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DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CLÍNICA - UFPE

FERNANDO ALVES DE LIMA


5º PERIODO – 2018.1


Prova prática de
Tamanho da cabeça apropriada para as
dimensões da boca;
 Formada de filamentos de poliéster ou de
Periodontia náilon com extremidade arredondada de diâmetro não
superior a 0,009 polegada;
 Formada de cerdas macias de acordo com a
Controle mecânico da placa dental ISO;
 Modelo de cerdas que aumenta a remoção da
 Importância da remoção da placa supragengival placa nos espaços interproximais e ao longo da
margem gengival.
Placa dental é o biofilme que não é facilmente
removido da superfície dos dentes. Os biofilmes são Varias escovas estão disponíveis no mercado mas
comunidades complexas de bactérias que residem ainda não há evidencias suficientes para dizer se o
sobre a superfície do dente ou dos tecidos moles. A desenho de alguma é superior. Elas são baseadas na
placa supragengival está exposta à saliva e a premissa de que em qualquer lugar do mundo as
mecanismos naturais de autolimpeza presentes na pessoas optam pela escovação horizontal com escova
cavidade oral, porém, embora eliminem restos de cabeça plana comum, o que ineficazes para as
alimentares, estes mecanismos não removem superfícies proximais. Por isso incorporaram mais tufos
adequadamente a placa. multiangulados.

Dessa forma, a prática de boa higiene oral é essencial Estudos apontam que escovas de cabos longos e
para eliminar esta placa. Estudos longitudinais arredondados removem mais placa do que as de cabos
apontam que a manutenção de um alto nível de tradicionais. As cerdas mais duras e mais espaçadas
limpeza oral previne ou reduz a progressão de não mostraram superioridade sob as macias ou
periodontite. multitufos.

 Autocontrole da Placa  Métodos de escovação

Os procedimentos para autocontrole são bastante A técnica ideal será aquela que permitirá uma
antigos. Hipócrates já os citou em seus escritos e completa remoção da placa dental no menor tempo
atualmente o dentifrício e a escova dental são possível, sem causar danos ao tecido.
essenciais e universais.
 Escovação horizontal (fricção)
 Escovação

É o instrumentos mais frequentemente utilizado para


remover a placa dental. A sua eficácia é baseada no:

 Desenho da escova;
 Habilidade do individuo em usa-la;
 Frequência e duração da escovação.
Mais comumente utilizada por ser mais simples. A
Um Workshop Europeu de controle mecânico de placa cabeça da escova fica a 90º com relação a superfície
chegou a um consenso de escova ideal e apontou as dentária e então um movimento HORIZONTAL é
seguintes características: aplicado. A oclusal, lingual e palatina são escovadas
com a boca aberta e a lingual com a boca fechada.
 Tamanho do cabo apropriado para e idade e
destreza do usuário;  Escovação Vertical (técnica de Leonard)

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Semelhante a horizontal, mas o movimento é aplicado


na vertical (baixo pra cima e vice versa).

 Técnica vibratória (Técnica de Stillman)

Nesta técnica a cabeça da escova fica na posição


OBLÍQUA À SUPERFÍCIE DENTÁRIA com a direção
das cerdas VOLTADA para a SUPERFÍCIE OCLUSAL.
A escovação é deslocada pra frente e pra trás com
movimentos rotatórios. Este método é EFETIVO PARA
RECESSÃO DA PAPILA INTERDENTAL visto que as
cerdas da escova PENTRAM NOS ESPAÇOS
INTERPROXIMAIS.
A cabeça da escova fica posicionada numa direção
OBLÍQUA voltada para o ÁPICE DA RAIZ com as  Técnica de Bass
cerdas parcialmente na GENVIVA E SUPERFÍCIE
DENTÁRIA. Uma pressão leve junto com o movimento
vibratório é então aplicada no cabo, sem que a escova
seja deslocada da sua posição original.

 Técnica de rotação (Técnica de Stillman


modificada)

A cabeça da escova é posicionada OBLÍQUA voltada


para o ÁPICE DA RAIZ com o OBJETIVO DE
INTRODUZIR AS CERDAS NO SULCO GENGIVAL. A
escova é então deslocada na direção ântero-posterior
com movimentos rítmicos e curtos. Essa técnica é
ÚTIL PARTICULARMENTE POIS: REMOVE a placa
A escova fica de maneira semelhante a anterior mas a NÃO SOMENTE DA MARGEM GENGIVAL mas
após aplicar um pequeno movimento vibratório, a SUBGENGIVALMENTE também.
cabeça da escova gira progressivamente na DIREÇÃO
OCLUSAL.  Técnica de Bass modificada

 Técnica de Chaters Semelhante a supracitada, mas após aplicar o curto


movimento ântero-posterior, a cabeça da escova é
girada aplicando um movimento em direção OCLUSAL.
Pode-se dizer que é a combinação das técnicas de
BASS + STILLMAN MODIFICADA.

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Estudos que compararam todos esses métodos RELACIONADA E SOB O PONTO DE


apontaram que TODAS SÃO INEFICAZES na CONTATO.
REMOÇÃO DA PLACA NAS SUPERFÍCIES
INTERPROXIMAIS. Em pacientes suscetíveis a doença periodontal a
adequada remoção da plana nos espaços
A indicação do método deve ser de acordo com a interproximais é de importância particular visto que
necessidade, exemplo: O método de Bass provoca nessas áreas a deposição de placa não comente surge
retração gengival, então não deve ser indicado para precocemente mas também é mais prevalente.
pacientes de biótipo gengival fino com hábitos Todavia somente a escovação não é suficiente para
enérgicos de escovação. controlar efetivamente a placa interproximal. Assim
outros dispositivos são apoios para a técnica de
Ao se tratar de FREQUÊNCIA E EFETIVIDADE DA escovação e não podem ser considerados substitutos.
ESCOVAÇÃO, vários estudos chegaram a conclusão
que o melhor é recomendar a escovação pelo menos O uso do fio dental é o mais universalmente aceito,
DUAS VEZES AO DIA. porém nem todos os dispositivos vão satisfazer a todos
os pacientes. Fatores como contorno, consistência do
Quanto a SUBTITUIÇÃO DA ESCOVA DENTAL, é tecido gengival e tamanho do espaço interproximal,
indicado que a mesma seja substituída quando posição e alinhamento do dente e a habilidade e
apresentar EMARANHAMENTO DAS CERDAS motivação do paciente devem ser considerados na
INDEPENDENTE DO TEMPO DE USO. hora de indicar um dos meios de limpeza interdental.

As ESCOVAS ELÉTRICAS são O tamanho do espaço interdental é um dos


indicadas para pacientes com determinantes mais importantes com relação a seleção
prejuízo ou deficiência na destreza do dispositivo de limpeza. Em indivíduos com contorno
manual. gengival e espaços interdentais normais, o fio ou fita
devem ser recomendados. Recessões mais
Outro detalhe é que elas são mais pronunciadas tornam o fio menos recomendado então
rápidas para remover o biofilme do um método alternativo é a escova interdental.
que as manuais quando comparados
os mesmos tempos de escovação
 Fio dental

É o mais universal. Fita é um fio dental mais largo para


papilas que preenchem completamente o espaço
 Limpeza interdental interproximal. Usado corretamente ele remove mais de
80% da placa proximal. Com ou sem cera de acordo
Na literatura existe uma confusão com as definições de com estudos não fazem diferenças clínicas. Para
sítio proximal, interproximal e interdental. muitos é de difícil uso principalmente nos dentes
posteriores onde requer mais destreza manual.
O Workshop Europeu de 1999 sugeriu as seguintes
definições:

 Áreas PROXIMAIS: são os espaços VISÍVEIS


entre os dentes que não estão sob área de
contato. Na saúde periodontal esses espaços
são pequenos, mas podem aumentar após
perda de inserção.
 INTERPROXIMAL E INTERDENTAL são
 Palito Dental
MUTUAMENTE usados e referem-se a ÁREA
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Excelentes substitutos do fio/fita para espaços


interproximais mais abertos. São mais usados na
prevenção primária já que possuem manuseio mais
fácil. Porém usados em dentição saudável provocam
retração gengival em 2 mm ou mais e a longo prazo
provoca a perda permanente da papila. No geral estes
dispositivos são RECOMENDADOS para pacientes
COM ESPAÇOS INTERDENTAIS ABERTOS PARA
PREVENIR SECUNDARIAMENTE a doença
periodontal.

 Escovas Unitufos

Indicada para regiões de difícil acesso como as


 Escova Interdental
regiões de Furca, superfície distal dos molares mais
posteriores e as superfícies linguais ou vestibular que
Alternativa dos palitos dentais. Tem a mesma apresentem margem gengival irregular.
efetividade dos palitos. As escovas interproximais
pequenas devem ser inseridas em cabos para facilitar
a limpeza de áreas interproximais na região posterior
da dentição. Essa escova é um método auxiliar para
limpeza quando as superfícies radiculares estão
expostas e apresentam concavidades e ranhuras. Em
lesões de furca grau 3 também são recomendadas e
servem como auxiliares para aplicação de agentes
antimicrobianos, exemplo a clorexidina. O
inconveniente destas são a necessidade de vários
tipos para várias regiões dos dentes e o uso incorreto  Métodos auxiliares
pode causar hipersensibilidade dentinária.
 Dispositivos de irrigação dental: Projetados
para remover placa e fragmentos (debris)
moles por ação do jato corrente de água.
Podem ser com água ou agentes
antimicrobianos.
 Raspadores de língua: O dorso da língua
abriga um grande número de microrganismos.
Podem servir então como fonte de
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disseminação bacteriana para outras partes deixar o paciente ciente da sua condição oral e a
da cavidade oral. Este acúmulo também pode importância dos procedimentos e mudança para
gerar a halitose (geração de gases sulfetos prevenção da saúde bucal. Devemos estimular o
fétidos). P.s.: Foi debatido em sala que os paciente a tomar pra si a responsabilidade pelo seu
raspadores INDIVIDUAIS são mais efetivos sucesso.
que os “agregados” as escovas.
 Dentifrícios: Usado junto a escova com Agentes evidenciadores são úteis para mostrar a
propósito de facilitar a remoção da placa. A quantidade de placa formada e mostra o desempenho
presença de abrasivos facilita a remoção da da escovação do paciente. É indicado que as
placa e pigmento sem produzir recessão ou instruções sejam davas em várias visitas, pois é mais
alterações no dente. O fluoreto é o principal efetivo.
propósito carreado no dentifrício. O veículo
mais comum e universal de seu acesso e  Primeira sessão: Aplicar o evidenciador +
manutenção. Pirofosfato são inclusos com o Registrar os locais com placa numa ficha.
objetivo de reduzir a propensão a cálculo pois Solicitar que o paciente escove os dentes
como lhe é de costume e com um espelho
inibem a nucleação e o crescimento dos
mostrar o desempenho dele na remoção
cristais. Triclosan e Clorexidina não são
daquela placa evidenciada instruindo-o sem
adicionados pois são catiônicos e sofrem
modificar a técnica de escovação dele.
inativação por outros componentes do
 Segunda sessão: Aplicar o evidenciador +
dentifrício como detergentes, etc.
Registrar os locais com placa numa ficha e
discutir os resultados com o paciente. Pedir
 Efeitos e sequelas do uso incorreto dos
pra que ele remova, com a escovação e os
dispositivos de remoção mecânica da placa
métodos indicados na sessão anterior, até
que todo corante seja removido. Reforçar as
A escovação pode resultar e traumas no tecido mole e
instruções é importante.
duro. No mole, a erosão e retração gengival. No duro,
o trauma leva a abrasão cervical da superfície dentaria.  Terceira sessão e sessões subsequentes:
O excesso de pressão, quantidade e duração da Repetir os procedimentos da segunda sessão
escovação podem ser os responsáveis mais comuns e avaliar a eficácia das informações.
por essa abrasão. A abrasão geralmente vem
combinada a recessão.

Fio dental, palito e escova interproximal provocam


danos aos tecidos moles porém são limitados a danos
agudos como lacerações e erosões gengivais.

Substâncias do dentifrício podem induzir efeitos


adversos locais ou sistêmicos. Clorexidina pigmenta o
dente. Pirofosfato, aromatizantes e detergentes são
veículos de hipersensibilidade, aftas, estomatite e
queilite.

 Importância da instrução e da motivação


no controle mecânico da placa

Todo o controle citado neste documento requer a


participação do paciente. Isso depende da mudança e
criação de hábitos pelo paciente. O profissional deve

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A imagem abaixo ilustra o processo de formação da


placa:

Controle mecânico da placa dental


 O conceito de controle químico da placa
Fica evidente que o processo pode ser interrompido,
supragengival
sofrer interferência e até ser revertido ou modificado
em vários pontos antes que a massa ou a
A placa é o fator etiológico primário para a inflamação
gengival. A placa subgengival derivada da complexidade alcance o nível em que a saúde gengival
supragengival está intimamente associada com lesões se deteriore.
avançadas das doenças periodontais crônicas.
Os agentes químicos se dividem em 4 grupos:
Chegou-se a um consenso que o uso de agentes
químicos preventivos deve ser um complemento e não
 Agentes antiadesivos: Agiriam na película da
um substituto para os métodos mecânicos
convencionais. superfície para prevenir a aderência da placa primária
formada por bactérias. Infelizmente as substancias
 O controle da placa supragengival desta categoria são muito tóxicas para uso oral.
 Agentes antimicrobianos: Podem agir por
A formação da placa na superfície de um dente é um mecanismo isolado ou combinado. Primeiro seria a
processo dinâmico e ordenado começando pela inibição da proliferação bacteriana, esse efeito seria
fixação da placa primária formando bactéria. Essa bacteriostático, pois a falta de proliferação não
fixação é essencial para a sequência seguinte e então permitiria a fixação na placa primária. O segundo efeito
para próximas fixações de outros microorganismos e pode ser bactericida onde o agente destruiria todas as
com passar do tempo a massa e a complexidade bactérias já fixadas. Esses efeitos precisariam ser
aumentam. intermitentes para ter sua ação total.
 Agentes removedores de placa: A ideia deste
Sem ser removida, a placa supragengival alcança um a gente é que sua ação fosse semelhante a uma
nível quantitativo e qualitativo de complexidade escova de dente e removesse as bactérias da
bacteriana que torna incompatível a saúde gengival. superfície dentária. O esperado também seria que ele
Desta forma a limpeza mecânica tem sido o principal fosse presente no colutório bucal e alcançasse todas
método para controle da placa e vetor junto a outros as superfícies dentárias e ter eficácia, mas novamente,
meios, de carrear substâncias químicas como flúor e essas substâncias químicas seriam potencialmente
agentes anticáries para a superfície dentária. tóxicas na cavidade oral.
 Agentes antipatogênicos: Teoricamente, é
 Abordagens para o controle químico da possível que um agente possa ter um efeito sobre os
placa supragengival microrganismos da placa que iniba a expressão de sua
patogenicidade e não necessariamente destrua-os.
Porém a compreensão da patogenia da gengivite é
pequena e esta abordagem não tem recebido atenção.

 Veículos de administração dos agentes


químicos
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metabolismo a ácido láctico. Reduz a atividade


 Pasta de dente: Uso frequente e é o veículo proteolítica de P. gengivalis, em particular as do tipo
ideal para agentes controladores de placa. tripsina.
 Abrasivos: Ajudam no controle da
pigmentação dentária extrínseca. Ex: É uma bisbiguanida, dicatiônica, que apresenta
Alumina, Slilica. substantividade elevada.
 Detergentes: Ajuda a dissolver ingredientes
ativos. O detergente aniônico tem ação A Substantividade é o tempo que cada substância
antimicrobiana e inibidora de placa. Ex: Lauril permanece ativa na cavidade bucal. Quanto MAIOR a
sulfato de sódio. substantividade, MAIOR é o intervalo de dose
 Espessadores: Ex: Silica, goma. resultando em comodidade pro paciente e fácil adesão.
 Adoçantes: Ex: Sacarina.
 Umectantes: Previne ressecamento da pasta A CLOREXIDINA apresenta estabilidade, segurança e
depois de aberta. Ex: Glicerina, sorbitol. eficácia. Possui também ação antifúngica.
 Flavorizante: Ex: Menta e Hortelã;
 Ativos: principalmente o fluoreto, que previne Efeitos adversos: manchamento, perda da sensação
a cárie e triclosan para previnir placa. do paladar e aumento do cálculo.

 Colutórios Bucais: Geralmente são menos Visando estes efeitos colaterais, não se deve fazer uso
complexos que as pastas de dente. O álcool etílico é intermitente (mais de 14 dias já apresenta perda de
comumente usado para estabilizar certos ingredientes paladar) da clorexidina, mas sim, usar durante período
ativos e melhorar o tempo de meia vida. A terapêutico para reestabelecer a saúde oral com
preocupação é sobre a possível associação entre o acompanhamento do cirurgião dentista, depois o ideal
consumo do álcool, mesmo que mínimo, e o câncer de
é substituir o uso de produtos com clorexidina,
faringe e por isso alguns fabricantes tem produzido
principalmente os colutórios, preferenciando os que
colutórios sem álcool. Os colutórios à base de óleos
têm óleos essenciais na sua composição.
essenciais contêm mentol, eucaliptol, timol e salicilato
de metila. São menos efetivos que a clorexidina. A Os efeitos adversos são concentração/dependentes e
vantagem é que não apresentam os efeitos colaterais
eliminados com a interrupção do uso.
associados.
A Clorexidina pode ser inativada pelo lauril sulfato de
 Spray: Tem a vantagem de direcionar a sódio, detergente mais comumente usado em
aplicação sobre determinada área. A dose é
dentifrícios.
claramente reduzida e para agentes como a clorexidina
(antisséptico) há vantagens em relação ao gosto.

 Irrigadores: Espirram água sob pressão ao


redor do dente. Alguns colutórios são associados ao
uso desses irrigadores.

 Agentes químicos para controle da placa

 Clorexidina

É o agente químico mais estudado na Odontologia para


controle do biofilme. Seu mecanismo de ação provoca
desorganização geral da membrana celular e inibição
específica de enzimas da membrana, inibe a
incorporação de glicose pelos estreptococos e seu

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A raspagem subgengival e o alisamento radicular são


realizados em forma de procedimentos fechados ou
abertos, sob anestesia local. O método fechado implica
na instrumentação sem o afastamento intencional da
gengiva, portanto, a superfície radicular não fica
acessível àa inspeção visual direta. Já o método aberto
expõe a superfície radicular afetada por meios que
deslocam o tecido gengival, assim a gengiva é
submetida a uma incisão e rebatida para facilitar o
acesso e a visibilidade do campo operatório.

 Instrumentos manuais

 Anatomia

 Odontoscópio
O Odontoscópio é a PARTE DO
ESPELHO que está fixa ao CABO.
Permite-nos, por visão indireta, analisar
superfícies na cavidade oral como as
faces linguais e as distais dos dentes
posteriores. Serve para afastar tecidos
como mucosa jugal, lábios e língua e
ajuda a direcionar a luz em áreas que a
Raspagem e alisamento radicular luz não incide diretamente.
 Pinça clínica
 Definição Transporta
algodão,
A raspagem é um procedimento que tem por objetivo a gaze, brocas,
remoção da placa e do cálculo das superfícies etc. Compões
dentárias. Dependendo da localização do depósito, a o Kit clínico.
raspagem tem de ser executada por instrumentos supra
ou subgengivais. O alisamento radicular é a técnica de  Sonda Exploradora
instrumentação por meio da qual o cemento amolecido
é removido, tornando a superfície radicular dura e lisa. Usada para o exame
bucal de todas as

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especialidades. Analisa as superfícies e cavidades para


verificar cáries, restaurações ásperas com subcontorno, Essas faixas pretas maiores indicam a severidade, a
com excesso de material, etc. primeira indica alteração leve, a segunda severa e a
terceira indica perda total de inserção da raiz.
 Sonda OMS
 Sonda Willians

Mede até 10 mm, não possui


marcação nem de 4 e 6 mm.
Tem uso semelhante a
Carolina do Norte, é de
precisão e serve para
detalhar e especificar a
análise periodontal.

 Sonda Nabers

Utilizada para diagnóstico das


Sabendo da profundidade normal do sulco, de 3 mm, a
lesões de furca (quando existe
primeira parte da sonda possui 3,5 mm (sendo 0,5 mm
reabsorção óssea entre as
da ponta arredondada que tem por intuito não promover
raízes de um dente
tanto trauma durante a sondagem e inserção).
multiradicular). As lesões são
Se ao inserir no sulco a sonda atingir o início da divididas em 3 graus.
primeira faixa preta já sabe-se que tem alguma  G
rau 1:
alteração pois tem 3,5 mm. A sonda aponta
Houve
severidades diferentes da doença. Se cobrir TODA A
destru
PRIMEIRA FAIXA PRETA, a alteração é moderada. Se ição
cobrir a SEGUNDA FAIXA PRATEADA (8,5 mm), a
ou reabsorção em até
alteração é de moderada a severa. 3 mm (atingir parte da
primeira faixa
Esta sonda é usada para exame simplificado de prateada) no sentido
grandes populações, por isso ela não dá tanta horizontal.
precisão.  Grau 2: Quando a passa de 3 mm se encostar
na primeira faixa preta)
 Sonda Carolina do Norte  Grau 3: Maior que 3 mm porém NÃO EXISTE
MAIS OSSO e a sonda passa de um lado a
outro FACILMENTE.

Mede de milímetro em milímetro. Nas faixar mais largas


o início da faixa é um valor e o fim da mesma é o valor  Seringa Carpule
seguinte, ex: primeira faixa (1 mm), segunda faixa (2
mm), terceira faixa (3 mm), quarta faixa (mais larga, Usada para anestesiar, ideal possuir refluxo.
então o início é 4 mm e o fim 5 mm), e assim segue até Sempre usar agulha menos calibrosa para não criar
os 15 mm. desconforto pro paciente. As agulhas podem ser de 3
tipos:

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 Longa: para anestesias de bloqueio; Tem ângulo mais fechado e mais


 Curta: Anestesias infiltrativas terminais; arredondado. Tem INDICAÇÃO UNIVERSAL
 Infantis. na raspagem SUPRAGENGIVAL de TODAS
AS FACES DE TODOS OS DENTES.
 Instrumentos manuais para raspagem
 Curetas: São instrumentos
 Foices: Apresentam uma usados na raspagem supragengival e
lâmina curta e reta, que tem uma subgengival, e no alisamento radicular. A
secção transversal triangular e dois parte ativa do instrumento é uma lâmina
bordos cortantes. Atuam em 90° em forma de colher, com os bordos
com a superfície dental. Sua ação cortantes curvos, que se unem numa
é restrita aos espaços ponta arredondada. O comprimento e a
interproximais e na remoção de angulação da haste, bem como as dimensões da
cálculo supragengival. Por apresentar ângulo de corte lâmina e angulação variam de acordo com a
reto, sua lâmina não se adapta às concavidades das necessidade de utilização do instrumento.
raízes e a região subgengival, onde causa desconforto
se inserida. É preferida para quebrar cálculos dada sua  Gracey 05 - 06
ponta mais aguda.

 McCall 1 – 10

Tem 2 angulações no mesmo sentido então é Tem o ângulo mais aberto, é MONOANGULADA e
MONOANGULADA e INDICADA para raspagem INDICADA para RASPAGEM SUPRA E
SUPRAGENGIVAL das FACES PROXIMAIS DOS SUBGENGIVAL de TODAS AS FACES DOS DENTES
DENTE ANTERIORES (SUPERIORES E ANTERIORES.
INFERIORES)
 Gracey 07 - 08
 McCall 11 – 12

2 angulações em sentidos diferentes, então e


BIANGULADA. INDICADA para raspagem Tem o ângulo mais fechado, é MONOANGULADA e
SUPRAGENGIVAL das FACES PROXIMAIS DOS INDICADA para RASPAGEM SUPRA E
DENTES POSTERIORES (SUPERIORES E SUBGENGIVAL de TODAS AS FACES LIVRES
INFERIORES) (VEST/LING) DOS DENTES POSTERIORES.
 Gracey 11 - 12
Tem o ângulo mais aberto, é BIANGULADA e
INDICADA para RASPAGEM SUPRA E
 McCall 13 - 14

Tem o ângulo
mais aberto e
mais SUBGENGIVAL
triangular. É indicado para raspagem da MESIAL DOS
SUPRAGENGIVAL de TODAS AS FACES DENTES
DOS DENTES ANTERIORES. POSTERIORES.

 McCall 17 - 18
 Gracey 13 – 14

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O paciente deve estar em posição supina e colocado


de forma que a boca esteja próxima ao apoio de
cotovelo do profissional.
Tem o ângulo mais fechado, é BIANGULADA e
INDICADA para Para instrumentação da arcada superior, solicitar ao
RASPAGEM paciente que eleve levemente o queixo para melhorar a
SUPRA E visibilidade e acessibilidade. Já para arcada inferior
SUBGENGIVAL da pode ser necessário elevar levemente o recosto da
DISTAL DOS cadeira e pedir que o paciente abaixo o queixo até que
DENTES a mandíbula esteja paralela ao solo.
POSTERIORES.
 Estabilização do Instrumento

A empenhadura
 Cinzéis: Usado para cálculos adequada é
supragengivas muito volumosos. É um essencial para
instrumental cilíndrico com uma ponta o controle
bisela que a torna cortante. Em geral é preciso dos
usado fazendo pressão contra superfície, movimentos
quebrando e destacando o cálculo. É durante a
necessário evitar empurrar contra o sulco instrumentação
para que não fique nenhum fragmento periodontal.
dentro do sulco. Uma
empenhadura estável e mais eficaz para todos os
 Enxadas: instrumentos é a empenhardura da CANETA
Semelhantes aos MODIFICADA.
cinzéis porém com
uma angulação de O polegar, o dedo indicador e o dedo médio são usados
quase 90º. para segurar um instrumento como se fosse uma
Também usa-se caneta, porém o dedo médio é posicionado de forma
para quebrar que o lado da polpa do dedo próxima unha é repousado
cálculos e a técnica na haste do instrumento. Ao fazer isso os dedos se
consiste em afixar ajustam na melhor posição, que é única para cada
enxada ao dente e operador.
puxar pra cima.
 Posicionamento do paciente e do operador

A acessibilidade facilita a instrumentação completa. A


posição do paciente e do operador deve fornecer  Ativação e Angulação do instrumento
máxima acessibilidade para a área de operação.
Para “ativar” o instrumento
O profissional deve estar sentado em um mocho é preciso usar o terço final
confortável, posicionado de forma que os pés estejam (A) da ponta ativa, pois o
planos ao solo e com as coxas paralelas ao solo e o terço inicial e médio possui
profissional deve ser capaz de observar o campo menos apoio e poder de
operatório enquanto mantenha a coluna reta e a corte.
cabeça ereta.
E a angulação ideal é
entre 45º e 90º, mais ou

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menos fará com que seja colocada uma força excessiva  2ª ETAPA- EXAME FÍSICO DO PACIENTE
e reduzirá a qualidade da raspagem e do alisamento. (extra, que deve ser o primeiro para depois então ir
para o intra bucal)
 Posicionamento por sextante  3ª ETAPA – EXAME PERIODONTAL
PROPRIAMENTE DITO – Analisando quantidade de
De modo geral, na região ANTERIOR o operador de placa, condição da gengiva, todos esses parâmetros
posiciona na parte POSTERIOR (11 – 12 HRS), nas que foram dados na aula prática
regiões posteriores PRÓXIMAS AO OPERADOR, ele  4ª ETAPA – Nas nossas clínicas são exames
fica na LATERAL (9 – 11 HRS) e nas regiões radiográficos e exames hematológicos.
posteriores mais distantes, de difícil alcance e destreza,
é indicado que ele fique POSTERIOR também.  Anamnese: É a entrevista do paciente, o
prontuário clínico irá nos guiar com relação a sequência
(De acordo com o Carranza e sua divisão por a ser seguida nessa entrevista. Devemos buscar a
sextantes) maior quantidade de informações a respeito das
condições desse paciente, histórico médico e
odontológico. Nem sempre é fácil obter algumas
informações então devemos
perguntar de maneira natural, com
delicadeza e educação.

Exame clínico

Necessário para identificação das doenças. Várias são


as doenças periodontais, a gengivite associada a
placa, periodontite crônica e agressiva e associadas a  Exame Extra Oral
manifestação sistêmica. Mas não existem apenas
essas doenças e classificações. Temos crescimentos PRINCÍPIOS GERAIS
gengivais associados a medicamentos. Temos lesões  Uma boa fonte de luz é essencial para uma
ou alterações agudas do periodonto que causam muita adequada visão do exame.
dor como gengivite ulcerativa necrosante, e abscesso  Tenha uma abordagem sistemática para o
periodontal. exame.
 Você deve ter conhecimento com as
Nem sempre a característica visual vai nos mostrar a estruturas normais abaixo do tecido que você está
doença. Às vezes as doenças não são tão claras apalpando.
assim e precisamos saber reconhecer para tratar de  Você deve ter conhecimento com a aparência
forma eficaz. Se eu tratar com um diagnóstico errado normal (e variações anatômicas normais) dos tecidos
não estarei tratando de forma eficaz e o paciente não que você está inspecionando, para poder identificar
terá melhora da sua doença. anormalidades.
 Obtenha dados através da palpação e
Exemplo: tratar como se fosse gengivite quando na inspeção visual.
verdade já seria uma periodontite. Devemos criar o  Em estruturas bilaterais, compare a aparência
plano de tratamento do paciente. Basicamente temos 4 de um lado com o outro.
etapas para diagnóstico do paciente.  Para tecidos moles apoiados em osso
(gengiva inserida e mucosa do palato duro), palpe
 1ª ETAPA – ANAMNESE (entrevista) através da compressão do tecido contra o osso.

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 Para tecidos não apoiados em ossos, palpe


entre os dedos.
 Cuidadosamente anote os achados.
Nota: Linfonodos
COMPONENTES DO EXAME EXTRAORAL aumentados podem
resultar de um
Exame da Cabeça processo
 Avalie a simetria facial – infeccioso/inflamatório
há alguma área de inchaço ou de uma neoplasia
presente? maligna (primária ou
 Inspecione a pele – qual metastática). As
é a textura da pele? Há alguma características clínicas
lesão? de linfonodos aumentados podem ajudar a diferenciar
entre esses dois casos.
 Inspecione os olhos – há
alguma evidência de inflamação
 Linfonodos aumentados devido a processos
da conjuntiva ou outra lesão?
inflamatórios/infecciosos geralmente são:
 Avalie o movimento dos olhos – Os
 Mole à palpação
movimentos dos olhos estão normais?
 Movimentam-se livremente
 Inspecione o nariz – há alguma assimetria?
 Dolorosos
Há alguma secreção?
 Linfonodos aumentados devido a neoplasias
 Palpe a ATM – pressionando levemente, primárias/metastáticas geralmente são:
posicione seus dedos anteriormente ao tragus e instrua
 Firmes à palpação
o paciente a abrir e fechar a boca devagar e então
 Fixos a estruturas adjacentes (principalmente
mover a mandíbula de um lado para o outro
mais tardiamente no processo da doença)
(movimento de lateralidade).
 Geralmente não são dolorosos

 Palpe a  Palpe a região submandibular – instrua o


Glândula Parótida – paciente a elevar a cabeça e então palpe levemente e
pressionando levemente, com cuidado a área submandibular.
posicione seus dedos no
ângulo da mandíbula, por
cima das glândulas  Palpe a
parótidas. Glândulas área submentual
normais geralmente não – instrua o
são palpáveis. paciente a
morder os dentes
EXAME DO PESCOÇO e elevar a língua
até o vão palatal,
Nota: A palpação das estruturas do pescoço é melhor tensionando
executada quando o clínico se posiciona atrás do assim o músculo
paciente. milohioide. Você
poderá então
 Palpe o palpar os tecidos moles da região submental
músculo pressionando-os contra o músculo.
esternocleidomastóide,
as estruturas centrais  Exame Intra Oral
do pescoço e os
linfonodos cervicais.
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No intra bucal daremos enfoque ao exame periodontal, deve ser escrito em cor vermelha sempre que houver
mas precisamos identificar se tem cárie não tratada, se sangramento à sondagem; quando o sangramento
tem restaurações inadequadas ou próteses estiver ausente, PS deve ser marcado na cor azul ou
inadequadas, pois precisamos tratar para que haja preta.
uma higienização adequada.

Então antes de passar para o exame periodontal


precisamos identificar e investigar essas alterações até
nas radiografias também se há alguma lesão. Existem
alterações de cor, volume, no contorno. Essas
 A sonda não entra mais que 3mm e não tem
alterações já podem mostrar uma doença periodontal
sangramento (considera gengiva saudável),
daí precisaremos investigar se já há alguma doença
 Não entra mais que 3mm e tem sangramento
periodontal como gengivite ou em um exame mais
(considera gengiva inflamada, gengivite)
completo se já é periodontite.
 Entra mais que 3mm e tem sangramento
(tenho perda de inserção caracterizando
 Primeiro parâmetro – ÍNDICE DE PLACA
periodontite).

Devemos usar corantes que são evidenciadores de Na sondagem costumamos sondar 6 pontos. Se for um
placa a base de fucsina. Vamos corar todas as faces molar iremos sondar a distal, centro, mesial por
de todos os dentes e vamos preencher um diagrama vestibular e também por palatina distal, centro e
pintando as faces que ficaram coradas. Então mesial. Se eu sondo a boca inteira é muito difícil não
calculamos o percentual que ficou coradas das faces. sangrar nenhuma área, pois quase todo mundo tem
O índice será a quantidade de faces que ficaram gengivite subclínica.
coradas dividido pela quantidade de faces total na boca
Considera-se sondando a boca inteira, que seja
e multiplicar por 100. Considera-se índice aceitável de
aceitável ter sangramento de 20 a 30% mas mesmo
placa até 30%. Mais que isso é considerado precário. assim a gente diz que o paciente tem gengivite
localizada. Na ausência de sangramento indic
a que o paciente tem estabilidade gengival. A gente
não pode dizer que a doença está ativa por ter
sangrado uma vez. Consideramos de risco aumentado
IP = número de faces coradas x 100 para dizer que a doença está ativa no momento em
número de faces total que fazemos exames repetidos e sempre naquele local
tem sangramento. Sangramento repetidos indicam com
 Segundo e Terceiro parâmetro – mais segurança que a doença está ativa.
PROFUNDIDADE E SANGRAMETO (PS)
 Quarto parâmetro – RECESSÃO GENGIVAL
Sangramento: Avaliar inflamação gengival. (REC)
Sangramento gengival presente é indicado pela cor
vermelha. Corresponde à distância entre a junção cemento-
esmalte (JCE) e a margem gengival. Considera-se
Profundidade: Corresponde à distância entre a ideal Rec = 0 mm.
margem gengival e a base do sulco gengival ou bolsa
periodontal. Considera-se saúde PS ≤ 3 mm.

OBS: Sangramento à sondagem e profundidade de


sondagem são marcados no mesmo quadro do
periograma. O valor da profundidade de sondagem

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Usando a sonda Nabers vamos introduzir a sonda


A recessão gengival é o deslocamento apical da entre as raízes. Classifica-se em 3 graus de
margem gengival levando a exposição da junção severidade. A menor severidade é grau 1 quando tem
cemento-esmalte (JCE) e da raiz. perda óssea horizontal em 3 mm. Se na sonda
marcada chegar até a faixa preta você já tem lesão de
Devemos medir a recessão gengival. Na recessão furca grau 2.
gengival eu coloco a ponta da sonda (Carolina do
norte ou Williams), sem entrar no sulco e vou contar Essa lesão grau 1 é de pequena severidade. É
quantos mm eu tenho até a junção cemento-esmalte. importante para planejar o tipo de tratamento.
Faço nos mesmos sítios que faço no exame de Tratamento pra quem teve perda óssea maior ou
profundidade. Distal, Centro e Mesial das faces. menor será diferente por isso a importância de ver o
grau de lesão de furca.
 Quinto parâmetro – NÍVEL DE INSERÇÃO
CLÍNICA (NIC) Em lesões mais leves teremos tratamentos mais
conservadores com prognóstico melhor. As lesões de
Corresponde à distância entre a JCE e a base do sulco furca grau 2 são aquelas em que a perda óssea
gengival ou bolsa periodontal, ou seja, NIC = PS + Rec. horizontal é maior que 3mm, mas não há perda óssea
Considera-se saúde NIC ≤ 3 mm. total horizontal.

Lesão de furca grau 3 é quando temos perda óssea de


um lado a outro horizontal. Seja de vestibular para
lingual, seja da vestibular para lingual, mesial pra distal,
etc.

 Sétimo parâmetro – MOBILIDADE DENTAL


A inserção clínica é a distância entre a junção (MOBIL)
cemento-esmalte e a base do sulco gengival. Ele
mostra quanto o paciente já perdeu de osso. Se eu Grau I = mobilidade ≤ 1 mm no sentido horizontal
tenho uma paciente com 3mm de sulco e 3 mm de Grau II = mobilidade > 1 mm no sentido horizontal
Grau III = mobilidade nos sentidos horizontal e vertical
recessão gengival, resultando em 6mm de nível de
(Obs: indica exodontia)
inserção clínica, isso nos mostra que essa paciente já
teve doença periodontal, mas tratou. Olhar o nível de
inserção mostra se o paciente já teve ou está tendo Observamos clinicamente se o dente tem mobilidade.
perda óssea. Não se faz com o dedo, pois isso subestima a
mobilidade. O certo é utilizar dois cabos de
 Sexto parâmetro – LESÕES DE FURCA (LF) instrumento. Geralmente o cabo da pinça clínica e do
odontoscópio.
Determina o grau de reabsorção horizontal do osso
interradicular com sonda de Nabers. Classifica-se em: Coloca um na vestibular e outro na palatina e faz o
 Grau I ≤ 3 mm movimento. Se esse deslocamento for muito discreto
 Grau II > 3 mm (sem se estender ao lado que chega a ter dúvida e você achar que se desloca no
oposto) máximo 1mm você diz que tem grau 1, se consegue
 Grau III perda de inserção horizontal de lado a perceber mais claramente essa mobilidade e acha que
lado é de 2mm já é grau 2. Quando já tá com mobilidade
bem aparente você faz o segundo teste: Colocar o
cabo na oclusal/incisal e se o dente mexer um pouco
na vertical então já tem grau 3.

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Em geral essa mobilidade grau 3 traz desconforto pro Depois de feito os exames do paciente, teremos o
paciente, seja de sensibilidade ou outro sintoma. Em diagnóstico para planejar o tratamento. O objetivo do
geral grau 3 tem indicação de exodontia. tratamento periodontal é deixar o índice de
sangramento de até 20 ou 30%, deixar de preferência
sem bolsas residuais maiores que 5mm pois podem
 Exame radiográfico favorecer formação de placa, deixar o paciente sem
Em geral em periodontia se pede uma periapical completa lesão de furca grau 3 e quando der grau 2 também.
complementada por interproximais de pré-molares e
molares. Deixar sem dor e satisfeito com a condição que a gente
obteve. Basicamente temos uma sequência lógica de
A panorâmica não é para diagnóstico para doença tratamento. MUITO IMPORTANTE A ORIENTAÇÃO
periodontal devido a distorção da panorâmica. Na radiografia DO PACIENTE SOBRE A HIGIENIZAÇÃO
observamos se há perda óssea e se há padrão vertical ou ADEQUADA.
horizontal, se há lesão de furca, se há espaço de ligamento
alargado, se existe cárie, se existe cálculo interproximal.
Depois de ser feita a raspagem do paciente esperamos
1 a 2 meses e repetiremos o exame periodontal para
Principais parâmetros a serem avaliados: ver se ainda existe doença ou se já houve sucesso no
 Presença de reabsorção óssea proximal tratamento não cirúrgico.
 Presença de lesões de furca e defeitos infra-
ósseos (verticais)
 Presença de lesões endodônticas
 Presença de sinais de sobrecarga oclusal
(aumento do espaço do ligamento periodontal)

 Dica 1:
Quando PS>3mm em até 30% dos dentes, fazer
radiografias periapicais das regiões com bolsas.
Quando PS>3mm em mais de 30% dos dentes, fazer
ficha periapical completa
 Dica 2:
As radiografias interproximais podem ser solicitadas,
principalmente para avaliação restaurações, coroas ou
cáries na região interproximal. Podem ainda ser
indicadas quando se deseja imagem com dimensões
mais próximas das estruturas reais.

 Exames laboratoriais
Solicitar obrigatoriamente antes de qualquer
procedimento cirúrgico:
 Hemograma completo
 Coagulograma
 Glicose em jejum
 Hemoglobina glicada (para pacientes com
diagnóstico de diabetes ou sintomas da doença)

 Conduta

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