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Introdução
Pajeú é um topônimo Tupi que significa “rio do pajé”, é usado também para designar
uma árvore a Triplaris Gardneriana conhecida como Pau-formiga, muito comum ao longo
do Rio São Francisco(Navarro,2013).
Geografia
A caatinga, cujo nome tem origem Tupi-Guarani e significa “mata branca” devido ao seu
aspecto geral de árvores com caule fino e poucas folhas é o bioma dominante na região,
existindo também o brejo de altitude nas serras que guardam resquícios de mata atlântica
com umidade mais elevada.O professor Dardane Andrade Lima destaca as seguintes
espécies vegetais do sertão central de pernambuco(onde se localiza o Pajeú) no livro “
Estudos Fitogeográficos de Pernambuco” :
Bromeliaceae
Velloziaceae
Polygonaceae
Leguminosae
Burseraceae
Euphorbiaceae
Ancardiaceae
Celastraceae
Maytenus rigida Mart. – “bom nome”.
Rhamnaceae
Cactaceae
Sapotaceae
Apocynaceae
Verbenaceae
Algumas dessas espécies junto com outras já extintas (ou quase) forneceram a madeira
para a confecção de móveis e construção civil.Vasconcelos Sobrinho (1971) relata a
existência de extensas florestas dominadas por cedro (Cedrela fissilis Vell., Meliaceae)
que sucumbiram devido à exploração madeireira na década de sessenta. Na verdade, a
grande maioria das principais cidades situadas na região do semiárido nordestino está
situada nas áreas de brejo de altitude, as áreas mais ricas de espécies que podem chegar
a vinte ou vinte cinco metros de altura(Lins 1989).
a
A ocupação do sertão do Pajeú, história.
O sistema foi favorável à Coroa, mas não para os donatários que enfrentaram grandes
dificuldades desde o início pela distância de Portugal e pelos frequentes enfrentamentos
com os indígenas.Apenas duas das quinze capitanias conseguiram êxito nesse sistema,
foram elas Pernambuco e São Vicente. Em 1548 a Coroa portuguesa decide nomear um
governador geral, Tomé de Sousa, com o objetivo de centralizar o poder, as capitanias no
entanto existiram até 1821 convivendo com o novo sistema de governo local.
Garcia d`Avila chegou ao Brasil junto com Tomé de Sousa em 1549, apesar de sua
origem ser desconhecida especula-se que tivesse algum parentesco com o primeiro
governador geral, sua família ao longo de dez gerações a partir do morgado da Casa da
Torre no antigo município de Tatuapara, atual Praia do Forte, onde até hoje existem as
ruínas da monumental Casa da Torre, irá constituir um latifúndio com imensas áreas de
terras através do sistema de sesmarias(Calmon,1939).
Garcia d'Ávila obteve o posto de Almoxarife da Coroa Portuguesa, a partir deste posto
provavelmente desenvolveu um conhecimento da região e suas necessidades, adquiriu
suas primeiras cabeças de gado e obteve junto ao governador geral as primeiras
sesmarias onde hoje fica itapuã, desligando-se do cargo e dedicando-se a estender suas
propriedades em direção ao norte chegando até o rio São Francisco.Ainda na década de
1550 iniciou a construção da Casa da Torre (só concluída pelo seu neto décadas depois),
ao morrer em 1609 era um dos homens mais ricos do Brasil colônia(Calmon, 1939).As
entradas exploratórias seguiam na maioria das vezes os leitos dos rios,depois de chegar
a São Francisco o Morgado da Casa da Torre através de seus prepostos em 1644
subiram o rio Pajeú em direção à Paraíba(Seixas, 1985). Foram assim os baianos os
responsáveis por essa primeira ocupação do sertão do Pajeú.
A identidade sertaneja
Como defende Sérgio Buarque de Holanda no clássico “As Raízes do Brasil” a herança
da mentalidade ibérica na sua originalidade em relação a Europa do norte com a
valorização da pessoa humana e da sua autonomia em relação aos seus semelhantes,
essa concepção espelha-se na palavra “sobranceira” , onde está incutida a ideia de
superação pessoal. A frouxa organização social, ausência de hierarquia e mesmo a
baixa coesão social são na visão de Holanda elementos constitutivos da primórdios da
formação brasileira. Citando Gil Vicente ele chama atenção para a mentalidade “moderna”
que existia em Portugal de uma permeabilidade natural de classes sociais.
e o filho do Broslador
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Introdução
Lima, Nisia Trindade de.Um sertão chamado Brasil.1999.Rio de
Janeiro.Ed.Revan
Navarro, Eduardo.Tupi Antigo.2013.São Paulo.Ed. Global.