração, mas pode ser que
isso passe, seja apenas um encantamento dela.

– Não é. Eu sei que não. Acho que vocês dois devem conversar sobre isso...a sós.

Revirei meus olhos. Minha filhinha me dando conselhos.


– E aposto que você pretende fazer algo para que essa conversa aconteça.

– Sim. Eu e Jasper vamos ao luau. Não vou insistir para que Bella vá também.

– Alice....

Ela bateu palmas, pulando na cama feito criança. Eu tive que rir. Beijou meu rosto e saiu
saltitando pelo quarto.

– Feliz....feliz....

– Pare com isso,Alice.

Ela parou a porta do quarto antes de sair.

– Meu pai e minha melhor amiga.....amei.

Eu não sei por que ainda me surpreendia com as atitudes e reações de Alice. Ficou feliz em
saber que seu pai queria ter um caso com sua amiga que tinha a metade da idade dele. Eu disse
Ter um caso? Por via das dúvidas fiquei o resto do dia no quarto. A força do desejo que sentia
por ela estava realmente me assustando. Estava acostumado a sair com mulheres experientes.
E digamos...hummm.....não era lá muito delicado, pelo menos na hora do sexo. E hoje mais cedo
constatei o óbvio: Bella era virgem. Ou seja, duplamente ferrado. Depois de cansado de tanto
pensar resolvi tomar um banho. Quando sai vestido apenas com a calça de moletom Alice me
esperava.

– Eu e Jasper já vamos sair.

– Vão ao luau?

– Sim.

– Não se esqueça do que te falei sobre o tempo. E não volte muito tarde.

– Pode deixar, paizinho lindo.

– E Bella?

Ela riu abertamente.

– Eu disse que não iria insistir. Ela vai ficar. vocês precisam...hã....conversar. Abracei-a e dei um
beijo em sua cabeça.

– Juízo, vocês dois.

– Sabe que tenho.

Foi até a porta e me olhou com um sorriso diabólico.

– Divirtam- se. Você e...a mammy. Mas no seu caso eu digo: não tenham juízo. saiu às
gargalhadas. Eu não conhecia esse lado safado da Alice. Ou era influencia do namoro? Bem
depois que Alice saiu, eu ainda permanecia no quarto. Mas eu tinha realmente que conversar
com Bella. Só não sei se conseguiria nesse momento. Abri a porta e ela estava parada do lado
de fora.Tive que buscar o ar com força. Eu precisava conversar com ela e aquela roupinha que
ela usava não ajudava em nada.
– Eu..já ia falar com você.

– posso entrar?

Afastei-me para que ela entrasse e fechei a porta. Não pude deixar de olhar novamente seu
corpo de cima a baixo e engoli em seco.

– Eu conversei com Alice. Sobre...você...sobre nós. Já te disse que não escondemos nada um
do outro.

Ela sorriu largamente.

– Então foi por isso que ela me chamou de mammy?

Eu ri.

– Pode ser.

– Ela não ficou brava?

Ela perguntou se aproximando de mim. Automaticamente minha mão pousou em sua cintura.

– Não. Ela gosta muito de você.

– E eu dela. E agora.....também do pai dela.

Fechei meus olhos com força e travei meus dentes, tentando sufocar um gemido. Envolvi de vez
sua cintura, deixando seu corpo colado ao meu. A outra mão brincava com os botões do baby
doll.

– Tem certeza do que quer, Bella? Se eu começar....não sei se conseguirei parar. - Eu não quero
que pare. Nunca tive tanta certeza de uma coisa em toda minha vida.

Lentamente eu baixei minha cabeça, roçando seus cabelos e sentindo o aroma delicioso que
emanava deles. Toquei levemente seus lábios com a ponta da língua, fazendo-a suspirar, antes
de efetivamente devorar sua boca. Isso tudo era apenas para mascarar a intensidade do que eu
sentia. Lutando internamente para que me controlar e não deixar escapar o animal que estava
dentro de mim, vibrando e ansiando para tomá-la e fazer dela uma mulher. Minha mulher.
Bella POV

Eu sempre idealizei como seria minha primeira vez. Obviamente sempre pensei num homem
mais velho. Carinhoso...romântico. Cheguei a sonhar com isso várias vezes. Mas nem em meus
melhores delírios eu imaginei isso. Estar nos braços de um homem como Edward. Forte,
decidido, sexy....e lindo. A principio não pensei que seria capaz de ir tão longe. Mas o primeiro
beijo foi como um catalisador para a próxima explosão. O desejo...meu e dele. Porque ele
também me desejava. Não me restava a menor dúvida. O que ele me fez sentir a algumas horas
atrás foi indescritível. Me fez querer mais e ao mesmo tempo me apavorou. Edward era um
homem experiente, vivido, já deve ter tido centenas de mulheres. E eu era apenas uma
adolescente idiota metida a mulher.Eu nem saberia o que fazer, como dar prazer a ele. Eu tinha
muitos receios. Um deles, felizmente eu já tinha exorcizado. Alice.....Alice me chamara de
mammy. Era obvio que Edward tinha conversado com ela. Ela me aceitara e isso melhora pelo
menos um pouco meu nervosismo. Mas ainda tinha ele. Agora aqui nos braços dele, eu não
sabia como agir...o que falar ou fazer. Meu corpo colado ao dele reagia violentamente a sua
masculinidade, seu cheiro. Sua boca devorava a minha e eu podia sentir mais uma vez toda sua
virilidade. Meus pulmões berravam por um pouco de oxigênio, mas ao mesmo tempo eu não
queria que ele parasse o beijo. Edward parou o beijo, mas não as caricias. Sua boca passou ao
meu pescoço. Meu corpo estremeceu e me apertei contra ele, gemendo baixo. Eu já tinha dado
meu aval. Eu queria continuar. E Edward me avisara. Se começasse , ele não pararia. Suas
mãos desceram ate meus seios e massageou sobre o baby doll. Eu gemi novamente e
inconscientemente, talvez eu rebolei meus quadris. Dessa vez Edward gemeu ,me deixando
satisfeita.

– Edward....

Ele se afastou um pouco para me olhar, as mãos deslizando pelos meus cabelos. Engoli em
seco diante do seu olhar enigmático. Não soube o que iria dizer.

– Eu não vou machucar você....nunca. É claro que pode ser um pouco....desconfortável pra
você...por ser sua primeira vez. Mas se você está insegura...eu paro agora. Eu posso
esperar,Bella.

– Não....eu quero....Eu só não sei como fazer. Não vou saber...

Ele posou seu dedo em meus lábios.

– É a sua primeira vez. Quero que seja especial pra você. Terá muito tempo para pensar em
mim depois. Talvez não seja tão bom pra você quanto será pra mim....mas é só na primeira vez.

Aquilo fez meu coração disparar. Se eu teria muito tempo, isso quer dizer que não se resumiria
apenas a essa noite. Edward foi ate o som e remexeu em alguns cd’s. Depois voltou para o meu
lado. Pegou meus cabelos, afastando-os e beijando meu pescoço.

– Você é linda. E merece ser muito amada.

– Mereço ser amada por você.

Merda...aonde eu estava com a cabeça? Porque falei isso? Mas ele parecia ter gostado. Colou
sua testa na minha, meus cabelos entre seus dedos.

– Eu acho que eu não mereço tanto...mas eu não seria louco de recusar.

– Edward, eu...

–Essa música combina perfeitamente bem com você. Com esse momento,conosco.

Minhas pernas fraquejaram e Edward me segurou com força e enterrou seu rosto em meus
cabelos. Meus seios colaram-se em seu peito e senti o ar me faltar.

– Eu preciso amar você,Bella. Preciso agora.

Pra que ficar com frescura,não é? Enfiei meus dedos em seus cabelos buscando sua boca. Seus
braços passaram em volta do meu corpo me apertando. Sua língua duelava com a minha me
fazendo gemer, fazendo meu sexo latejar. Por fim Edward se afastou e me olhando nos olhos
desabotoou a parte de cima do meu babydoll. Lentamente ele o fez deslizar pela minha pele até
o chão. Ele mordeu os lábios, me fazendo corar. A imagem dele assim, extasiado olhando para
os meus seios era enlouquecedora demais.. Suas mãos se fecharam sobre eles e cerrei meus
olhos. Minhas pernas não me sustentariam por muito tempo. Seus dedos apertaram de leve
meus mamilos e senti meu sexo escorrendo, melando dentro de mim.

– São lindos....
Droga....porque tudo o que esse homem falava me fazia tremer? Me fazia querê-lo dentro de
mim, aplacando o fogo que me assolava? Da mesma forma, lenta, ele desceu o meu short,
deixando-me completamente nua. Abraçou meu corpo inteiro novamente antes de me pegar no
colo e deitar-me sobre a cama. Seus olhos famintos percorreram meu corpo e uma onda elétrica
varreu meu corpo. Depois vieram suas mãos em meu rosto, descendo pelo pescoço e parando
sobre meus seios. Massageava sem deixar de olhá-los . Desceu as mãos ao lado do meu corpo,
fazendo a curva da minha cintura ate chegar aos meus quadris. Quase pulei da cama ao sentir
deus dedos sobre meu sexo. Muito de repente ele baixou o rosto e mordeu minha coxa, bem de
leve e depois passou a língua. Se ele me tocasse novamente iria ver como eu estava
vergonhosamente encharcada. Pareceu que ele adivinhou meus pensamentos e sua mão subiu
novamente ate meu sexo, encontrando minha abertura. Ele gemeu alto ao sentir minha umidade.
Fechei meus olhos, com vergonha ao gemer alto também. Edward colocou-se de pé e despiu
sua calça. Eu engoli em seco e minha respiração disparou feito flecha ao olhar seu corpo
inteiramente nu. Ele era grande demais para mim. Mas meu medo logo se dissipou quando ele
colocou seu corpo sobre o meu. Sua pele quente contra a minha só fez aumentar meu desejo.
Apertei minhas mãos contra os músculos de seus ombros, sentindo toda sua rigidez. Enterrei
meu rosto ali, aspirando seu cheiro. Não resisti e mordi, passando a língua depois. Edward
gemeu e tomou minha boca.Deixei-me levar pelos meus instintos. Minha perna envolveu sua
cintura e senti toda a potência do seu membro que latejava junto a mim.

– Bella....está me enlouquecendo.

O caminho que antes foi percorrido pelas suas mãos agora era percorrido pela sua boca. Meus
mamilos ficaram presos ente seus lábios e eu gemi demoradamente arqueando minhas costas,
minhas mãos agarradas aos cabelos dele. Sua boca engolia meus seios alternando entre eles,
me deixando a ponto de explodir. A língua desceu ávida pela minha barriga ate parar sobre o
minúsculo músculo pulsante que berrava por alivio. Circulou a língua várias vezes antes de
efetivamente separar os lábios e penetrar minha entrada molhada. Ele gemeu e se contorceu e
deu um gemido de puro prazer. Perdi completamente o pudor e envolvi sua cabeça com minhas
pernas, impedindo- o de sair dali. Eu rebolava e arfava loucamente, meu sexo se contraindo todo
o tempo ate que Edward parou. Meu peito subia e descia pela respiração ofegante. Meu corpo
suado grudava meus cabelos em meu rosto e eu tinha a certeza que meu rosto estava vermelho.
Levantou-se e foi ate o armário voltando com uma embalagem nas mãos. Retirou o preservativo
e levou a mão ao seu membro, devo dizer, enorme, massageando lentamente. Olhava meu
corpo como se quisesse me devorar. Quando ele deslizou o preservativo em toda sua extensão,
eu não contive um gemido. A imagem era muito sexy e luxuriante. Deitou-se sobre mim e me
beijou um longo tempo. Um beijo carregado de tesão fez meu sexo palpitar e quase explodir, já
estava em frangalhos. Levou seu membro ate minha entrada e parou. Ah...não.Fechei meus
olhos quase em desespero.

– Não me faça esperar mais, Edward.

Lentamente, mas firme eu senti a cabeça em minha entrada e logo em seguida começar a
romper minha barreira. Não segurei um gemido de dor e involuntariamente fechei minhas
pernas. Edward distribuiu beijos em meu rosto, mas permaneceu imóvel, enquanto eu tentava
controlar minha respiração.

– Sinto muito...não há como evitar...eu...

–Não,Edward....você esta sendo maravilhoso. Apenas... não pare.

Novamente ele me beijou e recomeçou a me penetrar. Meu corpo lutava com dificuldade para se
abrir e abrigá-lo. Mas estava tão delicioso que eu relaxei meus músculos e seu membro entrou
todo dentro de mim, demarcando o espaço que era seu. Edward gemeu alto, travando sua
mandíbula.
–Deus, Bella.....

Eu gemi dessa vez de prazer e passei minhas pernas em sua cintura. Edward estava
completamente imóvel e buscou o ar com força. Beijou levemente meus lábios. -Tudo bem?
Afirmei com a cabeça e Edward moveu seu corpo. Afastou um pouco, seu membro saindo de
dentro de mim e depois voltou novamente. Mais uma vez saiu, sempre me olhando, e entrou
novamente. Fazia isso como se quisesse me ensinar o ritmo. E logo eu o acompanhava,
movendo meus quadris, agarrada em seus ombros. Edward entrava e saia de dentro de mim,
gemendo e depois rebolando de uma forma tão deliciosa que fez minhas pálpebras revirarem.
Quando ele baixou a boca sobre meus seios, sem parar de investir dentro de mim eu enlouqueci.
Comecei a movimentar meus quadris mais rápido., arrancando gemidos cada vez mais alto de
Edward. Eu não sabia exatamente como seria um orgasmo. As teorias não explicavam muito
bem. Mas ao sentir Edward erguer um pouco meus quadris, fazendo seu membro ir fundo dentro
de mim, meu sexo praticamente o esmagou lá dentro. Edward não gemeu...gritou.... - Porra.....

Novamente meu sexo se contraiu uma..duas ..três vezes eu gritei, alto e demorado, meu corpo
inteiro tremendo. Edward aumentou um pouco o ritmo e em pouco tempo ele estremecia sobre
meu corpo também. Eu podia sentir as batidas do seu coração junto a mim. Ao ser beijada, senti
lágrimas rolarem pelo meu rosto.Edward afastou os cabelos do meu rosto, me olhando nos
olhos.

– Machuquei você?

Neguei.

– Não....foi....ah....

Abracei-o com força.

–Foi lindo,Edward.

– Você é maravilhosa,Bella.

Ficamos um tempo em silêncio, abraçados até que Edward deitou-se ao meu lado.

– Bella? Virei meu rosto para olhá-lo.

– Eu sei que você não é como essas outras garotas que tem por ai. Mas eu preciso te perguntar
isso.

– Pode perguntar.

– O que você espera de mim? O que você quer daqui pra frente? Depois de termos feito sexo?

Levantei-me e sentei na cama, abraçando meus joelhos. O que poderia dizer sem parecer
patética? Mordi meus lábios, tentando, vasculhando meu cérebro e cada coisa soava mais
ridícula que a outra.

– Seria ridículo dizer que queria ser sua namorada.

Ele se sentou também ,à minha frente.

– E por que acha que seria ridículo?

– Bom...você é um homem...experiente ,vivido. Eu sou só uma....


Dei de ombros. Ele segurou uma mecha dos meus cabelos.

– E você é uma mulher agora. Eu te fiz mulher. Eu não teria feito isso , se não quisesse que você
fosse parte da minha vida.

Perdi o fôlego e novamente meus olhos se encheram d’água.

– Você quer dizer.....quer ficar comigo?

– Você não quer? Ser minha e me ter somente seu?

Ter Edward Cullen. O homem lindo e perfeito que estava á minha frente e pelo qual eu estava
completamente apaixonada. Numa atitude quase infantil, pulei em seu colo, beijando sua boca.
Não era preciso responder aquela pergunta. E ele sabia disso.

Edward POV

O que um homem de 34 anos, com uma filha de 17 anos poderia desejar da vida? Ou melhor, o
que poderia desejar do sexo? Eu, por exemplo, já tive mulheres das mais variadas: loiras,
morenas, ruivas. Isso não queria dizer que eu era um galinha. Longe disso. Eu apenas não me
envolvia afetivamente. Era apenas sexo por prazer e nada mais. E na maioria das vezes era
duas ou três vezes com a mesma mulher, nunca mais que isso. E confesso que eu era muito
intenso no sexo. Por isso mesmo me via meio perdido agora. Quem iria acreditar que eu, nessa
idade tive o melhor sexo da minha vida com uma garota de 17 anos? Ninguém ,talvez. Mas era a
verdade. Ter Bella em meus braços foi a experiência mais fascinante da minha vida. Nada dessa
palhaçada de ser virgem ou não. Isso não me importava. Mas apesar de ser virgem Bella soube
me proporcionar um prazer jamais imaginado. Talvez porque eu estivesse totalmente fascinado
por ela. Ou as duas coisas. Eu não era o tipo de homem que ia para cama com garotinhas. A
grande e aterrorizante verdade era que eu não teria feito isso se não a quisesse pra mim. Por
isso não achei justo esconder isso dela.Eu a queria em minha vida de uma forma
quase...absurda. Tenho certeza que a família dela jamais permitira esse tipo de envolvimento. E
então eu me perguntava: E agora?

– Não consegue dormir?

– Pensei que você estivesse dormindo.

–Cochilei um pouco. Queria ficar, mas daqui a pouco Jasper e Alice chegam.

– Acha que ele irá ate seu quarto?

– Não tenho certeza. Geralmente ele não faz isso. Por que?

– Porque seria bom tê-la aqui a noite toda.

Ela se virou sobre mim colocando o queixo em meu peito.

– Eu posso ir até lá e trancar a porta.

Eu ri.

– Arte adolescente.
– Mas funciona.

– Mas eu acho arriscado.

– Por que?

– E se eu não conseguir me controlar? E se eu quiser você novamente? Acha que ele não irá
ouvir?

Ela deu um sorriso que era pura tentação.

– Eu juro que fico caladinha.

– Não acha que seria meio moleque da minha parte? Eu sou pai. Deveria dar o exemplo.

– Vai ser sempre tão sério comigo?

Enroscou seu corpo no meu, a boca macia descendo em minha carne.

– Estou me sentindo tão bem aqui.

– VocÊ venceu. Pode ficar.

Ela se levantou sorrindo.

–Vou trancar o quarto.

Seu corpo ainda estava nu. Não pude deixar de lançar um olhar guloso para ela.Pegou uma
camisa minha que estava sobre uma cadeira e vestiu.

– Gostei.Caiu bem em você.

– Bom. Assim não vou precisar trazer tanta roupa.

Saiu do quarto ,mas antes que eu pudesse pensar na loucura que eu estava fazendo ela estava
de volta. Tirou a camisa e pulo na cama ao meu lado, tal e qual Alice fazia. Abraçou meu corpo,
a cabeça novamente em meu peito.

– E você? Não vai ter vergonha de namorar um homem que poderia ser seu pai?

– Vergonha? Metade das mulheres desse planeta irão me invejar.

Eu ri. - Está andando demais com Alice.

– Sabe...ela sempre me falou que o pai dela era um gato. Mas eu sempre pensei que fosse um
certo exagero dela. Mas eu não imaginava que fosse tanto.

– Exageradas....as duas...

– Não sou..

Beijou meu peito e acariciou com a ponta dos dedos.

– Acho que eu que irei me sentir...ah...

– Pode dizer, Bella.


– Você já deve ter tido tantas mulheres, adultas, mais experientes...e eu sou tão...

– Tão minha...

Falei sem pensar, fazendo Bella me olhar diretamente nos olhos.

– Eu já te falei Bella. Realmente nunca me interessei por garotinhas. Elas não me atraem nem
física nem mentalmente. Mas com você foi diferente. E não me pergunte o por que, eu não
saberia explicar.

– Você estava...com alguma mulher? Antes de mim?

– Sim. Na verdade eu já vinha me afastando. Ela insistia em querer ser mais do que sexo.

Percebi que Bella ficou muito quieta, se encolheu um pouco junto a mim.

– Eu não sou de mentir,Bella. Se perguntou irei responder.

– Eu sou meio ciumenta, eu acho. Não gosto de imaginar você fazendo com elas o que fez
comigo.

– Eu não fazia com elas o que fiz com você.

–Como não?

– A forma como fiz com você. Principalmente porque era sua primeira vez. - Não age assim com
todas?

– Bella....não acha melhor mudarmos de assunto?

Ela ergueu a cabeça novamente me encarando.

– Por que? Eu quero saber.

Bella estava me colocando em uma saia justa. Não era um assunto que eu queria falar, mas
também eu não queria esconder nada dela. Se ela perguntasse, obviamente eu responderia.

– Não vai falar nada?

– Geralmente eu não sou muito...humm..delicado.

– Como foi comigo.

–Sim.

– E se eu quiser que seja indelicado comigo?

– Não creio que eu possa fazer isso.

– Por que não? Não sente desejo suficiente pra isso?

– Bella, não seja absurda. Não tem nada a ver. Eu só...

Ela se deitou sobre mim, o rosto na altura do meu.


– Você só o que?

– Eu não quero machucar você, Bella. É tão pequena....tão...apertada. Seu rosto ficou
completamente ruborizado. E sem querer completei com o que veio a minha mente.

– Tão gostosa..

Bella mordeu os lábios como se tentasse segurar o que ia dizer. No entanto eu esperei. Sabia
que tinha alguma coisa martelando em sua mente.

– Você não vai me machucar.

– O que isso quer dizer?

– Eu quero que seja indelicado comigo também.

– Bella...

– Por favor,Edward. Eu quero você.

Bella remexeu seu corpo sobre o meu, suas pernas abriram –se um pouco e só então senti o
contato do seu sexo molhado em mim. Fechei meus olhos, segurando seu corpo contra o meu.
Bella tinha noção do que ela fazia? Que eu poderia machucá-la sim, somente com a força do
meu desejo? E além do mais, as outras eram para sexo. Com Bella era diferente e a intensidade
do que eu estava sentindo por ela assustava até a mim mesmo.

– Não posso,Bella.

–Estamos juntos agora. Se você fazia isso era porque é bom. Por que vai me privar disso?

Boa estrategista. Poderia mesmo cursar direito.

– Não é isso, Bella. Mas foi tão bom do jeito que fizemos.

– Sim. Foi maravilhoso. Mas com você quero ter tudo.

Sem pensar muito no que fazia, girei nossos corpos na cama e busquei sua boca.
Imediatamente sua língua se enroscou na minha. Suas pernas me entrelaçaram e ela ergueu
seu corpo, me permitindo passar os braços em volta dela. Enterrou seus dedos em meus
cabelos, me puxando mais para si. Toquei seus seios, apertando levemente.

–Vem, Edward...

– Por que a pressa? Temos a noite toda.

– Por isso mesmo...temos a noite toda, mas agora eu preciso de você. Eu preciso sentir o que
você faz.

Disse isso e desceu suas unhas pelas minhas costas, me fazendo gemer. Minha boca colocou-
se novamente a dela e desci minha mão, sentindo-a pronta pra mim.

– Não quero machucá-la,Bella.

– Não vai me machucar.

Ela me agarrou com força e rebolou. Aquilo me assustou. Não esperava isso dela.
– Anda..

Estendi a mão e peguei o preservativo ao lado da cama. Levantei-me um pouco e para minha
surpresa Bella pegou da minha mão.

– Deixe-me fazer isso. Quero aprender.

Ela não precisava aprender nada. Era tudo natural. Ela não tinha idéia do que estava fazendo
comigo. Totalmente sexy sem querer ser. Suas mãos pequenas envolveram meu pau e
deslizaram a camisinha por toda sua extensão. Minha respiração acelerou rapidamente e deitei-
me sobre ela novamente. Bella beijou meu rosto passando pelo maxilar e pescoço até chegar
em meu ouvido. Mordeu minha orelha e sussurrou me levando a loucura.

–Vem,amor.

Fiquei maluco. Beijei e mordi seus seios e ergui sua perna na altura da minha cintura. Ela arfava
intensamente, seu peito subindo e descendo. As bochechas rosadas davam um ar fatal a ela.
Lentamente fui deslizando pra dentro do seu corpo quente e úmido. Bella gemeu e arqueou as
costas, os lábios entreabertos.Segurei com força em sua coxa começando a entrar e sair de
dentro dela ainda lentamente. Seus braços envolveram meu pescoço, sua boca buscando
novamente a minha. À medida que aumentavam seus gemidos eu aumentava o ritmo das
minhas estocadas, acelerando e entrando mais fundo. Bella mordeu e passou a língua. Eu gemi
e dei uma estocada funda. Bella rebolou seus quadris me fazendo gemer novamente, mais alto.

– Ahh...Edward...é tão booommmm...............

Ela me enlouquecia. Não havia a menor chance de me controlar com ela. Bella segurou em
minha cintura forçando-me a parar os movimentos. Olhei em seus olhos, sem entender.
Deliciosamente sensual, ela rebolou seus quadris,mordendo os lábios. Aquele rebolado me
enlouqueceu.Enterrei meu rosto em seus seios.

Eu iria acabar me perdendo nela.

Bella POV

Eu sempre fui garota quieta, tranqüila.Todas as raras vezes em que me imaginei na cama com
um homem era de uma forma submissa,casta. Tinha medo que me julgassem uma vadia se me
entregasse demais. E na minha maravilhosa primeira vez com Edward foi assim. Não
exatamente da forma que eu imaginara,pois nunca pensei que pudesse ser tão bom. No
entanto,agora, as coisas mudaram um pouco. Talvez fossem meus hormônios adolescentes
entrando em erupção. Ou talvez fosse meu ciúme ao imaginas assim com outras mulheres. Ou
talvez fosse a junção das duas coisas aliado à forte paixão que sentia por ele. Nem eu sei onde
estava com a cabeça. Eu queria era sentir aquelas mãos fortes apertando minha carne enquanto
tomava meu corpo com toda a fome que eu via em seus olhos. Creio que no momento em que
rebolei nele,seu autocontrole se esvaiu.Edward enterrou a cabeça em meus seios, sugando-os e
mordendo com voracidade, ao mesmo tempo em que entrava e saía de mim mais forte e mais
fundo. Agarrei-me a ele sem qualquer pudor. De repente eu não era mais tímida, eu não era uma
garotinha que tinha acabado de perder a virgindade. Eu parecia uma pantera no cio, louca para
me entregar aos prazeres que só aquele homem poderia me oferecer.

– Edward...

Ele ergueu a cabeça, devorando meu pescoço, sem parar de se enfiar em mim.

– É assim que você queria não é?


– Sim... por enquanto...

Ele parou um pouco os movimentos e me olhou, uma interrogação em seus olhos. Empurrei seu
peito e ele se deixou levar, deitando-se de costas na cama. Eu já não conseguia pensar muito
bem, parecia que eu tinha feito isso a vida toda, uma mulher de vida fácil, como diria minha tia.
Segurei seu pau quase na base e sentei-me com tudo sobre ele. Eu gemi alto de dor e prazer.
Edward gemeu também fechando os olhos. Ele arfava o peito másculo subindo e descendo em
sintonia com a respiração pesada. Era lindo e só me fez queimar ainda mais de desejo. Segurei
em seu tórax enquanto cavalgava e rebolava nele, completamente ensandecida. Edward dobrou
os joelhos, os pés sobre a cama, fiquei encostada em sua perna. Suas mãos apertavam minha
cintura me ajudando a escalá-lo. Aquilo era prazeroso demais e deixei minha cabeça pender
para trás. Edward ergueu seus quadris metendo com força em mim e gemendo meu nome sem
parar. Segurei-me em seus joelhos, erguendo-me um pouco, lentamente. E voltei a sentar com
força. Edward gemeu alto, o ar saindo com força de seus pulmões. Repeti mais umas três vezes
antes de sentir meus músculos se contraírem violentamente. -Deus do céu... Bella....acaba
comigo.

Peguei uma se suas mãos levando-a ao meu seio. A outra Edward levou ao meu clitóris
massageando- o rapidamente, quase me deixando sem fôlego.

– Edward... eu vou....

Ele ergueu rapidamente o corpo, ficando sentado na cama, meus seios grudaram em seu peito e
sua boca devorou a minha. Eu gemia vergonhosamente, agarrada aos seus cabelos, sentindo o
êxtase dominar meu corpo. Nosso beijo não foi suficiente para sufocar o grito de prazer que
Edward deu quando liberou seu esperma no preservativo. Seria tão bom se fosse dentro de mim.

Ele ainda investia seus quadris, me preenchendo por inteiro, mas parando gradualmente. Eu
sentia o batimento acelerado do seu coração, ou do meu... ou dos dois ao mesmo tempo. Seu
corpo estava banhado em suor e era uma sensação magnífica saber que aquilo tudo foi por mim.
Edward deixou seu corpo cair na cama, levando-me com ele. Virei-me ficando ao lado dele. Aos
poucos, enquanto meus hormônios saciados se acalmavam, o pudor voltou com força total. O
que ele iria pensar de mim agora? Mais uma das tantas que serviriam apenas para um sexo
selvagem? Enterrei meu rosto no travesseiro, incapaz de encará-lo. Mas depois ele me puxou de
encontro a ele. Segurou em meu queixo e me beijou.

– Devo confessar que não esperava isso.

– Não diga nada. É constrangedor demais.

– O que é constrangedor? Ele me encarava, eu sabia. Tomei coragem e olhei em seus olhos.

– Eu... não sei o que me deu, Edward. Estou tão envergonhada.

– Envergonhada por quê? Eu que tenho medo de não agüentar seu pique.

Meu rosto queimou.

– Você parece ter 20 anos, Edward.

Ele riu alto.

– Mas não tenho. Bella...

Esperou ate que eu o olhasse novamente.


– Não tem que ter vergonha. É assim mesmo. Em um dia você poderá ter essa explosão de
desejo, em outro poderá querer mais romance, mais carinho. E eu estarei disposto a tudo o que
você quiser. Jamais irei pensar qualquer coisa de ruim a esse respeito. Está se descobrindo
agora, descobrindo o sexo.

– Descobrindo o amor...

Ele riu.

– Sim, descobrindo o amor. Isso faz a diferença. A junção de todos esses sentimentos resulta
nisso. E adorei descobrir esse seu lado.

– Sério?

– Quer ouvir uma verdade? Verdade verdadeira, como diria Alice.

– Quero.

– Mulher alguma conseguiu arrancar tantos gemidos de mim assim, como você fez. E nem vem
dizer que estou fingindo... isso é coisa de mulher.

– Está nos chamando de dissimuladas, doutor Cullen?

– Você não. É transparente demais. Mas muitas são.

– Quer dizer que dei prazer a você?

Perguntei deitando-me sobre ele, minhas unhas descendo lentamente pela sua pele.

– Não imagina o quanto.

Ele se levantou e foi até o banheiro, ainda estava com o preservativo. Voltou em seguida e me
pegou no colo.

– O que vai fazer?

– Tomar banho. Impossível dormir todo suado assim.

Edward abriu a ducha e abracei-o pela cintura, sentindo a água morna em minha pele. Ele
passava as mãos em meus cabelos e me apertava em seus braços.

– Vamos embora amanhã, não é?

– Sim. Por quê?

– Como farei pra te ver agora?

– Você sabe onde eu moro. É amiga da Alice, esqueceu?

– Eu terei que ir ate a sua casa.

– A não ser que queira que eu vá ate a sua casa.

Ergui minha cabeça para ele.


– Estou falando sério, Edward.

– Algum dia, mais cedo ou mais tarde eu terei que fazer isso.

– Vamos falar sobre isso depois?

– Você é quem sabe.

– E se eu quiser ir te ver todo dia?

– Eu torço para que queira mesmo. Você por exemplo, ficar com dó da sua amiga Alice que fica
tão sozinha e ir passar uns dias com ela.

Olhei em seus olhos novamente. Ele sorria, mas falava serio.

– Eu posso ficar tentada.

– Se eu ficar tanto tempo sem te ver, não vai demorar a ir bater em sua porta.

– Eu também não creio que eu vá conseguir ficar sem te ver, Edward.

Ele me apertou novamente nos braços. Depois ensaboou meu corpo e o dele e saímos. Eu
trocava o lençol da cama quando ouvir Alice e Jasper chegando. Edward se deitou e me puxou
para o seu peito.

– Agora é dormir. Comporte-se mocinha.

Falei baixinho em seu ouvido.

– E se meus hormônios acordarem?

Ele também sussurrou em meu ouvido.

– Eu dou um jeito de adormecê-los novamente. Boa noite.

– Boa noite, Edward.

Tudo estava acontecendo rápido demais. Ao mesmo tempo em que me deixava profundamente
feliz, me assustava. Edward não era nenhum moleque e tudo o que ele me dizia eu sabia que
era sincero. E eu estava louca por ele, sem dúvida alguma. Mas eu sabia que as coisas não
seriam tão simples assim. Ele tinha o dobro da minha idade, era um promotor de justiça. E ainda
tinha meus tios. Eu não sei se eles apoiariam isso. Sei que não são preconceituosos. Além do
mais Edward era tão perfeito que eu duvidava que eles não fossem aprovar. Mas era sempre
bom ficar preparada.

Bella POV

Acordar nos braços do papai delicioso da minha melhor amiga.Eu iria imaginar isso quando?
Nunca. Principalmente porque acho que fui fácil demais. Me entreguei sem resistência
alguma.Mas e dai? Quem poderia me recriminar? O homem era maduro, como eu gosto. Lindo,
sexy, simpático... e delicioso. Qualquer uma mais boba que eu pegaria também. E ele me queria,
isso era o melhor de tudo. Era insaciável. E eu que pensei que meus hormônios dariam trabalho
a ele. O único trabalho que teve foi manter minha boca fechada nas três vezes em que tomou
meu corpo durante a madrugada. Fazer sexo com outras pessoas em casa era horrível.
Principalmente quando uma dessas pessoas é meu primo. Ele ainda dormia. Algumas mechas
dos cabelos rebeldes caindo sobre sua testa. Deitei-me novamente em seu peito e seus braços
me envolveram sem, no entanto abrir os olhos. Seu cheiro era tão bom, tão másculo. Deixei
minha mente vagar e aos poucos o sono voltou a me dominar.

Acordei sozinha na cama. Merda. Que horas eram?

– Edward?

Levantei-me e vesti minha roupa. Abri cautelosamente a porta do quarto e disparei ate o meu.
Era só que me faltava encontrar Jasper enquanto saia do quarto do sogro dele. Tomei um banho
rápido e quase cai para trás quando sai e dei de cara com Alice sentada à beira da cama.

– Ai que saco, Alice... quer me matar de susto?

Ela sorria de orelha a orelha.

– Noite boa, heim?

– Por que diz isso?

– Primeiro porque meu papai gato jamais tranca a porta para dormir. E segundo... ele está com
aquele meio sorriso torto idiota no rosto.

– Mesmo?

– E você também... Ai....Bella...vem cá. Ainda não dei um abraço na minha mammy.

– Pare com isso, Alice. Me deixa sem graça.

– Ah... ta...aposto que não ficou sem graça quando estava na cama com ele. Senti meu rosto em
brasas.

– fiquei sim... a principio.

Ela gargalhou e me abraçou.

– Estou feliz, Bella. De verdade. Sabe... no fundo eu sempre pensei que alguma coisa assim
poderia acontecer.

– Como assim? Edward me disse que nunca se interessou por mulheres mais jovens.

– E não mesmo. Mas ele gosta de mulheres inteligentes, maduras intelectualmente. E, além
disso, você é tão linda e tão meiga... Eu imaginava... não, eu gostaria que ele se interessasse.
Pelo menos eu conheço você e sei que não é uma vadia qualquer.

– Obrigada, Alice. Mas você deveria ter me preparado melhor.

Ela gargalhou de novo e caímos as duas de costas na cama.

– Eu sempre te disse que meu pai era um gato.

– Sim... mas um gato, eu imaginei uma carinha bonitinha, normal demais.

– E?

– Merda... você sabe muito bem. Eu imaginei na faixa dos 40, um rosto razoável e um corpo.
hum...um pouco malhado. Uma ligeira barriga de chope.
– Continua... estou me divertindo.

–Sei... ordinária. Então... deparo-me não com um gato, mas com um homem lindo, incrível.
Caramba... 34 anos? O rosto é extraordinário... o corpo..

Abanei com as mãos e Alice gargalhou de novo.

– Moldado diretamente pelas mãos de Deus. Sem contar que é simpático charmoso... gostoso.

– Hummm... mais respeito com meu pai, sua tarada mirim.

– Resumindo Alice: seu papai é pura tentação.

– Obrigado pelo elogio... a recíproca é verdadeira.

Quase desmaiei de vergonha ao ver Edward parado a porta do quarto.

– Pai!

– Eu bati.

– Não consegue ficar alguns minutos longe?

– Não seja boba, Alice. O café vai esfriar se continuarem tricotando ai.

– Tudo bem. Já vamos descer.

Alice se colocou de pé e me esperou. Continuei parada apenas com a toalha em volta do corpo,
os olhos fixos em Edward.

– Ah... ta..eu invento alguma coisa pro Jasper. É como se eu nem estivesse aqui mesmo. Fique
ai com sua ninfa.

Alice fechou a porta atrás de si e em seguida Edward passou a chave.

– Seu irmão está esperando.

Ele falava enquanto caminhava lentamente até mim. Seu andar sexy me fez lembrar um
guepardo com toda sua graça e beleza. Perdi o fôlego, literalmente. Edward parou à minha
frente e num gesto rápido puxou minha toalha deixando-me inteiramente nua.

– Edward...

Suas mãos envolveram minha cintura e senti minhas pernas fraquejarem.

– Tive que me despedir de você. Nunca se sabe quando iremos nos encontrar novamente.

– Por mim seriam todos os dias.

– Por mim também.

Ele respondeu antes de colar meu corpo ao dele. Sua boca ávida tomou a minha ao mesmo
tempo em que se deitava comigo na cama.

– Edward... será que..


–Não vou fazer nada... apenas beijar você.

Tarde demais. Meu corpo fácil e despudorado já rebolava sob ele, me esfregando em sua ereção
facilmente perceptível.

– Pare com isso, Bella. Não temos tempo pra isso.

– Tarde demais, Edward. Eu quero.

Eu estava chocada comigo mesmo. Mas meu desejo falava mais alto, era mais urgente. Abri seu
zíper, pegando seu membro duro em minhas mãos.

– Bella. não..

–Eu me comporto... rapidinho..vem....

Enlacei sua cintura com minhas pernas e ele não resistiu. Penetrou meu corpo, gemendo
baixinho à medida que meu corpo se abria a sua passagem. Colei minha boca na dele, pois o
prazer que eu sentia somente por tê-lo dentro de mim era tanto que poderia me fazer gemer alto.
Edward entrava e saía de dentro de mim rápido e forte. Cada estocada me tirando de órbita e me
fazendo alcançar o ápice, cravando minhas unhas nele. Edward saiu de dentro de mim, seus
olhos fixos nos meus enquanto massageava seu membro freneticamente. Só então entendi.
Droga... não colocamos preservativo. Não... não poderia deixar meu homem gozar assim. Não
tive dúvidas e ergui meu tronco caindo de boca em seu membro rígido.

– Não, Bella. Isso não...

– Quero ver seu prazer...

Em seguida voltei a sugá-lo e massageá-lo, retirando a mão de Edward.

– Não quero fazer isso com você, Bella...

Mas continuei e intensifiquei, chupando e engolindo-o praticamente por inteiro. Edward segurou
em minha cabeça e estocou. Eu gemi e rebolei fazendo-o gemer também. Mais duas estocadas
e senti seu gosto delicioso deslizar pela minha garganta. Ergui meus olhos e a imagem daquele
Deus em êxtase, a cabeça tombada pra trás quase me tirou a sanidade. Seus dedos
massageavam minha cabeça enquanto eu sorvia a última gota do seu prazer.

– Não devia...

– Já disse que quero tudo com você.

Edward me pegou pela cintura e me beijou.

– Vista-se ou se irmão vem atrás de você.

– Já estou indo.

Joguei um beijo pra ele que sorriu, balançando a cabeça. Realmente eu não sabia o que estava
acontecendo comigo. Quando me imaginei tão safada assim? Eram meus hormônios ou o
homem que me fazia agir assim?

Troquei-me rapidamente, escovei os dentes e desci. Jasper e Alice estavam tão entretidos em si
mesmos que nem perceberam a minha chegada. Edward ao contrário me olhou de cima a baixo
e deu uma piscadela. Uma onda de calor me percorreu. Deus do céu... no que eu iria me
transformar.

– Dormiu mais do que a cama, Bells?

– Fiquei lendo até tarde, Jasper. Acabei perdendo a hora.

– Vai acabar atrasando o Edward.

Olhei para ele, atônita. Ele não me disse nada.

– Mas... Alice disse que estava de férias.

– Sim. Mas surgiram alguns documentos importantes que preciso assinar e dar um parecer. Mas
não precisa ter pressa. Só farei isso amanhã.

– Ai aquela talzinha irá lá em casa.

Alice fez uma careta. Edward nada comentou. De que talzinha Alice estaria falando?

Uma hora depois estávamos com nossas mochilas prontas dentro do carro de Edward.
Novamente Alice e Jasper foram no banco de trás e eu na frente com Edward. A princípio fomos
em silêncio. MAS logo Edward puxou assunto.

– Gostou do passeio?

A voz rouca e seu olhar penetrante me diziam que ele se referia a uma determinada parte desse
passeio.

– Adorei... e quero repetir mais vezes, se puder, é claro.

– Podem vir quando quiserem.

Aquele olhar... dureza iria ficar sem vê-lo. Tinha que pensar numa forma de conciliar estudos,
trabalho dele... e fugir dos meus primos.

– Pai, pode nos levar para nossa casa. Bella ainda deixou algumas coisas lá.

– Não precisa Alice. Outro dia eu pego.

– Não tem problema, Bella. Depois eu levo vocês até sua casa.

– Tudo bem, então.

Mas não estava nada bem. Como alguém poderia ficar bem ao lado daquele homem, já tendo
provado das suas delícias e simplesmente não poder fazer nada agora? A viagem de volta foi
mais rápida ou talvez fosse impressão minha. Mas logo já estávamos na casa de Edward. Subi
com Alice enquanto Jasper e Edward ficaram na sala.

– Pelo amor de Deus, ninfa. Tente disfarçar ou Jasper vai perceber.

– Disfarçar o que?

– Você está engolindo meu pai com os olhos. E está complicando a situação pra ele.

– Ai meu pai... por que?


– Porque você está deixando ele maluco desse jeito. E ele não está conseguindo disfarçar
também. Ah... parecem dois adolescentes.

– Mas não é por querer, Alice.

– Eu sei. Não consegue se controlar. Mas vocês conversaram ou foi só sexo a noite toda?

–Credo Alice. Claro que conversamos.

– Eu quero dizer sobre a situação de vocês.

–Não muito. Tem muita coisa envolvida, Alice.

– Sim... acho que a pior delas é o fato dele ser um promotor e você ser menor de idade.

– Sim, com certeza. Não quero complicar a vida dele.

– E seus tios?

– Vou pensar... vou dar um tempo. Quero...

Fiquei roxa de vergonha.

– Quero curti-lo um pouco mais.

– Meu Deus, Bella... está se apaixonando tão rápido assim?

– Não sei. Estou?

– Parece.

Ela segurou em minhas mãos, como se fosse anos mais velha que eu.

– Bella... meu pai não é nenhum cafajeste. Pode ficar tranqüila. Ele não vai... magoar você e
garanto que nem está apenas de curtição.

– Isso nem me passou pela cabeça, Alice.

– Mas veja bem. daqui a duas semanas é meu aniversário. Seria uma ótima oportunidade para
seus tios conhecerem meu pai.

– Meu Deus, é mesmo. Nossa... o tempo está passando rápido demais.

– E farei uma mega festa. Pode apostar.

– Bom... vamos descer então? Edward deve estar cansado.

– Vamos esperar mais um pouco. Jasper queria conversar com ele.

– Sobre o namoro de vocês?

– Sim... pedir permissão.

– Pedir permissão depois que já começou? Nunca vi isso.


– Jasper ficou meio intimidado com meu pai.

– Por quê?

– Sei lá... acho que ele não imaginava que meu pai fosse tão jovem.

– Nem eu, não é Alice?

Caímos na gargalhada. Na verdade eu não tinha imaginado muita coisa. Não tinha imaginado
que ele fosse tão jovem. Não tinha imaginado que ele iria me querer também. Não tinha
imaginado que iria me apaixonar pelo pai da minha amiga.

Edward POV

Sempre fui um homem centrado, pés no chão, meio metódico até. Mas agora minha mente
estava um turbilhão. Bella estava mexendo comigo de uma forma que mulher alguma jamais
conseguira. Como uma garota pode me deixar alucinado desse jeito? Só pensava nela, me estar
com ela. Merda, Edward. Agindo como um adolescente apaixonado. No entanto... acho que eu
não estava nem ai para as convenções. Apesar do que, eu queria as coisas certas, como
sempre fiz. Minha maior preocupação por incrível que pareça era a família dela. Meu cargo vinha
em segundo plano. Felizmente nossos dias na casa de praia chegaram ao fim. Já estávamos de
volta a minha casa. Alice e Bella subiram e eu ia fazer o mesmo quando Jasper me chamou.

– Edward? Eu poderia falar com você?

– Claro. Vamos pra sala... ou ninguém pode ouvir?

–NA sala está ótimo.

Ele torcia as mãos parecendo nervoso.

– Olha. vou ser sincero. Eu nem sei como conversar com você. É tão novo... mas em
respeito...ah..que saco. Não sei se chamo de senhor, de doutor...

Eu ri, mas sem intenção de deboche.

– Deixa de bobeira. Se me chamar de Senhor vou me sentir um velho. E doutor está totalmente
fora de questão. Edward apenas.

– Tudo bem. Edward. Hã... eu queria..assim...não pedir a mão de Alice em namoro, uma vez que
já estamos namorando. Mas eu queria te dizer que gosto muito da sua filha e a respeito muito. E
gostaria de saber se temos o seu consentimento para continuarmos.

–Bem, creio que Alice já deve ter falado como é nossa relação. Não escondemos nada um do
outro. Então eu já sabia sobre você. Apenas não conhecia. E confesso que fiquei muito
satisfeito. Você, assim como sua prima me parecem bem maduros para a idade de vocês.

Ele riu.

– Isabella não... essa parece ter nascido com 30 anos.

– Sim... ela é bem.... Bom. Têm meu consentimento.

– Ahhh... eu sabia. Esse meu pai é o máximo.

Alice e Bella desciam as escadas. Alice pulou em meus braços.


– Te amo, pai.

– Eu também. Mas por favor... se as coisas ficarem...hummm...incontroláveis, previnam-se. Eu


não quero ser avô nem tão cedo.

– Pai!!

Bella ficou vermelha e eu sabia muito bem o por que. Estava se lembrando de nós dois mais
cedo. Fui um completo irresponsável. Mas também não fui ao quarto dela com aquela intenção.
Mas foi difícil me segurar.

– Pode nos levar agora, pai?

– Claro.

Saímos e em poucos minutos eu estacionava em frente à bela casa dos tios de Bella.

– Obrigada, Edward. Foi... incrível.

– Eu também gostei.... muito.

Eu falei olhando em seus olhos. Minha boca ficava seca só de olhá-la.

– Espero vê-los novamente lá... ou em minha casa.

– Será um prazer.

– Um imenso prazer, com certeza.

Bella desceu e logo em seguida Alice de Jasper. Despediram-se demoradamente e logo Alice
entrou no carro.

– Você, heim, pai?

– O que foi?

– Como fica com esse joguinho de palavras na frente do Jasper? Ele pode desconfiar.

– Do que está falando, Alice?

–“um imenso prazer com certeza.”

Eu gargalhei.

– Foi sem intenção, Alice.

– Sei... eu não sabia que você era tão safado assim, pai.

– Epa... mais respeito com seu pai. E não sou safado. Acho...

– Acha o que?

– Acho que estou ficando agora.

– E salve Bella. Sua ninfa bebê...


– Ninfa Bebê?

Alice riu e eu acompanhei.

– Eu já ouvi isso em algum lugar. Achei que combinava com a Bella.

– É... minha ninfa bebê...linda..

– Ai, meu Deus.... pelo jeito eu que terei que ficar de olho no meu pai....para que não faça
nenhuma besteira.

Suspirei fundo. Se era besteira levar uma garota pra cama e adorar cada momento e ansiar por
mais.... E pior : se perceber apaixonado por uma garota de 17 anos for fazer besteira.... Falei em
voz alta.

– A besteira está feita, Alice. E nem tem volta.

E pra ser sincero... eu não mudaria uma virgula do que tive com Bella até agora. Pelo contrario,
só pensava em meios de prosseguir com ela.

Bella POV

Minha mente estava longe. Bem longe de toda aquela conversa. Estava na verdade mal
humorada. Que ridículo. Deixei Edward na noite anterior e já estava assim? Isso não era bom.
Ta certo..sentir uma saudade tudo bem, mas dai a ficar nesse estresse todo? Era melhor
maneira e ir com calma ou eu poderia colocar tudo a perder. Não sei se Edward teria paciência
para ciúmes adolescentes. E o pior de tudo. Ciúmes do que? Ahh...provavelmente do que a Alice
falou. Que alguma fulana iria na casa dele hoje.
– É ou não é, Bella?
– Oi?
– jasper estava falando sobre o pai da Alice.
– Ah..sim...é gente boa.
Emmet me olhava intensamente e desviei meu olhar.
– Ele disse que o cara é bonitão, Bella.
– É sim...e já deveríamos imaginar, não é? A Alice é linda.
– Sinceramente...eu daria uns 25 anos pra ele.Você parece ser mais velho que ele, Emmet.
– Deixa de ser idiota.
– É sério. E é super gente boa.
–Claro...não se importou por saber que iria namorar a Alice.
– Nada disso, pai. Eu fui com a cara dele logo que o vi. E Bella também. Ficaram muito tempo
sozinhos...deve ter importunado a cabeça dele igual faz com vocês.
– Verdade, Bella?
Merda. Por que Emmet insistia em me tratar como a porra de um irmão mais velho? Que coisa
chata. Estava me irritando hoje.
– Sim. Ele me deu várias dicas sobre a profissão dele, já que eu tenho vontade de cursar Direito.
– Ele é promotor, não é isso?
– Sim, tia.
– Caraca...se o cara é bem sucedido..rico, bonito...deve ter um caminhão de mulher atras dele.
– Isso tem mesmo. Alice já me contou. Mulherada praticamente se joga aos pés dele.
Levantei-me com um barulho desnecessário, empurrando minha cadeira.
– Eu já estou indo para escola. Vocês não vem?
– Por que a pressa? Ainda não está na hora.
– Eu tenho que olhar umas coisas ainda quando chegar lá.
Aquele assunto me irritara demais. É claro que eu sabia que Edward tivera muitas mulheres. Só
se ele fosse gay!. E isso definitivamente ele não era. Mas ter que ficar ouvindo isso era demais
pra mim.
Fui o caminho todo olhando pela janela sem vontade de conversar.
Despedi- me dos dois e entrei na escola. Logo avistei Alice que ia pelo corredor.
– Alice....
Ela se virou.
– Mammyyyyyyyyy.
Corri até ela.
– Cala a boca. ficou louca?
Ela gargalhou.
– Ninguém ouviu.
Sentamos juntas como sempre. À nossa frente estava a vadia da Jéssica que resolveu dar o ar
da graça e Laureen.
Pouco depois que sentamos Laureen se virou para nós.
– Oi, Alice.
– Oi.
Ela respondeu de cara amarrada e segurei um riso.
– Como vai seu pai?
– Muito bem. apaixonado....vai se casar em breve. E minha madrasta é linda.
Laureen arregalou os olhos e seu sorriso zombeteiro murchou. Virou-se para frente sem falar
nada e Alice mostrou língua às suas costas.
– Você é doida,Alice.
– Só falei a verdade. Aliás meu pai convidou a namorada dele para almoçar lá em casa hoje.
Olhei para Alice sem entender. Sem saber se ela falava sério ou não. Ela pegou um pedaço de
papel, rabiscou algo e me devolveu.
É você mesma, sua idiota.
Eu ri.
– Serio?
– Sim.
Durante o intervalo liguei para meus tios e avisei que iria para casa de Alice. Jasper e Emmet
começaram a ter aulas a tarde então não iriam me importunar.
– Alice...a empresa do seu pai trabalha com o que mesmo?
– É uma agência de viagens, Bella. JÁ falei com você. E deveria conversar mais com ele ao
invés de ficarem apenas trans....
– Olha lá o que vai dizer...
– Foi só um fim de semana, Alice. Pouco tempo para conversar sobre tudo.
– Mas aposto que fizeram quase tudo.
Senti meu rosto em chamas e achei melhor não comentar nada. Alice era terrível. Qualquer
coisa só iria piorar ainda mais minha situação.
Torci para que as horas passassem depressa. Afinal se Edward me convidara, era porque queria
me ver.
– Alice...seu pai me convidou mesmo?
Ela revirou os olhos.
– Eu mentiria a troco do que? Pra ver vocês dois se babando um com o outro e eu chupando
dedo?
Fiquei mais feliz...feliz demais, na verdade. Eu devia estar pegando manias da Alice. Eu quase
quicava no banco do carro de tanta ansiedade. O motorista de Edward viera nos buscar.
Mas assim que entramos na propriedade vi um carro esporte preto parado e Alice fez um
muxoxo.
– O que foi, Alice?
– A tal da Irina deve estar ai. Odeio essa mulher.
Meu coração quase soltou pela boca.
– Quem é ela?
– Secretária do meu pai na agência de viagens. Ai..mulherzinha chata. Cercou meu pai de todas
as formas. Coisa asquerosa.
– Eles ...tiveram um caso?
– Não. Se tivessem meu pai teria me falado. Ele sempre fala tudo.
– Ela é bonita?
Ela deu de ombros.
– Não adianta nada ser bonita e ser vulgar.
Não precisa responder. Era bonita. E somente isso fazia meu coração se apertar e doer.
Subimos as escadas e passamos pelo hall de entrada. Quando estávamos próximas à sala eu
ouvi a risada feminina.
– Ah....Edward ...só você mesmo.
Entramos na sala. Edward estava sentado ao lado de uma bela morena, que usava um
curtíssimo vestido preto, com um decote pronunciado. Ele estava de cabeça baixa lendo alguns
papéis e ela estava ligeiramente inclinada sobre ele, quase jogando os peitos em seu rosto.
– Boa tarde.
Alice falou com cara de poucos amigos e a mulher sentou-se adequadamente.
– Oi Alice...como vai?
– Bem.
Edward levantou a cabeça e tive a ligeira impressão de ver seus olhos brilharem.
– Ah....chegaram. Como vai, Bella?
– Estou bem. E você?
Meu cumprimentou soou meio frio até pra mim. Ele franziu o cenho e me apresentou para a tal
Irina.
– AH...é coleguinha da Alice.
– Não, Irina. Bella é minha AMIGA. Coleguinha é o que você é para o meu pai.
– Alice!...
– Vou subir. Vamos Bella.
– Deixem suas coisas. Já irei mandar servir o almoço.
– Ta...
Alice respondeu, meio insolente. Entrou no quarto e atirou sua mochila num canto.
– Não falei? Arghhhhhh...mulherzinha irritante.
Não respondi nada. Como Alice mesmo disse era um pouco vulgar. Mas era linda e parecia ser
uma mulher experiente. Ou seja..tudo o que eu não era. E tudo o que parecia satisfazer um
homem como Edward.

Edward POv
Não faço idéia de quanto tempo eu levei para ler apenas uma página daqueles documentos. Tive
que voltar atras várias vezes e reler. Eu não estava conseguindo me concentrar.
E o motivo era um só: Bella. Não consegui parar de pensar nela um só instante. A todo momento
seu rosto vinha a minha mente.
Eu quase podia sentir seu cheiro impregnado em minha pele. Por isso mesmo pedi a Alice que a
convidasse para almoçar em nossa casa. Eram poucos os momentos em que poderíamos ficar
juntos então eu teria que aproveitar.
Droga...deveria ter ligado para Irina e pedido para vir outro dia. Aqueles documentos nem eram
tão importantes assim. E além do mais ela não se cansava de me jogar indiretas, o que
realmente estava começando a me irritar. Mas ela era filha de um grande amigo meu, e era
somente por isso que ela continuava na empresa.
Mulheres que se atiravam pra cima de mim a todo momento não eram minha preferência. Aliás
nos últimos dias minha preferência tinha nome e endereço.
– EStá esperando algo, Edward?
– Não. Por que?
– Não para de olhar as horas.
– Ah...estou esperando Alice. Está demorando um pouco hoje.
Mentira pura. Nem estava na hora ainda.
– Ela deve dar trabalho, não é? Adolescentes são assim.
– não. Alice é bem tranqüila. Eu é que estou ficando velho e ranzinza.
Ela riu e se inclinou em minha direção, os seios fartos e siliconados quase alcançando meu
rosto. Perda de tempo. Eu preferia os naturais.
– Ah...Edward...só você mesmo.
Segundos depois eu ouvi a voz de Alice. Ergui minha cabeça e quase sorri ao vê-la.
– Ah....chegaram. Como vai, Bella?
– Estou bem. E você?
Era impressão minha ou ela estava frio comigo?
– AH...é coleguinha da Alice.
– Não, Irina. Bella é minha AMIGA. Coleguinha é o que você é para o meu pai.
– Alice!...
Eu a repreendi mas no fundo tive vontade de rir. Afinal ela estava defendendo a sua mammy.
As duas subiram, mas não fiquei satisfeito. A expressão de Bella não era boa e algo me dizia
que ela estava pensando besteira.
Ainda tentei ler mais um pouco, mas não dava. teria que ir atras dela.
– irina, pode me dar licença um instante? Tenho um recado importante para Alice.
– Ah...fique a vontade.
Subi as escadas quase correndo e bati a porta do quarto de Alice.
– Entre, pai. Já estamos descendo.
Abri a porta e vi Bella sentada a beira da cama, seu olhar era meio tristonho.
– Não vim falar nada de almoço.
– Então o que é?
– Alice...está desaforada hoje.
– Desculpe. Mas aquela mulher me irrita.
– E pelo jeito irritou alguém também.
Caminhei até Bella e peguei sua mão levantando-a da cama.
– Vim ver minha namorada, não posso?
Abracei Bella pela cintura e enterrei meu rosto em seus cabelos, aspirando seu cheiro.
– Senti sua falta.
Ela deu um sorriso tímido, seus dedos se entrelaçando em meus cabelos.
– Eu também.
– Ihhh.....vou sair....não quero ver a sessão mela-pegação.
– Não vá pra sala, Alice. Eu disse que viria falar com você.
– não irei. vou até seu quarto ver se seu estoque de camisinhas está completo.
Antes que eu respondesse alguma coisa a porta bateu.
– Diabinha...depois vai se ver comigo.
Bella segurou meu rosto e então busquei sua boca. Sim, eu senti falta disso. Demais até. Deixei
que minha língua percorresse cada canto da sua boca até finalmente entrelaçar na dela. Abracei
seu corpo com força, passando minha boca para seu pescoço de forma quase animalesca.
– Bem que você poderia dormir aqui hoje.
– Ai...vontade não me falta. Mas o que eu iria dizer?
– Sei lá...veja isso com Alice. Ela é mestre para essas coisas.
Ela riu e foi puxando meu corpo para ela ate que caímos sobre a cama, suas pernas
imediatamente se cruzaram em minha cintura.
Sua boca colou-se na minha, me fazendo gemer.
– já te disse que não é para começar algo que não pode terminar.
– Eu começo agora e você termina mais tarde.
– Se você conseguir, não é?
Ela deu um sorriso safado.
– É.
Ergui-me e levantei-a também.
– Vamos descer. Vocês precisam almoçar.
–sua..hã...amiguinha vai almoçar aqui também?
– Não. Ela já está indo. Mas não precisam me esperar.
Saímos do quarto e parei a porta do meu.
– Almoço, Alice. E Bella tem algo a lhe dizer.
Dei um último beijo nela e desci. Sentei-me de novo com Irina e dessa vez consegui me
concentrar. tanto que meia hora depois ela partia.
Subi novamente. As duas já tinham almoçado e estavam esparramadas na cama.
– Pai, pode nos levar até a casa da Bella?
– Pra que?
– Pra buscarmos roupas pra ela, ne?
Dei um sorriso de orelha a orelha.
– então vai ficar?
– sim.
– Nada de comemorar agora. Deixem isso pra mais tarde.
– A que horas querem ir?
Alice olhou pra Bella esperando sua resposta.
– Agora?
Assenti.
– Vou pegar minha carteira. Podem descer.
Agora eu estava bem. Mais uma noite com minha princesa ao meu lado. Só não sabia ate
quando eu sustentaria essa situação. Não gostava de mentiras, enganações. E eu não queria
manter Bella na escuridão. Era com ela que eu queria ficar, embora sua idade atrapalhasse um
pouco minha vontade de assumi-la. Mas dentro de mim, ela já era única. Mais assumido que
isso....só mesmo me casando com ela.
*****************************
Eu simplesmente não conseguia desviar meu olhar do retrovisor.Eu tentava, mas era mais forte
que eu.
– Pelo amor de Deus, pai. Nem adolescentes agem mais como você.
– Está falando do que, Alice?
– De você. Dá pra parar de olhar esse retrovisor com essa cara de....de sei lá o que...
– Então a culpa é minha?
– Seria bem estranho chegarmos na casa da Bella e seus tios ou primos estivessem do lado de
fora e visse Bella ao lado do meu pai e a filhinha dele no banco de trás.
Não respondi, simplesmente porque Alice estava certa. Seria no mínimo constrangedor.
Então para evitar maiores atropelos era melhor que continuasse assim: Bella no banco de trás.
Parei em frente a casa de Bella e aguardei enquanto as duas entravam. O bom da Bella era que
ela era rápida. Vinte minutos depois elas voltavam.
– Seus primos não colocaram empecilho?
– Não chegaram ainda. Eu avisei para os meus tios antes. E nem eles estão em casa.
Virei-me para ela.
– A casa está vazia?
– Sim.
Alice abriu a porta do quarto.
– Tudo bem...eu passo para o banco de trás.
Eu ri e assim que Bella entrou eu segurei sua mão sobre o banco.
– Nossa...esse mel todo me faz mal.
–Deixa de ser chata, Alice.
– É mesmo, Bella. Se pudessem ver a cara de vocês. Arghhh....
– Deixa ela, Bella. Não viu o namoradinho hoje.
–E nem irei ver...já que a mammy vai dormir lá em casa.É melhor não arriscar.
Durante todo o percurso minha mão esteve sobre a de Bella.E Alice aporrinhando.
–Sabe que é proibido dirigir com apenas uma mão.
Revirei meus olhos, mas Bella riu.
–Acho que terei que me transformar na madrasta da Branca de Neve.
–Eu agradeço, já que sou um bunda mole e não consigo castigá-la.
–É eu sei...sirvo apenas para encobrir suas safadezas.
Eu não me lembrava de Alice falando assim comigo. Mas eu sabia que essa era uma forma de
me mostrar o quanto ela estava satisfeita com meu relacionamento com Bella.
Já em casa eu fiquei mais tranqüilo. Somente por saber que Bella estaria por perto.Obviamente
não ficamos grudados um no outro. Elas precisavam estudar.
Deixei as duas no quarto estudando e fui para meu quarto. Tinha algumas ações que queria
implantar na empresa então aproveitei esse tempo livre.
Passei a tarde toda concentrado.Quando dei por mim,passava um pouco das sete da noite.
Resolvi tomar um banho antes de providenciar alguma coisa para comermos.Ou então deixaria
por conta da imaginação de Alice.
No entanto assim que voltei ao quarto eu deixei esses pensamentos de lado.Bella estava
sentada em minha cama, já tinha retirado meus papeis de lá.
– Oi.
Meu olhar babão percorreu seu corpo desde os cabelos recém lavados, descendo pelo seu
corpo.O minúsculo baby doll não deixava nada a imaginar.Engoli em seco, praticamente
atordoado com aquela visão.
–Eu...hum...já ia descer. Está com fome?
–De comida não.
Droga.Bella não estava ajudando.
–Alice?
–Foi se deitar.Estava com cólicas.Mas eu preciso estudar ainda.
Eu estava apenas com a toalha em volta da cintura. Foi impossível esconder de Bella a minha
excitação.
– O que tem para estudar? Quer ajuda?
–Com certeza irei precisar.
Ela levantou,ficando de joelhos na cama.
–Preciso estudar o corpo humano.
Dizendo isso puxou minha toalha deixando-me completamente nu.
–Uau....
–Viu o que faz comigo,Bella Swan?
–E você? Quer ver o que faz comigo?
Eu já estava completamente dentro daquele jogo de sedução.
–Você consegue disfarçar....
Ela mordeu os lábios e involuntariamente eu gemi. Principalmente porque ela pegou minha mão
e levou ao seu sexo.Mesmo sobre a calcinha eu senti sua umidade, afastei-a um pouco e
deslizei meu dedo em sua fenda. Seus lábios entreabriram-se, gemendo meu nome.
–Me deixa maluco,Bella.
–É...vem que eu te curo então, paizinho.
Minhas mãos praticamente voaram para a cintura dela.Fiquei sem fôlego.
–De onde veio isso?
Minhas mãos desamarravam seu baby doll,ao passo que suas mãos massageavam meu ponto
que berrava por ela.
–Sou da idade da Alice.Poderia ser meu paizinho.....MEU..
–Eu sou seu.
Sua boca colou-se na minha,falando entre beijos.
–Sim...meu...paizinho.
Eu gemi alto antes de cair sobre ela na cama, praticamente devorando seu corpo.
Bella iria ser minha ruína.Agora eu sabia disso.

Bella POV

Não sei o que estava acontecendo comigo. Eu sempre fui assim? Safada? Ou era esse homem
que tirava meu juízo fazendo-me agir feito uma gata no cio? A princípio pensei que fosse uma
forma de tentar ficar parecida com as outras mulheres. Mais madura, sedutora. Mas depois vi
que não. Eu gostava daquilo. Gostava de ver como Edward reagia ao meu corpo. E
principalmente de ver como o meu corpo reagia facilmente ao dele. Eu simplesmente abandonei
qualquer pudor, eu queria Edward.Basicamente era isso. Meu tesão me guiava. O melhor de
tudo isso era que Edward estava adorando. Seu corpo quente e viril estava sobre o meu,
completamente suado e trêmulo. Suas mãos fortes me apertavam, erguendo ainda mais meus
quadris de encontro ao seu membro rígido que entrava e saía furiosamente de dentro de mim.
Meus dedos se enroscaram em seus cabelos puxando sua boca para a minha. Edward me
beijava, literalmente me devorando, enquanto seu membro continuava me maltratando, no bom
sentido, é claro.
Desceu a boca pelo meu pescoço, gemendo palavras desconexas e obscenas em meu ouvido.
Eu não fazia idéia do quanto aquilo me excitava. Agarrei-me aos lençóis da cama, plantando
meus pés sobre o colchão e erguendo meus quadris, rebolando junto com ele.
– Gostosa...delícia de mulher que você é, Bella. Só me enlouquece.
– Você me enlouquece, Edward...só você...
Sua boca desceu sobre meus seios e eu gemi..alto demais. Arqueei minhas costas ao sentir
Edward ir tão fundo que o gozo foi inevitável. Puxei seus cabelos ,rebolando e deixando que meu
tesão escorresse pelo seu membro.. Sentia-me completamente preenchida, meu sexo se
contraia e o membro de Edward inchava cada vez mais, liberando seu sêmen. Ele fechou os
olhos com força, a respiração cada vez mais difícil.
–Ahhhh..
Ele gritou jogando seu corpo ao lado do meu. Desci minha mão e retirei a camisinha. Levantei-
me e joguei-a no lixo voltando para o seu lado na cama.
– Até quando irei suportar ficar assim?
– Assim como, Edward?
– Escondido..vendo você às vezes.
– Mas..nós mal começamos...
Edward me abraçou beijando meus cabelos.
– Sabe quando parece que você conhece a pessoa a vida inteira? Ou quando você
simplesmente sabe que ela é pra ser sua a vida toda? É assim que eu vejo você.
Aquilo me pegou de surpresa. Embora eu tivesse a certeza que Edward estava tão envolvido
quanto eu, não esperava por essa intensidade. Talvez porque fosse difícil imaginar um homem
lindo, maduro, sexy, rico se interessar por uma garota sem graça de dezessete anos.Como se
adivinhasse o rumo dos meus pensamentos, ele segurou meu queixo, forçando-me a olhá-lo.
– Não me importa a sua idade,Bella. Pra mim, você é muito mais madura que muitas mulheres
de 25, já te disse isso.
–Eu sei...mesmo assim. Você é o sonho de toda mulher,Edward.
– Mas eu quero ser seu sonho, apenas. Aliás nem isso. Quero ser sua realidade.
Meu coração pulsava freneticamente e isso era vergonhoso. Tinha certeza que Edward podia
ouvir.
– Eu não vejo a hora de você completar 18 anos.
– Por que?
Eu perguntei mesmo sabendo a resposta.
– Porque assim posso assumir você. Sem culpa.
– Eu creio que meu tios não serão empecilhos. Mas você teme pela sua carreira não é? Isso
definitivamente não condiz com seu cargo de promotor.
– Exatamente. Imagina um promotor acusado de pedofilia.
–Então é melhor continuarmos assim. E Esperarmos mais oito meses.
Edward puxou o edredom sobre nós.
–Agora deve dormir. Amanhã estará um lixo para ir à escola.
–Depois de uma noite perfeita ao seu lado? Impossível.
Ele riu e beijou minha testa.
– Boa noite, princesa.
– Boa noite, Edward.
O cheiro delicioso dele invadiu meu organismo e eu adormeci quase instantaneamente.

Acordei na manhã seguinte com um beijo delicioso. Ergui meus braços e ainda de olhos
fechados enlacei seu pescoço.
– Bom dia. Hora da Cinderela virar gata borralheira e ir para a escola.
– Ainn....estava tão bom aqui.
– Nem vem. Se ficar com manha não te convido mais pra dormir comigo.
– Sim senhor. Já estou me levantando.
– Vai...tome um banho. vou levar vocês.
Finalmente abri meus olhos e encarei seu rosto lindo, recém barbeado.
– Humm...cheiro bom.
Ele riu e puxou meu edredom. Seu olhar percorreu cada milímetro do meu corpo nu.
– Péssima idéia.
Eu ri.
– Dá tempo de relaxar um pouquinho?
– De jeito nenhum. vou te esperar lá embaixo.
Ele saiu apressadamente e eu ri, satisfeita. Eu mexia com ele de forma constrangedora. E por
mim, faria de tudo para piorar.
Tomamos o café da manhã rapidamente. Alice ainda com a cara ruim por causa da cólica.
–Não prefere ficar em casa,filha? Sabe que fica péssima.
–Não posso,pai.Tenho matéria importante hoje.
Era estranho ficar ao lado de uma Alice muda. Infelizmente não pude me despedir do jeito que
eu queria. Edward apenas me olhou cheio de promessas.
–A gente se vê mais tarde? No almoço?
–É um convite?
–Sim.
–Estarei lá.
–Boa aula...princesa.
Depois virou-se para Alice.
–Tem certeza?
–Tenho ,pai.Até parece que não me conhece.
–Boa aula, então.
Edward se foi e entramos na escola. Ia ser dureza ficar esse tempo todo na escola ao lado de
Alice.
Mas felizmente a aula foi tão boa que o tempo voou.Porém eu não contava com a presença do
Jasper aguardando por nós.
–O que foi,Alice?
–Cólicas.
–Hum..tinha pensado em ir até sua casa.Não tenho aula hoje.
–Mas você pode ir.Quem sabe minha dor passa.
Revirei meus olhos.Eu e Edward éramos melosos assim?
–E o Emmet?
–Emmet tem aula.
Suspirei aliviada. Tinha certeza que o Emmet me daria mais trabalho que o Jasper.
Pouco depois Edward estacionava em frente a escola.Desceu do carro, os cabelos ainda mais
revoltos pelo vento.Olhei ao redor e vi a mulherada de boca aberta.
–Jasper?Como vai?
–Oi,Edward.Tudo bem?
–Fora essa mocinha dolorida...
Jasper abraçou Alice.
–Importa-se se eu ficar com ela.
–Óbvio que não. Vamos?
Pelo menos eu tinha a desculpa de ir ao lado de Edward.Jasper estava com Alice no banco de
trás.
–Não tomou nenhum remédio,Alice?
–Tomei, mas não resolveu.
Assim que chegamos,Alice foi direto para o quarto.
–Pode subir comigo,Jasper. Não vou poder fazer nada mesmo.
Jasper ficou vermelho e Edward claramente prendia um sorriso.
– O almoço está quase pronto.Eu subo para chamar vocês.
Assim que ficamos a sós eu abracei Edward.
–Bella....
–O que é que tem? Não vão descer agora.
–Mas os empregados estão por ai.
–Então vamos para o seu escritório...rapidinho.Só quero beijar você.
Ele balançou a cabeça.
–Você é perigosa,Bella. Demais...
–Não sou. Sou apaixonada.
–Então somos dois.
Edward me pegou pela mão e fomos até o escritório. Mal a porta se fechou e eu estava nos
braços dele.
Ali eu me perdia, me encontrava...Ali eu me sentia completa.

Jasper POV
Cada vez mais eu ficava impressionado com as mulheres. Meu Deus....que bicho que sofre.
Sofre pra menstruar, sofre antes de menstruar, depois de menstruar, dar à luz....aff...tem que ser
forte.
Ainda bem que Bella e minha mãe não ficavam assim.Mas Alice estava me deixando
preocupado. Estava tão pálida e cabisbaixa... não estava reconhecendo minha namorada.
Pelo menos Edward era um pai liberal e me permitiu ficar com ela no quarto.Talvez nem fosse
questão de ser liberal ou não. eles tinham um relacionamento bacana, na base da confiança. Eu
admirava Edward por isso.
–Alice?Não está na hora de tomar outro remédio?
–Acho que sim. Pegue nesse bolsa preta,por favor.
–Que bolsa?
–Sobre a poltrona.
–Não tem nada ali.
Olhei ao redor e não vi nada.
–Ahh..que cabeça. Esqueci no escritório do meu pai. Pode ir até lá?
–Ele não vai se importar se eu entrar lá?
–Claro que não. Além do mais ele deve estar na cozinha agora. E tanto você quanto Bella tem
passe livre aqui.
–Certo. Vou lá, então. Eu já volto.
Desci rapidamente e fui até o escritório. Pensei em passar na cozinha e falar com Edward, mas
achei melhor não. Alice era minha namorada. Tinha que mostrar que era capaz de tomar conta
dela.
A porta estava fechada mas isso era normal.Todas as portas daquela casa ficavam fechadas, já
tinha percebido isso. E além disso Edward estava na cozinha, então forcei o trinco e abri a porta.
Parei em choque. Tinha certeza que meus olhos estavam arregalados e eu estava pálido. A cena
era....inesperada?
A minha prima estava aos beijos com o pai da minha namorada. Estavam tão perdidos um no
outro que nem percebiam minha presença. Edward abraçava Bella fortemente e ela estava
agarrada aos seus cabelos. Ele girou com ela, ficando de costas para a porta.
Bella era bem mais baixa, dessa forma nenhum dos dois iria me ver. Eu simplesmente estava
congelado ali.
Percebi que não estavam mais se beijando, apenas abraçados. E fiquei ainda mais estarrecido
ao ouvir o que veio a seguir.
–Amo você,Bella.
–Eu também, Edward.
–Estive pensando seriamente em falar com seus tios.
–Mas, Edward...
– Pelo menos entre nossa família deveríamos abrir o jogo,Bella. Principalmente porque minha
cama está vazia demais sem você.
–Realmente...é péssimo dormir sem fazer amor com você.
Não sei de onde tirei forças, mas puxei bem lentamente a porta e dei meia volta.
Minha cabeça girava com essas informações. Edward e Bella...juntos...se amam...fazem amor.
Puta que pariu...ele ficou louco? E Alice? Será que ela sabia?
Eu iria descobrir a gora.
–Jasper?Não achou a bolsa?
–Não quis interromper.
–Interromper? O que?
Cruzei meus braços em frente ao peito e a encarei.
–Interromper os beijos entre seu pai...e Bella.
Ela gemeu e enterrou a cabeça no travesseiro.
–Dois burros...parecem ninfomaníacos..não param.
Então era a mais pura verdade...estavam juntos e Alice sabia.
Continuei encarando-a.
–Precisamos conversar,Alice. Sério e agora.
Pra ser sincero...eu nem sabia como agir. Não ia ser nada fácil.

Continuação Jasper POV


Continuei encarando Alice, esperando que ela dissesse alguma coisa. Ela sentou-se e me
chamou para sentar-me ao lado dela.
– Então você sabia de tudo.
–Claro que sabia Jasper. Meu pai e eu não temos segredos. Assim que ele beijou a Bella, que
soube que era ela quem ele queria... ele falou comigo.
– Há quanto tempo estão juntos?
–Há pouco tempo. Caso não se lembre Bella nunca tinha vindo em minha casa. Foi aqui que se
viram pela primeira vez. E ficaram juntos naquele dia... na casa de praia.

Balancei a cabeça, tentando clarear as idéias. Era pouco tempo demais. Quem visse os dois
como eu vi diria que estavam juntos há anos.
– Eles se amam, Jasper.
– Se amam? Que loucura é essa, Alice? Se conhecem a menos de um mês. Como pode dizer
isso? Meu Deus do céu... ele tem 34 anos. Ela poderia ser filha dele.
– Não sabia que era preconceituoso.
– E não sou. Mas... eles transam, Alice.
– E daí? Não é muito diferente do que você pensa fazer comigo.

Eu arfei e arregalei meus olhos. Como assim? Estava tão na cara que eu morria de tesão por
ela?Mas era diferente, não era? Tínhamos praticamente a mesma idade, ao contrário de Edward
que era um homem feito.
– É diferente, Alice.
–Diferente? Jasper, você...
Alice foi interrompida pela batida na porta. Em seguida Edward entrou.
– Atrapalho?
–Claro que não, pai.
– Só vim avisar que o almoço já está pronto.
– Sente-se aqui, pai. Precisamos conversar.
Ele franziu o cenho e veio em direção a Alice.
– O que foi princesa? Não melhorou?
Ele perguntou, sentando-se ao lado dela. Alice, entretanto cruzou os braços em frente ao peito e
o encarou.

– Quantas vezes, senhor Cullen? Quantas vezes eu avisei para vocês dois se controlarem? Mas
não... parecem dois coelhos querendo se acasalar o tempo todo.
– Alice, o que...
– Jasper viu vocês dois. aos beijos, como os malucos que são.
Edward desviou seu olhar para mim e inexplicavelmente fiquei constrangido. Mas sustentei seu
olhar. Merda. Eu não poderia culpar Bella jamais. O cara era realmente bonito.
– Muito bem. E pela cara dos dois, não está aceitando muito bem isso, não é?
Pensei um pouco antes de responder. Afinal eu não poderia fazer feio na frente do meu sogro.
– Olha... é no mínimo estranho. Tipo... a Bella é da idade da sua filha e embora você não pareça
nunca, que tenha 34 anos, essa é a realidade.
– Esse é o problema? A idade?
– Eu nem sei direito o que pensar. Mas saber que minha prima... nosso bibelô....argh,
Edward...você vai pra cama com ela!
Ele ergueu a sobrancelha e um sorriso brincou em seus lábios.
– É muito diferente do que tem vontade de fazer com minha filha?
Tanto eu quanto Alice ficamos vermelhos. Baixei meus olhos completamente envergonhado.
– É diferente.

Merda. Era só isso o que eu conseguia dizer. Era diferente. Mas por que era diferente? Nem eu
mesmo sabia dizer o por que.
– Porque é diferente? Porque eu poderia ser o pai dela? Porque minha filha é melhor amiga
dela? Porque seu sogro está de caso com sua prima? Responda Jasper.
Apenas meneei a cabeça.
– Eu não planejei isso, Jasper. Aconteceu. Eu nunca fui fã de garotinhas, muito pelo contrário.
Mas Bella definitivamente é diferente de qualquer uma que já tenha conhecido. Tem mais juízo
que muita mulher feita por ai.

– Nisso eu devo concordar com você. Mas vocês falaram em amor, Edward. Não é cedo pra
isso?
– Existe tempo ou explicação quando se fala em amor, Jasper? A gente escolhe isso? Quer
dizer... você simplesmente programa e acha que vai acontecer? Tipo... daqui a duas semanas
irei me apaixonar... Não é assim que as coisas funcionam, no fundo sabe disso. E acho que já
tenho idade suficiente para saber distinguir certos sentimentos.
– Sim, entendo. Mas e Bella? Ela sempre foi meio maluquinha assim... meio..idosa. E se ela
estiver apenas encantada por você e não for amor?
– Isso é assunto que só diz respeito a mim, Jasper. Tenha em mente uma coisa: Bella é jovem e
pode ser que chegue o dia que realmente ela não me queira. Eu irei entender, é claro. Mas o que
deveria importar a você é o que eu sinto por ela. Foi rápido demais? Foi, admito. Eu não
esperava por isso, ainda mais com a intensidade que está sendo. Mas é com ela que quero
estar. Deve ter ouvido quando disse que queria assumir isso falando com seus pais, não é?

– Sim, eu ouvi.
– Pois então. Tem idéia do que está em jogo? Eu sou um promotor de justiça, Jasper. Ela é
menor de idade.
Só então minha ficha caiu. O cara estava arriscando tudo ao ficar com Bella. Era respeitadíssimo
em sua profissão e ainda assim queria assumir seu namoro com Bella. Morto de vergonha pelo
meu preconceito... sim, porque era preconceito, só pode. Tive que tirar o chapéu para Edward.
Era honesto e íntegro.

Bella apareceu à porta do quarto, mordendo os lábios ao ver nós três conversando.
– Alice?
Edward virou-se ao som da voz de Bella e estendeu a mão.
– Venha aqui, amor.
Se Bella pudesse teria aberto um buraco e se enfiado nele. Seu rosto estava completamente
vermelho e ela caminhou em direção a Edward sem tirar os olhos de mim.
Edward segurou sua mão e puxou-a para seu colo.
– Estamos conversando com Jasper.
– Edward, você disse que...
– Ele nos viu amor. JÁ te falei pra parar com essa mania de ficar me agarrando.
– Edward!
Não me agüentei e ri alto. Bella era tão boba. Agora já estava tudo em pratos limpos. Adiantava
alguma coisa esse pudor? Só então lembrei-me de quando conversávamos no café da manhã.
Bella tinha ficado realmente estranha quando dissemos que Edward deveria ter um caminhão de
mulher atrás dele.

– E então Jasper? Vai dar sua “benção” ao meu pai ou não?


Eu ri novamente com as palavras de Alice, mas dei de ombros.
– Eles se amam. É visível isso. Que sentido faria ficar contra?
–É... não seria uma boa ficar contra sua sogra, não é Jasper?
– Jesus... além de prima é sogra...
Eu ri, sem conseguir desviar meus olhos dos braços de Edward em volta da cintura de Bella.
Mas eles não me olhavam. Estavam se olhando, esquecidos do mundo, numa conversa muda.

– Hanhã... pai?
– Não estamos fazendo nada demais, Alice.
– Vá se acostumando com isso, Jasper. É essa melaçao o tempo todo.
Edward levantou-se com Bella e levantei-me também.
– Agora entendo porque Bella ficou chateada quando eu disse que Edward deveria ter um
caminhão de mulher a seus pés. Ciúmes.
Bella me fuzilou com os olhos.
– Você não disse isso...
Eu e Alice gargalhamos, mas Edward envolveu-a pela cintura, enfiando seu rosto em seus
cabelos.
– Ela me tem inteiramente, Jasper. Não há motivos pra ciúmes.
Eu fiquei boquiaberto com a espontaneidade dele. Não tinha vergonha alguma de assumir o que
eu via claramente: estava de quatro por Bella.

Alice revirou os olhos.


– Viu o que eu disse? Eu agüento isso o dia todo. Nossa... faz mal pra quem é diabético.
Edward gargalhou e arrastou Bella pelas mãos.
– Inveja é coisa feia, Alice.
– Acho que devem tomar cuidado com o Emmet.
Edward parou ao ouvir minhas palavras.
– Acha que ele será problema?
– Provavelmente. Ainda mais que você não tem outra filha para servir de escudo.
Imediatamente me arrependi do que disse, mas para minha surpresa Edward riu.
– Filha não. Mas sempre tem alguma amiguinha para apresentar a ele.
– Que história é essa de amiguinha, Edward?

Eu não fazia idéia que Bella fosse tão ciumenta. Era hilário ver isso. Resolvi intervir e não deixar
que os dois entrassem numa discussão. Pra ser sincero eu achei lindo os dois juntos. Era uma
coisa meio gay de se dizer, mas ainda assim era verdade.
– Emmet pode ser problema sim. É melhor falar com meus pais antes dele ficar sabendo. É mais
possessivo que eu ainda.
Edward encarou Bella.
– Possessivo? Ou é paixão de primo?
As palavras de Edward começaram a fazer algum sentido para mim. Seria isso mesmo? Emmet
era apaixonado por Bella? Era só o que faltava.

Edward POV
Eu precisava urgentemente aprender a ouvir um pouco mais Alice. Ele quase sempre estava
certa. Mas a verdade era que eu não conseguia pensar racionalmente quando Bella estava por
perto.Realmente eu vinha me comportando como um adolescente.

Na realidade funcionava como uma troca. Liberava meu lado adolescente,quase inconsequente
ao lado dela. Da mesma forma ela deixava aflorar seu lado maduro e mais pé no chão em
determinadas situações. Mas no frigir dos ovos tudo resumia-se a uma única coisa: estávamos
irremediavelmente apaixonados.Não havia dúvidas quanto a isso.

No meu caso ia mais além. Já vivi uma paixão louca e irrefreável,portanto sabia que meu
sentimento por Bella era pura e simplesmente amor.
Mas eu não esperava que nosso furor iria acabar nos entregando tão rapidamente. Jasper
acabou presenciando nossos beijos no escritório.
A princípio fiquei preocupado com um possível preconceito da parte dele. Eu não gostaria de
uma pessoa assim ao lado da minha filha. Mas depois percebi que era pura e simplesmente um
cuidado, carinho com a prima.

Aí meu lado adolescente quase me fez explodir numa gargalhada. A cara dele era hilária. E Alice
não ajudava muito com aquelas tiradas dela. Sem contar o fato de eu ter assumido que fazia
amor com Bella. E dizer que era o tipo de coisa que ele gostaria de fazer com minha filha.
Eu quase ri nessa hora. Mas Jasper era um bom rapaz e acabou por entender meu
relacionamento com Bella. Entretanto uma coisa me incomodou: o fato do Jasper afirmar
veementemente que Emmett seria contra nosso relacionamento. Bella já havia comentado
algumas vezes sobre esse fato. A possessividade do Emmet em relação a ela. E de uma forma
absurda eu percebi que eu estava com ciúmes. Era só o que faltava mesmo para me levar de
volta ao jardim de infância. Ciúmes do primo da Bella. Isso soou tão patético que tratei de
esquecer.

Descemos para o almoço e Jasper já me parecia bem mais relaxado.


– Está melhor, Alice?
– Acho que eu estava sentindo que ia acontecer alguma coisa. Sabe que só depois que
acontece é que melhoro né, pai?
Jasper olhou para ela como se duvidasse de suas palavras. Eu tratei de reafirmar.
– Ela tem essas coisas loucas mesmo, Jasper. Uns pressentimentos estranhos. Vá se
acostumando.
– Está me deixando com medo, Edward.
–Não é minha intenção. Mesmo porque estou ansioso para que apareça um louco e se case logo
com ela.
– Diz isso agora, pai. Agora que encontrou sua ninfeta me despreza.
Eu ri e beijei seus cabelos.
– Boba. Sabe que sempre será minha bonequinha. Jamais irá sair da minha aba.

Bella entrou na jogada, deixando Jasper ainda mais perdido.


– Como assim? Terei que conviver com minha enteada que irá se casar com meu primo? Acho
que irei repensar nossa relação, Edward.
– Vocês são malucos, só pode.
Jasper balançava a cabeça e quanto mais ele fazia isso, mais eu me divertia. Voltei aos tempos
de moleque, sem dúvida.
– Malucos Jasper? Maluca fico eu de ouvir os gemidos dos dois a noite toda.

Dessa vez além do Jasper, Bella também ficou vermelha. E eu bem sabia o por que. Alice não
estava de todo mentindo. Nós realmente extrapolamos na noite passada.
Aliás, não era nem bom lembrar-me disso que começava a ter certos pensamentos. Por fim
almoçamos em paz. Alice estava mais descontraída então provavelmente a tal cólica já tinha ido
embora.
– O que iremos fazer agora à tarde?
– Pra quem estava morrendo de dor...
– Nada que um bom remédio não dê jeito, pai.
– Bom... eu pretendo ir para o meu quarto e descansar.
– Puff... descansar....só se for da noitada.
– Eu nem vou responder, Alice.
– Então imagino que Bella também irá “descansar”.

Bella me olhou mordendo os lábios.


– Provavelmente.
Era incrível como Bella me fazia perder completamente o juízo e o senso de responsabilidade.
Peguei suas mãos e puxei-a mais para mim.
– Então... já que temos um novo aliado...você poderia ficar aqui mais essa noite.
– Porra, pai.
– Olha a boca porca, Alice.
– Deus do céu, pai. Eu não vou suportar aqueles gemidos novamente.
– Alice... às vezes eu me pergunto onde estava com a cabeça quando não te dei umas boas
palmadas quando era criança.
– Porque nunca foi preciso, pai. Sempre fui um doce.
Por fim Jasper abandonou seu torpor e ousou falar.
– Gente. tudo isso é brincadeira,não é? Quer dizer... pelo menos a parte dos....gemidos.
Ele falou e enrubesceu.

– Ah... faça-me o favor,Jasper. Olha só pro meu pai. Lindo... gostoso...tesudo...a mammy fica
maluquinha.
– Agora chega Alice. Acabou a brincadeira.
Mas a cachorrinha continuou.
– E a mammy? Tem umas coxonas... sem falar no bundão. Paizinho fica pra morrer.
– Deus do céu, Alice. Não estou reconhecendo você.
– Alice Cullen, Jasper. Muito prazer.

Depois disso tudo eu tinha quase certeza: Jasper iria achar que somos dois loucos. Alice ia
acabar perdendo o namorado e me fazer perder a minha também.

Entretanto depois de um tempo ele pareceu relaxar.


– Hum... Bella? Se quiser passar a noite aqui novamente, tudo bem. Eu invento alguma coisa
para meus pais.
– Ah... viu pai? Que namorado mais fofo que eu arrumei?
Não respondi. Fofo... sei... Se ele pensa que me engana com essa jogada ta muito enganado.
Mas eu não tinha estresse quando o assunto era sexo. Eu e Alice já tínhamos conversado muito
sobre isso. Se ela achava que estava na hora... isso não era problema pra mim. Desde que não
me transformasse logo num avô, estava ótimo.

– Bom... com licença, mas vou subir.


Bella prontamente colocou-se de pé.
– Vou com você.
– Então vem, amor. Estou morrendo de sono. Fique a vontade, Jasper.
– Obrigado, Edward.
Antes que desaparecêssemos pela escada Bella ainda o advertiu.
– Nem tão à vontade, ouviu?

– Coitado do Jasper. Acho que o dia foi demais pra ele.


– Eu quero que seja demais pra mim.
Bella fechava a porta do quarto, lançando-me aquele olhar que me atirava na cama junto com
ela.
– Bella...
– O que você fez comigo, heim Edward? Eu não consigo pensar claramente perto de você.

Eu serei sincero. Bella caminhava até mim como uma felina, subjugando sua presa apenas com
o olhar. Eu estava ficando realmente assustado com ela.
– Bella... você não está pensando em sexo agora, está?
– Só de olhar esses seus cabelos, Edward... essa sua boca...seu corpo inteiro...eu só penso
coisas pervertidas.
– Criei um monstro.
–Sim. Criou. E agora trate de alimentá-lo muito bem.

Obviamente sou muito mais forte que ela, fisicamente falando. Mas quando eu a via assim tão...
safada, perdia completamente as forças. Bastou um único empurrão em meu peito e cai na
cama, seu corpo já caindo sobre o meu.
Eu não me cansaria de repetir isso nunca, afinal era a mais terrível realidade: Bella seria minha
ruína. Iria me lançar ao inferno muito em breve. E eu com certeza, iria feliz.

Bella POV
Eu andava de um lado a outro do quarto, quase comendo os dedos. Via a hora em que o chão
afundaria sob meus pés. O nervosismo me corroía a ponto de fazer minha cabeça latejar. Eu não
estava preparada pra isso agora. Acho que nem meus tios. Mas Edward era persistente. Tanto
fez até vencer as barreiras da minha resistência.
Jasper resolveu convidar Alice e Edward para um jantar em nossa casa com o pretexto de
apresentá-la oficialmente como sua namorada. E aproveitando o embalo... Edward comunicaria
aos meus tios que estávamos namorando. Só de pensar nisso meu estômago revirava. De
medo. Eu nem fazia idéia de qual seria a reação deles.

– Está me deixando nervoso com essa andança, Bella.


– Então pare de me olhar, Jasper. Além do mais a culpa é toda sua. Não está na hora. Tinha que
ter me preparado melhor.
– Está fazendo tempestade num copo d’água, Bella. Meus pais sempre souberam da sua
preferência por pessoas mais maduras. Minha mãe cansou de dizer que você iria acabar se
casando com alguém bem mais velho.
Jasper estava deitado tranquilamente em minha cama, as mãos atrás da cabeça.
– Tudo bem, Jasper. Você imaginar que vai acontecer é uma coisa... e vê-la se concretizar é
outra bem diferente.
– Eu sei Bella. Mas o Edward está certo. Quanto mais cedo vocês exporem a situação de vocês,
melhor.

Pior de tudo é que eu não fazia a mínima idéia de como Edward faria isso. Ia falar logo de cara?
Esperar mais um tempo? Deus... que agonia. Eu bem falei que era para esperarmos o
aniversário da Alice. Está certo que era dali a dois dias, mas ainda assim era mais tempo para
me preparar.
Entretanto, eu nem imaginava o que eu faria caso eles não aceitassem. Ficar longe de Edward
estava fora de cogitação. Não me via mais longe dele. Sério... eu estava ficando viciada nele.
– Bella, por favor, acalme-se. Estou começando a me arrepender de...
Ouvi nitidamente o ronco do volvo parando em frente à casa. Meu coração disparou e minhas
pernas fraquejaram fazendo-me cair sentada na cama.
– Deus... ele chegou.
– Se continuar com essa cara, meus pais irão perceber tudo sem que você diga nada.
– Não está me ajudando, Jasper.
– Vou descer. Tenho que receber meu sogro.
Disparei atrás do Jasper. A campainha soou assim que chegamos à sala.

– Devem ser eles, filho.


– Vou abrir a porta, mãe.
Lançou-me um olhar, tentando me acalmar e foi abrir a porta.
– Lice... que bom que chegaram.
Jasper deu um abraço forte em Alice que entrou logo depois.
– Boa noite, Edward.
– Boa noite. Como vai, Jasper?

O simples som da sua voz me fez tremer. Passei as mãos em meu rosto. Sabia que deveria
estar suando.
– Entrem, por favor.
Quando Edward passou pela soleira da porta minha pulsação disparou ainda mais e eu senti
vertigem.
– Algum problema, Bella?
– Não, Emmet. Só... calor.

Como se isso fosse possível, Edward estava ainda mais lindo. A calça e camisa pretas
deixavam-no ainda mais sexy. Meu pai eterno... ele estava maravilhoso.
Jasper se aproximou com Edward e Alice e fez as apresentações. Vi claramente a boca de Esme
se abrir, em assombro. Carlisle sorriu abertamente. Emmet com aquela cara de leão de chácara
de sempre. E quando Edward colocou seus olhos em mim, minha respiração ficou suspensa e
segurei com força no braço de Alice que já estava ao meu lado.

– Bella...
– Com vai, Edward?
– Muito bem. E você?
– B. bem...
– Sentem-se, por favor. Daqui a pouco iremos servir o jantar.
– Nossa... bem que o Jasper falou que é muito jovem, Edward. Posso chamá-lo assim, não é?
– Certamente que sim.

Estavam sendo atenciosos com Edward e até meio encantados com ele, devo dizer. O único
com cara de poucos amigos era o Emmet. Antipatizou com Edward de cara. E vez ou outra
olhava para mim e depois para Edward. Será que eu estava dando tanta bandeira assim?
Edward as vezes cruzava seu olhar com o meu. Não era demorado, mas era o suficiente para
me deixar corado e com vontade de avançar sobre ele e beijá-lo.

– Bella, pode ir comigo até o banheiro?


– Claro que sim, Alice.
Afastei-me com Alice. Bastou estarmos sozinhas para ela me atacar.
– Pelo amor de Deus, Bella. Dá pra você se controlar?
– O que eu fiz?
– Se continuar a olhar pra ele desse jeito, nem vai ser preciso dizer nada.
– Está tão óbvio assim?
– Se está? Bella. você devorando meu pai com os olhos. Tem idéia de como é difícil para ele se
controlar com você secando assim?
– Desculpe. Vou tentar me controlar.
– Faça esse favor a todos nós.
Descemos novamente.

– Bella, querida, já vamos jantar.


Minha tia abraçou a mim e a Alice.
– Fico feliz por você e Jasper. Pensamos que ele jamais teria coragem de dar o primeiro passo.
– Na verdade, Esme. Eu dei o primeiro passo.
– Não acredito.
– Verdade. E Bella deu a maior força quando fomos contar ao meu pai.
– Ah... eu imagino. Bella tem tudo a ver com pessoas mais velhas. Obviamente que saberia
convencer seu pai.
– E como.
Lancei um olhar furioso a Alice. Ela falava uma coisa comigo e agia de outra forma? Era louca ou
o que?

Fomos para a sala de jantar. Sentei-me entre Esme e Emmet. Meu tio Carlisle, como sempre, na
ponta. Edward e Alice em frente a mim.
Minhas mãos tremiam ligeiramente ao segurar o garfo. Dessa vez não era por medo ou coisa do
tipo. Era de ansiedade... vontade de ficar a sós com Edward.
– Deve ter sido difícil pra você criar a Alice sozinho, não é Edward?
– Realmente, Esme. Foi difícil, mas muito gratificante. Penso que talvez não fôssemos tão
unidos se tivesse sido diferente. Ou então somos tão parecidos que daria certo mesmo com a
presença da mãe.
– Realmente. A filha na maioria das vezes é mais apegada ao pai. E no caso de vocês dá pra
perceber como se amam.
– Deve ter deixado sua vida “pessoal” de lado...
Emmet falou pela primeira vez, e em seguida me encarou. Merda. Ele já sabia.

– Sim, muitas vezes. E não é uma coisa da qual eu me arrependa.


A essa altura eu já não ouvia mais nada. Minha cabeça girava e meu estômago estava meio
embrulhado. A minha vontade era de gritar que estávamos juntos e acabar de vez com essa
palhaçada.
Acho que foi o jantar mais longo de toda minha vida. Jasper apertou ligeiramente minha mão sob
a mesa, dando-me apoio. Segurei-a com força como se isso aliviasse meu desconforto.

Voltamos para a sala de estar. Sentei-me ao lado dos meus tios, em frente a Edward, Alice e
Jasper. Emmet ficou na poltrona.
Inspirei profundamente, rezando para não desmaiar quando Edward começou a falar.
– Esme, Carlisle, o motivo da minha visita aqui hoje não é meramente pelo namoro dos nossos
filhos. Temos outro assunto em comum que eu gostaria de deixá-los a par. Na verdade já queria
ter feito isso, mas...
Senti o peso do olhar de Emmet sobre mim. Abaixei minha cabeça torcendo as mãos sobre o
colo.

– Agora fiquei curioso, Edward.


– Carlisle... eu conheci sua sobrinha Bella há bem pouco tempo. Alice sempre me falava como
elas se davam bem como Bella era encantadora. Realmente eu pude constatar isso assim que a
conheci. Bem... a atração foi imediata... e recíproca.
– Ah... pelo amor de Deus!
– Emmet!
Esme interveio com firmeza.
– Desde então estamos juntos. Eu estou apaixonado por ela.
Silêncio. Eu continuava de cabeça baixa, meu rosto em brasas e o coração batendo na garganta.

– E é claro que ela está apaixonada por você também.


Ergui a cabeça e olhei para o meu tio.
– Como?
– Edward... sabe que Bella sempre se deu melhor com pessoas bem acima da idade dela. Aliás,
eu acho que ela nos engana. Deve ter mais de 30 anos.
O som alegre da risada de Edward penetrou meu organismo, acalmando-me um pouco.
– Você é um homem bonito, e sua aparência realmente é de alguém bem mais jovem. Não que
seja velho, mas... já tem até uma filha da mesma idade da sua... hã namorada. Ficaria admirado
se Bella não se interessasse.
– Sem contar sua carreira... justamente o que ela busca pra si.

Esme complementou. Percebi feliz, que eles não estavam bravos, embora isso não fosse um
sim.
– Sim, eu sei. Por isso mesmo eu achei que já era hora de saberem. Acho meio estranho um
homem da minha idade vir pedir a Bella em namoro. Mas é isso o que queremos. Então se tem
que ser feito assim...
– Espere aí... você tem uma filha na idade da Bella e vem aqui dizer que está namorando com
ela? Isso... isso é insano.
– Emmet quer calar a boca?
– Edward, se o que quer é nossa permissão para namorá-la... saiba que a tem. Não nos
importamos com questões de idade, mesmo porque como já dissemos Bella nunca nos enganou
a respeito de suas preferências.

Encarei Edward. Seus olhos também estavam fixos em mim. Esme segurou em minha mão
antes de falar. Isso me fez desviar a atenção que estava em Edward e encará-la.
– Sem contar que você deve gostar mesmo dela, Edward. Afinal, Bella é menor de idade e o
cargo que você ocupa.
– Sinceramente, Esme... meu cargo é o que menos me importa agora. Meu único objetivo agora
é fazê-la feliz, além de ver minha filha feliz com seu Jasper.
Alguém me segura ou vou avançar em Edward e enchê-lo de beijos. Ou então iria avançar em
Emmet e arrancar seus olhos.

– EU NÃO ACREDITO! VÃO FICAR A FAVOR DESSA PERVERSÃO? ELE PODE SER PAI
DELA!
– Emmet, pare já com essa histeria.
– Pai...
Carlisle levantou-se e arrastou Emmet dali.
– Com licença, Edward.
Voltei a encarar Edward.
– Então, querida, por que não se senta ao lado do seu namorado?
Abri a boca, absolutamente pasma. Edward ao contrário, abriu um largo sorriso e estendeu a
mão para mim.
– Venha, amor.

Levantei-me feito um autômato, caminhando em direção a ele. Mal percebi que Jasper e Alice se
levantaram cedendo o lugar para mim. Toquei sua mão imediatamente como se aquilo fosse um
sonho, fazendo-o desaparecer no mesmo instante. Sentada ao seu lado, Edward passou o braço
sobre meus ombros e beijou o topo da minha cabeça.
– Bella, você está hilária.
– Como?
Esme, Jasper e Alice caíram na gargalhada.
– Você parece... sei lá... não está acreditando ainda?
Prendi minha respiração e soltei logo em seguida, a lufada de ar saindo com alívio de dentro dos
meus pulmões.

– Eu... pensei. Ah, nem sei o que pensei. Achei que seria mais difícil.
– Bella... você sempre foi madura. Sua idade mental não combina com sua idade real, de forma
alguma.
– Está me chamando de velha?
– Você não, mas seu primo tem uma mentalidade tacanha e imatura.
Carlisle voltava visivelmente contrariado. Sentou-se ao lado de Esme.
– Desculpe-me, Edward. Emmet extrapolou um pouco.
– Na verdade, Jasper já tinha me prevenido sobre ele. É muito protetor em relação a Bella.
– PROTETOR O ESCAMBAU...
Ele voltava furioso lá de dentro.
– VOCÊ QUE É UM PERVERTIDO. DEVERIA TER VERGONHA NA CARA. COM O CARGO
QUE OCUPA, SUA FUNÇÃO É PROTEGER MOÇAS DA IDADE DELA E NÃO DESVIRTUÁ-
LAS.
Edward estava tão chocado quanto eu. Olhava para Emmet, incrédulo.

– VOCÊS DEVERIAM CUIDAR DA BELLA E NÃO ENTREGÁ-LA NAS MÃOS DE QUALQUER


UM.
– EPA... NÃO CHAME MEU PAI DE QUALQUER UM, SEU BRUTAMONTES.
Alice interferiu e então o falatório aumentou. Entretanto Edward puxou-me para os seus braços e
sem se importar com tios, filha e primos, ele me beijou. Mas foi um beijo suave, terno, não
aqueles apaixonados que tiravam meu fôlego.
– OLHA SÓ PRA ISSO... QUE DESPUDOR É ESSE? ISSO É UMA AFRONTA.
– EMMET! Ou você para com esse ataque de infantilidade ou eu vou bater em você aqui, na
frente de todo mundo. Respeite as pessoas, principalmente sua prima. Ela é madura o suficiente
para saber o que quer. E Edward não é nenhum moleque. Sabe muito bem o que isso pode
causar na carreira dele.
– Sei... ah, se sei.

Estremeci. Não sei por que mas senti um tom de ameaça em suas palavras. Mas felizmente ele
se retirou.
Carlisle e Esme estavam visivelmente envergonhados. Mas Alice bufava de raiva.
– Sinto muito, Edward. Emmet sempre foi assim em relação a Bella. Mas não toleramos
preconceitos e ofensas de qualquer espécie em nossa casa.
– Eu entendo, Carlisle. Como diz o Jasper, a Bella é o bibelô da família.
Abraçou-me mais forte ao dizer isso.
Esme mordeu os lábios tal e qual eu fazia quando estava nervosa ou envergonhada.
– Er... hum... Edward?
– Esme?
– Hã... e como ficarão agora? Quer dizer, são namorados e tal, mas você por ser um promotor
não poderá sair desfilando com ela por ai.
– Como eu já disse, minha carreira é o que menos importa agora. Minha única preocupação era
com vocês, Esme. Embora eu tentasse demonstrar confiança pra Bella, eu tinha receio sim, da
reação de vocês. Porque sinceramente, eu não me vejo mais sem ela.

Cristo... quando eu tivesse a sós com Edward... iria pegá-lo de jeito. Será que ele não percebia o
que essas palavras faziam comigo? Que homem no mundo diria isso assim, sem reservas, sem
medo de parecer ridículo ou piegas? Tipo: o coroa que se apaixona pela ninfeta? Acho que isso
é raro. Ou talvez não existisse. Edward era único. E isso só me fazia ainda mais apaixonada por
ele, completamente louca de paixão.

– Hã... Esme, então a Bella bem que poderia dormir lá em casa hoje, não é? Já que apoiam o
namoro deles.
– Hum... então está explicado o motivo de Bella ir tanto dormir na sua casa.
– Pode ficar tranquila, Esme. Meu pai se previne direitinho.
– ALICE!
Edward que brincava com uma mecha do meu cabelo olhou para ela visivelmente aborrecido.
Esme ficou meio envergonhada, mas Carlisle parecia se divertir diabolicamente.
– Pode ir tranquila, Bella. Sei que estará em boas mãos.
E que mãos. Se meus tios ao menos imaginassem o que aquelas mãos faziam em meu corpo...
Edward percebeu a queimação em meu rosto. Assim que Esme e Carlisle se distraíram ele
cochichou em meu ouvido.
– Pare com esses pensamentos ou não respondo por mim.
Ah... aquela voz em meus ouvidos. Meu pai... Edward acabava comigo fácil.

Graças a Deus a noite chegou ao fim. Pelo menos em família. Porque a minha iria começar
agora. Edward esperou pacientemente enquanto corri e peguei mais roupas.
Assim que descemos nos despedimos dos meus tios.
– Foi um prazer imenso recebê-lo aqui, Edward.
– Obrigado, Carlisle. E espero a visita de vocês daqui a dois dias. Aniversário da Alice.
– Ah, sim. A Bella realmente comentou. Iremos todos, com certeza.
Esme me abraçou e depois Carlisle.
– Nem vou dizer para cuidar dela, Edward. A carinha de felicidade dela...
– Boa noite pra vocês.

Edward falou depois de me dar um beijo na ponta do nariz. Fiquei sentada ao lado dele enquanto
esperávamos Jasper e Alice se despedirem. Vi que Edward olhava fixamente para a casa. Virei
meu rosto e vi Emmet em uma das janelas. Mesmo de longe os dois se encaravam. Depois
Edward me olhou.
– Terei problemas com o garotão?
– Ai... claro que não, Edward. Em primeiro lugar eu amo você. E em segundo lugar ele é meu
primo.
– Fico feliz em saber que o seu amor veio em primeiro lugar.
– Sempre.
– Mas você se esqueceu de outro detalhe: você não curte garotões.
Eu ri.
– É verdade.

Mais de uma hora depois chegávamos à casa de Edward. Alice e Jasper se demoraram tanto
que eu já estava ficando aborrecida.
– Olha a cara dela. Tudo isso é desespero para cair na cama com meu pai, Bella?
– Ah... deixe de ser indiscreta, Alice.
– Eu sei que é. Nem precisa responder.
Edward abraçou meu corpo erguendo-me do chão.
– Minha princesa.
– Ninfeta, pai.
Alice falou subindo as escadas e desaparecendo, deixando-nos a sós.

– Repete o que falou pra Esme.


– Que não me vejo sem você?
Afirmei.
– Não me vejo mesmo. Você é tudo o que sempre sonhei, Bella. Amo você demais.
– Eu também te amo.

Falei já enfiando meus dedos em seus cabelos. Edward me pegou no colo e entrou comigo por
uma porta que não identifiquei a princípio. Somente depois percebi que era o banheiro.
Edward me beijou com paixão enquanto levava sua mão até a torneira e enchia a banheira.
Suas mãos trabalharam rapidamente em mim , despindo-me.
– Preciso ter você... agora.

Eu também o ajudei com suas roupas e em segundos estávamos nus. Enquanto a banheira era
preenchida, Edward ergueu meu corpo e colocou-me sobre a bancada da pia. Desceu beijos
pelo meu corpo... seios... barriga... até alcançar o meu centro úmido.
– Sabia que estava maluca por isso.
Falou antes de enterrar a língua em mim, fazendo-me gemer alto. Circulou meu clitóris e depois
chupou-o vorazmente me fazendo ofegar.
– Venha...
Puxou-me dali. Minha mente já estava meio turva e mal consegui perceber a banheira que quase
transbordava. Edward entrou e sentou-se, pegando-me pela mão. Sentou-me de frente pra ele,
já se encaixando dentro de mim. Gememos juntos, completamente tomados pelo desejo.
Comecei a mover meu corpo sobre o dele no exato instante em que tomou meus seios em sua
boca. Suas mãos me apertavam com força, quase grudando em minha carne.

– Você é minha, Bella. Nada nos separa agora.


– Agora assume seus medos, não é?
– Sim... morro de medo de perder você, de não ter mais seu corpo, de não ver mais seu sorriso.
– Não vai perder. Sou sua, Edward. Pra sempre.

Edward gemia que me amava enquanto penetrava meu corpo cada vez mais fundo. A cada
sussurro de “Eu te amo” em meu ouvido meu corpo se convulsionava. Eu gemia
incontrolavelmente até sofrer outros pequenos espasmos de prazer, culminando com um mais
forte, explosivo que fez Edward e eu gritarmos juntos. Tentei controlar minha respiração, minha
testa colada na dele, ainda sentindo seu sêmen dentro do meu corpo.

– Isso não foi legal.


– Já foi, Edward. Não vamos pensar nisso.
– Por ora...
Não falamos mais nada. Apenas ficamos abraçados sentindo nossa respiração e o pulsar do
nosso coração. Eu sabia que nossa noite ainda estava começando.
*************************
Acordei meio atordoada, sem entender grande coisa. Parecia que não tinha dormido nem uma
hora. Olhei ao redor e vi a cama vazia. Não sei ao certo a que horas viemos para o quarto.
Lembro-me apenas de ter sido colocada na cama e em seguida ser possuída. E agora nada de
Edward.

Levantei-me e ia vestir sua camisa quando ouvi vozes alteradas. Não é possível que Emmet
resolveu armar barraco aqui. Joguei uma água rápida no corpo, vesti um vestido qualquer e
desci. Mas parei em choque ao chegar à sala.

– VOCÊ NÃO É BEM VINDA AQUI! O QUE QUER? ACABAR COM MEU ANIVERSÁRIO?
Edward, Alice e uma belíssima loira discutiam.
– Acho melhor ir embora, Tânia.
– Não, Edward. Vocês são minha família. E eu vim buscar o que é meu.
Eu arfei alto, sem querer, levando minha mão a boca. Os três se viraram.
– Olá... é sua amiguinha, Alice? Não vai apresentá-la à sua mãe?

Fechei meus olhos e apoiei-me sobre o encosto do sofá. A mãe de Alice estava de volta. A
mulher por quem Edward foi apaixonado. E de acordo com suas palavras... ela vinha disposta a
reconquistar Edward. O meu Edward.

Edward POV

Durante quanto tempo eu permaneci deitado, olhando para a mulher maravilhosa que dormia ao
meu lado? Nem sei dizer. O fato é que eu me perdia em Bella.Não havia a menor chance de
negar e dizer que eu não estava apaixonado por ela.
Eu simplesmente estava babando por ela.E não apenas por ser linda e me deixar maluco de
desejo.Bella era bem mais que isso em minha vida.

Felizmente minha conversa com seus tios foi bem mais tranquila do que imaginei. Pensei que
talvez Esme fosse ser o problema. Enganei-me redondamente. O garotão Emmet foi o do
contra.Mas era como eu tinha imaginado. Emmet nutria uma paixão pela prima. Eu conhecia
esses rompantes muito bem. Eu mesmo fui um louco apaixonado quando tinha essa idade.
Eu quase ri com esse pensamento. Hoje, mais maduro, eu via que o que eu senti por Tânia um
dia sequer chegava aos pés do que eu sentia por Bella.
Bella é bem mais madura que Tânia era naquela época. E parei por aqui.Não se podia comparar
as duas.

E nem queria pensar em coisas chatas. Estava feliz demais. Mesmo que ainda não pudesse
assumir Bella perante a sociedade, estávamos bem perante a família dela. Poderia tê-la comigo
todas as noites que quiséssemos. Se dependesse de mim seriam todas as noites,sem exceção.

Dei um beijo em seu rosto. Bella continuou dormindo sem mover um músculo. Tomei um banho
rápido e desci para preparar o café. Encontrei-me com Alice no corredor.
–Bom dia,princesa.
–Bom dia,pai. Ta feliz, heim?
–Não imagina o quanto.
–Posso imaginar. Agora terei que conviver com os gemidos todos os dias.
–Alice...eu estou te devendo umas palmadas.
Ela riu alto e descemos abraçados.

–Bella está dormindo ainda?


–Sim.
–Está acabando com ela,heim pai?
–Pare com isso,Alice. Você não era assim.
Ela apertou minha bochecha.
–Claro.Você não tinha uma namorada cuti cuti que eu adoro.

Eu ri alto. Pela primeira vez na vida Alice estava feliz por causa de uma namorada minha. Aliás,
as outras nem eram namoradas... eram casos.
Estávamos próximos à cozinha quando uma das empregadas aproximou-se com os olhos
arregalados.
– O que foi,Sarah?
–Tem...uma pessoa procurando pelo senhor.
– Por mim? A essa hora? Quem é?
–Ela...ela disse que..é mãe da senhorita Alice.
Meu corpo congelou. Alice arregalou os olhos e tapou a boca.
–Como? Tem certeza? Tânia?
–Sim..foi esse o nome.
Deus do céu...era só essa que me faltava.O que essa maluca estava fazendo aqui? Ah...não. Ela
que não me vinha com gracinhas. Iria colocá-la porta afora.
–Mande-a entrar,Sarah.
–Não,pai...por favor..eu não quero vê-la.
–´Quanto antes fizermos isso,melhor.
–Não, pai. Ela vai destruir nossa vida. Vai destruir seu namoro...
–Não vai,filha. Eu não vou deixar. Se a erva é daninha...iremos cortá-la pela raiz.
Assenti para Sarah que saiu em direção à entrada da casa.

Abracei Alice e fui com ela até a sala. Seu corpo tremia violentamente. Virei-a de frente pra mim
e segurei seu rosto em minhas mãos.
–Eu não vou deixar que ela magoe você, princesa.
–Pai...mas e Bella?
–Bella é a mulher que eu amo. Nada muda.
Ouvi o som dos saltos no piso de mármore e abracei Alice novamente. A mulher alta e loira
parou. Levou as mãos ao peito olhando-me de cima a baixo.

–Meu Deus... como conseguiu ficar melhor do que já era?


Não respondi. Apenas continuei encarando a loira pela qual fui apaixonado um dia. Era
belíssima, sem dúvida. Mas vazia e fútil. Passava longe do meu ideal de mulher.
–E olha só, minha filhinha...
Alice encolheu-se em meus braços. Primeira vez que a via muda.
– O que quer aqui,Tânia?
–Como o que quero? Essa é minha família.

Meu sangue ferveu. Queria essa mulher longe daqui. Já foi o bastante para perceber o mal que
ela infligia à minha filha.
–Sua família o cacete. Virou as costas sem sequer se importar conosco. Ficamos sozinhos...e é
assim que pretendemos continuar.
Seu olhar recaiu sobre minhas mãos.
–Espero que não esteja casado.
–Ainda não.
–Ótimo. Voltei pra ficar. Onde é o nosso quarto?

Finalmente Alice saiu do torpor.


– VOCÊ NÃO É BEM VINDA AQUI! O QUE QUER? ACABAR COM MEU ANIVERSÁRIO?
–Trouxe presentes, querida.
– Acho melhor ir embora, Tânia.
Ela me olhou com desejo... e na maior cara de pau desceu seus olhos pelo meu corpo.
– Não, Edward. Vocês são minha família. E eu vim buscar o que é meu.
Antes que eu dissesse alguma coisa, ouvi um arfar atrás de mim. Virei-me e vi Bella apoiada no
sofá, uma das mãos tapando a boca.

– Olá... é sua amiguinha, Alice? Não vai apresentá-la à sua mãe?


Vi Bella empalidecer e sem perceber corri até ela, arrastando Alice comigo.
Ajudei-a a sentar-se.
–Amor? Está tudo bem?
–Que história é essa de amor?
Alice fuzilou Tânia com os olhos. Agora resolveu soltar a matraca.
–Bella...essa é a mulher que me carregou no ventre e depois virou as costas.
Alice encarou Tânia.
–Tânia...essa é Bella... minha mammy.
Tânia me olhou e depois encarou Bella. Para minha surpresa Bella levantou-se e a encarou
também.

–Está namorando esse bebê,Edward? Ela poderia ser sua filha.


–Mas não sou.
As duas se encararam novamente.
–Deve ter a idade da nossa filha.
–Tenho dezoito.
Bella mentiu descaradamente. Coloquei-me entre Alice e Bella, abraçando as duas.
–Bella não é minha namorada...é minha noiva.
Tânia girou pela sala, olhando ao redor, incrédula e cobiçosa.
–Está brincando comigo. Essa garota nem deve saber fazer...
Eu deduzi o que ela ia dizer e interrompi.
–Ah...sabe. E como sabe.
Bella me abraçou pela cintura e ergueu seu rosto para mim.

–Ela está falando sobre aquilo,Edward?


–Acho que sim,amor.
–EDWARD!Eu estou cansada.Onde é meu quarto, por favor?
Sorri.
–Bella é a dona da casa agora. Ela é quem decidirá se você fica ou não.
Olhei pra Bella que olhou pra Alice. As duas pequenas se abraçaram.
–Você faz mal a minha enteada e em consequência...ao meu noivo também. Peço que se retire.
–Edward...
–Você ouviu a dona da casa,Tânia.
–Acha que tem cacife para me enfrentar, sua baixinha sonsa? Eu já falei e vou repetir. Voltei
para buscar o que é meu: Edward e minha filha.
Bella deu um sorriso largo.
–Tente.

Fiquei cheio de orgulho da minha ninfa. Não titubeou. Essa era a mulher da minha vida. Forte,
destemida.

–Antes de você nascer, pirralha...ele foi meu.


–AHHH...agora disse tudo. FOI. E mesmo assim porque não sabia a bisca que você era.
–Sua...
Bella apontou o dedo no rosto dela.
–Acha que Edward se contentará com você?Você não é experiente,Tãnia. É rodada...feito copo
de botequin.
–SUA VA...
–BAIXE SUA CRISTA EM MINHA CASA.E SAIA ANTES QUE EU CHAME OS SEGURANÇAS.

Eu estava bobo...e ainda mais apaixonado.

Tânia pegou suas malas e se virou.


–Eu volto.
Alice ainda tremia e sentou-se no sofá.Bella sentou-se ao seu lado...e desabou. Imediatamente
coloquei-me ao seu lado.
–Bella...calma. Já acabou.
Alice me encarou.
–Não acabou,pai. Está apenas começando.
–Que seja. Venha cá,Alice.
Ficamos os três abraçados.

–Agora escutem bem.Nada...nada nem ninguém irá nos separar. Não irei permitir isso jamais.
Vocês duas são minha vida.
Beijei os cabelos de Alice e depois os lábios de Bella. Se Tânia ousasse fazer mal a elas...eu
passaria sobre ela feito um trator.Sem piedade.

Bella POV

Mais uma noite que passaria ao lado de Edward. Felizmente meus tios não se importaram
quando ele ligou pedindo permissão. Eu não suportaria ficar longe dele. Pelo menos, não hoje.
Depois de tudo que vivi.
Parecia um pesadelo. A mãe de Alice de volta.Não vou negar que a princípio vi meu romance
seriamente abalado. Eu tinha que admitir que Tânia era linda. O medo que a antiga paixão de
Edward reacendesse foi inevitável.

Mas depois que ele me defendeu veementemente e mais, deixou que eu dominasse a situação,
não tive mais medo algum. Apenas raiva. Raiva daquela mulher que o fez sofrer tanto e agora
voltava como se nada tivesse acontecido. Raiva pelo mal que infligiu à Alice nesse momento.
Justo agora em que iríamos comemorar o aniversário de Alice. Meu coração condoeu-se ao ver
a dor e a tristeza nos olhos de Alice. Ela não precisava da mãe, nunca precisou.

Eu estava na cama de Edward,as pernas encolhidas de encontro ao peito, quando ele entrou.
Deitou-se ao meu lado e puxou meu corpo para perto dele.

– Como Alice está?


– Está mais tranquila. Jasper está com ela.
– Ele vai dormir aqui?
– Se ele quiser. Não me importo.
– você confia muito na Alice, não é? E no Jasper também.
– Está querendo dizer sobre sexo? Quanto ao fato de permitir que ele durma aqui?
– Sim. Sabe como é...esses hormônios adolescentes.
– E como sei...
Edward riu junto ao meu pescoço.

– Mas pense por uma lado, Bella. Acha que o fato de proibir aqui em casa, os impedirá se
quiserem realmente fazer sexo?
–É verdade. Motéis não faltam por aqui.
– Exatamente. Então se estão afim...que seja aqui, em lugar seguro. Ao contrário do que Alice
diz, essas paredes não deixam que a gente ouça gemidos.
Eu ri alto.
– Eu sei que ela faz isso pra me aporrinhar.
– É isso. Prefiro que fiquem aqui. Se acontecer...ela me contará com certeza. Foi criada assim.
Ela está triste hoje. A presença do Jasper irá ajudar muito.
– É verdade. Já que o papai dela está me consolando.
– Acha mesmo que precisa ser consolada? Você colocou a Tânia no lugar dela, Bella.
Ergui meus olhos para olhar nos dele.

– Posso te perguntar uma coisa?


– Qualquer coisa.
– Você...sentiu alguma coisa quando a viu?
–Sim. Raiva,apenas. E não por tudo o que fez. Mas por ousar vir aqui. Creio que sou um bom
pai, Bella. Não deixei nada a desejar. Resumindo: Alice não precisa dela.
Edward me abraçou mais forte, acariciando meus cabelos.
– Sabe que me vi perguntando por que fui apaixonado por ela?Quer dizer...se for comparar com
o que sinto por você, nem sei se era paixão. Você não corre risco algum, amor. Se é isso que a
preocupa.
– Obrigada.
– Eu te amo. Não tem que agradecer nada.
–Edward, e a festa da Alice?
– Iremos fazer de qualquer jeito. Está tudo acertado. Aliás...amanhã iremos sair. Quero que me
ajude a escolher um presente pra ela.
– Nossa...eu também não faço a mínima idéia do que comprar pra ela.
– Ótimo. Compramos os dois juntos. Aliás...você bem que está merecendo um presente.
– Nem vem. não ligo pra essas coisas.
– Eu sei que não.

Deitei minha cabeça no peito dele e fechei meus olhos.


– Ainda está chateada?
– Não.Embora eu não tivesse dúvidas, você me mostrou qual é o meu lugar em sua vida. Eu
ficava meio insegura às vezes, afinal, você é um homem bem sucedido, lindo... qualquer mulher
se sentiria assim.

Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, erguendo a fina e curta camisola. Seu olhar em chamas
acompanhava o trajeto das mãos fazendo meu corpo reagir instantaneamente.
– Você não é qualquer mulher, Bella. você é a minha mulher.Em breve estará casada comigo.
Eu arfei. Lógico que estávamos apaixonados e era cada vez mais difícil ficarmos longe um do
outro. Mas até então a idéia de casamento passou bem remotamente pela minha cabeça.
Imagine eu...casada com Edward? Seria como viver um conto de fadas. às vezes parecia que
Edward não era real.

– Casar?
– Não quer?
– Claro que quero. Mas pensei que você não iria pensar nisso tão cedo.
– Tenho que me garantir, Bella. Daqui a pouco estarei velho e você no auge da juventude. Então
é melhor eu sugar tudo de você antes que decida me abandonar.
– nunca irei fazer isso. Mas como pretende sugar tudo de mim?
Edward girou seu corpo e deitou-se sobre mim. Sua mão cobriu meu seio e apertou levemente o
mamilo entre seus dedos.
– Existem várias maneiras de se fazer isso.

Sua mão se fechou sobre o decote da camisola e nossos olhares se encontraram. Eu não
consegui captar o que ele ia fazer a tempo de impedir.Com um único movimento Edward
destruiu minha camisola.
– Ahh...
Meu gemido foi de prazer e espanto ao mesmo tempo.
– Eu gostava dela.
– Mas eu gosto de você sem ela.
A boca quente e úmida abocanhou meu seio fazendo-me agarrar em seus ombros e gemer sem
nenhum pudor.

Tomara que Edward estivesse certo quanto às paredes daquela casa. Eu estava em chamas e
seria difícil segurar meus gemidos.
–Edward?
Ele ergueu a cabeça e ao ver o desejo em seus olhos não pensei duas vezes em pedir o que
meu corpo ansiava.
– Eu não quero que seja delicado comigo.
–Bella, eu...
Aproveitei seu instante de indecisão e deslizei sob ele, empurrando-o. Edward deitou-se de
costas e montei sobre ele, minhas unhas deslizando pela barriga bem definida.
– você também não precisa ser delicada comigo.
Ele riu, debochado.
– Não?

Puxei seu calção de pijama, liberando o membro ereto e quase imediatamente desci sobre ele
fazendo Edward gemer alto e demorado.
– Então não serei delicada, amor.
Edward ergueu -se rapidamente ficando sentado na cama, abraçou meu corpo com tanta força
que gemi de dor.
– Tudo o que você quiser então, minha ninfa. Amo você.
Foi a última coisa que ouvi antes de me desmanchar nos braços dele.
***************************
Eu pensava na pergunta de Edward e percebi que não fazia a mínima idéia do que responder.
Merda. O que a gente dava de presente pra quem já tinha tudo?

– Há dezessete anos dou presente pra Alice, Bella. Estou ficando sem idéias.
Edward e eu circulávamos de carro pela cidade, pensando no que dar de presente para Alice.
– É tão difícil, Edward. Já deve ter dado de tudo a ela, não é?
– É bem provável.
– Uma viagem?
– Sim. Quando ela fez quinze anos.
– As milhares de jóias que ela usa só pode ser fruto dos seus presentes.
Edward riu, olhando distraído pela janela do carro.
– Verdade.
– Ai...dê um carro, então.

Edward imediatamente virou-se em minha direção. Não disse nada. Alice teria algum problema
com carros? Por via das dúvidas fiquei calada. Mas minha boca se abriu ao ver Edward
estacionar em frente a uma concessionária de veículos.

– Edward... eu estava brincando.


– É o presente ideal pra ela. Agora me ajude a escolher o modelo e a cor.
Desceu do carro com sua elegância nata e abriu a porta para mim. Todos os olhares femininos
se dirigiam a ele. Minha vontade era abraçá-lo e beijá-lo para todos saberem que ele tinha dona.
– Olá. Em que posso ajudá-los?

A ruiva deslumbrante surgiu toda sorrisos para Edward. Nem sei o que Edward respondeu.
Minha raiva já me cegava.Mas eu não poderia colocar tudo a perder. Demonstrar que éramos
um casal só iria prejudicá-lo.
Ficar ao lado de Edward sem ao menos tocá-lo era um suplício, uma tortura.
Mas pelo menos saímos juntos e isso já era alguma coisa. O duro era ver aquele bando de
mulher babar em cima do meu homem e eu nem ao menos poder dizer que ele era meu. Embora
vez ou outra, acho que por esquecimento ou costume, Edward segurava em minha mão. Mas
nem isso era suficiente para afastar os olhares gulosos de cima dele.
Circulávamos entre os carros. Edward testava, olhava tudo antes de dizer que não era aquilo
que procurava. Até encontrar um porsche amarelo

– E então? O que me diz,amor?


Arregalei meus olhos para Edward. A vendedora também olhou incrédula e invejosa ao mesmo
tempo.
– Eu... acho que Alice vai amar, Edward.
Ele deu aquele sorriso deslumbrante e virou-se para a vendedora que parecia em transe.
– Ficaremos com esse.
–Ótima escolha.
Assim que a vendedora se afastou Edward cochichou em meu ouvido.
– Por que essa cara de espanto?
– você me chamou de amor.
– E dai? É meu amor da vida toda. E estou pouco me lixando para o resto. O que vier eu
enfrento.
Sorri de pura felicidade. Eu enfrentaria também. Ao lado dele, sempre.

Edward POV
Pela primeira vez na vida eu fiquei indeciso na hora de comprar um presente para Alice. Nunca
tive esse problema, mas agora tudo o que eu pensava, me via perguntando se Bella gostaria.
Pensei no apartamento dúplex que ela tinha visto num folheto.
Provavelmente Bella não iria gostar desse presente. Por isso acabei pedindo opinião à própria
Bella.

E a resposta que ouvi me deixou de queixo caído. Como isso não me passou pela cabeça
antes? Era óbvio que Alice iria preferir um carro.
É..acho que estava perdendo o jeito pra coisa. Mas como eu disse a Bella...ha anos dou
presentes para a Alice. meu estoque de criatividade estava chegando ao fim.
Mas o carro seria perfeito. Um porsche amarelo...a cara dela.
Enquanto a vendedora tomava as providencias necessárias sussurrei ao ouvido de Bella.

– Por que essa cara de espanto?


– você me chamou de amor.
– E dai? É meu amor da vida toda. E estou pouco me lixando para o resto. O que vier eu
enfrento.

Era a mais fodida verdade. Ha tempos eu deixei de me preocupar se era um promotor ou não.
Apesar de amar minha profissão...eu amava Bella ainda mais. E não hesitaria em renunciar ao
meu trabalho por causa dela.

Minha vontade era agarrá-la aqui e agora. Estava começando a ficar incomodado.
Tudo estava indo muito bem até eu notar o olhar de alguns homens sobre ela. Eu que nunca fui
ciumento, agora estava me roendo. Pelo menos eu pensei que não fosse ciumento. Deus...o
sujeito olhava descaradamente para a bunda dela. Também...metida naquele jeans colado,
deixando a bunda ainda mais arrebitada e apetitosa...
E os vagabundos não disfarçavam...olhavam e comentavam entre si.

– Por que essa carranca,Edward?


Bella perguntou assim que saímos daquele inferno.
– Não me agrada que fiquem cobiçando o que é meu.
Bella sorriu e me abraçou.
– Muito menos eu. Não viu a vendedora toda derretida por você?
– E eu consigo enxergar alguma coisa que não seja você?
– Não sei...talvez.
– Falsa. sabe que não.

Novamente segurei em sua mão enquanto voltávamos para o carro. Eu me sentia bem assim, de
uma forma que nem sabia explicar.
– Preciso comprar alguma coisa, Edward. Mas agora nem sei o que posso dar.
– Eu já sei.
–Epa...ha minutos atrás tava pedindo minha opinião.
– Sim, mas lembrei-me que tem uma coisa que ela sempre compra. E dias desses vi um que ela
ira gostar com certeza.
– Então vamos lá. Onde é?
– Em uma loja no shopping.

Rapidamente chegamos e fomos diretamente à importadora onde eu tinha visto o que agradaria
a Alice.
Bella e eu, pra variar, seguíamos de mãos dadas.
– Olhe ali...
Bella olhou a maleta vermelha com tudo, absolutamente tudo de maquiagem.
– Deus...é perfeita, Edward. Ainda ontem ela me falou que precisava comprar coisas novas.
– Alice adora essas bugigangas.
– Verdade. Entre comigo. É esse mesmo que irei levar.

O bom disso é que Bella era rápida. Foi direto ao ponto, sem rodeios.
Fiquei ao seu lado, o braço em volta da sua cintura enquanto ela pegava o cartão de crédito. À
essa altura já tinha mandado meu juízo às favas.
– Posso pagar pra você.
– Nem vem, Edward.Eu pago as minhas contas.
– Por enquanto.

Olhei para o seu rosto, lindo, as bochechas levemente coradas e quase perdi o fôlego, sufocado
pela intensidade do que eu sentia.Pensamentos mirabolantes e cada um mais absurdo que o
outro passavam pela minha cabeça. girei meu corpo e vi a loja do outro lado do corredor.

– Eu já volto, Bella. mesmo se terminar antes, não sai daqui.


– Mas o que...
Afastei-me antes que ela perguntasse algo mais. Decididamente eu não estava racionalizando
direito.Mas eu era assim. Quando cismava com uma coisa...tinha que fazer.
Resolvi rapidamente e voltei à loja. Bella me aguardava olhando pacientemente alguns
acessórios.
– Pronta?
– Sim. podemos ir.
Agradecemos e saímos para o corredor do shopping.
– Onde foi?
– Comprar um presente pra você.
– Edward...pare com isso. Nem é...

Eu olhava a mulher à minha frente. Tão menina e tão mulher ao mesmo tempo. Linda com seus
cabelos emoldurando o rosto perfeito. Seus olhos estavam fixos em mim, a boca movendo-se
sensualmente, falando nem sei o que.

Num rompante, puxei-a para os meus braços e busquei sua boca. A principio ela ficou estática.
Mesmo assim minha língua buscou espaço em sua boca. Logo ela se rendeu permitindo que sua
língua se enroscasse na minha.

– Edward...estamos no meio do shopping. Está todo mundo olhando.


– Que se dane.
– Está maluco? você...
–Bella..
Eu a interrompi.
– Se seus tios são a favor de nós dois...
Parei um pouco. Eu mesmo estava assustado com meus pensamentos e atitudes.
– Sim, o que tem isso?
– Se eles são a favor , o que impede que você se case comigo?
Ela arfou. os olhos arregalados e a boca aberta pela surpresa.
– Edward...você..está querendo dizer..
– não estou querendo dizer, Bella. Eu disse. Eu te amo e você me ama. Os responsáveis por
você apóiam. Case-se comigo e fim de conversa.

Seus dentes prenderam seu lábio inferior e uma lagoa ameaçava formar-se em seus olhos. Seus
braços voaram ate meu pescoço, sua sacola caindo ao chão. Abracei-a fortemente e busquei
novamente sua boca.

Eu já tinha a resposta que queria. Estávamos absortos em nós mesmos, no meio de um


shopping lotado. Eu sentia que todos os olhares estavam direcionados a nós. E definitivamente,
isso não me importava nem um pouco. Eu tinha apenas duas coisas importantes em minha vida.
Uma delas estava em casa. A outra estava agora em meus braços. E o restante dos meus
sonhos...era consequencia da união de nós três.

Bella POV
Milhares de pensamentos se misturavam em minha mente. Entretanto eu não conseguia chegar
à conclusão alguma. Não com Edward deitado ao meu lado, acariciando minhas costas.

Desde o dia anterior eu não parava de pensar nas palavras de Edward. Realmente eu não
cheguei a pensar por esse lado. O meu maior medo era em relação à carreira, apesar de Edward
não se importar muito. Mas eu sabia que ele amava o que fazia e não achava justo abandonar
tudo por mim. Porque isso fatalmente aconteceria se viesse à tona que ele tinha um
relacionamento comigo, menor de idade. E meus tios gostaram tanto de Edward que duvidava
que fossem se opor ao casamento.

Por outro lado, meu medo de perder Edward às vezes ressurgia com força total. Ainda mais com
a presença da mãe de Alice. Tenho que admitir que era uma mulher belíssima. Estremeci
somente com a hipótese de Edward voltar a sentir algo por ela.

– O que foi? Está com frio?


–Não. Pensamentos tolos.
Senti seus lábios pressionando meus cabelos.
– Eu já posso até imaginar o que pode ser. Já disse que amo você. E hoje, antes da festa de
Alice irei conversar com seus tios.
– Não acha melhor uma hora mais...
–Não, Bella. É isso o que eu quero. A não ser que você não queira.
– Claro que quero Edward. Mas sei lá... hoje é dia da Alice.
– E ela não irá se importar nem um pouco. Alice está adorando tudo isso, Bella. E além do
mais... saber que seu pai irá se casar será um alento para ela nesse momento.
–É... nesse ponto você tem razão.

Edward pegou-me pela cintura, colocando meu corpo sobre o dele. Seus braços envolveram
minha cintura apertando-me de encontro a ele. Apoiei meus cotovelos em seus ombros, enfiando
meus dedos em seus cabelos.

– Mesmo assim ainda haverá falatório. Você se casando com uma garota de dezessete anos.
– Bella, eu já te disse que isso não me importa. Não estou me casando com você pela sua
juventude. Sei que é isso que dirão. Estou me casando porque amo você. E amo você pelo que
você é: linda, meiga, inteligente. E repito: so me importo com a sua opinião e com a dos seus
tios.
– Alice?
– Alice eu já sei a opinião, Bella. Ela ainda é capaz de dizer que demorei a fazer isso.

Sua boca tomou a minha, encerrando o assunto. Era incrível como um simples beijo de Edward
fazia meu sexo latejar de tesão. Também... os beijos de Edward jamais poderiam ser
considerados “simples”. Sua língua invadia minha boca, faminta e exigente. Deixei que a minha
encontrasse a dele, tirando-me o fôlego. Quando nos separamos, minha cabeça girava.
Coloquei-a sobre o peito de Edward respirando com dificuldade.

– Bella?
– Você sempre me tira o fôlego, Edward.
–Não é diferente comigo. Vamos levantar? Teremos um dia longo pela frente.
Antes que eu respondesse, Edward me pegou no colo com extrema facilidade, dirigindo-se ao
banheiro.
– Por que está fazendo essa carinha, mocinha? É so banho mesmo. Hoje estou falando sério.
– Você sempre diz isso.
– Mas eu aposto que Alice já está louca para que você saia para ajudá-la. É meio neurótica com
essas coisas de festa.
– Só mesmo banho? Que pena.

Edward riu alto, jogando a cabeça para trás ao mesmo tempo em que abria a ducha sobre nós.
– Bella... Bella. Eu não sou mais um garotinho. Não posso ficar fazendo essas estripulias.
Essa foi a minha vez de rir.
– Até parece, Edward. Você coloca no chinelo qualquer rapazinho de vinte anos. E nem fale
como se fosse um velho. Sabe que não é.
– Posso não ser, mas eu não tenho seu pique e nem os seus hormônios efervescentes.
– Em matéria de sexo, eu acho que seus hormônios continuam adolescentes, Edward.

Edward me encarou, seu olhar em fenda deslizando pelo meu corpo. Passou a língua no lábio
inferior enquanto me segurava pela cintura. Roçou a boca de leve em meu pescoço, subindo e
mordiscando o lóbulo da minha orelha. Minhas pernas tremeram e me agarrei aos seus ombros.
– Pensando bem... acho que temos um tempinho.
Meus mamilos duros de desejo encostaram-se em seu peito provocando calafrios em meu corpo.
– Sabe o que me deixa ainda mais maluco?
Nada além de um gemido escapou dos meus lábios.
– A sua entrega... a forma como seu corpo reage instantaneamente ao meu, mostrando o que eu
já sei: você é minha.
– Inteiramente sua.
Foi tudo o que consegui responder antes de ser engolfada num turbilhão de prazer.
**********
– Alice, você está nervosa à toa. Está tudo perfeito.
– Não sei Bella. E se não for suficiente para todos os convidados?
– Meu Deus, Alice. Isso aqui da pra fazer três festas de casamento e ainda sobra.
– Por falar em casamento... até que enfim meu pai tomou uma atitude. So quero ver a cara da
vaca loira quando descobrir que irão se casar tão rápido.
– Eu espero sinceramente que ela não saiba, por enquanto.
– Está com medo dela, Bella? Pelo amor de Deus. Não tem a menor chance com meu pai.

Alice e eu já estávamos vestidas para a festa, apenas esperando a chegada dos convidados.
Edward tinha ido se trocar e me pediu para prender Alice por uns tempos. Seria o prazo para que
ele buscasse o presente dela.

– Aliás... ainda não te dei seu presente...filhinha.


Alice abriu-se num largo sorriso ao pegar o embrulho em suas mãos.
– Ah... mammy...já me deu meu maior presente.
Ela falou me abraçando com força.
– Finalmente ver meu pai voltar à vida com alguém tão maravilhosa como você é meu maior
presente, Bella.
– Não fale assim que fico sem graça, Alice.
– Mas é a verdade.

Fiquei satisfeita ao ver a emoção dela ao abrir seu presente. Edward realmente sabia como
agradar a filha.
– Nossa... Bella... é maravilhoso. Obrigada.
– Confesso que tive ajuda do seu pai.
– É... ele sabe tudo o que me agrada. Aliás, onde ele está?
– Foi se trocar. Já deve estar quase terminando. Mas não acha que deveríamos descer?

Daqui a pouco começam a chegar seus convidados.


A festa seria no imenso jardim da mansão de Edward. Estava tudo perfeitamente decorado.
Nada ostensivo demais, mas de muito bom gosto.

Parecia que eu estava adivinhando. Assim que saímos para o jardim vi o carro dos meus tios se
aproximando. O carro do Emmett vinha logo atrás. Ele não falou mais comigo desde a cena
horrorosa que ele protagonizou na frente de Edward. E esperava sinceramente que ele não
repetisse.

Jasper, logicamente foi o primeiro a se aproximar. Abraçou Alice quase esmagando-a. Desviei
minha atenção dos dois e abri um sorriso para Esme e Carlisle. Enquanto eles se aproximavam
vi Edward vindo da direção da garagem. O presente da Alice já estava em casa.

Abracei Esme e em seguida Carlisle.


– Como está querida? Estou sentindo sua falta em casa.
– Eu também, tia. Muita saudade de vocês.
Logo depois Edward postava-se ao meu lado, o braço em torno da minha cintura.
– Boa noite. Como estão?
– Obrigado pelo convite, Edward. Sua casa é belíssima.
– Obrigado, Carlisle. Fiquem a vontade. Estão em casa.

Emmet aproximou-se com a cara emburrada, os braços cruzados em frente ao peito. Edward o
cumprimentou, mas ele apenas acenou com a cabeça.

– Carlisle, Esme... e os rapazes também. Queria aproveitar que os convidados ainda não
chegaram e conversar um pouco com vocês. Pode ser?
– Claro. Sem problemas.
– Eu preciso ir, pai? Sabe como é não é? Se chegar algum convidado...
– Não será preciso, Alice. Você já sabe do que se trata.
– Vamos?
Edward fez um gesto para que meus tios entrassem. Fomos para o escritório, apenas Alice
permanecendo no jardim.
Assim que todos se acomodaram nas poltronas de couro Edward me abraçou pela cintura.
–Esme, Carlisle... não irei repetir o que já disse da outra vez. Além do mais isso já está mais do
que estampado em meu rosto e creio que no da Bella também.
Carlisle riu.
– E como está. Não da pra negar como estão apaixonados.
Emmet fez uma careta de desagrado que passou despercebida a Edward.
– Pois bem... vocês mais que ninguém sabem com Bella é madura e segura do que quer. Apesar
de ser jovem ainda, tem total convicção do que quer para sua vida. Além disso, nossa situação
não é muito... comum, não que eu me importe com isso. Mas eu pensei bem e vi que seja hoje
ou daqui a cinco anos o que queremos não irá mudar, então não vejo motivos para protelar.
O que quero dizer é que, nesse momento eu peço a vocês, Carlisle e Esme, a mão da Bella em
casamento.

– O QUE?
Emmet berrou colocando-se de pé.
– EMMET!
– Mãe, pai... não acham que essa palhaçada já foi longe demais? Pelo amor de Deus... vocês
não podem ser coniventes com uma coisa dessas. Onde já se viu? É o típico homem que quer
se casar com uma garotinha para se mostrar macho.
Antes que Carlisle ou Esme dissessem alguma coisa, Edward avançou e parou em frente ao
Emmet.
– Escute aqui, rapazinho... em sua casa eu aceitei suas ofensas sem revidar. Mas em minha
casa eu não irei permitir que se dirija a minha pessoa ou à Bella ofensivamente.
Depois virou-se para os meus tios.

– Desculpem-me, mas ele está me dando nos nervos.


– Você está certo. É melhor ficar quieto, Emmet... ou ajustaremos nossas contas mais tarde.
– Então? O que me dizem.
Carlisle olhou para mim, depois para Edward.
– Bem, Edward... eu jamais poderia dizer que você está fazendo isso com medo da repercussão
em sua carreira. Você mesmo disse que não se importa com isso e eu acredito. Mas... existe
algum motivo que não sabemos para tomarem essa decisão?

Edward me olhou como se me pedisse permissão para contar o que realmente estava
acontecendo. Embora ele não tivesse dito nada, eu sabia que era também uma forma de me
deixar mais tranqüila em relação à Tânia. Apenas afirmei com a cabeça.

–Eu nunca fui casado com a mãe da Alice, como já contei. Mas agora... ela voltou querendo se
juntar a nós. É óbvio que isso está totalmente fora de questão, não so porque amo a Bella, como
pela Alice. Minha filha sofreu demais quando contei toda a verdade a ela. E não quero que sofra
novamente. Essa mulher que se diz mãe dela, nunca nos amou. Então... não a quero em nossa
vida.
– Ela conheceu a Bella?
– Conheceu sim, Esme. E eu sei que a Bella ficou um pouco insegura, sem motivos. Mas nem é
tanto por isso. Eu amo a Bella e... já está sendo quase impossível ficar longe dela.
– Eu entendo perfeitamente, Edward. E sabemos que Bella é madura o bastante para saber o
que quer. Se é isso o que ela deseja longe de mim fazer oposição. E que sejam muito felizes.

Não resisti e fui até Esme e abracei-a com força.


– Obrigada, tia. A benção de vocês é muito importante pra mim.
– Está feliz ao lado dele, Bella. E a única coisa que queremos é a sua felicidade.
Carlisle levantou-se também e apertou a mão de Edward.
– Estamos lhe entregando nosso tesouro, Edward. Mas tenho certeza que cuidará bem dele.
– Obrigado pela confiança, Carlisle. Saiba que Bella é tão especial pra mim quanto pra vocês.
–Eu naturalmente jamais ficaria contra meu sogro.
Jasper se pronunciou pela primeira vez arrancando risos de todos, exceto do Emmet.
– E quando pretendem se casar? Ou ficarão noivos primeiro?

Completamente surpresa, eu vi Edward colocar a mão em seu bolso e retirar de dentro dele uma
caixinha. Meu rosto ficou em chamas. Eu nem imaginava que iria fazer isso.
– Não quer dizer que iremos ficar um tempo noivos. Não quero esperar mais de um mês para me
casar com ela.
– Nossa... tão rápido assim?
–E ainda é muito, Esme.
Edward segurou minha mão e olhou em meus olhos, fazendo-me engolir em seco.
– Uma vez que já aceitou meu pedido... não vou correr o risco de repetir...
Eu ri ainda envergonhada.
– Eu não seria louca em recusar.

Mordi meus lábios quando Edward deslizou a grossa aliança de ouro em meu dedo e em
seguida beijou minha mão. Peguei a aliança dele e repeti seu gesto.
Esme, Carlisle e Jasper aplaudiram quando Edward me abraçou, buscando minha boca de forma
mais contida que a usual. Mesmo assim eu estremeci ao contato de nossos lábios.
– Amo você.
– Eu também amo você, Edward.

Quando Edward me soltou eu vi o olhar de fúria de Emmet. Estava começando a ficar


preocupada com ele. Edward fingiu que não percebeu.
– Acho que devo deixá-los se divertir agora, não é?
– Mas é claro que iremos brindar a isso, Edward.
– Certamente, Carlisle.

Saímos em direção ao jardim. Lá fomos até uma das diversas mesas e esperamos até que
Edward fosse cumprimentar os vários convidados que já estavam presentes, todos colegas de
escola.

Observei-o por um tempo e depois resolvi entrar e pegar um champanhe para brindarmos.

Eu mal tinha entrado na cozinha quando senti uma presença atrás de mim. Virei-me e dei de
cara com Emmet.
– Até quando vai continuar com essa palhaçada?
– Não é palhaçada, Emmet. Eu amo o Edward e ele me ama.
Emmet avançou até mim e segurou-me pelos braços.
– Me solte Emmet. O que há com você?
– Ele é velho pra você, Bella. E tem uma tonelada de mulher atrás dele. É tão burra que não
percebe isso?
– Pare com isso. Por que tanta raiva? Você mal conhece Edward e vem jogando pedra. Eu...
– Não fui com a cara dele e além do mais... você...
De repente seu olhar mudou... alguma coisa que eu não consegui decifrar. Mas ele foi se
aproximando e minhas pernas tremeram diante do meu pensamento.
– Emmet...
– Eu sempre gostei de você, Bella... e o que você me fez? Me magoou...
–Não faça isso. Somos primos...
Apertou meus braços com mais força.
– Eu te amo.

E colou sua boca na minha, levando sua mão até minha nuca, prendendo-me a ele.
Tentei empurrá-lo, mas era milhões de vezes mais forte. Tentei acertá-lo de alguma forma, mas
foi em vão.

– Bella?
A voz de Edward me fez tremer ainda mais. Emmet se afastou ofegante e encarou Edward. Seu
olhar ainda estava em mim, avaliando-me, indecifráveis. Depois recaiu sobre Emmet. Segurei-
me com firmeza à borda da mesa quando Edward deu dois passos e ficou cara a cara com
Emmet. Eu o conhecia muito bem. Ele fervilhava de raiva. So não sabia se do Emmet ou de mim.
Ou então... de nós dois.

Edward POV
Cumprimentar um a um, cada convidado da Alice nunca foi problema para mim. Mas isso foi em
anos anteriores, quando não tinha ninguém esperando por mim. Entretanto eu não iria reclamar .
Estava praticamente em júbilo. Carlisle e Esme apoiando meu relacionamento com Bella era
tudo o que precisava nesse momento.Eu sabia que no fundo ela ainda temia a presença de
Tânia à nossa volta. Pra ser sincero, eu não tinha medo algum. Só não queria perturbação em
minha vida. Estava feliz, Alice estava feliz... Por que ela teve que voltar justamente agora?

Mas eu protegeria minhas duas garotas do monstro de mulher que Tânia é. Aliás protegeria não
somente de Tânia. Que ninguém jamais ousasse encostar um dedo em qualquer uma das duas
ou a coisa iria feder.

Circulei por todas as mesas, titubeando apenas quando me aproximei da mesa onde estava
Lauren, Jéssica e seus pais. Aquelas garotas só faltavam me despir com os olhos, de forma
vergonhosa. Se ainda na adolescência já agiam assim, nem queria pensar em como ficariam
quando adultas. Provavelmente o tipo de mulher que eu abominava.
Assim que terminei os cumprimentos voltei à mesa onde a família de Bella se encontrava.

– Está tudo perfeito, Edward. Estão de parabéns.


– Obrigado. Mas o mérito todo é da Alice. Teve uma ajuda da Bella também, é claro. A
propósito... onde ela está?
– Acho que foi até a cozinha buscar o champanhe.

Olhei ao redor e não vi o sujeitinho, primo dela. Aquilo me preocupou, pois nada me tirava da
cabeça que ele gostava da Bella.
– Vou até lá, então. Talvez encontre dificuldade em achar o champanhe.
– Fique a vontade, Edward.
– Com licença.

Afastei-me à passos largos até a cozinha.Alguma coisa não estava me cheirando bem. E ao
passar pela porta eu vi que estava certo. O garotão marombado abraçando e beijando a minha
Bella.

O sangue ferveu em minhas veias e minha vontade foi colocá-lo pra fora a ponta pés. Mas tive
que me conter, um escândalo agora não seria nada bom. Não por mim, mas principalmente pela
família da Bella. Eles não mereciam isso.
Inspirei profundamente antes de falar.

– Bella?

Ele a soltou imediatamente, virando –se ofegante para mim. Que ódio daquele sujeito. Mas meu
olhar parou em Bella. Olhei atentamente para ela por um bom tempo. Se ele tivesse deixado
uma única marquinha nela eu não me responsabilizaria pelos meus atos.

Aproximei-me dele e ficamos cara a cara. Eu sou um pouco mais alto que ele. Entretanto ele tem
mais músculos, o que na minha opinião não quer dizer merda nenhuma.
Falei entre dentes, quase rosnando.

– Eu só não quebro a sua cara nesse instante porque não quero me rebaixar ao seu nível de
molecagem.
Ele deu um sorriso cínico.
– Ou está com medo de machucar o rostinho bonito?
Eu ri também.
– Medo por quê? Você tem apenas músculos. Mas mesmo para usá-los é preciso ter cérebro. E
isso que já vi que você não tem.
Ele bufou e sua respiração ficou ainda mais acelerada.
– Eu...
– Agora escute aqui, seu moleque. Não foi surpresa pra mim, saber que tem uma paixão
adolescente pela prima. E você mais que ninguém deveria saber que ela não curte garotões.
Escute bem o que irei dizer porque será a primeira e última e vez.

Abracei Bella ficando nós dois frente a ele.


– Bella tem um homem ao lado dela. E quando digo homem, falo em maneiras que você sequer
imagina.Portanto...fique longe dela. Ou eu derrubo você,rapazinho... E garanto que será tão ruim
que terá vergonha de se olhar no espelho.
– Quem você...
–EU SOU O HOMEM DELA. Agora...não teste muito minha paciência. Saia daqui como um bom
garoto antes que eu me esqueça da minha boa educação.
Ele encarou Bella. Abracei-a mais forte e rocei minha boca em seu pescoço fazendo-a
estremecer. Sorri olhando pra ele.
–Acho que você não gostaria de ver o resto.

Emmett bufou novamente e ainda deu um olhar pra Bella; depois se afastou, batendo os pés
com força exagerada. Fechei meus olhos, apoiando meu queixo na cabeça de Bella. Percebi que
ela tremia um pouco.

–Edward...eu... por favor. Eu não tive culpa, ele...


Afastei-me um pouco para olhar em seus olhos.
– É claro que é culpada, Bella.
Ela arregalou os olhos, as bochechas tingindo-se de vermelho.
– Mas, Edward...
Abracei seu corpo, roçando minha boca no canto da dela.
– É culpada por ser linda e tão sedutoramente deliciosa.É obvio que esses pobres garotos
ficariam malucos por você.
Senti sua pele se arrepiar e o tecido delicado do vestido denunciar a rigidez dos seus seios.
– Mas infelizmente pra eles... você tem dono. E muito ciumento, devo dizer.
Ela me abraçou fortemente, suspirando aliviada.

– Que susto você me deu, Edward. Não faça mais isso.


– Deixa de ser boba, Bella. Eu sei que jamais faria isso. Não é do seu feitio. Além do mais eu
percebi claramente que você tentava lutar contra ele.
– Você estava certo, Edward. Ele disse que me ama.
– Que pena. Sem chance para o priminho bombado.
Ela riu alto erguendo a cabeça para me olhar.
– Que gírias são essas, senhor promotor?
– Coisas da Alice. Cansei de ouvi-la falar essas coisas.
– Vamos lá? Falei que vinha pegar um champanhe.
– Deixe que os empregados mesmo levam, Bella. Vamos voltar lá pra fora ou seus tios irão
pensar que estamos...hum... aprontando.
Passei os braços pelos ombros dela, mas Bella parou, indecisa.

– Edward... tem muita gente da escola...pode ser perigoso pra você.


– Quantas vezes eu preciso dizer que não me importo com isso, Bella?
– Mas eu me importo. Por favor, Edward.
Revirei os olhos e balancei a cabeça.
– Tudo bem, Bella. Sou apenas o pai da aniversariante fazendo sala para a coleguinha gostosa.
–Mas faça sala apenas para essa coleguinha ta?
Eu gargalhei e sai da cozinha com ela. Bella era realmente absurda. Entretanto, antes que
saíssemos da sala e alcançássemos o jardim fomos interceptados.
– Senhor Cullen...
– Oi Rose... que surpresa.
–Alice me convidou.

Rose era uma garota alta e loira, na faixa dos 20 anos. Fazia estágio na minha agência de
viagem a pedido de seu pai, um grande amigo. Felizmente não era uma descabeçada como as
outras da mesma idade. Talvez por isso Alice gostasse um pouco dela. Jamais demonstrou
qualquer interesse por mim, sempre me tratando com o maior respeito.

– Ah... que bom. Acho que é a primeira vez que vem à minha casa, não é?
– Sim. E estou encantada. É belíssima.
Percebi que Bella estava inquieta ao meu lado. Eu conhecia bem seus sinais e sabia que ela
estava com ciúmes da loira. Totalmente infundado. Apesar de Rose ser linda, jamais me
despertou qualquer interesse.
– Bella...essa é Rosalie. Trabalha pra mim na agência de viagens.
Ela deu um sorriso forçado.
– Rose...essa é Bella...
Olhei em seus olhos antes de continuar.
– Minha noiva.
Rose e Bella arregalaram os olhos.
– Noiva? Eu não sabia. Nossa...parabéns. Alice deve estar exultante. Muito prazer, Bella.
– Igualmente, Rosalie.
–Pode me chamar de Rose.
– Hã...Rose? Não comente com ninguém sobre Bella ser minha noiva. Apesar de eu não me
importar, Bella morre de medo.
– Mas por que?
–Ela tem dezessete anos, Rose.
–Ah... mas e daí? Se estão noivos... a família dela apóia não é?
– Incondicionalmente.

Ouvi a voz de Carlisle que acabava de entrar na sala.


Fiz as apresentações e em seguida saímos para o jardim.
– Viu o Emmett, Bella? Ele sumiu.
–Ele foi embora, Carlisle. Eu vi quando partiu.
Alice respondeu olhando significativamente para mim. Era uma pena que ele tivesse ido. Iria
apresentá-lo a Rose. Tenho certeza que ele é o tipo de rapaz que agradaria à Rose.
–Edward?
Bella cochichou ao meu ouvido.
– E o presente da Alice?
Se Alice ao menos imaginasse que eu estava me esquecendo do presente dela, haveria falatório
a semana inteira.
– Alice, minha princesa... não vai me cobrar seu presente?
– Eu já estava ficando preocupada.
– Vamos lá? Não da pra trazer aqui.
– Ai meu Deus... o que será?

Alice levantou-se e me acompanhou. Os demais também vieram logo atrás. Senti suas mãos
trêmulas em meu braço ao ver que nos aproximávamos da garagem.

– Pai... não vai me dizer...


– Quieta e veja. Foi idéia da Bella.

Estiquei minha mão, tocando a de Bella e puxando -a para mim. Peguei o controle remoto do
portão que estava em meu bolso e lentamente ele subiu, revelando o presente de Alice.
Alice deu um gritinho e levou as mãos ao peito. Fiz questão de deixar apenas o carro dela ali.

– Pai... meu Deus...um carro, pai?


Ela gritou mais alto e se jogou em meus braços, beijando meu rosto e chorando.
– Meu paizinho...lindo..lindo. Obrigada...ah..pai. Eu te amo.
Apertei-a com força beijando seus cabelos.
– você merece, minha princesa. Aliás merece muito mais. E eu também te amo muito.
– Ai...meu coração está até batendo.
Revirei meus olhos.
–Óbvio que está não é?
– Eu quis dizer acelerado, pai.
– E não vai agradecer a sua mammy?
– Ai...claro.
Praticamente arrancou Bella do meu lado e a abraçou também.
– Mammy..obrigada por me fazer tão feliz.

Aquilo emocionou não só a Bella como a mim também. Eu não fazia idéia que Alice ficaria tão
feliz ao me ver com uma mulher. Talvez isso fosse porque essa mulher era a Bella, sua melhor
amiga. As duas choravam juntas, ainda abraçadas.

– Vão borrar a maquiagem desse jeito.


– Deixa de bobagem, Jasper. Essa é importada...a prova d'água.
Peguei as chaves em meu bolso e coloquei na mão de Alice.
– É todo seu, princesa. Divirta-se.
Seu sorriso alargou-se e imediatamente ela pegou Jasper pela mão e correu até o carro.
– Realmente é muito bonito, Edward.
– Não é, Carlisle? Estava numa dúvida do que daria a ela. Felizmente levei Bella comigo.
–Bella também tem bom gosto.

Abracei-a mais forte, sentindo seu corpo tenso. Sabia que era por medo de sermos vistos juntos,
mas eu pouco me importava. Abaixei minha cabeça e falei em seu ouvido.
– Agora só falta o seu,amor.
Bella me olhou, sobressaltada.
– Nem vem com essa, Edward.
–Será minha esposa. Nada mais natural que eu lhe dê presentes.
–Ih...será difícil,Edward. Bella sempre foi avessa à essas coisas.
–Eu sou insistente,Esme.
Ouvi Alice acelerar o carro e sorri.Estava feliz e isso me deixava duplamente feliz.
–Deixe Alice se divertir e vamos voltar para a mesa.

O jeito seria esperar Alice se cansar do brinquedinho novo para podermos brindar meu noivado
com Bella. Sentei-me ao lado dela, mas o simples roçar da sua perna na minha servia de
estímulo para pensamentos obscenos. Eu mal prestava atenção ao que Esme falava.
Senti seu pé pisando o meu e percebi que estava perdendo alguma coisa.

–Como?
– Disse que admiro sua coragem em assumir a Bella perante todos.
–Eu amo e quero me casar com ela. Acho que ninguém além de nós tem algo a ver com isso.
Nunca me importei muito com a opinião alheia.
Esme e Carlisle sorriram, abraçados.
Mas definitivamente eu não conseguia me concentrar. Parecia que os hormônios adolescentes
da Bella foram todos transportados para o meu corpo. Olhei significativamente pra ela e me
levantei.
–Com licença Esme...Carlisle. Eu já volto.
–Fique a vontade,Edward.

Entrei em casa apressadamente e subi direto ao meu quarto. Entretanto minha mão parou na
maçaneta ao ouvir meu nome.

–Senhor Cullen? Poderia me ajudar?

Girei meu corpo e quase enfartei ao ver Jéssica apenas com um sutiã transparente. A blusa
manchada estava em uma mão e o copo vazio na outra.
–O que pensa que está fazendo?
–Sujei minha blusa.
Veio se aproximando de mim.
–Achei que poderia me ajudar.

–AH...MAS EU MATO ESSA VADIA!


Jéssica e eu olhamos na direção da voz. Bella olhava com fúria pra ela. Jéssica estava
completamente aturdida com a explosão de Bella, que parou à sua frente e desferiu-lhe um tapa
no rosto.
–Ficou louca?
–Louca é você, sua puta. Não se cansa de dar em cima do Edward?
–Amor...calma.
Puxei-a para os meus braços sentindo sua respiração ofegante.

–Foi apenas um mal entendido.


Beijei seus cabelos diante do olhar incrédulo de Jéssica.
–Pode usar o banheiro para se limpar. Agora dê-nos licença que eu e minha noiva temos uns
detalhes a acertar.

Entrei com Bella em meu quarto e tranquei a porta, deixando a tonta da Jéssica parada e
boquiaberta.
–Ficou maluco,Edward? Disse a ela que estamos noivos.
–Você já tinha nos entregado,Bella.
–Mas...
–Bella, chega. Estou cansado disso. Eu não tenho medo. E nem quero ficar escondendo você.
–Eu sei.

Mas isso eu conversaria depois. Tinha coisas mais urgentes agora. Empurrei seu corpo até
minha cama e deitei-me sobre ela.
–Não vou conseguir esperar...tenho que ter você.
Bella mordeu os lábios e rebolou seu corpo sob o meu fazendo-me gemer e fechar os olhos.

Eu não tinha tempo nem paciência. Desci seu vestido abocanhando seu seio. Bella entendia
minha urgência e rapidamente abriu meu zíper, segurando minha ereção pulsante.

Estendi minha mão e peguei um preservativo na gaveta ao lado da cama. Afastei um pouco o
corpo para que Bella colocasse o preservativo. Não conseguia me desgrudar do seu seio. Ela
colocava lentamente querendo me provocar. Impaciente, retirei sua mão fazendo-a rir.

Terminei o serviço e no mesmo instante penetrei seu corpo, nós dois gemendo um pouco alto
demais.

–Edward... você é louco.


–Por você...e você adora.
–Sim...
Ela gemeu rebolando em meu pau, obrigando-me a estocar mais forte dentro dela.
– Mais,Edward... mais...

Aumentei o ritmo, segurando sua cintura e metendo com tudo dentro dela. Bella estremeceu e
colou sua boca na minha, abafando nosso grito de prazer.
– Prepare-se agora...
Falei com a respiração entrecortada, ainda estocando dentro dela.
–Vamos descer...e irei anunciar a todos que estamos noivos.
Bella arfou.
–Eu disse TODOS, Bella.
Joguei meu corpo ainda fervendo ao lado dela.
–É o que quer, Edward?
–Sim. Certeza.
– Pois agora eu também quero. Não quero essas vadias se jogando pra cima de você.

Eu ri e abracei seu corpo. Eu nunca me senti tão forte e destemido como agora.

Bella POV

Eu confiava plenamente em Edward. Amava seu jeito seguro, cheio de si... homem em todos os
sentidos. Com ele eu me sentia protegida, além de muito amada. Então eu não entendia o por
que desse medo. Talvez porque o amava demais e tivesse medo que algo viesse a nos separar.
Não sei bem o que...

Edward nada temia. Apesar de ser altamente respeitado na sociedade, ele não estava se
importando com o que poderiam dizer a respeito do seu relacionamento com uma menor de
idade. Mas eu não queria atrapalhar sua carreira. Eu sabia muito bem que ele adorava o que
fazia.

Pensava em mil maneiras de dissuadi-lo daquela idéia, mas nada iria surtir efeito. Ele estava
com uma expressão tranquila, quase serena depois que saímos do quarto.

– Bella, dá pra me dizer por que está com essa cara estranha?

– Eu não quero que faça isso, Edward. Não quero que exponha nosso relacionamento.

– Você tinha concordado, Bella.

– Sim, mas eu pensei melhor.

Ele suspirou, impaciente.

–Estou começando a achar que você está com vergonha de ser vista ao meu lado.

Reparei em seu rosto e percebi que ele não estava brincando. Estava realmente aborrecido
comigo. Abracei sua cintura, colando minha boca em seu peito.

– Não diga isso. Não pense assim, por favor. Desculpe-me, Edward. Eu sei que é besteira
minha...mas...eu não quero ver você triste. Se as coisas não forem como nós esperamos...

Ele me interrompeu.

– Bella, eu já te disse um milhão de vezes. A única coisa que pode me deixar triste é não ter
você ao meu lado. Eu não me importo com a opinião dos outros, Bella. Essa é a nossa vida. Eu
me importo apenas com você, com sua família. Eu não preciso do resto, definitivamente. Eu
posso perder o respeito de alguns? Posso. E quem disse que irei morrer por causa disso?
Coloque de uma vez por todas nessa sua cabeça: Eu. amo. você. Não há motivo para se
esconder do amor.

– Meu Deus...como eu sou idiota.

– Claro que não. É um pouco medrosa, pra ser sincero. Acha que estou agindo pelo coração? Eu
fiz isso ha anos, Bella. Quando era imaturo e não conhecia o amor. Agora sei muito bem o que e
quem eu quero.

–Está bem. Juro que não irei mais tocar nesse assunto.

– Acho bom mesmo. Ou irei dar umas boas palmadas nesse bumbum.

Mordi meus lábios, sem conseguir segurar um sorriso.

– E não faça essa cara. Vamos descer e acabar logo com isso.

Segurei sua mão e sorri, demonstrando uma segurança que decididamente, eu não tinha. Mas
Edward possuía isso por nós dois. Reparei no corpo másculo que caminhava um pouco à minha
frente. Que imbecil que sou. Tinha mais é que mostrar o homem maravilhoso que era somente
meu.

Voltamos para a mesa onde estavam meus tios. Alice e Jasper também já estavam de volta.

– Onde vocês dois se enfiaram, heim?

– Estávamos conversando, Alice. Tomando uma decisão.

– Que decisão?

– Irei anunciar meu noivado com a Bella.

Meus tios se entreolharam e depois encararam Edward.

– Não temos nada contra, obviamente. Desde o começo sabe o que está fazendo.

– Eu fico imensamente grato pela confiança que depositaram em mim, Carlisle. Eu acho
sinceramente que não ha motivos para ficar escondendo isso. Se vocês fossem contra, ai sim eu
teria um problemão pela frente. Mas se a família é a favor, quem poderá me acusar de qualquer
coisa?

– Podem acusá-lo de pedofilia, não podem?

– Você acha que se eu realmente fosse, estaria assumindo em público e ainda por cima com o
consentimento da família, Jasper? Seria discrepante, não?

– Eu sei. Mas eu digo pelos outros. Você sabe...pessoas com uma mente tacanha.

– Sim, eu sei. E como já disse a Bella... eu não me importo com o que dizem sobre mim.
Importo-me somente com o que eu sou.

Meus tios sorriam em sinal de aprovação. Eles adoravam Edward, essa era a verdade.

– Não imagina a satisfação que sentimos em ver Bella tão protegida e amada, Edward. Como
você sabe, ela é como uma filha pra nós.
– E agora é como uma mammy pra mim.

Nós rimos alto. Somente Alice para quebrar a seriedade do momento e amenizar um pouco o
meu nervosismo. Ajudou a deixar-me mais descontraída.

– Não sabe o medo que tive de você ficar com raiva de mim, Alice.

– Só por que se engaçou para o lado do meu pai?

– Sim, é claro. Talvez pensasse que sou como uma dessas amiguinhas nossas.

– Conheço mulher atirada e vadia só pelo jeito de andar, Bella.

Gargalhamos novamente e sem perceber coloquei minha cabeça no ombro de Edward. Ele
alisou meus cabelos e beijou minha cabeça.

– Vamos lá, Alice. Já que iremos cantar os parabéns...é melhor que eu faça isso agora.

Alice levantou-se batendo palmas e arrastou Jasper com ela. Meus tios também se levantaram e
fomos todos até a enorme mesa onde estava o bolo. Os convidados também foram se
aproximando e quando estavam todos próximos...eu comecei a tremer. Alice estava entre Jasper
e Edward. Eu estava ao lado de Edward e meus tios ao meu lado.

Eu tive certeza de ter ouvido suspiros quando Edward começou a falar.A maioria das mulheres
estava literalmente de boca aberta olhando pra ele. A vadia da Jéssica olhava para nós dois com
evidente inveja.

– Boa noite a todos. É um prazer imenso recebê-los em minha casa para comemorarmos juntos
o aniversário da minha princesa.

Deu um beijo na cabeça de Alice e ia continuar a falar quando foi interrompido. Quase morri de
ódio ao ver a vagabunda loira que se dizia mãe dela.

– Da nossa princesa, Edward.

Tânia apareceu do nada e praticamente empurrou Jasper, postando-se ao lado de Alice. Percebi
claramente as veias do seu pescoço pulsarem tamanha a raiva que deveria estar sentindo da
mãe. Edward no entanto permaneceu inabalável.

–Bom... para quem não conhece, essa é Tânia...foi ela quem deu a luz à Alice.

O sorriso dela murchou um pouco por não ouvir a palavra “mãe”. E Edward continuou seu
discurso sem ao menos olhar para Tânia. Algumas pessoas olhavam com curiosidade e
cochichavam.

– Esse talvez não seja o momento adequado, mas como não gosto de adiar certas coisas, tenho
um pronunciamento a fazer. Como a maioria de vocês já sabem, essa é Isabella, melhor amiga
da Alice.

Edward segurou minha mão e olhou-me nos olhos por uns instantes, depois beijou minha mão.

– E é com muito orgulho e muito amor que anuncio o nosso noivado. Isabella e eu iremos nos
casar em breve e achei oportuno compartilhar isso com vocês.

Ouvimos alguns Oh... de admiração, inveja,consternação. E em seguida...aplausos. As putinhas


batiam palmas desdenhosamente. Mas o melhor de tudo foi ver a cara da Tânia. Estava quase
roxa de raiva, as narinas infladas e segurando firmemente na borda da mesa.

Edward continuou a falar.

– Esses são Carlisle e Esme, tios e responsáveis legais pela Bella. E antes que alguma
cabecinha maldosa pense alguma coisa...Bella NÃO está grávida.

Alguns riram. Jesus...Edward não precisava ter dito isso. Quase desmaiei de vergonha. e para
completar Edward me segurou pela cintura e me beijou, da mesma forma apaixonada que fazia
sempre. Eu, é claro, nunca resistia. Entreguei-me ao seu beijo, ouvindo aplausos, UAU, WOW, e
coisas do tipo.

Quando nos separamos ele ainda me olhou um tempo, talvez buscando algum indício de
vergonha.

– Eu te amo.

Ele sorriu e se virou novamente, dessa vez pra Alice. E ela nos pegou de surpresa ao começar a
falar.

– Somente dessa vez eu irei deixar meu pai fazer essa gracinha em minha festa. Tudo bem... ele
não consegue esconder seu amor pela minha mammy. Olha gente...eu queria muito que todo
mundo tivesse um pai como o meu. Além de ser muito lindo...ele é pai e mãe.

Algumas pessoas riram, outras safadas engoliram Edward com os olhos.

– Não sei se já tive oportunidade de dizer o quanto eu amo esse homem. Quando fomos
abandonados e ficamos apenas nós dois, ele se desligou do mundo para poder me criar. Deu-
me amor de pai, de mãe, de avós. Esqueceu-se da vida pessoal para se dedicar somente a mim.
Sempre foi meu apoio, minha referencia de vida. Era para o seu colo que eu corria quando
estava triste, com dor... solitária. Felizmente ele agora encontrou a minha mammy, minha amiga
Bella. Ela sim soube dar a ele todo o amor que ele merece.

Mordi meus lábios com tanta força que senti o gosto de sangue. Mas nem assim consegui deter
as lágrimas que desceram pelo meu rosto. Olhei para Edward e ele chorava também. Alice ainda
tentou fazer graça para não chorar, mas acabou chorando também.

– E olhem só como ele é perfeito: ele chora. Nada daquela palhaçada de “Homem não chora” .
Pai... eu te amo muito. E estou imensamente feliz por você finalmente me dar uma mãe de
verdade. Você é meu Ídolo.

Mais aplausos e Alice se atirou nos braços de Edward. Logo em seguida ele me puxou para o
abraço dos dois.

– Aliás...

Ela falou, soluçando.

– Eu amo vocês dois.

– Nós também te amamos, amiga. Muito.

Edward tremia ligeiramente, a boca ainda nos cabelos de Alice.

– Eu não esperava por isso sua, maluca.


Ela deu uma risadinha.

– Nem eu.

Quando nos separamos, Alice abraçou Jasper e eu continuei abraçada a Edward. E Tânia?

Olhei para os lados e não a vi em lugar nenhum. Será que tinha enfiado o rabo entre as pernas e
ido embora? Porque por querer ou não, Alice deu um tapa em sua cara ao dizer aquelas
palavras.

Quando se recuperou, Alice voltou a falar.

– Mas nós viemos aqui para nos divertir não é? Chega de melação.

Em seguida cantamos os parabéns para ela e voltamos para a mesa enquanto muitos
convidados se dirigiam a pista de dança. Edward e eu ainda fomos cercados por alguns pais de
amigas para nos dar os parabéns.

Edward quis dançar comigo e inacreditavelmente, aceitei.

– Onde está Tânia, Edward?

Eu perguntei assim que começamos a deslizar pela pista. Não fazia idéia que Edward dançava
tão bem. E não sei por que ficava admirada. Edward era perfeito em tudo.

– Não sei e nem quero saber, Bella. Meu Deus, essa mulher não enxerga o mal que ela faz à
minha filha? Querer impor sua presença ainda mais como mãe.

– Mas Alice conseguiu colocá-la no chão.

– Ah, sim...embora quase tenha me matado do coração com aquelas palavras.

– Até parece que não sabia disso, Edward.

– Claro que sei, Bella. Mas ouvir essas palavras, ainda mais na frente de tantas pessoas... é
uma emoção difícil de descrever.

– E se eu dissesse que eu te amo você ficaria emocionado também?

– Eu fico emocionado só de tê-la em meus braços agora, Bella.

Coloquei minha cabeça em seu peito enquanto ele me conduzia. Dançamos várias músicas, mas
quando a pista começou a ficar mais movimentada, voltamos para nossa mesa.

Esme olhava a decoração, fascinada.

– Sabe, Edward...estava pensando. Se Alice fez isso tudo para o próprio aniversário e depois de
uma declaração de amor daquela que fez à você... o que ela irá aprontar quando se casarem?

– Eu já pensei nisso, Esme. Não será pouca coisa, com certeza. Alice é meio ...espalhafatosa.
Olhe lá...

Alice se esbaldava na dança, com um Jasper meio sem graça ao seu lado. Era a imagem da
descontração.
– Está tudo muito lindo...mas temos que ir embora.

– Ah, não...tio. Está tão bom. Por que tem que ir tão cedo?

– Pra ser sincero...estamos preocupados com o Emmett.

–Ah...entendi.

Eu tinha me esquecido completamente dele. Despedimos dos meus tios que pareciam realmente
felizes com o dia de hoje.

Assim que ficamos a sós, Edward mordiscou minha orelha.

– Amor... bem que a gente podia subir um pouco.

Sorri.

– Não via a hora de você dizer isso.

Subimos rindo, de mãos dadas. Mas tão logo chegamos aos pés da escada, Edward me pegou
no colo e subiu comigo até o quarto.

–Você mexe tanto comigo, Bella. Jesus...acho que irei ficar maluco quando estivermos casados.
Você e eu ...o dia inteiro juntos.

Entramos no quarto dele aos beijos, mas quando ele me colocou no chão um grito de ódio me
escapou. A vagabunda loira estava deitada na cama dele, usando apenas uma lingerie
vermelha. Nunca senti o ódio me cegar de forma tão intensa.

– O que está fazendo aqui, Tânia? Não tem vergonha na cara?

– Vim te mostrar a diferença entre uma mulher e uma garotinha, Edward.

Segurei Edward pelos braços e empurrei-o para fora do quarto.

– Espere lá fora, Edward.

– Mas...

–Espere enquanto faço essa puta se vestir. E ai eu acerto minhas contas com ela.

Fechei a porta antes que ele pudesse impedir e passei a chave.

A meretriz estava sentada, apoiada nos braços e sorria, esfregando uma perna na outra.

– Então vamos lá...às diferenças entre uma garotinha, que sou eu....e uma suposta “mulher”, que
é você.

– Eu disse...

– CALA A BOCA!

– A primeira diferença é:juventude. Eu tenho. Você... não passa de uma velha mal acabada
carregando quilos de maquiagem nesse rosto pelancudo.

Ela prendeu a respiração e se preparou para falar, mas eu interrompi.


– A segunda é óbvia: no corpo. Olhe meus seios...durinhos, NATURAIS...do jeito que meu
Edward gosta.

Girei meu corpo ficando de costas pra ela.

– Olha esse bumbum empinado e durinho...Edward vai a loucura só em vê-lo. Sem contar...

Virei-me de frente novamente e deslizei a mão até minha virilha.

–Aqui... apertadinha...pequena...não uma arrombada feito você.

– SUA PUTINHA MIRIM! VOU ACABAR COM SUA RAÇA!

Eu ri alto, dominada pela fúria e avancei até ela.

– E a última diferença queridinha, é que nós jovens, somos muito mais fortes.

Fechei minha mão e levei meu braço para trás e voltei diretamente em seu rosto. Um soco tão
potente que nem eu imaginava que seria capaz. A força foi tanta que Tânia escorregou dos
lençóis de cetim e caiu ao chão, derrubando o abajur e mais alguns objetos que estavam sobre a
mesa ao lado.

O barulho de coisas se quebrando chamou a atenção e imediatamente a porta se abriu.

– Bella?

Edward veio correndo, mas parou ao ver Tânia caída. Seu nariz estava ensanguentado e ela
chorava.

– Você...você quebrou meu nariz, sua ordinária.

Não tive pena. Abaixei-me à sua frente e olhei em seus olhos.

– Não vou dizer que você perdeu, porque você jamais teve meu Edward. Eu espero que você
tenha apenas dignidade e vergonha na cara. Ele não te quer, a garota que você colocou no
mundo não te quer. Você é feia, Tânia. E não digo isso da sua casca. Eu falo da sua essência.
Eu não irei repetir: saia do meu caminho.

Levantei -me e puxei Edward pela mão. Ainda estava abobalhado com a cena que presenciou.
Fomos para o quarto em que eu ficava e de lá ele pediu à empregada que subisse e
acompanhasse Tânia até a saída.

– Você me surpreende a cada dia, Bella.

– Agora eu sei do que sou capaz para defender quem eu amo,Edward. Aprendi a lutar pelo que é
meu. Você fez sua escolha e não teve medo de assumir. Por que eu iria ser fraca? Você merece
uma mulher forte ao seu lado.

Ele riu e me abraçou.

– Então...eu mereço você.

Eu ri e empurrei-o até minha cama. Joguei meu corpo sobre o dele mordendo seu pescoço. Essa
briga com a Tânia acabou por me abrir o apetite. Então..eu ria me fartar.
Bella POV

Quase meio dia e eu ainda curtia preguiça na cama, um sorriso idiota no rosto. Podia dizer no
final das contas que minha noite inteira foi perfeita. Edward e eu oficialmente noivos, com direito
a declaração e tudo mais, a safada da Tânia com o nariz quebrado... e horas de amor nos
braços de Edward. Não sei, mas parece que ele se encheu de orgulho ao me ver enfrentar
Tânia. Tanto que fui recompensada.

Geralmente ele ficava receoso em não ser delicado comigo, como ele costumava dizer. Mas a
verdade é que eu estava amando aquele jeito selvagem dele. A forma como me pegava com
força, beijando minha boca e meu corpo com avidez. E nessa noite fez o que eu queria. Algumas
vezes eu ainda ficava envergonhada com ele, mas nessa noite não havia nenhum vestígio de
pudor. Eu gemi alto quando ele me virou na cama, deixando-me de quatro. Meu corpo inteiro se
arrepiou e precisei segurar-me com força na cabeceira da cama tamanho vigor com que
empurrava seu membro para dentro do meu corpo.

Suspirei e sorri de puro prazer ao me lembrar de suas mãos fortes segurando minha cintura
enquanto eu rebolava de encontro a ele. Edward quase me matou de prazer, mas ele também
ficou extasiado. Foram horas e mais horas de sexo e amor até ficarmos momentaneamente
saciados. Fomos dormir às cinco da manhã e mesmo acordando agora, eu ainda me sentia meio
sonolenta. Entretanto ao girar na cama, notei que Edward não estava mais lá. O quarto estava
silencioso, então provavelmente não estaria no banheiro também.

Sentei-me na cama e ergui meus braços, espreguiçando-me. O gesto fez o lençol escorregar
deixando meus seios à mostra.

–Desse jeito eu volto pra cama.

Senti que fiquei ruborizada, mas não me escondi. Edward estava entrando no quarto com uma
enorme bandeja nas mãos.

– O que é isso?

–Seu café da manhã. Quer dizer... a essa hora poderia ser o almoço, mas fiquei com preguiça de
fazer.

Ele colocou a bandeja sobre a cama e me beijou.

–Aliás, preguiça não. Eu queria era voltar rápido pra essa cama.

–Então sente-se aqui ao meu lado. Confesso que estou morrendo de fome. Mas vou acabar
ficando mal acostumada desse jeito.

–Não tem problema. Adoro mimar você.

Fiquei um tempo em silêncio enquanto tomava meu suco. Edward também tomava o seu, mas o
seu olhar estava fixo em mim.

–Quer falar alguma coisa que eu sei. O que é?

–Er... hum... Edward, você acha que a Tânia ainda vai nos dar trabalho?

–Eu espero sinceramente que não, Bella. Não justifica. Já deixamos bem claro que nos amamos
e ficaremos juntos.
–Mas ela pode fazer isso apenas para aporrinhar.

Ele deu de ombros.

–Desde que ela não encoste as mãos em você... o resto posso ir levando. E nem é ela quem me
preocupa.

– Quem, então?

– O moleque... Emmett. Não que eu esteja com medo, nada disso. Só que se ele aprontar... eu
terei que revidar e não quero magoar seus tios.

–Eu entendo. Mas tenho certeza que meu tio conseguirá colocá-lo em seu devido lugar. Nem por
tanta imaturidade, não é?

–Homens geralmente demoram a amadurecer, Bella. Essa é a verdade.

–Sim,mas você na idade dele já era pai.

–E amadureci a duras penas. Talvez se não tivesse me tornado pai tão cedo... teria sido um
inconsequente e não estaria onde estou agora.

–Talvez. Mas às vezes tenho a impressão que você já nasceu assim...

–Assim velho?

Dei um tapa em seu ombro,fazendo-o rir.

– O que pretende fazer o resto do dia,Edward?

–Continuar nessa cama e fazer amor com você até a exaustão me parece uma boa opção.

–Eu estava pensando nisso mesmo.

Edward colocou seu copo na bandeja e preparava-se para tirá-la quando ouvimos uma batida na
porta.

–Estão decentes?

Edward revirou os olhos.

– Pode entrar,Alice.

Enrolei o lençol em volta do meu corpo, cobrindo meus seios.

–Bom dia, família... hum que chique. Café na cama...

–E eu ia levar o seu se não estivesse refestelada na piscina.

–Ah... pensei que nem iriam sair desse quarto hoje.

–Na verdade estávamos falando sobre isso, mas você interrompeu.

–Ah... mas não irei me desculpar.

Edward retirou a bandeja e no mesmo instante Alice deu um salto, jogando-se ao meu lado na
cama. Edward sentou-se novamente, deixando Alice entre nós dois.

– Olha isso aqui, mammy. O que acha?

Olhei para os papeis nas mãos dela. Vários nomes de pessoas, clubes, empresas... não estava
entendendo nada.

–O que é isso?

Ela revirou os olhos... era a cópia do pai, sem dúvida.

–Como o que é isso? São os preparativos para o casamento ,ora.

Edward me olhou com um sorriso divertido.

–Casamento? Mas já?

–Não estou dizendo que é já. Mas aposto que meu pai não irá esperar muito tempo. E além
disso... isso será um acontecimento. Recuso-me a fazer uma festa chinfrim. Será uma festa de
arromba.

Olhei para Edward em busca de socorro. Ele se limitou a sorrir.

–Alice, não acho que isso seja necessário.

–Não quero saber sua opinião em relação a isso.

–Então por que me mostrou essa lista?

Ela arrancou os papéis da minha mão.

–Esquece. Se for dar palpite errado é melhor nem ter conhecimento da lista.

–Olha só... está muito atrevidinha. Eu poderia dar uns tapas em sua bunda.

–Meu pai nunca me bateu.

–É... ele não é tão perfeito como pensei.

Edward riu alto.

–Estou perdido. É nisso que da resolver abrir uma creche.

–Está nos chamando de crianças, pai?

Alice perguntou,ficando de joelhos na cama.

–Não. Estou chamando de bebês.

Alice me encarou e eu fiquei de joelhos também, ambas encarando Edward.

–Ao ataque, Bella?

–So se for agora, Alice.

– O que...
Nem demos tempo para que ele perguntasse e saltamos sobre ele. A surpresa o impediu de
reagir a tempo. Quatro mãos apertando e fazendo cócegas nele ao mesmo tempo em que duas
bocas o beijavam por toda parte.

–Suas loucas...

–Meu paizinho...tão lindo...

Alice ria, as faces vermelhas, já quase sem fôlego.

–Vão me pagar por isso.

–Isso é uma ameaça, amor?

Mordi seu peito e fui descendo pela sua barriga.

–Bella, isso é perigoso.

Lembrei-me no mesmo instante de como ele ficava quando eu fazia isso. Ergui meu corpo e o
lençol que o cobria acabou por desamarrar. Edward olhou meus seios, engolindo em seco.

–Ah... seus sem-graça, pervertidos. Nem sabem brincar.

Alice levantou-se indo em direção à porta.

–Não façam muito barulho. Tem criança em casa.

Assim que a porta se fechou,Edward me puxou com força sobre o seu corpo.

– Quer ver o castigo que posso dar às menininhas desobedientes e bagunceiras?

Meu corpo inteiro estremeceu. O verde escuro dos seus olhos me deixava ver que
definitivamente, não sairíamos desse quarto hoje.

***************************

Minha expressão não era das melhores. Remexia meu café sem vontade alguma. Na verdade eu
não queria sair, não queria ir para a faculdade. As férias de Edward estavam chegando ao fim e
eu não queria ficar longe dele. Depois iríamos nos ver somente à noite. Isso quando eu dormisse
aqui.

–Saco.

Deixei escapar.

–Ah, pelo amor de Deus, Bella. Quem vê assim nem fala que passou o domingo inteiro dando
pro meu pai.

–Alice!

Meu rosto queimou, mas nem tive como desmentir. Era verdade mesmo. Passamos o domingo
inteiro no quarto. Edward ainda saiu para pegar nosso lanche e jantar. Mas eu so saí da cama
para tomar banho.

–Vamos embora. Já estamos atrasadas.


–Eu levo vocês.

Edward descia as escadas, os cabelos molhados ainda respingando em sua camisa azul escuro.
Sinceramente? Eu sentia calor apenas em olhar pra ele.

Parou ao meu lado e estendeu sua mão para que eu me levantasse.

–Não faça essa carinha. Como irá se transformar numa promotora de sucesso se ficar matando
aula? Eu levo e busco vocês, está bom assim?

–Bom não está... mas o que se há de fazer?

Edward abraçou minha cintura, enterrando o rosto em meus cabelos.

–Terá a noite inteira comigo,amor.

–Não sei. Não conversei com meus tios ainda.

Alice me puxou pela mão.

– Pare de se fazer de vítima. Sabe muito bem que eles irão deixar.

–Pode ser. Afinal, eles amam seu pai.

–Eles e mais a mulherada toda.

Eu parei, ficando congelada.

–Alice, não provoque. Não sabe como essa mulher é ciumenta.

–Sei sim. Aliás nem agradeci por ter quebrado o nariz da vagaranha loira?

Edward franziu o cenho.

–Vagaranha?

– É pai. Uma mistura simpática de vagabunda com piranha.

Edward apenas balançou a cabeça e não disse nada. Eu fui calada durante todo o trajeto até a
faculdade. Era até ridículo. Mas eu estava me sentindo tão mal hoje, tão angustiada. E isso so
me fazia querer ficar ao lado de Edward o tempo todo.

Despedi-me dele demoradamente, ficando um longo tempo com a cabeça em seu ombro.

–Bella, sinceramente estou começando a ficar preocupado. Não é pra tanto. Serão apenas
algumas horas, amor.

–Eu sei, Edward. Eu ficarei bem, pode acreditar.

–Eu volto pra te buscar. Pense em mim.

– Puff... como se precisasse pedir.

Dei um último beijo nele e caminhei até Alice.


–Abra essa cara ou abro eu mesmo com um murro.

–Deveria respeitar sua mammy.

–Eu respeito. So não respeito esse fogo todo. Coitado do meu pai, Bella. Desse jeito vai matá-lo.

–Ele é quem me mata, ta bom?

–Ah...ta. Não quero saber da vida sexual do meu pai.

– Então cala a boca e vamos pra sala.

Como sempre eu e Alice sentamos juntas na aula de história. E à nossa frente...Jéssica e


Melinda. Duas vadias de mão cheia. Jéssica me olhou com desprezo assim que passei por elas.
E a partir daí começaram as provocações.

–Sabe, Mel...eu adoro um homem mais maduro. Acho tão sexy e gostoso. E o bom deles é que
não agem feito garotinhos, sabe? Eles sabem disfarçar seu desejo por uma mulher para que a
outra não perceba. E eu fico tarada com isso.

–É mesmo? Já ouvi dizer isso.

–Pois é. Eu tenho uma amiga que o pai dela é assim. Gostoso, sabe? E quando não tem
ninguém por perto ele me olha de cima a baixo, quase me devorando com os olhos. Ai... calor.

Fechei minhas mãos pronta para partir para a porrada. Alice me impediu.

–Você conhece seu gado, não é? Sabe que ele jamais faria isso.

–Eu sei. Mas não agüento provocação.

E as provocações continuaram.

–Sabe que certa vez eu tirei minha blusa perto desse homem?

–Jura? E ele?

–Despistou que ia entregar-me a blusa e passou aquela mãozona em meu seio.

Engoli em seco. Sei que Edward não era desse tipo, mas de repente foi sem querer, não é?
Mesmo sabendo que ele é um homem vivido e que já teve várias mulheres... eu me mordia de
ciúmes.

– E o que fará agora, Jess?

–Ir pra cama com ele, é claro.

Não agüentei e dei um cutucão nas costas dela. Jessica se virou, um sorriso debochado no
rosto.

– O que foi?

–Lembra-se daquela loira na festa da Alice?

–Aquela que se disse mãe dela?


–Essa mesma.

– O que tem ela?

–Acredita que eu quebrei o nariz dela com apenas um soco? Ela chegou a cair da cama, tadinha.
Mas é claro que Edward me apoiou. E como prêmio... tive uma noite fantástica com ele.

Suas narinas dilataram e seus olhos me encararam com ódio.

– Olha aqui...

– Olha aqui digo eu. Atreva-se a cruzar meu caminho ou simplesmente fazer insinuações a
respeito do meu marido e verá o que farei com você.

–Está me ameaçando?

–Não. Eu não ameaço, eu faço. Estou simplesmente... fazendo com que você não se esqueça
de quem eu sou.

Ela bufou e ficou de costas pra mim. Alice sorriu em aprovação.

Mas depois disso as duas não voltaram a me importunar. As outras aulas foram separadas de
Alice. E isso me jogou ainda mais pra baixo.

Quando finalmente chegou ao fim, eu corri até o estacionamento já avistando o volvo. Alice e
Jasper estavam encostados na lateral do carro e a expressão deles não era muito boa.

–Aconteceu alguma coisa?

Edward desceu do carro no mesmo instante.

–Aconteceu. Estava morrendo de saudades.

– Estou falando sério,Edward.

– Eu também. Vamos pra casa. Alice irá com Jasper.

Não dei ouvidos a ele.

– O que está havendo, Alice? Se não me disser eu corto relações com você.

Seus lábios tremeram.

–Na...nada.

Suas mãos estavam atrás do corpo.

– O que é isso em sua mão?

–Bella, amor ...vamos embora.

Avancei em Alice e peguei o jornal que estava escondido. Edward fechou os olhos e balançou a
cabeça.

Meu coração apertou-se dentro do peito quando li a manchete: PEDOFILIA NA PROMOTORIA


DE JUSTIÇA.
Logo abaixo uma foto de Edward abraçado a mim. Ele arrancou o jornal da minha mão e
entregou à Alice. Em seguida me abraçou. Eu já chorava desconsoladamente. Sabia que isso
iria acontecer. Era uma provação,só pode.

–Bella, não quero que fique pensando nisso. Sabe muito bem que desde que os responsáveis
por você aprovem, isso não é pedofilia.

–Eu sei, mas é sua carreira.

–E já falei que não me importo com minha carreira.

Apertei meus braços em volta do seu corpo, sem me lembrar que estávamos em público.

–Mas sua imagem ficará arranhada.

Sua boca roçou meu pescoço e o lóbulo da minha orelha parou entre seus dentes.

–Eu não me importo com os arranhões em minha imagem ou no meu corpo. Desde que esses
arranhões sejam feitos enquanto eu estiver amando você.

Minhas pernas fraquejaram.

–Tenho minha profissão e tenho meu amor, Bella. Eu sei qual deles me fará feliz... pra sempre.

–Eu amo você, Edward. Vamos pra casa.

–Então eu não preciso de mais nada.

Despedi-me de Alice e Jasper e segui com Edward. Ele segurou minha mão e olhou em meus
olhos. Cada dia mais forte...cada dia mais apaixonada. Essa sou eu. E esse é meu homem: cada
vez mais seguro de si... e apaixonado por mim. Só poderia dar certo.

Edward POV

Absurda. Eu não me cansava de dizer isso. Eu sabia que Bella iria voltar com aquela conversa
novamente: eu não deveria ter me envolvido com você...atrapalhei sua carreira...e essas coisas
loucas que ela gostava de dizer sempre. Eu não sabia mais o que fazer para enfiar naquela
cabeça tola que eu estava pouco me lixando pra isso. Falei um trilhão de vezes que eu amava
minha carreira, mas ela-Bella- era muito mais importante que tudo isso.E além do mais eu
poderia ficar visado por certo tempo mas isso logo passaria, afinal iríamos nos casar. Como eu
poderia ser um pedófilo casando-me com minha vítima?

Mas eu nem queria pensar nisso agora. Tínhamos praticamente acabado de vivenciar um
momento perfeito que foi o aniversário da Alice. Não iria permitir que esse jornalzinho de quinta
viesse a estragar isso.

Bella permaneceu em silêncio todo o tempo. Olhei para ela pelo canto do olho enquanto
subíamos as escadas até meu quarto. Mordia os lábios ou levava os dedos à boca. Sempre que
fazia isso eu puxava sua mão de volta. Entramos no quarto e ela sentou-se na beirada da cama,
a mão na boca, olhando para o chão. Suspirei e parei à sua frente.

–Oi?

–Oi...é so isso que tem a me dizer? Ficou com essa cara ai...sem nem falar comigo e tudo o que
tem a me dizer é Oi?
–Edward...eu te falei que isso...

Estendi minha mão, obrigando-a a parar de falar.

–Não me venha com essa conversa de milhões de vezes que já falamos. Bella, entenda uma
coisa...

Sentei-me ao lado dela e segurei sua mão.

–Estou ficando cansado dessa palhaçada. Eu digo no sentido de as pessoas se intrometerem


tanto na vida das outras sem olhar para a própria vida. Eu já disse que irei ficar com você, seja
de que forma for.

–Eu sei. Eu entendo. Mas meu medo é disso tudo tomar maiores proporções.

–O que eu quero que você tenha na cabeça é o seguinte: existem pessoas que não suportam
ver a felicidade dos outros. Não suportam ver as pessoas brilharem. Ficam loucas de inveja por
verem as pessoas serem amadas. Pura inveja. São infelizes, incapazes de amar, incapazes de
atrair qualquer coisa de bom para perto delas. E por isso levam a vida medíocre que tem em
função de atrapalhar os outros. Essas pessoas, Bella, jamais terão o que nós temos. Então faça
como eu... deixe tentarem. Eu sou mais forte... nós somos mais fortes.

Fiquei esperando que ela se manifestasse. Mas eu tinha certeza que ainda não estava
convencida.Era cabeça dura mesmo.

–Eu entendo que é inveja. Afinal você é um homem lindo e tal... qualquer mulher iria querer ter
você então elas...

–Espere ai. E quem garante que foi realmente uma mulher que fez isso?

Ela engoliu em seco.

–Você está pensando que o Emmett...

–Não estou pensando nada. Simplesmente porque não quero saber. Eu não costumo perder
meu tempo com pessoas pequenas, Bella.

Empurrei seu corpo sobre a cama e deitei-me sobre ela, minha boca já deslizando pelo seu
pescoço.

–Está tentando me distrair.

–Claro que estou. E de uma maneira bem gostosa, diga-se de passagem.

Cobri sua boca impedindo-a de falar mais besteiras.Suas mãos envolveram meu pescoço,
puxando-me para mais perto. Eu já estava aceso há horas, pra ser mais exato...desde a hora em
que acordei. Sinceramente...eu não poderia esperar tanto tempo. Bella mexia comigo de uma
forma inexplicável, tirando minha razão e qualquer vontade de resistir.

Num gesto rápido me livrei das minhas roupas, retirando as de Bella em seguida. Ela não falava
nada, mas seu olhar dizia tudo. No momento em que desci meu corpo e colei minha boca em
seu pescoço, ela girou o corpo e ficamos lado a lado, nossas mãos afoitas se tocando. Quando
baixei minha cabeça e quase engoli seus seios, Bella mordeu meu peito passando a língua em
seguida. Prendi seu mamilo entre meus dentes e depois mordi levemente. Bella atacava meu
peito, mordendo, arranhando...e me deixando louco. Toquei seu sexo...já molhado pra mim e
enterrei meu dedo ali. Bella gemeu e segurou meu pau, apertando a glande entre seus dedos.
Empurrei-a de volta na cama e tomando impulso, deslizei meu corpo sobre o dela. Minha boca
ficou a centímetros da entrada úmida e sem esperar muito levei a ponta da minha língua até lá.
Bella contorceu-se e segurei-a com força invadindo-a completamente. Minha língua entrava e
saia da fenda apertada e palpitante, fazendo seus sucos escorrerem entre meus lábios.

O cheiro de fêmea no cio invadiu meus sentidos deixando-me atordoado por uns instantes.

–Edward... deixe-me tocá-lo também.

Fiz o que ela me pedia, girando meu corpo e deitando-me de costas na cama. Uma surpresa
deliciosa me esperava... Bella deitou-se sobre mim, mas com o sexo quase colado em meu rosto
e a sua boca em meu pau. Eu gemi no momento em sua boca o envolveu. Enterrei novamente
minha língua dentro dela, extasiado com o 69 maravilhoso que ela me proporcionava.

A boca quente e macia deslizava e lambia meu pau com voracidade. Engolia tudo ate a base e
voltava mordendo e lambendo até a cabeça. Incapaz de me controlar, erguia meus quadris, me
enfiando ainda mais na boca profana e isso so contribuía para que minha língua penetrasse
ainda mais fundo nela.

Mas aquilo ainda era pouco. Eu queria sentir seu calor em meu pau, apertando-me e me
molhando com seu gozo. Segurando-a pela cintura, empurrei-a para frente e fiquei de joelhos.
Posicionei-me atrás dela e empurrei meu pau para dentro dela com um grito de prazer. Bella
estava incrivelmente lubrificada facilitando minha entrada dentro dela.

Minhas mãos pareciam coladas em sua cintura, e eu observava a bunda perfeita que rebolava à
minha frente. Soltei uma das mãos e levei ate seu clitóris, circulando-o e apertando levemente.

–Ah... Edward...assim...

Joguei minha cabeça para trás, tentando desviar minha atenção do traseiro maravilhoso que
estava me deixando prestes a gozar. Mas não adiantava. Seus gemidos roucos igualmente me
enlouqueciam.

Aumentei o ritmo, estocando com força. Meu dedos massageavam seu clitóris freneticamente.
Bella trouxe uma das mãos para trás e empurrou minha bunda e segurando-a com firmeza,
deixou-a colada ao seu traseiro. Preso pelas suas mãos, eu rebolei meu pau dentro dela,
sentindo suas paredes contraírem no mesmo instante.

– Isso, meu amor, goze pra mim...

Ela me soltou e segurou-se com firmeza à cabeceira da cama. Aproveitei a melhor posição e
meti com toda força que conseguia. Seu corpo estremeceu e suas paredes me prenderam
novamente. Bella gemia incontrolavelmente e eu gemi ainda mais alto ao sentir seu gozo
deslizando em meu pau.

Não demorei a sentir minha cabeça leve, e o orgasmo intenso literalmente me jogar sobre ela.
Eu arfava,suado e saciado sobre seu corpo. Beijei seu pescoço e seus ombros antes de deitar-
me ao seu lado.

Esperei o tremor passar e meu fôlego voltar a normalidade antes de encarar os olhos cor de
chocolate que eu amava tanto.

–Consegui te convencer? Ou terei que pega-la assim novamente?

Ela deu um sorriso safado e ingênuo ao mesmo tempo.


–Agora fica complicado. Eu estava prestes a aceitar tudo o que falou, mas já que se eu não ficar
convencida... você irá me pegar assim novamente...vou continuar com as mesmas idéias.

Eu ri, puxando seu corpo para cima do meu.

–É muito nova para ter idéias tão pervertidas assim.

– E você é muito gostoso pra ficar me negando sexo selvagem assim.

Rolei meus olhos.

–Não fico negando nada. Só que você é muito...novinha...frágil. Às vezes tenho a impressão que
irei quebrá-la ao meio.

–Exagerado. Sabe que não sou tão frágil assim.

–Amor, falando sério? O que mais eu preciso fazer para que você se convença que você e Alice
são as únicas coisas que realmente acabariam comigo se eu perdesse. Emprego, dinheiro...isso
é o de menos. Entenda isso, por favor.

–Eu juro que não irei tentar, Edward. Mas não irei tocar nesse assunto.

–Ótimo. Não sabe como me deixa feliz falando assim.

–Mas o que você pensa em fazer agora?

–Deixar rolar. Irão me chamar para uma “conversa”, é claro. E farão isso rápido já que minhas
férias estão terminando. Vou dizer o que é: nos amamos, independente da idade, sua família
aprova, iremos nos casar e foda-se o resto.

–Estarei com você.

–É so o que peço.

Levantei-me e arrastei-a para o banheiro. Apenas tomamos banho e descemos para o almoço.
Outra preocupação já se instalava em minha mente. Fizemos amor sem preservativo. Eu estava
ficando mestre na irresponsabilidade. Não comentei nada. Bella já tinha a mente neurótica
demais para o meu gosto.

Fomos almoçar e passava das duas da tarde quando terminamos e resolvemos ir para a beira da
piscina.

–Está louca se pensa que vai entrar na água.

–Claro que não, Edward. Só quero ficar aqui, deitada ao seu lado, curtindo. E na sombra, é claro.

Era uma idéia tentadora, mas tenho certeza que meus pensamentos iriam se enveredar para
outros caminhos. Eu estava apenas de bermuda e Bella com um top e um short tão curto que
mais parecia uma calcinha.

–Então venha. Antes que eu tenha outras idéias.

–Aposto que serão bem vindas.

–Bella... não provoque.


Ela riu, deitando na espreguiçadeira. Sentei-me na cadeira ao lado e segurei sua mão.

–Então... acha que daqui há um mês está bom pra você?

– Um mês o que?

– Para a gente se casar, é claro.

Ela deu um pulo ficando sentada.

–Um mês, Edward?

–Se bem que não... um mês da tempo de Alice preparar uma festa para durar uma semana.

– Menos que isso?

–Duas semanas.

–Você está louco, Edward. Minha tia jamais iria aceitar isso. É claro que ela vai querer
acompanhar todos os detalhes. Desde a decoração da igreja até a escolha do meu vestido.

–Tudo bem. Um mês e não se fala mais nisso. Assim que Alice chegar irei conversar com ela.

–Aliás... onde ela está? Saímos da escola e nem notei que não veio conosco.

–Está com o Jasper. Sabe-se lá fazendo o que.

–Será?

Dei de ombros.

–Têm a cabeça no lugar. Se fizerem qualquer coisa, devem estar certos do que querem.

Bella deitou-se novamente fechando os olhos. Fiquei um bom tempo apenas olhando pra ela.
Era quase inacreditável como uma garota tão jovem conseguiu me deixar literalmente de quatro
por ela. Mulheres mais maduras e experientes não conseguiram essa façanha. Bella conseguiu
derrubar todas as minhas defesas sem esforço algum.

Eu sabia, lá no fundo eu sabia que tudo daria certo entre nós dois. Aliás, já estava dando certo.
Mas ao ver os portões que davam acesso a minha casa serem abertos eu comecei a pensar. Por
que será que quando coisas ruins tem que acontecer...elas vem todas de uma só vez?

Eu reconheci o carro esporte vermelho que estacionava e aquilo não me agradou nem um
pouco. Levantei-me e Bella percebendo minha movimentação, abriu os olhos e levantou-se
também.

–Quem é, Edward?

A mulher baixa e loira caminhava a passos largos, quase correndo em direção a mim.

–Edward...Edward...

Dei um passo para trás, mas ela me alcançou, agarrando minha cintura.

– Meu amor...que calúnia é aquela que falaram de você?


Segurei-a pelos braços, empurrando-a. Antes que eu dissesse qualquer coisa Bella me
interpelou.

– O que significa isso, Edward?

Minha vontade foi de estapear Jane. Como ela se atrevia a vir aqui e ainda me chamar de meu
amor? Realmente... todos resolveram se virar contra mim.

Eu queria muito que alguém me explicasse que merda era essa que estava acontecendo. Quem
era essa loira magricela e vadia que segurava meu homem pela cintura e ainda por cima
chamava de meu amor?

Claro, sei que ele já teve várias mulheres, já falamos muito sobre isso. Mesmo odiando isso, eu
sabia que não tinha nada a ver, afinal não nos conhecíamos e ele é homem. Muito homem.
Entretanto Edward sempre me garantiu que nunca teve nada sério com mulher nenhuma,
apenas sexo.

Lembro-me vagamente de ter dito sobre uma advogada que trabalhava no fórum que vivia
tentando segura-lo de todas as formas. Pelo jeito era essa vagaba loira. Mas vamos combinar...
eu já estava irritada com essa mulherada que se joga em cima dele sem ao menos respeitar sua
opção. Ele foi muito claro na festa de Alice, não foi? Tanto que ele empurrou a loira.

A pergunta me escapuliu, mas eu estava incrivelmente tranqüila.

– O que significa isso, Edward?

Somente então a putinha me olhou... de cima a baixo.

– Jane, o que está fazendo aqui?

–Vim ver a respeito daquela bomba que saiu no jornal... mas agora acho que já entendi. É essa
daí a razão para aquelas calúnias a seu respeito? Meu Deus... que povo maldoso. Mas é nisso
que da ficar dando atenção para as coleguinhas da Alice. Elas acabam confundindo as coisas e
falando abobrinhas...

Espere ai... aquele sabugo de milho estava se referindo a mim? Chamando-me de coleguinha e
ainda por cima insinuando que eu estava inventando coisas a respeito de Edward?
Ah...não.Agora ela ia ouvir. Dessa vez eu não quebraria a cara dela como fiz com Tânia pura e
simplesmente porque iria me mostrar superior. Iria mostrar que sou uma mulher, não uma
garotinha. E principalmente... iria mostrar que sou a mulher dele

Enfiei-me entre ela e Edward encarando-a. Ela era um pouco menor que eu, o que já me
agradou.

–Escute aqui, sua água oxigenada andante...você está insinuando que eu andei inventando
coisas?

–Ah... você é o motivo desse estardalhaço todo.

–Não, querida. Eu não sou o motivo. Eu sou a noiva dele. A futura esposa e dona dessa casa,
onde aliás você entrou sem ser convidada.

Ela arregalou os olhos e olhou para Edward.


–Você não me falou nada.

–ele não tem nada a dizer a você. Você é simplesmente mais uma das tantas desavergonhadas
que não se contentam com apenas um não. Quantas e quantas vezes Edward disse a você que
não queria nada sério? Que era apenas uma transa ocasional? Será que seu cérebro está tão
carcomido pela química que você ficou burra?

–Como ousa falar assim comigo?

Apontei o dedo em seu nariz.

–Da mesma forma como ousa entrar aqui e chamar o meu noivo de meu amor, se achando a
dona da situação. Eu tenho dezessete anos sim...e é comigo que ele quer se casar.

A desgraçada ainda riu.

–É uma piada,Edward? Você...um homem feito, maduro, bem resolvido e que pode ter qualquer
mulher... vai se casar com essa... com essa.

Avancei um passo, mas Edward me segurou. Ergui meu rosto para reclamar mas seu semblante
era tão frio e sério que achei melhor me calar.

–Jane... não é que lhe devo alguma satisfação porque não devo. Mas eu tenho que dizer. Você
está certa... eu posso ter qualquer mulher...e é ai que pega. Eu não quero qualquer mulher. Se
eu quisesse, teria ficado com você. Eu quero a mulher...aquela que está acima de todas as
outras. E embora Bella seja tão jovem... é bem mais mulher que muitas que conheci.

–Edward... você não pode falar assim comigo...nós...

Rolei meus olhos. A vaca não desistia mesmo.

–Nada de nós, Jane. Agradeço sua preocupação, mas acho que já pode ir. Algum desocupado
plantou essa notícia, mas está tudo certo. Iremos nos casar com aprovação dos responsáveis
por ela...então não há pedofilia.

–Sua carreira irá pro buraco.

Edward passou as mãos no cabelo,exasperado. Na verdade ele já estava cansado de toda essa
conversa de pedofilia e principalmente sobre sua carreira.

–Que se dane. Isso é problema meu. Estou me fodendo para minha carreira. Bella e minha filha
são minhas únicas preocupações. Agora, por favor, queira se retirar.

Seu olhar relampejou para mim, mas eu apenas ergui minha sobrancelha cinicamente.

–Ficou maluco...

Ela se virou tentando parecer superior, mas acabou torcendo o pé. Saiu mancando, com o rabo
entre as pernas.

Ainda fiquei de costas para Edward esperando o carro da ordinária se afastar.

–Hum... minha garotinha nem precisou quebrar a cara dela para mostrar que é minha dona.

Virei-me de frente pra ele e dei um soco em seu peito.


–É nisso que dá...ficar se enfiando em qualquer vadia. Credo, que mau gosto.

–Isso é passado,Bella.

–Eu sei que é. Elas é que não sabem.

Seus braços envolveram meu corpo e seu rosto enterrou-se em meu pescoço.

–Mas você está aqui...marcando território.

Não respondi, apenas suspirei.

–Me perdoe,Bella. Sei que deve ser horrível para você passar por esses constrangimentos.

–Esqueça isso,Edward. Nada mais natural... seria diferente se você fosse um garoto da minha
idade, mas não é.

Ele me olhou sério, a mão deslizando pelos meus cabelos.

–Já pensei muitas vezes se não seria melhor você ter amigos da sua idade, um namorado da
sua idade. Talvez minha presença iniba outros rapazes de se aproximarem de você.

–Graças a Deus. Por favor, Edward. Nunca tive paciência para garotinhos, ou que fossem
garotas da minha idade. Meus tios mesmo já falaram com você que eu gosto de me relacionar
com os mais velhos. Só se eu fosse louca pra trocar você por um garoto de dezessete.
Maluquice tem limites.

–Ai... que alívio.

Fiquei na ponta dos pés e enlacei seu pescoço.

–Amo você... e pensando bem, nosso casamento poderia ser daqui a duas semanas... acho
melhor me prevenir.

Sua língua passou pelos meus lábios fazendo-me suspirar.

–Está falando sério?

–Muito sério, Edward.

Sua boca colou-se na minha antes que eu dissesse mais alguma coisa. Suas mãos apertaram
minhas costas, puxando-me ainda mais para junto dele.

–Pois então vamos subir e ligar pra Alice agora mesmo...antes que essa cabecinha vire
novamente.

Pegando-me de surpresa, Edward me carregou no colo, a boca voltando a grudar na minha.

Pensando bem, eu era mesmo uma tonta. Quanto mais cedo me casasse com ele... menos
problemas. Menos mulheres na minha porta e menos dor de cabeça pra ele no trabalho. Beijei
seu peito forte tendo a certeza de estar tomando a decisão mais acertada da minha vida.

Emmett POV

Até quando eu teria que aguentar aquela palhaçada, aquela melação? Que saco...além de ter
que engolir aquele almofadinha, ainda teria que ficar participando desses almoços, ora em minha
casa, ora na casa dele. Mas pelo menos eu poderia ficar de olho. Encontrar alguma forma de
acabar com aquela sandice. Onde já se viu? Bella iria se casar daqui a duas semanas...
pior...seria daqui a uma semana,mas a filha do almofada se recusou. Queria tudo deslumbrante.
Grande merda.

Agora estávamos aqui,em pleno sábado, almoçando na casa dele como se fôssemos uma
família feliz.

Eu fingia que não ouvia as conversas e fazia questão de continuar com minha cara de poucos
amigos. Bella so faltava babar no cara, pelo amor de Deus. E ele...argh...com aquela pinta de
bom moço. Meus tios pareciam estar no céu. Eu tinha que descobrir algum podre dele. Ninguém
é cem por cento sempre.

E eu vi minha chance chegar em um metro e setenta de pura delicia. Uma loira gostosa
apareceu quando terminávamos a sobremesa.

–Boa tarde.

–Oi, Rose. Sente-se conosco.

Bella muito idiotamente sorriu para ela.

–Tudo bem, Rose?

Que saco...até meus pais conheciam a tal Rose? Ah...aposto que aquele vagabundo já pegou
essa gostosa.

–Desculpe,Edward, mas eu precisava da sua assinatura.

–Alguma coisa errada?

–Não. Mas é urgente.

Edward levantou-se e enquanto lia os papéis a gostosa conversava com Bella. Além de boazuda
ela era linda. Se não teve um caso com Edward... provavelmente ele já quis.

O fato de Edward assinar rapidamente so aumentou minhas suspeitas. Queria ficar livre dela
para não levantar suspeitas.

–Boa tarde a todos. E desculpem-me a intromissão.

–Coma ao menos a sobremesa, Rose.

–Obrigada, Bella, mas preciso mesmo voltar a agência.

Ah... a agência de viagens dele. Tava explicado. Ele mantinha um emprego para a possível
amante. Teria que encontrar um jeito de falar com ela.

E esse jeito não tardou. Pouco depois ela voltou.

–Edward? Seu motorista está? Meu pneu está vazio. Acho que nem da pra sair daqui.

–Eu troco pra você,Rose.

Era minha chance. Levantei-me imediatamente.


–Eu faço isso.

Edward me olhou um tempo.

–Esse é Emmett, Rose. Primo da Bella.

Ela sorriu pra mim.

–Prazer, Emmett.

–Muito prazer. Pode deixar, Edward. Eu a ajudo.

Ele deu de ombros e não pareceu ficar intrigado com meu oferecimento.

–Obrigado, Emmett.

Fui seguindo a loira, olhando a bunda que rebolava a minha frente. Edward já deve ter se fartado
demais ali. Paramos ao lado de um carro preto. Constatei que o pneu realmente estava vazio e
logo peguei o estepe.

–Trabalha para o Edward?

–Sim. Na agência de viagens.

–Hum... interessante. E gosta?

–Adoro. É muito bom trabalhar ali.

–Ainda mais com um patrão como o Edward.

–Realmente. Edward é maravilhoso.

–E vai se casar.

–Está feliz demais. E fico feliz por ele.

–E vão continuar o caso?

–Caso?

–Vai me dizer que nunca teve nada com ele?

–Como ousa falar assim comigo? E principalmente do Edward?

–Ele não perderia a chance... uma mulher linda como você. Sabe como é... unir o útil ao
agradável.

–Logo se vê que não conhece o Edward. É o homem mais íntegro que conheço. E agora
entendo tudo...está se roendo de ciúmes da Bella não é?

–Eu não ...

–É pra se roer mesmo. Não é páreo para Edward,seu moleque. Bem se vê que so tem
músculos... nada de cérebro. Pois fique sabendo que sua Bella será a mulher mais bem amada
que já se viu falar. E você...pirralho. Fique com sua chupeta de todas as noites.
–Você é muito petulante.

–Sou mesmo. E não precisa mais trocar meu pneu. Eu vou de taxi. Aposto como tem dedo seu
nessa denúncia.

– Loira burra.

–Ogro.

Ela começou a se afastar, mas depois parou e me olhou.

–Fale pra mamãe não esquecer de trocar suas fraldas. Dá assadura.

Maldita. Maldita loira atrevida dos infernos. Além de me escorraçar, ainda defendeu o ordinário.
Ah mas ela ia se ver comigo...deixar estar.

Estava voltando para dentro de casa quando meu celular tocou. Olhei o visor e sorri. Falei o mais
baixo que pude.

–Tânia?

Ela ronronou do outro lado da linha. A vadia já estava pronta me esperando. Era so sair desse
almoço ridículo e ir me afundar na minha nova... “companheira”.

Edward POV

Finalmente... já não agüentava mais tanta espera para me casar com Bella. Pra dizer a verdade,
levou tempo demais. Há quanto tempo estávamos juntos, apaixonados, completamente certos
do que queríamos? Nada que nos impedisse exceto aqueles dois paspalhos: Emmett e Tânia.

Tenho certeza que andavam a espreita, esperando uma bobeada nossa para mostrarem as
garras. Emmett andava estranho, parecia arrependido das besteiras que já fez. Tânia andava
sumida, mas creio que bem mais perto que queríamos. Apesar disso eu não tinha medo algum.
Nunca tive. Tânia se igualava ao Emmett na criancice.

A denúncia contra mim não deu em nada. Apresentei-me ao tribunal, tive que fazer várias
declarações e no fim... nada. Sempre tive uma conduta ilibada, portanto se manchou alguma
coisa em meu nome, nem ao menos tive conhecimento. Além disso fiz uma nota que foi
colocada no mais respeitado jornal da cidade. Quanto ao outro jornal, fiz o óbvio. Entrei com uma
ação contra danos morais.

E ainda fiz pouco. Mas como eu estava feliz demais por Bella ter aceitado daí a alguns dias,
preferi não me estressar muito. Só não gostei do fato de ela ter que se vestir na casa da tia. Não
confiava nada naquele marombado. Felizmente Alice iria também, o que já me deixava mais
aliviado. Mas seria péssimo ficar o resto do dia sem elas perambulando e tagarelando pela casa.
Já estava mais que acostumado a isso.

Nos últimos dias então... parecia que estavam possuídas. Falavam e riam sem parar enquanto
escolhiam onde iríamos passar nossa lua de mel. Nem bem voltei ao trabalho e já ia me afastar
de novo.Mas eu não perderia jamais a chance de ficar alguns dias distante de todos...só eu e
Bella. Mesmo assim tenho certeza que iria sentir falta demais da minha menina. Alice estava tão
feliz com meu casamento que a toda hora me enchia de beijos. Quer dizer... mais do que o
normal.

Eu estava deitado tranquilamente na cama, ainda de boxer, as mãos atrás da cabeça esperando
Bella sair do banho.Bandida...nem permitiu que eu entrasse com ela. Disse que Alice proibiu
sexo hoje. Eu tive que gargalhar com essa.

Algum tempo depois Bella saiu do banho... apenas de lingerie. Ergui meu tronco, apoiando-me
em meus cotovelos e olhando embasbacado para ela.

–Assim é covardia, amor.

– Do que está falando?

–Como do que estou falando? Desse desaforo que é essa lingerie em seu corpo.

Ela olhou para o próprio corpo e sorriu.

–Presente da Alice.

–Só podia. Complô para acabar comigo.

Ela veio até a cama e ficou de joelhos sobre meu corpo. A visão daqueles seios quase pulando
pelo sutiã era tentadora demais. Por pouco não arranquei-o com os dentes.

–Claro que não meu amor. Eu sei que você prefere me ver sem nada.

–Claro que não... adoro ver você de lingerie.

–Hum...sabe que minha mala está cheinha de lingeries assim?

Não consegui controlar um gemido.

–Não diga isso que me deixa louco.

–É verdade, paizinho.

Ela deslizou um pouco o corpo para baixo, permitindo que seu sexo roçasse em meu pau.

–Merda, Bella... não faça isso. Sabe que não irá adiante.

Ela riu e beijou a minha boca, afastando-se em seguida.

–Não mesmo.

–Deixa estar... em poucas horas estaremos casados e em lua de mel... ai eu quero ver.

–Adoro quando você faz essas ameaças...eu te amo.

Puxei-a de volta sobre meu corpo.

–Eu também te amo, minha princesa. E vou te amar sempre. Só não queria ficar tanto tempo
sem te ver.

–Nem eu. Mas vai passar rápido, você vai ver.

–Bom...deixe-me tomar meu banho e levar vocês.

–Não precisa. Alice vai no porsche.

–Como não pensei nisso?


Entrei para o banho mas nem me demorei. Queria aproveitar cada segundo com Bella. Até
parecia que ela ia viajar que iria ficar tempos fora. Mas era assim que me sentia quando ficamos
apenas poucas horas longe dela.

O que me acalentava era saber que em poucas horas ela seria inteiramente minha. Aliás...seria
oficialmente minha, pois inteiramente minha ela sempre foi.

******************

Nessas horas eu me arrependia de deixar tudo nas mãos de Alice. Poderia ter marcado esse
casamento para as três da tarde...assim passaria rápido. Mas não... Alice achava chique ser às
dezoito. Eu concordei simplesmente para ver sua felicidade. Sempre me esforcei para que Alice
não sentisse falta de nada. Mas sei que embora fossemos muito cúmplices e amigos, às vezes a
ausência de uma figura feminina em nossa casa era inquietante. Agora me pergunto se a idéia
de levar Bella ate nossa casa, depois aquele fim de semana na casa de praia não foi todo um
artifício para que nos aproximássemos. Ela bem sabia que Bella era o tipo de mulher que eu
apreciaria. Nada de garotinha...era uma mulher em todos os sentidos.

Estacionei meu volvo em frente a igreja e subi os degraus até encontrar Esme parada à porta.

–Oi Esme...

–Como vai, Edward?

–Aflito...

Ela riu e colocou a mão sobre meu ombro.

–Posso imaginar. Bella não vai se atrasar, eu garanto. Ela está linda... apesar de tudo.

Congelei.

–Apesar de tudo o que?

Ela corou e ficou um tempo calada.

–O que aconteceu Esme?

–Entregaram o vestido em minha casa... quando abrimos a caixa... o vestido estava


completamente rasgado.

–O QUE?

–Sim... fomos atrás da loja, é claro. E a proprietária nos disse que... uma mulher loira esteve lá,
apresentando-se como mãe da Alice. Falou maravilhas de vocês... como se vocês tivessem tido
um rompimento amigável.

–Tânia. Meu Deus, Bella deve estar arrasada.

–Chorou muito... mas felizmente você tem uma filha que é um gênio.

–Alice? O que ela fez.

–Quando escolheram o vestido, ficou na dúvida entre dois. Então reservou os dois. O outro ainda
estava lá quando fomos tirar satisfações.
Sorri, aliviado. Pensando bem eu deveria mesmo ter deixado tudo nas mãos de Alice. Era uma
mente brilhante.

Esme pegou em meu braço quando vimos o carro preto virando a esquina.

–Vamos entrar... sua princesa já está chegando.

Suspirei aliviado. Vendo-a chegando e sabendo que Carlisle estava com ela, não precisava
temer por alguma surpresa desagradável.

Já no altar eu encarei o Emmett que sustentou meu olhar, sem no entanto demonstrar rancor. E
pra dizer a verdade isso não me importava nem um pouco. Esperei pelo menos uns quinze
minutos até que Alice entrou toda sorridente ao lado do Jasper. Sorri de volta. Estava linda e seu
sorriso esfuziante so reforçava o que eu já sabia. Bella foi a escolha perfeita.

Quase ri desses pensamentos.. . como se eu tivesse tido escolha. Fui praticamente atropelado
pelo desejo, pela paixão por ela... não tive a menor chance... sequer a oportunidade de pensar
se aquilo era certo ou errado.

E quando tocou a marcha nupcial e eu a vi parada ao lado de Carlisle eu soube que mesmo se
eu tivesse tido a chance de escolher... ela ainda seria a escolhida. Meu ser era inteiramente
amor por Bella e Alice.

Ela sorria e mordia os lábios enquanto ia se aproximando de braços dados com o tio. Se elas
estavam reclamando do vestido... então eu iria pirar caso fosse mais lindo que esse. Bella estava
simplesmente deslumbrante. O vestido moldava perfeitamente seu corpo. Seus cabelos estavam
um pouco presos no alto da cabeça e o resto descia em cascata pelos seus ombros.

Inspirei profundamente soltei o ar lentamente. Minha...

Fiz o caminho até eles encurtando nossa distância. Carlisle colocou a mão de Bella sobre a
minha.

–É a nossa vida em suas mãos, Edward.

–É a minha vida entregue a mim, Carlisle.

Beijei levemente sua mão que tremia, depois olhei-a nos olhos e apenas mexi os lábios.

–Linda.

Ela sorriu timidamente, seu rosto ruborizando.

Ficamos em frente ao padre, nossas mãos entrelaçadas enquanto ouvíamos as tradicionais


palavras.

Esme limpava as lágrimas discretamente e Carlisle tentava disfarçar olhando para os lados de
vez em quando. Eu não tinha a mínima intenção de disfarçar nada. Minha emoção por estar ao
lado da minha menina mulher, transformando-a em minha esposa era bonita e intensa demais
para ser disfarçada.

Ultimamente era de praxe o padre perguntar se os noivos queriam fazer o próprio juramento. Eu
pensei por um tempo... será que eu já disse a Bella tudo o que ela realmente merece ouvir? Sei
que o que importam são os sentimentos, os atos. Mas sei também como é bom ouvir o quanto
somos amados.
Frente a ela e olhando em seus olhos eu disse tudo o que eu sentia e sabia ser o certo em nossa
vida.

Bella,

Eu não preciso prometer amá-la todos os dias de nossa vida. Meu amor por você não é fumaça
que irá desaparecer com o tempo. Mas eu posso prometer não deixar que meu amor por você
seja doentio, seja nocivo e interfira no seu Eu. Prometo amadurecer mais a cada dia e ajudá-la a
amadurecer comigo para que possamos juntos realizar nossos sonhos e desejos. Prometo não
impedir suas quedas...elas são essenciais para que você encare a vida com sabedoria. Mas
prometo ampará-la em todas elas...reforçando sempre o quanto você é especial em minha
vida...e o quanto eu amo você.

Um soluço alto ecoou na igreja e eu logo imaginei tratar-se de Esme. Pelo canto dos olhos
percebi Alice também limpando disfarçadamente seus olhos. Ao contrário de Bella que estava
aos prantos. Passei meus dedos pelo seu rosto, esperando pacientemente que ela se
controlasse.

Ed...Edward

Eu não saberia expressar tão bem o que eu sinto. E assim como você eu não preciso prometer
amá-lo. Eu só... prometo retribuir tudo o que você me oferece de alma aberta... limpa. Prometo
não me anular jamais sendo sempre eu mesma. Aquela que ama você e que estará sempre ao
seu lado como esposa, amante, amiga. Prometo não esconder minhas quedas... e aceitar suas
mãos ajudando-me a curar as feridas. Prometo não deixar que as adversidades superem os
momentos felizes que teremos. Você fez a minha vida se tornar maravilhosa...e prometo fazer o
mesmo com a sua... sempre. Sempre te amando e sendo fiel ao nosso amor.

Fechei meus olhos por um tempo deixando que aquelas palavras penetrassem em mim. Como
eu disse... saber que se era amado era bom. Ouvir essas palavras na voz doce de Bella...era
para me desarmar completamente.

Beijei seus dedos quando finalmente coloquei a aliança que selava nosso compromisso. Um
compromisso que começou com o fogo típico da juventude. E culminava com a maturidade
precoce de Bella.

O padre nos declarou marido e mulher e novamente Bella chorava, seu corpo pequeno trêmulo
em frente ao meu. Segurei seu rosto e beijei a ponta do seu nariz.

– Pensei que eu fosse louca por ousar querer você. Eu consegui você, Edward... consegui você
pra mim.

Sorri, balançando a cabeça.

–Eu tenho trinta e quatro anos, Bella ... nunca me casei. Acho que eu esperava por você.

Lentamente eu colei meus lábios nos dela. Estava ai para quem quisesse ver. Tentaram de
todas as formas destruir o que era forte e intenso. Poderia parecer piegas, mas era verdade. O
amor vence sempre.

Bella POV

O fogo crepitava na lareira e suas chamas lançavam cores na sala, conferindo um clima sensual
e aconchegante. A garrafa de vinho estava pela metade, mas as taças permaneciam cheias.
Entretanto nem mesmo o fogo e o vinho eram os responsáveis pelo aquecimento em meu corpo,
tampouco o grosso casaco que ora eu usava.

O responsável por isso não poderia ser outro, a não ser meu marido, que estava agora deitado
comigo no tapete da sala, em frente à lareira. Por várias vezes eu perdi o fôlego ao sentir a
pegada mais forte de Edward em meu corpo.

Sua boca roçava a pele sensível do meu pescoço, enviando ondas de calor por todo meu corpo.
Meus dedos se agarravam aos cabelos dele, puxando-o para mais perto, tentado o impossível...
ficar ainda mais colada a ele.

Seu corpo estava sobre o meu e Edward afastou-se um pouco para olhar em meu rosto. Passou
os dedos em minha bochecha e eu sorri ao ver a aliança brilhando em sua mão. Meu... meu
marido.

–Custo a acreditar que consegui você.

–E por que não iria conseguir? Você é perfeita pra mim... feita sob medida pra mim.

–E você é um sonho para qualquer mulher, Edward. Sabe disso.

– Agora não sou mais. Tenho dona.

Sua boca voltou a colar-se na minha, sua língua buscando passagem entre meus dentes.

Estávamos em lua de mel. Chegamos à Suíça há menos de três horas, mas aquele friozinho nos
convidou a tomar um vinho em frente à lareira. Edward queria um lugar mais quente, mas eu
preferi um lugar frio e aqui, nessa época do ano, seria perfeito pra mim. Embora tivéssemos que
nos agasalhar mais, eu poderia ficar horas abraçada com ele debaixo de um bom cobertor.

No entanto, não precisávamos de nada disso para nos aquecer, pelo menos agora. Meu corpo
inteiro queimava de desejo por ele, e pelos seus gemidos incontidos, eu sabia que ele sentia o
mesmo.

Sua mão quente enfiou-se por baixo da minha blusa, encontrando a pele da minha barriga. Subiu
até se fechar sobre meu seio, fazendo-me gemer.

–Te quero, Edward...

–Seu pedido é uma ordem...

Seus dedos hábeis abriram rapidamente os botões das duas blusas que eu usava. Ele se
afastou um pouco para que eu pudesse retirá-las. Fiquei nua da cintura para cima, vendo seus
olhos brilharem de desejo.

Sentado ao meu lado, Edward tocou meu seio, apertando e beliscando levemente meu mamilo.
Seu olhar não se desviava do meu enquanto eu o despia também. Levantei-me e tirei as botas e
a calça, ficando apenas com a minúscula calcinha. Ao mesmo tempo Edward também tirava sua
calça, sua ereção muito mal oculta pela boxer branca. Ele me abraçou pela cintura, e a sensação
de nossa pele colada era simplesmente indescritível. Suas mãos deslizavam por todo meu
corpo, desde os seios até chegar à minha bunda, que apertou levemente.

Seu membro duro roçava minha barriga, contribuindo para que minha umidade escorresse em
minha calcinha.

–Nossa primeira noite...como marido e mulher.


–Não será um sonho?

–Os sonhos não costumam durar uma eternidade, Bella.

Ele falava voltando a roçar a boca em meu pescoço, as mãos quase coladas em minha cintura.

–Devo deduzir que é pra sempre?

–Você sabe que é. Nessa vida...e na outra...você será minha...e eu sempre serei seu.

Fechei meus olhos e deixei minha cabeça pender um pouco para trás, deixando meu pescoço
ainda à mercê da sua boca.

–Me ame, Edward... aqui... em frente a essa lareira.

Olhos nos olhos e bem lentamente fomos descendo nosso corpo ate ficarmos deitados no
tapete. Minhas mãos afoitas logo deram um jeito de descer a boxer de Edward e ele, sem perda
de tempo puxou minha calcinha,a tira fina da lateral se rompendo.

–Ah...

Ele sorriu ao ver minha expressão de prazer com sua audácia. Desceu beijos pelo meu corpo,
ondas de arrepio se intensificando mais a cada milímetro de pele que era beijada. Meus seios
foram praticamente engolidos pela boca macia e molhada que mordia meus mamilos e em
seguida lambia.

Eu apenas apertava seus ombros largos, gemendo baixo e contorcendo meu corpo sob o dele.
Meu gemidos aumentaram quando sua boca desceu pela minha barriga e inesperadamente meu
clitóris ficou preso entre seus lábios.

–Oh... Deus...

Edward brincava com sua língua, como se desse leves tapas em meu pequeno músculo
latejante, fazendo minhas pálpebras revirarem.

–Edward... eu quero... chupar você...

Mas ele não me atendeu. Penetrou sua língua em minha fenda e dessa vez um grito se fez
ouvir... e era meu prazer ultrapassando as barreiras do suportável. Rebolei em sua boca,
mordendo meus lábios com força, querendo que ele parasse, mas ao mesmo tempo implorando
para que aquela sensação perdurasse.

–Por favor, Edward...

Por fim ele se virou caindo de costas no tapete e então eu subi sobre seu corpo, sentando-me
em seus quadris. Desci minhas unhas pelo peito e abdômen másculo, a saliva enchendo minha
boca de vontade de devorá-lo por inteiro.

Inclinei meu corpo e com os lábios entreabertos eu beijei... mordi e lambi aquela pele cheirosa
que me enlouquecia. Passei minha língua pelo umbigo dele e fui presenteada com um gemido
de puro prazer.

Desci minha boca, roçando meus seios em seu membro e suas coxas, até ficar de cara com seu
ponto que gritava por mim. Segurei seu membro pela base e passei lentamente a língua,
olhando em seus olhos. Edward gemeu novamente erguendo seus quadris, a cabeça do seu
membro penetrando completamente em minha boca.

Lambi e suguei sem pressa, meus olhos cravados nele, atentos a todas as suas emoções. Mordi
e voltei a sugar, movimentando minha mão para cima e para baixo. Edward mordeu os lábios
erguendo novamente os quadris. Entreabri mais minha boca e desci por toda sua extensão,
chupando cada polegada do seu membro.

–Chega...

Edward falou entre dentes, tirando-me de cima dele e se jogando sobre mim. Sem perda de
tempo ele engoliu minha boca. Seu membro latejava de encontro ao meu corpo.

–Então venha, Edward.

–Estou indo, amor...

Minhas pernas abriram-se automaticamente e envolveram sua cintura. A posição e a minha


intensa umidade não foram suficientes para facilitar sua entrada. Edward gemeu comigo, abrindo
espaço dentro do meu corpo. Eu ofeguei e apertei com mais força, acompanhando seus
movimentos.

Ele me penetrava com rigorosas estocadas, raspando minhas paredes e me fazendo gemer sem
parar. Sua boca voltou a cobrir meu seio enquanto seus quadris rebolavam, remexendo seu
membro dentro de mim.

Edward saiu lentamente e voltou a estocar com força rebolando novamente. Ele estava um
pouco mais selvagem e eu estava amando isso.

–Assim, Edward... adoro isso...

–Eu sei...eu sei, amor...quer mais?

–Quero.

Ele saiu lentamente mais uma vez e estocou com força, parando seus movimentos e deixando
que apenas eu rebolasse nele. Eu mordia meus lábios, meu corpo parecia ser apenas fogo, nada
mais.

Assustei-me quando Edward se afastou completamente e me pegando pela cintura, virou meu
corpo, empurrando meu tronco contra o assento do sofá. Fiquei de joelhos no chão, a bunda
empinada para ele. So de imaginar a cena, ele atrás de mim, possuindo-me, eu gemi e mordi a
almofada sobre o sofá.

–Adoro esse bumbum... tão redondinho...tão...

–Ah...Edward... não me faça esperar mais.

Mas pelo jeito eu teria que esperar. Segurando em minha cintura, Edward inclinou seu corpo e
mordeu meu pescoço e meus ombros. Depois deslizou a língua pelas minhas costas, a boca
subindo e descendo pela minha pele, dando beijos e mordidas. Eu senti claramente meu tesão
escorrendo pelas minhas coxas, fazendo-me gemer de tanto prazer.

Edward continuou descendo a boca e se afastou um pouco, a língua agora deslizando pela
minha bunda, fazendo-me rebolar mais freneticamente pra ele. Com as duas mãos ele abriu
minhas nádegas e sua língua passeou por ali. Meu corpo retesou-se no mesmo instante. Não
era um carinho que ele estava acostumado a fazer comigo.
–Fique tranqüila, meu amor... não farei nada aqui...so te dar prazer.

E voltou a passar a língua em minha entrada apertada, minha cabeça girou com a onda intensa
de prazer que me atingiu.

Meu corpo tombou para frente e nesse instante Edward me penetrou novamente, já dando
vigorosas investidas. Seu membro entrava profundamente e seus testículos batiam em meu
clitóris aumentando ainda mais nosso prazer. Ele gemia alto e o suor do meu corpo fazia suas
mãos escorregarem, obrigando-o a me pegar com mais força...e me levar ao céu.

Mais uma vez ele inclinou seu corpo e mordeu meu ombro. Esse movimento fez seu membro
enfiar-se à direita do meu corpo, meu sexo contraindo-se no mesmo instante e eu gritei. Uma
sensação enlouquecedora tomando conta do meu corpo. Fechei meus olhos com força,
enterrando meu rosto na almofada. Edward também gritou meu nome, quando se sentiu
esmagado dentro de mim. Estocou mais forte deixando que seu sêmen percorresse o caminho já
tão conhecido.

Com todo cuidado ele me puxou de volta, sentando-se e colocando-me no meio de suas pernas.
Minhas costas colaram-se em seu peito suado e inclinei minha cabeça para trás, recebendo seu
beijo. Suas mãos fecharam-se sobre meus seios e sua boca repousou em meu pescoço, dando
leves beijos.

–Hum...tão bom...

– O que é tão bom? O vinho... a lareira... minhas mãos tocando você aqui?

–Você inteiro, Edward...

–Eu acho que posso dizer o mesmo de você.

–O que faremos amanhã?

–Eu planejava ficar na cama com você.

–Edward. Estamos em lua de mel.

–Então? O que os casais fazem na lua de mel?

–Fazem tudo o que nós fazemos há tempos.

Ele riu baixinho, perto da minha orelha, causando-me arrepios.

–Eu sei, sua boba. Estou brincando com você. Temos um monte de coisas para fazer...esquiar,
por exemplo.

–Eu não sei esquiar.

–Eu sei...eu ensino você.

–Ah...e você tem tanto a me ensinar.

–Tenho mesmo... vamos começar?

Levantou-se, levando-me com ele e me pegando no colo.


–Quero me enroscar debaixo de um cobertor com você.

–Isso me parece uma excelente idéia.

Seus lábios cobriram os meus e assim fomos até deitarmos na cama. A primeira noite de nossa
lua de mel estava apenas começando.

*************

Sentada ali, observando a paisagem maravilhosa, as pernas encolhidas junto ao peito, tentava
me decidir o que era mais perfeito. Se era a paisagem em si ou se era o belo homem que
esquiava. A graça e elegância nata de Edward sempre me deixariam sem fôlego.

Eu preferi ficar sentada apenas observando.Sabia que não iria me sair bem e ter uma contusão
em plena lua de mel seria o fim da picada.

Eu sorri quando o vi voltando, o rosto sorridente e as bochechas ligeiramente vermelhas.

–Medrosa... não sabe o que perdeu.

–Não perdi nada. O melhor espetáculo eu assisti de camarote.

–Eu assisto a um espetáculo toda noite em minha cama.

–Edward... não comece.

–Não acha que está na hora de voltarmos ao chalé?

–Você disse que iríamos passear.

Ele se virou para pegar seus pertences, mas resmungando.

–É nisso que da me casar com uma garotinha. Só quer se divertir.

Bandido... juntei as duas mãos e fiz uma bola de neve, jogando em direção a ele. Acertou bem
na nuca. Ele se virou, assustado.

–Ah... mas vai ter volta.

Levantei-me depressa e corri,mas com duas passadas ele me alcançou jogando-me na neve.

–Desafiando a mim, Bella? Maluca...

–DA próxima eu ganho.

–Posso castigá-la... deixá-la nua nessa neve e fazer amor com você aqui.

Segurei seu rosto, olhando em seus olhos.

– O amor que sinto por você...mais o desejo, o tesão seriam capazes de derreter essa neve,
Edward.

Seu olhar cravou-se no meu de tal forma que eu arfei.

–Conseguiu derreter a mim, Bella. O que mais você não consegue?


Sua boca colou-se na minha. Ambos deitados na neve, sem nos importamos com o mundo ao
nosso redor. Eu tentava vislumbrar uma maneira de ser mais feliz do que me sentia agora.
Sinceramente, eu não conseguia.

Edward POV

De repente, aos trinta e quatro anos resolvi ficar louco e inconsequente? Alguns diriam que sim.
Eu diria que não. Estou amando. E o que é o amor sem um pouco de loucura? Casei-me com
uma garotinha que agora era inteiramente mulher. Tão mulher a ponto de fazer com que eu me
apaixone por ela mais e mais a cada dia.

Eu pensava agora em suas palavras, com os olhos ainda cravados nela:

“- O amor que sinto por você... mais o desejo, o tesão seriam capazes de derreter essa neve,
Edward.”

Ambos deitados na neve, sem nos importar com mais nada.

Girei meu corpo, ficando sob ela, tentando amenizar o frio em seu corpo. Não sei quanto a ela,
mas eu não sentia frio, mal percebia a neve. Arrisco-me a dizer que eu parecia estar numa
praia... o fogo que havia dentro de mim queimava minhas entranhas e se alastrava por todo meu
corpo.

Eu só conseguia perceber o calor que emanava de Bella, que na verdade era o reflexo do meu
tesão por ela. Beijei sua boca, enfiando minhas mãos em seus cabelos, apertando-a contra o
meu corpo. Deslizei uma das mãos e busquei seus seios sob as várias camadas de roupa,
gemendo ao sentir sua textura e calor em minha mão.

Bella também gemeu e rebolou seus quadris, apertando as mãos em meu peito.

–Edward... desse jeito não consigo chegar até o chalé.

–Quem disse que precisamos chegar até lá? Farei amor com você aqui, anjo.

Ela mordeu os lábios, as bochechas vermelhas tanto pelo frio quanto pelo acanhamento. Mas
suas mãos também se enfiaram sob minhas roupas, suas unhas arranhando meu peito.

–Mas aqui? E se formos vistos?

–Todos já se foram, Bella. Não estamos em temporada... ninguém vai aparecer. Prometo que
será rápido.

–Mas quando estou com você não gosto que seja rápido.

Eu ri e voltei a beijá-la, abrindo os botões de sua blusa e suspirando aliviado ao ver que todas as
suas blusas eram abertas na frente. Nós dois gememos antes mesmo que minha boca tomasse
seus seios. Minha língua circulou sua aureola e em seguida mordisquei seus mamilos, fazendo
Bella rebolar novamente seus quadris.

Afastei-a delicadamente e me levantei, retirando meus dois grossos casacos e estendendo-os no


chão.

–Deite-se ai amor.
–Você vai sentir frio Edward.

–Com você por perto?

Deitei-me novamente sobre ela, minhas mãos tateando seu corpo e empurrando meus quadris
contra os dela. Meu membro latejava e a vontade de penetrar logo seu corpo era quase
insuportável.

Desabotoei sua calça e retirei-a... depois retirei as outras duas. Bella estava agarrada aos meus
ombros e sua pele incrivelmente quente agia como um estimulante para os meus sentidos.
Deslizei meu dedo pelo tecido fino da sua calcinha, gemendo ao sentir sua umidade.

Voltei a beijá-la, nossas línguas se enroscando e nossos quadris rebolando de encontro ao


outro. Ergui-me um pouco e baixei mais suas calças, juntamente com a calcinha, deixando livre
apenas uma das pernas.

Abri meu zíper, escorregando minhas calças pelas minhas pernas. Bella esticou o braço e
apertou meu membro que já estava dolorido de tesão. Seus olhos me encaravam com luxuria,
acabando com o que restava da minha sanidade.

–Só você pra me deixar louca assim Edward.

–Não mais que eu.

Posicionei-me sobre ela, colocando a perna livre ao redor da minha cintura e penetrando seu
corpo com firmeza. Bella impeliu seus quadris, chocando-o contra os meus.

–Ah... Deus...Edw...

Bella perdeu o fôlego quando abocanhei seus seios, sugando-os enquanto aumentava
gradativamente minhas investidas para dentro do seu corpo. Como um animal faminto eu subi
minha boca pelo seu pescoço, chupando sua pele, deixando minha marca e em seguida
devorando sua boca.

Apertei sua coxa com força e ergui sua perna, passando-a sobre meu ombro, e me enterrando
completamente dentro do corpo quente e úmido. Seus gemidos eram abafados pela minha boca
faminta que praticamente a engolia, deixando-a sem fôlego.

Bella rebolava enlouquecida, apertando meus músculos... meus cabelos quando seu sexo
contraiu-se, esmagando-me dentro dela. Eu gemi alto e bombeei com mais força, sentindo seu
gozo deslizar em mim.

Seu grito ecoou e sua mão afrouxou o aperto em meu ombro para logo em seguida deslizá-la
pelas minhas costas... completamente gelada.

–Porra...

Eu praticamente rosnei... quente e frio... a mão pequena espalhando a neve pela minha pele em
chamas foi o suficiente para duplicar a sensação extasiante que era possuir seu corpo. Minha
pele arrepiou-se e eu estremeci jorrando meu sêmen dentro dela, sem deixar de investir cada
vez mais fundo, alcançando um ponto distante em seu corpo, proporcionando novo orgasmo a
ela.

–EDWARD... OH DEUS...
Seus dentes cravaram-se em meu peito e eu a apertei ainda mais deixando que apenas me levar
pelo êxtase... e pela paixão.

Apenas esperei que sua respiração voltasse ao normal e comecei a vesti-la novamente, bem
rápido para que não começasse a bater os dentes.

–Louco... você é louco, Edward.

–Agora tripudia da minha sanidade. Bem que gostou.

Balancei meu casaco, tentando retirar flocos de neve.

–Sempre gosto.

Vesti o casaco e peguei-a pelo braço colocando-a nas costas como se fosse um saco de
batatas.

–Que isso? Ponha-me no chão, Edward.

Entretanto ela riu, colocando a boca em meu pescoço e mordendo levemente.

–Eu já disse que te amo hoje?

–Você nunca disse, Bella. Nem demonstra... acho um absurdo isso.

–Hum... meu marido promotor está virando um mentiroso?

Eu ri e meus pelos arrepiaram-se quando ela mordeu o lóbulo da minha orelha.

–Mesmo que você não dissesse... não demonstrasse...ou mesmo não me amasse, eu amaria
por nós dois. Fiquei louco por você desde o começo. Sabe que agora me lembro de uma coisa?

–Que coisa?

Bella continuava distribuindo beijos pelo meu pescoço enquanto eu ia caminhando com ela
encarapitada em minhas costas.

–No mesmo dia em que conheci você... eu sonhei... olhos cor de chocolate. E na época eu nem
fazia idéia do que significava.

–Jura?

–Hum hum.

–E agora sabe o que significa esse sonho?

–Significa que você é tudo o que sempre sonhei pra mim.

Ela ficou em silêncio e eu percebi claramente que ela tremia.

–Amor?

Girei um pouco minha cabeça, mas Bella estava com a dela enterrada em minhas costas.
Segurei sua mão e gentilmente coloquei-a no chão, abraçando seu corpo. Ela chorava
copiosamente, agora com o rosto enterrado nas mãos.
–Que isso, Bella? Você sempre soube que eu te amo... por que chorar assim?

–Felicidade.

–Sim, eu sei. Mesmo assim...isso nunca foi novidade.

–O fato de você ter sentido pelo menos atração por mim logo de cara é novidade sim.

–Sua boba...

Passei as mãos em seu rosto, tentando secar algumas lágrimas que ainda insistiam em manchar
seu rosto.

–Linda. É impossível conhecer você e não se apaixonar.

Beijei seu nariz e depois segurei sua mão voltando a caminhar.

–Agora vamos pra casa que estou louco para me enfiar naquela banheira.

–Hum... agarradinha em você será uma delícia.

–Até parece que nunca fizemos isso.

–Mas agora é diferente. Estamos em lua de mel.

– E por mim continuaremos em lua de mel eternamente.

–Está vendo? Fica só querendo me fazer chorar.

–Estou sendo apenas sincero. Você não merece menos que isso. E agora chega que já enchi
sua bola demais.

Agarrou-se à minha cintura e assim fomos até chegarmos ao chalé.

–Quer encher a banheira? Vou acender a lareira.

–E depois do banho a gente vem pra cá?

–Se você quiser.

–Eu quero.

Saiu saltitante em direção ao quarto. Ocupei-me em acender a lareira, distraído com meus
pensamentos. Precisava ligar para Alice. Odiava deixá-la sozinha mas seria absurdo não dar
uma lua de mel decente à Bella.

Felizmente Esme e Carlisle se dispuseram a acolhê-la em sua casa enquanto estivéssemos fora.
Nunca, nesses dezoito anos, ficamos tanto tempo afastados. Além disso, tinha a louca da Tânia
solta por ai. Sei que ela não seria maluca a ponto de tentar nada contra Alice,a não ser, é claro,
se quisesse morrer cedo.

–Está pronto, Edward.

–Já estou ind...

Virei-me para falar com ela e senti a respiração presa em minha garganta. Mesmo que a sala
ainda não estivesse aquecida, eu me sentiria como se estivesse no caldeirão do inferno. Bella
usava um roupão... aberto... revelando a lingerie pra lá de sexy que ela usava.

–Puta merda... Bella.

Ela sorriu sensualmente estendendo o braço em minha direção.

–Gostou?

–Adorei... pena que irei destruí-la...

–Não... foi presente da Ali...

Ela nem teve tempo de terminar. Puxei-a pela mão e me joguei com ela no sofá, o tesão falando
mais alto. Busquei sua boca com avidez... o desejo alastrando-se pelo meu corpo, como se eu
não a visse há dias.

Aos poucos minhas roupas foram ao chão juntamente com a lingerie... completamente destruída.
Na sala, apenas o crepitar do fogo e nossos gemidos acompanhados do som dos nossos corpos
se chocando. Pelo menos por hora, nosso banho ficou esquecido.

*****************

Eu não sabia se o calor vinha da lareira, do vinho, do fondue... ou do meu corpo agarrado ao de
Bella, ambos nus.

–Sabe que eu não deveria estar bebendo assim, Edward.

–Você ainda é menor mas é minha esposa. Sou responsável por você. E pode ficar tranqüila.
Não irei abusar de você se por ventura ficar bêbada.

–Depois de tudo que fizemos o termo “abusar” soa até simpático.

Estremeci.

–Eu não machuquei você não é?

–Claro que não. Nunca faz isso.

Na verdade eu sei que peguei Bella com força exagerada. Mas ela me tirava todo controle que
eu achava possuir. Perto dela, do seu corpo, eu voltava a ser um adolescente da mesma idade
que ela. Não estou dizendo isso porque me sinto um velho. Mas creio que na idade em que
estou a maioria não age com tanto furor assim. Ou age?

Bella espetou uma uva e passou no chocolate, deslizando-o pelos meus lábios. Estremeci
novamente e passei minha língua. Bella mordeu os lábios, observando meu gesto.

–Não me provoque, Bella.

–Adoro provocar você. Sei que vou ao delírio depois.

Olhei o corpo espetacular desde os seios firmes até as coxas grossas, sentindo meu membro
pulsar novamente, dando sinal de vida.

–Aliás tem uma coisa que eu queria experimentar.


Espetei uma uva e passei pela calda de chocolate. Passei um pouco em meus lábios, testando a
temperatura.

–Abra um pouco suas pernas, Bella.

–O que? Pra que?

–Abra.

Ela obedeceu, o cenho franzido, visivelmente confusa com minha ordem. Com o pequeno garfo
onde estava a uva banhada em chocolate, levei até seu sexo, lambuzando seu clitóris e abrindo
ligeiramente suas dobras. Bella gemeu, apoiando suas mãos no chão e jogando sua cabeça
para trás.

–Olhe pra mim.

Assim que ela me olhou eu retirei a mão e coloquei a uva em sua boca devorando-a em seguida.
Bella jogou os braços em volta do meu pescoço, forçando-me para cima do seu corpo enquanto
se deitava.

–Eu te amo... minha garotinha.

–Eu também te amo... meu homem.

Minhas mãos apertaram sua cintura com força e num gesto automático, Bella envolveu minha
cintura com suas pernas. Entretanto eu a afastei e deslizei meu corpo, segurando seus quadris e
passando minha língua em seu sexo ainda lambuzado de chocolate. Seu cheiro e gosto
invadiram meu organismo e instintivamente eu enfiei minha língua dentro dela, gemendo ao
sentir sua umidade que aliada ao chocolate causaram um efeito devastador em minha libido.

Chupei e suguei seu sexo de forma quase selvagem, enterrando meus dedos em sua carne
macia. Bella gemia, rebolava e apertava meus cabelos, aos meus tempo forçando e empurrando
minha cabeça.

–Vem Edward... eu quero gozar com você.

Colei meu corpo ao dela, beijando sua boca e empurrando meu membro rígido para dentro do
seu corpo. Novamente suas pernas me enlaçaram, Bella rebolava seus quadris e impulsionava-
os fazendo com que eu fosse cada vez mais fundo. Meu membro dilatou-se dentro dela e seu
sexo me apertou no mesmo instante que seu gozo inundava meu membro. Eu gemi alto, meu
membro dilatou-se e o corpo pequeno e apertado arrastou-me novamente para uma nova onda
de êxtase...cada vez mais intensa... sem fim.

Minha boca permaneceu colada na dela enquanto nossa respiração voltava ao normal. Abracei
seu corpo com força aspirando o cheiro delicioso de sua pele. Suas unhas deslizavam pelo meu
peito, fazendo círculos e provocando arrepios em minha pele.

–Edward... estive pensando...

–Pode falar.

–Não vai ligar pra Alice?

–Estava na lista. Seria logo após nosso banho, mas você me distraiu.

Ela riu baixinho, beijando meu peito.


–Estou com saudades dela.

–Eu também. Vou ligar pra ela.

Levantei-me e peguei o celular e também a grossa manta que usávamos quando estávamos
frente à lareira. Sentei-me novamente ao lado de Bella e abracei-a enquanto esperava a ligação
ser completada.

–Já estou até ouvindo os gritos histéricos dela.

–Coisa feia falar mal da sua melhor amiga... embora seja verdade.

Estranhei ao ouvir não a voz de Alice, mas do Jasper.

–Jasper? Edward. Está tudo bem?

–Oi... Edward... que surpresa. Como estão?

–Estamos bem. Queria falar com Alice... ela está ai não é?

–Ela está dormindo. Não estava muito bem.

–Ela está doente? O que houve?

Bella se empertigou ao meu lado ao ouvir minhas palavras. Eu não conseguia acreditar nas
palavras que ouvia. Passei a mão no cabelo e levantei-me imediatamente, andando feito uma
fera enjaulada.

–O que foi Edward?

Fiz um sinal para que Bella aguardasse.

–Não diga nada a ela, Jasper. Mas estou voltando. Não diga nada a ninguém, ok?

–Fique tranqüilo Edward. Boa viagem.

Desliguei e atirei meu celular no sofá.

–Merda.

–Amor... Alice está doente?

Encarei Bella com as mãos na cintura.

–Aquela ordinária... desavergonhada... entrou com pedido na justiça.

–Tânia? Sobre o que?

–Ela quer uma pensão... e a guarda da Alice.

–Guarda? Mas Alice já tem dezoito anos.

–Pra você ver... é tão mãe que nem ao menos sabe a idade da filha.

Abracei-a pela cintura.


–Mesmo assim deve ter sido chocante pra ela. Precisamos voltar, amor.

–É claro que precisamos ir Edward. O mais rápido possível.

–Sabia que entenderia.

Ela sorriu colocando a cabeça em meu peito.

–Sou a mammy dela.

–Sim... e eu não poderia ter feito melhor escolha para nossa vida.

Ficamos abraçados enquanto eu pensava no que fazer agora. Não em relação ao pedido
absurdo de Tânia. Eu pensava numa forma de arrancá-la de vez do nosso caminho. Bella e Alice
são minha vida agora. E minha prioridade. Portanto era minha obrigação cuidar para que nada
atrapalhasse a felicidade delas.

Edward POV

Continuei parado, apenas observando as duas mulheres abraçadas, uma alisando o cabelo da
outra. Era incrível a amizade que unia as duas e isso se intensificou ainda mais depois que me
casei com Bella. Uma adolescente imatura com certeza teria se rebelado e ficado contra mim..
Mas Alice não... era centrada, pés no chão. Sua reação não poderia ter sido diferente... abraçou
sua nova “mãe” de corpo e alma.

Tínhamos acabado de voltar de nossa lua de mel e fomos direto para a casa do Jasper. Carlisle
e Esme não estavam em casa. Apenas Jasper e Alice. Felizmente Emmett também não estava e
era melhor assim. Eu não precisava de mais dor de cabeça nesse momento. Vim preocupado a
viagem inteira, não pelo que a maldita Tânia fez, mas pensando em como Alice estaria.

Sei que gostava de se mostrar forte, mas ela não é. Era sensível e deveria estar um caco por
dentro. Jasper nos recebeu e nos levou ao seu quarto onde Alice estava deitada. Assim que ela
e Bella se viram começaram a chorar e se abraçaram. E assim estavam até agora.

–O pai não ganha nada de abraço.

–Ah pai... seu lindo... venha cá.

Peguei-a no colo, exatamente como fazia quando era criança e da mesma forma que fazia com
Bella hoje em dia.

–Como está meu amor?

–Ah pai... que droga. Não queria ter atrapalhado a lua de mel de vocês.

–Não atrapalhou... minha vida com Bella será uma lua de mel constante.

–Ai mamy... ta com tudo heim?

Bella apenas balançou a cabeça, as bochechas ruborizadas.

–Eu odeio aquela mulher pai. Ela é louca? Nunca ligou pra nós... e agora quer minha guarda?
–Tão louca que nem sabe a sua idade. Mas eu irei dar corda Alice. Vou lá... em frente ao juiz... e
ai direi que você já é maior de idade. Quero so ver a cara dela.

–Hum... eu pensei que você já iria frea-la.

–De jeito nenhum. Quero vê-la com a cara no chão diante do juiz. Mas você sabe que
provavelmente irão querer ouvi-la. Pelo menos por causa da questão da pensão. Imagine se irei
dar algum dinheiro a ela.

–Diaba... ninguém merece uma mãe dessa. Ainda bem que a minha mamy é a melhor do
mundo.

Estendi minha mão pra Bella e puxei-a. Caímos os três na cama, rindo... abraçados.

–Meus amores... amo vocês demais. E ninguém vai atrapalhar nossa felicidade. Eu prometi isso
a vocês.

–Eu sei... você é o melhor pai do mundo.

–E você é a filha mais mentirosa do mundo.

Alice mordeu minha bochecha e bagunçou meus cabelos como ela sempre gostou de fazer.

–Vamos pra casa? Chega de dar trabalho ao Jasper.

–Não é trabalho algum Edward.

–Sei... é bom que vai se acostumando. Aposto como daqui a pouco estarão pensando em casar
ou morar juntos. Se for tão precoce quanto sua prima...

Bella me encarou com as mãos na cintura.

–Tinha que me garantir o quanto antes. Se pensa que engoli aquela Jane...

–Pode ir parando ai. Em minha vida so existem duas mulheres e sabe disso.

Ela sorriu dengosa e me abraçou pela cintura.

–Claro que sei. Por isso que te amo.

–Ih... parem... estou de dieta e so de ver esse melado todo eu engordo cinco quilos.

Eu gargalhei e abracei as duas.

–Obrigado por tudo Jasper. E claro irei agradecer pessoalmente aos seus pais por terem
abrigado a Alice.

–Imagine. Foi um prazer.

–E que prazer heim Jasper?

–Alice!

Ele ficou completamente nervoso...e acabei rindo também. Como se eu fosse algum bobo que
não soubesse que eles se relacionam sexualmente. Já conversei muito com Alice sobre isso e
tinha plena confiança nela. Sabia que estava se cuidando.
Esperei enquanto Alice arrumava suas coisas e pouco depois seguíamos para nossa casa.
Jasper preferiu ficar em sua casa para que matássemos a saudade. E realmente eu estava
morrendo de saudades da minha menina. Tão acostumado a tê-la todos os dias debaixo da
minha asa. Lembro-me de uma vez aos quatorze anos...quando Alice foi participar de um
acampamento por dois dias com a escola. Quase fiquei louco de saudade.

– Mas pai... como você ficou sabendo? Eu que recebi o papel.

–Aliás quem fez isso não deveria ter feito. So poderia ter sido entregue a mim.

–Pois é... mas você sendo promotor... é muito conhecido. E eu sou conhecida como a filhinha do
promotor... então...

Balancei a cabeça.

–Isso pouco importa também. Eu so quero me livrar dessa peste pra sempre. Deus... como pode
perturbar tanto? Eu queria muito saber o que ela realmente pretende. Nunca nos amou... então
so pode ser dinheiro.

–Bruxa mal comida dos infernos.

Olhei pra ela pelo retrovisor, repreendendo-a com o olhar. Mas ela nem se importou, deu de
ombros.

–É mesmo...

Pior que eu tinha que concordar com ela. Não diria mal comida porque não sabia nada da vida
dela... e nem me interessava saber. Posso dizer que era mal amada.

Assim que chegamos em casa Bella saltou do carro sem ao menos esperar que abrisse a porta
pra ela e pegou uma das malas.

–Nossa lua de mel foi perfeita. Mas confesso que estava morrendo de saudades dessa casa.

–E da sua filhinha também não é?

–Claro... se não fosse minha filhinha eu não teria o papai gostoso dela.

Eram impressão minha ou essas mulheres estavam atacadas hoje? Entraram em casa rindo da
minha cara e eu entrei logo em seguida. Levei algumas malas e deixei o resto para os
empregados levarem. Bella e Alice já estavam jogadas no tapete da sala, abrindo a mala,
procurando pelos presentes.

Deixei-as a sós e fui para o escritório, procurando pelos papeis que Alice falou. Encontrei-os na
gaveta e sentei-me para poder analisá-los. Ridícula... eu não acreditava mesmo que ela teve a
coragem de colocar aquilo tudo. Quanta cara de pau. Sinceramente... se Bella quiser dar outra
surra nela eu não iria me importar nem um pouco.

Encostei-me na cadeira deixando minha cabeça pender para trás e fechei meus olhos. Apesar
de tudo eu me sentia plenamente feliz. Alice e eu tínhamos a vida que deveríamos tido sempre.
O engraçado é que eu estava satisfeito por ter encontrado o amor somente agora. Bella era a
mulher certa pra mim... a amiga certa pra Alice. Era perfeita pra nossa vida.

*************
A mão macia passeava pelo meu peito quando abri meus olhos. Encontrei o brilho de desejo nos
olhos de Bella e segurei sua mão sobre meu peito.

–Dormiu... não está chateado conosco não é?

–claro que não. Eu estava apenas lendo so papeis... pensando na vida. Acabei dormindo.

–Vem tomar um banho comigo? Meu corpo está meio preguiçoso também.

–Vamos...

Levantei-me e segurei sua mão.

–E Alice?

–Disse que ia tomar um banho e dormir.

–Que horas são?

–Passa um pouco das sete da noite. Não está com fome?

Olhei pra ela e meu olhar desceu pelo seu corpo.

–Agora que você falou...

–não é disso que eu estava falando, mas se você quiser...

Eu ri, pegando-a no colo. Como se alguma vez se recusasse a fazer sexo comigo.

–Já coloquei a banheira pra encher... é so chegar e entrar.

–É? So chegar e entrar?

–Na banheira, Edward.

Eu ri alto novamente. Adorava provocá-la... mas no final das contas ela é quem me deixava
maluco. Assim que coloquei-a de pé Bella começou a tirar minha camisa enquanto deslizava a
língua pelo meu peito.Segurei em seus cabelos sentindo cada músculo do meu corpo
completamente mole, como se fosse gelatina.

–Amor...

Tentei pedir pra parar, mas ela se ajoelhou a minha frente tirando meus sapatos e depois minha
calça. Suas unhas subiram pelas minhas coxas, arranhando minha pele. Eu já tremia bem antes
que a mão pequena se fechasse em volta do meu membro.

E gemi alto quando sua boca roçou levemente a cabeça e em seguida fui completamente
sugado por ela. Meu corpo tombou para frente e eu escorei minha mão na parede,
completamente enlouquecido pela língua ávida que lambia a cabeça que pulsava
incessantemente.

Quando Bella beliscou levemente meus testículos eu gemi ainda mais alto e puxei-a pelos
braços, arrancando seu vestido imediatamente. Arfei, já completamente sem fôlego ao notar a
ausência da calcinha. Coloquei-a sobre a bancada da pia abrindo suas pernas. Bella inclinou seu
corpo pra trás, expondo-se ainda mais pra mim.
Penetrei dois dedos nela enquanto curvava-me sobre ela e abocanhava seu seio.

–oh... Edward... a água.

Afastei-me rapidamente apenas para fechar a torneira, mas voltei imediatamente. Segurei suas
coxas e ergui, colocando seus pés sobre a arquibancada. Inclinei-me novamente e passei a
língua em seu clitóris. Bella gemeu e impeliu os quadris, agarrando-se à borda da pia. Passei a
língua em sua fenda, gemendo novamente ao senti-la tão molhada. Agarrei suas coxas e
enterrei minha língua completamente. Bella ergueu novamente os quadris e então passei minhas
mãos sob sua bunda, forçando-a contra minha boca.

Eu chupava com voracidade e Bella gemia, se contorcendo e agarrando meus cabelos.

–Ah Jesus... venha Edward.

Nem foi preciso pedir a segunda vez. Puxei-a mais para ponta e sem aviso penetrei seu corpo
sem qualquer cuidado, ambos gritando de prazer. As unhas dela estavam cravadas em meu
braço mas eu nem sentia dor, so sentia o prazer de entrar e sair do seu corpo apertado. Seus
olhos fixaram-se nos meus e assim ficamos... absortos... gemendo de prazer até que a primeira
onda de prazer nos fez estremecer. Colei minha boca na dela, ainda metendo forte até liberar a
última gota do meu prazer dentro dela.

Bella deu um suspiro de satisfação e escondeu a cabeça em meu peito.

–Agora posso tomar meu banho? Você me distraiu...

–olha só... você que me atacou.

–E você adorou...

–Sempre adoro meu amor.

Peguei-a no colo e levei-a ate a banheira. A água ainda estava morna o que nos permitira tomar
nosso banho tranquilamente. Bella sentou-se a minha frente e colocou a cabeça em meu ombro.

–Eu te amo.

Beijei sua bochecha.

–Eu também te amo, meu amor.

Como se isso fosse alguma novidade.

*************

Eu ouvia calmamente todos os absurdos que aquela paranóica dizia. Uma semana depois de
voltar da lua de mel eu estava aqui, nessa sala pronto para tirar Tânia de vez da minha vida. Era
incrível até onde ia a cara de pau das pessoas. Quem não sabia da historia ira com certeza
acreditar que Tânia estava sendo sincera.

–Eu era muito jovem ainda... não sabia nada da vida. E de repente me vi com uma filha. Eu era
imatura, precisava amadurecer, então pedi ao Edward que cuidasse de minha filha... que eu
voltaria um dia.

Vontade de bater nela. Nunca disse qualquer palavra a respeito disso. Simplesmente virou as
costas.
–Eu quis voltar bem antes... mas eles se mudaram... e alem disso eu tinha medo da reação de
Edward. Sempre foi um homem muito intenso.

–Então... senhorita Denalli... foram dezessete anos querendo voltar pra casa e sem coragem?

–sim.

Essa era a chance.

–Não... Foram dezoito anos.

O juiz franziu o cenho e olhou os papeis â sua frente.

–Como?

–Minha filha Alice tem dezoito anos.

Entreguei os papeis com os documentos de Alice sob o olhar atônito de Tânia.

–Senhorita Denalli... está requerendo a guarda de uma maior de idade? Ou a senhora não sabia
a idade da sua filha?

–Eu... eu...

Ele nem esperou que ela falasse e me pediu para falar. Obviamente não poupei detalhes. Tânia
nos abandonou e meus pais acabaram falecendo em um acidente, na ânsia de trazê-la de volta.
Alice e eu... sozinhos durante todos esses anos. E além do mais... Tânia e eu nunca nos
casamos porque ela não quis. Claro que hoje em dia eu agradecia por isso.

Tânia me olhava com verdadeiro ódio, mas eu sustentava seu olhar.

–Senhorita Denalli... nunca quis se casar com o doutor Edward Cullen, praticamente abandonou
a família... inclusive a filha com poucos meses de vida...

–Não, mas eu...

–Que espécie de mãe nem ao menos sabe a idade da filha? Estou me sentindo um palhaço aqui.

–Eu tenho direitos...

–Que direitos senhorita? Como ousa requerer alguma coisa se nem ao menos quis fazer parte
dessa família? Saiba que o doutor é um homem respeitadíssimo em nosso meio, sua reputação
é ilibada. Eu afirmo nesse momento que a senhorita não tem direito a absolutamente nada. Pelo
contrário... tinha obrigações, as quais não cumpriu. Portanto não venha brincar com a justiça
fazendo acusações infundadas e requerendo coisas absurdas. Tanto o pai quanto a mãe é
aquele que cria, que cuida, que da carinho e amor. A jovem Alice ao meu ver tem o pai e a
mãe... em uma única pessoa. Encerramos por aqui.

Não pude segurar um sorriso vitorioso. Apertei a mão do juiz e sai sem ao menos olhar para trás.
Entretanto Tânia me alcançou.

–Não pense que isso ficará assim Edward.

–Fique longe da Alice. Esqueça que ela existe.


–QUE SE DANE A ALICE! Eu quero saber de você. Se pensa que vai ficar com aquela
ninfetinha...

Avancei pra ela, apertando sua bochecha.

–Ordinária... está pouco se lixando para sua filha não é?

–Eu nunca quis ter filhos... eu so quero você... só você.

–NUNCA! Eu jamais trocaria Bella por você. E nem vou ficar aqui discutindo.Saia do meu
caminho para o seu próprio bem.

–Escute o que vou dizer... vocês não serão felizes.

–Ouse Tânia... ouse chegar perto de qualquer uma delas para ver o que faço com você.

Empurrei-a e me afastei, mas ainda pude ouvir sua voz e seu riso debochado.

–Terá uma surpresa, meu gostosinho.

Maldita...maldita...

Arranquei o carro, as mãos apertadas no volante. Ela que ousasse...eu nem queria pensar... iria
esmagá-la sem dó.

Por via das dúvidas... peguei meu celular e liguei pra Bella.

–Edward?

–Amor... onde você está?

–Em casa com Alice. Por quê?

–Nada. Já estou chegando.

–Está tudo bem?

–Sim. Amo você.

Desliguei sem esperar resposta.Eu já sabia exatamente como tirar Tânia do meu caminho pra
sempre. E eu nem precisaria matá-la como eu tinha vontade.

Edward POV

Ainda não estava bem certo de que aquilo iria funcionar. Entretanto eu precisava descobrir
alguns detalhes que pra mim ainda estavam mal explicados. Logo depois que aquele jornal
vagabundo espalhou a notícia eu só pensei em parar com aqueles comentários. Não por mim, é
claro. Pensava em Bella. Nunca se sabe o que seus colegas de escola poderiam fazer.

Eu precisava saber quem plantou aquela nota. As opções eram poucas. Duas, para ser exato:
Tânia ou Emmett.

Os dois eram tão vagabundos que ficava até difícil imaginar qual dos dois seria. Entretanto meus
anos de pratica, convivendo com bandidos da pior espécie fizeram com que eu fosse mais
perspicaz que a maioria das pessoas.
Por isso nada me tirava da cabeça que Emmett foi o autor da palhaçada. Iria tentar tirar isso a
limpo diretamente com o jornal, afinal de contas eles ainda estavam sendo processados por mim
e talvez quisessem um acordo.

Afora isso... Tânia. Eu não via a hora de me livrar daquele encosto. Pensei seriamente em dar
dinheiro a ela. Sei que era isso que ela queria. Não acreditava mesmo que ela queria a mim,
como disse. Seu interesse era única e exclusivamente dinheiro. E isso eu tenho. Poderia dar a
ela dinheiro para que pudesse viver com os pés pra cima,cercada de luxo pelo resto da vida. Eu
não me importava com isso. Dinheiro pra mim não era nada. Eu trabalho... reponho tudo o que
perderia com aquela vagabunda. A única coisa que eu não conseguiria se não fizesse isso seria
paz.

E era tudo o que eu precisava agora. Queria ver minha filha bem, feliz, como esteve durante
todos esses anos. E além disso eu precisava curtir meu casamento com a mulher maravilhosa
que conquistei. Então... se pra conseguir isso eu precisasse enfiar dinheiro goela abaixo da
cadela... eu faria.

Ma sei que Alice ficaria insatisfeita comigo. Ela queria ver Tânia arruinada, na lona. Mais do que
já estava, aliás. Isso me fez mudar de ideia. Nada de dinheiro. Pensaria nisso depois. Uma coisa
de cada vez ou ficaria louco.

Esse era o motivo de estar sentado em frente àquele homem idiota, à espera da sua resposta.

–Estou sendo sincero. Foi uma denúncia anônima.

–Certo. Então se vocês nem se deram ao trabalho de correr atras de fontes seguras... isso
mostra o nível do seu jornal. Um lixo como esse não fará falta alguma nas bancas. E tenho
certeza que quando você for a falência, por causa do dinheiro que irei arrancar de você... alguém
decente irá aparecer para tomar conta dele.

Levantei-me, deixando o homem pálido e com os olhos arregalados.

–Está cantando vitoria antes da hora. Eu posso não ser condenado a pagar indenização
nenhuma.

Aproximei-me lentamente e e apoiando as mãos sobre a mesa, eu o encarei.

–Você mexeu com um promotor de justiça. Fez acusações sem provas, baseado em uma
denúncia anônima. Acha mesmo que não será condenado? Acha que deixarei passar assim?
Justo eu que nunca permiti que a justiça não fosse feita? Adeus, senhor Downey.

Antes que eu chegasse até a porta, a voz do traste me paralisou.

–Swan... Emmett Swan. Foi ele que fez a denúncia. É amigo do meu filho.

–Muito obrigado pela informação.

–Hei... e como fica o processo?

–Sou um homem de palavra. Irei ter uma conversa com o Emmett... e somente então eu irei
retirar a queixa e pedir o arquivamento do processo.

–Quanto tempo?

–Bem pouco. Passar bem.


Falei já batendo a porta. Agora era hora de ficar cara a cara com o mancebo.

Conferi as horas e fui direto para a universidade. Antes liguei para o Jasper apenas para
confirmar se o Emmett estava lá e pedi que não comentasse.

Assim que cheguei ao estacionamento eu avistei seu carro. Parei o volvo bem ao lado e desci,
encostando-me no carro dele. Esperaria o tempo que fosse, embora soubesse que minha
demora deixaria Bella e Alice preocupadas. Mas preferi não dizer o que vim fazer...era melhor
assim.

Mas não foi preciso esperar muito. Menos de quinze minutos depois eu o vi sair, falando ao
celular e sorrindo. Mas parou ao me ver e seu rosto fechou-se numa carranca.

–Pode dar licença?

–Posso. Depois que conversarmos .

–E o que o faz pensar que quero falar com você?

–Acredite-me..eu também não faço questão alguma de falar com você. Entretanto... ou
colocamos as coisas em seus devidos lugares... ou você irá ficar seriamente enrascado.

Ele gargalhou.

–Ameaças?

–Acha que sou desse tipo?

–Acho.

–Acertou. Portanto entre no meu carro agora...antes que eu perca a paciência que com você...
não tenho nenhuma.

Era mais frangote do que pensei. Ou então estava curioso para saber o que eu tinha a dizer.
Entrei no carro e dei a partida, dirigindo até um parque, deserto àquela hora. Desci e me sentei
no encosto de um banco, os pés sob o assento.

–Fale logo. Não tenho tempo.

–Eu já sei de tudo. Sei que foi você quem fez aquela denúncia ridícula de pedofilia.

Ele ficou vermelho mas tratou de negar.

–E o que eu ganharia com isso? A maluca da minha prima já tinha se decidido a casar com você.

–Exatamente por isso. Até onde você é capaz de ir heim? Porque eu sinto algo no ar...

–Lunático.

–Olhe Emmett... eu só quero avisar a você que não tente mais nada contra mim ou contra as
meninas. Acho que seus pais ficariam decepcionadíssimos se soubessem que foi você o autor
da denúncia.

–Pare de me ameaçar. Acha que porque é um promotor de merda pode...


–NÃO...

Eu o interrompi.

–Não é por ser um respeitado promotor de justiça que estou dizendo isso. Estou dizendo
isso...porque alem dos seus pais... Bella jamais o perdoará se souber da verdade.

Ele engoliu em seco, os olhos arregalados. Eu precisava perguntar. Nada me tirava aquela
cisma da cabeça.

–Você conhece a Tânia não é? Conheceu-a em minha casa.

–Eu... eu não sei do que está falando.

–agiu a mando dela.

–Você é louco. Eu nem sei quem é a mãe da Alice.

Ergui minha sobrancelha em sinal de deboche.

–Mas eu não disse que Tânia é mãe da Alice.

–Er...eu...

Perdi a paciência e com um pulo eu me coloquei a frente dele.

–Escute aqui moleque... já lhe disse uma vez que seus músculos turbinados não dizem nada a
mim, exceto que é um miolo mole. Até quando irá continuar nessa? Bella me ama, está casada
comigo e se você fosse homem realmente estaria feliz por ela. Quando a gente gosta de alguém
é isso que queremos... ver essa pessoa feliz. Vá viver sua vida... procure alguém que goste de
você e acima de tudo: afaste-se de Tânia. Ela é cobra criada.

– Eu já... eu nem ligo mais pra Bella. Eu... estou afim de uma garota.

– Ótimo... parabéns pra você. Mas meu aviso fica assim mesmo. Cresça... mostre que é homem.
Porque não basta ter isso ai no meio das pernas para se fazer homem. É preciso ter atitude. E
atitude de homem, não de criança feito você.

Ele ouvia tudo em silêncio... de cabeça baixa e por instantes até tive pena.

–Eu não irei dizer nada aos seus pais, tampouco a Bella. Mas um deslize seu... já era. Agora
vamos... minha esposa me espera.

–Eu... eu estou gostando da Rose.

Parei.

–Rosalie?

–Sim. Sua funcionária. Mas ela não me suporta.

–Não suporta atitudes imaturas. Nisso é bem parecida com a Bella.

–Eu... eu... argh...

Sabia... tinha coisa escondida. E ele deu o primeiro passo para falar. Melhor ir com calma agora.
–Você o que?

–Eu me envolvi com Tânia. Conheci-a em sua casa, ou melhor... ela me viu... beijando a Bella.
Estava escondida a espreita. Ela seguiu meus pais naquele dia e descobriu meu endereço. E a
partir dai... bom... ela é bonita... sexy. Prometeu mundos e fundos. Apesar de tudo eu queria a
Rose, assim como a Tânia só fala em você.

Quando ele se dignou a me olhar, seus olhos estavam úmidos e arregalados.

–Mas agora eu não sei como sair fora. Ela me ameaça e... e... eu não quero que ela faça mal a
Bella, embora eu tenha concordado em ajudar.

Minha respiração ficou suspensa por instantes. Mas eu fiquei cego, desesperado só por saber
que planejavam algo contra Bella. Agarrei-o pela gola da camisa.

–O que ela pretende com a Bella? Diga antes que eu arrebente sua cara.

–Calma... eu vou falar. Eu...acho que preciso da sua ajuda para conseguir me livrar dela
também.

Voltou a me encarar.

– Ela está louca, Edward.

Boa coisa não era. Mas além disso... eu poderia realmente confiar no Emmett?

Bella POV

Por mais que eu risse das palhaçadas de Alice, eu ainda estava preocupada. Não sei, mas eu
sentia cheiro de encrenca no ar. Edward ligou e estava tão... estranho. Conheço muito bem meu
marido para perceber um toque de preocupação em sua voz, ainda que sutilmente. E claro... eu
tinha certeza que tinha algo a ver com a vaca da Tânia. Ainda pensava no absurdo da situação...
requerer a guarda da filha maior de idade. Pior disso tudo era ver o sangue frio com o qual
Edward lidava com a situação. Eu já teria partido para a ignorância. Mas fazer o que? Ele é um
cavalheiro, além de ser um promotor de justiça, o que lhe impedia de dar uns bons cascudos
nela.

Mas eu e Alice bem que poderíamos dar uma lição nela.

–Em que está pensando que só fica rindo feito idiota? Sei que não está nem prestando atenção
ao que falo.

Senti meu rosto queimar.

–Ai Alice... desculpe-me. Estou longe realmente.

–Claro. Pensando no meu papai delícia. Eu sei. Nem precisa falar.

–Sim, mas não da forma como você está pensando. Ele estava estranho quando me ligou.

–claro né? Depois de ter tido que encontrar com aquela vaca. Queria o que? Que soltasse fogos
de artifício?

–Credo Alice... não precisa ser grosseira. Respeite sua mãe.


–Hum... mãezinha linda.

Acabei rindo. Não adiantaria ficar me martirizando, tentando adivinhar o que estava
acontecendo. O negócio era esperar por Edward.

–Vamos pra piscina? O dia está gostoso.

–Boa ideia. Jasper não vem agora mesmo.

–Vou me trocar então.

Corri para o meu quarto e revirei a gaveta procurando o biquíni azul que Edward me deu.
Gostava dele, afinal era bem pequeno e não deixava uma marca muito feia. Troquei a roupa,
peguei protetor e toalha e desci encontrando-me com Alice na escada.

–Bella... quando vocês vão me dar um irmãozinho?

–Ficou louca? Está muito cedo pra isso. E Edward concorda comigo.

–Humpft. Ele concorda porque quer ficar pegando você com força, que eu sei.

Eu senti o calor subindo pelo meu corpo e concentrando-se apenas em meu rosto. Será que
Alice já ouviu nós dois na cama? Mas ela gargalhou então entendi que seu objetivo era mesmo
me deixar sem graça. E pensando bem... ela não estava totalmente errada. Só errou o sujeito da
frase. Eu sim, queria que Edward continuasse me pegando com força. Sentia calor só em pensar
nisso.

–Olha a cara dela... foi só falar. Credo Bella. Está parecendo ninfomaníaca. Você não era assim.

–Então já sabe que a culpa é do seu papai.

Falei já parando à beira da piscina e colocando a toalha sobre a mesa. Passei protetor em Alice
e ela em mim, em seguida nos deitamos cada qual em uma espreguiçadeira.

–Já decidiu se irá fazer direito mesmo?

–Ah... agora mais do que nunca. Sabe...às vezes a noite ficamos conversando. Edward fica
falando sobre os trabalhos la no fórum. É interessante demais Alice. Não tenho mais dúvida de
que é isso o que quero.

–enquanto isso eu continuo na maior dúvida. Cada hora penso uma coisa diferente.

–Nunca pensou em moda? Você leva todo jeito pra isso.

–Já pensei. Mas não é... sei la... fútil demais?

–Fútil demais é ficar em casa a toa. Você está se especializando em algo que gosta. Você sabe
que moda abrange muita coisa. Não acho futilidade. Pense nisso.

–É... quem sabe, não é?

Ficamos um bom tempo tricotando, nadando e depois voltamos a nos deitar... e nada de Edward
voltar. Caramba... ele não disse que já estava chegando? Dobrei os braços sob a cabeça e
fechei os olhos. O sol quente começava a deixar meu corpo mole. Tanto que nem percebi
quando o sono chegou. Acordei quando um arrepio percorreu minha espinha, subindo até o
couro cabeludo. Abri os olhos e vi Edward agachado ao meu lado, olhando em meu rosto.
Deslizei meus olhos pelo seu corpo ao notar a ausência da camisa. Suspirei ao notar que ele
usava apenas uma sunga azul.

–Oi. Chegou há muito tempo?

–Não. Vi vocês duas aqui e subi para me trocar. Vão pegar uma insolação desse jeito.

Levantou-se e foi até Alice que também dormia. Eu mais que depressa me ajeitei na cadeira
para poder apreciar melhor a vista. As costas largas e musculosas, a cintura estreita e... nossa...
Eu nunca parei pra pensar na importância de uma bunda bonita num homem. A gente sempre
pensa na dianteira e esquece do resto. Por isso eu babava naquela bunda. Gente... que coisa
perfeita. Que vontade de morder.

–Se olhar arrancasse pedaço...

Sai do transe e encarei Alice que já estava abraçada ao pai. Cruzei os braços em frente ao peito
e fiz bico.

–Nem me abraçou.

–Ih... olha o ciúme. Estou na vida desse homem há mais tempo, queridinha.

– Por isso mesmo. Ja aproveitou bastante.

–Ah nem... briga de mulherzinha eu estou fora.

Edward se levantou rindo e pulou na piscina.

–Mulherzinha? Ah... desaforado. Agora vai se ver com a gente.

Pulamos na piscina também. Alice o atacou pelas costas e eu mergulhei, mordendo a coxa dele
e emergindo em seguida.

–Eu me rendo... não são mulherzinhas... são dois monstros.

Ele segurou as mãos de Alice e forçou-as para trás, jogando Alice de costas na água. Ela ria
feito criancinha. E eu... já estava mais do que quente por causa da presença do meu homem a
minha frente. Não perdi tempo e enlacei seu pescoço. Automaticamente seus braços envolveram
minha cintura e sua boca colou-se na minha.

Eu gemi e apertei meus dedos em seus cabelos. Que loucura... quanta saudade eu estava
dele... isso porque fiquei longe por poucas horas.

–Adoro quando sou recebido assim.

–Estava louca de saudade. Você demorou.

–Fui resolver uns assuntos chatos. E iremos conversar... nós três.

–Ai Meu Deus... o que é?

–Vou relaxar um pouco aqui...depois a gente conversa, está bem?

–Ja fui abandonada?

Alice gritou do outro lado da piscina. Nós dois rimos mas voltamos a nos beijar. Mesmo que
tenha sido um assunto chato, com certeza deve ter sido resolvido,já que Edward estava bem
tranquilo.

–Bella... da pra soltar meu pai? Também estou com saudades.

Edward rolou os olhos e ficou de costas pra mim.

–Pule aqui. Vamos la mimar nossa garotinha.

Eu pulei em suas costa, rindo, pensando naquela palavras: nossa garotinha. Um dia ainda
teríamos... nossa garotinha, já que fatalmente Alice iria sair de nossa aba mais cedo do que
imaginávamos.

Bella POV

Tinha algo errado. Eu sentia isso. Edward me prometeu que jamais mentiria pra mim. Está certo
que ele não estava mentindo, mas estava realmente me escondendo algo. Eu sabia que era para
me proteger e a Alice também. Mas ainda assim eu estava preocupada... e com ele. Disse-me
apenas que em breve estaríamos livre de toda a chateação de Tanya. Mais nada.

Fiquei meio emburrada com ele. Será que era difícil entender que eu estava preocupada com
ele?

Continuei sentada na cama, os braços cruzados em frente ao peito observando enquanto ele se
vestia.

–Vai continuar fingindo que não estou aqui e ainda por cima muito brava?

–Não estou fingindo. Estou me arrumando para o trabalho amor.

–Edward... por favor, me diga o que está acontecendo. Nada de segredos entre nós esqueceu?

Ele suspirou e caminhou até a cama enquanto ajeitava a gravata. Sentou-se na cama e me
puxou colocando-me em seu colo.

–Não existe segredo e nunca irá existir. Só que as coisas tem seu tempo certo Bella. Ainda não
está na hora de lhe dizer o que está acontecendo. Nem mesmo direi a Alice. Mas lembre-se que
tudo o que faço é sempre pensando no bem de vocês.

–Eu sei disso Edward. É só que... é ruim ficar assim no escuro.

–Eu entendo. Mas quando tudo tiver terminado e eu contar o que houve você irá me dar razão.

–Você... irá ficar cara a cara com a … com aquela pessoa?

–Eu não queria isso. Mas é bem provável que sim. Eu preciso olhar nos olhos dela quando for
dizer que se ela se enfiar mais uma vez no meu caminho... eu acabo com a vida dela.

Abracei-o com força e repousei minha cabeça em seu peito. Lógico que confio cegamente em
Edward e no seu amor por mim. Mas aquela mulher era louca... nunca se sabe o que seria capaz
de fazer para tê-lo novamente. Nem que fosse por algumas horas... em sua cama.

Estremeci só de pensar nisso.

–Bom... já falei que você e Alice devem ficar em casa hoje não é? Não irei repetir. Vão pra
piscina ou inventem qualquer coisa. Ideia é o que não falta na cabeça de Alice.
–Acho que o Jasper virá pra cá hoje.

–Ótimo. Faça seu papel de sogra enquanto estou fora.

Eu ri. Sogra do meu primo... coisa de maluco.

–Pode ficar tranquilo. Ficaremos quietinhas em casa. E o senhor meu marido faça-me o favor de
voltar logo para os meus braços.

–Volto... e quero encontrar minha princesa cheirosa e gostosa como sempre.

–Sabe que falando assim... nem dá vontade de deixar você ir.

Ele riu colando sua boca na minha, mas afastando-se rapidamente.

–Chato.

–Sou chato mas amo você.

Continuei agarrada ao pescoço dele mesmo depois que ele se levantou, levando-me com ele
sem dificuldade alguma.

–Seja boazinha...eu preciso realmente ir.

–Fazer o que né?

Colocou-me no chão mas envolveu minha cintura, beijando-me mais uma vez.

–Tão melindrosa. Vou morrer de saudades...

–Eu também.

Foi muito a contragosto que o vi sair, não sei antes se despedir de Alice também. Assim que o
volvo se foi eu voltei e fui para o quarto de Alice sentando-me na beira da cama.

–Não acredito que esse bico todo é porque meu pai foi trabalhar.

–Também. Mas não paro de pensar que ele pode se encontrar com Tanya.

–Deveria ficar feliz. Do jeito que ele está possesso é bem capaz de esmagá-la.

–Eu sei... mas é que estou tão curiosa. Vai me dizer que não está também?

–claro que sim. Mas lembre-se que meu pai só faz o melhor pra nós duas.

–Sei disso.

–Então alegre-se... vamos pra piscina. Você pega um bronzeado e fica linda pra ele. Seja la o
que for quando ele chegar estará tão feliz que irá pegá-la de jeito.

–Ai Alice... pare com isso.

Ela rolou os olhos e se levantou sem se importar com sua nudez.

–Vem dar uma de santa agora. Só vou jogar uma água no corpo e vamos descer para o café.
–Jasper realmente vem?

–Só mais tarde. Ele quer conversar com você e meu pai.

–Como se eu não soubesse do que se trata.

Ela apenas gargalhou, gritando o quanto estava feliz.

Logo após tomarmos um suco fomos direto para a piscina. Até me distrai um pouco rindo dos
sonhos malucos de Alice para o seu casamento. Mas sempre meus pensamentos eram
desviados para Edward. O que estaria fazendo? Já teria se encontrado com aquela bruxa?
Cheguei a pensar em ligar pra ele mas ao me ver olhando fixamente para o celular Alice me
impediu.

Passamos a manhã na piscina e só saímos para almoçar. Depois Alice cismou de assistir a um
filme, mas eu mal me ajeitei no sofá e o sono me dominou. Sonhos bons misturados a outros
ruins... mas Edward estava presente em todos eles.

So acordei horas mais tarde, sozinha na sala. Conferi as horas e vi que passava das cinco da
tarde. Corri para o meu quarto, passando no de Alice antes. Ela também dormia , o som bem
baixo ligado. Entrei no banheiro e tomei um longo e relaxante banho. Passei um hidratante no
corpo sorrindo ao ver a leve marca de biquíni em minha pele. Penteei e deixei meus cabelos
soltos e em seguida coloquei um vestido azul leve e solto... apenas.

Tinha acabado de me sentar na cama para ler um livro quando ouvi o motor do volvo se
aproximando. Estremeci dos pés a cabeça, mas fiquei firme. Nada de demonstrar ansiedade
demais, embora Edward já me conhecesse muito bem para ser enganado. Fingi prestar atenção
ao livro, mas ouvia sua movimentação no andar de baixo em seguida seus passos subindo as
escadas. Parou um pouco, com certeza no quarto de Alice e pouco depois voltou a caminhar.
Meu coração bobamente disparou e quase cheguei a perder o ar. A porta foi aberta e eu demorei
um pouco para erguer os olhos, mas quando o fiz todo meu autocontrole fajuto foi por água a
baixo. Cheguei a gemer baixinho ao vê-lo encostado no batente da porta, o paletó num dos
braços, a gravata frouxa e a camisa branca dobrada até os cotovelos. Sorria daquele jeito torto e
safado que me deixava de pernas bambas.

–Oi.

–Oi...

Ele respondeu se aproximando, a voz rouca causando calafrios em minha pele.

–Hum... foi tudo bem?

–Tudo magnificamente bem... mas isso eu direi depois.

–Mas...

Ele arrancou o livro da minha mão jogando-o ao chão e me puxou, segurando-me pelos pulsos.
Joguei-me sobre ele já enlaçando sua cintura com as pernas. Suas mãos desceram pelas
minhas costas e uma delas se infiltrou sob meu vestido. Ele gemeu e mordeu meu pescoço ao
sentir a ausência de peça íntima. Seu membro imediatamente deu sinal de vida e eu me remexi
levemente contra ele.

–Vem pro banho comigo.


Nem pensei em dizer não. Estava curiosa com os acontecimentos, mas nesse momento meu
desejo era mais urgente... e falava mais alto.

Emmett POV

Era duro admitir isso... duro admitir que você foi um bundão. Ouvir tudo o que ouvi de Edward
não foi fácil. Por quanto tempo eu o invejei? Saber que Bella era simplesmente maluca por ele
me deixou com um ciúmes incontrolável. Sempre tive essa paixão por Bella mas era um
sentimento bom até descobrir o que rolava entre Edward e ela.

Eu sempre imaginei que ela iria se relacionar com alguém mais maduro, mais vivido. E confesso
que minha raiva maior foi por ver que Edward era o homem quase perfeito. Digo quase, porque
ninguém nesse mundo é perfeito. Mas ele quase chegava a ser. E isso quase me matou.

Ciúmes... inveja...raiva. E agora humilhação. Eu me senti no chão perto de Edward.


Principalmente porque tudo o que ele disse era verdade.

Eu não passava de um garotão idiota, cheio de músculos e metido a besta. Estava


profundamente arrependido e envergonhado. Quando percebi que Tanya não passava de uma
vadia interesseira já era tarde. Além do mais havia Rosalie. Eu a encontrei por acaso numa
boate e tentei chegar... fui rechaçado. Sou malandro, essa é a verdade. Bastou a garota me
pisar e acabei de quatro por ela.

Por isso mesmo essa era a minha grande chance. Tinha que estar feliz por ter tido a ajuda de
Edward e talvez me redimir com Bella e Rosalie.

Eu só não podia errar... se bem que com a ajuda de todo aquele povo não haveria erro. No dia
seguinte ao da nossa conversa Edward me procurou novamente e juntos fomos a delegacia. La
eu contei tudo... quais eram os planos de Tanya. O próprio delegado sugeriu um plano para nós.
A principio Edward foi contra, afinal sendo um promotor de justiça de respeito, era totalmente
contra essas jogadas “sujas”. Sério... estou falando que ele era quase perfeito. Foi uma luta
convencê-lo de que assim era melhor.

Depois foi a minha vez de cumprir uma parte do plano. Como o idiota que sou fiquei me
rasgando de medo ao me encontrar com Tanya. Mas consegui fazer muito bem meu papel de
vilão e a fiz acreditar que ainda estava do lado dela.

Agora eu estava aqui... parado... pensando em como quase transformei minha vida numa merda.
Tinha a palavra de Edward de que meus pais jamais saberiam tudo o que fiz. Seria doloroso
demais ver a decepção nos olhos deles.

Peguei minhas coisas e desci, pronto para acabar com toda a trapalhada em que me enfiei.

–Vai sair?

–Vou Jasper. Devo me demorar um pouco.

–Hum... namorada nova?

–Quem me dera cara. A gata nem quer olhar na minha cara.

–Então esqueceu mesmo a Bella?

–Aquilo foi só uma paixonite. Ja passou há tempos.

–Fico feliz por você.


Resmunguei algo que nem mesmo eu entendi e sai.

Faltava muito pouco para eu finalmente me livrar daquilo tudo.

***********

Quarenta minutos depois eu finalmente chegava naquele casebre no meio do nada. Cercado por
mato e apenas isso. Olhei ao redor assim que desci do carro, avistando o de Tanya bem nos
fundos da casa velha e feia. Ainda fiquei um tempo do lado de fora já que nada poderia ser feito
antes da hora. Depois abri a porta de trás do carro, amarrei a boca que deixei aberta e fiz um
sinal de positivo para a pessoa ali dentro.

Peguei o saco nos braços e me aproximei da casa, falando bem baixo.

–Pode começar.

Nesse instante Tanya abriu a porta e viu a pessoa se remexendo, esperneando em meus
braços.

–Ate que enfim... coloque essa coisinha ai.

Coloquei o saco no chão e ele rolou, a pessoa ali voltando a espernear. Tanya tinha o olhar
vidrado... era realmente louca.

–Sua puta... pare com isso.

Começou a dar chutes com seu sapato caro arrancando gemidos agoniados da pessoa dentro
do saco.

–Tanya... vai machucá-la.

–CALE A BOCA SEU MERDA.

Ela gritou já dando sinais do seu descontrole.

–Machucar é pouco. Eu vou acabar com a raça dessa putinha metida a besta. Abra esse saco
que quero ver a carinha de anjo dela enquanto eu a espanco.

Abaixei-me lentamente para desamarrar e ele me deu um cascudo na cabeça.

–Anda seu lerdo.

–Quero ver se Edward vai ter coragem de olha seu corpinho machucado e queimado, sua
ordinária. E isso será pouco por ter roubado minha filha e meu homem.

Ela deu outro chute antes que eu desamarrasse completamente o saco. Depois me afastei,
ficando a uma boa distância dela.

Ela deu mais um chute e o saco rolou remexendo-se mais e logo a figura ali dentro ficou visível
para Tanya.

Ela se afastou e deu um grito, os olhos arregalados ao ver a minúscula policial se levantar e
apontar a arma para ela. Tanya não teve muito tempo para analisar suas possibilidades. Logo
em seguida outros policiais entraram pela casa com um chute certeiro que levou a porta ao chão.
–Era... era um armadilha!

Ela falou quase consigo mesmo, olhando os quatro homens, um deles já com as algemas em
mãos.

–AHHH... VOCÊ ME TRAIU?

Ela berrou olhando furiosa pra mim enquanto os homens avançavam pra ela e já a algemavam.

–VOCÊ SABE QUE NÃO VAI ESCAPAR SEU MOLEQUE! ESSA ARMAÇÃO RIDÍCULA...

Os policias a silenciaram falando as mesmas palavras de sempre. Ela ainda me ameaçava, sem
ao menos desconfiar que nossa última conversa foi gravada por mim.

Apenas baixei minha cabeça e suspirei aliviado. Eu estava livre...enfim. E Bella continuaria feliz e
segura ao lado do seu homem perfeito.

Edward Pov

Alívio. Foi a primeira palavra que me veio a mente depois que Emmett me ligou. O plano para
pegar Tanya em flagrante deu certo e agora ela estava na delegacia, acusada de tentativa de
sequestro, ameaça, sem contar desacato a autoridade, já que xingou os policiais de nome
inimagináveis. Sei que essa era apenas uma medida paliativa. Tanya era louca e provavelmente
não pararia por ai, exceto se ficasse presa por anos. Entretanto sei que não seria assim. Mas
pelo menos ela saberia que eu não estava brincando quando disse que acabaria com a vida dela
se ousasse mexer com minha família. Mas enquanto ela continuasse presa, eu teria tempo para
pensar melhor no que fazer para me livrar dela pra sempre. Emmett me ligou quando tudo
terminou.

–Obrigado por tudo Emmett.

–Eu que agradeço Edward. E por favor, se não for pedir muito... peça a Bella para que não me
odeie.

–Ela irá entender.

Cheguei a conclusão que seria injusto esconder de Bella tudo o que Emmett fez. Mas ela saberia
também como ele se arrependeu e tudo o que fez para nos ajudar. Depois de conversar com ele,
Emmett acabou concordando e me dando razão.

Esperei ansioso até concluir meu trabalho e assim que terminei eu me dirigi para casa. Bem que
eu poderia fazer alguma surpresa pra Bella, mas estava tao aflito para contar a ela que a louca
estava presa que não conseguia ter ideia alguma.

E nem teria como pensar em nada. Mal tinha saído com o carro e meu celular tocou. Não
esperava que fossem me ligar tão rápido da delegacia, afinal Emmett não mencionou que ainda
estava lá.

Eu teria que esperar mais um tempo até matar a saudade que eu estava de Bella.

Mudei o percurso e em quinze minutos eu estava na delegacia. Emmett ainda estava la


conversando com o delegado e saiu pouco depois que eu cheguei.

–Edward...
–Pensei que já tivesse sido liberado.

–Precisei entregar mais algumas provas.

–Provas?

–Sim. Eu não iria dar tanta moleza pra Tanya assim. Gravei tudo o que conversamos e agora
está tudo com a polícia.

Sorri e bati de leve em seu ombro.

– Realmente foi bem pensado. Eu nem pensei nisso.

–Você...hum... já falou com a Bella?

–Ainda não. So falarei com ela em casa. Mas fique tranquilo sim? Eu garanto a você que ela irá
perdoá-lo.

–Obrigado mais uma vez.

–E Emmett? Se precisar de uma força com a Rose...

–Eu acho que não tenho chance, mas vamos ver. Até mais.

Ele se afastou meio cabisbaixo e fiquei observando até que fui levado a presença do delegado.
Nenhuma surpresa pra mim, é claro. Bella seria vítima do sequestro e pelo que a própria Tanya
confessou... seria assassinada depois de muito apanhar. Essa parte realmente me deixou alerta.
Imaginei que ela queria apenas dar um susto em mim e em Bella, mas matar? Ela estava
realmente perturbada.

–Eu poderia falar com ela?

–Sim, claro.

–Será rápido.

Logicamente ninguém negaria isso a um promotor, embora eu não fizesse questão de vê-la. Fui
levado até a cela que Tanya dividia com mais uma detenta. Ao passar pelas grades algumas
mulheres assoviaram, mas outras me reconheceram e pediram silêncio.

–Ora ora... se não é o senhor promotor.

Tanya debochou mas imediatamente se aproximou das grades que nos separavam.

–Aquele moleque aprontou pra cima de mim Edward.

–Sabe há quantos anos estou nessa profissão Tanya? E sabe quantos amadores do seu tipo eu
já peguei? Não tente afrontar minha inteligência.

–Tudo isso por causa de uma moleca Edward? Eu pensei que tivesse um gosto mais sofisticado.

–E tenho. Se não tivesse ainda estaria com você. Mas escute bem uma coisa: fique longe da
minha filha e da minha mulher. Para o seu próprio bem.

–Ou o que?
Ela empinou o nariz, desafiando-me.

–Ou você vai desejar nunca ter nascido.

–Essa ameaça não pega bem para um promotor.

–Não estou aqui como promotor. Estou aqui como um homem que cuida das mulheres que ama.
E isso não foi uma ameaça. Foi um aviso.

Girei e caminhei para fora dali, mas ainda ouvindo o tapa que ela deu na grade e seu grito
raivoso.

–Imbecil. Estúpido. Isso ainda não acabou.

Não me importei com suas palavras. No fundo eu vi o medo em seus olhos. Ela não poderia ser
tão louca assim a ponto de continuar me desafiando. Por hora, esse era um assunto encerrado.
Chega . Eu precisava estar em casa... e descansar.

**********

Dirigi com um pouco mais depressa que o normal e em poucos minutos estacionava em casa.
Olhei para cima e não vi nenhuma das duas na sacada. Dei a volta apenas para constatar que
felizmente elas não estavam ainda torrando ao sol. A casa estava silenciosa. Entrei tirando meu
paletó e afrouxando a gravata, além de dobrar a manga da camisa. O dia estava realmente
quente. Fui até a cozinha e até o escritório. Nem sinal delas. So poderiam estar no quarto
fofocando ou dormindo. Subi as escadas e fui primeiro até o quarto de Alice. Sorri ao vê-la
jogada de qualquer jeito na cama, a pele um pouco avermelhada pelo excesso de sol. Fui ate a
cama e dei um beijo em sua bochecha, sem acordá-la. De la segui direto para o meu quarto,
imaginando encontrar Bella na mesma situação. Obviamente eu estava errado. Bella com toda
sua curiosidade não iria conseguir dormir sem saber o que estava acontecendo. Ela estava
sentada na cama, usando um vestido azul leve. Lia ou fingia ler um livro. Encostei-me no batente
da porta esperando até que ela me olhasse. Sorri ao ouvi-la gemer baixinho.

–Oi.

–Oi...

Fui me aproximando. Até então eu não tinha me dado conta da vontade que eu estava de fazer
amor com ela. Saudade sim, mas desejo... agora eu estava e muito.

–Hum... foi tudo bem?

–Tudo magnificamente bem... mas isso eu direi depois.

–Mas...

Arranquei o livro da sua mão jogando-o ao chão e puxei-a pelos pulsos. Bella praticamente se
lançou sobre mim, enlaçando minha cintura com suas pernas. Automaticamente minha mão
deslizou pelas suas costas e se enfiou sob seu vestido. Um gemido de desejo me escapou e
mordi seu pescoço ao sentir a ausência da calcinha. Senti meu membro pular em
reconhecimento a carne quente e macia.

–Vem pro banho comigo.

Ela não recusou, como sempre. Coloquei-a de pé apenas para tirar minhas roupas e joga-las de
qualquer jeito no chão. Bella também tirou seu vestido, sem deixar de me olhar. Suspirei ao vê-la
nua. Como se fosse alguma novidade pra mim. Puxei-a pela cintura, colando seu corpo ao meu
e a beijei. Um beijo saudoso, faminto e lascivo. Mas parei rapidamente ou iria fazer amor com ela
ali mesmo, de pé.

Fomos para o banheiro e la abri a ducha fria sobre nós.

–Ai que delicia...

–Delicia mesmo.

Falei segurando seus seios e me inclinando para beijá-los. Passei a língua pelos mamilos e
depois suguei um e outro. Bella escorregou a mão pelo meu corpo e segurou meu membro ereto
apertando levemente a cabeça.

–Saudade de mim amor?

–Sempre.

–É? Então venha matar a sua saudade... e a minha também.

Empurrei seu corpo contra a parede e segurando-a pela cintura fina eu a ergui. Suas pernas se
enroscaram a minha volta no exato momento em que penetrei seu corpo pequeno e acolhedor.

Fechei meus olhos gemendo de puro prazer. Bella agarrou-se aos meus ombros e começou a
rebolar freneticamente excitando-me ainda mais. Estoquei vigorosamente observando sua
expressão de prazer e deleitando-me com o êxtase que se aproximava. Eu queria mais... muito
mais. Mas meu corpo recém acordado queria a satisfação imediata.

Busquei sua boca quando senti pouco espaço dentro dela, suas paredes se fechando ainda
mais. Aumentei meu ritmo e pouco depois gozávamos juntos, nossa boca colada uma na outra
mas ainda assim escapando nossos gemidos.

–Tão bom...

Encostei minha cabeça na dela, olhos fechados e a mão fazendo carícias em seu corpo até
decidir que era hora do banho propriamente dito.

–Vamos terminar isso aqui e depois conversar: eu, você e Alice.

–É tão sério assim?

–Não é serio amor. Não mais. Mas quero falar com as duas ao mesmo tempo para que eu não
precise repetir depois.

–Ah sim... tudo bem.

Mas Bella continuou me olhando de forma estranha enquanto eu me ensaboava.

–Hei...

Passei a espuma na ponta do seu nariz.

–Está tudo bem ok? Desfaça essa cara.

–Tem certeza?
–Ja menti pra você?

–Ta tudo bem. Desculpe.

Terminamos nosso banho, nos vestimos e fomos para o quarto de Alice. Ela já estava acordada
e também de banho tomado.

–Oi pai mais lindo do mundo.

–Oi pequena mentirosa. Estava ferrada no sono quando cheguei.

–Acordei há pouco. Fui ate o quarto, mas como bati e ninguém atendeu imaginei que
estivessem... hum...

–Tomando banho Alice.

Bella interrompeu com o rosto já vermelho. Entregava o jogo fácil essa daí.

–Ah tá... nem quero saber também.

–Quero conversar com vocês duas sobre tudo o que aconteceu hoje.

–Então venha cá meu lindão. Sente-se no meio das suas duas mulheres.

Rolei meus olhos mas fiz o que Alice pedia.

–Eu vou resumir bem. Bella... quero que me ouça sem me interromper, por favor.

–Tudo bem.

–Então... há alguns dias eu fui até aquele jornal tentar descobrir quem fez a denuncia anônima.

–E descobriu?

Olhei pra Bella cerrando os olhos.

–Ah... desculpe.

–Emmett fez a denúncia.

–O QUE?

–Calma as duas. Deixe-me falar tudo primeiro. Obviamente eu fui atras do Emmett tirar
satisfação. Ele me confessou tudo. Estava mancomunado com a Tanya.

–EU NÃO ACREDITO

–Bella, por favor.

Ela balançou a cabeça e começou a roer as unhas. Puxei sua mão e segurei-a firmemente.

–Tanya o enganou Bella, essa é a verdade. Ele só estava confuso, se sentindo rejeitado. Mas
depois ele se arrependeu e aceitou me ajudar.

–Como?
Não tem jeito. As duas não seguravam a boquinha nervosa. Iria ter que continuar o assunto com
elas me interrompendo o tempo todo.

–Tanya planejava sequestrar você Bella.

–Maldita... maldita...

Alice esbravejou socando os punhos na cama. Fiquei em silêncio, de braços cruzados,


esperando. Por fim eu pude contar tudo o que aconteceu, desde o nosso plano até minha
conversa com Tanya.

–Meu Deus... ela é mesmo louca. E o Emmett é ainda pior. Como pode fazer isso comigo?

–Bella eu já disse que ele se arrependeu. Olha... tente pensar no que eu lhe disse. Ele estava
com o ego ferido apenas. Mas ele se apaixonou pela Rose. Ele mudou. Por favor... pense nisso.
Eu prometi a ele que faria você entender. E que você o perdoaria.

–Eu sei. É só que...é tão terrível.

–Todo mundo erra e tem direito a uma segunda chance. Acho que você gostaria de ter uma
segunda chance se errasse não é?

Ela ficou me encarando e depois me abraçou.

–você está certo. Mas depois quero conversar com ele.

–Que seja.

–Pai... então agora a louca está presa? Podemos confiar que estaremos seguras?

–Eu jamais deixaria vocês desamparadas. Fiquem tranquilas que eu me encarrego de Tanya.
Confiem em mim.

–Eu confio pai. Sempre.

–Eu também.

As duas colocaram a cabeça em meu ombro e eu beijei a cabeça de uma depois da outra.
Passei meus braços em volta delas, tentando demonstrar o quanto estariam seguras comigo. O
som de um motor se aproximando nos interrompeu o momento.

–É o Jasper. Ele quer conversar com você pai.

–Sim, eu sei. Vá la recebê-lo. Bella e eu desceremos daqui a pouco.

Ela me deu um beijo no rosto e disparou porta afora. Assim que saiu Bella se sentou em meu
colo.

–Você falou com Tanya não é? O que acha? Ela vai desistir?

–Quem pode prever o que um doido fará? Ela não está bem, Bella. E por hora vamos esquecer
isso está bem?

–Tudo bem. Agora só iremos pensar num futuro casamento.

–Não acho que eles vão querer se casar tão rápido assim, acha? Estão novos ainda.
–Até parece Edward. Alice tem a minha idade.

–Sim, mas eu não tenho. Tenho condições de sustentar você, o Jasper não.

–Pois eu acho que está rolando um ciume ai.

Dei de ombros.

–Que seja. É minha garotinha.

–Está criando asas.

–É... então vamos lá. Não quero parecer um pai ciumento e ranzinza também.

Descemos abraçados e eu quase ri ao chegar a sala. Jasper parecia tão nervoso que estava
vermelho e andava de um lado a outro.

–Olá Jasper.

–O...oi Edward...

–Sente-se. Queria falar comigo?

–Er... sim... quer dizer, se não estiver incomodando. Talvez eu possa voltar outra hora e...

–E deixar pra pedir a mão da Alice depois? Não tem medo que algum engraçadinho a roube de
você?

Ele arregalou os olhos mas depois suspirou ao ver que eu sorria.

–Pai! Isso não se faz.

–Desculpe. So queria deixá-lo a vontade.

–Ah... sim... estou realmente nervoso. Olhe...claro que não quero me casar agora. Quer dizer,
quero, mas precisamos terminar os estudos e eu me firmar na minha profissão. Mas queria
oficializar meu relacionamento com Alice. Então... eu gostaria de saber, se você permite que
eu... que nós fiquemos noivos.

Olhei para a carinha em expectativa de Alice que quase quicava no sofá. Como se eu fosse dizer
não a um pedido desses.

–Vocês tem meu consentimento Jasper.

–AH... oh... quer dizer...obrigado.

Alice pulou sobre mim, enchendo-me de beijos.

–Ei garota... contenha-se ou seu namorado vai pensar que seu pai é um fracote.

–Não penso isso. Na verdade... estava me borrando de medo.

Nós gargalhamos enquanto Alice e Bella se abraçavam e rodopiavam pela sala feito duas
crianças.
–Será que eu poderia sair um pouco com Alice? So pra... uau... espairecer.

Eu ri novamente.

–Vão... vão se divertir.

–Você...

Alice falou apertando meu rosto, fazendo-me rolar os olhos.

–É o pai mais lindo, mais fofo, mais perfeito...

–Isso... isso... sou mesmo. Agora vá.

Os dois saíram abraçados, rindo baixinho. Assim que fiquei a sós com Bella, abri meus braços
pra ela.

–Perdi.

–Hum... acho que o papai vai precisar de carinho agora.

–Sabe o que eu estive pensando?

–Não.

Abracei-a pela cintura,grudando nossos corpos.

–Ja que perdi minha filhinha... está na hora de encomendar um bebê.

Bella arregalou os olhos, perdendo a fala.

Eu ri alto.

–Mas ele só virá depois que você estiver com seu diploma em mãos. Por enquanto... podemos
só praticar.

Ela gritou quando eu a peguei no colo, subindo as escadas.

–A prática leva a perfeição não é?

–Isso mesmo. Vamos praticar durante uns cinco anos. Nosso bebê será mais que perfeito.

–Então corra senhor Cullen. Estou precisando praticar muito.

Nós rimos enquanto nossas bocas se encontravam. Mas eu já me imaginava daqui a cinco
anos... um quarentão ao lado da sua esposa... grávida. Sem falar num possível neto. E que
esses anos passassem rápido.

Bella Pov

Meus olhos preguiçosos recusavam-se terminantemente a abrir. Estava cansada, exausta pra
dizer a verdade. Meu corpo doía consideravelmente e por alguns minutos cheguei a pensar que
estivesse doente. Mas não era nada disso. Era tudo culpa do meu marido que levou ao pé da
letra o que me disse há exatos dois anos: iríamos praticar muito antes de termos um filho. E
como estávamos praticando.
Felizmente eu estava em férias na faculdade ou então iria sofrer para me levantar da cama.
Ainda de olhos fechados eu abri a boca num longo bocejo. Ouvi a risada de Edward a poucos
passos dali.

–Quanta preguiça Bella. Já são quase oito da manhã.

–Pois pra mim é como se fosse meia noite.

Ele riu novamente e se aproximou da cama mordendo meu ombro nu. Imediatamente abri os
olhos e o vi curvado sobre mim, já vestindo seu terno para o trabalho.

–Estou brincando. Volte a dormir.

Estiquei os braços e girei na cama ficando de costas sobre o colchão.

–Até parece. Ainda tenho que sair com Alice e resolver os últimos detalhes do casamento. Daqui
a pouco ela virá me chamar.

Edward se sentou ao meu lado na cama e subiu a mão pela minha coxa desnuda pela camisola
curta de seda.

–Sei disso. Ela não consegue segurar a euforia.

–Não vão se demorar, por favor. Da última vez que saíram chegaram tão tarde que nem vi você
acordada.

Eu ri, erguendo os braços, enlaçando seu pescoço e puxando-o sobre mim sem me importar se
estava amassando sua roupa.

–Não irei me demorar. E mesmo assim a partir de amanhã você estará de férias, então teremos
o dia inteiro juntos.

–Não vejo a hora.

Passei a mão pelos cabelos dele encarando seus olhos. Edward andava trabalhando demais.
Um caso de difícil solução tirando suas noites de sono. Várias vezes depois de termos feito amor
deitávamos abraçadinhos. Mas não era raro eu acordar durante a madrugada e vê-lo debruçado
sobe documentos estudando o caso. Felizmente tudo foi resolvido e agora ele estava mais
aliviado, embora muito cansado.

–Preciso ir agora. Não quero me atrasar. Não quero deixar nada pendente.

Fiz um biquinho que ele logo tratou de morder levemente.

–Descanse mais um pouco antes que a maluca apareça.

Antes que ele se afastasse Edward me beijou daquele jeito que me deixava mole, chupando
minha língua antes de praticamente engolir minha boca. Sua mão subia firmemente pelo meu
corpo ate se fechar sobre meu seio.

–Edward...

Eu gemi, já tentando agarrar suas costas, mas ele se afastou.

–Não posso nem dar um beijo inocente em você Bella?


–Inocente? Nada em você é inocente Edward.

Ignorando meus protestos ele se levantou e terminou de colocar a gravata. Foi até o banheiro,
demorando poucos minutos e logo voltou se despedindo de vez. Mas eu ainda o atrasei um
pouco, pendurando-me em seu pescoço e enchendo-o de beijos.

–Bella, por favor...

Foi mais um lamento que um pedido. Ele não resistia quando eu me jogava sobre ele sem
reservas. Mas eu sabia que ele bem la no fundo ficaria chateado se chegasse atrasado.
Somente por isso eu o deixei sair.

Tão logo fiquei sozinha eu rolei na cama ficando de bruços. Dois anos... dois anos maravilhosos
casada com aquele homem incrível. Posso dizer que foram dois anos muito bem vividos e o que
era melhor: sem mancha alguma. Nenhuma mulherzinha se jogando sobre ele... quer dizer, isso
sempre existiria, mas nenhuma que me fizesse perder o sono.

A maluca da Tânia estava presa e além de todas as acusações ainda foi acusada de falsidade
ideológica e extorsão, crimes cometidos antes de vir atras de Edward. Estávamos livres dela por
um bom tempo.

Com o Emmett eu me entendi alguns dias após Tânia ser presa. Conversei muito com ele e após
passar um belo sermão eu o perdoei. Coitado... passou por maus bocados com sua paixão por
Rose. Quando ele tomou coragem de se declarar a ela Rose ja estava namorando. Foram doze
meses sofrendo por amor até que Rose terminou o namoro e assumiu que também gostava dele.
Estavam juntos oficialmente há dez meses.

Rolei novamente na cama ficando de costas, apenas curtindo preguiça.

Estava cursando a minha tão desejada faculdade de direito e estava nas nuvens com o curso.
Sem contar as “aulas particulares” que Edward me dava. Muitas vezes suas explicações davam
um banho nas aulas dos professores e isso só aumentava meu amor e admiração por ele.

Estávamos levando a sério o lance de tentarmos um bebê somente após minha formatura,
entretanto Alice não pensava assim. Ou então, como ela mesma disse, foi um deslize. O fato é
que agora, grávida de oito semanas Alice estava preparando-se para casar com Jasper. Foi
realmente uma surpresa para todos, mas acho que Edward foi o mais atingido. Não que ele
tivesse sido contra, mas ele confiava tanto que Alice se prevenia que ficou um pouco mais
chocado que os demais. Entretanto como o pai maravilhoso que é, ele a apoiou em tudo. Até
mesmo disse que ela não era obrigada a se casar por causa do bebê. Mas ele bem já sabia o
quanto Alice e Jasper estavam apaixonados e seria questão de tempo ate se casarem. Durante
várias noites ele reclamou comigo... coisas de pai, afinal “nossa” filhinha estava realmente
prestes a sair de casa. Apesar de Jasper estar trabalhando obviamente ele não teria dinheiro
para manter o padrão de vida ao qual Alice estava acostumada. Ela dizia que não se importava,
mas claro que Edward manteria sua mesada que não era pouca coisa. Além disso ele fez
questão de dar nosso presente de casamento antecipado que era o amplo apartamento algumas
quadras antes de nossa casa. Tenho certeza que fez isso de caso pensado, para que a filha não
ficasse tão longe.

Costumava brincar com ele, que seria o vovô mais sexy jamais visto no mundo. E não estava
brincando. Em poucos anos Edward chegaria aos quarenta e estava dando um show em muito
garotinho de vinte.

–Oi...oi...
Olhei para a porta no exato instante em que Alice entrava no quarto e se jogava na cama ao meu
lado.

–Bom dia mammy.

–Bom dia filhotinha.... aposto que não dormiu bem.

–Acerto. Estou eufórica demais.

–Também não é pra menos. Hoje iremos buscar o tão sonhado vestido de noiva.

–Você também ficou assim Bella? Quando se casou com meu pai? Estou tao nervosa...

–Fiquei, lógico que fiquei. So o fato de estar me casando com Edward já era motivo para me
deixar ansiosa e nervosa.

–Ai meu Deus... quatro dias apenas.

–Fique tranquila. Tudo irá sair às mil maravilhas. Mas eu ainda não consigo acreditar que não irá
querer uma festa de arromba.

–Nada disso. Quero uma coisa bem íntima e o Jasper também prefere assim.

Estiquei o braço e coloquei a mão sobre a barriga reta e sem nenhuma mudança aparente.

–E nosso bebê como está?

–Está ótimo. Estou louca para senti-lo se mexer.

–Deve ser incrível.

–E você e meu pai? Vão mesmo esperar você terminar sua faculdade?

–Vamos sim. Estou me prevenindo e só quando estiver formada irei abandonar o contraceptivo.

–Acha que meu pai ficou muito decepcionado comigo?

–Por ter engravidado?

–Sim.

Eu a encarei. Via o temor só de pensar em ter decepcionado o pai. Era justo ter esses
pensamentos afinal Edward movia céus e terras, tudo pensando em nosso bem estar. O mínimo
que poderíamos fazer era retribuir.

–Não digo decepcionado. Surpreso seria a palavra correta. Muito surpreso, na verdade. Mas ele
está adorando a ideia de ser avô, ele mesmo já disse isso várias vezes.

–Meu maior medo era ver decepção nos olhos dele.

–Pois fique tranquila... não verá isso. Agora...

Dei um salto da cama, colocando-me de pé.

–Vou tomar meu banho para podermos sair. Não quero voltar tarde.
Alice riu e rolou os olhos.

–Ah claro... quer chegar cedo para se preparar para o maridinho.

–É isso ai.

Entrei para o banho enquanto ela seguia para o seu quarto. Hora de acertar os últimos detalhes.

***********

Demoramos mais tempo que o previsto, mas nada que me impedisse de chegar em casa e
tomar meu banho antes da chegada de Edward. Alice e eu almoçamos num restaurante e depois
fomos buscar o vestido. Depois passamos no shopping para comprar meu vestido, sandálias e
foi ai que demoramos além do necessário. Mas voltei satisfeita. Tenho certeza que Edward iria
adorar.

Após tomarmos banho Alice e eu fizemos um lanche leve e então subimos para que ela fizesse a
prova do vestido, agora com todos os acessórios. Era um vestido simples, mas de caimento
perfeito que a deixava muito elegante. Ajoelhei-me a frente dela ajeitando a barra e depois
coloquei-me ao lado dela.

–Está tão linda.

–Não tanto quanto você ficou, mas também você é linda.

Bufei e fiz uma careta pra ela.

–Você também é linda, pare com bobeira.

–Bella... como você e meu pai fazem para... sei lá... o casamento de vocês parece ser tão
perfeito.

–Acho que o principal entre nós dois é a amizade, o companheirismo, fidelidade. A gente sempre
conversa sobre tudo Alice. Acho que é assim que deveria ser entre os casais. Claro que temos
altos e baixos. Às vezes Edward está mais cansado, nervoso... ou eu estou naqueles dias. Mas
um nunca esconde do outro o que está sentindo. E assim a gente consegue levar nosso
casamento... perfeito, como você diz.

–Eu amo o Jasper e sei que ele me ama. Mas o amor não é tudo. Tenho medo de não dar certo.

–A primeira coisa a fazer é entrar nessa nova vida livre de pensamentos ruins. Lembre-se:
conversem muito, sobre tudo.

Ela riu e me deu um beijo no rosto.

–Nem parece que temos a mesma idade. Você só poderia ter se casado com alguém mais velho
que você mesmo.

Eu ri também.

–Realmente eu não daria certo com garotinhos.

–Fico aliviado por isso.

Alice e eu nos viramos ao ouvir a voz de Edward. Ele estava parado à porta do quarto, já sem o
paletó e a gravata, os primeiros botões da camisa abertos.
–Oi amor... venha ver sua filha.

Estendi a mão e rapidamente ele se aproximou, segurando-a e me puxando para perto do seu
corpo.

Olhou para Alice e vi perfeitamente quando engoliu em seco.

–Está maravilhosa filha. Linda... linda.

Ela deu um sorriso largo voltando a se olhar no espelho.

–Obrigada pai.

–Vou trocar de roupa e... já volto.

Franzi meu cenho ao notar certa tristeza em suas palavras.

–So um momento Alice.

Sai atras dele e o encontrei já no quarto, sentado na beira da cama. Ajoelhei-me aos seus pés,
as mãos sobre suas coxas.

–O que foi?

Balançou a cabeça e me olhou nos olhos.

–Ainda não acredito que minha menina está me abandonando.

–Ah... amor... pense que ela está apenas mudando de casa.

Fiquei de joelhos e tentei abraçar seu pescoço. Ele se inclinou e abraçou minha cintura,
abraçando-me fortemente. Eu não tinha nenhuma dúvida de que veria meu homem chorar no dia
do casamento da nossa filha. Esse era meu Edward. Como ele sempre dizia, um eterno
apaixonado pelas suas duas mulheres.

Edward Pov

O que eu poderia dizer agora? Que estava triste? Nunca. Afinal era a felicidade da minha filha
que estava em jogo. Vê-la tão entusiasmada com o casamento fazia com que eu me sentisse
péssimo, por não ter desejado esse momento. Está certo, admito que eu estava quase morrendo
por dentro. Saber que daqui a algumas horas minha casa estaria um pouco mais vazia. Eu já
sentia a ausência da minha filha antes mesmo que ela partisse.

Acho que ninguém poderia me recriminar. Foram dezessete anos vivendo exclusivamente em
função dela. Somente há dois anos dividi minha atenção entre ela e Bella. Mas eu vivi todos os
momentos bons e ruins ao lado da minha Alice. Como agora eu iria aceitar sorrindo, mesmo que
feliz, que ela se fosse da nossa casa?

Sinceramente eu cheguei a pensar em propor que continuasse morando aqui. Mas eu sei que
eles estavam começando agora a vida de casados, precisavam de um espaço só deles.

Mas às vezes minha mente de pai apaixonado se recusava a pensar assim e eu me via triste
pelos cantos. Bella percebia, logicamente, mas nunca me recriminava. Tentava apenas me fazer
ver que Alice estava exultante.
Esses dois últimos anos foram particularmente especiais. Nada me agradava mais do que
chegar em casa e encontrar Alice e Bella esparramadas no chão do sala, ou à beira da piscina.
Muitas vezes também encontrava cada qual em seu quarto, debruçadas sobre livros.

Nos finais de semana quando não íamos para a casa dos tios de Bella, íamos para nossa casa
de praia. Foi bom... enquanto durou.

Entretanto nada disso superava o mar de emoções por saber que eu seria avô. AVÔ! E eu que
sonhava em ser pai novamente agora iria ser avô. Nunca me senti tão velho. Foi um choque de
realidade. Como se a vida gritasse: SUA FILHA NÃO É MAIS UM BEBÊ.

Pra mim ela sempre seria um bebê. So que agora seria um bebê... carregando outro bebê. Não a
julguei pelo acontecido. Alice sempre teve boa cabeça e deslizes acontecem. Afora essas
preocupações e medos idiotas eu estava feliz demais. Em breve teríamos um garoto ou garota
correndo livremente pelo nosso jardim.

–Acho melhor eu ajeitar essa gravata. Era só o que faltava o pai da noiva atrasar o casamento.

Bella falou colocando-se à minha frente. E eu que nem tinha percebido que estava parado em
frente ao espelho com a gravata na mão.

Bella já estava pronta... e linda. Sem me conter eu segurei firmemente em sua cintura, meus
dedos longos apertando sua pele macia. Estava ligeiramente mais cheia de curvas que me
enlouqueciam mais e mais a cada dia. Tocar sua pele já era o bastante para me excitar
deixando-me louco para cair numa cama com ela.

–Nossa...quer me matar desse jeito?

–Sem gracinhas Edward... nossa filha já está pronta e muito nervosa.

–Eu irei conversar com ela.

–Faça isso. Tenho certeza que ela se sentirá imediatamente melhor.

Beijei levemente os lábios rosados de Bella e fui até o quarto onde minha menina se encontrava.
Estava sentada na cama, já pronta, a cabeça baixa olhando para os pés. Sentei-me ao seu lado
e segurei sua mão.

–Nervosa?

–Sim.

Nem era preciso resposta. Sua mão suada estava tremendo consideravelmente.

–Apenas por causa do casamento?

–Por tudo. Quero tanto que meu casamento seja igual ao seu, mas nem sei o que devo fazer.

–Olha... não há uma fórmula. Quem dera existisse. A melhor maneira é serem amigos sempre, e
nunca deixar que a essência se perca. A essência do que os levou a se casarem entende?

–O amor.

–Sim. Muita gente acha que amor não precisa de cuidados,mas ai é que as coisas se perdem.
Amor precisa sim de cuidados, de atenção. Amor também adoece, precisa de estímulos. Cabe a
vocês dois crescerem juntos e descobrirem também juntos o que fará bem ao casal.
–É assim com você e Bella não é?

–Sim. Casar-me com ela foi a coisa mais incrível e certa que fiz na vida. A gente se completa... é
isso.

Segurei seu rosto delicado forçando-a a me encarar.

–A pior coisa que um casal pode fazer é se calar diante de alguma adversidade. Conversem
sempre Alice. Mas o mais importante, saibam a hora certa de fazer isso. Não adianta
conversarem sobre tudo se fizerem isso quando o outro não está num bom momento. Aos
poucos vocês irão acertando os ponteiros. Agora pense apenas em entrar linda naquela igreja.

Eu me levantei e ela também.

–Obrigada pai. É por isso que te amo cada dia mais.

Abracei-a fortemente, quase esmagando-a em meus braços.

–Estou feliz por vocês. De verdade. E não vejo a hora de olhar para a carinha desse bebê.

Falei colocando a mão em seu ventre. Alice colocou sua mão sobre a minha.

–Obrigada por tudo pai. Por me fazer gente. Por todo carinho, amor e dedicação nesses anos
todos. Por todas as vezes em que ficou acordado cuidando de mim. Por todas as broncas que
me deu mas que me ajudaram a crescer.

Voltei a abraçá-la com força. Meu queixo em sua cabeça enquanto lágrimas incontroláveis
desciam pelo meu rosto.

–Ah... e obrigada pela mãe maravilhosa que escolheu pra mim.

Abri meus olhos e vi Bella parada à porta, mordendo os lábios típico de quando queria segurar
seu choro.

–Venha cá.

Ela se aproximou e se juntou ao nosso abraço.

–Eu amo vocês.

O que mais eu poderia dizer nesse momento?

*************

Meus braços firmes em volta da cintura de Bella talvez fossem um apoio para que eu não
desmoronasse de vez. Estava chegando a hora da despedida. Alice entrou glamourosa na igreja,
sorrindo, como se em nenhum momento tivesse se sentido nervosa. Jasper naquele momento
me pareceu bem mais nervoso que ela.

A cerimônia foi simples e rápida como ela queria, assim como a pequena recepção em minha
casa. Apenas nossa família e alguns poucos amigos da faculdade, tanto de Alice quanto do
Jasper.

–É uma sensação estranha não é Edward? A gente fica ao mesmo tempo triste e feliz ao ver
nossos filhos se casando.
–Quer que eu seja sincero Esme? Eu nunca imaginei minha Alice se casando. Pra mim ela ainda
era uma garotinha.

Carlisle riu também abraçando Esme.

–Creio que foi exatamente assim quando você e Bella se casaram. Mesmo tendo outras pessoas
em casa dá uma estranha sensação de vazio quando algum deles se vai.

–Imagine pra mim que só tenho as duas?

–O jeito é encontrar uma solução não é?

Esme falou meio sorrindo e eu sabia que ela estava se referindo a um filho. Claro que um jamais
substitui o outro, mas é um alento. Entretanto eu prometi a Bella que iríamos esperar e eu
cumpriria isso.

–Primeiro vou me ocupar em ser avô.

Todos riram alto.

–Decididamente você não tem cara de avô Edward.

–Nem vocês Carlisle. Isso é que da ter crianças precoces em casa.

Olhei na direção de Alice e Jasper que dançavam esquecidos do mundo. Do outro lado Rose e
Emmett pareciam presos numa bolha só deles. Parecia que nada mais havia ao seu redor.

–Não demora muito e o Emmett segue o mesmo caminho.

–Também achamos isso.

Ficamos um bom tempo jogando conversa fora e depois Bella e eu fomos dar atenção a alguns
convidados. Adorava ver a forma como Bella se comportava como a dona de tudo aquilo, não só
da minha casa, como de mim também.

Entretanto toda a descontração e alegria não impediu o inevitável. O momento em que minha
Alice desceu as escadas, já sem o vestido de noiva, pronta para me deixar. Ela e Jasper
passariam alguns dias na casa de praia numa lua-de-mel.

Todos já tinham se retirado, permanecendo apenas minha família e do Jasper. Alice se despediu
de um por um até ela e Bella se abraçarem. Enquanto isso Jasper veio se despedir de mim.

–Não me odeie por roubar sua filha.

–Não por isso, mas se fizé-la sofrer... eu caço você no inferno.

Ele arregalou os olhos, mas eu ri. No entanto eu falava mesmo a verdade, embora soubesse que
isso não fazia parte de sua índole.

–Eu a amo Edward.

–Eu sei disso. Bem vindo a família mais uma vez.

–Obrigado por ela.


Não respondi, apenas abracei-o como se abraçasse a um filho. E depois voltei a atenção para as
duas moças chorosas a minha frente.

–Pai...

Alice falou soluçando, jogando-se em meus braços.

–Vou sentir tanto a sua falta.

–Eu também vou meu amor.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e sequei suas lágrimas com o polegar.

–Mas eu sempre estarei aqui pra você, por você. Pense que você está agora apenas lendo um
novo livro... várias páginas em branco que você mesma poderá escrever, da melhor forma
possível. Esse outro livro velho aqui...

Apontei para mim mesmo e ela sorriu um pouco.

–Sempre estará no lugar que você deixou, para voltar sempre que precisar e reler para aprender
coisas novas e descobrir outras que por algum motivo passaram despercebidas. Ou então
simplesmente para recordar, matar as saudades.

Sua cabeça repousou em meu peito e beijei seus cabelos.

–Esse com certeza foi o melhor livro que já li em toda minha vida.

–Não poderia ser diferente... afinal você é uma das autoras dele.

Reafirmo que esse foi um dos momentos mais tristes da minha vida. Mas eu me segurei bem até
todos partirem. Somente quando as portas se fecharam e Bella veio para os meus braços eu me
abri completamente, num choro que beirava o ridículo.

A falta que eu já sentia da minha filha era algo doloroso demais.

–Tudo vai ficar bem Edward. Ela está feliz.

Bella tentava me consolar mas ela também chorava. Ser humano era muito estranho. Sabíamos
que ela estava bem e feliz como ninguém, e por isso chorávamos, felizes e tristes ao mesmo
tempo. Era difícil tentar pensar com a cabeça e não com o coração. Mas não era o fim do
mundo. Pelo contrário, era o começo de uma vida.

–Venha... vou cuidar de você.

Fiz bico.

–Acho mesmo que eu preciso de um carinho.

–Ah... coitadinho desse papai. Então venha amor... Nada como alguns beijinhos para acalmar
você.

Segui com Bella até nosso quarto sabendo que aqui e la na casa de praia havia dois casais
felizes, que se amavam mais do que tudo nesse mundo.

Essa era a lei da vida. Pessoas entrando e saindo de nossas vidas a todo instante. Entretanto
algumas dessas pessoas, mesmo longe fisicamente sempre estariam presentes. Unidas pela
única força invisível e quase indestrutível que conheço. Pelo menos é assim que vejo o amor.

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