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RELAÇÕES PÚBLICAS E MARKETING:


PROBLEMATIZANDO ALGUMAS TERMINOLOGIAS CORRELATAS

PUBLIC RELATIONS AND MARKETING:


QUESTIONING SOME RELATED TERMINOLOGIES

Valmor Rhoden1, Bruna Karina Gonçalves2 e Marcelli Oliveira3


Recebido em: 18/09/2013
Aprovado em: 24/11/2014

RESUMO ABSTRACT

O presente artigo propõe uma reflexão sobre as The present article proposes a reflection on
terminologias utilizadas pelas áreas de Marketing the terminology used in the areas of Marketing
e Relações Públicas, apontando semelhanças e and Public Relations, pointing out similarities
diferenças entre os termos utilizados por ambas. and differences between the terms used in both
Com base na análise dos conceitos de autores do disciplines. Through concepts of authors of
Marketing e da Comunicação, o propósito é pro- Marketing and Communication the purpose is
blematizar seus usos na perspectiva das Relações to analyze these concepts and discuss its uses
Públicas. A partir da reflexão apresentada no tra- from the Public Relations’ perspective. From
balho, pode-se afirmar que, em sua maioria, há the reflection presented in the work, it can be
significados correlatos e sinônimos dos termos said that, in most cases, there is correlative
utilizados pelo Marketing na área da Comunica- meanings and synonyms of the terms used by
ção Social, especificamente nas Relações Públi- Marketing the media area, specifically in Pub-
cas. No entanto, é preciso um cuidado, pois, em lic Relations. However, a caution is necessary
alguns contextos, as terminologias usadas não re- because in some contexts, the terms used do
fletem o real sentido que se pretende e remetem a not reflect the real sense that we want and refer
um cenário diferente do proposto. to a different scenario is proposed.
Palavras-chave: Relações Públicas; Marketing; Keywords: Public Relations; Marketing; Ter-
Terminologias. minology.

1
Coordenador do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Brasil. Doutorando em Comunicação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). E-mail: valmor@unipampa.edu.br.
2
Estudante de Graduação do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Brasil. E-mail: brunakgp@gmail.com.
3
Estudante de Graduação do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Brasil. E-mail: marcellirenata@gmail.com.

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1 Introdução Públicas se comunicam com todos os


públicos internos e externos relevantes
A preocupação com a utilização para desenvolver relações positivas e
de terminologias e conceitos de Marke- criar coerência entre as metas da orga-
ting pelas Relações Públicas não é algo nização e as expectativas da socieda-
de. Esses profissionais desenvolvem,
recente. O Parlamento de Relações Pú- executam e avaliam os programas da
blicas, na década de 1990, já propunha organização que promovem o inter-
evitar o uso de estrangeirismos em Re- câmbio de influências e o entendimen-
lações Públicas quando existissem ter- to entre as partes e os públicos de uma
mos em português equivalentes. organização (grifos nossos).
O posicionamento de Yanaze
(2011, p. 09), que é da área de Marke- Sampaio (1999) propõe que as
ting, também contribui para entender ações de Relações Públicas podem ser
melhor esse cenário quando afirma que: bastante úteis como complemento a
esforços de propaganda, promoção,
Algumas expressões são utilizadas promoção de vendas, marketing dire-
de forma bastante estereotipada e to, merchandising ou qualquer outra
até distante de sua intenção original. atividade de comunicação promovida
Com este uso indiscriminado, obser-
pelas empresas anunciantes. Devido a
va-se a consagração e a banalização
de termos e expressões que incluem essa versatilidade e, em muitas situa-
tanto os inevitáveis erros de adjetiva- ções, à aproximação das duas áreas,
ção de uma simples ação parcial de Kotler (2003) visiona as Relações Pú-
marketing quanto os equívocos que blicas como ferramenta do mix de mar-
identificam atividades de comunica- keting, integrando, assim, o campo da
ção como se fossem de marketing. Promoção dos 4 Ps. Nessa perspectiva,
as áreas muitas vezes se emaranham, de
Kotler e Keller (2006) definem modo que uma acaba absorvendo ele-
marketing como um processo social e mentos da outra.
gerencial por meio do qual pessoas e Diante disso, em algumas situa-
grupos alcançam aquilo de que neces- ções, acaba vindo à tona uma dúvida
sitam e o que desejam com a criação, sobre o uso adequado de terminolo-
oferta e livre negociação de produtos gias, tendo em vista seus significados,
e serviços de valor com outros indiví- em cada área do conhecimento. Assim,
duos. As atividades do marketing con- a proposta deste artigo é problematizar
tribuem para a criação da imagem da alguns conceitos das áreas de Marke-
marca, vinculando a ela conceitos que a ting e Relações Públicas a fim de dis-
aproximam do seu público e despertam cuti-los sob a perspectiva das Relações
sentimentos positivos e/ou de conexão Públicas. Para isso, serão abordados e
entre a marca e o público. comparados os seguintes conceitos:
Já as Relações Públicas têm Stakeholders e Públicos; Endomarke-
como função o estabelecimento e a ma- ting e Comunicação Interna; Marketing
nutenção de adequada comunicação en- Social e Ação Social; Marketing Cultu-
tre uma instituição/empresa (pública ou ral e Comunicação por Ação Cultural;
privada) e seus públicos. Lattimore et al e Marketing de Relacionamento e Rela-
(2012, p. 23) afirmam que: ções Públicas.
O objetivo, neste estudo, não é
As relações públicas são uma fun- esgotar a discussão nem as terminolo-
ção de liderança e gestão que ajuda gias com significados semânticos ou
a atingir objetivos, definir a filosofia discordantes. O propósito principal
e facilitar a transformação da organi- consiste em problematizar os conceitos
zação. Os profissionais das Relações
referidos, apresentando-os e discutindo

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-os, já que alguns autores tratam deter- afetados significativamente pela organi-
minadas terminologias como sinônimas zação. As autoras esclarecem que:
e outros defendem uma diferença entre
seus significados. O termo stakeholder tem origem no
termo stockholder (acionista), e am-
2 Método plia o foco da organização, que antes
era satisfazer o acionista e passa a
satisfazer seus públicos de interesse
Demo (1996, p. 34) coloca a
estratégicos, como clientes, funcio-
pesquisa como atividade cotidiana, nários, imprensa, parceiros, fornece-
considerando-a como uma atitude, um dores, concorrentes, sindicatos e co-
“questionamento sistemático crítico e munidade local.
criativo, mais a intervenção competente
na realidade, ou o diálogo crítico per- França (2008) afirma que os ter-
manente com a realidade em sentido mos stakeholders e públicos geralmente
teórico e prático”. Gil (1999, p. 42) afir- são tratados como sinônimos, “porém há
ma que a pesquisa tem um caráter prag- uma ligeira diferença entre eles: as pes-
mático, sendo um “processo formal e soas são stakeholders porque se situam
sistemático de desenvolvimento do mé- numa categoria afetada pelas decisões
todo científico. O objetivo fundamental de uma organização ou porque suas de-
da pesquisa é descobrir respostas para cisões afetam a organização. Portanto,
problemas mediante o emprego de pro- stakeholders participam das decisões da
cedimentos científicos”. empresa (FRANÇA, 2008, p. 33).” Em
Tendo isso em vista, a pesquisa síntese, segundo o autor, os stakehol-
proposta neste trabalho busca refletir ders incluem todos aqueles indivíduos
sobre o uso de terminologias correlatas ou grupos que possuem legitimidade e/
nas áreas de Relações Públicas e Mar- ou poder. Porém, o autor não esclarece
keting, com base em uma pesquisa bi- o significado do termo públicos. Grunig
bliográfica. Para Lakatos et al (1992), a (2011, p. 90-91), por sua vez, entende
pesquisa bibliográfica é o levantamento os “stakeholders como categorias ge-
de bibliografias já publicadas em livros, rais de pessoas que são afetadas [...] os
revistas e periódicos. A autora ressalta, passivos podem ser chamados de públi-
ainda, que “sua finalidade é colocar o cos latentes. Stakeholders que são ou
pesquisador em contato direto com tudo que se tornam mais conscientes e ati-
aquilo que foi escrito sobre determina- vos podem ser descritos como públicos
do assunto” (LAKATOS, et al, 1992, conscientes e ativos”.
p. 44). Assim, a partir da busca dessas Nesta concepção, stakeholders
terminologias correlatas nas bibliogra- são aquelas pessoas com verdadeira
fias sobre as áreas de Relações Públicas participação ou conectados na organi-
e Marketing, pretende-se refletir e pro- zação, com mais legitimidade e poder,
blematizar seu uso. o que não aconteceria com os públi-
cos. Outra diferença que França (2008,
3 Referencial teórico, apresentação e p. 34) ressalta é que: “O termo não se
discussão da temática subdivide em designações de públicos
internos e externos; caracteriza pessoas
3.1 Stakeholders versus Públicos ou grupos que estão conectados a uma
organização porque eles e a organiza-
Kunsch (2006) descreve sta- ção mantêm um encadeamento lógico
keholders como sinônimo de públicos de um em relação ao outro”.
estratégicos. Para Rocha e Goldschmidt Atualmente, há uma tendência
(2010, p. 06), os stakeholders são pú- a classificar os públicos com base nos
blicos de interesse que afetam ou são princípios de Marketing, em que se ado-

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ta a noção de stakeholders como sendo 3.2 Endomarketing e comunicação in-


aqueles mais interessados. Isso se jus- terna
tifica porque, com a globalização e o
surgimento das novas tecnologias de Com a globalização e o crescimen-
informação e de comunicação, o critério to econômico mundial acelerado, princi-
de proximidade física tornou-se questio- palmente a partir dos anos 2000, houve
nável. Essas mudanças levaram as insti- mudanças no comportamento das orga-
tuições a classificar seus públicos pelo nizações, não só no que diz respeito aos
critério de interesse ou de prioridade públicos externos, mas também quanto à
que têm para com a organização. Neste maneira de comunicar e motivar os fun-
texto, utiliza-se da terminologia públicos cionários e outros integrantes do público
de interesse, conforme visão de Montei- interno. Nesse contexto, surgiu o chama-
ro (2003), para designar aqueles com os do endomarketing, termo criado por Ber-
quais uma organização precisa manter kin na década de 1990. Para ele:
relacionamento constante e dos quais de-
pende para sobreviver no mercado. Ações de marketing voltadas para o
Lattimore et al (2012, p. 25) defi- público interno da empresa, com o
nem públicos “como categorias de pes- fim de promover entre os seus fun-
soas que se tornam importantes para nos- cionários e departamentos valores
destinados a servir o cliente. [...] Sua
sa organização porque ela as associou
função é integrar a noção de cliente
de forma intencional ou involuntária”. nos processos de estrutura organiza-
Assim, as empresas não procuram mais cional, para propiciar melhorias subs-
clientes, mas parceiros comprometidos tanciais na qualidade de produtos e
com a sua sobrevivência. A noção de serviços (BERKIN, 1995, pp. 2 e 34).
parceria implica reconhecer que aquela
relação é boa para ambas as partes, dan- O termo endomarketing refere-
do origem à a expressão “relação ganha- se a ações do marketing praticadas no
ganha”, utilizada para definir a nova re- espaço interno das organizações para
lação que a instituição busca junto a seus conseguir do público interno um com-
públicos de interesse4, visão que com- prometimento integral com os valores
partilhamos, pois estes impactam e tam- da organização, bem como um trabalho
bém são impactados pelas organizações. em equipe com cooperação máxima en-
Portanto, mesmo que alguns au- tre os setores da empresa.
tores defendam que o stakeholder é A comunicação interna, termo
aquele que mantém uma maior proxi- utilizado em Relações Públicas, é vista
midade com a organização, na essência, como uma ferramenta com ações planeja-
a classificação de públicos, a partir da das para viabilizar toda interação possível
perspectiva das Relações Públicas, são entre a organização e o público interno.
os públicos que têm relação direta ou Argenti (2011, p. 221) salienta que:
indireta com determinada organização.
O significado é semelhante, já que, em A comunicação interna no século
Relações Públicas, o conceito de públi- XXI envolve mais do que memo-
co também diz respeito ao ato de inter- randos, publicações e as respectivas
ferir na organização (ser impactado ou transmissões; envolve desenvolver
impactar), por meio das estratégias de uma cultura corporativa e ter o po-
relacionamento e comunicação. Não há, tencial de motivar a mudança organi-
zacional [...]. A questão central é que
assim, consideráveis diferenças entre os
a comunicação com os funcionários
dois termos analisados. não é mais uma função ‘não essen-
4
O Parlamento de Relações Públicas já na década de1990 alertava para
cial’, mas uma função comercial que
evitar o uso de estrangeirismos em Relações Púbicas quando houvesse impulsiona o desempenho e o suces-
equivalentes em português. Esse mesmo princípio se aplica aos termos
endomarketing e comunicação interna. so financeiro de uma empresa.

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Kunsch (2003) entende a comu- e seus colaboradores. Ainda na visão de


nicação interna como um setor planeja- Kunsch (2003, p. 159), a comunicação
do, com objetivos bem definidos, para interna é parte da comunicação integrada
viabilizar toda a interação possível entre e atinge todas as esferas da organização,
a organização e os empregados. A auto- o que não ocorre com o endomarketing:
ra esclarece, ainda, que o endomarke-
ting limita-se a tratar funcionários como O público interno é um público mul-
clientes, ou seja, preparar os funcionários tiplicador. Na sua família e no seu
para que tenham uma visão compartilha- convívio profissional e social, o em-
da sobre o negócio da empresa, incluindo pregado será um porta-voz da organi-
zação, de forma positiva ou negativa.
questões como gestão, metas, resultados,
Tudo dependerá do seu engajamento
produtos, serviços e mercados nos quais na empresa, da credibilidade que esta
atua. Nessa perspectiva, o endomarketing desperta nele e da confiança que ele
é uma estratégia que pertence à comuni- tem em seus produtos e serviços.
cação interna, não podendo, portanto, ser
usado como sinônimo desta: Antes a satisfação do funcioná-
rio era levada em conta apenas por ge-
Defendemos para o relacionamento com rar maior produtividade e diminuir a
o público interno, uma política de rela-
probabilidade de crises, como greves e
ções públicas numa perspectiva muito
mais ampla [...]. o empregado não pode manifestações, já que um funcionário
ser visto apenas como alguém que vai mais satisfeito trabalha melhor. A co-
servir o cliente. Ele atua num ambiente municação interna eficaz objetiva que
organizacional formado por pessoas que os funcionários acreditem na empresa e
buscam interagir em virtude da consecu- tenham orgulho de fazerem parte dela. O
ção dos objetivos gerais da organização endomarketing, por sua vez, deseja que
(KUNSCH, 2003, p. 155). a satisfação e a sintonia com os valo-
res da empresa, frutos da comunicação
Diante disso, questiona-se: qual a interna, tragam como consequência um
diferença entre os conceitos de endomar- melhor entendimento sobre os negócios
keting e comunicação interna? Para Brum da empresa, como a gestão dos produtos
(1994), endomarketing é uma estratégia e serviços oferecidos, e um melhor aten-
de comunicação interna da empresa para dimento às necessidades dos clientes.
alcançar maior qualidade e competitivida- Observa-se que, em muitos ar-
de, com a finalidade de promover a adesão tigos da área de Relações Públicas, o
aos valores e objetivos da empresa, buscar endomarketing e a comunicação interna
a satisfação do cliente, trabalhar por uma são utilizados como sinônimos; porém,
maior integração e cooperação entre seto- conforme o exposto, pode-se concluir
res e tratar os funcionários como clientes que não são. Enquanto o endomarke-
internos, facilitando, assim, a obtenção de ting tem uma preocupação em prepa-
resultados. A autora o define como “um rar o funcionário para servir o cliente
conjunto de ações que tem como objetivo e, assim, aumentar a produtividade; a
tornar comum entre funcionários de uma comunicação interna tem uma preten-
mesma empresa objetivos, metas e resul- são mais ampla: fazer com que as pes-
tados” (BRUM, 1994, p. 23). soas do ambiente interno estejam bem
Kunsch (2003) afirma que a co- informadas, tornando-se agentes para
municação interna valoriza o funcio- públicos externos5, e auxiliar a gestão
nário como pessoa e cidadão, visando
à integração entre capital e trabalho, Alguns autores, como Cleusa G. Cesca, entendem a família dos funcioná-
5

rios como uma extensão dos funcionários, sendo assim classificados como
enquanto que o endomarketing é muito público interno também. Ver mais em: As transformações nas organi-
zações gerando novos públicos para relações públicas. Disponível em:
mais superficial e não promove a ver- <http://www.fca.pucminas.br/saogabriel/ci/cmercadologica/textos_novos/
dadeira integração entre a organização relacoes_publicas/CESCA_transformacoes_organizacoes_gerando.pdf >.
Acesso em: 16 ago. 2012.

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de Recursos Humanos para que a mo- mento pode afetar as organizações ou


tivação possa ser trabalhada, levando a ser por elas afetado.
uma melhoraria da relação interpessoal Os públicos de interesse do Marke-
e, consequentemente, da produtividade. ting de Relacionamento são somente aque-
les que realizam alguma troca financeira
3.3 Marketing de Relacionamento e com a organização, como clientes, colabo-
Relações Públicas radores e fornecedores. Já os públicos de
interesse das Relações Públicas são todos
Yanaze (2011) afirma que o pró- os grupos sociais que possam, de alguma
prio termo marketing está desgastado, maneira, influenciar ou serem influencia-
não apenas por seu uso generalizado, dos pela organização, como a comunidade,
mas principalmente por uso inadequado, o governo, as Organizações Não Governa-
já que vem sendo utilizado para denomi- mentais (ONGs), entre outros.
nar as mais variadas atividades. O Mar- Para Kotler (1998, p. 30), o “Mar-
keting de Relacionamento surgiu no final keting de relacionamento é a prática da
do século XX, focando o relacionamento construção de relações satisfatórias a
com os consumidores e fornecedores e longo-prazo com partes-chaves – con-
concentrando-se na rentabilidade e troca sumidores, fornecedores, distribuido-
entre empresa e cliente. A semelhança res, varejistas e outros que constituem
com as Relações Públicas se dá na ges- relacionamentos comerciais mutuamen-
tão de relacionamentos em longo prazo. te rentáveis”. Como se pode observar,
Grunig (2011, p. 34) mostra a há semelhança entre os dois conceitos/
diferença básica entre Relações Públi- terminologias, como, por exemplo, a
cas e Marketing quando diz que: “Os busca de informações sobre o perfil do
profissionais de Relações Públicas ela- cliente para garantir a satisfação e a rea-
boram programas de comunicação para lização de uma comunicação simétrica,
se comunicar com os públicos, ao passo embora as Relações Públicas formem
que os profissionais de Marketing ela- um conjunto mais amplo de estratégias
boram programas de comunicação para que não visam simplesmente manter
se comunicar com os mercados”. clientes, mas também consolidar a iden-
O Marketing de Relacionamento tidade e a imagem das organizações.
busca fidelizar cada cliente para que ele Para Lattimore at al (2012, p. 250),
continue comprando no futuro. Seu inten- “[...] Relações Públicas e Marketing têm
to consiste, assim, em buscar um contato algumas diferenças fundamentais, mas
mais aprofundado com o cliente, visto que compartilham num objetivo importante:
conquistar novos clientes ou reconquistar ambas tentam ajudar a organização a res-
clientes perdidos para a concorrência cus- ponder a um público muito relevante: os
ta mais que mantê-los. Há aqui uma moti- consumidores de seus produtos e servi-
vação comercial que não existe de forma ços”. Sendo assim, as duas áreas podem
direta nas Relações Públicas. trabalhar juntas para construir a confian-
Boone e Kurtz (2009) afirmam ça e lealdade dos consumidores.
que o Marketing de Relacionamento Na nossa compreensão, com base
refere-se ao desenvolvimento e à ma- nos conceitos apresentados, o Marke-
nutenção de relacionamentos rentáveis ting de Relacionamento diz respeito à
em longo prazo com funcionários, for- utilização de ferramentas comunica-
necedores, clientes individuais e outros cionais institucionais e mercadológicas
sócios para beneficio mútuo. Kunsch para fidelizar os clientes das organi-
(2009) salienta que as Relações Públi- zações. Esse termo, segundo Marconi
cas atuam para construir relacionamen- (2009), foi criado por Thomas L. Harris
tos com o público, sendo este formado para conceituar o papel das Relações
por grupos de pessoas cujo comporta- Públicas dentro do mix de marketing.

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O autor ressalta, ainda, a diversidade de ting cultural remete ao uso da cultura


ações que cabem ao profissional de Re- como base e instrumento para transmi-
lações Públicas, que totalizam 43 pos- tir determinada mensagem a um público
sibilidades, abarcando, por exemplo, específico, sem que a cultura seja a ati-
o posicionamento da instituição como vidade-fim da empresa.
especialista e líder em seu segmento, a O termo Marketing tem origem
construção da confiança do consumidor e conotação mercadológica. Conforme
e o cultivo de novos mercados. supracitado, Kotler (2000) define mar-
O Marketing de Relações Públi- keting como o processo social por meio
cas, assim como o Marketing de Rela- do qual pessoas e grupos de pessoas ob-
cionamento e as Relações Públicas, tem têm aquilo de que necessitam e o que
como intento gerar proximidade da or- desejam com a criação, oferta e livre
ganização com seus diversos públicos. negociação de produtos e serviços de
A diferença essencial está na parcela valor com outros indivíduos.
do público que cada um vai atingir, de Como também foi dito anterior-
modo que os stakeholders podem ser mente, o Marketing cultural deve for-
diferentes para cada um desses seg- talecer a imagem da empresa e seus
mentos, bem como na intensidade e relacionamentos e não o seu valor de
durabilidade das ações realizadas. As mercado, motivo pelo qual ele é consi-
Relações Públicas desenvolvem ações derado uma ferramenta de comunicação
permanentes que buscam não apenas com objetivos institucionais. Para Vaz
aproximar, mas também criar uma rela- (apud AUGUSTO, 2010), o Marketing
ção com os públicos. cultural é uma parte da estratégia de di-
vulgação da empresa para os públicos
3.4 Marketing cultural e comunicação de interesse, capaz de proporcionar re-
por ação cultural torno institucional competitivo.
O que se faz necessário entender
Os consumidores brasileiros, é que nem toda promoção de um produ-
com o decorrer dos anos, tornaram-se to cultural pode ser chamada de Mar-
mais informados e críticos, passando keting cultural. Esse termo diz respeito
a exigir um melhor comportamento apenas a estratégias do composto mer-
das organizações, as quais precisaram cadológico, patrocinando ou apoiando
se adaptar rapidamente, demonstran- ações culturais com o objetivo de di-
do preocupação com responsabilidade vulgar e promover os próprios produtos
social e ética, a fim de estabelecer um do mercado cultural. Assim, conforme
bom relacionamento com a sociedade, Augusto (2010, p. 635), o Marketing
e passando a visar, antes do lucro, à boa cultural: “[...] deve ser entendido como
imagem. Esses fatores criaram um am- um conjunto de ações mercadológicas
biente altamente competitivo, fazendo na esfera das instituições culturais, em
com que as organizações precisem usar que seus produtos e serviços são a pró-
estratégias variadas para se diferencia- pria obra artística e os fundamentos de
rem da concorrência, apoiando-se, por marketing estrategicamente traçados
exemplo, na cultura como estratégia de para os seus interesses comerciais”.
comunicação organizacional. Para Yanaze (2011), quando um
O Marketing cultural é tratado determinado banco mantém ou patro-
pelos estudiosos, tanto da área do Mar- cina casas de espetáculos, galerias ou
keting quanto da Comunicação Social, exposições, ele não está fazendo mar-
como uma estratégia de comunicação keting cultural, pois, na realidade, a
que surgiu para fortalecer a imagem da função desse tipo de marketing consiste
organização e seu relacionamento com em promover os produtos bancários e
os públicos. Para Reis (2009), Marke- financeiros. Quando o banco patroci-

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na o que faz, ele está utilizando a co- sombreamento. No que diz respeito ao
municação para atingir determinados Marketing e às Relações Públicas, esses
públicos e não o marketing cultural. entendimentos diferentes ultrapassam as
O autor dá um exemplo de marketing terminologias e proporcionam um amplo
cultural ao dizer que: “Diferentemente, campo de estudo. Ambas as áreas utili-
uma fundação criada com o objetivo de zam, por exemplo, os termos marketing
promover a cultura, como a Fundação social e ação social.
Itaú Cultural, passa a desenvolver seu O marketing social está relacio-
próprio marketing cultural porque seu nado aos aspectos sociais de uma or-
principal objetivo agora é a colocação ganização, levando em consideração
de produtos culturais no mercado” (YA- questões relativas ao comportamento
NASE, 2011, p. 634). geral e específico da empresa e não ape-
Surge, então, um conceito especí- nas relativas ao consumo. Kotler (1971,
fico para designar essas ações de comu- p. 5), juntamente com Gerald Zaltman,
nicação focadas nas questões culturais. conceituou o marketing social como:
Para Augusto (2010, p. 636), uma co- “Projeto de criação, implementação e
municação por ação cultural apresenta: controle de programas utilizados para
“práticas de apoio à cultura, adotadas influenciar a aceitabilidade das idéias
no cenário nacional, em que o objetivo sociais, envolvendo questões de pla-
é puramente promocional, ainda que as nejamento de produto, preço, comuni-
organizações que as utilizam tenham cação, distribuição e pesquisa de mar-
uma preocupação sincera com a socie- keting”. Pode-se dizer que a definição
dade”. Ou seja, trata-se de estratégias atual para essa tipologia de marketing
de comunicação institucional com o ob- é uma evolução da proposta inicial des-
jetivo de manter e melhorar o bem-estar ses autores, que valoriza aspectos ope-
do consumidor e de fixar nos públicos racionais e envolve a disseminação de
uma imagem positiva. conhecimento sobre questões sociais.
A comunicação por ação cultural Ressalta-se, ainda, que o mar-
acontece quando uma empresa, que não keting social pode possuir diversas fa-
vende produtos ou serviços culturais, ses, que ocasionam determinadas con-
utiliza a cultura como base para suas sequências. Para Credidio e Yanaze, o
estratégias comunicacionais. Por exem- marketing social “é o planejamento e a
plo, o patrocínio ou promoção de ações execução de programas desenvolvidos
culturais com o intuito de transferir para para a promoção de mudança social,
si o prestígio dado à cultura pela socie- mediante o emprego dos conceitos e
dade, mesmo sem atuar nesse segmento, princípios do marketing comercial”
representa a maior parte das ações nes- (CREDIDIO; YANAZE, 2011, p. 617).
sa área e, geralmente, são denominadas Em Relações Públicas, para se
erroneamente como marketing cultural. referir à preocupação das organizações
Desse modo, o uso das duas ter- com parte da sociedade, há duas termi-
minologias na perspectiva de Relações nologias: ações sociais (quando estas
Públicas não está deslocado. O profis- são esporádicas) e responsabilidade
sional deve apenas atentar para quais social (ação contínua) estruturada por
são os objetivos e as estratégias de de- meio de um projeto mais amplo e de
senvolvimento da sua ação, para que responsabilidade social que envolve a
possa, assim, direcioná-la corretamente. sociedade. A ação social é:

3.5 Marketing social e ação social Qualquer atividade realizada pela em-
presa para atender às comunidades em
É comum que existam conflitos de suas diversas formas [...] em áreas como
terminologias em áreas específicas ou de assistência social, alimentação, saúde,

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educação, cultura, meio ambiente e de- nizações estão inseridas. Para o Marke-
senvolvimento comunitário. Abrange ting, o reflexo almejado consiste em um
desde pequenas doações a pessoas ou aumento do share7. Já para as Relações
instituições ate ações estruturadas, com Públicas, além desse objetivo, o prin-
uso planejado e monitorado de recursos, cipal interesse está em conquistar uma
seja pela própria empresa, por funda-
ções e institutos de origem empresarial,
imagem positiva para a organização,
ou por indivíduos especialmente con- por meio, por exemplo, da melhora no
tratados para a atividade (SILVA, apud relacionamento com os diversos públi-
SILVA e ARAÚJO, 2010, p. 3). cos, trazendo reflexos em médio e longo
prazo, mercadológicos e institucionais.
Na visão de Credidio e Yanaze
(2011, p. 622), o resultado que se espe- 4 Considerações finais
ra de uma ação social é a transformação
social. Os autores ressaltam que: Pode-se concluir, a partir da aná-
lise dos conceitos pertencentes à área
As empresas têm-se utilizado da res- de Relações Públicas e Marketing apre-
ponsabilidade social. Para as compa- sentados, que alguns são utilizados er-
nhias, está claro que as causas e os pro- roneamente, seja por desconhecimento
jetos socioambientais que patrocinam da sua origem ou dos seus significados.
trazem um retorno expressivo, como Esses enganos, algumas vezes, também
melhoria efetiva de imagem, exposição podem ser causados pelo uso de estran-
em mídia espontânea, recrutamento de geirismos, até mesmo porque, muitas
bons colaboradores, entre outros.
vezes, há termos em inglês que não
possuem uma tradução adequada para
A ação social está voltada ao agir
nosso idioma, gerando, assim, confusão
e às práticas efetivas de atividades so-
ao utilizá-los para classificar ações co-
ciais. Em Relações Públicas, está rela-
tidianas na área das Relações Públicas.
cionada com o propósito de diminuir as
Em outros casos, substituem-se,
demandas sociais da sociedade, não de
propriamente, as ações de Relações Pú-
uma forma contínua, mas por meio de
blicas por ações de Marketing na tenta-
atitudes esporádicas, como: ação de dia
tiva de avançar na conquista de espaço
das crianças, doação de agasalhos, doa-
no mercado competitivo. Com a trans-
ção de sangue, dentre tantas outras de-
formação da economia mundial, conse-
mandas sociais atualmente existentes.
quência da globalização e da tecnologia
Conceitualmente, pode-se afir-
da informação, as organizações tendem
mar que as ações sociais fazem parte de
a incorporar estratégias de marketing nos
uma perspectiva de marketing social,
setores mais variados, visando aumentar
mas num estágio em que ainda não pode
seus mercados de atuação, situação que se
ser considerado uma prática de respon-
comprova pelo número de profissionais
sabilidade social6, por não ser contínua.
do marketing8 que atuam em atividades
Ainda que haja diferenças con-
privativas de Relações Públicas no Brasil.
ceituais entre a ação social e o marke-
A grande questão é que, na visão
ting social, estes não são excludentes,
de Kotler, por exemplo, a comunicação é
uma vez que em ambos há uma preo-
um subproduto do marketing, enquanto
cupação em atender a demandas sociais
que, para nós, o próprio marketing é uma
e melhorar a sociedade na qual as orga-
6
Segundo o Instituto Ethos, responsabilidade social empresarial é a for-
modalidade de comunicação estratégica
ma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa dirigida a resultados organizacionais, vi-
com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabeleci-
mento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sus- são compartilhada por Iasbeck (2012).
tentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para
as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução
A partir dos conceitos e das ter-
das desigualdades sociais. Disponível em: 7
Fatia de participação da marca/produto no mercado global em análise.
<http://www.ethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3344&Alias=E- 8
Ver mais em: <http://www.aberje.com.br/pesquisa/Pesquisa_GIFE
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SOCIAIS E HUMANAS, SANTA MARIA, v. 27, n. 03, set/dez 2014, p. 40 - 50


RELAÇÕES PÚBLICAS E MARKETING: PROBLEMATIZANDO ALGUMAS TERMINOLOGIAS CORRELATAS 49

minologias apresentadas neste trabalho, 5. BOONE, L. E. KURTZ, D. L. Mar-


pode-se afirmar que, em sua maioria, keting contemporâneo. São Paulo,
há significados correlatos e sinônimos Cengage Learning, 2009.
dos termos utilizados pelo marketing na 6. BRUM, A. M. Endomarketing: es-
área da comunicação social, especifica- tratégias de comunicação interna para
mente nas Relações Públicas. É preci- empresas que buscam a qualidade e
so ressaltar, entretanto, que, em alguns competitividade. Porto Alegre, L&PM,
contextos, as terminologias usadas não 1994.
refletem o que se quer dizer e remetem
a um cenário diferente, o que traz con- 7. CERQUEIRA, W. Endomarketing
trovérsias inclusive por parte da comu- - Educação e cultura para qualidade.
nidade acadêmica e científica. Rio de Janeiro, Editora Qualitymark,
Esse cenário acaba acarretando 1994.
uma descaracterização das ações da 8. CREDIDIO, F., YANAZE, M. H.
área de Relações Públicas, que, muitas Marketing social, comunicação por
vezes, acaba sendo colocada em se- ações sociais, responsabilidade So-
gundo plano em detrimento das ações cial. In: YANAZE, Mitsuru Higuchi
do marketing. É necessário, então, que (org). Gestão de Marketing e Comuni-
haja um esclarecimento sobre os signi- cação: avanços e aplicações. 2ª Ed. São
ficados e o emprego dessas terminolo- Paulo, Saraiva, 2011.
gias, e de tantas outras que transitam e
são sombreamento entre as duas áreas. 9. CORRADO, F. M. A força da co-
Este artigo pretende assim contri- municação: quem não se comunica.
buir para uma melhor compreensão sobre São Paulo. Pearson Education do Bra-
estas questões propostas e suscitar uma sil, 1994.
reflexão acerca da temática abordada. 10. DEMO, P. Pesquisa e construção
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