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Escola Estadual Senador João Bosco

Parintins : 27 de Setembro de 2023


Professora : Keylla Nogueira
Disc: Lingua e Literatura Portuguêsa
Aluno: Eliander Azevedo Dos Santos
Série :3° ano turma 03 Turno Matutino

Litertura Português

Apresento esse trabalho


.para obtenção de nota da AV3
do 3° Bimestre na
Escola Estadual Senador João Bosco
A professora
Keylla Nogueira
Referente a Nota do 3° Bimestre

Parintins/AM 2023
Escola Estadual Senador João Bosco

Trabalho de Lingua e Literatura Portuguêsa

Prof:Keylla Nogueira

Parintins /AM 2023


CONTEXTO HISTÓRICO E PRINCIPAIS AUTORES

Denomina-se como Literatura Portuguesa toda produção literária escrita em língua


portuguesa por escritores portugueses. Por Literatura Lusófona, compreende-se toda
produção em língua portuguesa de diferentes países de cultura lusófona, entre eles o Brasil.
Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa estabelecem uma enorme relação dialógica,
visto que as primeiras manifestações de nossa literatura ocorreram durante o período
colonial.

Para compreender a Literatura Brasileira, sua história e origens, é imprescindível conhecer


as origens da Literatura Portuguesa, que influenciou e ainda influencia nossa produção
literária. Com origens no século XII, a Literatura Portuguesa teve seus primeiros registros
em galego-português, haja vista a integração cultural e linguística entre Portugal e Galícia,
região na península Ibérica que hoje pertence ao território espanhol.
Da integração cultural e linguística entre Portugal e Galícia (hoje território espanhol),
surgiram os primeiros registros da literatura portuguesa

Por questões didáticas, assim como na Literatura Brasileira, a Literatura Portuguesa foi
dividida em escolas literárias, cujos autores relacionam-se por aproximação estilística e
ideológica:

Era Medieval

Trovadorismo: Primeiro movimento literário da língua portuguesa, o Trovadorismo surgiu em


um período no qual a escrita era pouco difundida, por esse motivo, os poetas transmitiam
suas poesias oralmente, na maioria das vezes cantando-as. Assim sendo, os primeiros
textos receberam o nome de cantigas, tradicionalmente divididas em cantigas de amor, de
amigo, escárnio e maldizer, representadas por nomes como Dom Duarte, Dom Dinis, Paio
Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes, entre outros.

Humanismo: Marcado pela transição do mundo medieval para o mundo moderno, o


Humanismo conduziu as artes ao Renascimento cultural. Na literatura, deu-se a
consolidação da prosa historiográfica, do teatro e da poesia palaciana. Seus principais
representantes foram Gil Vicente e Fernão Lopes.

Era Clássica

Renascimento: Inspirado na cultura clássica greco-latina, o Renascimento foi marcado pela


introdução de novos gêneros literários, entre eles os romances de cavalaria e a literatura de
viagens. Luís de Camões, Sá de Miranda e Fernão Mendes Pinto estão entre seus
principais representantes.
A obra épica Os lusíadas, de Luís de Camões, é considerada a principal expressão do
Renascimento português
Barroco: Surgido em um período de lutas de classes sociais e de crises religiosas, o
Barroco português foi marcado por uma linguagem que refletia os estados de tensão da
alma humana, permeada pelo rebuscamento e por figuras de linguagem de difícil
compreensão. Seus principais representantes foram o Padre Antônio Vieira, Frei Luís de
Souza e Antônio José da Silva.

Neoclassicismo: Caracterizado pela revalorização dos valores artísticos gregos e romanos,


o Neoclassicismo foi marcado também pela doutrinação estética e pela intensa criação
literária. À Arcádia Lusitana, academia literária de Portugal fundada em 1756, coube a
tarefa de restabelecer o equilíbrio na literatura, afastando-a dos exageros próprios do
Barroco. Seus principais nomes foram Manuel Maria Barbosa du Bocage, Curvo Semedo e
José Agostinho de Macedo.

Era Romântica

Romantismo: Marcado pelo subjetivismo, nostalgia, melancolia e combinação de vários


gêneros literários, o Romantismo português marcou o fim do Neoclassicismo, instaurando
um novo modo de expressão em Portugal e em toda a Europa. Seus principais
representantes foram Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco e Júlio
Dinis.

Realismo e Naturalismo: Surgidos como reação ao subjetivismo e idealismo presentes na


estética romântica, o Realismo e o Naturalismo português tiveram como principais
representantes os escritores Antero de Quental, Cesário Verde e Eça de Queirós.Ao lado de
Antero de Quental e Cesário Verde, Eça de Queirós foi um dos principais representantes do
Realismo português

Simbolismo: Opondo-se à estética realista, o movimento simbolista português iniciou-se


com o livro Oaristos, de Eugênio de Castro. Marcado pela idealização da infância e do
campo em contraposição à decadência do espaço urbano, o Simbolismo foi representado
também por Antônio Nobre e Camilo Pessanha.

Modernismo: O marco do Modernismo português foi a publicação, em 1915, da revista


Orpheu, responsável por veicular uma produção literária inovadora e irreverente
influenciada pelas concepções estéticas que circulavam à época em toda a Europa. Seus
principais representantes foram Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.
FERNANDO PESSOA E SEUS HETERONÍMOS

Heterônimos de Fernando Pessoa


Os principais heterônimos de Fernando Pessoa, autor português e modernista, são os
escritores fictícios Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
Os heterônimos de Fernando Pessoa são muitos, mas os mais conhecidos são:

Alberto Caeiro (adepto do sensacionismo);

Álvaro de Campos (futurista);

Ricardo Reis (autor neoclássico);

Bernardo Soares (autor do Livro do desassossego).

Assim, Fernando Pessoa, poeta português que nasceu em 1888 e faleceu em 1935, possui
obras com múltiplas perspectivas literárias e históricas.

Leia também: Eça de Queirós — um dos mais importantes prosadores portugueses

Resumo sobre os heterônimos de Fernando Pessoa


O poeta português Fernando Pessoa nasceu em 1888 e faleceu em 1935.

Os principais heterônimos de Pessoa são: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis
e Bernardo Soares.

Alberto Caeiro é um adepto do paganismo e do sensacionismo (valorização das


sensações).

Álvaro de Campos é um escritor modernista e futurista.

Ricardo Reis é autor de versos regulares neoclássicos.

Bernardo Soares escreveu o Livro do desassossego, um diário íntimo e fragmentado.

Quais são os heterônimos de Fernando Pessoa?


Estes são os heterônimos de Fernando Pessoa:

Alberto Caeiro

Álvaro de Campos

Ricardo Reis

António Mora
Charles James Search

Alexander Search

António Seabra

Barão de Teive

Bernardo Soares

Carlos Otto

Charles Robert Anon

Coelho Pacheco

Faustino Antunes

Frederico Reis

Frederick Wyatt

Henry More

I. I. Crosse

Jean Seul

Joaquim Moura Costa

Maria José

Pantaleão

Pêro Botelho

Raphael Baldaya

Thomas Crosse

Vicente Guedes
BIOGRAFIA DE FERNANDO PESSOA

Heterônimos de Fernando Pessoa


Os principais heterônimos de Fernando Pessoa, autor português e modernista, são os
escritores fictícios Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.

Os heterônimos de Fernando Pessoa são muitos, mas os mais conhecidos são:

Alberto Caeiro (adepto do sensacionismo);

Álvaro de Campos (futurista);

Ricardo Reis (autor neoclássico);

Bernardo Soares (autor do Livro do desassossego).

Assim, Fernando Pessoa, poeta português que nasceu em 1888 e faleceu em 1935, possui
obras com múltiplas perspectivas literárias e históricas.

Leia também: Eça de Queirós — um dos mais importantes prosadores portugueses

Resumo sobre os heterônimos de Fernando Pessoa


O poeta português Fernando Pessoa nasceu em 1888 e faleceu em 1935.

Os principais heterônimos de Pessoa são: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis
e Bernardo Soares.

Alberto Caeiro é um adepto do paganismo e do sensacionismo (valorização das


sensações).

Álvaro de Campos é um escritor modernista e futurista.

Ricardo Reis é autor de versos regulares neoclássicos.

Bernardo Soares escreveu o Livro do desassossego, um diário íntimo e fragmentado.

Quais são os heterônimos de Fernando Pessoa?


Estes são os heterônimos de Fernando Pessoa:

Alberto Caeiro

Álvaro de Campos

Ricardo Reis
António Mora

Charles James Search

Alexander Search

António Seabra

Barão de Teive

Bernardo Soares

Carlos Otto

Charles Robert Anon

Coelho Pacheco

Faustino Antunes

Frederico Reis

Frederick Wyatt

Henry More

I. I. Crosse

Jean Seul

Joaquim Moura Costa

Maria José

Pantaleão

Pêro Botelho

Raphael Baldaya

Thomas Crosse

Vicente Guedes
BIOGRAFIA DE FERNANDO PESSOA

Biografia de Fernando Pessoa


Fernando Pessoa (1888-1935) foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e
figura central do Modernismo português. Poeta lírico e nacionalista cultivou uma poesia
voltada aos temas tradicionais de Portugal e ao seu lirismo saudosista, que expressa
reflexões sobre seu “eu profundo”, suas inquietações, sua solidão e seu tédio.

Fernando Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo, criou heterônimos - poetas com
personalidades próprias que escreveram sua poesia e, com eles procurou detectar, sob
vários ângulos, os dramas do homem de seu tempo..

Infância e Juventude
Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 13 de junho de
1888. Era filho de Joaquim de Seabra Pessoa, natural de Lisboa, que era crítico musical, e
de Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa, natural dos Açores. Ficou órfão de pai aos
5 anos de idade.

Seu padrasto era o comandante militar João Miguel Rosa, que foi nomeado cônsul de
Portugal em Durban, na África do Sul. Acompanhando a família Fernando Pessoa seguiu
para a África do Sul, onde recebeu educação inglesa no colégio de freiras e na Durban High
School.

Carreira Literária
Em 1901, Fernando Pessoa escreveu seus primeiros poemas em inglês. Com 16 anos já
havia lido os grandes autores da língua inglesa, como William Shakespeare, John Milton e
Allan Poe.

Em 1902 a família voltou para Lisboa. Em 1903 Fernando Pessoa retornou sozinho para a
África do Sul e frequentou a Universidade de Capetown.

Pessoa regressou a Lisboa em 1905 e matriculou-se na Faculdade de Letras, porém deixou


o curso no ano seguinte. A fim de dispor de tempo para laer e escrever, recusou vários bons
empregos. Só em 1908 passou a trabalhar como tradutor autônomo em escritórios
comerciais.
Em 1912, Fernando Pessoa estreou como crítico literário na revista “Águia” e como poeta
em “A Renascença” (1914). A partir de 1915 liderou o grupo mentor da revista “Orpheu”,
entre eles, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor, Almada-Negreiros e o
brasileiro Ronald de Carvalho.

A revista foi a porta-voz dos ideais de renovação futurista desejados pelo grupo,
defendendo a liberdade de expressão, numa época em que Portugal atravessava uma
profunda instabilidade político-social da primeira república. Nessa época, criou seus
heterônimos principais.

A revista Orpheu teve vida curta, mas enquanto durou, Fernando Pessoa publicou poemas
que escandalizaram a sociedade conservadora da época. Os poemas “Ode Triunfal” e
“Opiário”, escritos por seu heterônimo Álvaro de Campos, provocaram reações violentas
levando os “orfistas” a serem apontados, nas ruas, como loucos e insanos.

Heterônimos de Fernando Pessoa


Fernando Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo. Tendo sido "plural", como se definiu,
criou personalidades próprias para os vários poetas que conviveram nele.

Cada um tem sua biografia e traços diferentes de personalidade. Os poetas, não são
pseudônimos e sim heterônimos, isto é, indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo
próprio, representando o que angustiava ou encantava seu autor.

OBRA DE FERNANDO PESSOA

"O poeta é um fingidor.


Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda


Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."

Em 1934, Fernando Pessoa candidatou-se ao prêmio de poesia do Secretariado


Nacional de Informações de Lisboa, com a obra “Mensagem” - seu único livro
publicado em vida, obtendo o segundo lugar. Em “Mensagem” (1934), o poeta faz
uma réplica de Os Lusíadas a partir de uma perspectiva nacionalista mística.

Atuando como um verdadeiro "sebastianista", prega a volta do rei D. Sebastião –


morto na África em 1578 – para restaurar Portugal e o Quinto Império.

Fernando Pessoa faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 30 de novembro de 1935, vítima


de cirrose hepática.

Obras Publicadas em Vida


35 Sonnets
Antinous
Inscriptions
Mensagem, 1934
Obras Póstumas
Poesias de Fernando Pessoa, 1942
Poesias de Álvaro de Campos, 1944
A Nova Poesia Portuguesa, 1944
Poesias de Alberto Caeiro, 1946
Odes de Ricardo Reis, 1946
Poemas Dramáticos, 1952
Poesias Inéditas I e II, 1955 e 1956
Textos Filosóficos, 2 v, 1968
Novas Poesias Inéditas, 1973
Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa, 1974
Cartas de Amor de Fernando Pessoa, 1978
Sobre Portugal, 1979
Textos de Crítica e de Intervenção, 1980
Carta de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões, 1982
Cartas de Fernando Pessoa a Armando Cortes Rodrigues, 1985
Obra Poética de Fernando Pessoa, 1986
O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro, 1986
Primeiro Fausto, 1986

3 PRINCIPAIS HETERONÍMOS DE FERNANDO PESSOA

Cartas de Amor são Ridículas


Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, faz uma brincadeira com as
cartas de amor e com os sentimentos de quem já esteve apaixonado.

Todas as cartas de amor são


Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).

O escritor Fernando Pessoa é hoje um dos principais nomes da literatura portuguesa.


Pessoa ficou famoso por criar diversos heterônimos, ou seja, o autor criou e assumiu
outras personalidades literárias para assinar diferentes obras. Assim, cada um deles
possui sua biografia e seu próprio estilo. Três deles eram mais usados pelo poeta:
Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Há também Bernardo Soares,
considerado um semi-heterônimo, pois esse tinha características bem parecidas com
as do próprio Fernando Pessoa. Quer saber mais sobre cada uma dessas
personalidades usadas pelo escritor? Acompanhe o texto!

Fernando Pessoa
O escritor português nasceu em 13 de junho de 1888, em Lisboa, e aos 5 anos ficou
órfão de pai. Sua mãe, então, casou-se com um militar, um cônsul da África do Sul,
lugar onde Fernando Pessoa deu início aos seus estudos. Voltou para Portugal aos 17
anos, onde morou até seu falecimento, em 1935. Sua literatura modernista foi
destaque por suas poesias ortônimas e pela criação dos heterônimos – poetas
talentosos e dotados de personalidades particulares.

Alberto Caeiro
Segundo Fernando Pessoa, Alberto Caeiro foi o desencadeador de seu processo
poético. Era um camponês sem estudos, mas classificado como um mestre por
Pessoa e por todos os outros heterônimos. Tinha um estilo direto e simples, mas de
compreensão complexa. Além disso, ele colocava suas reflexões nas poesias, já que
não achava possível falar sobre a realidade nas prosas. Caeiro acreditava que mais
importante que pensar, era sentir. Em suas obras, demonstra o seu gosto pela
natureza na simplicidade das palavras e o seu conhecimento na experiência
sensorial. Um dos seus escritos mais conhecidos é “O Guardador de Rebanhos”,
constituído de 49 poemas.

Álvaro de Campos
Nascido em 1890, em Tavira, Portugal, Álvaro de Campos era formado em Engenharia,
na Escócia, mas não exerceu a profissão. Considerado o alter ego de Fernando
Pessoa, foi educado em inglês e sente-se sempre como um estrangeiro. Esse escritor
dá valor à modernidade e é pessimista, já que sente a angústia do presente, mesmo
tento gosto pelo progresso. Há três fases em seu estilo: a decadentista, a
progressista e a pessimista.
No começo de sua literatura, de linguagem mais livre, estava mais próximo ao
simbolismo; em seguida se aproximou do futurismo; e depois adquiriu uma visão
niilista em suas obras. Na primeira fase, o tédio e a busca por experiências diferentes
marcam a sua escrita; na segunda, aparece o otimismo pela civilização; e na terceira
e última, é pessimista. Parecido com Álvaro, há o semi-heterônimo, Bernardo Soares,
que, por sua vez, é bem próximo de Fernando Pessoa. Segundo Pessoa, porém,
Bernardo Soares tem parte de sua personalidade.

Ricardo Reis
Nasceu em Porto, no ano de 1887. Ricardo estudou medicina e veio ao Brasil em
1919, após Portugal se tornar república, já que ele era monarquista. Valorizando a
simplicidade, considera a modernidade decadente. Sua escrita possui uma linguagem
clássica e um vocabulário erudito. Seus textos foram publicados em duas revistas:
“Athena” e “Presença”.

Reis acreditava na doutrina do epicurismo, que trata da busca da tranquilidade, de


evitar a dor, aproveitar a vida e não ter medo da morte; e também no estoicismo, que
crê na razão como superior à paixão e na aceitação dos limites. Baseado nesse
heterônimo, o autor português José Saramago escreveu o livro “O Ano da Morte de
Ricardo Reis”, já que Pessoa não definiu a data de morte desse personagem-poeta.

Outras personalidades
Alguns dos textos de Fernando Pessoa eram escritos em inglês e assinados por
outros heterônimos, como Alexander Search e Charles Robert Anon. Há também Jean
Seul, o solitário ensaísta francês. Outros heterônimos do escritor eram tradutores e
escritores de contos, e havia um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo, um
frade e um nobre infeliz. Também havia uma mulher, corcunda e com tuberculose,
chamada Maria José. Era apaixonada por um serralheiro que passava pela sua janela.

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