CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

LARISSA RAYANE DE OLIVEIRA SILVA 01418668

FICHAMENTO DO LIVRO: O CARRASCO DO AMOR

RECIFE – PE
2023
O Carrasco do Amor
  RESUMO DO LIVRO
O livro carrasco do amor conta as histórias de 10 pacientes reais, que são escritos como
contos separados em 10 capítulos, capítulos esses onde cada um deles apresentam casos e
histórias diferentes que variam de casos de luto patológico, problemas conjugais, transtornos
alimentares e até caso de paixão por terapeuta. Apesar da gama e diversidade das temáticas
apresentadas por capítulos não dificulta ou torna uma leitura desgastante pois todas histórias
tocam em aspectos fundamentais da experiência humana.
Ao decorrer dos capítulos o Irvin D. Yalom relata suas falha e pensamentos impróprios e é
isso que torna ainda mais uma narrativa cativante, o autor desmistifica a figura de um
terapeuta perfeito e que não comete erro ao mostrar que ser um ser humano que esta
suscetível a erros e fragilidades. Essa fragilidade é bastante percebida no capitulo 3 onde o
mesmo mostra sua repulsa por mulheres obesas, o que gera um desconforto, mas permite a
reflexão sobre a importância do auto conhecimento e a autocritica dentro do contexto da
psicoterapia.
A cada caso apresentado no livro é percebido uma mistura de empatia e repulsa, como o caso
de Carlos que sofrendo de um câncer, revela seus desejos sexuais perturbadores. A todo
momento o terapeuta busca não abafar suas crenças fundamentais, mesmo que sejam crenças
sejam irracionais ou prejudicais, a alternativa que Yalom apresenta é auxiliar seu paciente
encontrar uma nova perspectiva ou substituir suas crenças destrutivas por crenças saudáveis.
Um dos casos que mais chamam atenção é o da senhora de 70 anos que é obcecada por seu
terapeuta anterior, um amor que para ela não foi correspondido e que por oito anos a deixa
deprimida. O papel do terapeuta durante a psicoterapia é tentar libertar Thelma dessa paixão
platônica que a mesma se encontra, porém o mesmo percebe a dificuldade desse caso para que
seja desfeito um apego tão grande.
Outro capitulo que chama bastante atenção, é o capitulo 4 “Morreu o filho errado” onde é
citada a experiência dolorosa de uma mãe que não conseguiu superar a morte de sua filha. O
sentimento que rodeava Penny era o de culpa, não só por não aceitar a morte da filha, mas
também por deixar seus ouros filhos de lado, por sentir-se abandonada por seu marido e por
ter vivenciado o abandono de sua família quando criança. Após a morte da filha, ela
desenvolveu um sentimento de ódio e desprezo por seus outros filhos chegando a acreditar
que o filho que morreu teria sido o filho errado. Durante uma sessão, Penny menciona ter
deixado na adoção suas filhas gêmeas quando a mesma era mais nova e seu desprezo por seus
filhos era tão grande que ela chegou a mencionar que teria dado os filhos errados para adoção.
A paciente sempre mencionava seu desprezo e raiva por seus filhos e o terapeuta Yalom a
incentivou realizar reflexões sobre ser tão dura e severa em sua autocritica, pois, aquelas
ações não só a prejudicava, mas também a quem mais precisava dela. Esse capitulo deixa uma
importante reflexão, pois destaca a importância de reconhecer os impactos das nossas ações
não só em nossas vidas de forma individual, mas também nas vidas de quem nos rodeiam.

LISTA DE CITAÇÕES

Citações
“A decisão invariavelmente envolve renúncia: para cada sim deve haver um não, cada decisão
elimina, ou mata, outras opções (a raiz da palavra decidir significa “matar”, como em
homicídio ou suicídio). Assim, Thelma agarrava-se à chance infinitesimal de poder reviver
novamente seu relacionamento com o amante, e a renúncia a essa possibilidade significava
declínio e morte.” p. 19.
“O bom terapeuta luta contra as trevas e busca a iluminação, enquanto o amor romântico é
 sustentado pelo mistério e se desintegra sob um exame mais detido. Detesto ser o carrasco do
amor.” p. 23.
“Cervantes perguntou: “O que você prefere: a loucura sábia ou a sanidade idiota?” Estava clara
a escolha que Harry e Thelma estavam fazendo!” p. 83.
“Mas existe o momento certo e o julgamento adequado. Jamais tire qualquer coisa se você não
tiver nada melhor para oferecer em troca. Tome cuidado ao desnudar um paciente que não
pode suportar o frio da realidade. E não se canse combatendo o encantamento religioso: você
não é páreo para ele. A sede pela religião é forte demais, suas raízes profundas demais, seu
reforço cultural poderoso demais.” p. 187.
YALOM, 2007, p. 83).

YALOM, 2007, p. 83).

YALOM, 2007, p. 83).
YALOM, 2007, p. 83).

YALOM, 2007, p. 83).

YALOM, 2007, p. 83).
YALOM, 2007, p. 83).

ARGUMENTOS E COMENTÁRIOS
O livro nos apresenta uma percepção de que a psicoterapia não é uma ciência exata, e nem
sempre existiram soluções bem definidas e claras, mas sim, demonstra que algumas vezes os
terapeutas precisam simplesmente estar lá e apoiar o seu paciente em sua jornada de uma auto
descoberta, mesmo que isso signifique enfrentar impasses e dilemas difíceis.

CONSIDERAÇÕES E ANALISE GERAL DA OBRA

A obra “O carrasco do Amor” é uma leitura envolvente e cativante para aqueles que já
passaram por sessões de terapia, pois possibilita a identificação com os desafios emocionais
enfrentados pelos personagens e as soluções apresentadas para essas questões. Para os
especialistas em psicologia e psiquiatria, constitui uma valiosa fonte de estudo, uma vez que o
autor, Yalom, aborda temas teóricos relevantes. No entanto, é também uma leitura acessível a
qualquer pessoa interessada na complexidade da mente humana e nas questões fundamentais
da existência. As histórias capturam nossa atenção, evocando risos e lágrimas, e, acima de
tudo, instigam a reflexão sobre nossa própria experiência de existir neste mundo. Cada
narrativa reflete uma busca pela compreensão da dor existencial, o que torna este livro
verdadeiramente fascinante e enriquecedor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Yalom, Irvin D., 1931- O carrasco do amor / Irvin D. Yalom ; tradução Maria Adriana Veríssimo
Veronese, — Rio de Janeiro : Ediouro, 2007.