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Prevenção e Controle da Poluição no Meio Ambiente Aquaviário

MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios

Fonte: captainslog.gr

Professora : Nathalie Gaioti


MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios 1973
Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

Assuntos gerais abordados

 Marpol - Convenção Internacional para Prevenção da


Poluição por Navios 1973;
Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011);
 Definições com relação aos propósitos da MARPOL – 73.
MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios 1973
Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

PROBLEMA AMBIENTAL
- A poluição por óleo nos mares só foi reconhecida como um problema
na primeira metade do século XX.
- Países introduziram regras para controlar descargas de dentro de suas
águas territoriais.
- Convenção OILPOL (Oil Pollution Convention ) em 1954 no Reino
Unido - visou primeiramente à poluição resultante de operações
rotineiras dos navios-tanques, que era tida como a principal causa de
poluição por navios.
- Em 1967 o navio petroleiro TORREY CANYON encalhou enquanto
navegava pelo Canal Inglês, ocasionando o vazamento de 120.000
toneladas de óleo cru diretamente ao mar .
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SS TORREY CANYON TANKER

Figura 1: SS TORREY CANYON TANKER


Fonte: google, 2021.
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SS TORREY CANYON TANKER

Antes do acidente do Torrey Canyon, a atenção internacional estava


voltada essencialmente para os problemas ligados a descargas de óleo
operacionais dos navios.

O acidente sofrido por esse navio colocou, no entanto, os Estados


costeiros frente a um fenômeno completamente novo, tendo em vista os
níveis alarmantes e antes não vislumbrados de poluição por óleo que
podiam resultar de uma fatalidade náutica.
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CONVENÇÃO MARPOL
O acidente levantou questões sobre medidas que deveriam ter sido
adotadas para prevenir a poluição por óleo oriunda de navios.

Na Conferência Internacional da IMO em 1973, a Convenção MARPOL


foi então adotada.

Posteriormente a IMO também reconheceu a existência de outras formas


de poluição oriundas de navios.
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MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios

- A Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios


(MARPOL) representa a mais importante convenção ambiental marítima.
- A MARPOL foi projetada para minimizar a poluição dos mares.
- A convenção foi assinada em 17 de fevereiro de 1973 e modificada pelo
Protocolo de 1978.
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No contexto da IMO a Convenção MARPOL é a principal convenção


internacional a respeito de poluição do meio ambiente marinho
oriunda de navios, seja ela de origem operacional ou acidental.

Ela é uma combinação de dois tratados adotados em 1973 e 1978


respectivamente, e tem sido atualizada por emendas através dos
anos.

Para que uma nação se torne parte da MARPOL deve aceitar Anexo
I e II. Os anexos III-VI são de adesão voluntária.
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MARPOL NO MUNDO
-Em 31 de dezembro de 2005, 136 países, representando 98% da
tonelagem mundial de navegação, já faziam parte da Convenção.

- Todos os navios embandeirados em países que são signatários da


Convenção MARPOL estão sujeitos às suas necessidades,
independentemente de onde eles navegam.
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Objetivos da MARPOL

A MARPOL possui como objetivos principais:

-Preservar o ambiente marinho através da eliminação completa de


poluição por óleo e por outras substâncias prejudiciais;

-Minimizar as consequências de descargas acidentais de substâncias


nocivas ao meio marinho.
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A MARPOL determina:

• Limites das descargas de óleo para a água;


• Necessidade de tanques de lastro segregado e as condições necessárias para o seu
dimensionamento;
• Existência, número e capacidade dos tanques de decantação (slop tanks);
• Existência e especificação dos sistemas de separação água/óleo e a monitorização
do teor de óleo nas descargas de águas oleosas;
• Existência de tanques de resíduos oleosos(sludge tanks);
• Localização dos encanamentos de descarga de águas;
• Limites máximos de descarga de óleo em caso de avaria;
• Dimensões do rombo padrão, para estudo das condições de avaria;.
• Limite máximos de comprimento e volume para os tanques de carga.
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A Aplicação da MARPOL

• Todos os navio sem geral;


• Em particular aos navios tanques para transporte de óleos e seus
produtos derivados;
• Navios químicos.
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A estrutura da MARPOL

A MARPOL possui seis anexos, relacionados com a prevenção das


diferentes formas de poluição marinha por navios.

São eles:

- Anexo I – Óleo
- Anexo II – Substâncias Líquidas Nocivas Transportadas a granel
- Anexo III – Substâncias Prejudiciais Transportadas em forma Empacotada
- Anexo IV – Esgoto
- Anexo V – Lixo
- Anexo VI – Poluição de Ar
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Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos

• Detalha os critérios de descarga e medidas para o controle da


poluição por óleos e substâncias oleosas;
• Além de indicações técnicas contém o conceito de “áreas
especiais”que são consideradas vulneráveis à poluição por óleo;
• As descargas de óleos nessas áreas são completamente
proibidas, salvo exceções menores muito bem especificadas.
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DEFINIÇÕES
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos

Combination carrier : significa um navio projetado para transportar


petróleo ou cargas sólidas a granel.

“Tanque central” significa qualquer tanque localizado mais para o


centro do navio em relação a uma antepara longitudinal.

“Tanque lateral” significa qualquer tanque adjacente às chapas do


costado.
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DEFINIÇÕES
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos
“Terra mais próxima”. O termo “da terra mais próxima” significa a partir da linha de base da qual é estabelecido o
mar territorial do território em questão de acordo com a legislação internacional, exceto que, para os efeitos da
presente Convenção, “da terra mais próxima” ao largo da costa nordeste da Austrália deverá significar de uma linha
traçada a partir de um ponto na costa da Austrália na:

latitude 11°00’ S, longitude 142°08’ E


até um ponto na latitude 10°35’ S, longitude 141°55’ E,
daí até um ponto de latitude 10°00’ S, longitude 142°00’ E,
daí até um ponto de latitude 09°10’ S, longitude 143°52’ E,
daí até um ponto de latitude 09°00’ S, longitude 144°30’ E,
daí até um ponto de latitude 10°41’ S, longitude 145°00’ E,
daí até um ponto de latitude 13°00’ S, longitude 145°00’ E,
daí até um ponto de latitude 15°00’ S, longitude 146°00’ E,
daí até um ponto de latitude 17°30’ S, longitude 147°00’ E,
daí até um ponto de latitude 21°00’ S, longitude 152°55’ E,
daí até um ponto de latitude 24°30’ S, longitude 154°00’ E,
daí até um ponto na costa da Austrália nalatitude 24°42’ S,longitude 153°15’ E.
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

DEFINIÇÕES
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos

“Mistura oleosa”significa uma mistura com qualquer teor de óleo.

“Óleo combustível”significa qualquer óleo utilizado como


combustível em relação às
máquinas de propulsão e auxiliares do navio em que aquele óleo
estiver sendo transportado.

«Taxa instantânea de descarga de hidrocarbonetos» significa o


quociente entre o débito de descarga de hidrocarbonetos em litros
por hora, em qualquer momento, e a velocidade do navio em nós
nesse momento.
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DEFINIÇÕES
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos

“Resíduos de óleo (borra)” significa os resíduos de derivados de


petróleo produzidos durante a operação normal de um navio, tais
como os resultantes da purificação de óleo combustível ou
lubrificante para as máquinas principais ou auxiliares, resíduos de
óleo separado provenientes dos equipamentos de filtragem, resíduos
de óleo recolhidos em bandejas de queimadores de caldeiras e
resíduos de óleos hidráulicos e lubrificantes.
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

DEFINIÇÕES
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos

Tanque de resíduos de óleo (borra) significa um tanque que armazena


resíduos de óleo (borra), do qual a borra pode ser descarregada diretamente
através da conexão de descarga padrão, ou por meio de qualquer outro
modo de retirada aprovado. S

Tanque de óleo combustível significa um tanque no qual é transportado


óleo combustível, mas exclui aqueles tanques que não conteriam óleo
combustível em operação normal, tais como os tanques de transbordo.

Tanque de óleo combustível pequeno é um tanque de óleo combustível


com uma capacidade individual não superior a 30 m³.
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REGRAS
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos
Regra 4: Exceções

• A descarga de óleo no mar é tolerável se:


1) Necessária para a segurança de um navio ou para salvar vidas humanas no mar;
2) Ocorrer em decorrência de avaria no navio ou em seus equipamentos desde que tenham sido
tomadas todas as precauções razoáveis com o propósito de impedir ou de minimizar a descarga.
Exceto se o armador ou o comandante agiu com a intenção de causar avaria, ou de maneira
imprudente e ciente de que provavelmente poderia ocorrer avaria;
Regra 34: Controle das descarga de óleo
- Qualquer descarga de óleo no mar deverá ser proibida, exceto quando forem atendidas todas as
seguintes condições:
1) Que o petroleiro NÃO esteja no interior de uma área especial;
2) Que o petroleiro esteja a mais de 50 milhas náuticas da terra mais próxima;
3) Que o petroleiro esteja em movimento;
4) Que a razão instantânea da descarga não ultrapasse 30 litros por milha náutica;
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REGRAS
Anexo I - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos
Regra 34: Controle das descargas de óleo

5) Que a quantidade total de óleo descarregada no mar não


ultrapasse 1/15.000 da carga total para navios entregues em
31/12/1979 ou antes e 1/30.000 da carga total para navios entregues
depois de 31/12/1979;

6) Que petroleiro tenha em funcionamento um sistema de


monitoramento e controle das descargas de óleo;
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Anexo II - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por
Substâncias Líquidas Nocivas

• Detalha os critérios de descarga e medidas para o controle da


poluição por substâncias líquidas transportadas a granel;
• Classifica as substâncias e contem normas e procedimentos
operacionais detalhados. Foram avaliadas e listadas cerca de 250
substâncias;
• A descarga dos seus resíduos é apenas autorizada para instalações
de recepção até certas concentrações (que variam com a categoria da
substância) e condições são cumpridas;
• Não é permitida qualquer descarga de substâncias nocivas a menos
de 12 milhas da costa mais próxima. Condições mais restritivas são
aplicadas nas “áreas especiais. ”
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DEFINIÇÕES
Anexo II - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por
Substâncias Líquidas Nocivas

“Lastro segregado”significa a água de lastro introduzida num tanque destinado


permanentemente ao transporte de lastro ou de cargas que não sejam óleoou
Substâncias Líquidas Nocivas, como definidas de várias maneiras nos Anexos da
presente Convenção, e que esteja totalmente separado do sistema de carga e de óleo
combustível.
“Lastro limpo”significa a água de lastro transportada num tanque que, desde a
última vez em que foi utilizado para transportar uma carga contendo uma substância
pertencente à categoria X, Y, ou Z, foi rigorosamente limpo e os resíduos resultantes
da sua lavagem foram descarregados e o tanque foi esvaziado de acordo com as
prescrições adequadas deste Anexo.
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DEFINIÇÕES
Anexo II - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por
Substâncias Líquidas Nocivas

“Substância líquida nociva”significa qualquer substância indicada na coluna de Categoria de


Poluição do capítulo 17 ou 18 do Código Internacional de Produtos Químicos a Granel, ou avaliada
temporariamente, de acordo com o disposto na Regra 6.3, como estando enquadrada na categoria
X, Y, ou Z.

“Navio-Tanque”
.1 “Navio-tanque para produtos químicos”significa um navio construído ou adaptado para o
transporte a granel de qualquer produto líquido listado no capítulo 17 do Código Internacional de
Produtos Químicos a Granel;
.2 “Navio-tanque NLS”significa um navio construído ouadaptado para transportar uma carga de
substâncias líquidas nocivas a granele inclui um “petroleiro”, como definido no Anexo I da presente
Convenção, quando certificado para transportar uma carga, ou parte de uma carga, de substâncias
líquidas nocivas a granel
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Anexo III - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por


Substâncias Prejudiciais Embaladas

• Contém requisitos gerais para a emissão de normas detalhadas


sobre embalagem, marcação, etiquetagem, documentação,
armazenamento, limitações de quantidade, exceções e notificações para
prevenir a poluição por substâncias prejudiciais;
• Este anexo deverá ser implementado através do Código Internacional
de Mercadorias Perigosas (IMDG), que foi alterado para incluir os
poluentes marinhos.
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

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DEFINIÇÕES

Anexo III - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por


Substâncias Prejudiciais Embaladas

“substâncias danosas” são aquelas substâncias que estão


identificadas como poluentes marinhos no Código Marítimo Internacional
de Produtos Perigosos (Código IMDG)1, ou que atendam aos critérios
apresentados no apêndice deste Anexo
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Anexo IV - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por


Esgoto de Navios

Contém requisitos para controlar a poluição do mar por esgoto de navios.


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Anexo V - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Lixo de Navios

• Lida com diferentes tipos de lixos e especifica as distâncias da costa e


o modo pelo qual eles podem ser eliminados;
• Os requisitos são particularmente exigentes numa série de “áreas
especiais”;
• O aspecto mais importante deste Anexo talvez seja a completa
interdição de deitar ao mar qualquer tipo de plástico.
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DEFINIÇÕES
Anexo V - Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Lixo de Navios

“Lixo” significa todos os tipos derejeitos de mantimentos, rejeitos


domésticos e operacionais, exceto peixe fresco e suas partes, gerados
durante a operação normal do navio e passíveis de serem descartados
contínua ou periodicamente, exceto aquelas substâncias que estão definidas
ou listadas em outros Anexos da presente Convenção.

“Área especial” significa uma área marítima na qual, por razões técnicas
reconhecidas com relação as suas condições oceanográfica e ecológica e
às características específicas do seu tráfego, é exigida a adoção de
métodos especiais obrigatórios para a prevenção da poluição marinha por
lixo. As áreas especiais deverão incluir as listadas na Regra 5 deste Anexo
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

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Anexo VI - Regulamentos para a Prevenção da Poluição


Atmosférica por Navios

• Contém requisitos para o controle da poluição atmosférica por


Navios;
• Estabelece limites para a emissão de várias substâncias e especifica
os requisitos para o teste, inspeção e certificação de motores diesel
marítimos, para garantir que estão em conformidade com os limites de
NOx.
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

DEFINIÇÕES
Anexo VI - Regulamentos para a Prevenção da Poluição Atmosférica por Navios

“Emissão” significa qualquer liberação por navios, para a atmosfera


ou para o mar, de substâncias sujeitas a controle por este Anexo.

“Instalações”, em relação à Regra 12 deste Anexo, significa a


instalação num navio de sistemas, equipamentos, inclusive unidades
portáteis de extinção de incêndio, isolamento ou outros materiais,
mas exclui o reparo ou a recarga de sistemas, equipamentos,
isolamento ou outros materiais previamente instalados, ou a recarga
de unidades portáteis de extinção de incêndio.
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

DEFINIÇÕES
Anexo VI - Regulamentos para a Prevenção da Poluição Atmosférica por Navios

“Substâncias redutoras de ozônio”significa as substâncias controladas definidas no parágrafo


(4) do Artigo 1 do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Reduzem a Camada de Ozônio,
1987, listadas nos Anexos A, B, C ou E do mencionado Protocolo em vigor no momento da
aplicação ou da interpretação deste Anexo.

As substâncias redutoras de ozônio que podem ser encontradas a bordo de navios abrangem,
mas não estão restritas a:
Halon 1211 Bromoclorodifluormetano
Halon 1301 Bromotrifluormetano
Halon 2402 1,2-Dibromo -1, 1, 2, 2-tetrafluoretano (também conhecido como Halon 114B2)
CFC-11 Triclorofluormetano
CFC-12 Diclorofluormetano
CFC-113 1, 1, 2 – Tricloro – 1, 2, 2 – trifluoretano
CFC-114 1, 2 – Dicloro – 1, 1, 2, 2 – tetrafluoretano
CFC-115 Cloropentafluoretano
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Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

DEFINIÇÕES
Anexo VI - Regulamentos para a Prevenção da Poluição Atmosférica por Navios

“Incineração a bordo”significa a incineraçãode resíduos, ou de


outra matéria, a bordo de um navio, se esses resíduos, ou essas
outras matérias, tiverem sido gerados durante a operação normal
daquele navio.

“Incinerador de bordo”significa a instalação de bordo destinada à


finalidade principal de incineração.
CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO
POR NAVIOS, 1973

Artigo IV Violações

(1) Deverá ser proibida qualquer violação às prescrições da presente


Convenção, e para elas deverão ser estabelecidas sanções de acordo com a
legislação da Administração do navio envolvido seja onde for que a violação
ocorrer. Se a Administração for informada a respeito de uma violação, e estiver
convencida de que existem indícios suficientes para permitir a instauração de
um processo com relação à suposta violação, deverá fazer com que tal
processo seja instaurado o mais cedo possível, de acordo com a sua
legislação.

(2) Deverá ser proibida qualquer violação às prescrições da presente


Convenção dentro da jurisdição de qualquer Parte da Convenção, e para elas
deverão ser estabelecidas sanções de acordo com a legislação daquela Parte.
Sempre que uma violação ocorrer, aquela Parte deverá: (a) instaurar um
processo de acordo com a sua legislação; ou (b) fornecer à Administração do
navio as informações e os indícios de que possa dispor de que ocorreu uma
violação.
CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO
POR NAVIOS, 1973

Artigo IV Violações

Principais definições

(3) Quando tiverem sido fornecidas à Administração de um navio


informações ou indícios de que aquele navio cometeu qualquer
violação à presente Convenção, a Administração deverá informar
prontamente as medidas tomadas à Parte que tiver fornecido as
informações ou indícios e à Organização.

(4) As penalidades estabelecidas na legislação de uma Parte de acordo


com o presente artigo deverão ter um rigor adequado para
desincentivar violações à presente Convenção, e deverão ser
igualmente rigorosas, independentemente de onde a violação ocorrer.
No Brasil

Legislações Brasileiras
• Lei 9.966/00 (Lei do Óleo)

- Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causado


por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas
sob jurisdição nacional e dá outras providências.

• Decreto 8.127/2013

- Institui o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por


Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional, altera o Decreto nº 4.871, de 6 de
novembro de 2003, e o Decreto nº 4.136, de 20 de fevereiro de 2002.

• Decreto 4.871/03

- Dispõe sobre a instituição dos Planos de Áreas para o combate à Poluição


por óleo em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências
No Brasil
Legislações Brasileiras
• Decreto 4.136/02

- Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras


de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de
óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição
nacional, prevista na Lei no 9.966, de 28 de abril de 2000, e dá outras
providências.

• Resolução CONAMA 269/00

- Regulamenta o uso de dispersantes químicos em derrames de óleo no mar.

• Resolução CONAMA 398/08

- Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para


incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados
em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas
terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros,
marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.
No Brasil

LEI Nº 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000

Lei 9.966: o que é preciso entender sobre ela?

Trata-se de uma legislação importante para as empresas que utilizam


os meios de transporte aquáticos, uma vez que ela versa sobre o
controle de poluentes das embarcações.

Além disso, essa Lei também tem relação com o Decreto 4.136, Tal
documento fala sobre as regras de prevenção, controle e fiscalização
de poluentes no meio ambiente.
No Brasil

LEI Nº 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000

O que diz a Lei 9.966?


A Lei 9.966 estabelece pontos para que os portos, instalações
portuárias e plataformas disponham de instalações para o recebimento
e tratamento de resíduos.

De acordo com seu o artigo 1º:

“Esta Lei estabelece os princípios básicos a serem obedecidos na


movimentação de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em
portos organizados, instalações portuárias, plataformas e navios em
águas sob jurisdição nacional.”
No Brasil

LEI Nº 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000

Principais definições
- navio: embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente
aquático, inclusive hidrofólios, veículos a colchão de ar, submersíveis e
outros engenhos flutuantes;
- incidente: qualquer descarga de substância nociva ou perigosa,
decorrente de fato ou ação intencional ou acidental que ocasione risco
potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde humana;
- substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se
descarregada nas águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à
saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o uso da água e
de seu entorno
- tanque de resíduos: qualquer tanque destinado especificamente a
depósito provisório dos líquidos de drenagem e lavagem de tanques e
outras misturas e resíduos;
MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios 1973
Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

Considerações Finais
Os mares sempre foram fontes de recursos para a
humanidade. Fossem pela alimentação,
transporte ou comércio, dispomos dos oceanos
há séculos e é importante a pensar na finitude
desses mesmos recursos.

Fonte: noticiaslogisticaytransporte.com
É certo, que a qualidade de vida em nosso planeta
está intimamente relacionada ao cuidado com os
oceanos já que além de serem fontes de riquezas
e alimentos são também reguladores do clima no
planeta.

A Convenção Internacional para a Prevenção


da Poluição por Navios (MARPOL) apresenta
Fonte: google.com em seu conteúdo uma série de mecanismos de
prevenção e controle da poluição, contribuindo
desta forma para a sustentabilidade dos oceanos
e do nosso planeta.
MARPOL - Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios 1973
Anexos I ao VI (MARPOL, 1973, consolidada 2011)

BIBLIOGRAFIA - Básica
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Dissertação (Mestrado em Direito) - Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1980.

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