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MANUAL DE FORMAÇÃO

CURSO: Educação e Formação de Adultos | EFA S3-tipo A

DESIGNAÇÃO: Técnico/a Auxiliar de Saúde

UFCD N.º: 6571 | Técnicas de posicionamento, transferência e transporte de utentes

Formador(a): Beatriz Carvalho

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Índice

Enquadramento ____________________________________________________________________ 5

Objectivos do manual ______________________________________________________________ 6

Objectivos pedagógicos _____________________________________________________________ 7

Objectivos gerais .................................................................................................................................................. 7

Objectivos específicos ......................................................................................................................................... 7

Conteúdos programáticos ___________________________________________________________ 8

Introdução _________________________________________________________________________ 9

Introdução ______________________________________________________________________10

Desenvolvimento____________________________________________________________________ 11

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Conclusão ____________________________________________________ Erro! Marcador não definido.

Conclusão ________________________________________________ Erro! Marcador não definido.

Bibliografia ______________________________________________________________________46

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|| ENQUADRAMENTO||

Enquadramento

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Objectivos do manual

O presente manual de apoio à aprendizagem tem por objectivo constituir um complemento aos conteúdos
programáticos abordados em sala no âmbito da unidade do curso em referência.

Os objectivos pedagógicos, conteúdos programáticos e carga horária da unidade estão de acordo com o
programa de formação do curso.

Pretende constituir-se como um suporte de consulta, aprofundamento e sistematização dos conhecimentos dos
seus utilizadores relativamente às temáticas abordadas na unidade de formação.

Os direitos de autor do presente manual são do formador afecto à execução da unidade de formação, que os
cede à Tecla – Formação Profissional para efeitos de registo, reprodução e posterior entrega aos formandos.

É proibida a reprodução do manual, no todo ou em parte, sem prévia e expressa autorização da entidade
formadora.

O acesso a este manual por parte do formando constitui um benefício que lhe é atribuído pela inscrição e
frequência do curso.

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Objectivos pedagógicos

Objectivos gerais

No final da sessão, os formandos devem adquirir competências para a prestação dos cuidados de saúde básicos, a
uma vítima consciente ou inconsciente, mediante a patologia apresentada, num curto espaço de tempo.

Objectivos específicos

Em termos específicos, no âmbito do presente manual, pretende-se apoiar os formandos a atingir os seguintes
objectivos:

− Identificar situações, no local de trabalho, que impliquem a saúde e bem-estar do cliente e necessitem de
intervenção diferenciada.

− Interiorizar conceitos e técnicas utilizados na prestação de primeiros socorros.

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Conteúdos programáticos

O presente manual, de suporte à unidade de formação, apresenta a seguinte estruturação em termos de


conteúdos programáticos:

o Como ligar 112

o Sinais Vitais

o Procedimentos imediatos

o Primeiros socorros nas situações de:

• Hemorragia

• Desmaio/ Alterações do estado de consciência

• Crise convulsiva

• Queimaduras

• Alterações da glicémia

• Quedas

• Acidente Vascular Cerebral (AVC)

• Paragem Cardiorrespiratória

o Suporte Básico de Vida

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|| INTRODUÇÃO||

Introdução

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Introdução

A proteção da saúde e do bem-estar são prioridades que todos devíamos valorizar, seja em situações
de local de trabalho, lazer ou seio familiar.

Um acidente é sempre inesperado e pode ser grave, com um risco de vida.

SALVAR UMA VIDA depende de uma resposta corajosa e rápida e de um desempenho adequado.
Este pequeno manual, expressivo tanto na escrita como nas ilustrações, é A AJUDA que é tantas
vezes necessária em situação de emergência.

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|| DESENVOLVIMENTO||

Desenvolvimento

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1. PRIMEIROS SOCORROS?

1.1. O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS?

Os primeiros socorros são a resposta rápida e inicial a uma emergência médica, através da aplicação de técnicas
simples e eficazes para reduzir a gravidade da situação, melhorando as hipóteses de sobrevivência de uma
vítima e diminuindo o seu grau de sofrimento. São, por isso, a primeira ajuda a prestar a uma pessoa para
impedir o agravamento do seu estado de saúde, antes de poder receber cuidados especializados. Saber o que
fazer e (especialmente) o que não fazer pode significar a diferença nestes casos.

1.1.1. Ligar 112

1. Escutar atentamente o profissional de saúde – perguntas e indicações

2. Informar claramente o local onde se encontra a vítima.

3. Relatar de forma simples como se deu o acidente.

4. Dar indicações precisas sobre o estado da vítima.

5. Contactar a família da vítima.

6. Promover um ambiente calmo, afastando eventuais curiosos e evitando comentários.

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7. Acalmar e, se possível, pedir informações à vítima sobre o sucedido.

8. Executar os primeiros socorros de acordo com o estado da vítima e as lesões sofridas

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2. SINAIS VITAIS

2.1. DOR

A DOR é um sintoma que acompanha a generalidade das situações patológicas que requerem
cuidados de saúde

2.2 FREQUÊNCIA CARDÍACA

A frequência cardíaca é a quantidade de vezes que o coração bate por minuto e o seu valor normal varia entre 60
e 100 batimentos por minuto. Porém, os batimentos do coração podem oscilar com a idade, atividade física ou a
presença de doenças cardíacas.

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2.3 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

Processo pelo qual, ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo.

Inspiração – Levamos o oxigénio (ar) aos pulmões, oxigenamos o sangue

Expiração – Libertamos dióxido de carbono

2.3.1 DIFICULDADE RESPIRATÓRIA

Sinais E Sintomas:

•Respiração acelerada, ruidosa e sibilante;

•Tosse;

•Incapacidade de falar ou completar frases;

•Incapacidade para pensar com clareza;

•A pele torna-se azul-acinzentada (cianose), sobretudo nas orelhas, lábios e pontas dos dedos.

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Como atuar?

•Sente a vítima, colocando-a numa posição direita e confortável;

•Incentive-a a respirar calmamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca;

•Não permita conversas, aconselhando apenas a responder “sim” ou “não” através de gestos;

•Não permita esforços físicos pois a fadiga vai agravar a situação;

•Se a vítima utilizar habitualmente oxigénio em casa, não aumente o valor administrado;

•Nunca deite uma pessoa com dificuldade respiratória, pois piora a situação.

•Ligue 112

Figura 1 - Sinais de cianose

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2.1.1. Sistema Circulatório e Trocas Gasosas

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O sistema cardiovascular é um tanto quanto complexo, cabe dividi-lo em dois componentes para ter uma melhor
compreensão. O sistema cardiovascular é composto por dois circuitos, o primeiro é o circuito pulmonar, já o
segundo é o circuito sistêmico.

Uma das funções desse sistema é bombear o sangue oxigenado (arterial) proveniente dos pulmões para todo o
corpo e direcionar o sangue desoxigenado (venoso), que retornou ao coração, até os pulmões, onde deve ser
enriquecido com oxigênio novamente.

o sangue é conduzido do coração até o pulmão e, logo após, volta ao coração. É pertinente ressaltar o caráter
químico desse sangue nessa etapa da circulação, sendo caracterizado como venoso, ou seja, um sangue pobre em
oxigênio.

Essa circulação tem início quando o sangue sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar em direção aos
pulmões. A artéria pulmonar ramifica-se e segue cada uma para um pulmão. Ao ocorrer essa ramificação, há uma
diminuição no calibre dessas artérias, formando-se assim em artérias de pequeno calibre até os capilares que irão
envolver os alvéolos pulmonares.

Nos alvéolos, ocorre um fenômeno importante que irá manter o sangue em uma condição propicia para o bom
funcionamento dos sistemas, assim ocorrerá trocas gasosas (hematose), que se caracterizam pela passagem do gás
carbônico do sangue para o interior dos alvéolos e do oxigênio presente nos alvéolos para o interior do capilar.

2.3 TENSÃO ARTERIAL

Normalmente a Hipertensão Arterial não tem qualquer sintomatologia associada.

As consequências de uma subida tensional marcada podem ser graves e incluem, por exemplo:

• Acidente Vascular Cerebral (AVC)

• Encefalopatia hipertensiva (que se pode traduzir por alterações do estado de


consciência e perda transitória da visão

• Problemas cardíacos: Enfarte do miocárdio/Angina de peito/ Insuficiência cardíaca

• Complicações da gravidez

Hipotensão Arterial

Os sinais e sintomas que se relacionam com a PA baixa incluem:

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• Tonturas

• Desmaio

• Sensação de desequilíbrio

• Visão turva

• Palpitações

• Confusão mental

• Fadiga

• Dificuldade de concentração

• Pele fria e pálida

• Náuseas

2.3 TEMPERATURA

A temperatura corporal varia dependendo do sexo, atividade recente, consumo de alimentos e líquidos, horário
do dia e, nas mulheres, o estágio do ciclo menstrual.

Onde podemos avaliar a temperatura corporal:

• Axilar

• Bucal

• Timpânica

• Retal

Temperatura Basal

36,0ºC – 37,2ºC

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HIPOTERMIA

Redução da T. corporal para valores ↓ 35°C

Quando exposto às temperaturas frias, o corpo começa a perder mais rapidamente calor do que aquele que
pode ser produzido, resultando na hipotermia. A temperatura de corpo que é demasiado baixa, afecta o cérebro,
fazendo com que a pessoa seja incapaz de pensar claramente ou movimentar-se.

Sinais e Sintomas

Adultos:

• Tiritar/exaustão;

• Perda da memória/discurso confuso;

• Sonolência.

Crianças:

• Pele muito vermelha e fria;

Pouca energia.

O que se deve fazer:

• Remover qualquer peça de roupa molhada;

• Aquecer a pessoa: peito, pescoço, cabeça e tronco da vítima, envolvendo-a em cobertores;

• Dar bebidas quentes, exceto se a pessoa estiver inconsciente;

• Assim que a temperatura do corpo aumentar, mantenha a pessoa seca e envolvida em cobertores,
incluindo a cabeça e o pescoço.

HIPERTERMIA

Aumento da T. corporal para valores ↑ 40°C

A hipertermia é uma situação grave que pode até mesmo levar o indivíduo à morte caso o resfriamento do
corpo não seja feito rapidamente.

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Sinais e sintomas:

• Ansiedade

• Dor de cabeça

• Tontura

• Fraqueza

• Produção excessiva ou falta de suor

• Queda de pressão

• Alucinação

• Confusão mental

• Agitação

• Vômitos

• Cãibras

• Convulsões

• Coma

A hipertermia está, na maioria dos casos, relacionada com a exposição ao calor, sendo, portanto, fundamental
evitar situações em que o corpo estará submetido a altas temperaturas.

Em dias quentes, algumas formas de prevenir-se é: evitar a prática de exercícios físicos por tempo prolongado
em horários em que a temperatura é mais elevada (entre às 10 h e às 17 h); usar roupas leves; beber sempre
muita água; não consumir bebidas alcoólicas; e manter-se em ambientes frescos e arejados.

O que se deve fazer:

• Proporcionar uma boa ventilação de ar;

• Aplicar tecidos molhados com água gelada;

• Imersão em água fria;

• Utilizar pacotes de gelo.

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• Administrar bebidas desportivas – insolação (reposição hidrolítica, minerais e sais)

Oque não se deve fazer:

• Administrar quaisquer medicamentos.

Figura 2 - Zonas do corpo a arrefecer

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3. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA

A colocação de uma vítima inconsciente em posição lateral de segurança evita por um lado que a língua impeça
a passagem do ar e garante também a drenagem pela boca, de saliva ou outros fluídos, que poderiam
contribuir para a obstrução, causando pneumonia ou asfixia.

Passos que devem seguir:

• Ajoelhe-se e alinhe o corpo da vítima, que deve ficar com os braços estendidos ao longo do corpo.
Retire-lhe óculos e objetos volumosos dos bolsos.
• Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para cima e ao nível
da cabeça.
• Permaneça onde está e pegue na outra mão da vítima. Dobre-lhe o braço por forma a cruzar o peito e a
colocar as costas da mão na face da vítima do seu lado. Após este movimento, segure do lado oposto ao
seu a perna da vítima na zona do joelho, levante-a e dobre-a.
• Utilize a perna dobrada para ajudar a rolar a vítima para o seu lado. Durante este movimento mantenha
uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar.
• Certifique-se que a vítima está a respirar.
• Ligue 112 e fique atento a alterações do estado da vítima enquanto aguarda pelo socorro.

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4. PRIMEIROS SOCORROS EM AFOGAMENTO

O que fazer?

1. Retirar imediatamente a vítima de dentro de água.

2. Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate.

3. Colocar a vítima de barriga para baixo e com a cabeça virada para um dos lados.

4. Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer sair a água

Se a vítima não respira, deitá-la de costas e iniciar de imediato os procedimentos do algoritmo do


Suporte Básico de Vida. Logo que a vítima respire normalmente, colocá-la em Posição Lateral
de Segurança e mantê-la confortavelmente aquecida.

Se o afogamento se deu no mar ou num rio, o socorrista não deve:

• Lançar-se à água se não souber nadar muito bem

• Procurar salvar um afogado que está muito longe de terra

• Deixar-se agarrar pela pessoa que quer salvar

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5. PRIMEIROS SOCORROS EM FERIDAS

Uma ferida tem quase sempre origem traumática, que além da pele (ferida superficial) pode atingir o
tecido celular subcutâneo e muscular (ferida profunda).

Figura 3 - Camadas da pele

O que fazer?

1. Antes de tudo, lavar as mãos e calçar luvas descartáveis.

2. Proteger provisoriamente a ferida com uma compressa esterilizada.

3. Lavar, do centro para os bordos da ferida, com água e sabão, solução de clorhexidina.

4. Secar a ferida com uma compressa através de pequenos toques, para não destruir qualquer
coágulo de sangue.

5. Desinfetar com antisséptico, por ex. Betadine em solução dérmica. Depois de limpa, se a ferida
for superficial e de pequenas dimensões, deixá-la preferencialmente ao ar, ou então aplicar uma
compressa esterilizada.

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Se a ferida for mais extensa ou profunda, com tecidos esmagados ou infetados (ou se contiver corpos
estranhos), deverá proteger apenas com uma compressa esterilizada e encaminhar para tratamento por
profissionais de saúde. É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.

EM CASO DE HEMORRAGIA

A hemorragia acontece devido ao rompimento de um vaso, veia ou artéria. Todas as hemorragias devem
ser controladas imediatamente. Uma hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em
minutos.

1. Se as compressas ficarem saturadas de sangue, colocar outras por cima, sem nunca retirar as
primeiras.

2. Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos).

3. Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida.

4. Se a hemorragia for num membro, mantê-lo elevado acima do nível do coração para diminuir o
fluxo sanguíneo

NUNCA REMOVER OBJETOS ESTRANHOS A


PERFURAR A VíTIMA!!!

Como aplicar um GARROTE ou TORNIQUETE:

Usados, normalmente, em casos de amputação ou


esmagamento de membros – braços e/ou pernas

• 1. Enrolar no membro ferido uma tira de pano largo (aproximadamente 5 cm) acima do
ferimento (não usar fios, barbantes ou corda em lugar do pano);

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• 2. Fazer um meio nó na tira de pano;

• 3. Colocar um pedaço de madeira no meio do nó;

• 4. Completar o nó acima da madeira;

• 5. Torcer a madeira até parar o sangramento, sem, no entanto, apertar demais

• 6. Desapertar o torniquete a cada 10 minutos. É importante marcar no relógio o início da


compressão, para saber quando desapertar;

• 7. O torniquete deve ser desapertado antes do tempo exigido de 10 minutos, quando notarmos
que as extremidades dos dedos estão arroxeadas ou frias.

• 8. Chame um médico o mais rápido possível.

Figura 4 - Como aplicar o garrote

HEMORRAGIA NASAL:

1. Sentar a criança numa cadeira, com a cabeça direita, num local fresco e arejado;

2. Calçar luvas;

3. Com uma toalha, aplicar compressão da narina que está a sangrar (ou de ambas, se for o caso),
durante 20 min; Não deverá aliviar a pressão antes desse tempo.

4. Poderá aplicar gelo local (em cima do nariz);

5. Poderá realizar este procedimento 2 ou 3 vezes;

6. Se não reverter, encaminhar para o médico.

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6. PRIMEIROS SOCORROS EM ASFIXIA

Dificuldade respiratória que leva à falta de oxigénio no organismo. As causas podem ser variadas, sendo
as mais frequentes a obstrução da via aérea por corpos estranhos ou alimentos mal mastigados.

A situação é grave e requer intervenção imediata!

O que devem fazer?

1. Numa criança pequena

Abrir-lhe a boca e tentar retirar o corpo estranho, se estiver visível, usando o dedo em gatilho ou uma
pinça. CUIDADO PARA NÃO EMPURRAR!

Caso não esteja visível, colocar a criança de cabeça para baixo e dar-lhe algumas pancadas vigorosas a
meio das costas, entre as omoplatas.

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2. Jovem e Adulto

Abrir-lhe a boca e tentar retirar o corpo estranho, se estiver visível, usando o dedo em gatilho ou uma
pinça. CUIDADO PARA NÃO EMPURRAR!

Caso não esteja visível, colocar a criança de cabeça para baixo e dar-lhe algumas pancadas vigorosas a
meio das costas, entre as omoplatas.

MANOBRA DE
HEIMLICH

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7. PRIMEIROS SOCORROS EM CORPOS ESTRANHOS

NO OLHO:

Os mais frequentes: areias, limalhas e insetos

O QUE DEVEM FAZER:

Abrir a pálpebra do olho afeta com cuidado;

Fazer correr água ou soro fisiológico do canto interno para o externo;

Repetir 2 ou 3 vezes;

Se não melhorar, fazer um penso com uma compressa e direcionar para ajuda médica.

NO NARIZ:

Os mais frequentes: feijões ou objetos de pequenas dimensões, como peças de brinquedos e botões.

O QUE DEVEM FAZER:

Pedir à criança para se assoar com força, comprimindo a narina contrária com o dedo, tentando assim
que o corpo seja expelido. Se não obtiver resultado, enviar ao Hospital.

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8. PRIMEIROS SOCORROS EM DESMAIO/PERDA DA CONSCIÊNCIA

O desmaio (síncope) ocorre quando há uma falta de oxigenio no cérebro, à qual o organismo reage de
forma automática, com perda de consciência e queda brusca e desamparada do corpo.

Normalmente, dura 2 a 3 minutos.

Pode ocorrer por diversas causas: excesso de calor, jejum prolongado, permanência em pé por longos
períodos, fadiga, entre outros.

SINTOMAS:

• Palidez

• Suores frios

• Pulso fraco

• Falta de força

O QUE DEVEM FAZER:

1. Se nos apercebemos que uma pessoa está prestes a desmaiar:

• Sentar ou deitar a pessoa

• Colocar as pernas mais elevadas para facilitar o fluxo sanguíneo

• Molhar-lhe a testa com água fria

• Dar a beber água ou bebida açucarada no caso da pessoa não ser diabética.

2. Se a pessoa já estiver desmaiada:

• Deitá-la com a cabeça de lado e as pernas elevadas.

• Desapertar-lhe as roupas.

• Mantê-la confortavelmente aquecida, mas, sempre que possível, em local arejado.

• Logo que recupere os sentidos, dar-lhe uma bebida açucarada, se não for diabética.

• Consultar posteriormente o médico.

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9. PRIMEIROS SOCORROS EM ENVENENAMENTO

O envenenamento ocorre por ingestão ou exposição a substâncias tóxicas.

Fundado em 1982, funciona 24horas por dias, 7 dias por semana.

CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS (CIAV)

800 250 250

EMERGÊNCIA MÉDICA

112

No caso de o envenenamento ter ocorrido por ingestão, a única solução de diminuir a exposição ao agente, é com
a lavagem de estômago em âmbito hospitalar. Nunca provocar o vômito ou dar líquidos a ingerir.

Quando o envenenamento é por inalação, transporte a pessoa do ambiente contaminado, levando-a de


preferência para um local com boa circulação de ar.

Caso a intoxicação ocorra através do contato com a pele, é importante lavar a região afetada com água corrente
por no mínimo 20 minutos. Retire roupas contaminadas. Se houver alguma ferida na região, é importante que a
vítima vá para o hospital.

Se houver contacto com os olhos, lave-os em água corrente por 15 minutos com as pálpebras afastadas. Caso as
dores persistam, leve a vítima ao médico para acompanhamento.

Por picada de animal, imobilize a zona atingida, aplique calor no caso de ser picada por peixe-aranha e frio nos
restantes casos.

INFORMAÇÕES AO CIAV:

• QUEM: idade, sexo, gravidez...

• O QUÊ: nome do medicamento ou produto (ter a embalagem), animal, planta...

• QUANTO: quantidade ingerida ou tempo de exposição ao produto

• QUANDO: há quanto tempo

• ONDE: em casa, na rua, no local de trabalho...

• COMO: em jejum, com alimentos, com bebidas alcoólicas...

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Para Evitar Intoxicações:

• Explique às crianças o risco de tomar medicamentos de que não estão a precisar e o perigo de provar ou
mexer em produtos perigosos.
• Não tome nem dê medicamentos às escuras.
• Guarde os medicamentos e quaisquer outros produtos potencialmente tóxicos (bebidas alcoólicas,
produtos de limpeza, pesticidas…) fora do alcance das crianças.
• Não aplique raticidas ou outros pesticidas em locais acessíveis às crianças.
• Não utilize embalagens vazias para guardar outros produtos. Mantenha-os nas suas embalagens originais.
• Feche as embalagens e guarde os produtos imediatamente após o uso.
• Não dê embalagens vazias às crianças para brincar.
• Leia as instruções de aplicação com cuidado e utilize os produtos de acordo com as regras de segurança
referidas na embalagem.
• Não coloque produtos de uso doméstico junto de alimentos.
• Mantenha as instalações de gás em bom estado e, se possível, com dispositivos de segurança.
• Não tenha instalações de gás na casa de banho.

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• Não tenha plantas tóxicas em casa ou no jardim, tendo crianças pequenas. Cuidado com as bagas.
• Não apanhe nem cozinhe cogumelos do campo se não os distinguir com exatidão.

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10. PRIMEIROS SOCORROS EM QUEDAS

As quedas geralmente ocorrem quando se tropeça em algo ou ao escorregar em um piso molhado, ou mesmo
quando se está no topo de algum objeto alto, como uma escada ou uma cadeira.

A primeira coisa a se fazer é verificar se houve desmaio ou se a vítima está inconsciente. Nesses casos, ligue para
o 112.

Caso a vítima esteja acordada e consciente, procure por cortes ou alguma fratura nos ossos. Dependendo da
gravidade, será necessário levar a vítima para o hospital para sutura, exames ou imobilização dos ossos.

Se a vítima estiver consciente, mas apresentar vômito, sonolência ou perda de velocidade no raciocínio, também
deve ser levada para o hospital ou pronto socorro o mais rápido possível. No caminho, é importante mantê-la
acordada e tranquilizada.

ENTORSES

A entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação.

SINAIS E SINTOMAS:

Dor na articulação

Edema (inchaço) na articulação lesada

Incapacidade de mexer a articulação, imediata ou gradual

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O QUE DEVEM FAZER:

Evitar mobilizar a articulação e proceder à mobilização do pé

Elevar o membro lesionado

Aplicar gelo local

Consultar o médico

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11. PRIMEIROS SOCORROS EM CHOQUE ELÉTRICO

Eletrocussão ou choque elétrico é provocado pela passagem de corrente elétrica através do corpo.

Em caso de choque elétrico, a primeira coisa a ser feita é desligar o quadro geral de energia para cortar a
alimentação de carga elétrica à vítima, caso ela ainda esteja conectada à fonte.

Depois, é preciso afastar a vítima do objeto que provocou o choque. Isso deve ser feito com um item de
madeira, plástico ou borracha, que não são condutores de energia. Caso a vítima esteja em pé, é importante
deitá-la para que ela não sofra uma queda após o choque.

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12. PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS

Lesão decorrente da ação do frio, calor, produtos químicos, choque elétrico, radiação e substâncias biológicas
(animais e plantas).

Superficiais – 1º grau: Lesão das camadas superficiais. Dor local.

Profundas – 2º grau: Lesão das camadas profundas. Há presença de flictenas

3º grau: Lesão de todas as camadas da pele. A pele fica negra ou acastanhada.

CAUSA DAS QUEIMADURAS

TÉRMICAS – calor seco ou húmido (vapor, água a ferver, fogo)

QUÍMICAS – ácidos, alcalinos, bases (indústria)

ELÉTRICAS – no ponto de entrada e restante trajeto, pode levar a paragem respiratória ou cardíaca

RADIAÇÕES – solar, RX, substâncias radioativas

GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS

• Causa da queimadura;

• Extensão da superfície corporal queimada;

• Profundidade da queimadura;

• Local da queimadura;

• Idade da vítima.

COMO ATUAR:

1. Afastar a vítima do local;

2. Retirar roupa e acessórios da área corporal atingida;

3. Colocar zona lesada debaixo de água corrente ou SF;

4. Não mexer na área afetada (não mexer em flictenas!!);

5. Tapar com compressas húmidas;

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6. Tapar a vítima (prevenção hipotermia);

7. Encaminhar para unidade de saúde hospitalar.

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13. PRIMEIROS SOCORROS EM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

Situação de início brusco ou progressivo que corresponde ao aparecimento de sintomas neurológicos


causados pela interrupção de circulação sanguínea no cérebro, com o consequente défice de
oxigenação das células cerebrais.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui a primeira causa de morte em


Portugal, sendo responsável por mais de 10.000 mortes por ano

O AVC pode ser de origem isquémico ou hemorrágico por consequência de uma trombose cerebral, embolia
cerebral ou hemorragia cerebral.

SINAIS E SINTOMAS

▪ Cefaleias;

▪ Alteração do estado de consciência com desorientação e/ou agitação que pode evoluir para a
inconsciência;

▪ Disartria;

▪ Hemiparésia/plegia;

▪ Desvio da comissura labial.

▪ Alteração da consciência;

▪ Reatividade das pupilas;

▪ Parestesias;

▪ Incontinência de esfíncteres;

▪ Náuseas e vómitos;

▪ Convulsões;

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▪ Hipertermia;

COMO ATUAR:

▪ Manter uma atitude calma e segura;

▪ Acalmar a vítima;

▪ Executar o exame da vítima na sua totalidade;

▪ Avaliar e registar os sinais vitais;

▪ Não dar nada a beber ou comer.

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14. PRIMEIROS SOCORROS EM ALTERAÇÕES DA GLICÉMIA

O açúcar é essencial para que as células produzam energia. Para que o açúcar possa ser utilizado a nível celular
tem primeiro que ser digerido. Na digestão do açúcar é essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas.

Ao nível de açúcar no sangue dá-se o nome de glicémia.

Ao aumento da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de hiperglicemia.

À diminuição acentuada da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de hipoglicémia.

Sinais e sintomas de HIPERGLICEMIA

• Náuseas e vómitos;

• Fraqueza muscular;

• Hálito cetónico (cheiro semelhante a maçãs);

• Aumento da frequência ventilatória;

• Aumento da sensação de sede e da frequência urinária (micções), por vezes aumento da sensação de fome;

• Sonolência;

• Confusão mental, desorientação que poderá evoluir para estados de inconsciência - coma hiperglicémico

COMO ATUAR:

▪ Manter uma atitude calma e segura;

▪ Avaliar e registar sinais vitais;

▪ Recolher o máximo de informação;

▪ Manter vigilância dos sinais vitais;

▪ Vigiar o estado de consciência.

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Sinais e sintomas de HIPOGLICÉMIA

▪ Ansiedade, irritabilidade e mesmo agitação;

▪ Fraqueza muscular;

▪ Sensação de fome;

▪ Pulso rápido e fraco;

▪ Pele pálida, húmida e sudorese;

▪ Tonturas, náuseas e dor abdominal;

▪ Tremores e mesmo convulsões;

▪ Desorientação, confusão mental, perda de consciência - coma hipoglicémico.

COMO ATUAR:

▪ Manter uma atitude calma e segura;

▪ Glicémia capilar inferior a 50 mg/dl;

▪ Água açucarada - Vítima consciente.

▪ Papa de açúcar - Vítima inconsciente.

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15. PRIMEIROS SOCORROS EM ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO (EAM)

Processo de necrose (morte do tecido), de parte do músculo cardíaco, por falta de aporte adequado de nutrientes
e oxigénio.

✓ Principal causa de morte nos países industrializados;

✓ A maior parte ocorre na 1ª hora após os sintomas;

✓ A obstrução é causada por um coágulo ou trombo sanguíneo, no interior de uma das artérias
coronárias;

✓ A isquemia origina redução imediata e progressiva da contratilidade do miocárdio;

✓ Pode acontecer arritmias.

SINAIS E SINTOMAS

✓ Dor ou desconforto retro esternal

✓ Dor tipo aperto, opressão, picada forte

✓ Pode irradiar para mandíbula, pescoço, ou braço esquerdo

✓ Náuseas, vómitos

✓ Palidez

✓ Suadores

✓ Dor epigástrica

✓ Por vezes EAM sem dor

COMO ATUAR

✓ Manter a calma

✓ Realizar exame à vítima

✓ Promover posição de conforto

✓ Acalmar a vítima

✓ Pedir ajuda diferenciada

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✓ Transporte calmo

✓ Tratamento hospitalar

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Bibliografia

− Instituto Nacional de Emergência Médica: https://www.inem.pt/

− Direção Geral da Saúde: https://www.dgs.pt/

− Sociedade Portuguesa de Hipertensão: https://www.sphta.org.pt/pt

− Centro de Informação Antivenenos: https://www.inem.pt/category/servicos/centro-de-informacao-


antivenenos/

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