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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA AMAZÔNIA – FAM

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Ewerton Santos Rodrigues

Resumo terceiro capítulo do livro “O que faz do Brasil, Brasil


“Roberto Damatta

ABAETETUBA /PA
2023

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA AMAZÔNIA – FAM

Ewerton Santos Rodrigues

Atividade avaliativa da disciplina


Psicologia Social do curso de
bacharelado em psicologia da
Faculdade de Educação e Tecnologia da
Amazônia – FAM.
Docente: Tamiris Brito

ABAETETUBA /PA
2023
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Resumo terceiro capítulo do livro “O que faz do Brasil, Brasil “Roberto
Damatta

O autor começa citando uma famosa frase de Antonil do século XVIII: "O
Brasil é um inferno para os negros, um purgatório para os brancos e um paraíso
para os mulatos." Ele argumenta que essa frase foi frequentemente mal
interpretada, pois não se refere apenas a questões biológicas e raciais, mas
também aborda aspectos sociológicos profundos.
No contexto das teorias raciais da época, o autor observa que muitos
teóricos europeus e norte-americanos estavam mais preocupados com a mistura
ou miscigenação de raças do que com as raças em si. Eles acreditavam que a
mistura de raças levaria à deterioração e ao extermínio. Isso levanta a pergunta:
por que essas teorias tinham tanto medo da miscigenação?
O autor destaca que o problema das teorias racistas era o contato social
íntimo entre diferentes raças. E é isso que as distinguia das ideias racistas
brasileiras. Ele menciona teóricos como o Conde de Gobineau, que previu que o
Brasil desapareceria como nação devido à mistura de raças. Gobineau via a
mistura como algo negativo, enquanto no Brasil, a miscigenação era vista de
forma mais positiva.
O autor argumenta que a visão de Gobineau sobre a mistura racial era
influenciada pela ideologia igualitária e individualista dos Estados Unidos, onde as
hierarquias raciais eram rigidamente mantidas. Lá, a mistura representava um
desafio à ideologia de igualdade, e era vista como imoral.
Por outro lado, o Brasil tinha uma hierarquia racial mais flexível, onde as
categorias intermediárias, como os mulatos, eram valorizadas. A ideologia
brasileira permitia uma ampla variedade de categorias intermediárias entre branco
e negro, o que tornava o preconceito mais sutil e invisível. O autor argumenta que
o preconceito no Brasil é mais contextualizado e sofisticado do que nos Estados
Unidos.
O autor também critica a ideia do "triângulo racial" no Brasil, que sugere
que o país foi formado por negros, brancos e índios. Ele argumenta que essa visão
simplista esconde a verdadeira hierarquia social da sociedade brasileira, que foi
formada por portugueses brancos aristocráticos, com uma longa tradição de
discriminação racial. A mistura racial foi usada para esconder a injustiça social
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subjacente.

O texto conclui destacando a importância de reconhecer a desigualdade


social no Brasil e garantir igualdade perante a lei para todos os cidadãos, a fim de
alcançar uma verdadeira democracia racial.

O autor argumenta que as relações raciais no Brasil são complexas e não


se encaixam facilmente em categorias binárias. Ele compara a abordagem
brasileira à mistura racial com a visão dos Estados Unidos e destaca as diferenças
entre as duas sociedades em relação à hierarquia racial e igualdade perante a lei.
O texto enfatiza a necessidade de reconhecer as desigualdades sociais no Brasil
e promover uma verdadeira igualdade racial.

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