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NOÇÕES DA CAIXA DE ECONOMIAS

Olá, Aluno (a)!


Seja muito bem-vindo (a) a Unidade de Ensino (UE) Noções da Gestoria de Caixa de Economias.
Vamos entender um pouco mais sobre isso?
Vamos lá!?

NOÇÕES DA GESTORIA DE CAIXA DE ECONOMIAS

Conceito, Finalidades, Receitas e Fases da Despesa


Tópicos
 Conceito de Caixa de Economias;
 Finalidades da Caixa de Economias;
 Receitas da Caixa de Economias;
 Apropriação e anulação das receitas e despesas;
 Fases da despesa da Caixa de Economias;
 Portaria de despesas; e
 Rol de responsáveis da caixa de economias.

Objetivos
 Conceituar Caixa de Economias;
 Citar as finalidades;
 Citar as receitas da Caixa de Economias;
 Descrever o processo de apropriação e anulação das receitas
 Descrever as fases das despesas da Caixa de Economias;
 Conceituar portaria de despesas; e
 Descrever os agentes listados no Rol de Responsáveis.

Conceito de Caixa de Economias:

 É a conta de gestão por meio da qual são administrados os recursos financeiros gerados
internamente na Organização Militar (OM), não classificados como receita do Fundo Naval (FN).

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Finalidades da Caixa de Economias:
Os recursos da Caixa de Economias deverão ser despendidos para os seguintes fins:
 a) Satisfazer, nos casos de urgência, as necessidades materiais da Organização Militar (OM) e
facilitar a aquisição de objetos que, não fazendo parte dos suprimentos normais, contribuam para
melhorar as suas condições gerais e os seus serviços;
 b) Contribuir para a boa saúde da tripulação e servidores assemelhados, melhorar as condições de
higiene, atender ao seu bem-estar físico, intelectual/moral e, bem assim, recompensá-los por
serviços extraordinários ou permanentes que se tornarem necessários e para os quais não exista
gratificação fixada na legislação em vigor;
 c) Melhorar, proporcionalmente, as condições de habitabilidade e conforto nos ranchos;
 d) Permitir representação eventual da OM em atos sociais que interessem à Marinha do Brasil
(MB) e na troca de cortesia com navios estrangeiros, nos casos em que não caiba à MB o ônus da
representação; e
 e) Efetuar o pagamento aos músicos, no fim de cada mês, por divisão proporcional, da
importância correspondente a dois terços dos recursos eventualmente arrecadados como produto
de contratos das bandas de música.

RECEITAS DA CAIXA DE ECONOMIAS

São recursos financeiros gerados pelas OM, que não pertençam especificamente a outras
fontes de recursos integradas ao FN.
a) o produto das sobras lícitas do Municiamento, demonstrado em balanço mensal;
b) produto da venda de cinzas, couros, ossos, sebos, caixas, latas, barris, sacos e outros objetos
resultantes de fornecimentos normais, que não tenham aplicação no serviço;

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c) o produto de contratos de banda de música, de acordo com tabela aprovada pelo Conselho
Econômico e com o disposto no art. 37 do Decreto n° 22.098/1932;
d) os juros bancários e outras rendas financeiras resultantes de aplicação de recursos da própria
Caixa de Economias; e
e) a parte recebida dos saldos das Caixas de Economias extintas, distribuídas na forma
regulamentar.

FASES DAS DESPESAS DE CAIXA DE ECONOMIAS

No que tange às fases da despesa, deverão ser obedecidos os prazos e procedimentos


previstos no Vol. I da SGM-301, observando-se que, no caso de Caixa de Economias, por se tratar
de recurso extraorçamentário, considera-se como "empenho" a emissão de autorização de compra
ou ordem de fornecimento/execução de serviço, consoante o disposto na Lei n° 8.666/1993.

APROPRIAÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS

Consiste no registro, diretamente no Balancete Financeiro, das receitas auferidas e das despesas
realizadas num determinado período de tempo. Nessa apropriação, deve ser considerado o seguinte:
a) para efeito de apropriação, as receitas e despesas devem ser discriminadas por subcontas da
gestoria da Caixa de Economias;
b) haverá uma subconta "Geral" para registro das receitas e despesas não vinculadas, de caráter
geral;
c) o Balancete Financeiro deve ter duas colunas, uma de receita e outra de despesa, nas quais, por
subcontas, deverão constar os seguintes itens:

Na coluna da receita:
- o saldo do mês anterior;
- as receitas do mês, numeradas sequencialmente dentro do exercício;
- as anulações de receitas; e
- o subtotal da movimentação financeira (saldo do mês anterior, mais receitas do mês, menos receitas
a anular).

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Na coluna da despesa:
- os documentos de despesa, numerados sequencialmente dentro do exercício;
- as anulações de despesas;
- os saldos das subcontas, que passam para o mês seguinte; e
- o subtotal da movimentação financeira (despesas do mês, menos despesas a anular, mais saldos que
passam para o mês seguinte).

d) para formalizar o recolhimento de numerário proveniente de receitas obtidas na própria OM à


Caixa de Economias, deverá ser emitida Guia de Recolhimento de Numerário (GRN), numerada
sequencialmente no exercício. Quaisquer recolhimentos de numerário provenientes de receitas não
previstas na SGM-306 deverão ser autorizados pela Diretoria de Finanças da Marinha (DFM), por
meio de mensagem. Os documentos que motivaram a emissão de GRN deverão permanecer
arquivados na OM no mesmo prazo estabelecido para a manutenção em arquivo organizado do
processo de prestação de contas correspondente;
e) o numerário proveniente de sobras lícitas, quer as produzidas em rancho organizado da própria
OM, quer as atribuídas como quota de participação em rancho organizado em outra OM onde municie
seu pessoal, será transferido para a Caixa de Economias, de acordo com os procedimentos previstos
na SGM-305 - Normas sobre Municiamento;
f) para formalizar as transferências de numerário a outra OM com recursos da Caixa de Economias,
deverá ser emitida Guia de Transferência de Numerário (GTN), numerada sequencialmente no
exercício. Os documentos que motivaram a emissão de GTN deverão permanecer arquivados na OM
no mesmo prazo estabelecido para a manutenção em arquivo organizado do processo de prestação de
contas correspondente.
g) a GTN deverá ser escriturada no Balancete Financeiro das OM, conforme abaixo discriminado:
I) como “Receita a Anular”, para a OM que transferiu o numerário; e
II) como “Receita”, para a OM que recebeu o numerário.

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ANULAÇÃO DE RECEITAS

A anulação é o lançamento contábil destinado a evitar que a receita e a despesa do Balancete


Financeiro fiquem distorcidas com a inclusão de valores que estão, meramente, transitando pela Caixa
de Economias.

A anulação de receita poderá ocorrer nos seguintes casos:


a) Recolhimento ao FN de parcela de numerário recolhida indevidamente à Caixa de Economias e
pertencente àquele Fundo; e
b) Outras situações previamente autorizadas pela DFM.

ANULAÇÃO DE DESPESA

No caso específico da Caixa de Economias, são enquadráveis como “Anulação de Despesa” as


situações previstas nas Normas SGM-301. Para escrituração na Gestoria de Caixa de Economias
deverão ser observados os seguintes procedimentos:
a) o recolhimento, independentemente do exercício financeiro em que está sendo efetuado, deve ser
feito à própria Caixa de Economias da OM que realizou o pagamento da despesa; e
b) o valor do recolhimento deve ser escriturado na coluna despesa do Balancete Financeiro como
“Anulação de Despesa” e subtraído do somatório das despesas do mês na subconta correspondente.

PORTARIA DE DESPESAS

Destina-se a registrar as despesas para as quais seja de todo impossível a obtenção de


documento hábil para comprovação.
O somatório das despesas comprovadas mediante Portaria de Despesas, a cada período de
competência, não poderá ultrapassar aos seguintes limites:

a) 10% (dez por cento) do valor previsto no inciso II, do art. 24, da Lei nº 8.666/1993, alterada
pela Lei no 9.648/1998 (limite de dispensa de licitação), quando a despesa da Unidade Gestora
(UG), no período a que se referir, for igual ou inferior a este valor; e

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b) 10% (dez por cento) da despesa da UG, no período a que se referir, quando esta despesa for
superior ao valor previsto para dispensa de licitação; não podendo, entretanto, exceder a 50%
(cinquenta por cento) do valor previsto no inciso II, do art. 24, da Lei nº 8.666/1993, alterada pela
Lei no 9.648/1998.

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL E ROL DE RESPONSÁVEIS

Mesmo sendo os recursos da Caixa de Economias classificados como extra-orçamentários,


faz-se mister a confecção anual de um Processo de Tomada de Contas (PTC), elaborado pela
DFM e auditado pelo Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR), que tramita pela
Diretoria de Coordenação do Orçamento da Marinha (COrM), Secretaria-Geral da Marinha
(SGM), Gabinete do Comandante da Marinha (GCM) e Ministério da Defesa (MD) para,
finalmente, ser encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU).

ROL DOS RESPONSÁVEIS DA CAIXA DE ECONOMIAS

O rol de responsáveis reporta-se aos atos de gestão financeira do exercício e à guarda de


bens e valores públicos sob a responsabilidade dos Agentes Responsáveis, dos órgãos da
administração direta, que tenham movimentado recursos naquela gestoria, em parte ou em todo o
exercício considerado, e tem por finalidade apresentar ao TCU, de forma condensada, toda a
movimentação contábil da gestoria.

Destaca-se que para elaboração do Rol são considerados apenas o Ordenador de Despesas
(OD) e o Gestor de Caixa de Economias.

VAMOS TESTAR OS SEUS CONHECIMENTOS!

Vamos fazer agora uma pequena pausa nos nossos estudos para verificar o que o senhor já
aprendeu até aqui. Responda às questões abaixo.

I – Qual o conceito de Caixa de Economias?


II- Cite uma finalidade da Caixa de Economias.
III – Qual o objetivo da Portaria de Despesas?
IV – Quais são os casos de anulação de receita?

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GABARITO:

I - É a conta de gestão por meio da qual são administrados os recursos financeiros gerados internamente
na Organização Militar (OM), não classificados como receita do Fundo Naval (FN).
II - Melhorar, proporcionalmente, as condições de habitabilidade e conforto nos ranchos.
III - Registrar as despesas para as quais seja de todo impossível a obtenção de documento hábil para
comprovação.
IV - Recolhimento ao FN de parcela de numerário recolhida indevidamente à Caixa de Economias e
pertencente àquele Fundo e outras situações previamente autorizadas pela DFM.

Na aula de hoje vimos um pouco sobre a gestoria da caixa de economias e as suas finalidades.
Bons estudos!
Até a próxima aula!

Observação: Este guia de estudo é um extrato da referência bibliográfica abaixo relacionada.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SGM-306. Normas sobre Caixa de Economias. 3ª Rev. Brasília, 2020. Cap 1. Disponível em:
<http://sgm.mb/?q=normas> Acesso em: 8 jan. 2021.

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