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CAPÍTULO 1

INDRODUÇÃO À ELETRÔNICA

Livro: Sedra/ Smith - Microeletrônica – 5ª ed.

1
1.4- AMPLIFICADORES

1.4.1- Amplificação de sinais

A necessidade de amplificação existe porque os transdutores fornecem sinais que


chamamos “fracos” , isto é, na faixa de microvolt (µV) ou milivolt (mV), e que
possuem baixa energia. O bloco funcional que realiza essa operação é o amplificador
de sinal.

Linearidade
Ao amplificar um sinal, deve-se ter cuidado para não modificar a informação contida
nele. Qualquer modificação na forma de onda de saída é considerada como uma
distorção e é obviamente indesejável.

Amplificadores de tensão
O propósito desses amplificadores é fazer que a amplitude do sinal aumente.

Amplificadores de potência
Esse tipo de amplificador pode proporcionar um valor modesto no ganho de tensão,
mas um substancial ganho de corrente.

2
1.4.2 – Símbolo de circuito do amplificador

terminal comum

Figura 1.10- (a) Símbolo de circuito do amplificador (b) Um amplificador com terminal
comum (terra) entre os pontos de entrada e de saída. 3
1.4.3- Ganho de tensão
vO
O ganho de tensão do amplificador é definido por: Av =
vI

(a)

iI → corrente que o amplificador drena da fonte de sinal


iO → corrente que o amplificador entrega para a carga

Característica de transferência

Figura1.11- (a) Um amplificador de tensão conectado a uma carga RL. (b) Característica de
transferência de um amplificador de tensão linear com ganho de tensão Av .
4
1.4.4- Ganho de potência e ganho de corrente

Um amplificador fornece à carga uma potência maior que a obtida da fonte de sinal.
Isto é, o amplificador tem ganho de potência.
O ganho de potência do amplificador é definido como:

vO iO
Ganho de potência (Ap) = Potência na carga (PL) → Ap = (W / W )
Potência na entrada (PI ) v I iI

Potência na entrada dos terminais do amplificador


vO iO
Ganho de potência Ap =
v I iI

tensão na entrada dos terminais do amplificador

tensão na entrada dos terminais do amplificador


5
iO
Ganho de corrente Ai = ( A/ A)
iI

fonte de sinal

vO
Ganho de tensão Av = (V / V )
vI

Ganho de potência fonte de sinal


vO iO tensão na entrada dos terminais do amplificador
Ap = → Ap = Av Ai
v I iI

Potência na entrada dos terminais do amplificador

fonte de sinal

6
1.4.5- O ganho expresso em decibéis

Ganho de tensão em decibéis = 20 log |Av| dB

Ganho de corrente em decibéis = 20 log |Ai| dB

Ganho de potência em decibéis = 10 log Ap dB

7
1.4.6- As fontes de alimentação do amplificador

Os amplificadores necessitam de fontes de alimentação cc para a sua operação. Essas


fontes cc fornecem a potência adicional à carga e também a potência que é dissipada
no circuito interno do amplificador (que é convertida em calor).

Potência cc entregue ao amplificador: Pcc = V1I1 + V2 I 2

Figure 1.12- Um amplificador que necessita de duas fontes cc para operar.

Alguns amplificadores requerem apenas uma fonte de alimentação.


8
A equação do balanço de potência para o amplificador pode ser escrita como:

Pcc + PI = PL + Pdissipada
Onde:
Pcc → Potência cc Pcc = V1I1 + V2 I 2

PI = VI rms II rms = → Potência drenada da fonte de sinal


VˆI IˆI Valor de pico → VˆI
PI = VIrms I Irms =
2 2
Valor de pico → ˆ II
Valor eficaz

PL = VO rms IO rms → Potência fornecida à carga


VˆO IˆO Valor de pico → VˆO
PL = VOrmsI Orms =
2 2 Valor de pico → IˆO
Valor eficaz

Pdissipada → Potência dissipada


9
Valor de pico → VˆO , IˆO

VˆO IˆO
Valor eficaz → VOrms = , I Orms =
2 2

Como PI é normalmente pequena, a eficiência do amplificador () é definida como:

PL
= x100
Pcc

A eficiência de transferência de potência é um parâmetro de funcionamento importante.

Estude o Exemplo 1.1

10
1.4.7- A saturação do amplificador

Na prática, a característica de transferência do amplificador permanece linear apenas em


uma faixa limitada de tensões de entrada e de saída.
Quando um amplificador opera com duas fontes de alimentação, a tensão de saída não
pode exceder determinado limite positivo e não pode ser menor que certo limite negativo.
Veja figura 1.13 com os níveis de saturação indicados po L+ e L-. Esses níveis normalmente
ficam em torno de 1 V acima/abaixo do valor de tensão da fonte de alimentação
correspondente.
Ver Fig. 1.13- próxima página

A fim de evitar distorção na forma de onda da tensão de saída, o sinal de entrada


deve se manter dentro da faixa linear de operação.
vO
Av = vI =
vO L− L
vI Av  vI  +
Av Av

vOmin = L- vOmax = L+

Níveis de saturação → L + e L -
11
vO

Limite (L+) → L+
vO(t)
Sinal de saída
L− L+
Av Av
vI

Limite (L-) → L-

vI(t)
Sinal de entrada

Figura 1.13- Característica de transferência de um amplificador que é linear, exceto onde


ocorre a saturação na saída.
12
1.4.9 – Convenção de notação (simbologia usada no livro) ver pag. 15 do livro

Tensões das fontes de alimentação (cc) ; VDD , VCC → símbolo e índice maiúsculo

Grandezas instantâneas totais : iA (t) , vC (t) → símbolo minúsculo e índice


maiúsculo

Grandezas contínua (cc) : IA , VC → símbolo e índice maiúsculo

Grandezas de sinais incrementais : ia(t) , vc(t) (sinal puro) → símbolo e índice


minúsculo

Se o sinal for senoidal, então sua amplitude será indicada: Ia , Vc → símbolo


maiúsculo e índice minúsculo

Amplitude de pico

Iˆc , V̂c Ver Fig. 1.16- próxima página


13
Convenção de notação
ic (t) → corrente de sinal
incremental (sinal puro)
corrente instantânea total (cc + sinal) iC
iC (t) = IC + ic (t)
símbolo minúsculo e índice maiúsculo
Iˆc
IC ic

ic (t) → corrente de sinal incremental iC IC


(sinal puro)
símbolo e índice minúsculos
t
Amplitude de pico

IC → corrente continua
Iˆc , V̂c
símbolo e índice maiúsculo

Figura 1.16- Convenção de notação empregada por todo o livro.


14
1.5- MODELOS DE CIRCUITOS PARA AMPLIFICADORES

1.5.1- Amplificadores de tensão

Fig. 1.17 (a) Modelo de circuito para amplificador de tensão.

15
amplificador

Modelo

Substituindo o modelo do amplificador de tensão

vs
vo

fonte de sinal
tensão de entrada nos terminais do amplificador

Fig. 1.17- (b) Amplificador de tensão com fonte de sinal na entrada e carga na saída.
16
RL
Usando a regra o divisor de tensão obtemos: vo = Avo vi
RL + Ro

vo RL
Portanto, o ganho de tensão é dado por: Av = = Avo
vi RL + Ro

Um amplificador de tensão ideal é aquele que tem Ro = 0

17
fonte de sinal amplificador carga

A resistência de entrada finita Ri provoca um divisor de tensão na entrada.

Ri vi Ri
vi = v s =
Ri + Rs vs Ri + Rs

vi tensão de entrada nos terminais do amplificador

Um amplificador de tensão ideal é aquele que tem Ri = ∞


18
Ganho tensão global Gv = v o / vs pode ser determinado como:

vo vo vi vo vi
Gv = = Gv =
vs vs vi vi vs
vo RL vi Ri
Onde: Av = = Avo e =
vi RL + Ro vs Ri + Rs

vo RL Ri vo Ri RL
Gv = = Avo Gv = = Avo
vs RL + Ro Ri + Rs vs Ri + Rs RL + Ro

19
PL
Ganho de potência Ap = (W/W )
PI
vO2 Onde: iO =
vO
PL = potência na carga PL = vOiO PL =
RL
RL

v I2
PI = potência de entrada nos terminais do amplificador PI =vI iI PI =
vI RI
Onde: iI =
Ri

RS ↓
PI = vI iI PL = vOiO
v
vI ↗
Onde: iI = I vO
Onde: iO =
Ri RL
v I2 vO2
PI = amplificador PL =
RI RL

vI é a tensão de entrada nos terminais do amplificador

20
Ganho de potência

PL
Ap = (W/W )
PI

Valor de pico → VˆO


2
vO VˆO IˆO
PL = PL = VOrms I Orms =
RL 2 2 Valor de pico → IˆO

v I2 VˆI IˆI
PI = PI = VI rms I I rms = Valor de pico → VˆI
RI 2 2
Valor de pico → IˆI

VˆO VˆI
Valor eficaz → VOrms = ; Vrms =
2 2
IˆO IˆI
Valor eficaz → I Orms = ; I rms =
2 2 21
Amplificador isolador (buffer)

amplificador isolador (buffer) → apresenta alta resistência de entrada (Ri) e uma baixa
resistência de saída (Ro), mas com um ganho de tensão pequeno (ou mesmo ganho
unitário).
Quando usar um amplificador isolador
Por exemplo, uma fonte de sinal pode ter um valor elevado de tensão, mas sua
resistência de saída pode ser muito maior que a resistência da carga. Conectar essa
fonte diretamente na carga resultaria em uma atenuação significativa do sinal. Nesse
caso, exige-se um amplificador com alta resistência de entrada e uma baixa
resistência de saída (amplificador isolador), entre a fonte e a carga, .

Amplificador isolador Ro
+ +
Ri → alta resistência de entrada vi Ri v
Avo vi o
RO → baixa resistência de saída - -
Avo = 1

Fazer Exercícios: 1.11; 1.12 ; 1.13 – pag. 17


22
Exercício 1.11 – pag. 17
Um transdutor com 1 Vrms de tensão e resistência de 1MΩ é utilizado para acionar
uma carga de 10 Ω. Rs
circuito
VS = 1Vrms Rs = 1MΩ RL= 10 Ω representando o vS
transdutor

(a) Se conectado diretamente, que tensão e que nível de potência serão fornecidos à carga?
Solução
divisor de tensão:

RL 10
vO = vS → vO = 1
RL + RS 10 + 10 6

vO  10Vrms
vO
i=
RL

(10 x10−6 ) 2
2
vO
PL = vO i = = = 10−11W Potência fornecido à carga
RL 10
23
1.11-(b) Se um amplificador isolador (buffer) de ganho unitário (isto é, Avo = 1) com
resistência de entrada de 1MΩ (Ri) e resistência de saída de 10 Ω (Ro) for inserido entre a
fonte e a carga, quais serão os novos níveis de tensão e de potência na saída?

Vs = 1Vrms RS = 1MΩ Ri = 1MΩ RO = 10 Ω RL= 10 Ω Avo = 1

↓ ii ↓ i
Solução Rs Ro o

+ +
divisor de tensão: vs vi Ri Avo vi RL vo
RL - -
vO = Av vi
RL + RO O
↑ ↑
10 10 1 1 Um amplificador isolador
vO = 1vi = vi = vi vO = vi
10 + 10 20 2 2 foi inserido entre a fonte e
a carga
divisor de tensão:
ii io
Ri RS
vi = 1M
vS vi = 1
Ri + RS 1M + 1M vs RL vo
vi

vi = 0,5Vrms
24
novos níveis de tensão:

1 onde vi = 0,5Vrms ↓ ii ↓ i
vO = vi Rs Ro o
2 +
+
1 vs vi Ri Avo vi RL vo
vo = 0,5 vo = 0,25Vrms
2 - -

↑ ↑
os novos níveis potência Um amplificador isolador
foi inserido entre a fonte e
a carga
Vo2rms (0,25) 2
PL = =
RL 10
amplificador isolador (buffer) → amplificador
PL = 6,25mW com alta resistência de entrada e baixa
resistência de saída, mas com ganho baixo ou
ganho unitário.

25
1.11-(c) Com o novo circuito, calcule o ganho de tensão da fonte até a carga e o ganho de
potência (expresse ambos em decibéis).
vo
Solução Gv = → ganho de tensão total vo = 0,25 Vrms e vs = 1Vrms
vs
v 0,25
Gv = o = = 0,25V / V → Gv (dB) = 20xlog 0,25 = -12dB
vs 1
Ro

Cálculo do ganho de potência +


vi
+
vo
Ri Avo vi
PL vo io vo2 RL
- -

Ap = = = 2
PI vi ii vi Ri ii io
RS

Do item (b) → Vi = 0,5 Vrms e PL = 6,25 mW vs vi RL vo

Vi2 2
PI = rms = (0,5) = 0,25W
Ri 1x106 Rs ii Ro io

+ +
−3
P 6,25 x10 vs vi RL vo
AP = L = = 3 Ri Avo vi
− 6
25 x10 (W / W )
PI 0,25 x10 - -

AP (dB) = 10 log 25x 103 = 44 dB 26


1.12- Um amplificador de tensão apresenta uma queda de 20% em sua tensão de saída
quando é conectada uma a carga de 1 k. Qual é o valor da resistência de saída do
amplificador?

Solução:
Rs ii Ro io
+
vO = Avo vi sem carga vs
+
vi Ri Avo vi RL vo
- -
vO = 80% Avo vi com carga

RL
vO = AvO vi = 0,8 AvO vi ii io
RL + RO RS

vs RL vo
( RL + RO ) 0,8 = RL
vi

RO =
(1 − 0,8)RL Ro
+ +
0,8 vi Ri vo
Avo vi
- -
RO = 250 

27
Exercício 1.13 – Um amplificador com um ganho de tensão de +40 dB, uma resistência de
entrada de 10 k e uma resistência de saída de 1 k são usados para alimentar uma
carga de 1 k. Qual é o valor de Avo ? Calcule o valor do ganho de potência em dB.
pag. 17
Ri = 10kΩ
Solução Ro = 1kΩ
Cálculo de Avo RL = 1kΩ

20 log Avo = 40 dB → Avo = 100 V/V

Cálculo do ganho de potência ii io


RS
2
PL v O RL
Ap = = 2 vs vi RL vo
PI v I Ri
RL 1k
vo = Avo vi → vo = 100vi → vo = 50vi
RL + Ro 1k + 1k

2
PL v O RL PL (50 vi ) 2 1k
Ap = = 2 → Ap = = = 2,5x104 W/W
PI vi Ri PI v i2 10 k
Ap (dB) = 10 log 2,5x104 = 44 dB
28
1.5- Amplificadores em cascata
Para ilustrar a análise e o projeto de amplificadores em cascata, estude o Exemplo 1.3.
Corrigir livro não tem k
Exemplo 1.3 vL 100 
Av 3 = =1 = 0,909V / V
vi 3 100  + 10
Corrigir livro não tem k

fonte 1º estágio 2º estágio 3º estágio carga

Rs = Ro Ro Ro
Ri Ri Ri
= RL

Ri do 1º estágio

Ro do 1º estágio Avo
do 2º estágio Avo do 3º estágio
Avo do 1º estágio 29
1.5.3 – Outros tipos de amplificador - pag. 19

A Tabela 1.1 mostra os quatro tipos de amplificadores, seus modelos de circuitos, a


definição de seus parâmetros de ganho e os valores ideais de suas resistências de
entrada e de saída.

Amplificador de tensão Parâmetro de ganho Características ideais

v Ri = 
Avo = o (V / V ) Ro = 0
vi vo vi io =0
io = 0 → circuito aberto

Amplificador de corrente
Parâmetro de ganho Características ideais
ii io
Ri = 0
i
Ais = o ( A/ A) Ro = 
ii vo =0
vo = 0 → curto circuito

Tabela 1.1 - Os quatro tipos de amplificadores 30


Tabela 1.1 – cont…

Amplificador de transcondutância Parâmetro de ganho Características ideais


io Ri = 
io
Gm = ( A/V ) Ro = 
vi vi vo =0
vo = 0 → curto circuito

Amplificador de transresistência Parâmetro de ganho Características ideais

ii
vo Ri = 0
Rm = (V / A )
vo ii io =0 Ro = 0
io = 0 → circuito aberto

31
1.6- RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DOS AMPLIFICADORES
A Figura 1.20 apresenta um amplificador linear de tensão aplicado em sua entrada um
sinal senoidal de amplitude Vi e frequência . Na saída o sinal medido é também
senoidal com a mesma frequência  . Ponto importante: Se um sinal senoidal é
aplicado a um circuito linear, a saída resultante é senoidal com a mesma frequência
da entrada. O sinal de saída senoidal terá em geral uma amplitude diferente e um
deslocamento de fase (defasagem) em relação ao sinal de entrada.

T() → transmissão do amplificador ou função de transferência


Vo
T ( ) = → módulo da transmissão na frequência de teste 
Vi

T ( ) =  → ângulo da fase de transmissão do amplificador na frequência de teste 

Figura 1.20
A resposta em frequência do amplificador a uma senoide de frequência  é descrita por
|T()| e T(ω) 32
1.6.2- Faixa de passagem do amplificador - pag. 22

A faixa de frequências na qual o ganho do amplificador é praticamente constante,


dentro de geralmente 3dB, é chamada faixa de passagem do amplificador
(bandwidth) .
Normalmente , o amplificador é projetado de modo que a faixa de passagem coincida
com o espectro dos sinais que ele deve amplificar.

3 dB

Faixa de passagem do
amplificador (BW)

Figura 1.21 – Resposta em módulo de um amplificador

33
1.6.4- Redes com constante de tempo simples - pag. 22

Ao analisar circuitos amplificadores para determinar sua resposta em frequência, o


trabalho fica facilitado se conhecermos as características da resposta em frequência das
redes com constante de tempo simples (CTS).

Uma rede CTS é composta por, ou pode ser reduzida a, um componente reativo
(indutância ou capacitância) e uma resistência.

1
XC =
jC

Fig. 1.22- Dois exemplos de redes CTS: (a) rede passa-baixas e (b) rede passa-altas

(Estudar Apêndice D)
34
Tabela 1.2 – Respostas em frequência das redes CTS - pag. 23
Passa-baixas (PB) Passa-altas (PA)
k ks ver erro livro
T(s) T ( s) = T ( s) =
1 + s / 0 s + 0

k ver erro livro


k T ( j ) =
T(j) T ( j ) = 1 − j (0 /  )
1 + j ( / 0 )
k
T ( j ) = T ( j ) =
k
|T(j)| 1 + ( / o ) 2 1 + (o /  ) 2

T(jω) - arctg (/0) arctg (0/)

Transmissão cc (=0) k 0
Transmissão em altas
0 k
frequências (=)
0 = 1/ ,  → constante de tempo
Frequência de 3 dB
 = CR ou  = L/R
Curvas de Bode Figura 1.23 Figura 1.24
35
1.6.5 – Classificação dos amplificadores com base na resposta em frequência
pag. 26
Amplificador capacitivamente acoplado ou amplificadores ca.

Ganho permanece constante para uma ampla faixa de frequências, mas cai nas baixas e
nas altas frequências.
As capacitâncias internas nos dispositivos (transistores) que compõem o amplificador
provocam quedas no ganho em altas frequências. A queda no ganho em baixas
frequências é geralmente provocada pelos capacitores de acoplamento usados para
conectar um estágio amplificador a outro, ver Figura 1.27.

Figura 1.26 (a)- Resposta em frequência para um amplificador capacitivamente


acoplado ou amplificadores ca.
36
Capacitores de acoplamento → são os capacitores usados para conectar um estágio
amplificador a outro, como mostrado na Figura 1.27.
O capacitor de acoplamento possibilita a isolação cc entre estágios e, portanto,
mantém as condições de polarização inalterada. A reatância capacitiva do
capacitor de acoplamento em frequências médias deve ser suficientemente baixa a fim
de que a transferência do sinal se faça sem perda e sem distorção de fase.

Dois estágios
amplificadores

Figura 1.27- capacitor de acoplamento


usado para acoplar dois estágios
Capacitor de acoplamento amplificadores.

Os capacitores de acoplamento
provocam queda no ganho em baixas
frequências e fazem com que o
ganho seja zero em cc.
37
Amplificadores diretamente acoplados (ou amplificadores d.a.) ou amplificadores cc

Em muitas aplicações, é importante que o amplificador mantenha o seu ganho em


baixas frequências ou mesmo em cc (ω = 0).
CIs amplificadores são geralmente projetados como amplificadores diretamente
acoplados ou amplificadores cc.

Figura 1.26 (b)- Resposta em frequência para um amplificador diretamente acoplado


ou amplificadores cc
38
Amplificador sintonizado ou passa-faixa.

(c) um amplificador sintonizado ou passa-faixa.

39
Exercício 1.21 (Antes de fazer esses exercícios, estude o Apêndice D.)

Considere um amplificador de tensão com uma resposta em frequência de uma rede CTS
do tipo passa-baixas com um ganho cc de 60 dB e 1000 Hz para a frequência de 3 dB.
(a) Determine a expressão do ganho .
(b) Calcule o valor do ganho em dB para: f = 10 Hz , 10 kHz , 100 kHz e 1 MHz.

Solução:

(a) k
T ( j) =
1 + j ( /  0 )

k k
T ( j) = =
1 + ( /  o ) 2 1+ ( f / fo )2
k k
T ( j) = T (dB) = 20 log
1 + ( f / 10 3 ) 2 1 + ( f / 103 ) 2

T (dB) = 20 log k − 20 log 1 + ( f / 103 ) 2

T (dB) = 60 − 20 log 1 + ( f / 103 ) 2


40
Exercício 1.22 (ver Apêndice D)
Considere um amplificador de transcondutância tendo o modelo mostrado na Tabela
1.1, com Ri = 5 kΩ, Ro = 50 kΩ e Gm = 10 mA/V. Sendo sua carga composta por uma
resistência RL em paralelo com uma capacitância CL .
(a) Desenhe o circuito.
(b) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS como PB ou PA.
(c ) Qual é o menor valor que RL pode assumir para um ganho de tensão cc (Vo /Vs) de
pelo menos 40 dB?
(d) Com esse valor de RL conectado ao circuito, calcule o maior valor que CL pode
assumir para uma faixa de passagem (3 dB) de pelo menos 100 kHZ.
Use método da constante de tempo e o cálculo rápido de 
Obs:- faixa de passagem (3 dB) é a frequência de 3 dB ( ou frequência de corte fO)
------------------------------------------------------------------------------------------
Amplificador de transcondutância Parâmetro de ganho Características ideais
io
io Ri = 
Gm = ( A/V )
vi vi Ro = 
vo =0
vo = 0 → curto circuito
Tabela 1.1 41
Exercício 1.22 –
(a) Desenhe o circuito
Ri = 5 kΩ , Ro = 50 kΩ e Gm = 10 mA/V
Solução:

(b) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS como PB ou PA.


Solução:

capacitor aberto
VO  0 →
saída finita
→ saída zero

42
(c ) Qual é o menor valor que RL pode assumir para um ganho cc de pelo menos 40 dB?

Solução:

s = j Módulo:
k
T( j) =
1 + ( / 0 )2

pelo menos
43
1.22 -(c) cont... Solução:

Ro = 50 kΩ e Gm = 10 mA/V

44
(d) Com esse valor de RL conectado ao circuito, calcule o maior valor que CL pode
assumir para uma faixa de passagem (3 dB) de pelo menos 100 kHZ. Use método da
constante de tempo e o cálculo rápido de . Obs:- faixa de passagem (3 dB) é a
frequência de 3 dB (ou frequência de corte f0)
Solução:
f0 de pelo menos 100 kHZ → f0  100kHz

RL = 12,5 kΩ e Ro = 50 kΩ

tira o
capacitor e
aplica a fonte
Vx no lugar
dele.

45
1.22 -(d) cont... Solução:
RL = 12,5 kΩ e Ro = 50 kΩ

1
0 =

1
f0 =
2

R e qC = Ro / / RL = (50−1 + 12,5−1 )−1 K  = 10 K 

na calculadora
46
Exercício 1.23 (ver Apêndice D)
Considere a situação mostrada na Figura 1.27. Suponha que a resistência de saída do
primeiro amplificador de tensão seja de 1 kΩ e a resistência de entrada do segundo
amplificador de tensão (incluindo o resistor mostrado) seja de 9 kΩ.
O circuito equivalente resultante está mostrado na Figura E1.23, em que VS e RS são a
tensão e a resistência de saída do primeiro amplificador, respectivamente. C é o
capacitor de acoplamento e Ri , a resistência de entrada do segundo amplificador.
(a) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS da Figura E1.23 como PB
ou PA.
(b) Qual é o menor valor para C capaz de garantir que a frequência de 3 dB não seja
superior a 100 Hz.

Figura 1.27 - Capacitor de


acoplamento usado para
acoplar dois estágios
amplificadores Ri = 9 kΩ

Figura E1.23

47
Exercício 1.23

(a) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS da Figura E1.23 como PB
ou PA.
Solução:

Figura E1.23

48
(b) Qual é o menor valor para C capaz de garantir que a frequência de 3 dB não seja
superior a 100 Hz.
Solução:

Rs = 1 kΩ
Ri = 9 kΩ

49
1.23 -(b) cont... Solução:
Rs = 1 kΩ
Ri = 9 kΩ

50
Esses são os exercícios mínimos recomendados das seções do Capítulo 1

Lista de Exercícios do Capítulo 1


SEÇÃO EXEMPLOS EXERCÍCIOS PROBLEMAS
Introdução
1.1, 1.2, 1.3
1.4 a 1.4.9 1.1 1.8 ; 1.9
1.5 a 1.5.4 1.3 1.11 ; 1.12 ; 1.13 ; 1.14;1.15 1.15 ; 1.16
1.6 a 1.6.5 1.5 1.21 ; 1.22 ; 1.23 1.18 ; 1.19

Livro: Sedra/ Smith - Microeletrônica – 5ª ed.


-------------------------------------------------------------
Onde c.c. – curto circuito
c.a. – circuito aberto
cc - corrente contínua
ca - corrente alternada
51
APÊNDICE D
CIRCUITOS COM CONSTANTE DE
TEMPO SIMPLES

Livro: Sedra/ Smith - Microeletrônica – 5ª ed.

52
INTRODUÇÃO

Apesar dos circuitos CTS (Constante de Tempo Simples) serem muitos simples, eles
executam uma função muito importante no projeto e na análise de um circuitos
lineares e digitais. Por exemplo, a análise de um circuito amplificador pode ser
geralmente reduzida a um ou mais circuitos CTS. Por essa razão, faremos uma revisão
do estudo da resposta de circuitos CTS a entradas senoidais.

D.1- O CÁLCULO DA CONSTANTE DE TEMPO

O primeiro passo para a análise de um circuito CTS é o cálculo da constante de tempo .

53
D.1.1 – Cálculo rápido de  de um circuito CTS
Um método simples de calcular a constante de tempo  de um circuito CTS :
1- Reduza a excitação a zero; isto é, se a excitação for feita por meio de uma fonte
de tensão, curto-circuite-a e, se for por uma fonte de corrente, abra o circuito.

2- Se o circuito tiver um componente reativo e um número de resistências, ´pegue´


os dois terminais do componente reativo (capacitância ou indutância) e calcule a
resistência equivalente Req vista pelo componente.
Para determinar Req faça:
▪ Retire o componente reativo e aplique entre os seus terminais uma fonte de
tensão Vx e calcule a corrente Ix.
▪ A resistência equivalente Req vista pelo componente será Req = Vx / Ix .
▪ Em alguns casos, pode ocorrer de o circuito ter uma resistência e certo número
de capacitâncias ou indutâncias. Nesse caso, o procedimento deve ser
invertido; isto é, ‘pegue’ os dois terminais da resistência e encontre a
capacitância equivalente Ceq ou a indutância equivalente Leq vista por essa
resistência.
3- A constante de tempo, , é então CReq ou L /Req ou CeqR ou Leq/R .
54
Exemplo: Calcule a constante de tempo do circuito CTS a seguir, aplicando o cálculo
rápido de . R 1

+
Vi R2 C Vo

Solução: Aplicando o cálculo rápido de 

Zera a fonte de sinal:


R1 Ix C Tira o capacitor e aplica uma fonte Vx no
seu lugar.

Vi=0 R2 Vx
−Vx + I x ( R1 / / R2 ) = 0

Vx
Calcule a resistência equivalente ‘vista’ por C → Req C ReqC = = R1 // R2
Ix
Determine a constante de tempo, :  = CReqC
 = CReqC = C( R1 / / R2 )
55
Exercício D.1 - pag. 822

Calcule as constantes de tempo () para os circuitos da Figura ED.1.

1- Reduza a excitação a zero

Faça vI = 0
Figura ED.1 Faça vI = 0

 =LR  =LR

L1L2 L1 // L2
L1 // L2 Leq = L1 / / L2 = =
= L1 + L2 R1 // R2
R

56
D.2- A Classificação dos Circuitos CTS

Os circuitos CTS podem ser classificados em duas categorias :

Passa-Baixas (PB) e Passa-Altas (PA)

Com cada uma dessas duas categorias mostrando diferentes respostas a sinais.

A forma mais simples de descobrir se o circuito é PB ou PA é a que usa a resposta no


domínio da frequência.

Teste para classificar o tipo de circuito CTS

Para capacitores:

Teste em

= 0 Se a saída (analisada) em = 0 for finita o circuito é PB


1 Se a saída (analisada) em = 0 for zero o circuito é PA
XC =
jC =  Se a saída (analisada) em =  for zero o circuito é PB
Se a saída (analisada) em =  for finita o circuito é PA

57
Para indutores:

Teste em

= 0 Se a saída (analisada) em = 0 for finita o circuito é PB


Se a saída (analisada) em = 0 for zero o circuito é PA
X L = j L
=  Se a saída (analisada) em =  for zero o circuito é PB
Se a saída (analisada) em =  for finita o circuito é PA

Onde c.c. – curto circuito


c.a. – circuito aberto
cc - corrente contínua
ca - corrente alternada

58
Exemplo 1: Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS a seguir
como PB ou PA :

Para capacitores:

Teste em capacitor aberto

 = 0 → XC =  (circuito aberto) → VO  0 → saída finita


1
XC =
j C  =  →XC = 0 (curto circuito) → VO = 0 → saída zero

Passa Baixas (PB)


capacitor fechado
59
Exemplo 2: Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito CTS a seguir
como PB ou PA :

Para capacitores:

Teste em capacitor aberto

 = 0 → XC =  (circuito aberto) → VO = 0 → saída zero


1
XC =
j C  =  →XC = 0 (curto circuito) → VO  0 → saída finita

Passa Altas (PA)


capacitor fechado
60
Exercício D.2 - pag. 822
Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar os circuitos CTS a seguir como PB ou PA:

(a) Fig. D.4(a) com a saída iO de C para o terra.

Solução: Teste em  = 0 e  = 

 = 0 → XC =  (circuito aberto) → iO = 0 → saída zero


1
XC =
jC  =  → XC = 0 (curto circuito ) → iO  0 → saída finita

vI
Passa altas (PA) io =
R
61
Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar os circuitos CTS a seguir como PB ou PA:

(f) Fig. D.5(d) com a saída vO sobre C.

Solução: iI
vo =
R
 = 0 → XC =  (circuito aberto) → vO  0 → saída finita
1
XC =
jC  =  → XC = 0 (curto circuito ) → vO = 0 → saída zero

Passa baixas (PB)

62
Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar os circuitos CTS a seguir como PB ou PA:

(b) Fig. D.4(b) com a saída iO de R para o terra.

Solução: vI
io =
R
 = 0 → XL = 0 (curto circuito) → iO  0 → saída finita
X L = j L
 =  → XL = ∞ (curto circuito) → iO = 0 → saída zero

Passa baixas (PB)

63
Exercício D.2 - pag. 822
Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar os circuitos CTS a seguir como PB ou PA:
(a) Fig. D.4(a) com a saída iO de C para o terra.
1
(b) Fig. D.4(b) com a saída iO de R para o terra. XC =
j C
(c ) Fig. D.4(d) com a saída iO de C para o terra.
(d) Fig. D.4(e) com a saída iO de R para o terra. XL = jL

↓io ↓io ↓io

D.4(a) D.4(b)

+
vO
↓io ↓io
-

D.4(d) D.4(e)

Fig. D.4 – Circuitos CTS 64


Continuação do Ex. D.2:
Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar que os circuitos CTS a seguir como PB
ou PA :
1
(e) Fig. D.5(b) com a saída iO de L para o terra. X C =
jC
(f) Fig. D.5(d) com a saída vO sobre C.
X L = jL

↓io

D.5(b)

+
vo
-
D.5(d)
Figura D.5 – Circuitos CTS
65
D.3 – A resposta em frequência dos Circuitos CTS

D.3.1- Os circuitos passa-baixas

A função de transferência T(s) de um circuito CTS passa-baixas pode ser sempre escrita
na forma:
k
T (s) =
1 + s / 0
Em regime permanente senoidal, em que s = j, torna-se

k T() → transmissão do
T ( j ) = amplificador ou função
1 + j ( / 0 )
de transferência

Em que K representa o valor da função de transferência em  = 0 (cc).


K → ganho cc ou transmissão cc,
0 (frequência de 3 dB) → é definido por Vo ( s)
0 = 1 T ( s) =
 → é a constante de tempo.  Vs ( s)

Para calcular a constante de tempo  use o método do cálculo rápido de .


66
k
T ( j ) =
1 + j ( / 0 )
k
O módulo da resposta é dado por T ( j ) =
1 + ( / 0 ) 2

E a fase da resposta é dada por

 ( ) = numerador − denominador

x = a + jb a0 → 0o
arctg (b / a) a<0 → 180o

k k + j0
T ( j ) = =
1 + j ( / 0 ) 1 + j ( / 0 )

  / 0   
 ( ) = arctg (0 / k ) − arctg   = 0 − arctg  
 1   0 

 ( ) = −arctg( / 0 ) 67
A Figura D.6 (a) mostra o esboço do módulo da resposta para o circuito CTS passa-baixas

k
T ( j ) =
1 + ( / 0 ) 2

ganho cc

 = 0

Figura D.6 (a) Módulo da resposta de circuitos CTS do tipo passa-baixas


Em  = 0 , o ganho cai 3 dB em relação ao ganho cc ( = 0).
0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte
68
D.3.2- Os circuitos passa-altas

A função de transferência T(s) de um circuito CTS passa-altas pode ser sempre escrita
na forma:
ks k
T ( s) = ou T (s) =
s + 0 1 + 0 / s

Em regime permanente senoidal, em que s = j, torna-se

k k
T ( j ) = =
1 +  0 / j 1 − j 0 / 

Em que K representa o valor do ganho quando  → 

K → ganho em altas frequências ( →)


0 (frequência de 3 dB) → → é definido por 0 = 1

 → é a constante de tempo.

Para calcular a constante de tempo  use o método do cálculo rápido de .


69
k
T ( j) =
1 − j0 / 

k
O módulo da resposta é dado por T ( j ) =
↗ 1 + (0 /  ) 2

E a fase da resposta é dada por

k
 ( ) = numerador − denominador T ( j ) =
1 − j 0 / 

k + j0
T ( j ) = k + j0
1 − j (0 /  ) T ( j ) =
1 − j (0 /  )

 − 0 /    
 ( ) = arctg (0 / k ) − arctg   = 0 + arctg  0 
 1    x = a + jb
arctg (b / a)
 ( ) = arctg(0 /  )
70
A Figura D.8 (a) mostra o esboço do módulo da resposta para o circuito CTS passa-altas.

k
T ( j ) =
1 + (0 /  ) 2

ganho altas frequências ( →)

 = 0

Figura D.8- (a) Módulo da resposta de circuitos CTS passa-altas.

Em  = 0 , o ganho cai 3 dB em relação ao ganho em altas frequências ( →).


0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte

71
Exercício D.3

(a) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito da Fig. ED.3 como PB ou PA.
(b) Encontre o valor de k para essa CTS.
(c) Encontre a frequência de corte f0 , use o cálculo rápido de .
(d) Encontre a transmissão na frequência de corte f0 .
(e) Encontre a transmissão para f = 2 MHz.

fonte de sinal V
i
Vi

Vo ( s) Figura ED.3
T ( s) =
Vi ( s)

72
Solução Exercício D.3:

(a) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito da Fig. ED.3 como PB ou PA.

Solução:

Vi Figura ED.3

Para classificar o circuito CTS devemos fazer:


Para capacitores:
Vo ( s)
T ( s) =
Teste em Vi ( s)

1  = 0 → XC =  (circuito aberto) → VO  0 → saída finita


XC =
j C
 =  → XC = 0 (curto circuito) → VO = 0 → saída zero

k
Passa Baixas (PB) T (s) =
1 + s / 0 73
(b) Encontre o valor do k.
R1
Vo ( s) k
T ( s) = = + R1 = R2 =10 k
Vi ( s) 1 + s / 0 Vi R2 C Vo C = 100 pF
fonte Vi

Solução:

K é T em  = 0 ( transmissão cc).

Vo k V k Vo
T ( j ) = = → T (  = 0) = o = =k → T(  = 0 ) = =k
Vi 1 + ( / 0 ) 2 V i 1 + (0 / 0 ) 2 Vi

Para encontrar o valor de k devemos fazer  = 0 : R1

+
1
XC = → X C (  = 0 ) =  → Capacitor aberto Vi R2 Vo
jC ↑

74
Cálculo do valor de k → valor da transmissão cc
=0 XC = 
R1

+
Vi R2 Vo

1 Vo
XC = → X C (  = 0 ) =  → Capacitor aberto T ( = 0) = =k
jC ↑ Vi

V R2
divisor de tensão: → T ( = 0) = o = R1 = R2 =10 k
↑ Vi R1 + R2
XC = ∞

V R2
T ( = 0) = o = = 0,5V / V k = 0,5 V/V
Vi R1 + R2

𝑇  = 0  𝑑𝐵 → 𝑘 𝑑𝐵 = 20𝑙𝑜𝑔0,5 = −6 𝑑𝐵
75
(c) Encontre a frequência de corte f0 , use o cálculo rápido de . R1 = R2 =10 k
Solução: C = 100 pF
Aplicando o cálculo rápido de 
Zera a fonte de sinal , tira o capacitor e aplica uma fonte de sinal Vx no seu lugar .
R1

R1 Ix +
C Vi R2 C Vo

Vi=0 R2 Vx

Vx
ReqC = = R1 // R2
Calcule a resistência equivalente ‘vista’ por C → Req C Ix
ReqC = (10 / /10)k = 5k
Determine a constante de tempo, :

 = CReqC = C ( R1 / / R2 ) = 0,5x10−6 s
1
onde:  0 = e 0 = 2f 0
 frequência de corte:
1 1
portanto : 2f 0 = → f0 = → f0 = 318,3kHz
 2
76
Solução Exercício D.3:
(d) Encontre a transmissão na frequência de corte f0
Solução: R1

Vo ( j ) k +
T ( j ) = =
Vi ( j ) 1 + j ( / 0 ) Vi R2 C Vo

k
Módulo: T( j) = passa-baixas
2
1 + ( / 0 )

k
Em  = 0 T=
1 + (0 / 0 )2
ou

k Em ω = ω 0 , o ganho cai por um fator de 2 em


f = f0 T =
1 + ( f0 /f0 )2 relação ao ganho cc, o qual corresponde a uma
redução no ganho de 3 dB.
k
T = K → ganho cc ou transmissão cc é em  = 0
2
77
k
T ( f = f0 ) =
2

k
T(f = f 0 ) (dB) = 20 log = 20 log k − 20 log 2
2
k → valor da transmissão cc é em  = 0

f0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte


T ( f = f 0 ) (dB) = 20 log k − 3dB

Onde k = 0,5 V/V |T(jω)| (dB)

T ( f=f0 ) (dB)=20log 0,5 - 3dB - 6 dB |k|(dB)


- 9 dB 3 dB
-20 dB/década
T ( f=f0 ) (dB)=-6dB-3dB= - 9dB f (escala log)
f0

passa-baixas

78
Solução Exercício D.3:

(e) Encontre a transmissão para f = 2 MHz. R1


+
V k k
T ( j ) = o = = Vi R2 C Vo
Vi 1 + ( / 0 ) 2 1 + (2f / 2f 0 ) 2

R1 = R2 =10 k
k
T = k = 0,5 V/V C = 100 pF
1 + ( f / f0 ) 2
f0 = 318,3kHz

Para f = 2 MHz

k 0,5
T ( f = 2 MHz) = = = 0,0786 V V
1+ ( f / f0 ) 2
1 + (2 x10 / 318,3x10 )
6 3 2

T (dB) = 20 log 0,0786 = −22,09dB

79
|T(jω)| (dB)

|k|(dB)
-6 dB 3 dB
-9 dB -20 dB/década

-22 dB
f (escala log)
f0 f = 2MHz
f0 = 318,3kHz
Em f = f 0 , o ganho cai por um fator de 2 em
relação ao ganho cc, o qual corresponde a uma
redução no ganho de 3 dB.
T ( = 0) (dB) = k (dB) = −6dB
K → ganho cc ou transmissão cc é em  = 0
T ( f=f0 ) ( dB )= - 9dB f0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte

T ( f = 2MHz ) (dB) = 20log 0,0786 = −22,09dB

------------------------------------------------------- 80
Exercício D.6
A Fig. ED.6 é um amplificador capacitivamente acoplado. Suponha que o amplificador
de tensão seja ideal.
(a) Substitua o modelo do amplificador de tensão ideal na Figura ED.6.
(b) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito da Fig. ED.6 como PB ou PA.
(c) Encontre o valor de k para essa CTS.
(d) Encontre a frequência de 3 dB (f0 ), use o cálculo rápido de .
(e) Encontre a transmissão na frequência de corte f0 .
(f) Encontre o ganho para f = 1 Hz.

C capacitor de acoplamento
amplificador de tensão ideal

fonte de sinal
R
Vs

Vo ( s)
T ( s) = Figura ED.6
Vs ( s)
81
cap.1:
Amplificador de tensão Parâmetro de ganho Características ideais
Ro
v Ri = 
+ + Avo = O (V / V )
vi Ri v
Avo vi o vI io =0
Ro = 0
- -

Solução Exercício D6:


(a) Substituindo o modelo do amplificador de tensão ideal.

Onde: Ri = ∞ e Ro = 0 e Avo = 100 V/V Amplificador de tensão ideal


Ri = ∞ Ro = 0
Vo ( s) Avo
T ( s) =
Vs ( s) + +
vi v
fonte de sinal Vs Avo vi o
C - -
R

Figura ED.6
82
Amplificador de tensão ideal
Ri = ∞ Ro = 0

+ +
vi v
Avo vi o
- -

C
C

+ + +
R VS R Vi Vo
Avo Vi
- - -

R = 100 k e C = 0,1 F

83
Solução Exercício D6:

(a) Substituindo o modelo do amplificador de tensão ideal.

Onde: Ri = ∞ e Ro = 0 e Avo = 100 V/V R = 100 k e C = 0,1 F

C C
Avo
+ + + + +
V_s R V_o VS R Vi Vo
Avo Vi
- - -

Figura ED.6

Vo ( s) + +
T ( s) = vi v
Vs ( s) Avo vi o
- -

84
Solução Exercício D6:

(b) Faça o teste em  = 0 e  =  para classificar o circuito da Fig. ED.6 como PB ou PA.

Solução: C

Para capacitores: 1 + + +
XC =
jC VS R Vi Avo Vi
Vo
- - -
C

+ + +
VS R Vi Vo
Avo Vi
- - -
Teste em

1  = 0 → XC =  (circuito aberto) → Vi = 0 → VO = AvoVi = 0 → saída zero


XC =
jC  = ∞ → XC = 0 (curto circuito) → Vi = Vs → VO = AvoVs → saída finita

Passa altas (PA) V ks


is T ( s) = o =
+ + + Vs s + 0
VS R Vi Vo
Avo Vi
- - -

85
(c) Encontre o valor de k para essa CTS.

Solução: k é o ganho em altas frequências → T em  → ∞.


k k
T ( j ) = =
1 +  0 / j 1 − j 0 / 

k
Módulo: T ( ) =
1 + (0 /  ) 2

V k Vo
Em  =  T ( = ) = o = =k → T ( = ) = =k
Vs 1 + (0 / ) 2 Vs

Para encontrar o valor de k devemos fazer  = ∞: XC = 0


is
1
XC = + + +
jC
VS R Vi Vo
Avo Vi
X C ( = ) = 0 → curto circuito → Vi = Vs - - -
em  = ∞
86
Cálculo do valor de k → ganho em altas frequências ( = )

1 XC = 0
XC = is
j C
em  = ∞
+ + +
X C ( = ) = 0 → curto circuito → Vi = Vs VS R Vi Avo Vi
Vo
- - -

Vo=AvoVs=100Vs Vo
=Avo=100
Vs

V
T ( = ) = o = 100V/V k = 100 V/V
Vs

𝑇  = ∞  𝑑𝐵 → 𝑘 𝑑𝐵 = 20𝑙𝑜𝑔100 = 40 𝑑𝐵

87
(d) Encontre a frequência de 3 dB (f0 ), use o cálculo rápido de .
Solução
Zera a fonte de sinal , tira o capacitor e aplica uma fonte de sinal Vx no seu lugar .

C Vx 0
+ + +
VS R Vi Avo Vi
Vo Ix + +
- - - Vs = 0 Ix R Vi Vo
Avo Vi
- -

Calcule a resistência equivalente ‘vista’ por C → Req C

Vx R = 100 k e C = 0,1 F
ReqC = = R = 100k
Ix

Determine a constante de tempo, :  = CReqC

1 1
frequência de 3 dB: 0 = → f0 = f0 = 15,9 Hz
 2
88
(e) Encontre a transmissão na frequência de corte f0 .
Solução |T(jω)| (dB)
0 = 2 f0
Módulo: |k|(dB) 3 dB
k k
T ( j ) = = -20 dB/década
↑ 1 + (0 /  ) 2
1 + (2f 0 / 2f ) 2
f (escala log)
f0
k
T = k → ganho em altas frequências é em  = 
Para f = f0
1 + ( f0 / f )2
f0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte

k k k 1
T ( f = f0 ) = = T ( f = f 0 ) (dB) = 20log T ( f = f 0 ) (dB) = 20log k − 20log
1 + ( f0 / f0 )2 2 2 2
Onde k = 100 V/V

T ( f = f 0 ) (dB) = 20 log k − 3dB T(f=f0 ) (dB) = 20log100 − 3dB

T(f=f0 ) (dB) = 40dB − 3dB = 37dB T(f=f0 ) (dB) = 37dB

Em f = f0 , o ganho cai por um fator de 2 em relação ao ganho em altas


frequências, o qual corresponde a uma redução no ganho de 3 dB.
89
Solução Exercício D6: C

(f) Encontre o ganho para f = 1 Hz. + + +


VS R Vi Vo
Avo Vi
V k - - -
T ( j ) = o =
Vs 1 + ( f0 / f )2
R = 100 k e C = 0,1 F

Para f = 1 Hz f0 = 15,9 Hz

k 100
T ( f = 1Hz) = = = 6,28V / V
1+ ( f0 / f ) 2
1 + (15,9 / 1) 2

T ( f = 1Hz ) (dB) = 20log 6, 28 = 16dB |T(jω)| (dB)

|k|(dB) 3 dB

-20 dB/década
f (escala log)
f0

90
|T(jω)| (dB)

|k|(dB) 3 dB
40 dB
-20 dB/década
37dB
f (escala log)
16 dB f0
f = 1 Hz f0 = 15,9 Hz

Em f = f0 , o ganho cai por um fator de 2 em


relação ao ganho em altas frequências, o qual
corresponde a uma redução no ganho de 3 dB.

T ( = ) (dB) = k (dB) = 40dB


k → ganho em altas frequências é em  = 
T(f=f0 ) (dB ) = 37 dB
f0 → frequência de 3 dB ou frequência de corte

T ( f = 1Hz ) (dB) = 20log 6, 28 = 16dB

91
Esses são os exercícios mínimos recomendados das seções do Apêndice D

Lista de Exercícios do Apêndice D


SEÇÃO EXEMPLOS EXERCÍCIOS PROBLEMAS
D.1 a D.1.1 D.1 ; D.2
D.2 D.1 ; D.2
D.3 a D.3.2 D.4 D.3 ; D.4 ; D.5; D.6

Livro: Sedra/ Smith - Microeletrônica – 5ª ed.


---------------------------------------------------------------------------------

Onde c.c. – curto circuito


c.a. – circuito aberto
cc - corrente contínua
ca - corrente alternada
92

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