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PE-2REF-00077 Versão D
Padrão ATIVO
EXECUÇÃO E CONTROLE DO APARAFUSAMENTO DE LIGAÇÕES FLANGEADAS Existe Padrão em Implantação
Aprovado por Daniel Leite Cypriano Neves/BRA/Petrobras (TR/AC/IEE) em 12 de fev de 2023 | Gerido
por TR/AC/IEE
CADASTRO
Tipo Instalação
VALIDAÇÃO
Padrão entrou em validação em . Prazo para validação: dias (até )
Nome Status Data da Validação
1 OBJETIVO
1. OBJETIVO
Definir critérios para aparafusamento de ligações flangeadas de equipamentos e tubulações
pelas UN do Refino, visando evitar vazamentos ou danos em seus componentes, como flanges,
estojos, parafusos, porcas e juntas, assim como proporcionar segurança na
montagem/desmontagem.
2. ABRANGÊNCIA
Unidades de Negócio (UN) do Refino.
3. DESCRIÇÃO
Para as atividades de aparafusamento de ligações flangeadas devem ser atendidos todos os
requisitos de segurança estabelecidos nas normas regulamentadoras, normas técnicas e
padrões da Petrobras aplicáveis, destacando-se os seguintes:
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
PL-0SPB-00002: Política e Diretrizes Corporativas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
– SMS
DI-1PBR-00195: Gestão de SMS / Diretriz 5 - Operação e Manutenção
PE-2RGN-00164: Regras para Utilização do Padrão Básico de Segurança
PP-2REF-00002: Gestão do Planejamento de Intervenções em Unidades do Refino
3.1. Controle das Ligações Flangeadas
As UN do REFINO devem manter um sistema de controle (“Controle de Ligações Flangeadas”)
para as ligações flangeadas que possuam histórico de perda de carga de aperto ou de
vazamentos em operação.
1 - Monitorada
Para efeito das classificações acima, considera-se “falha recente” como perda de carga de aperto
ou ocorrência de vazamento no período menor ou igual a três paradas programadas da unidade
(PPG) ou três paradas não programadas da unidade (PPN) com resfriamento acima de 24 horas.
Este critério poderá ser ampliado para um número maior de PPG ou PPN a critério da UN.
O item 3.4 deste procedimento apresenta um fluxograma que deve ser utilizado para auxílio na
classificação da ligação flangeada.
3.2. Padrões de Execução
3.3. Responsabilidades
Para atendimento ao fluxo do item 3.4 deste procedimento, deve ser definido, no padrão de
execução da UN, uma matriz de responsabilidade. Recomenda-se utilizar a seguinte matriz:
Atividade Executante Aprovador
Acompanhar o
desempenho das
ligações flangeadas e
indicar as ligações Operação Operação
flangeadas que
apresentem ocorrências
de vazamento
Executar manutenção
Manutenção Manutenção
da ligação flangeada
Realizar inspeção visual
Operação
em operação, após a
com apoio -
partida da unidade, sem
da Inspeção
registro
Cadastrar sistema de
Ponto focal Ponto focal
Tubulação da ligação
da da
flangeada no “Controle
manutenção manutenção
de Ligações Flangeadas
Avaliar se a ligação
Engenheiro
flangeada faz parte de
da
um sistema com
Manutenção Ponto focal
características para
com apoio
relaxamento de carga de
da Inspeção
aperto
Avaliar, definir ou alterar
os status de
Engenheiro
“Monitoramento” e de
da Ponto focal
“Falha” para cada flange
Manutenção.
do “Controle de
Ligações Flangeadas”
Definir e planejar os
serviços de
Ponto focal
monitoramento de
da
aperto das ligações
Manutenção Manutenção
flangeadas
com apoio
monitoradas, dos
da operação
sistemas de uma
unidade
Disponibilizar ao
executante o(s)
Ponto focal Ponto focal
diagrama(s) e
da da
planilha(s) de campo
Manutenção Manutenção
por sistema, com a lista
com apoio com apoio
de flanges a serem
da operação da operação
monitorados em um
evento de PPG ou PPN.
Supervisão
Registrar na “Folha de e Controle
Campo” o resultado da Executante de
verificação de carga de de campo Qualidade
aperto. do contrato
de rotina
Efetuar inspeção visual
Operação Operação
e caso aplicável solicitar
com apoio com apoio
uma verificação do
da Inspeção da Inspeção
aperto à quente.
Registrar os resultados
Ponto focal Ponto focal
da verificação de carga
da da
de aperto no “Controle
Manutenção Manutenção
de Ligações
com apoio com apoio
Flangeadas”, a partir da
da operação da operação
planilha de campo.
A Operação deve adequar as condições operacionais para que os serviços sejam executados com
segurança e dentro dos prazos necessários.
A verificação/reposição de carga de aperto das ligações flangeadas deve ser executada pela
Manutenção de Equipamentos Estáticos ou pelo Empreendimento, uma vez atingida uma
condição segura para a execução do serviço.
Toda a ligação flangeada cadastrada no “Controle de Ligações Flangeadas” deve ser avaliada
quanto a aspectos de projeto ou montagem que possam estar causando a perda de carga. Cabe
à Inspeção de Equipamentos, à Manutenção de Equipamentos Estáticos, à Engenharia e à
Operação sugerirem os estudos interdisciplinares (flexibilidade de tubulação, integridade
estrutural, seleção de materiais, uso de molas-prato, etc.) para corrigir os problemas e
implementar as modificações de projeto necessários na ligação flangeada ou no arranjo de
tubulações.
Cada item do “Controle de Ligações Flangeadas” deve ser aprovado pelo responsável,
considerando a matriz de responsabilidade.
As Gerências de SMS das UNs são responsáveis por analisar os aspectos de SMS para a execução
de todas as operações relacionadas ao aparafusamento de ligações flangeadas. As
recomendações de SMS fornecidas pelas gerências de SMS devem constar dos procedimentos de
execução de serviços dessas operações.
O fluxo abaixo (também apresentado no anexo N) deve ser aplicado para o uso do “Controle de
Ligações Flangeadas”.
O “Controle de Ligações Flangeadas” deve ser totalmente registrado, utilizando a planilha
apresentada no Anexo M.
Cada sistema deve receber uma identificação padronizada no formato SFM-XXXX-YYY, onde:
- XXXX é o número da unidade de processo ao qual o sistema pertence e
- YYY é um número sequencial para identificação do sistema
(exemplo: SFM-2313-001, SFM-2313-002, SFM-0032-001, SFM-0032-002).
Cada sistema deve ainda receber uma descrição resumida do serviço (Exemplo: “Sistema de
Reação”, “Sistema de Refluxo de Borra”, etc.)
Para cadastrar um sistema utilizar o botão “Cadastrar um Novo Sistema” e informar os dados
conforme indicação das caixas de diálogo que surgirão. Serão criadas quatro planilhas para o
novo sistema que também passara a constar na lista de sistemas do INDICE.
Cada flange a ser cadastrado em um sistema deve receber uma identificação no formato SFM-
XXXX-YYY-ZZZ, onde:
- XXXX é o número da unidade de processo ao qual o sistema pertence,
- YYY é o número do sistema ao qual o flange pertence e
- ZZZ é um número sequencial para identificação do flange
(ex.: SFM-2313-001-001, SFM-2313-001-002, SFM-0032-002-01, SFM-0032-002-
002).
Para cada sistema cadastrado deve-se criar um diagrama para identificação da posição de cada
flange cadastrado. O diagrama deve ser incluído na planilha “Diagrama de Localização”.
O cadastro de cada flange é feito na planilha “Cadastro de Flanges”. Todas as informações dessa
aba devem ser preenchidas. Abaixo seguem orientação para preenchimento de algumas dessas
informações:
A informação “Condição de Lubrificação Prevista no Campo” deve ser avaliada caso a
caso, a depender das condições previstas no momento que será executado o
monitoramento. Normalmente a condição esperada é “Estojos Usados e Não
Lubrificados”.
A informação “Torque para Verificação / Recomposição de Carga de Aperto” deve ser
baseada nos cálculos obtidos dos aplicativos Torque Certo ou CodTub.
Recomenda-se, para efeitos de verificação a quente, considerar o valor médio
calculado entre os torques máximos e mínimos recomendados para a condição de
lubrificação prevista no campo ou o valor máximo de torque, se for considerada a
condição de lubrificação de estojos novos e lubrificados. Essa recomendação deve ser
validada pelo engenheiro da manutenção.
A informação “Status Atual de Monitoramento” deve considerar a reavaliação de
status após a verificação.
3.4.3. Folha de Campo e Diagrama de Localização
A “Folha de Campo” contém as informações necessárias à execução do serviço de
verificação/reposição de carga de aperto.
O “Diagrama de Localização” deve conter um diagrama com informações úteis para identificação
e localização dos flanges cadastrados no “Controle de Ligações Flangeadas”.
O sistema gera automaticamente a folha de campo, que sempre estará atualizada e irá conter
apenas as ligações flangeadas classificadas como “Monitoradas” no sistema.
Ao término de todo os serviços listados na “Planilha de Campo”, o supervisor dos serviços deve
preencher e rubricar o campo “Empresa / Supervisor” do cabeçalho planilha.
Após totalmente preenchida, a planilha deve ser enviada para o “Ponto Focal da Manutenção”,
para que o resultado da verificação seja cadastrado na “Planilha de Controle” do sistema.
Clicar no botão “Incluir Novo Evento” para criar as colunas para registro do evento.
IMPORTANTE: Uma vez criado um novo evento, não será mais possível editar qualquer
informação dos eventos anteriores.
Preencher o campo “Descrição do Evento” no cabeçalho do evento, com uma breve descrição da
ocorrência. (exemplos: “Parada Programada – Maio/2022” ou “Parada Não Programada –
Junho/2022”)
Efetuar uma avaliação global do sistema e preencher o campo “Sistema Ok? (S/N)” do cabeçalho
da “Planilha de Controle”. O sistema é considerado OK se não houve giro a frio ou necessidade
de reaperto a quente em nenhum flange.
O ponto focal da manutenção deve enviar uma cópia protegida (apenas leitura) do arquivo Excel
contendo o “Controle de Ligações Flangeadas” atualizado para Operação, Inspeção da UN e
sempre que alguma informação for alterada ou adicionada ao “Controle de Ligações
Flangeadas”.
3.5. Detalhamento
aperto/montagem incorreto pode deixar alguns parafusos frouxos, enquanto que outros
podem ficar apertados demais, podendo esmagar a junta de vedação. Especial atenção
deve ser tomada para evitar esse fenômeno em flanges que operam em altas
temperaturas, cujos estojos tendem a relaxar mais.
b. Alinhamento incorreto do flange – O alinhamento errado dos flanges, principalmente o
paralelismo das faces dos flanges, causa uma compressão não uniforme nas juntas de
vedação, levando ao esmagamento localizado.
c. Posicionamento errado da junta de vedação – Se a junta de vedação for instalada fora de
centro em comparação com as faces dos flanges, ela sofrerá uma compressão desigual.
Juntas espiraladas ou de dupla camisa normalmente são mais sensíveis a este tipo de
problema.
d. Faces de vedação sujas ou danificadas – Sujeira, arranhões, empenamentos,
resultar em uma compressão irregular na face de vedação após o aperto do flange. Esse
problema é muito comum em juntas espiraladas de grande diâmetro (iguais ou maiores
do que 20").
f. Cargas excessivas na tubulação – Forças excessivas e momentos de flexão na tubulação
A identificação correta dos parâmetros de projeto é necessária para uma compreensão das
necessidades inerentes à ligação flangeada. As cargas que esta ligação deve suportar e os
transientes a que será submetida são necessários para a especificação correta do material, da
classe de pressão dos flanges e da melhor junta de vedação para aquelas condições. É
necessário considerar informações como:
Pressão e temperatura de projeto;
Fluidos em contato e sua corrosividade;
Ciclagem térmica;
Esforços externos à tubulação;
Condições eventuais, tais como, paradas de emergência e transientes de temperatura;
Histórico de ligações flangeadas similares em outras unidades com o mesmo serviço.
3.5.3. Métodos de Aperto e de Controle de Carga
O aperto de uma ligação flangeada pode ser realizado por meio de diversos métodos e
ferramentas, tais como: torquímetro manual, torqueadeiras hidráulicas, tensionadores
hidráulicos, etc. O uso de tensionadores permite uma distribuição mais uniforme de carga sobre
os estojos, garantindo a obtenção de uma carga sobre a junta mais consistente com o valor
calculado. Os diversos métodos de aperto são apresentados no Anexo B.
Atenção especial deve ser dada aos métodos de aperto utilizando máquinas hidráulicas, tais
como torqueadeiras hidráulicas ou tensionadores. Estes dispositivos são máquinas hidráulicas
que operam a alta pressão e os cuidados inerentes a estes dispositivos e indicados no seu
manual de operação devem ser seguidos.
Os operadores de máquinas hidráulicas devem ser treinados no seu uso e a comprovação deste
treinamento deve fazer parte da documentação solicitada para a Contratada do serviço de
torqueamento.
Quando necessário verificar o alongamento dos estojos, as medições devem ser realizadas
utilizando-se micrômetros ou aparelhos de ultrassom adequadamente calibrados. As superfícies
medidas devem ser usinadas para permitir uma leitura mais confiável e o ponto de medição no
centro do estojo deve ser marcado. Os estojos devem ser identificados e numerados,
registrando-se numa tabela os valores medidos antes e depois do aperto do estojo. O método
de verificação do alongamento utilizando-se aparelhos de ultrassom deve ser previamente
ensaiado nos estojos em estudo para verificação de sua acurácia e aplicabilidade.
Recomenda-se que a frequência da calibração das ferramentas seja anual e que a dos
manômetros seja trimestral.
Nas ligações flangeadas que possuem algum deslocamento radial relativo entre as faces de
vedação dos flanges, a junta deve ser selecionada também para acomodar este deslocamento
radial. Por exemplo, uma junta do tipo dupla camisa para flange principal de trocador de calor
não resiste a este tipo de solicitação, sendo deformada e permitindo vazamento.
A junta também deve ser selecionada para resistir às cargas de compressão. As juntas, cujas
dimensões são indicadas pela ASME B16.20, resistem apenas às cargas de assentamento
indicadas no ASME, Seção VIII, Divisão 1, Apêndice 2, comentadas no item 3.5.6 deste padrão. Os
valores para torque indicados neste padrão ultrapassam as cargas indicadas pelo ASME.
Portanto, todos os componentes (flange, estojos e juntas) devem ser verificados para a nova
carga.
O fabricante de juntas espiraladas deve ser consultado sobre a carga de esmagamento das
juntas espiraladas utilizadas em flanges de classe de pressão elevada, classe 600 e acima, pois é
necessário que a junta tenha uma resistência à deformação ou uma rigidez que permita que se
atinja a selabilidade necessária para a vedação.
3.5.5. Desmontagem
A desmontagem dos estojos deve ser feita de forma segura e utilizando o padrão cruzado, pois
quando uma quantidade significativa de parafusos é afrouxada em ordem rotacional, a
recuperação elástica dos componentes pode ocasionar uma carga relativamente excessiva sobre
os últimos parafusos, dificultando a desmontagem e às vezes, ocasionando deformação
permanente por torção dos parafusos devido às forças entre parafusos e porcas, dificultando ou
impedindo a retirada dos últimos estojos.
A desmontagem da ligação flangeada deve ser feita utilizando ferramental adequado, podendo
incluir o uso de ferramentas para auxílio na abertura de flanges, conhecidas como separadores
de flanges.
Existem diversos tipos e modelos de separadores de flanges. A figura 3 apresenta alguns desses
equipamentos.
A definição da necessidade do uso dessas ferramentas, bem como da seleção do tipo e modelo é
de responsabilidade da Gerência de Manutenção e da Gerência de SMS. Os requisitos de
segurança referentes ao uso de ferramentas para auxílio na abertura de flanges devem ser
definidos pela Gerência de SMS, atendendo no mínimo as orientações contidas no manual da
máquina utilizada.
Antes de iniciar a montagem, as superfícies dos flanges, estojos e porcas devem ser limpas e
analisadas conforme descrito nesta seção. Devem ser removidos todos os restos da junta de
vedação que ficarem colados na superfície dos flanges. Usar solventes adequados e/ou escovas
de aço macio, se necessário, evitando a contaminação da superfície e danos ao acabamento
superficial. (Evite o uso de escovas de aço carbono em flanges de aço inoxidável).
Os seguintes aspectos devem ser observados em flanges, estojos, porcas ou arruelas durante a
limpeza e verificação:
Examinar as superfícies de contato com a junta de vedação, de ambos os flanges, para
verificar se elas estão de acordo com o acabamento recomendado no Apêndice C do
ASME PCC-1 verificando se tem arranhões, cortes e rebarbas. Arranhões radiais
através da face são preocupantes. Consulte o Apêndice D do ASME PCC-1 para
orientações a respeito dos limites de imperfeições de superfícies de contato das
juntas de vedação em função de suas localizações.
(1) São necessários gabaritos para comparar a situação atual com os limites de
imperfeições de superfícies.
(2) Eventuais imperfeições devem ser relatadas à supervisão para avaliação. Se for
necessário reparo com soldagem consulte ASME PCC-2, artigo 305. Ao término do
reparo, devemos verificar o acabamento superficial indicado para aquele tipo de junta.
Em serviços críticos ou flanges de grandes diâmetros com histórico de vazamentos
recomenda-se verificar as superfícies dos flanges de contato com as juntas quanto à
planicidade radial e circunferencial. Isso pode ser realizado por meio de instrumentos
de usinagem de precisão mecânica, calibres ou com equipamentos de usinagem de
campo capazes de fornecer leituras precisas. O Apêndice D do ASME PCC-1 fornece os
limites de tolerância recomendados.
Examinar estojos e porcas, faces de arruelas quanto a imperfeições, tais como
ferrugem, corrosão e rebarbas; substituir ou corrigir os componentes danificados.
(1) Estojos devem ser substituídos caso apresentem: danos devidos a corrosão, fadiga
ou sobretensionamento, irregularidades nas superfícies das roscas, qualquer falha na
integridade mecânica ou se foram montados anteriormente sem lubrificação.
(2) Porcas danificadas devem ser substituídas.
(3) Estojos cujos diâmetros mínimos forem menores do que os seus limites
admissíveis (ver ASME B1.1) devem ser substituídos.
(4) Combinações de estojos e porcas que não girarem livremente com a mão devem
ser substituídas ou recondicionadas.
(5) Arruelas riscadas ou amassadas devem ser substituídas por novas integralmente
endurecidas (arruelas apenas com superfícies endurecidas não são adequadas). Ver
ASME PCC-1, apêndice M.
(6) Se algum estojo ou porca de um determinado flange necessitar de
recondicionamento todos os demais do mesmo flange devem ser recondicionados
igualmente. Se um estojo for substituído, é recomendável que todos sejam
substituídos.
Examinar visualmente as superfícies de assentamento das porcas quanto ao
revestimento, riscos, rebarbas, desgaste irregular, etc.
(1) A dureza encontrada nestes ensaios devem atender à tabela 1 da norma ASME
B16.20.
(2) A localização do teste de dureza deve atender à figura 5:
Figura 5 : Pontos de medição da dureza
3.5.6.1. Reutilização de Estojos e Porcas
A reutilização dos parafusos só pode ser feita após limpeza, escovamento e inspeção visual.
Caso considerado necessário, pode-se recondicionar a rosca dos estojos e das porcas com o uso
de ferramentas próprias (macho e cossinete). Após o recondicionamento, deve-se tentar montar
o estojo e a porca que devem movimentar-se livremente com a mão, sem o uso de ferramentas.
Atenção às folgas excessivas entre o estojo e a porca. As folgas dos estojos devem atender ao
estabelecido na norma ASME B1.1 UNC 2 A.
Após o escovamento, os parafusos devem ser descartados sempre que apresentarem um dos
problemas abaixo:
Marcas ou poros de oxidação ou corrosão;
Filetes de rosca amassados, partidos ou com falta de filetes;
Redução de área transversal do estojo;
Trincas ou entalhes;
Empenamento.
Não devem ser misturados parafusos novos e usados no mesmo flange, pois os mesmos não
apresentam um aperto uniforme ao longo da periferia do flange, principalmente para torques
mais baixos.
(3) O uso de ferramentas macho ou cossinete, figura 7, para a correção das roscas dos
estojos e das porcas reutilizados é recomendado, inclusive para os furos de estojos
prisioneiros. (Ver PCC-2, artigo 3.3).
(4) Verificar, de acordo com norma ASME B1.1 UNC 2A, os limites de tolerância para a
geometria das roscas dos estojos e porcas, após o recondicionamento. Estojos e
porcas fora dos limites após o recondicionamento devem ser substituídos.
3.5.7. Montagem
Limpar todas as juntas, não permita que as juntas sejam revestidas com graxa, verniz ou sejam
instaladas com lubrificantes.
Verificar a Folha de Campo daquela ligação flangeada. Esta Folha deve conter o diâmetro e a
classe de pressão, a especificação, o número e o diâmetro dos estojos, o material e o tipo de
junta de vedação e o valor do torque a ser aplicado para aquela ligação flangeada.
Verificar se o material dos estojos e da junta está de acordo com o indicado na Folha de Campo
daquela ligação flangeada. Lembrar que as juntas espiraladas devem ter anel interno.
Verificar o histórico daquela ligação flangeada para certificar-se do estado em que as juntas
foram retiradas na parada anterior e qual o torque que foi empregado.
No caso de juntas RTJ, certifique-se que a dureza das juntas esteja de acordo com a tabela do
ASME B16.20. Não realizar as medições na superfície de vedação.
Inspecione a junta de vedação. Caso exista revestimento com grafite, verifique a necessidade de
reparo utilizando uma fita de grafite sobreposta a área danificada.
Verifique se os estojos são novos ou reutilizados. No caso de reutilizados, certifique-se que eles
estão sãos, podendo ser girados na porca, sem lubrificante e na mão. Caso não consiga, utilize
estojos novos. Não misture estojos novos com estojos reutilizados.
Verifique o correto alinhamento das faces dos flanges. Os limites permitidos estão indicados no
ASME PCC-1. Cuidado em alinhar os flanges para que as ferramentas utilizadas não venham a
danificar as faces de vedação ou a junta. Existem dispositivos projetados para alinhar os flanges,
bem como para afastá-los para retirada da junta. Utilize a ferramenta correta para este serviço.
Se a face de contato do flange com a porca estiver marcada ou arranhada, coloque uma arruela
temperada ASTM F436, conforme ASME PCC-1, apêndice M.
Lubrifique as extremidades dos estojos que farão contato com as porcas e a faces das porcas
que farão contato com o flange.
Certifique-se que a porca esteja corretamente colocada, com o lado de assentamento da porca
voltado para o flange. Posicione a porca com a chave de torque. Não use chave de impacto.
Verifique se as porcas podem ser posicionadas com a mão. Após a colocação da porca, use o
método de aperto recomendado para aquela ligação flangeada.
Certifique-se que os estojos possuem comprimento suficiente para as roscas preencherem
completamente as duas porcas e eventuais arruelas e molas-prato utilizadas na ligação
flangeada (em um exame visual os fios de rosca da porca não devem estar visíveis).
Nota: Recomenda-se que a porca a ser torqueada fique faceando a extremidade da rosca
mais externa do estojo (sem fios de rosca sobrando no estojo), ficando os fios excedentes
projetados para fora apenas na outra porca.
No caso do uso de ferramentas com soquetes, certifique-se do correto posicionamento do
soquete de forma que ele “envolva” totalmente a porca.
Utilize o método de aperto recomendado para aquela ligação flangeada até que o torque final
seja igual ao indicado na Folha de Campo daquela ligação flangeada.
Notas:
1 - Para estojos com diâmetro superior a 2” deve ser verificada a necessidade de uso de
tensionadores para garantir uniformidade de carga.
2 - Para flanges com valor de torque superior a 500 lbf-ft [1.000 N∙m] deve ser verificada
a necessidade de uso de torqueadeiras hidráulicas.
Se for necessário repor torque acima de 200ºC, calcule e utilize um valor de torque calculado
considerando o fator “k” adequado à alta temperatura.
Use um pirômetro ótico para garantir a temperatura do flange e do estojo, antes de começar a
reposição de torque. Certifique-se que o novo valor de torque tenha considerado a variação no
fator “k” devido à temperatura.
Exceto se explicitamente indicado na Folha de Campo, os flanges não devem ser isolados
termicamente.
Devem ser considerados todos os pontos descritos acima para montagem de ligações
flangeadas de tubulação e adicionalmente os seguintes pontos:
No caso de flanges com gradiente de temperatura no perímetro (exemplo: flanges entre
espelho e carretel e entre espelho e casco), selecione a junta considerando o
carregamento e as movimentações radiais possíveis entre as faces dos flanges.
No caso dos flanges do espelho:
Considere que as juntas estarão sujeitas a duas temperaturas e seus flanges
poderão dilatar de maneira diversa.
Utilize sempre juntas iguais (mesmo tipo, material e dimensões) em ambos os
flanges.
Limpe e inspecione as faces de vedação dos flanges. Se constatar qualquer dano, verifique a
extensão e se é necessário o reparo. Caso suspeite de algum dano, teste com azul da Prússia o
contato entre as superfícies da junta com as faces de vedação do flange.
Inspecione a junta de vedação. Se necessário repare o grafite com uma fita de grafite com uma
sobreposição da área danificada.
Recomenda-se o uso de um adesivo tipo spray entre a junta e a sede no flange para manter a
junta no lugar durante o posicionamento. Não usar fita adesiva para pendurar a junta na
posição.
Para toda e qualquer ligação flangeada, o torque a ser aplicado nos estojos deve ser definido por
um responsável técnico. Tal torque deve ser definido de acordo com as considerações deste
padrão.
Tensão devido à
Teste
pressão interna
hidrostático
Selabilidade da
Tensão devida à junta
Operação à
pressão interna e
quente
à dilatação dos
componentes
Se os lotes dos estojos foram testados e tenham comprovada a sua resistência numa carga de
teste igual a 95% do escoamento, os estojos poderão ser tracionados até um valor de 70% da sua
tensão de escoamento à frio, mas nunca ultrapassando a tensão de escoamento à quente, a
tensão máxima admissível para os flanges ou a tensão máxima de esmagamento da junta.
Nota: O número de corpos de prova de estojos exigido para os ensaios de propriedades
mecânicas deve atender às exigências das normas ASTM A193, item 12 e A320, item 6. De
forma equivalente, o número de corpos de prova de porcas para os testes está
referenciado na norma ASTM A194, item 8.
Os flanges não devem ser isolados termicamente, exceto se explicitamente indicado pelo
projetista que aquela ligação flangeada em especial deva ser isolada.
O relaxamento da junta é o principal item com relação à diminuição da pré-carga aplicada aos
estojos.
Métodos e proteções para prevenção de choques térmicos devem ser providenciados e devem
garantir que flanges que operam a altas temperaturas ou em temperaturas criogênicas não
sofram com transientes severos de temperatura.
No caso da ligação flangeada não conseguir superar a carga necessária para manter a vedação
durante um severo transiente térmico, então pode ser necessária a utilização de molas-prato
para compensar este efeito, principalmente nos casos em que o flange dilatar mais que os
estojos. Nesta situação, poderá ocorrer a sobretensão sobre os estojos ou o esmagamento da
junta. Veja o item 3.5.11 para verificar a necessidade de uso de mola-prato.
Nesta situação, não é aceitável que a mola-prato esteja montada na condição plana, pois ela
deve acomodar a dilatação diferencial entre o flange e os estojos. Ligações flangeadas com
flanges em material inox austenítico e estojos em aço liga (A-193 Gr B7 ou B16) são exemplos
típicos sujeitos a este efeito de dilatação térmica nos transientes de aquecimento da planta
operacional.
Para ligações flangeadas monitoradas que estejam instaladas em local sujeito a intempéries,
deve ser analisada a necessidade de instalação de dispositivo de proteção contra intempéries
(weather shield), veja figura 9. Se instalado esse tipo de dispositivo, cuidados devem ser
tomados para evitar a ocorrência de isolamento térmico do flange pela falta de circulação de ar
dentro da proteção.
O Apêndice ‘O’ do ASME PCC-1 apresenta um guia para determinação da tensão recomendada
para aperto de parafusos. Este guia serve para ligações flangeadas onde serão utilizados
métodos de aperto controlados (tensão, torque ou alongamento)
As cargas mínimas a serem aplicadas são aquelas determinadas pelo Código ASME, Seção VIII,
Apêndice 2, § 2.5:
para operação e teste hidrostático;
para assentamento da junta.
escoamento dos estojos: O escoamento dos estojos pode ser obtido na tabela Y-1 do
ASME, Seção II, Parte D, tanto para a temperatura ambiente quanto para a
temperatura de projeto. A carga de aperto do estojo não deve ser ultrapassar a tensão
de escoamento do estojo na temperatura de projeto.
a rigidez do flange: A rigidez do flange é indicada na tabela 2-14 do ASME, Seção VIII,
Divisão 1, Apêndice 2 ou através do WRC 538.
Determinados estes limites podemos escolher a carga adequada para aquela ligação flangeada.
A partir da carga recomendada nos estojos é possível calcular o torque a ser aplicado.
A fórmula mais precisa de cálculo de Torque é a fórmula constante do Apêndice “J” do ASME
PCC-1 que leva em consideração a geometria das roscas e os coeficientes de atrito. A fórmula
simplificada apresentada no Apêndice K (Nut factor calculation of target torque) também é
muito aplicada.
O sistema Torque Certo é um aplicativo e banco de dados desenvolvido para uso em ambiente
web, pela REFINO/AC/IEE, à disposição de toda a Petrobras, que tem a finalidade de calcular a
força, torque e alongamento em ligações flangeadas padronizadas ou não. O Torque Certo
utiliza a mesma fórmula do ASME PCC-1, Apêndice J.
O Torque Certo utiliza cálculos de tensão e torque apresentados no Apêndice “O” do ASME PCC-
1 e o cálculo da tensão mínima de vedação apresentada no ASME Seção VIII Divisão 1.
O resultado dos cálculos do Torque Certo é apresentado na forma de uma folha de campo, Anexo
D, que também possui algumas orientações para a execução do aparafusamento no campo.
Para flanges de tubulação, padronizados conforme ASME B 16.5, o aplicativo CODTUB, também
desenvolvido pela REFINO/AC/IEE, permite rapidamente a determinação de um torque
recomendado para o aperto destes flanges, indicando os limites mínimo e máximo para
aplicação do torque.
Os dois aplicativos podem ser acessados pelo navegador web Mozilla Firefox através dos links:
Torque Certo: http://ccta.petrobras.com.br/
CodTub: http://s270rws03/codtub/
Ambos os aplicativos podem ser usados por toda a força de trabalho da Petrobras, sendo que o
"Torque Certo" exige um cadastramento prévio.
Nota: O uso de softwares ou tabelas de torque não isenta o usuário da responsabilidade
pelo valor de torque indicado por ele para a execução do serviço de aperto.
3.5.8.5. Valores de Referência de Torque
Não se recomenda o uso indiscriminado destas tabelas porque elas não levam em consideração
os limites de resistência mecânica dos flanges, os limites de rotação dos flanges, os diversos
tipos e materiais de juntas de vedação, nem outras características físicas dos flanges.
Notas:
1 - Estas tabelas foram levantadas para juntas espiraladas e coeficientes de atrito
0,12 ou 0,16.
2 - Não servem para flanges de junta de anel (RTJ).
3 - Deve-se dar preferência a utilizar as tabelas geradas através do CodTub no caso de
ligações flangeadas padronizadas, conforme indicado no item 3.3.4.4 deste padrão.
3.5.9. Verificação e Reposição de Torque
A verificação de torque deve ser realizada em todas as ligações flangeadas monitoradas, após os
seguintes eventos:
construção e montagem de unidade nova, durante o recebimento da planta.
parada não programada com resfriamento da unidade e tempo de retorno superior a
24 horas.
parada programada de manutenção.
Recomenda-se prever acesso permanente para aquelas ligações flangeadas monitoradas, para
permitir a atuação rápida e segura sobre elas quando necessário, incluindo em eventos de
paradas de emergência.
Para as ligações flangeadas que forem identificadas como monitoradas, cabe às Gerências de
Inspeção de Equipamentos, Manutenção de Equipamentos Estáticos ou à Gerência de Operação
sugerir à Gerência de Engenharia os estudos necessários para corrigir os problemas e
implementar as modificações de projeto necessários, no arranjo de tubulações ou mesmo a
aplicação de molas prato.
No caso do aperto verificado estar inferior ao objetivo, deve-se repor o aperto sobre o estojo
visando alcançar o mesmo valor da carga original sobre a junta.
O efeito da reposição à quente deve ser discutido previamente para evitar que uma carga
excessiva seja colocada sobre a junta, esmagando-a.
Recomenda-se que a pressão deva estar inferior a 50% da pressão de projeto. Caso não seja
possível a despressurização neste nível, deve ser realizada uma Análise Preliminar de Risco.
Durante a reposição do aperto devem haver garantias de que não há o risco de pressurização em
condições que se aproximem da condição de projeto.
Nota: Todas as medidas de segurança necessárias, tais como a vestimenta adequada, os
dispositivos para combate ao incêndio no caso de um vazamento devem ser previamente
discutidos no caso de reposição de torque à quente. As rotas de fuga devem estar
desimpedidas, tomando-se o cuidado de garantir que os operadores não estarão sujeitos
a ficarem encurralados em caso de vazamento.
Para as ligações flangeadas que forem identificadas como tendo necessidade de reposição de
aperto à quente, cabe às Gerências de Inspeção de Equipamentos, Manutenção de
Equipamentos Estáticos ou à Gerência de Operação sugerir à Gerência de Engenharia os estudos
necessários para corrigir os problemas e implementar as modificações de projeto necessários,
no arranjo de tubulações ou mesmo a aplicação de molas prato.
O uso de mola-prato deve ser restrito aos casos excepcionais. Para facilitar o entendimento em
que condição é recomendada a utilização de mola-prato foi elaborado o fluxograma apresentado
no Anexo G.
A especificação das molas prato (seleção do modelo, quantidade e arranjo) deve ser baseada nas
condições do serviço específico da ligação flangeada.
Em casos de operação em regime cíclico de carregamento superior a 10000 ciclos durante toda a
vida estimada da mola prato, elas devem ser especificadas conforme as normas DIN EN 16984 e
DIN EN 16983 (antigas DIN 2092 e DIN 2093).
Na situação em que os flanges dilatam mais que os estojos, não é aceitável que a mola-prato
esteja montada na condição plana, pois ela deve acomodar a dilatação diferencial entre o flange
e os estojos. Ligações flangeadas para alta temperatura com flanges em material inox
austenítico e estojos em aço liga (A-193 Gr B7 ou B16) são exemplos típicos sujeitos a este efeito
de dilatação térmica nos transientes de aquecimento da planta operacional.
Deve-se atentar para o armazenamento adequado das molas prato durante o manuseio desse
acessório enquanto o equipamento estiver em manutenção, devido à semelhança das molas-
prato com arruelas plana convencionais. A troca acidental de molas prato por arruelas pode
gerar uma falha inesperada no equipamento.
Deve-se atentar para a correta configuração de montagem das molas prato (quantidade e
arranjo). Molas montadas fora da configuração correta podem levar a falha inesperada do
equipamento.
3.5.12 Histórico da Ligação Flangeada
Após a montagem a ligação flangeada deve ser etiquetada, figura 11, com as seguintes
informações:
I. Data da montagem;
II. Nomes dos montadores da junta flangeada;
III. Identificação ou locação da junta flangeada;
IV. Classe e diâmetro nominal da junta flangeada;
IV. Especificações e materiais de flanges, juntas, parafusos, porcas e arruelas utilizados;
VI. Lubrificante utilizado;
VII. Procedimento de montagem, método de aperto usados e o valor da tensão de aperto;
VIII. Controle de alongamento (se houver).
O arquivo no formato AutoCAD desta etiqueta encontra-se no Anexo F. Esta etiqueta pode ser
impressa em folha de PVC ou metálica (para o caso de tubulações aquecidas), preenchida com
caneta marcadora permanente e presa com arame na parte inferior dos flanges.
Empresas contratadas devem realizar, por ela própria ou por meio de empresas especializadas, o
treinamento prático dos seus executantes, mesmo enquanto não houver entidade oficial de
qualificação em aparafusamento.
Os empregados próprios devem registrar a ciência da revisão atual deste padrão e do padrão de
execução da UN através do SINPEP. Empresas contratadas devem apresentar evidências da
execução de treinamento de seus empregados nos seus padrões de execução. As Gerências de
Manutenção de Equipamentos Estáticos, Planejamento da Manutenção, Engenharia e
Empreendimentos são responsáveis pelo registro dos executantes das tarefas de montagem e
torqueamento das ligações flangeadas.
Os montadores devem ser treinados nos tipos de ferramentas que serão utilizadas, definição da
escolha de ferramentas, sua manipulação, a verificação de calibração, preparação e avaliação das
condições da junta de vedação numa variedade de tipos e tamanhos de flanges, juntas de
vedação e diâmetros de parafusos.
Notas:
1 - Para treinamento do nosso pessoal próprio, encontra-se disponível o Dispositivo de
Demonstração de Montagem de Flange (FADU) na REDUC/MI/EE, figura 12.
2 - Este dispositivo consiste num flange padrão de Ø 4”, classe de pressão 150, com
estojos instrumentados que mostram graficamente a carga transmitida para os estojos
com o torque aplicado.
3 - Este dispositivo permite treinar o pessoal próprio na aplicação de torque e nos
cuidados necessários para garantir a correta montagem do flange.
4 - Como o dispositivo é móvel, pesando 120 kgf, pode ser utilizado em quaisquer UN
interessadas no treinamento de seu pessoal.
Recomenda-se que as primeiras duas juntas montadas por cada montador tenham o torque
aplicado conferido com torquímetro de estalo ou reaplicados com torqueadeira hidráulica para
avaliar sua efetividade, sendo considerado verificado e aprovado se nenhuma porca girar.
A Supervisão será responsável pela verificação desta conformidade e pelo seu registro. A tensão
aplicada deve estar dentro das tolerâncias das ferramentas e procedimentos utilizados.
4. REGISTROS
Tempo de
ArmazenamentoProteçãoRecuperação Descarte
Identificação Retenção
Arquivo
Controle de
Eletrônico
Ligações - - Permanente -
Gerido pela
Flangeadas
Manutenção
Etiquetas de
montagem em
ligações
flangeadas que Meio Físico Meio
Meio Físico Indeterminado -
exigem (Etiqueta) Físico
controle de
torque ou de
tensão
5. DEFINIÇÕES
Componentes de uma ligação flangeada - A ligação flangeada depende do desempenho dos
seguintes componentes: flanges, parafusos ou estojos, porcas, arruelas, lubrificante e junta de
vedação.
Estojo / Parafuso - Estojo é o nome técnico do parafuso de barra roscada cuja rosca se estende a
todo o seu comprimento. Neste padrão os termos “estojo” e “parafuso” são utilizados com o
mesmo significado: componentes de fixação de dois flanges.
Exposição a um fluído por vazamento que cause prejuízos aos tecidos humanos - Significa a
exposição a um fluido, causada por vazamento nas condições de operação que pode prejudicar a
pele, olhos, mucosas ou membranas expostas de modo que possam resultar em danos
irreversíveis a menos que imediatas medidas de reparação sejam tomadas. Medidas de
reparação incluem lavagem com água, administração de antídotos ou medicamentos.
Fluído Inflamável - Fluido que, no ambiente atmosférico ou em condições de operação é um
vapor ou produz vapores que podem inflamar-se e continuar inflamando.
Perda de carga de aperto - redução na força de aperto nos estojos resultando em perda de
pressão de aperto sobre a junta e possibilidade de ocorrência de vazamento.
Perda de carga de aperto na partida - ocorre durante ou logo após a partida da unidade (curto
prazo).
Perda de carga de aperto em operação - ocorre durante a operação normal da unidade (longo
prazo).
Reposição de carga - É o aperto de todos os estojos da ligação flangeada até que a porca não
gire mais, após o aperto inicial à frio. É realizada para recompor a tensão operacional residual
sobre a junta de vedação ou recuperar a perda inicial devida ao relaxamento provocado pelo
aumento de temperatura.
Serviços críticos ou perigosos - Definição conforme item 3.26 da N-57 e apresentada a seguir.
Entende-se como serviços críticos ou perigosos aqueles em que há perigo de explosão,
autoignição, fogo e/ou toxidade ambiental, nos casos de vazamentos. As alíneas a seguir, são
exemplos de sistemas de tubulação nestas condições, mas não limitados a estes sistemas:
a) linhas conduzindo fluidos com concentração de H2S superior a 3% em peso;
b) linhas com fluidos em pressão parcial de H2 superior a 441 kPa (4,5 kgf/cm2);
c) linhas de solução DEA, MEA ou soda cáustica, contaminadas ou não;
d) linhas com fluidos líquidos inflamáveis em temperatura de operação igual ou superior a
temperatura de autoignição;
e) linhas de gás inflamável: gás residual de processo, GLP, gás combustível, gás natural e
gás para tocha;
f) linhas com produto tóxico “categoria M” da ASME B31.3;
g) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos conectadas a máquinas alternativas;
h) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos com elevado nível de vibração;
i) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos, em temperatura de trabalho superior a
260 ºC ou pressão de trabalho superior a 2 000 kPa (20 kgf/cm2);
j) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos com sobre-espessura de corrosão ou
erosão acima de 3,2 mm;
k) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos sujeitas a corrosão sob tensão;
l) linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos que atingem temperaturas abaixo de 0
ºC, em caso de vazamento, devido à despressurização súbita à pressão atmosférica.
Sistemas de alta pressão - São considerados Sistemas de Alta Pressão os sistemas cuja pressão
é igual ou superior à permitida pela ASME B16.5 de classe 600 para a temperatura de projeto
especificada e para o grupo de material.
Temperatura de autoignição - É a menor temperatura requerida para uma dada substância
iniciar ou causar uma combustão auto-sustentada (reação exotérmica) independente de uma
fonte externa de ignição.
Torque - Torque é o momento resultante de uma força aplicada em um braço de alavanca.
Notas:
1 - O coeficiente de atrito entre as superfícies tem grande influência no valor do torque,
sendo de suma importância a aplicação de lubrificante adequado.
2 - O Sistema Internacional adota o Newton x metro = N.m como unidade de medida de
torque.
Verificação de torque - Conferência de aperto em cada um dos estojos da ligação flangeada a
fim de atestar que a carga aplicada na junta de vedação está acima da mínima requerida para
garantir estanqueidade. Essa conferência pode ser realizada por meio de torquímetros,
ferramentas hidráulicas ou tensionadores.
6. REFERÊNCIAS
ASTM A193 - Alloy-Steel and Stainless Steel Bolting Materials for High-Temperature Service
ASME B1.1 - Unified Inch Screw Threads
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings
ASME B16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges Ring-Joint, Spiral-Wound, and Jacketed
ASME B16.47 - Large Diameter Steel Flanges NPS 26 Through NPS 60 Metric/Inch Standard
ASME B31.3 - Process Piping
ASME Seção VIII Div. 1 - Boiler & Pressure Vessel Code
ASME PCC-1 - Guidelines for Pressure Boundary Bolted Flange Joint Assembly
ASME PCC-2 - Repair of Pressure Equipment and Piping
DIN EN 16983 - Disc springs. Quality specifications. Dimensions
DIN EN 16984 - Disc springs - Calculation
N-57- Projeto Mecânico de Tubulações Industriais
N-115 - Manutenção e Montagem de Tubulações Metálicas
Padrão PETROBRAS - PE-2REF-00248 - Gestão de Qualidade para Serviços em Equipamentos
Estáticos do Refino
7. ANEXOS
HISTÓRICO
Data Ação
SUMÁRIO DE REVISÕES
Revisã
o Data Descrição
ANÁLISE CRÍTICA
Data limite para análise
12 de nov de 2024
Análise crítica
Responsável análise
LISTA DE DISTRIBUIÇÃO
Roberto Paoletti/BRA/Petrobras
Roberto Vides de Amorim Pireda da Silva/BRA/Petrobras
Rodrigo de Siqueira Garcez Pereira - PrestServ/BRA/Petrobras
Rodrigo Marangon Silva de Jesus/BRA/Petrobras
Rodrigo Rodrigues Zanin/BRA/Petrobras
Rogerio de Oliveira Marques/BRA/Petrobras
Rogerio Fonseca Dias/BRA/Petrobras
Romario Patricio de Souza/BRA/Petrobras
Wagner Schelepka/BRA/Petrobras
Walter Bertier Junior/BRA/Petrobras
Walter Jose do Carmo/BRA/Petrobras
Walter Ribeiro/BRA/Petrobras
William Douglas Barbosa - PrestServ/BRA/Petrobras
Wu Shin Chien/BRA/Petrobras
Yoshimitsu Mifune/BRA/Petrobras