Hepatites são consideradas quaisquer inflamações na região do fígado causada por
vírus, e é um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Existem 5 tipos de hepatites sendo elas: A, B, C, D e E. é uma doença caracterizada como benigna, e seus principais sintomas são inespecíficos pois varia de pessoa para pessoa, por isso é necessário fazer o mapeamento certo, mas seus principais sintomas são: fadiga, anorexia, náusea, diarréia, dor leve em hipocôndrio direito (fase pré-ictérica), mas na maioria dos casos evoluem para a fase ictérica, com aumento dos níveis séricos das bilirrubinas totais, aminotransferases, perda ponderal e dor à palpação profunda no hipocôndrio direito (BANDEIRA LLB, et al., 2017). Sabe-se que os vírus que causam as hepatites virais são muito diferentes entre si. O vírus da hepatite C é, por exemplo, muito mais parecido geneticamente com o vírus da dengue do que com os das outras hepatites, o que nas regiões que há muitos casos de dengue como a região Norte e Nordeste, há muita dificuldade de diferenciar e diagnosticar a doença específica. (BRASIL, 2021). Existem maneiras efetivas de diagnosticar precocemente e tratar, que são com antivirais, e o tratamento é gratuito e ofertado pelo SUS, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. "Hepatite C é causa de hepatocarcinoma, de necessidade transplante e é causa de óbitos. As hepatites B e C são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer). Dessa forma, a carga de doenças resultante das hepatites virais representa uma questão importante para o Sistema Único de Saúde (SUS). (GOV, 2022) A maioria dos casos não apresenta sintomas até que a doença esteja em estágio mais avançado, o que pode levar décadas para acontecer. O SUS disponibiliza amplamente os testes rápidos para hepatite B, que, por meio de uma gota de sangue, conseguem identificar a 1 Academicas do segundo período do curso de bacharelado em enfermagem. 2 Tutor externo- Bruno Moreira Lima Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI presença da infecção. Ainda não há medicamentos capazes de curar a infecção pelo vírus da hepatite B, mas os fármacos atualmente disponíveis corroboram para o controle da carga viral e da evolução da doença. (BVS, 2017).
De 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de
hepatites virais no Brasil. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D. Os óbitos por hepatite C são a maior causa de morte entre as hepatites virais. De 2000 a 2020, foram identificados 62.611 óbitos associados à hepatite C (76,2% do total de óbitos por hepatites virais). Em todos os casos, as notificações de casos representaram queda nos últimos anos. A Hepatite A, por exemplo, apresentou redução de 95,6% entre 2011 e 2021 (BVS, 2017 p 5).
Assim Segundo o boletim epidemiológico de 2022, emitido pela Secretaria de Vigilância em
Saúde, os números de casos de hepatites no Brasil caiu consideravelmente desde 2020, com o início da pandemia do covid-19, principalmente as hepatites B e C, mas isso vem da dificuldade de rastreio, diagnóstico e notificação da população sobre novos casos, devido o Brasil ser um país grande e as pessoas terem dificuldades em procurar tratamento precoce, o que dificulta a meta de eliminação dessas infecções até 2030, estabelecida pelo Programa Nacional para a prevenção e o Controle das Hepatites Virais, instituído pela Portaria GM n° 263, de 5 de fevereiro de 2002. (GOV, 2022).
1 Academicas do segundo período do curso de bacharelado em enfermagem.
2 Tutor externo- Bruno Moreira Lima Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI REFERÊNCIAS
BANDEIRA LLB, et al. Epidemiologia das hepatites virais por classificação