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As visões monistas e dualistas são conceitos no direito internacional que se relacionam com a

incorporação de tratados em um sistema legal interno e como eles afetam a eficácia dos
tratados. As principais diferenças e
Visão Monista
Em um sistema monista, o direito internacional e o direito nacional estão interligados.
Tratados internacionais são considerados parte integrante do direito interno do Estado.
- Uma vez que um tratado é ratificado, ele se torna automaticamente parte do direito interno
e é aplicável sem a necessidade de legislação nacional adicional.
- Os tribunais nacionais podem aplicar tratados diretamente em casos judiciais.
Visão Dualista
- Em um sistema dualista, o direito internacional e o direito nacional são distintos e operam
separadamente.
- Tratados internacionais não têm força legal no âmbito interno até que sejam transformados
em lei nacional através de um processo legislativo.
- Os tratados não são aplicáveis diretamente pelos tribunais nacionais até que a legislação
nacional correspondente seja aprovada.

No que diz respeito à eficácia dos tratados, a diferença principal é que nos sistemas monistas,
os tratados são aplicáveis diretamente, enquanto nos sistemas dualistas, eles precisam ser
internalizados por meio de legislação nacional. Por exemplo no Brasil No Brasil, a incorporação
de tratados internacionais no ordenamento jurídico interno é regida pelo artigo 5º, parágrafo
2º, da Constituição Federal de 1988. Este artigo estabelece que tratados internacionais que
versam sobre direitos humanos são equivalentes às emendas constitucionais, ou seja, têm
status constitucional e são diretamente aplicáveis no direito brasileiro.

Além disso, a Constituição prevê que os tratados internacionais de outras naturezas devem ser
aprovados pelo Congresso Nacional, por meio de um Decreto Legislativo, antes de serem
ratificados. Após a aprovação legislativa, o tratado é ratificado pelo Presidente da República e,
em seguida, promulgado através de um Decreto Presidencial.

Portanto, a legislação nacional que rege a incorporação de tratados internacionais no Brasil


inclui a Constituição Federal, bem como leis e decretos específicos que podem ser
promulgados para implementar determinados tratados internacionais. É importante ressaltar
que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem jurisprudência consolidada sobre a aplicação dos
tratados de direitos humanos e sua hierarquia no sistema jurídico brasileiro

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